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M. Tatiana Carbone
Direito das
obrigações
• Estuda os vínculos jurídicos
criados entre pessoas em que
o patrimônio do devedor
poderá responder pelo seu
inadimplemento.
• Tem sua previsão na Lei nº
10.406 de 10 de janeiro de
2002, Código Civil.
A prestação
• Todos os contratos são baseados em, ao
menos, uma das partes se comprometer a
dar, fazer ou não fazer algo para a outra
parte.
• Este comprometimento tem como
fundamento justamente o direito das
obrigações.
• São aqueles oponíveis a todas as pessoas
(erga omnes) e o direito do titular corresponde
O que são
a um dever negativo dos demais (inação).
absolutos?
submetidas a um determinado ordenamento
jurídico. Ex: uma decisão judicial do STF com
efeito "erga omnes" vale para todos os
brasileiros.
O que são •Isso quer dizer que o direito de uma das partes corresponde
Elementos
constitutivos Elemento subjetivo: É aquele que diz respeito
ou essenciais aos sujeitos, às partes.
das
obrigações O elemento subjetivo é dividido em sujeito
ativo e passivo, sendo que o primeiro é o
beneficiário, quem tem o direito de exigir o
cumprimento da obrigação, enquanto o
segundo é quem assume o dever, e, se não o
cumprir, responde com seu patrimônio.
Elemento subjetivo: sinalagma obrigacional
• Sinalagma obrigacional é o nome técnico que descreve a situação em
que ambas as partes são credoras e devedoras ao mesmo tempo.
Elementos
constitutivos O objeto do objeto de uma obrigação é conhecido
como objeto mediato. Isso quer dizer que o objeto de uma
ou essenciais venda de uma bala é a prestação de dar, enquanto o objeto da
prestação de dar é a bala em si.
das
obrigações
O art. 104 do Código Civil, que aponta as condições de
validade de um negócio jurídico, descreve no seu inciso II
que para ter validade, o objeto de uma obrigação deve ser
lícito, possível e determinado (ou determinável).
Elemento imaterial
ou abstrato
Encargo
• Por exemplo: eu te doo o imóvel caso você
construa uma creche para pessoas carentes e a
mantenha por 5 anos.
DIFERENÇA: ato, fato e negócio jurídico
• Atos Jurídicos (lato sensu): ações ou omissões decorrentes da vontade humana que geram
efeitos jurídicos;
• Atos Jurídicos (stricto sensu): ações ou omissões decorrentes da vontade humana que tem
seus efeitos determinados na lei. Por exemplo: constituição de um domicílio, promessa de
recompensa (art. 854 a 860), gestão de negócios (861 a 875), entre outros.
• Negócio jurídico: ações ou omissões decorrentes da vontade humana que tem seus efeitos
determinados na lei minimamente na lei, mas as partes possuem maior amplitude para dispor
sobre o objeto da relação. É um ato de autonomia privada. Como exemplo temos: contrato de
compra e venda – objeto, forma, preço, tempo, lugar de pagamento etc.
• Obrigações decorrentes de danos à pessoa ou ao
patrimônio alheio. Ou seja, alguém violou um
Responsabilidade dever negativo (não causar danos a terceiros)
civil descrito nos art. 186 (ato ilícito propriamente dito),
187 (abuso de direito) e 927 (dever de indenizar)
todos do Código Civil.
A culpa (lato sensu) subdivide-se em dolo (intenção) e
culpa (stricto sensu), e esta última se subdivide em:
No entanto, se ele for incerto, o bem é fungível e pode ser individualizado de acordo com as características
dele no momento do cumprimento da obrigação. Por exemplo: uma maçã vermelha.
Um ponto de absoluta importância sobre a entrega do bem objeto da obrigação é que o Credor não é
obrigado a aceitar coisa diversa da que lhe é devido, mesmo que mais valiosa, nem é o devedor obrigado a
dar bem diverso do ajustado (art. 313 do Código Civil), o que é conhecido como princípio da identidade.
As principais regras referentes as obrigações de
dar coisa certa.
Bens Acessórios seguem o Principal (Art. 233); Em regra, a coisa certa
abrange os acessórios, salvo se o contrário resultar do título ou das
circunstâncias do caso (Art. 233).
Deterioração (Art. 235 e Art. 236): Sem culpa do devedor (Art. 235) -> poderá o
credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que
perdeu; Com culpa do devedor (Art. 236) -> poderá o credor exigir o
equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha + das perdas e danos
As principais regras referentes as obrigações de
dar coisa certa.
Perda da coisa restituível (Art. 238 e 239): Sem culpa do devedor (Art. 238) ->
resolve a obrigação (o credor sofrerá a perda); Com culpa do
devedor (Art. 239) -> devedor responderá pela perda (equivalente) +
perdas e danos
Se o ato foi realizado, o credor pode exigir que seja desfeito, se o devedor não
desfazer e for uma questão urgente, o próprio credor pode desfazer e cobrar
perdas e danos depois, ou seja, mais um caso de autotutela permitida pelo direito.