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MAPAS M E N TA I S

DIREITO
CIVIL
por @viciodeumaestudante
OBRIGAÇÃODEDAR OBRIGAÇÃODEDAR
COISACERTA COISAINCERTA

O devedor fica comprometido a A coisa incerta será indicada,


entregar um bem individualizado, ao menos, pelo gênero e pela
seja ele móvel ou imóvel, ao credor. quantidade. (art. 243, CC)
O art. 244, CC dispõe: Nas coisas
Aqui o acessório segue o principal,
Conforme disposto no art. 233 determinadas pelo gênero e pela A qualidade será avaliada em
em regra. Por exemplo, se o devedor quantidade, a escolha pertence ao
do CC, a obrigação de dar coisa momento posterior (na escolha).
entrega uma gata prenha, os filhotes devedor, se o contrário não resultar
fazem parte da obrigação. certa abrange os acessórios dela
embora não mencionados, salvo do título da obrigação; mas não Aqui a coisa é genérica,
se o contrário resultar do título ou poderá dar a coisa pior, nem será não singular/única.
das cirscunstâncias do caso. obrigado a prestar a melhor.

Modal idadesdasobrigações
- quantoaoconteúdodoobjeto

OBRIGAÇÃOnegativa OBRIGAÇÃOPOSITIVA
denãofazer DEFAZER

O devedor se compromete a Quando um ato ou serviço é cumprido,


não praticar determinado ato ou seja, se o devedor tem que fazer
O art. 249, CC dispõe: Se o
que poderia ser praticado, se determinada coisa antes de entregar/dar,
fato puder ser executado por
não houvesse se obrigado. terceiro, será livre ao credor será uma obrigação de FAZER.
mandá-lo executar à custa do
O art. 250, CC dispõe: devedor, havendo recusa ou Divide-se em:
Extingue-se a obrigação de não mora deste, sem prejuízo da 1) Fungível: esse tipo de obrigação pode
fazer, desde que, sem culpa do indenização cabível. ser executada tanto pelo devedor quanto
devedor, se lhe torne impossível por terceiro.
abster-se do ato, que se obrigou 2) Infungível: somente o devedor pode
a não praticar.
executar a obrigação.
Modal idadesdasobrigações- QUANTOAOSELEMENTOS

simpl es compostas

Essas obrigações possuem


um objeto, um sujeito ativo Não existe
e um sujeito passivo. solidariedade presumida.
Ela nascerá da lei ou do PLURALIDADEDE PLURALIDADEDE
Se um desses acordo entre as partes SUJEITOS OBJETOS
Exemplo: compra e
elementos estiver (art. 265, CC).
venda de um
no plural, já não automóvel na loja. Podem ser: Dividem-se em:
será mais uma 1) Divisíveis: o objeto pode ser 1) Cumulativas: a conjunção
obrigação simples. dividido entre os sujeitos da ''e'' liga os objetos.
obrigação. Por exemplo: "O vendedor
2) Indivisíveis: o objeto não entrega um relógio E um
TOMENOTA! pode ser dividido entre os celular."
A obrigação solidária pode ser
sujeitos.
pura e simples para um dos
3) Solidárias: quando há mais 2) Alternativas: a conjunção
co-credores ou co-devedores
(art. 266, CC).
de um credor ou mais de um ''ou'' liga os objetos.
devedor (art. 264, CC). Por exemplo: "O vendedor
entrega um relógio OU um
celular."

aobrigaçãosol idária
aindasedivideem: Ativae
Passiva.
Modal idadesdasobrigações
- ASSOLIDÁRIAS

SOLIDARIEDADE SOLIDARIEDADE
ATIVA ENTRECREDORES ENTREDEVEDORES passiva

Vários credores (co-credores) Mais de um devedor (coobrigado)


e todos têm o direito de exigir, se obriga a pagar a dívida
de forma integral, a dívida ao integral com seu patrimônio.
devedor comum (art. 267, CC).
Porém, enquanto alguns dos O credor tem direito de exigir e receber
credores solidários não de um ou de alguns dos devedores,
demandarem o devedor comum, parcial ou totalmente, a dívida comum.
a qualquer daqueles poderá Se o pagamento tiver sido parcial, todos
este pagar (art. 268, CC). os demais devedores continuam
obrigados solidariamente pelo resto. (art.
275, CC)
O pagamento feito a um dos
Eseumdoscredores credores solidários extingue a
perdoar adívida? dívida até o montante do que foi Em caso de falecimeto de um dos devedores
O devedor fica livre e os outros pago (art. 269, CC).
solidários, deixando herdeiros, nenhum destes
credores irão exigir sua parte será obrigado a pagar senão a quota que
daquele que perdoou a dívida corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se
(art. 272, CC). a obrigação for indivisível, porém todos reunidos
Em caso de falecimeto de um dos serão considerados como um devedor solidário em
credores solidários, deixando relação aos demais devedores (art. 276, CC).
herdeiros, nenhum destes será obrigado
a pagar senão a quota que corresponder
ao seu quinhão hereditário. (art. 270,
CC).
Modal idadesdasobrigações
- quantoaomomentodecumprimento

deexecução
deexecução continuadaoude
INSTANTÂNEAS diferida tratosucessivo
Cumprida imediatamente em O cumprimento ocorre no futuro de Cumprida por meio de atos
um único ato. Por exemplo: uma vez só. Por exemplo: pagamento reiterados. Por exemplo:
compra e venda à vista. com cheque pré-datado. pagamento mensal de aluguel.

- quantoaosel ementosacidentais

Condicionais atermo Puras esimpl es

Para que se cumpra, é necessário um Para que se cumpra, é necessário um Não dependem de nenhum termo
acontecimento futuro e incerto (pode evento futuro certo ou incerto, inicial ou condição. Por exemplo:
acontecer ou não). Por exemplo: A ou final. Por exemplo: pagar entregar uma laranja sem ter que
costureira compra o tecido, mas combina determinada dívida em dia específico. dar explicações.
que só irá pagar se vender as roupas feitas
pelo tecido comprado.
FOrmasdeextinçãodasobrigações
Ocredor éobrigadoareceber
Pagamentodireto prestaçãodiversadaquel heédevida?
Quem efetua o pagamento é
chamado de solvens. NÃO, mesmo que seja mais valiosa
A prestação (objeto) é, (art. 313, CC).
devidamente, paga. O devedor Quem recebe o pagamento é
fica exonerado da obrigação, chamado de accipiens. Tratando-se de coisa divisível, o credor
pois a coisa foi entregue. não é obrigado a receber em partes, nem
o devedor a entregar, se não foi acordado
- Devedor entre eles (art. 314, CC).
Qualquer interessado na - Terceiro interessado
extinção da dívida pode - Terceiro não interessado
pagá-la (art. 304, CC). (art. 304, parágrafo único, O pagamento
CC). deve ser feito ao credor
ou a quem, de direito, o
representer, sob pena de
O terceiro não interessado O devedor que paga tem não valer (art. 308, CC).
tem o direito de reembolso, direito a quitação regular.
mas não se sub-roga nos
direitos do credor (art. 305,
CC). E, se pagar antes da oqueéa O pagamento feito ao credor O pagamento só será
dívida vencer, só tem direito quitação? putativo (imaginário), se for de eficaz se: o solvens
ao reembolso no vencimento boa-fé, será válido, ainda que estiver de boa-fé e o
(parágrafo único, art. 305, seja provado depois que não accipiens ser o
CC). É um instrumento que verdadeiro credor (ter
prova a exoneração do era credor (art. 309, CC).
aparência deste). Art.
devedor.
Ela sempre poderá ser
307, CC.
dada como instrumento
particular (art. 320, CC).
FOrmasdeextinçãodasobrigações
Pagamentodireto tempodopagamento

A dívida deverá ser paga no dia do


l ocal dopagamento As obrigações vencimento, se houver sido estipulado
condicionais irão se dia de pagamento, salvo disposição
O pagamento deve ser feito, em cumprir na data do em contrário (art. 331, CC).
regra, no domicílio do devedor dívida Dívida paga no implemento da
condição e cabe ao O art. 333, CC traz um rol de situações
(art. 327, CC). Entretanto, se houver quesível domicílio do
excepcionais em que se pode cobrar a
designado dois ou mais locais, o devedor. credor provar que o
REGRA! dívida antecipadamente:
credor pode escolher (art. 327, devedor teve ciência
parágrafo único). (art. 332, CC). - caso de falência do devedor ou de
dívida Dívida paga no concurso de credores;
E se for pagamento de coisa portável domicílio do - se os bens, sejam eles hipotecados
imóvel? credor. ou empenhados, forem penhorados
Será feito onde o bem estiver. EXCEÇÃO! em execução por outro credor;
- se cessarem ou se se tornarem
insuficientes as garantias do débito.
supressio
Se ocorrer motivo Por exemplo: João, ora devedor, efetua o
grave (inundação, Pagamento reiterado É a supressão que o pagamento reiterado na cidade ''A'', logo Maria,
doença etc) que feito em lugar diferente credor sofrerá de ora credora, perde o direito de receber na
do que foi acordado faz seus direitos em uma cidade ''B'', que era o local acordado.
impossibilite o
pagamento no local que presumir a renúncia do passagem do tempo.
foi determinado, pode credor ao local que foi
efetuar em lugar previsto (art. 330, CC).
diferente do que fora
acordado. Por exemplo: João, ora devedor, efetua o
surrectio pagamento reiterado na cidade ''A'', logo João
passa a adquirir o direito de receber em
O devedor sofre.
local diferente do que foi acordado.
Aqui, os direitos
nascem pelo tempo.
FOrmasdeextinçãodasobrigações
CONSIGNAÇÃOEM
PAGAMENTO SUB-ROGAÇÃO

1. Quando o credor se recusa a receber o A obrigação cumpre-se através de um


valor da dívida sem justa causa ou não puder; terceiro que adquire o crédito.
Por exemplo, o credor,
que é locador, recusa-se Aqui acontece uma substituição de
2. Quando o credor não for e nem mandar credores. A dívida permanece e o
receber a coisa no lugar, tempo e condição a receber o pagamento
de um aluguel, pois tem o devedor passa a dever ao terceiro.
devidos;
interesse em propor
3. Quando o credor for incapaz de receber, uma ação de despejo.
for desconhecido, declarado ausente ou
residir em lugar incerto ou de acesso
SUB-ROGAÇÃO
perigoso ou difícil; SUB-ROGAÇÃOLEGAL CONVENCIONAL
4. Quando ocorrer dúvida sobre quem é Independe de Depende de
legítimo para receber o objeto; declaração, seja do declaração, seja do
Art. 350, CC. Na credor ou do devedor. credor ou do devedor.
5. Quando pender litígio sobre o objeto do sub-rogação legal, o Decorre de lei.
pagamento. sub-rogado não poderá
exercer os direitos e as
ações do credor, senão
até à soma que tiver
desembolsado para
desobrigar o devedor.
FOrmasdeextinçãodas obrigações
pagamentoindireto

daçãoem compensação
pagamento novação

É quando o credor concorda em Aqui os credores são, ao mesmo Quando uma dívida é
receber objeto distinto daquele tempo, devedores uns dos substituída por outra.
que constituiu a obrigação. outros. Ocorre a extinção de duas
obrigações (art. 368, CC). A obrigação é extinta, mas
surge outra no lugar.
A dação em pagamento é
DIFERENTE de pluralidade
de prestações. A novação pode ser:
CONFUSÃO a) o devedor contrai com o credor nova
dívida para extinguir e substituir a anterior,
trata-se da novação objetiva;
Art. 356, CC. O credor
pode consentir em Aqui a pessoa é credora
b) o novo devedor sucede o antigo,
receber prestação devedora de si mesma.
ficando este quite com o credor, novação
diversa da que lhe é subjetiva passiva;
Por exemplo: João deve uma prestação ao
devida.
seu pai, Lucas. Porém, Lucas falece antes de
seu filho conseguir pagar, logo João se c) em razão da obrigação nova, outro
torna o único herdeiro. O crédito de Lucas credor é substituído ao antigo, ficando o
passa para seu filho, João, que passa a ser devedor quite com este, novação subjetiva
credor e devedor ao mesmo tempo. ativa. (art. 360, CC)
doinadimpl ementodasobrigações

absol uto inadimpl emento


inadimpl ementocul poso
fortuito
É quando a prestação, devido Também chamado de
Também chamado de
ao atraso, torna-se inútil para o INVOLUNTÁRIO.
VOLUNTÁRIO.
credor (art. 395, CC).
O devedor responde pelas perdas e Como o próprio nome já sugere,
danos juntamente com juros, decorre de caso fortuito ou força
Por exemplo: ''A'' encomenda um maior. EM REGRA, o devedor não
atualização monetária e honorários
bolo de casamento a ''B'', este
de advogado, conforme dispõe o responde pelos prejuízos.
não cumpre com a obrigação.
art. 389 do Código Civil. Logo, a entrega após a data do
Pode ser subdividido em: casamento se torna inútil. EXCEÇÕES:
- Expressamente se responsabilizou
pelo fato (art. 393, segunda parte,
RELATIVO CC);
- A que sua mora der causa (art. 395,
CC).
Diferente do absoluto, aqui
será possível o cumprimento
da obrigação mesmo após a
data estipulada.

Por exemplo: ''A'' contrata ''B''


para construir um muro em
determinada data, porém ''B''
não o faz. ''B'' pode fazer em
um outro dia.
doinadimpl ementodasobrigações
inadimpl emento inadimpl emento
absol uto rel ativo

Como o próprio nome ja Diferente do absoluto,


sugere, é quando o não aqui ainda é possível o
cumprimento de determinada cumprimento atrasado.
obrigação se torna inútil para
o credor.
Por exemplo: João contrata um
Por exemplo: Juliana encomenda um
pintor para que pinte sua casa
bolo de casamento, porém só lhe é
em determinada data. Caso
entregue após a data do casamento.
passe da data e não tenha
Dessa forma, o bolo torna-se inútil, pois
cumprido a obrigação, ainda é
tinha data certa para ser utilizado.
útil o serviço do pintor.

Com a prestação
tornando-se inútil, o credor
pode exigir perdas e danos.
doinadimpl ementodasobrigações
Amoraéoatrasonopagamento
ounorecebimento

MORADODEVEDOR MORADOcredor
SOLVENDI OU DEBENDI ACCIPIENDI OU CREDENDI

1) MORA EX RE: é aquela que o Consequências:


simples decurso do tempo irá constituir - Afasta, do devedor, a responsabilidade pela
a mora ao devedor (automática). perda ou deterioração da coisa, EXCETO se agir
- Obrigação líquida e positiva. com dolo;
- Ressarcimento das despesas com a
2) MORA EX PERSONA: depende de conservação;
notificação do devedor pelo credor - O credor é obrigado a receber de maneira mais
(judicial ou extrajudicial). vantajosa ao devedor, caso o valor oscile.

Consequências:
- Prejuízos causados;
- Juros;
- Correção monetária;
- Honorários contratuais;
- Responde, em regra, pelo caso fortuito e
de força maior, EXCETO se provar a
isenção de culpa OU que o dano
aconteceria de qualquer forma.
arrasousinal
Éumagarantiadequeonegócioseráfechado.
muitocomumnos contratosdecomprae
vendadeimóveis.

Podemser pagasatravés dedinheiroou


bens móveis.

arrasconfirmatórias arras penitenciais

Marcam o início de um contrato. Garante o direito de


Não admite o direito de arrependimento, diferentemente
arrependimento e a indenização das confirmatórias.
por perdas e danos é facultada. Aqui é vedada a indenização
suplementar. Tem natureza
O que acontece com a parte indenizatória. É convencionada
Aqui é a REGRA. Se não houver
que descumpriu o contrato? entre as partes.
estipulação em contrário, serão
arras confirmatórias.
Perde o sinal ou, se for o caso,
restitui o valor em dobro para a
parte inocente.

Parteinocente:
Em resumo, as arras são
(art. 419, CC) garantias de cumprimento
do contrato. Prefixam as
- Pode pedir indenização suplementar, se perdas e danos se for
provar maior juízo, valendo as arras como convencionado o direito de
taxa mínima; arrependimento.
- Pode exigir a execução do contrato,
com perdas e danos, valendo as arras
como mínimo de indenização.
MULTAOUCLÁUSULAPENAL juros
Finalidades:
Podem ter origem na lei ou por convenção entre as partes.
1) Meio de coerção: incentivo ao fiel cumprimento da obrigação;
2) Prefixação de danos: independentemente de provar a
existência do dano, o credor já pode exigi-la.
JUROS
Em regra, NÃO PRECISA PROVAR O PREJUÍZO e EXIGE
JUROS MORATÓRIOS COMPENSATÓRIOS/
CULPA DO DEVEDOR. REMUNERATÓRIOS

Devidos como compensação


MULTA MORATÓRIA MULTA COMPENSATÓRIA Inadimplemento (absoluto ou
pela utilização de capital
relativo).
pertencente a outrem.
Destinada a assegurar o
cumprimento de outra cláusula Total inadimplemento da
Podem ser estipulados por lei
ou a evitar o retardamento obrigação. Podem ser estipulados pelas
ou por convenção entre as
(mora). partes (previstos em
partes.
contrato).
Consequências: OBS: Juros legais moratórios:
- Multa OU cumprimento da taxa de 12% ao ano.
prestação OU perdas e danos.
Consequências: *Não é possível a cumulação de
Multa + Obrigação principal. pedidos.
*Não é necessário provar o
prejuízo para a multa, apenas
para as perdas e danos.

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