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O Operador Cientista

A Lei, o Protocolo e o Plano da Realidade.

André Da Silva Ferreira

"Certamente, existem princípios gerais que orientam a ação policial, normas


jurídicas que pretendem enquadrá-la, receitas que, experimentadas no
passado, se transmitem quase imutavelmente de uma geração a outra. Mas
essas normas abstratas pesam menos que as lógicas de situação, e a maneira
como as coisas são conduzidas no concreto "esquina da rua" é indissociável da
personalidade daquele que age, das motivações e dos valores que o animam".

(Jean Claude Monet, Polícia e Sociedade na Europa, São Paulo, Edusp, 2001, p.130).

A sociedade evoluiu e segue evoluindo em todos os seus pilares, padrões, grupos,


estruturas, e, vertentes, em níveis mensuráveis nos diversos tipos de escalas,
nominais, ordinais, de intervalo e de razão. Nesse sentido, sem a pretensão de
esmiuçar os critérios e teorias que compõem o arcabouço das Ciências Sociais, é
correto afirmar, que, no que tange especificamente à atuação policial, não há espaço
para o velho paradigma de policial embrutecido e mero repetidor de protocolos frios e
engessados, para os fins de administrar os diversos conflitos, bem como, solucionar as
inúmeras possibilidades de ocorrências que se apresentam no plano da realidade,
oriundos dos desdobramentos imprevisíveis do comportamento dos indivíduos que
compõem a sociedade.

A atividade policial se demonstra extremamente complexa e sutil, e, portanto, é


utópico deduzir todas as suas repercussões possíveis no plano do caso concreto em
meros protocolos oriundos de um arcabouço jurídico que tampouco é capaz de prever
todas as incrementações fortuitas do comportamento humano. Diante do contexto, é
que surge a afirmação de que o policial, o legítimo operador da segurança pública, não
pode se dar ao luxo de ser um mero repetidor de protocolos, todavia, ‘como é possível
ao policial atuar de forma plena, diante de parâmetros protocolares falíveis e
contestáveis, e mesmo assim, entregar o mais eficiente e aceitável dos resultados em
perfeito diapasão com o arcabouço jurídico?’

Em verdade, não há protocolo, ou ordem de engajamento no mundo da realidade


capaz de prever o imprevisível, e por esse motivo, o fator humano, no que tange ao
operador, é ainda o mais importante dos fatores a serem considerados, pois, no fim,
independentemente de qualquer letra de lei ou manual, é a ação de um indivíduo
inserido no contexto coletivo, que vai de fato resolver da ocorrência mais simples ao
evento crítico da mais alta complexidade.

É o “timing” perfeito do operador que executa o disparo, ou do que lança mãos de


técnicas de projeção e imobilização durante sua janela de oportunidade; É a
sagacidade e a coragem do operador que adentra um ambiente hostil sob fogo do
algoz; É a velocidade de decisão e capacidade de controle emocional para executar
tarefa técnica sob pressão; É a agressividade controlada somada à inteligência do
homem que executa a Estratégia oriunda dos comandantes, aplicando as Táticas
coletivas e as Técnicas individuais, enfim, é o fator humano, no jargão operacional
norte americano “boots on the ground”, este sim, é quem vai verdadeiramente
entregar o mais eficiente e aceitável resultado no plano da realidade.

Diante da problemática em tela, e, como forma de responder ao questionamento


filosófico, surge então o conceito do Operador Cientista, mas, para compreender o
conceito em sua plenitude, se faz necessário abstrair-se em profunda reflexão, haja
vista, a própria concepção de Operador Cientista, cujo radical da terminologia remete
naturalmente ao fomento do desenvolvimento intelectual e científico através do
estudo e sedimentação dos conhecimentos que permeiam e fundamentam o
verdadeiro significado e sua respectiva aplicação.

É por esse motivo que o estudo em tela se faz inescusável, uma vez que seus efeitos
conferem ao operador de segurança pública a maior segurança jurídica possível, de
forma que nenhum outro fator, que não os presentes no Teatro de Operações,
interfiram nas decisões e ações do policial.

Em toda a história, na crônica das guerras e grandes conflitos, é possível verificar, que,
impreterivelmente, os vitoriosos são os que melhor se prepararam nos tempos de paz.
Neste diapasão, a imersão no conceito do “Operador Cientista” visa incentivar a busca
pela plenitude do desenvolvimento técnico científico, por iniciativa do próprio policial,
motivada por uma livre vontade de se tornar o melhor profissional possível, e, pela
convicção de que o caminho para a excelência é o aperfeiçoamento constante.

Tal exercício intelectual proporciona uma mudança comportamental direcionada e


parametrizada nos moldes necessários à atuação policial no plano da realidade,
tirando o conceito do plano da abstração, e, transformando a ideia em um conjunto de
hábitos virtuosos, capazes de potencializar a eficiência do policial, uma vez, que, quem
pensa, fala, pratica e se habitua, ou seja, a construção do “Operador Cientista”, ou, do
“Policial Ideal”, se principia no plano das ideias, no desenvolvimento intelectual que
promove a conscientização de que se faz necessário pensar e agir como Estado,
independente de seu conjunto de crenças pessoais.

Mas eis que surge outra problemática: “Por que o policial deve pensar e agir como
Estado?” Ora, a resposta deveria ser óbvia, e na verdade é, todavia, aos que ainda não
são plenos Operadores Cientistas, se faz necessário explicar. Em algum momento
impossível de precisar na história da humanidade, o homem naturalmente livre passou
a buscar um equilíbrio entre liberdade e segurança através da comunhão com outros
homens. Dessa união harmoniosa surgiu o gérmen da sociedade que se desenvolveu
em torno de um conjunto de regras para os fins de manutenir as relações dentro dos
grupos sociais.

Como consequência natural, para os fins de promover uniformidade, união, sintonia,


concordância, concórdia, compatibilidade, e, conformidade entre todos os membros
da sociedade, o homem abdica de sua liberdade plena em troca de uma liberdade
parametrizada em proveito do bem comum, e, para tanto, abre mão de seu poder de
punir, ou, do poder de fazer justiça com as próprias mãos, e transmite esse poder de
fazer justiça, o “Ius Puniendi”, a um ente supremo e intangível, responsável pela
preservação e manutenção do pacto social através de ações de fiscalização e controle,
eis então que surge o Estado, exclusivo detentor do “Poder de Punir”, para os fins de
fazer cumprir a vontade do coletivo, soberana sobre as vontades individuais.

Por conseguinte, nos primórdios da sociedade, a vontade do coletivo carecia de


parâmetros bem definidos, diametralmente opostos aos parâmetros do direito
natural, onde cada indivíduo agia de acordo com suas próprias concepções, vontades e
necessidades, sem se importar com a repercussão de suas ações nas vidas de outrem.
Dessa forma, surge o direito positivo, ou seja, o códex jurídico que passou por diversos
momentos e influências, até o modelo atualmente em voga.

O surgimento da Lei positivada, e, o desenvolvimento do arcabouço jurídico


proporcionou os referenciais necessários para que o Estado então passasse a atuar de
maneira plena como fiscalizador e controlador com o objetivo de monitorar e
preservar o pacto social. E para os fins de instrumentalizar a abstração no plano da
realidade, o Estado organiza seus poderes, se corporifica em Instituições, e, se
personifica em agentes oriundos da própria sociedade que o constituiu.

Dentre os poderes do Estado, para os fins do presente estudo, destaca-se o Poder de


Polícia, com o qual, o Estado atua no plano da realidade na fiscalização e controle
diretos dos membros da sociedade, que devem pautar seus comportamentos nos
critérios referenciados pela Norma Jurídica. Todavia, eis que surge mais uma
problemática: “Se o Estado é intangível, quem seria capaz de instrumentalizar o Poder
de Polícia no caso concreto?” Como resposta, o Estado outorga o Poder de Polícia a
agentes selecionados através de processos e métodos pautados em letra de lei,
agentes então denominados policiais, e, na outorga, os agentes são dotados de três
atributos primordiais, que repercutem deveres. Os atributos são autoexecutoriedade,
discricionariedade, e, coercibilidade, onde se encontram contido o “Ius Puniendi” em
frações necessárias ao desenvolvimento do escopo da atividade policial.

Dessa forma, o estudo em tela é pautado nos conceitos de preparação, prevenção,


resposta eficiente, e, melhor resolução aceitável, de acordo com, Princípios, Diretrizes,
Objetivos, Estratégias, Meios e Instrumentos, previstos na Carta Magna e em
legislações esparsas das quais se destacam a Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018,
que institui o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), e, cria a Política Nacional de
Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), combinado com os referenciais
apresentados na Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010, que,
estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública, bem
como, nos moldes da Letra da Lei, e, em seus desdobramentos jurídicos nas aplicações
no plano da realidade, bem como, em ampla fundamentação histórico-filosófica.

Diante de todas as intelecções, surge a resposta para a problemática primordial sobre


o tema: “Qual a razão para que o policial se empenhe em se tornar um verdadeiro
Operador Cientista pleno?” Ora, se compete ao Policial a nobre missão de personificar
o poderoso Estado que lhe outorgou o Poder de Polícia, fica óbvio, que, a esse agente,
não cabe margem de erro diante da estrita legalidade da administração pública,
indissociável de suas ações. Importante destacar, que, se de fato, os protocolos e as
leis das quais são oriundos, não abarcam todas as variantes comportamentais,
espaciais, e, situacionais, cabe ao policial o labiríntico encargo de quando diante de
uma ocorrência que apresente consequências imponderáveis, decidir quais ações
empregar para solucionar o evento em perfeita conformidade com os referenciais
jurídicos, e foi exatamente para este fim, que o legislador, prevendo o contexto em
tela, em nome do Estado, na outorga do poder de polícia, transferiu também seus
atributos, dos quais se destaca a discricionariedade, que serve ao fim de sanar esta
lacuna legal.

Exatamente no momento de valer-se do atributo da discricionariedade é que o


conhecimento das Ciências Jurídicas Aplicadas à Atividade Policial, associado ao
embasamento das Ciências Policiais, aos Rudimentos Técnicos, Táticos e Estratégicos,
bem como, à Consciência Empírica, são imprescindíveis para fundamentar a
capacidade valorativa do Operador Cientista ao propósito maior da atividade policial,
ou seja, “fazer cumprir a norma jurídica no plano da realidade nos casos concretos”,
quando não existir previsão protocolar.

Entretanto, cientificidade e tecnicidade por si só não bastam, haja vista, que, o fator
humano é indissociável, e, portanto, influencia diretamente nas decisões do policial. A
vista disso é preciso diligenciar uma adequação na esfera do pensamento que vise
dissociar as crenças de viés particular do processo decisório, de forma a viabilizar uma
deliberação puramente legal, livre de influências provenientes de fontes alheias ou
diametralmente opostas à estrita legalidade. E surge uma nova problemática: “Como
vislumbrar esses conceitos complexos de maneira prática?” A resposta é simples,
desenvolvendo um novo padrão de tomada de decisão para aplicação na esfera
profissional onde se faz necessário suprimir do processo decisório a representação dos
ideais, e, valores morais e culturais do indivíduo, porquanto, não há que constar na
equação resolutiva qualquer fator ligado ao superego.
Em termos elementares, para se tornar um verdadeiro Operador Cientista, se faz
necessário unir o melhor dos dois mundos, ou seja, é preciso ser um excelente
profissional no que tange às habilidades de aplicação individual e coletiva na esfera
técnica, tática, e, operacional, e ser de fato, um estudioso de toda ciência que permeia
e embasa a atividade policial de forma a ser capaz de executar as ações do escopo com
fluidez e eficácia, e, ao mesmo tempo, decidir com base científica, livre de opiniões de
viés particular.

Para sedimentação dos critérios inteligentes de atuação nos moldes apresentados,


existe um método infalível, que visa não só a parametrização comportamental, mas
serve também ao propósito de explicitar a razão de cada uma das decisões tomadas e
respectivas ações empregadas no plano do caso concreto. O método apresenta uma
espécie de escopo genérico que pode ser aplicado na elaboração de documentos de
diversas naturezas com o desígnio muito além de fundamentar quaisquer resultados
naturalísticos da ação policial, mas, de demonstrar a ciência e a técnica empregada em
cada ação de forma consciente e altamente profissional, com o intuito de evidenciar a
quaisquer juristas, autoridades ou órgãos controladores, e, fiscalizadores, o alto grau
de profissionalismo empregado nas ações de um Operador Cientista, fato, que, valida e
legitima as ocorrências, os procedimentos, as condutas, as execuções, os resultados e
os efeitos das ações empregadas no evento crítico. O método consiste no exercício
cognitivo no que afeta a essência, na elucubração sobre como adequar
comportamentos ao resultado intencionado no texto, bem como, na aplicação dos
conceitos intrínsecos, contidos no seguinte escopo genérico, denominado “Reza”:

“Um membro da sociedade, pessoa livre ou em situação de privação de liberdade,


vez por outra, apresenta um comportamento não condizente com os parâmetros do
pacto social, ou, com sua condição de tutelado do estado, e, nesse ínterim, quando
todas as possibilidades de resolução pacífica se mostram ineficazes, se faz necessário
lançar mãos dos meios técnicos adequados, para, se fazer cumprir a norma jurídica
no plano do caso concreto.”.

Para melhor compreensão é preciso anatomizar a “Reza”:

 “Um membro da sociedade...” - Demonstra a percepção macro daquele que


opera e tem consciência de que suas ações abrangem efeitos muito além do
indivíduo, e, que, ao mesmo tempo, é capaz de discernir que as ações de um
indivíduo podem inferir diretamente no equilíbrio da paz social.
 “..., pessoa livre ou em situação de privação de liberdade...” - Evidencia a
capacidade valorativa do operador diante do complexo contexto social que
abrange um amplo âmbito de atuação e o conhecimento no que concerne a
individualização do tratamento consoante à norma jurídica específica que rege
o indivíduo de acordo com sua condição perene ou transitória.
 “... vez por outra, apresenta um comportamento não condizente com os
parâmetros do pacto social, ou, com sua condição de tutelado do estado...” -
Certifica a competência de valorar de maneira eficaz o comportamento do
indivíduo em concatenação com o arcabouço jurídico, ou seja, comprova a
cientificidade aplicada na análise.
 “... e, nesse ínterim, quando todas as possibilidades de resolução pacífica se
mostram ineficazes...” - Assevera que o policial aferiu proveito de um
pensamento progressivo no que diz respeito ao emprego do atributo da
coerção, buscando as formas menos invasivas e mais harmoniosas possíveis na
esfera do uso diferenciado da força.
 “... se faz necessário lançar mãos dos meios técnicos adequados...” - Corrobora
o conhecimento e capacidade técnica e intelectual do policial para discernir
sobre o uso diferenciado da força, sua necessidade, proporcionalidade e
razoabilidade.
 “... para, se fazer cumprir a norma jurídica no plano do caso concreto.” -
Testifica a probidade das ações policiais, frutos de processo decisório com
alicerce puramente científico, e, objetivo essencialmente fundamentado na
supremacia do interesse público, nos deveres oriundos do poder de polícia, nos
princípios constitucionais, nos princípios orientadores da segurança pública e
da atividade policial, e na juridicidade que ampara a manutenção da paz e do
pacto social, através da mais eficiente ferramenta de controle social do Estado,
a Aplicação da Letra da Lei.

Insta salientar, que, a linguagem empregada na redação do presente trabalho foi


estrategicamente adequada de forma a traduzir em imagens mentais, uma coleção de
concepções altamente complexas que demandam a prática da filosofia e da
hermenêutica jurídica, através de analogias plausíveis, com o objetivo de desmistificar
e traduzir a abstração da letra da lei, doutrinas, princípios, conceitos e protocolos, para
o plano da aplicação prática nos inúmeros desdobramentos do caso concreto, sem
desrespeitar a norma culta, ferir o formalismo, ou, ignorar o tecnicismo, indissociáveis
e imprescindíveis ao desenvolvimento do pensamento crítico e da visão analítica,
necessária ao operador, para que este, possa melhor servir diante de quaisquer
ocorrências.

Ainda no que concerne à linguagem, esta também é uma ferramenta primordial para o
desenvolvimento intelectual, e, respectivamente, por consequência lógica, para o
aprimoramento comportamental, diante do exercício intelectual necessário à cognição
e expansão do vocabulário, e, do emprego de diferentes modelos de comunicação
verbal e escrita em conformidade com a linguagem do Estado. Convém enfatizar, que,
a linguagem do Estado é técnica e formalista, e, mais uma vez, lançando mãos da
filosofia, para buscar o caminho da essência do “Operador Cientista”, se ao policial
cabe personificar o Estado e atuar como sua “longa manus” no plano da realidade,
nada mais apropriado que auferir proveito do mais nobre vernáculo.

Ao se comunicar com técnica e formalismo, o policial naturalmente, harmoniza o


comportamento à fala, e, além da benesse de desenvolver o virtuoso hábito da
comunicação escorreita, transmite a autoridade no falar, que, por consequência lógica,
demonstra a presença do Estado personificado no operador. A articulação apurada
provoca reações extremamente positivas na dinâmica de comunicação, fazendo com
que o receptor da mensagem se torne mais suscetível ao argumento apresentado, de
forma a gerar um livre convencimento sugestionado de acordo com a aspiração do
operador, ou seja, mais uma vez, se demonstra a eficácia da sequência lógica da
evolução do aprimoramento humano, sintetizada na frase: “Quem pensa, fala, pratica,
e, se habitua.”, e quem desenvolve bons hábitos a partir de bons pensamentos, boas
falas, e, boas práticas, esculpe comportamentos profissionais irrepreensíveis.

Diametralmente oposto acontece quando o policial emprega linguagem inadequada


com gírias, impropérios, ou, obscenidades em suas dinâmicas de comunicação, ou seja,
uma interlocução inapropriada desconstrói a imagem associada ao Estado que este
personifica, e afasta a concepção de autoridade da pessoa do policial.

O presente estudo é apenas uma humilde síntese sem pretensões amplas, com o
intuito de apresentar e trazer luzes a um inovador modelo de Policial Ideal, que
depende apenas da vontade e da ação do próprio operador e que na realidade merece
um estudo muito mais profundo. Em resumo, tanto a imagem, quanto o teor dos
argumentos, bem como, as capacidades de resolução de problemas através de um
processo decisório pautado puramente em ciência, técnica, e, empirismo, são
produtos de um ciclo virtuoso que demandam muito além do mero estudo e da
eventual prática. Para se tornar um “Operador Cientista” pleno é preciso adotar um
novo paradigma de vida, um verdadeiro sacerdócio de dedicação integral à atividade
policial em todas as suas vertentes. É fundamental se entregar ao aprendizado
constante, ao treinamento sistemático, às operações reais, e ao nobre magistério,
moldar o caráter e elevar a moral através da honra à heráldica, ao lema, ao juramento,
e, à bandeira, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício.

“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a
espada de que se serve para defendê-lo. A espada sem a balança é a força
brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito.”
Rudolf Von Ihering

Policial Penal, Professor, Bacharel em Direito, Tecnólogo em Gestão Pública, Especialista em Direito
Público, Especialista em Políticas e Gestão em Segurança Pública, MBA em Direito Penal e Processo
Penal, Licenciado ONU em Direito Internacional Humanitário e Direito dos Conflitos Armados.
REFERÊNCIAS

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constituição.htm. Acesso em: 30 de
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BRASIL, Portaria Interministerial Nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010. Diretrizes
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https://dspace.mj.gov.br/handle/1/3871. Acesso em: 30 de junho de 2023.
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FERREIRA. André Da Silva. Gerenciamento de Crises Prisionais – Doutrina Especial. 1 ª
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FERREIRA. André Da Silva. O Uso Progressivo da Força - A Aplicação da Norma Jurídica
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https://silvaferreirajuris.jusbrasil.com.br/artigos/721024779/o-uso-progressivo-da-
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IHERING, Rudolf Von. A Luta pelo Direito. 6ª ed. São Paulo. Revista dos Tribunais, 2012
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