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Larissa Primoselli Busch

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Obrigações 2
Apostila de Direito Civil por @rumo_direito

Obrigação de fazer

1. O que é?
• Um dever positivo de prestação de um serviço humano que seja geral e lícito.
• Exemplo: contratar uma equipe de pedreiros para que eles
construam sua casa é uma obrigação de fazer, pois se trata de
um serviço humano.

2. Legislação
• Está presente nos artigos 247 a 249 do Código Civil.

3. Tipos de obrigação de fazer


• Existem 2 tipos de obrigação de fazer:

Pode ser
Fungível
substituída
Obrigação de
fazer
Não pode ser
Infugível
substituída

4. Obrigação fungível
• A obrigação de fazer fungível pode ser substituída por outra pessoa.
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• Ou seja, a prestação a princípio deve ser prestada pelo devedor, mas caso a
pessoa não cumpra, outra pessoa pode fazer no lugar dele.
• Exemplo: Você contratou um pintor específico para pintar sua
casa, mas ele não conseguiu fazer a pintura e mandou outro
pintor no lugar dele.

5. Obrigação infungível
• Somente pode ser prestada pelo devedor.
• Ou seja, é insubstituível. Mais nenhuma pessoa pode fazer a obrigação pelo
devedor.
• A obrigação pode ser infungível, por conta:

Das qualidades específicas daquela pessoa

Cláusula contratual que esecifique que aquela


obrigação é infungível

• Exemplo: Ana contratou a Anitta para tocar no seu aniversário. Não pode ir
outra pessoa no lugar da Anitta, pois a Ana quer que especificamente seja o
show dela.
• Nesse caso, se o devedor não fizer a obrigação ele tem que pagar
perdas e danos.

Obrigação de não fazer

1. O que é?
• É um dever negativo, de abstenção, ou seja, a pessoa não pode fazer
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• A obrigação de não fazer pode surgir:


- Da lei;
- Ou do Contrato.
• Exemplo: Ana foi contratada pelo BBB, e no seu contrato estava
estabelecido que ela não poderia contar quem são os
participantes do próximo BBB antes deles serem divulgados. Essa
é uma obrigação de não fazer.
• Exemplo 2: A lei estabelece que não pode construir uma casa muito próximo
de seu vizinho.

2. Legislação
• Está presente no artigo 250 e 251 do Código Civil.

3. Tipos de obrigação de não fazer


• Existem 2 tipos de obrigação de não fazer, são eles:

Pode ser
Instantâneo
substituída
Obrigação de
não fazer
Não pode ser
Permanente
substituída

4. Obrigação Instantânea
• Também pode ser chamada de obrigação transeunte.
• Ela é irreversível, então não admite desfazimento, não dá para voltar atrás.
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• Exemplo: A Ana divulga quem estará do BBB sendo que no seu contrato ela
não poderia divulgar. A Ana não tem como reverter a divulgação, por isso a
obrigação dela é uma obrigação instantânea.

5. Obrigação permanente
• É reversível, então tem como voltar atrás.
• Exemplo: Uma loja fez um contrato com outra uma rede de
supermercados, para não ter nenhum supermercado dessa rede
a menos de um raio de 5 km. Se foi construída o supermercado
próximo da loja, ele pode se mudar, então é uma obrigação
permanente.

Obrigação alternativas

1. O que é?
• A obrigação alternativa ocorre quando há mais de duas opções para que se
possa fazer.
• Ou seja, tem uma única obrigação, que pode ser cumprida de uma forma ou
de outra.
• Exemplo: Antônio combinou com Márcio, que Antônio iria lhe
dar uma vaca ou um bezerro. Ou um ou outro. Então é uma
obrigação alternativa.

2. Legislação
• Presente no artigo 252 a 256 do Código Civil.
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3. Quem escolhe na obrigação alternativa?


• Quem promove a escolha, via de regra, é o devedor.

Mas pode se
Quem faz a É o devedor
estipular o
escolha (regra)
contrário

• Mas no contrato, pode se combinar ao contrário.


• Exemplo: Caberá ao Antônio escolher se ele vai dar a vaca ou o bezerro a
Márcio.
• Então, quando não se menciona quem irá escolher, quem escolhe é o
devedor.
• Segundo o artigo 252 do Código Civil:
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra
coisa não se estipulou.
• O devedor não pode obrigar o credor a ficar com outra coisa, do qual não
estavam nas opções.
- Exemplo: Carol combinou com Beatriz que a daria 20
computadores ou 20 tablets. A Carol não pode obrigar
Beatriz a receber 10 computadores e 10 tablets, porque o
que foi combinado foram ou todos os 20 computadores
OU todos os 20 tablets.

4. Obrigações periódicas
• Quando tem que dar uma obrigação alternativa repetidamente a um certo
período de tempo, pode escolher o que for dar a cada período de tempo.
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• Exemplo: Todo dia 10 do mês, Carol tem que dar ou um celular, ou um


computador a Ana. Todo dia 10, Carol pode dar uma dessas duas coisas,
então se ela deu o celular um mês, no próximo ela pode dar o computador.

5. Pluralidade de optantes
• Quando tem vários optantes para decidir o que será dado e eles não
entrarem em acordo, quem decidirá o que será dado é o juiz.

6. Prestação impossível
• Se uma das prestações se tornar impossível, o devedor tem que dar a que
sobrou.
• Exemplo: Carol tem que dar um celular ou um computador a Ana, mas o
celular quebrou. Então, a Carol tem que dar o computador.
• Segundo o artigo 253 do Código Civil:
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou
se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
• Se o contrato estabelece que o credor que escolheria o objeto, e após ele
escolher o devedor perder esse objeto que foi escolhido, o credor pode
escolher entre receber o outro objeto que tinha como opção ou pode pedir
o valor do objeto que foi perdido com perdas e danos.
- Segundo o artigo 255 do Código Civil:
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-
se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a
prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por
culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá
o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por
perdas e danos.
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- Exemplo: Caio estabeleceu com João que daria um carro


ou uma moto a João, e caberia a João decidir com qual
ficaria. João decide o carro. Se o Caio bateu o carro, João
pode exigir que Caio pague o valor integral do carro ou lhe dê a moto.

Obrigações divisíveis e indivisíveis

1. O que é?
• As obrigações divisíveis ou indivisíveis estão ligados ao objeto da
obrigação.
• Essa modalidade só tem relevância quando se tratar de mais de
um credor e/ou mais de um devedor na mesma obrigação.

O objeto pode
Divisíveis
ser divido
Obrigações
O objeto não
Indivisíveis
pode ser divido

2. Legislação
• Presente nos artigos 257 até 263 do Código Civil.

3. Obrigações divisíveis
• Ocorre quando o objeto dessa obrigação dá para dividir.
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• Exemplo: Quando a obrigação é dar uma quantia em dinheiro, essa


obrigação é divisível, pois o dinheiro dá para dividir exatamente
entre as pessoas.

4. Obrigações indivisíveis
• Ocorre quando o objeto dessa obrigação não dá para dividir.
• Exemplo: Tomás tem que dar um cavalo a duas pessoas, essa
obrigação é indivisível pois não dá para dividir igualmente o cavalo.

Obrigação divisível

1. Regra para obrigação divisível


• Se a obrigação é divisível, ela será dividida igualmente em quantos credores
ou devedores existirem.
• Segundo o artigo 257 do Código Civil:
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação
divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas,
quantos os credores ou devedores.
• Exemplo: Bento deve R$ 10.000 para 2 pessoas, Pablo e Renato. Como
dinheiro é divisível, Caio tem que pagar igualmente para os dois. Ou seja,
Pablo ficará com R$ 5.000 e Renato com os outros R$ 5.000.

2. Vários devedores
• Se tem vários devedores na obrigação divisível, o credor só pode cobrar a
cota parte de cada um.
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• Exemplo: Ana emprestou R$ 5.000 de Luíza e de Carla. Ana só pode cobrar


R$ 2.500 de Luíza e R$ 2.500 de Carla, pois dinheiro é divisível e cada uma
das duas só pode ser sobrada pela sua cota parte correspondente.

Vários devedores Credor só pode


- obrigação cobrar o que cabe
divisível a cada devedor

3. Vários credores
• Se tem vários credores na obrigação divisível, cada credor só pode cobrar
pela sua cota.
• Exemplo: Bento deve R$ 10.000 para 2 pessoas, Pablo e Renato. Pablo só
pode cobrar de Bento os R$ 5.000, que é sua cota-parte pois dinheiro é uma
obrigação divisível.

Vários credores Credor só pode


- obrigação cobrar o que
divisível cabe a ele

Obrigação Indivisível

1. Vários devedores
• Na obrigação indivisível, cada devedor é responsável pela dívida toda, mas
o devedor que pagar toma o lugar de credor e pode cobrar as cotas dos
devedores que não pagarem.
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• Exemplo: Ester e Gabriela tem a obrigação de entregar um cavalo a Flávia.


Tanto Ester quanto Gabriela têm a obrigação de entregar o cavalo inteiro.
Então, se Gabriela entregar o cavalo a Flávia, a obrigação com Flávia se
encerra. Mas Gabriela agora passa a ser credora de Ester, e poderá cobrar
em dinheiro metade do valor do cavalo de Ester.

Se um devedor
pagar, ele virá
Todos
Vários credor dos
devedores são
devedores - outros
responsáveis
obrigação devedores, e
pela obrigação
indivisível pode cobrar a
inteira
cota parte de
cada um

2. Vários credores
• Quando se tem vários credores na obrigação indivisível, cada credor poderá
exigir a dívida toda. E o devedor pode pagar de duas formas:

O devedor pode pagar:

A um dos credores
A todos os credores mediante caução de
conjuntamente ratificação (autorização)
dos demais credores.

• O credor que receber o objeto da obrigação sozinho, tem que pagar as


outros credores cada cota-parte.
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• Exemplo: João tem que dar um carro a Gabriel e a Gustavo. João tem a
opção de dar o carro a Gabriel e a Gustavo juntos. Ou dar o carro só a
Gustavo, ou só a Gabriel, desde que tenha autorização do outro que não
receberá o carro. Se João só dar o carro a Gustavo, Gabriel pode cobrar
Gustavo pela metade do valor do carro.

Obrigações Solidárias

1. Legislação
• Está presenta nos artigos 264 ao 285 do Código Civil.

2. Sobre a solidariedade
• Na solidariedade não importa se o bem é divisível ou indivisível!
• Só há solidariedade quando há mais de um credor e/ou
devedor.
• A solidariedade não se presume, decorre da lei ou vontade
das partes que determinam no contrato. Enquanto, na obrigação indivisível
os credores e devedores podem exigir ou pagar a prestação por inteiro, pela
impossibilidade de se exigir em parte.
• Entretanto, na solidariedade pouco importa a natureza da prestação
(indivisível ou divisível), pois cada um dos credores pode exigir o todo, pois
ele tem direito ao todo. E cada devedor deve o todo.
• Segundo o artigo 265 do Código Civil:
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das
partes.
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3. Tipos de solidariedade
• Existem 2 tipos de solidariedade: passiva e ativa.

Vários
Ativa
credores
Solidariedade
Vários
Passiva
devedores

Solidariedade ativa

1. O que é?
• Quando há mais de um credor e eles são solidários entre si.
• Todos os credores têm direito ao todo.
• Ou seja, qualquer um dos credores pode exigir do devedor o pagamento do
todo.

Se o devedor
pagar a um dos
Todos credores credores, o
Credores podem cobrar a credor que
solidários totalidade da recebeu tem
obrigação que pagar a
cota-parte dos
outros

2. Extinção da dívida
• A dívida se encerra quando o devedor paga a um dos credores.
- Segundo o artigo 269 do Código Civil:
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Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a


dívida até o montante do que foi pago.
• Enquanto um dos credores não cobrar o devedor, poderá o devedor pagar
a qualquer um dos credores.
• Não é necessário a autorização dos outros credores para que um credor
receba o total da obrigação individualmente.
- Segundo o artigo 268 do Código civil:
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o
devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.

3. Remissão
• Quando um dos credores perdoa o devedor, o devedor ainda tem que pagar
aos demais a cota que cabe a eles.
• Exemplo: Ana e Caio são credores solidários de Fran no valor de R$ 1.000.
Ana perdoa a dívida de Fran, entretanto Caio ainda pode cobrar R$ 500 de
Fran, tendo em vista que é a sua cota-parte.
• Segundo o artigo 272 do Código Civil:
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento
responderá aos outros pela parte que lhes caiba.

4. Campo processual
• Um dos credores pode ajuizar ação contra o devedor. Se esse credor perder
ação, isso não atinge os demais credores, então os outros credores também
podem entrar com ação. Mas, se esse credor ganhar a ação, os demais
credores irão se beneficiar da sentença.
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• Exemplo: Danilo deve R$ 3 mil a Carlos e Humberto. Danilo pode pagar os 3


mil reais tanto a Carlos quanto a Humberto sem a necessidade de
autorização. Ou seja, Se Danilo só pagar o valor a Carlos ele não precisa da
autorização do Humberto, mas depois Carlos tem que pagar a cota-parte
correspondente a Humberto, que seria de 1.500 reais.
• Como consta no artigo 274 do Código Civil:
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os
demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em
exceção pessoal ao credor que o obteve.

Um credor entra
com ação contra
o devedor

Se o credor Se o credor
perder a ação ganhar a ação

Não atinge os Atinge os outros


outros credores credores

Solidariedade passiva

1. O que é?
• Todos os devedores são responsáveis pelo todo.
• O credor pode cobrar a dívida toda ou parcial de qualquer um dos
devedores.
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• Assim, o credor pode escolher a quem ele quer cobrar, a quem ele quer
ajuizar uma ação.

Se um devedor
Todos pagar, ele vira
devedores são credor dos
Devedores
responsáveis outros
solidários
pela totalidade devedores, para
da obrigação que cada um
pague sua cota

2. Extinção da dívida
• Se um dos devedores fizer o pagamento total, ele pode cobrar os outros
devedores que não pagaram a sua cota-parte respectiva.
- Artigo 283 do Código Civil:
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir
de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por
todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as
partes de todos os co-devedores.
• Se um dos devedores pagar parte da obrigação, o resto da dívida ainda pode
ser cobrado por ele e pelos outros devedores. Ou seja, se um devedor
específico pagar parte da obrigação, não se encerra a obrigação para ele.

Extingue a
dívida com

o pagamento
total da
dívida
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5. Campo processual
• Se o credor ajuizar ação contra um devedor, não significa que ele renunciou
os outros devedores.
• Se só um dos devedores sofrer ação do credor, esse devedor pode
promover uma intervenção denominada chamamento ao processo, para
chamar os outros devedores da obrigação no processo.
• Exemplo: Vitória e Júlia são devedoras solidárias de Renata, e devem 2 mil
reais. Renata pode cobrir o valor de R$ 2 mil tanto só de Vitória quanto só
de Júlia. Se Renata propor uma ação de cobrança somente contra Vitória,
não significa que ela não possa mais cobrar de Júlia.

4. Exoneração da solidariedade
• O credor pode exonerar um ou vários devedores da solidariedade.
• Segundo o artigo 282 do Código Civil:
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns
ou de todos os devedores.
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais
devedores, subsistirá a dos demais.
• Essa exoneração significa que o devedor exonerado ainda deve, mas não de
forma solidária, ou seja, eles só serão responsáveis pela sua cota parte.
• Exemplo: Caio, Gustavo e Tadeu são devedores solidários de Joana no valor
de R$ 300,00. Ela exonerou Caio da solidariedade, isso significa que Caio só
terá que pagar só sua cota de R$ 100,00.

5. Remissão do devedor
• O credor também pode perdoar a dívida de um dos devedores.
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• Isso se chama remissão, e está presente no artigo 277 do Código Civil:


Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por
ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da
quantia paga ou relevada.
• Esse perdão significa que o devedor perdoado não é mais devedor, ou seja,
não é mais responsável pela dívida.
• Se o credor perdoou um devedor, os outros não são perdoados
automaticamente também.
• Exemplo: Caio, Gustavo e Tadeu são devedores solidários de Joana no valor
de R$ 300,00. Ela perdoou Caio da solidariedade, isso significa que Caio não
terá que pagar nada.

6. Devedor insolvente
• A cota do devedor insolvente será dívida entre os outros devedores,
inclusive de quem foi exonerado da solidariedade.
• Segundo o artigo 284 do Código Civil:
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os
exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação
incumbia ao insolvente.
• Exemplo: Gustavo, Sérgio, Romeu e Cláudio devem solidariamente R$
400,00 para Alexia. Gustavo se tornou insolvente, ou seja, ele não tem
nenhum bem para pagar a dívida. Então, a cota-parte de Gustavo (R$
100,00) terá que ser dívida entre os outros 3 devedores. Ou seja, agora
Sérgio, Romeu e Cláudio tem a cota parte de R$ 33,33 (parte do insolvente)
mais R$ 100,00 (cota-parte original) que da R$ 133,33.
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7. Dívida que interessa a um dos devedores


• Se a dívida interessar somente a um dos devedores, esse devedor não terá
direito de exigir a cota-parte dos demais.
• Artigo 285 do Código Civil:
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores,
responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
• Exemplo: Rogério é fiador de Raquel. Raquel paga devidamente seu aluguel.
Raquel não pode cobrar metade do aluguel de Rogério mesmo eles sendo
devedores solidários, tendo em vista que Rogério é fiador, e que a dívida só
interessa a Raquel.

Obrigação Subsidiária

1. O que é?
• Na subsidiariedade, o devedor subsidiário só paga a dívida caso o devedor
principal não pague.
• Há o benefício da ordem, ou seja, quem tem que ser cobrado primeiro pela
dívida é o devedor principal. Só se o devedor principal não pagar, que o
subsidiário pode ser cobrado para pagar.

Cobra o Devedor Cobra o


devedor principal devedor
principal não paga subsidiário

• Exemplo: Danilo é fiador de Carla do aluguel de um apartamento. O


proprietário do imóvel só pode cobrar o aluguel de Danilo caso Carla não
pague.
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2. Fiança
• Em regra, a fiança é garantia subsidiária. Entretanto, as partes podem
estabelecer que a fiança seja uma obrigação solidária.
• Ou seja, o fiador pode renunciar o benefício da ordem.
• Exemplo: Danilo é fiador de Carla do aluguel de um apartamento. Se estiver
estabelecido no contrato de aluguel que o fiador será solidário, o
proprietário do imóvel pode cobrar Danilo, independente se ele a Carla
ainda não foi cobrada.

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