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Direito das obrigações

Uma relaçao juridica configura uma situaçao do quotidiano disciplinada pelo direito mediante
atribuiçao a uma pessoa de um d subjetivo e a contra parte do respetivo dever juridico ou estado de
sujeiçao.

d. subjetivo: poder ou faculdade de exigir ou pretender de outrem um determinado comp que pode
ser negativo ou positivo. Divide se em d. subj propriamente dito ou d. potestativo. Este por sua vez,
corresponde o estado de sujeição. O d. subj é na sua amplitude máxima. O d. potestativo é um
direito que apenas corresponde a mera faculdadre do seu titular querer ver produzidos certos
efeitos juridicos mediante uma declaraçao de vontade. Este pode ser exercido de forma unilateral ou
ainda integrado no ato de autoridade pública. ao d. potestativo vai corresponder o estado de
sujeiçao que e imposto ao suj passivo.

Dever juridico é uma atv, um comp ou uma conduta do suj passivo destinada a proporcionar ao suj
ativo a satisfaçao de um direito ou interesse digno de proteçao legal. O estado de sujeiçao é o
estado imposto pela ordem juridica ao suj passivo em consequencia do exercicio de um direito
potestativo que coloca o suj passivo numa situaçao em que não pode abstrair se de cumprir uma
obrigaçao. Os efeitos produzidos podem ser ao nivel da constituiçao, modificação..

Onus juridico consiste na necessidade de observancia de certo comp não por imposicao da lei mas
como meio para obtençao ou manutençao de vantagem para o proprio onerado. O ato a que o onus
se refere não e imposto como dever juridico. Não visa satisfazer um interesse de outrem, mas
corresponde o interesse do suj ativo para ter uma vantagem ou evitar que se verifique uma
desvantagem na sua esfera juridica.

Relaçao juridica obrigacional

Temos um suj ativo nesta relaçao denominado maioritariamente por credor uma vez que é credor.
Tem direito subjetivo que é o direito a prestaçao. Já no lado oposto temos sujeitos passivos que
neste caso são denominados como devedores tendo um dever juridico que em concreto recai o
dever de prestar. Desse modo, forma se assim o vinculo do suj ativo e o suj passivo.

Obrigação: em sentido comum, o termo obrigação é usado para designar todos os deveres juridicos
e tambem o onus juridico e ainda deveres e onus de natureza extra juridica. Este termo vai
compreender quer o dever juridico estado de sujeiçao e ainda o onus juridico.

Este conceito foca se no sujeito passivo que esta pendente com o suj ativo. Qd o cod civil fixa o
regime do d das obrig. Ou quando na doutrina se confronta o conceito de obrigaçao com o conceito
de direitos reais e restantes relaçoes juridicas utiliza se um conceito de obrigaçao em sentido
tecnico. Este sentido mais restrito designa a relaçao juridica por virtude da qual uma ou mais
pessoas podem exigir de outras a realizaçao de uma prestaçao. Esta designa se por relaçao juridica
obrigacional portanto o conceito tecnico abrange a relaçao juridica no seu conj quer o lado ativo
quer o passivo poiis compreende o dever de prestar que recai spre o devedor e tbm o poder de
exigir a prestaçao que e dever do credor.

Este vinculo pode nascer de um contrato, uma gestao de negócios, situaçoes de responsabilidade
civil, etc. A noçao de obg para efeitos do cod civil esta consagrado no art 397º. Com 398 nº2
Este dever de prestar e realizado porque há um interesse do credor para satisfazer que tem que ser
digno de uma proteçao legal. Esta obrg vai ter por objeto a prestação, por sua vez pode
corresponder a uma conduta, atv que recai sobre o devedor, pode ser um comp de omissao,
abstençao que se impoe ao devedor. São obrig em sentido tecnico as que tao previstas no art 879º
no contrato de compra e venda... é tambem uma obrig em sentido tecnico o dever do senhorio
proporcionar o gozo temporario de um predio ao qual vai corresponder o respetivo de o
arrendatario poder reclamar o gozo desse predio. A obrig de o condutor indemnizar a vitima nos
termos da responsabilidade civil; etc

Podemos ter uma relaçao juridica simples ou complexa:

Simples: é aquela que compreende o d a prestacao atribuido ao credor e o dever de prestar


atribuido ao devedor. Aqui so há um credito, so um debito, so um dever de prestar.

Ex: (A) estudante empresta ao seu colega um livro durante 15 dias para que ele possa estudar. Desta
situaçao nasce uma obrigaçao. Temos aqui um contrato de comodato em que existe o direito a
prestaçao do autor do emprestimo que tem o direito de exigir o livro e o colega tem o dever de
prestar a restituiçao do livro.

A esta a conduzir e atropela culposamente B numa passadeira aberta a peoes. Neste caso tendo A
causado danos a B nasce uma relaçao obrigacional que vai impor ao A o dever de prestar
indemnizaçao.

Esta relaçao simples extingue se pelo cumprimento ou por qualquer das outra das causas que poe
termo as obrigaçoes em geral.

Complexa: abrange o conj de direitos e deveres de prestar nascidos no mesmo facto juridico

Ex: contrato de compra e venda 879º CC. Obrigação de pagar o preço e a obrigaçao de entregar a
coisa.

Contrato de trabalho, contrato de empreitada pois ao d de uma das partes vai correponder mais do
que um dever da outra parte.

Esta relaçao tbm pode cessar pelo cumprimento e por qualquer uma de outras causas mas tbm se
pode extinguir diretamente por qualquer causa que leve a cessaçao do facto juridico de onde essa
relaçoa nasceu. Pode se extinguir por via do facto onde nasceu nomeadamente em situaçoes de
denuncia ou caducidade do contrato, nulaçao anulabilidade, etc..

Devere juridicos temos deveres gerais e deveres especiais. nos especiais encontramos deveres de
prestaçao e deveres acessorios de conduta. Por sua vez, os deveres principais ou primarios de
prestacao estao subdivididos com os deveres acessorios secundarios de prestacao.

Tipos de deveres de prestacao:

Principais: são aqueles que constituem o nucleo da relaçao juridica obrigacional, ex- se em causa
estiver um contrato, os deveres são aqueles que definem o tp contratual

Acessorios: são aqueles que complementam o conteudo obrigacional, ou seja, cumprem a funçao
instrumental relativamente aos deveres principais, contribuindo para preparar e realizar o
cumprimento dos deveres principais. Estes por sua vez tbm se podem subdividir em dois tipo como
deveres secundarios meramente acessorios da prestacao principal e os deveres secundarios de
prestacao autonoma.

Meramente acessorios: são aqueles que se destinam a preparar o cumprimento da prestaçao ou a


assegurar a sua perfeita realizaçao, ex contrato compra e venda o dever de conservar a coisa ate a
adta de entrega, dever de embalar, transportar a coisa, objeto desse contrato

Secundarios de prestacao autonoma: são aqueles que se revelam posteriores ao dever principal de
prestacao ou coixistem com o dever principla de prestaçao, enqt deveres secundarios correspondem
quase sempre a uma reparaçao dos danos ou prejuizos causados pela inobservancia do comp que
havia sido acordado pelas partes, ex- sera um dever sec autonoma o caso de indmnizaçao de forma
culposa da prestaçao originaria, indemnizaçao por cumprimento defeituoso...

Acessorios de conduta: são aqueles que derivam de uma clausula contratual do princípio da boa fe
ou tbm de alguma disposiçao legal criada para o efeito. Estes deveres, já não interessam
diretamente ao cumprimento da prestaçao mas processam se antes num quadro geral da relaçao
juridica obrigacional nomeadamente a satisfaçao dos interesses globais dessa relaçao juridica.

Ex: Dever de cuidado, segurança, cooperaçao, proteçao, aviso/inf, etc...

Obrigaçao autonoma/ não autonomas

Autonomas: são aquelas que não acentam num vinculo juridico pre existente ou seja a sua
constituiçao não pressupoe um vinculo especial quanto muito admite se que possa existir um vinculo
geral entre os suj dessa relaçao.

Ex: contratos..

Não autonoma: são aquelas que vao acentar num vinculo pre existente entre os suj ou seja estao
integradas em relaçoes juridicas pre existentes

Ex: obrigaçao de alimentos no ambito das relaoes de parentesco, no ambito de divórcio...

397º CC- não faz distinçao entre as obrigaçoes, o que tem entendido e que o regime geral pode ser
aplicado tbm as relaçoes não atonomas, com uma reserva pq o regime geral não pode deixar de
considerar a relaçao juridica pre existente e a natureza especial dessa relaçao que pode ser ditada
por normas especiais.

Funçao da obrigaçao

Satisfaçao do interesse do credor. Não pode ser entendida como um fim em si mesmo mas como um
meio, um instrumento tecnico juridico que vai permitir a satisfaçao do interesse do credor.

Este interesse tem que ser digno de tutela juridica pois so assim se podem aplicar os meios de
reaçao em caso de incumprimento. Há situaçoes em que o interesse do credor no fim da prestacao
faz parte integrante do conteudo do contrato, o que acontece tipicamente nos contratos de locaçao.

Se o interesse do credor desaparecer por uma causa superveniente, a consequencia sera a extinçao
da obrigaçao porque deixou de existir razao para satisfazer o interesse do credor. Tbm é interesse do
credor que vai determinar se uma prestaçao é fungivel (pode ser substituido) ou não fungivel (não
pode ser). Determina ainda se a impossibilidade de cumprir deve considerar se temporaria ou
definitiva.

Práticas:
(A) transmite mediante contrapartida de 5000 euros adquiriu um piano de (B). Os 5000 euros
serao entregues daqui a 1 semana e o piano sera entregue daqui a 10 dias.

R: Isto é um contrato (o que é) negócio jurídico bilateral. Encontra se tipificado na lei ao abrigo do
art 874º CC. É tbm um contrato nominado, ou seja, tem nome. Neste caso, o bem só é de A (art408º
CC) a partir do momento do consenso. É irrelevante pagar o preço ou adquirir a coisa.

Exceções: art 409º

Contrato de compra e venda é um contrato formal com força do princípio de liberdade formal. O art
209º refere a validade negocial. Neste caso, o caso em concreto é um contrato consensual uma vez
que não se encontra tipificado na lei e é um bem móvel. Ao abrigo do art 875º CC refere a forma de
contrato de compra e venda que so é válido por escritura pública ou doc particular autenticado.
Quando é necessária forma, se não se observar o contrato é nulo art 220º remete para 286º. Tendo
como efeitos restitutivos e retroativos. Art 289º.

No caso de doação art 940º e ss. Só tem de ser formal no caso de tradiçao..

11.10

3. facto juridico ou vinculo que e um nexo que liga os direitos do credor aos deveres do devedor

Pode ser: constitutivo (fontes da obrigaçao 405 a 483);


Estes factos podem ser classificados de acordo com o criterio de autonomia ou
heteronomia; autonomia diz nos que e a vontade das partes que cria a obrigaçao
o que acontece no caso dos contratos e heteronomia diz que a lei vai fazer
nascer a relaçao juridica obrigacional ou seja o facto não depende da vontade
das partes.
modificativo; são aqueles que se referem a alteraçao de uma ou de ambas as
partes juridicas obrigacional, modificaçao subjetiva ou ainda podemos ter a
alteraçao do conteudo da obrigaçao juridica por exemplo, modificaçao da
prestacao.. Na modificaçao subjetiva temos 4 figuras que podemos incluir
nestes factos...
1- cessao de creditos art577º
E vendeu uma quinta a F de 30 mil euros em boas condiçoes com ajuda de G.
pela ajuda decide ceder ao G o valor de 5mil euros. Aqui temos uma cessao de
credito.
1- Para que a cessao seja valida e produza efeitos temos requesitos gerais
que se encontram no art 578º dizem respeito ao negocio juridico que esta
na base da cessao de credito pq no caso da cessao há um negocio que vai
estabelecer a transmissao do credito, os requesitos vao se definir em
funcao do negocio base a cessao tera de obdecer as regras do negocio pq
o cedente deve garantir ao cessecionario a existencia do credito
transmitido. Os requesitos especificos são eles a transmissibilidade do
direito de credito art 577º significa que tem que ser possivel transmitir o
credito, em rtegra quase todos são transmissiveis uma vez que estamos a
falar de um direito de natureza patrimonial, no entanto a lei proibe a
transmissao de certos creditos, por ex, no caso de direito a alimentos, a
rogaçaoç...
Pode acontecer que as partes tenham estipulado a possibilidade de não
transmissao do credito. Pode ser limitada por vontade das partes ou força da lei.
Outro requesito e que o credito não pode ter caracter litigioso art 579 a 581º ou
seja não podem estra em causa creditos que tenham sido contestatados em juizo
contencioso. O cessecionario não pode ser interveniente processual que
participe num processo em que o cedente esteja envolvido. Para que produza
efeitos e necessario notificaçao ou aceite a cessao de credito art 583º. Por fim a
cessao pode ter por objeto creditos futuros, sendo necessario que se venha
efetuar a constituiçao do credito art 399º.

2- Transmissao singular de divida

3- Cessao da posiçao contratual

Extintivos.

Caso prático.

Antonio credor de carlos numa divida no valor de 60 mil euros no ambito de um contrato de
compra e venda celebrado entre eles decide ceder o credito a bernardo com quem tinha celebrado
um contrato mutuo nesse montante e ainda não tinha liquidado a divida. Carlos e interpelado por
bernardo para pagamento integral da divida e recusa efetuar o pagamento alegando que não
reconhece bernardo como seu credor. Quid iuris.

Estamos perante um facto modificativo da relaçao juridica obrigacional nomeadamente um facto


subjetivo porque esta em causa a mudança de uma das partes da relaçao obrigacional, esta em
causa a cessao de creditos regulado nos art 577 e ss. Esta em causa A decidiu transmitir o seu credito
entre A e C a B sem que seja necessario o consentimento de carlos. Antonio passa a cedente carlos
o cedido e o bernardo cessionario. O contrato ocorre porque há negocio juridico base que e contrato
de compra e venda. Para que haja cessao tem que haver credibilidade do credito 577º em regra
todos podem ser transmitidos exceto que decorra da propria lei ou da vontade das partes. Outro
requisito, credito não pode ter caracter litigioso do direito em causa significa que não pode estar em
causa uma situaçao que o credor quer transmitir o credito 579 a 581º. Há um requisito que se aplica
no caso de creditos futuros art 399º. Por fim, 583º notificaçao ao devedor.

Figura da subrogaçao vai ter como sujeito chave o sujeito ativo, vai passaer para credor pois vai
cumprir obrigaçao do contrato voluntariamente ou involuntariamente e a partir do momento que
cumpre, e necessario compensar esta pessoa pelo sacrifico que esta teve de cumprir uma obrigaçao
alheia, e a forma e cloca la na posiçao do credor, ou seja, nos direitos que o credor tem. 589º e ss, a
subrogaçao pode acontecer por ato do credor, por ato do devedor ou por determinaçao da lei.
Acontece quando temos um terceiro que ira umprir uma divida alheia ou ira emprestar ao devedor
dinheiro para que possa cumprir a divida levando a extinçao da obrigaçao perante aquele credor e
por esse motivo, ira adquirir os direitos do credor originario em relaçao ao respetivo devedor,
basicamente pressupor a satisfaçao do credito por uma pessoa que não e devedora da relaçao
juridica.

Subrogaçao legal:

18/10

a transmissao singular de divida vai implicar uma mudanca do dedevedor pq vai transmitir a
sua divida a um novo devedor ou ocorrer por um novo credor e devedor. a assunçao de divida
e a aceitaçao de um pagamento de um passivo de um devedor perante o credor deste com
objetivo de libertar o devedor originario ou responder solidariamente com o devedor
originario ou primitivo. O credor continua a ser o titular do mesmo credito que detinha sobre
o devedor primitivo mas por força de um acordo vamos ter alteraçao do suj passivo, ao
contrario da cessao de creditos, na assunçao de divida, é necessario que haja consentimento
do credor, por uma questao de confiança.
Pode se realizar mediante um contrato celebrado entre o devedor primitivo e o novo devedor.
Ou atraves de um contrato entre um novo devedor e o credor, sendo menos comum este caso.
A assunçao de divida pode ser comulativa ou privativa ou liberatoria art 595 nº2, quando e
comulativa, o devedor originario/antigo não e isonorado, ou seja o antigo e o novo respondem
solidariamente perante o credor. No caso da assunçao privativa/liberatoria, o antigo devedor
fica liberado, desonerado perante o credor. Para que seja privativa, é necessario declaraçao
expressa do credor nesse senrtido pois senao houver os devedores vao responder
solidariamente.
Em regra, a assunçao de divida é comulativa. A transmissao ou posiçao art 424 e ss, esta e
uma fig generica pois no caso desta transmissao não há apenas a transmissao do credito ou do
debito mas sim tbm os direitos, obrigaçoeso complexo da mudança de uma posiçao juridica
contratual que engloba todos os direitos e obrigaçoes não apenas a transmissao do direito ao
credito ou da prestaçao, esta mudança pode ser de qualquer um dos contraentes, há um
conjunto de requisitos:
Contrato bilateral que impoe obrigaçoes reciprocas para ambas as partes;
Celebrado um segundo contrato que sera aquele pelo qual ira ocorrer a mudança da posiçao
do contrato e sera este contrato celebrado pelo cessionario e o cedente art 425º;
Consentimento da contraparte
2 negocios juridicos em que se pretende alterar uma das partes da relaçao. O contrato de
cessao da posiçao contratual em que tem que ser um negocio causal, por altruismo.
Modificaçao objetiva:
Alteraçao do conteudo do proprio objeto em si dessa obrigaçao juridica podendo acontecer
por vontade das partes ou força da lei, ex, as partes no decurso do cumprimento do contrato
decidir alterar o lugar ou tempo de cumprimento.
Pode haver alteraçao do conteudo qd há um negocio usurarios 283º;decisao do tribunal de
valor de uma clausula penal art 812º e neste ambito, há uma pequena divergencia doutrinal
sobre saber se quando o dever de prestar não e cumprido por facto imputado ao devedor este
dever vai dar origem a uma divergencia. Saber se o devedor de prestar que não e cumprido se
se transforma num dever de indmnizar em virtude de alteraçao modificativa do conteudo.
Gomes da silva defende a autonomia do dever de indemnizar, quando há impossibilidade de
cumprir o dever de prestar, este dever extingue se e faz nascer uma nova obrigaçao.
Apresenta 3 argumentos para defender a sua psiçao:
Diferença da fonte destes deveres pois o dever de prestar tem como fonte um facto licito enqt
que o dever de indemnizar tem como fonte facto ilicito;
Diferença do objeto, pois sera sempre diferente da prestaçao pq é apurado atendendo a danos
patrimoniais e não patrimoniais sofridos o que pode corresponder a …
Diferença quanto ao fim destes deveres pois este fim consiste em criar uma situaçao de facto
ou direito favoravel ao credor que há de ser realizada atraves de uma prestaçao; já o fim da
obrigaçao de indemnizar consiste em reparar ou iliminar os danos causados pelo não
cumprimento da prestaçao
Paulo mota entende não existir autonomia entre o dever de prestra e de indemnizar pois qd o
dever não e cumprido transforma se num dever de indemnizar.. Quanto a questao da fonte,
este autor diz que é a mesma, ou seja, responsabilidade contratual e tambem por causa desse
contrato que nao foi cumprido que surge a obrigaçao de indemnizar.
Entende que estes deveres são compativeis com uma modificaçao pois o dever de prestar
pode aterar se mas o nucleo essencial e o mesmo e quanto a questao de diferença do fim, este
autor quanto a reparacao de danos o que se pretende e colocar o credor na posiçao que estaria
se tivesse havido a reparaçao do contrato. O fim de prestar e indemnizar é o mesmo. Implica
sim uma modificaçao.
Os factos extintivos art 837 a 874º.. O facto extintivo principal e o cumprimento 762º, outros
factos: daçao de cumprimento 867º; consignaçao em deposito art 841º, compensaçao 857º e
ss..; novaçao art857
Remissao art 863º e ss e a confusao art 868º e ss...
Garantias... estudar no livro
Obrigaçoes naturais: art402 a 404º.. Fundamenta se num mero dever de ordem moral ou
social cujo cumprimento não e judicialmente exigivel mas corresponde a um dever de justiça.
A fig da obrig natural e de carater geral numa posiçao intermedia entre as civis, estas
originam deveres juridicos. Estes deveres se for relevante vai levar ao cumprimento desta
obrigaçao por uma questao de justiça. Ex 1245º
3 requisitos:
Prestaçao não pode ser judicialmente exigivel..
Essa prestaçao baseia se num dever moral ou social não há definiçao na lei, e def no caso
concreto pelos tribunais, de acordo com os padroes dominantes e com o caso, compete ao juiz
averiguar se há ou não dever moral ou social e se esse dever e tao importante que justifique
que o seu cumprimento envolva um dever de justiça,
O cumprimento dessa obrigaçao corresponda a um dever de justiça..
O art 404º as obrigaçao estao suj ao regime geral das obrig civis em tudo aquilo que não se
relacione com a relaizaçao coerciva da prestaçao
Art 403º principal efeito e indicado neste art ao determinar que não pode ser repetido, foi
prestado espontaneamente em cumprimento de uma obrg natural.. Se o devedor executa a
prestaçao não pode repetir nem exigir que se repita mas este resultado so produz efeitos se o
devedor tinha capacidade para efetuar o pagamento e tenha agido com espontaneadade e
liberdade
Principios:
P da responsabilidade patrimonial consiste na possibilidade do credor em caso de
imcumprimento executar o patrimonio do devedorpara satisfaçao do seu credito
concretizando se por meio de garantias especiais, insere se na responsabilidade contratual
P da autonomia da vontade é o p fundamental e assume no d das obrig uma importancia
extrema
P do ressassimento dos danos esta relacionado com a responsabilidade civil pois parte da
ideia de que sempre alguem pratique um facto ilicito que cause danos a outrem sera chamado
a responder os danos causados. Esta transferencia do dano de quem o sofre para quem o
provocou opera se mediante a constituiçao de uma obrig de indemnizar atraves da qual se
deve reconstituir a situaçoa que existiria se não tivesse ocorrido o facto lesivo 562º. Para
haver indmnizaçao não basta a simples injustiça do dano sofrido e necessario que estejam
preenchidos os requisitos da responsabilidade civil
P da restituiçao/ enriquecimento injustificado não e justo que alguem enriqueca a custa de
outrem sem causa justificativa nem e justo que alguem enriqueça em virtude de um facto
ilicito a custa de outrem. Estas situaçoes vao reconduzir se ao p da restituiçao dos
enriqueciemntos em causa que seras tutelado por uma acao destinada a reagir contra este
enriquecimento 473 e ss.
P da boa fe subjetiva entendida como ignorancia e desconhecimento de se estra a lesar
direitos alheios art 291º e sentido objetivo entendida como regra de conduta art 227º, 239º,
334º,437º,762ºnº2. Desde logo as partes da relaçao juridica devem adotar uma conduta
conforme ao p da boa fe, devedor para realizar o dever de prestar e satisfazer o interesse do
credor deve adotr um comportamento pautado por este p e não provoque danos a qualquer
uma das partes.
Neg juridico facto voluntario licito.. Dividem se em neg unilaterais que temos apenas uma
declaraçao de vontade como o testamento e bilaterais são aqueles que possuem 2 decl de
vontade como contratos ou multilaterais são aqueles que possuem mais do que 2 decl de
vontade como contrato de sociedade. Cod civil não define fig contrato, em geral contrato tem
natureza patrimonial.
Contrato e um acordo vinculativo pois há vontade juridica assente em duas ou mais
declaraçoes de vontade sendo que estas são contrapostas harmonizadas entre si pois
pretendem estabelecer uma composiçao unitaria de interesses. conclui se por mutuo consenso
art 232º pois as duas decl apesar de opostas tem de se ajustar uma a outra sob pena de o
contrato não ficar concluido. Resulta do encontro de uma proposta e aceitaçao que deve
cobrir todos os aspetos essenciais da negociaçao. Alem disso, e necessario para a formaçao de
um contrato que as partes efetivamernte pretendam um acordo vinculativo, não basta portanto
para se constituir um contrato que se verifique um simples acordo de ajuda, cortesia..
Continuaçao dos contratos..
Relaçoes contratuais de facto não e ncessario um acordo de vontades ou seja para produzir
efeitos não precisam da declaraçao de vontade dos contraentes, basta a constituiçao da
relaçao para que seja aplicado com as devidas adaptaçao o regime dos contratos. Estas
relaçoes não tem na sua base negocio juridico e são fundamentadas de puras atuaçoes de
facto.. Existem determinadas condutas que são geradoras de vinculos obrigacionais fora da
emissao de decl de facto.
P da autonomia da vontade: divide se desde logo na liberdade contratual assenta na liberdade
de celebraçao quer na fixaçao do conteudo. Ao lado do Principio existe tbm a boa fe,
proteçao da parte mais fraca, igualdade juridica das partes embora seja meramente aparente,
força vinculativa dos contratos, estabilidade contratual e ainda o p do consensualismo.
Autonomia privada em sentido literal consiste na possibilidade de alguem estabelecer as
proprias regras. Tecnicamente, porem, falamos de estabelecer regras juridicas que se
carcaterizam pela generalidade e abstraçao, pelo que estas regras a partida não podem ser
criadas por atos privados. O que os suj criam são meros comandos, meras ordens que so para
eles vao vincular. Portanto, no ambito do d das obrig vai se traduzir na possibilidade de
algume mediante celebraçao de contrato estabelecer efeitos juridicos que pretende que seja
verificados na sua esfera juridica. Não confundir autonomia privada com noçao de d
subjetivo. O 1 consiste no espaço de liberdade, respeitando certos limites. P amplo contempla
lib de contratar, podemos ter subjacente outros tp de liberdade como de casar, testar, etc...
Em concreto, a lib esta consagrada no art 405º.
Lib de celebraçao, esta implicita no 405 e traduz se na lib de celebrar ou na lib de não
celebrar. Cada um e livre de criar um ato vinculativo e alem disso temos lib de escolher com
quem vamos celebrar o contrato. Lib de retrataçao de proposta enqt não chega ao destinatario.
Art 406º tbm somos livres de extinguir ou modificar o contrato. É uma fac reconhecida as
pessoas de criarem entre si os acordos destinados a regular os seus interesses.
Lib de fixaçao do conteudo e a lib que as partes tem de estabelecer o conteudo do contrato e
decorre 405º significa que as partes podem celebrar contratos tipicos, previstos na lei, ou
ainda a fac de aditar a esses contratos outras clausulas de acordo com seus interesses e ainda
a possibilidade de realizar contratos distintos que a lei preve e regula. Chamados contratos
atipicos ou nominados.
Restriçoes a lib de celebraçao:
Dever de contratar- det situaçoes em que as partes tem dever juridico de contratar se tiver
verificados certos requisitos quando assim seja, a pessoa que se recusa a contratar, vai estar a
praticar um ato ilicito e pode originar responsabilidade perante quem deseja realizar o
contrato.
Mecanismos para exigir a celebraçao: contrato promessa 410 e ss. Neste caso, existe uma
promessa de vir a celebrar o contrato definitivo com certa pessoa e, se esse contrato não vier
a ser celebrado há incomprimento do contrato e assim origina consequencias juridicas.
Eficacia meramente obrig ou eficacia real. Há ainda tbm outra sit que decorre diretamente da
lei e impoe dever de contratar como o seg obrigatorio de responsabilidade civil automovel há
ainda o dever de contratar a serviços publicos como o serviço de agua, luz, transporte, etc.
Não pode ser recusada a contrataçao sem justificaçao plausivel. Há determ profissoes que
tbm não se pode recusar a celeb de um contrato. Relativamente aos bens basicos, a partida
não podem recusar contratar. Nas sit de monopolio considera se que há dever de contratar
pois não há outra forma rapida da pessoa ter acesso ao bem ou serviço.
Limites a celebraçao: indisponibilidades relativas, limitam o estabelecimento contratual com
certas pessoas face a relaçao estabelecida entre estas ou atualidade dos suj, ex: art 953º limita
que se possam fazer certas relaçoes. Em termos praticos, e proibido fazer doaçao ao amante
pelo adulterio. Cessao de creditos litigiosos e venda art 579º e 879º.
Determ casos em que há obrigaçao de transmissao ou renovaçao de um contrato no ambito de
um divorcio art 1105º e contratos de arrendamento, morte do arrendatario 1106º, necessidade
de consentimento ou de autorizaçao de outrem para que o neg possa ser celebrado sob pena
de autoridade...
Limite na lei de defesa do consumidor e para proteçao estaberlece se um conj de direitos em
legislaçao especial que impoe limitaçoes e garantias a favor do consumidor.
Pacto de preferencia apresenta se como lib a escolha de quem contrata pois os contraentes
que estao obrigados a preferencia comprometeram se a escolher determ pessoa como a sua
contraparte caso decidam celebrar um determ negocio juridico.
Direitos legais de preferencia em que a propria lei que determ que se deve contratar com
certas pessoas..
Liberdade fixaçao- limitaçoes
Contratos normativos coletivos, em que o conteudo e fixado em termos genericos como um
padrao que os contraentes tao obrigados a observar nos seus contratos individuais de nat
correspondente como nos contratos de trab.
Normas imperativas, aplicam se a todos os contratos como o p da boa fe, as partes não tem
disponibilidade para modificar. Ex: art 929º, 1146º etc.. Tem de ser possivel, licito,
determinado ou determinavel e tutela juridica.
Contratos de adesao com formula tipo estabelecem todas as cllausulas e o suj so aceita ou
não. Clausulas são extensas, letra pequena, a mior parte não le e não sabe as consequencias
depois.ex: cont de telecomunicaçoes..
P do consensualismo- basta o mero acordo de vontades para conclusao do contrato art 232º.
A regra vai reconduzir se a lib declarativa ou de forma art 217º onde se estabelece que as decl
podem ser expressas ou tacitas e ainda o art 219º estabelece lib de forma salvo qd a lei determ
o contrario.
P da força vinculativa dos contratos aplica se no ambito das relaçoes internas mas tbm em
detm situaçoes a relaçoes externas art 406º. Divide se na estabilidade e pontualidade, este
deve ser pontualmente cumprido ou seja, deve ser cumprido ponto por ponto. Já quanto a
estabilidade contratual subdivide se em 2 subprincipios como a imodificabilidade, ou seja, o
conteudo do contrato a partida não pode ser modificado exceto por mutuo consentimento das
partes ou sit admitidas expressamente na lei.. P da irrevogabilidade, ou seja, o vinculo
contratual e irrevogavel a partir do momento que foi celebrado não podem as partes retratar
se a revogaçao sera possivel em situaçoes em que as partes possam estar de acordo ou entao
em sit em que e a propria lei que determ possibilidade de revogaçao. A resoluçao do contrato
e o ato pelo qual um dos contraentes manifesta a vontade de dissoluçao do vinculo contratual
e em regra a resoluçao tende a colocar as partes na situaçao que estariam se o contrato não
tivesse sido celebrado. Tem as regras gerais art 432º e ss, pode ser 2 tipo: convencional, ou
seja, decorre de acordo entre as partes, pode ser estabelecida na celebraçao e a resoluçao qd
convencional pode ser feita atraves de decl unilateral extra judicial emitida a contraparte.
Art 1047º, em regra quem invoca a resoluçao tem que provar fundamento para resolver o
contrato art 801, 802º... resoluçao legal e quando a lei determ resoluçao de contrato ex: art
808º a perda do interesse do credor no cumprimento da prestaçao e termo que justifica
resoluçao do contrato... condiçao para extinguir o contrato art 432º...
Efeitos: 434 e 435º não tera eficacia retoativa se essa for contraria a vontade destas ou a
propria resoluçao. Contratos de execuçao continuada a resoluçao so abrange prestaçoes já
efetuadas se entre elas e a causa da resoluçao existir um vinculo que legitime que fiquem
todas vinculadas. No ambito das relaçoes externas não prejudica direitos que tenham sido
adquiridos art 435 exceto se estiver em causa coisas suj a registo e a açao de resoluçao
anteceder o registo desses bens. Caso da resoluçao por açao das circunstancias 437º.
Revogaçao do contrato e um ato que permite a destruiçao do vinculo contratual mediante a
decl de um dos contraentes a contra parte. Não tem eficacia retroativa. Possivel revogar uma
doaçao 969 970 e 978º.. Denuncia leva a extinçao do contrato, ato de manifestaçao de
vontade de uma das partes num contrato de prestaçoes duradouras que se traduz na sua
vontade de não continuar o contrato, é exclusiva dos contratos.. Em regra deve se fazer dentro
do prazo a não ser que esteja em causa um contrato por tempo indeterminado. A denunca tbm
n tem eficacia retroativa.
P da força vinculativa da força dos contratos nas relaçoes externas: sit em que um determ
contrato produz efeitos vinculando não so as partes desse contrato mas tbm tera uma eficacia
real no sentido de vincular terceiros a essa parte.
P da boa fe presente a fase previa na celebraçao do contrato, 762 nº2 , 227º. Art 436º, 334º,
291, 5ºnº4 cod reg predial, 243º
P da igualdade e proteçao da parte mais fraca, ex: contrato de trab
Classificaçao dos contratos
Contrato unilateral/ bilaterais: 1- so gera uma obrigaçao, uma das partes fica vinculado a
obrigaçao ex: doaçao
2- Gera 2 ou mais obrigaçoes para ambas as partes do contrato, nestes podemos
distinguir ainda os perfeitos e os imperfeitos
Perfeitos são aqueles que nascem obrigaçoes parte a parte reciprocas e há entre essas uma
relaçao de interdependencia que se designa sinalagma. Ex: contrato compra e venda.
Existencia destas obrigaçoes para ambas as partes implica que o surgimento de cada uma
ocorra ligada ao surgimento da outra que se apresenta como contra prestaçao. Este sinalagma
designa se de genetico pois nasce no momento da celebraçao. O facto de existir esta ligaçao
faz com que se deva manter ao longo de toda a execuçao do contrato e isso significa que se
uma das prestaçoes não puder ser cumprida, a outra tbm se extingue.
Imperfeitos são aqueles em que acidentalmente vao nascer obrigaçoes reciprocas, ou seja,
estes inicialmente são configurados como unilaterais, no entanto existe um certo
acontecimento que faz nascer obrig para a contraparte e não há ligaçao entre essas obrig. Ex:
contrato mandato gratuito...
O sinalagma tem um regime proprio. Efeitos: exceçao de não cumprimento art 428º, permite
que cada uma das partes possa recusar a realizaçao da prestaçao enqt a outra parte não efetuar
a prestaçao que lhe compete. Manifesta na resoluçao por incumprimento, todos os contratos
sinalagmaticos tem uma condiçao tacita permite as partes recorrer a resoluçao quando as
obrigaçoes não são cumpridas; manifesta se ao nivel da impossibilidade de incumprimento,
se no contrato a prestaçao se tornar imposivel sem culpa do devedor a prestacao vai se
extinguir e a contra prestaçao 795º nº1 ; impossibilidade parcial da prestaçao, mesmo sem
culpa do devedor art 793 e 802º reduz se a contra prestaçao proporcionalmente.
Contrato oneroso/ gratuito: 1- aquele em que há uma atribuiçao patrimonial efetuada por um
dos contraentes e tem como efeito uma contra prestaçao patrimonial. Os contratos
sinalagmaticos são sempre onerosos ma vez que ao gerar obrig reciprocas para ambos implica
atribuiçoes patrimoniais, não significa que os não sinalagmaticos seja gratuitos todos, podem
ou não ser. Ex: mutuo oneroso
Podem ser divididos em comutativos ou aliatorios: 1- são aqueles em que todas as atribuiçoes
patrimoniais são certas ou seja cada uma das partes conclui o contrato conhecendo a
prestaçao e contra prestaçao equivalentes ex: compra e venda. 2- pelo menos uma das
atribuiçoes patrimoniais e incerta a data da constituiçao do contrato. Uma vai concluir o
contrato sem conhecer a prestaçao ou contra prestaçao como os contratos de seguro.
2-intencionalmente apenas um vai proorcionar ao outro uma vantagem patrimonial sem que
haja uma contra prestaçao como o contrato de doaçao, comodato..
Contratos tipico, atipicos/mistos
1. São aqueles que tem o seu regime fixado na lei
2. São aqueles em que as partes ao abrigo da lib contratual criam modelos fora dos casos
previstos na lei e não encontram estes regulados na lei
3. São aqueles reunem elementos de dois ou mais contratos que podem estar ou não
regulados na lei.
Mistos com uniao de contratos: no misto ainda que se va reunir elementos dos contratos
existe um único contrato, já que todos os elementos se vao dissolver
Na uniao, pelo contrario, essa dissoluçao não ocorre, temos dissoluçao conjunta
Permite que cada um seja individualizado face ao conj, justifica se que se fale em uniao e não
numa mera …

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