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É o vínculo de direito pelo qual alguém (sujeito passivo) se propõe dar, fazer ou não
fazer qualquer coisa (objeto), em favor de outrem (sujeito ativo).
Obs: Em uma obrigação não é necessário envolver dinheiro. Pode ser devedor de
diversos tipos de coisas como não fazer algo, ou dever de fazer um determinado serviço.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS:
1. VÍNCULO JURÍDICO
Esse vínculo se diz “jurídico”, pois sendo disciplinado pela lei, vem
acompanhado de uma sanção. Pode vim das leis ou de contratos. No caso do
contrato, este que cria a obrigação entre ambos.
Exemplo: Se uma pessoa está devendo outra, o credor pode entrar com uma ação
de execução patrimonial contra o inadimplente, para assim obter seu dinheiro.
Não pode ter um único pólo, apenas quando um dos pólos representa outra pessoa.
Exemplo: Quando uma pessoa compra uma carne e paga o açougueiro com um cheque.
Depois chega uma pessoa pedindo o aluguel, se altera o agente ativo da relação.
Obs: Quando alguém falece e possui uma dívida, e este não possui nenhuma herança
dada, os herdeiros não têm obrigação alguma de pagar a dívida. Mas caso tenha bens a
serem dados aos herdeiros, primeiro será retirado a porcentagem da dívida a ser paga e o
restante será distribuindo para os herdeiros.
REQUISITOS:
FISICA OU JURÍDICA
CAPACIDADE (EXCEÇÕES QUANTO AOS ILÍCITOS)
Ou seja, para ter uma relação com obrigações precisa possuir pessoas com capacidade.
1. OBJETO:
Elemento objetivo. O objeto da obrigação é a prestação do devedor, que pode ser
um dar, uma fazer ou não fazer. Ou seja: um fato ou um comportamento
humano.
OBS: Não confundir objeto da obrigação (prestação) com objeto da prestação (coisa,
atividade ou inatividade devida)
OBS²: Não confundir com o conteúdo das obrigações: poder do credor de exigir a
prestação e a necessidade jurídica do devedor de prestar.
F.O.C.A
Objeto sempre é um FATO HUMANO (pode ou não ser uma coisa). O objeto
sempre se refere a uma postura do devedor
REQUISITO:
Não pode fazer o contrato de algo que seja impossível de ser fazer. Exemplo
enriquecimento sem causa, não se pode enriquecer através de um objeto ilícito.
Pode ocorrer durante o contrato acontecer quer um dos lados saia em maior vantagem
sobre o outro, onde esta tenha uma onerosidade extrema que não foi prevista no ato do
contrato. Com isso pode o final do negócio por extensiva onerosidade da parte. Art.
478,479,480.
Um ato que antes era possível, mas por mudanças que aconteceram se tornaram
impossíveis, e antes de fim do contrato, ocorreu o fim da impossibilidade, o negócio
volta a ser valido.
LICITUDE
Não basta que tenha a possibilidade de o objeto ser determinável, o objeto tem que ser
licito.
Fixação impessoal: Usa taxas para garantir o preço do contrato seja decido por
taxas fixas. Exemplo: Um fazendeiro empresta a outro umas sementes de soja e
fala que o pagamento vai acontecer na porcentagem de 20% acima da taxa do
preço nacional de sementes de soja.
Obs: No caso de ter uma diferença entre o objeto prescrito e o objeto adquirido serem
diferentes pode entrar com um processo.
Patrimonialidade do objeto.
Interesse do credor pode ser apatrimonial: mas prestação deve ser suscetível de
avaliação.
Relação pessoa x pessoa. Não pode haver uma relação entre pessoa ou animal,
já que animal é um bem semovente.
Sujeição patrimonial (ínsita a exigibilidade): Toda vez que uma obrigação não
for cumprida o judiciário poderá obrigar a pagar tal obrigação por meio de
sentenças de execução.
Obs: Precatório é a sentença o juiz que faça com que o Estado pague suas obrigações.
FONTES DA OBRIGAÇÃO
São aqueles atos ou fatos que nos quais estas encontram a origem das obrigações.
Obs: O contrato tem duas pessoas, mas tem contratos que só uma das pessoas tem
direitos, que são conhecidos como contratos unilaterais. E também tem os contratos
bilaterais onde ambos são credores e devedores do negócio.
Seriam somente os contratos?
Não. Existem outras fontes do direito, que possuem um ambito da relação como
no caso da lei.
Obs: O titulo de credito ao portador são documentos que trazem em seu conteúdo, um
caráter autônomo que exige uma relação obrigacional de âmbito privado.
Exemplo: Uma vizinha tem uma árvore que atrapalhe a sua casa, você pode cortar a
raiz. E pode pedir judicialmente que o vizinho faça alguma coisa caso tenha risco de
cair.
E o delito?
Não seria uma fonte literal do direito, já que o delito é exatamente o desrespeito da lei
Mas é exatamente o desrespeito da lei que pode gerar uma obrigação, por exemplo de
pagar ma multa.
E a sentença judicial?
Não é uma fonte. Pois a lei é a fonte do direito, então a sentença não pode ser, já que o
que é previsto como obrigação é o que é previsto em lei e não numa sentença.
Exemplo: Pagar uma dívida de jogo não é uma obrigação prevista em lei, já que vem de
um objeto ilícito. Mas quando paga não pode ser ressarcido pelo pagamento.
Não há nada que obrigue você a se envolver em uma relação. Mas no caso que se
envolva numa relação que não é protegida pelo judiciário, pagar ou não depende da
consciência do devedor.
Não pode descumprir a lei alegando que não a conhecimento sobre a lei.
Obs: Art.39 CC III – ter praticado o negócio achando que era obrigatório e não era, o
contrato pode ser anulável.
Pessoas determinadas
Prestação específica
Relação débito-crédito
O direito pessoal é o direito do credor contra o devedor, tendo por objeto uma
determinada prestação. Trata dos vínculos entre credores e devedores, somente trata das
relações pessoais, uma vez que, seu conteúdo é a prestação patrimonial que é a ação ou
omissão da parte vinculada (devedor) tendo em vista o interesse do credor, que tem o
direito de exigir o cumprimento da obrigação.
Reais
Erga omnes
Imposição de abstenção
Não se extingue
O direito real é o poder – direto e imediato - do titular sobre a coisa. Presume-se que o
dono da coisa que está com ela. A posse da pessoa como objeto é protegido pelo direito
real. É a simples relação entre a pessoa e a coisa, e é garantida pelo ordenamento
jurídico. No direito Real não possuí nem devedor e nem credor, só o vínculo pessoa e
coisa. E esse direito faz com que tenha a obrigação dos demais de não influenciar ou
interferir na relação da pessoa com o objeto.
Vincula a relação onde a pessoa tem que cumprir regras já existentes sobre a coisa. Ela
é imposta a aquele direito independente da sua vontade.
Quanto ao objeto
Fazer
(obligatio dandi)
A obrigação positiva de dar pode ser conceituada como aquele sujeito passivo que se
compromete a entregar alguma coisa, certa ou incerta. A obrigação de dar se divide em
dois tipos. A obrigação de dar coisa certa e dar coisa incerta.
A obrigação de dar coisa certa estabelece entre as partes um vínculo pelo qual o devedor
se compromete a entregar ou restituir um objeto perfeitamente determinado, e se
considera individual.
É uma obrigação especifica, onde o devedor se obriga a dar uma coisa individualizada,
móvel ou imóvel, cujas as características foram acertadas pelas partes.
Ninguém é obrigado a aceitar um bem diferente do que lhe feito em um acordo, por
mais que seja mais valiosa que a anterior.
Princípio da identidade da res debita
De acordo com o art. 223 do CC, a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios e
como consta no dispositivo o acessório segue o principal. Como acessório deve ser
incluído frutos, os produtos, as benfeitorias e as pertenças que tenham natureza
essencial.
Frutos: são aqueles bens acessórios produzidos periodicamente pela coisa, cuja
percepção e consumo não alteram a substância da coisa principal frugívera. São frutos
naturais aqueles produzidos pela força orgânica (ex: bezerro, carneiro, maçã, laranja);
industriais os produzidos pela arte humana (ex: tecido produzido pelo tear) e civis
aqueles produzidos pela coisa em razão da cessão remunerada da posse (ex:
rendimentos, juros, aluguel).
Os frutos pendentes são aqueles que por motivos maiores acompanham o principal, se o
contrato foi feito antes do de existir o fruto.
Exemplo: Se o objeto do negócio jurídico for uma vaca e ela tiver frutos depois do
contrato, o filhote acompanha a vaca.
Produtos são acessórios que não se produzem com periodicidade e seu consumo altera a
substância da coisa principal, reduzindo, portanto, o seu valor. Exemplo se dá com o
petróleo, o ouro, as pedras preciosas.
Útil: é aquele que é feita para maior funcionalidade do bem. Serão indenizadas o
possuidor que as realizou estava de boa-fé, ou se estava previsto no contrato.
E as pertenças? (93)
Elas não seguem a mesma característica do acessório. A exceção a essa regra se dará no
caso das pertenças por força do artigo 94 do novo Código Civil. As pertenças são
aqueles bens que se destinam de modo duradouro ao uso, serviço ou aformoseamento de
outro, e não se constituem partes integrantes (art. 93). Assim, o ar condicionado será
pertença, assim como um quadro, um piano com relação a casa. O arado e o trator serão
pertenças em relação à fazenda e o rádio em relação ao carro. As pertenças NÃO
SEGUEM a sorte da coisa principal, salvo por disposição expressa das partes ou
determinação legal.
Momento da Tradição
Até a entrega da coisa, o alienante (vendedor) fica com a obrigação de manter o cuidado
do bem até que o adquirente receba o bem. Caso aconteça algo com o bem o qual ainda
não foi entregue ao adquirente, o alienante é obrigado a restituir um bem igual caso seja
fungíveis, ou pagar indenização no caso de infungíveis.
Quando o vendedor perde a coisa da compra terá que pagar o preço da coisa mais perda
e danos. No caso de culpa.
Perda total ou parcial
No caso de perda parcial tem a escolhe de receber a coisa e ganhando desconto e pega
pela parte perdida ou pede acabar com o contrato é receber o dinheiro de volta e perdas
e danos.
Mecanismo executivo
A obrigação nasce dando a obrigação de dar uma coisa incerta, mas que
no momento da execução se torna algo certo. Ou seja, o estado de
indeterminação é transitório.
Gênero e quantidade: No momento da obrigação ocorre no mínimo a
escolha de uma determinada quantidade da coisa e o gênero do objeto
que será fruto da obrigação.
No caso no contrato não se especifique o objeto da obrigação, quem
escolhe é o devedor (não é obrigado a dar nem o melhor objeto, e nem o
credor aceitar o pior objeto. Tem que ser escolhido um objeto “meio-
termo” em termos de qualidade.)
Responsabilidade pela coisa na obrigação de dar coisa incerta.
A indeterminação do objeto é incompatível com a deterioração do objeto
ou perecimento. Neste caso se não tem a individualização, não é
aceitável o argumento que ocorreu a perda do objeto, já que não teve a
identificação do objeto para ser definido como deteriorado.
A impossibilidade da Prestação. (inexistência de um exemplar)
No caso o devedor não tenha culpa pela perda de todos os objetos que
pudesse servir para prestação da obrigação, o dinheiro será devolvido,
mas o devedor não é obrigado a indenizar. Mas caso o devedor tenha
culpa pela perda do objeto da prestação, aí sim terá que devolver o
dinheiro e indenizar por perdas e danos.
Com a escolha a obrigação se transforma:
A obrigação genérica é convertida em obrigação específica.