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MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES
civil e natural.
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acessorium sequitur principale
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♦ conforme teoria do risco, res perit domino “a coisa perece para quem
tem seu domínio”. Assim, quem detiver o domínio, sofrerá as perdas
com os eventos que podem atingir a coisa, mas as partes podem
estabelecer o contrário.
• O credor continua a ser o dono e volta a ficar com a coisa. Ex. aluguel
e comodato.
• Em regra, o devedor não responde pela coisa, se isento de culpa.
• Perecimento. Sem culpa: extinção da obrigação com a perda para o
credor. Entretanto, o credor terá direito de receber os direitos que tinha
sobre a coisa até sua perda.
• Se houve culpa: devedor deverá arcar com o equivalente, mais perdas
e danos.
• Deterioração. Sem culpa: credor recebe a coisa no estado em que está,
sem direito à indenização.
• Deterioração. Se com culpa, devedor arca com o equivalente (ou a
coisa de volta?) mais perdas e danos. (Fim do art. 240 é problemático.
Ver enunciado 15 da I JDC).
• Acréscimo/melhoramento.
• Se não houve dispêndio por parte do devedor, o melhoramento
pertence ao credor, sem indenizações.
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B-OBRIGAÇÃO DE FAZER
C. obrigações solidárias:
O credor que vier a receber (ou remitir) fica obrigado a prestar aos
demais a quota proporcional que lhes cabe (277).
274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os
demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de
exceção pessoal que o devedor tenha o direito de invocar em relação a
qualquer deles.
2O CC/2002 não tratou de: renúncia à solidariedade; remissão relativamente a parcela inferior do que a cota-
parte individual; efeitos da renúncia e da remissão em caso de insolvência de um os codevedores; transação
entre codevedor e credor. Há divergência na doutrina e na jurisprudência.
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283. o devedor que satisfez a dívida tem direito a exigir de cada um dos
codevedores a sua quota (pretensão de reembolso).
Nesse caso, a obrigação não continua solidária, ele deve cobrar apenas
a cota-parte de cada um.
Se algum dos devedores “solidários” for insolvente, a parte do
insolvente deve ser rateada entre todos, inclusive entre (a) devedores
que o credor exonerara da solidariedade; (b) o próprio cumpridor da
obrigação (arts. 278, 283 e 284). Chama-se “pretensão de
nivelamento”.
Obs. Não é indicado de quem se cobraria a (cota-) parte do insolvente
que tocaria ao devedor remitido se: (a) do próprio devedor remitido,
contra a literalidade do 284 [que aponta para o “exonerado de
solidariedade”]; ou se (b) do próprio credor remitente (Arnaldo
Rizzardo).
Qualquer que seja a solução, cf. 278, que veda o enriquecimento sem
causa, não é adequado que o adimplente e demais devedores arquem
sozinhos com o prejuízo do insolvente.
Os juros de mora correm para todos os codevedores, mas,
posteriormente, apenas aquele que deu causa aos juros (se este for o
caso) deverá responder por essa obrigação (280). Não se dividirá o
valor dos juros.
Se a prestação de coisa se tornar impossível por culpa exclusiva de
apenas um dos solidários, todos responderão pelo equivalente, mas as
perdas e danos somente poderão ser exigidas do devedor que deu
causa à destruição ou deterioração da coisa.
Não há solidariedade entre os devedores em relação ao devedor que
adimpliu toda a dívida (exceto no caso do 285, ex. fiador pagador da
dívida de terceiro afiançado e seu consequente direito de “regresso
solidário”).
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II. TRANSMISSÃO
1. Cessão de crédito
Basta que o devedor seja notificado da cessão para que ela surta seus
efeitos (290). Caso não notificado, o pagamento feito pelo devedor ao
cedente é válido, não podendo o cessionário, posteriormente, alegar
falta de pagamento (292).
III. ADIMPLEMENTO
Ao credor (308).
Se o credor morre, seus sucessores assumem sua posição, assim
como na transmissão do débito (terceiro interessado e sub-rogado na
posição do credor pós pagamento), na solidariedade passiva (devedor
que adimple torna-se credor dos demais devedores), ou na procuração
(o procurador tem poderes para receber).
310, não se pode pagar a quem se sabe incapaz de dar quitação, sob
pena de ineficácia, salvo se o devedor provar que o incapaz recebeu o
benefício pelo pagamento. Já o relativamente incapaz não poderá
alegar incapacidade se ocultou sua idade (180).
312, se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita
sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o
pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o
devedor a pagar de novo (aos terceiros credores do seu credor).
Todavia, tal devedor tem o direito de regresso contra o credor originário.
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1.2. Objeto.
1.3. Lugar.
1.4. Tempo.
1.5. Prova.
2.3. Imputação.
2.4. Dação.
2.5. Novação.
Com ela, criam-se novos direitos e obrigações para as partes, que não
se ligam às obrigações anteriores, novadas. Extingue a obrigação
anterior com todas as suas garantias, acessórios, exceções pessoais,
privilégios creditórios e solidariedade, salvo estipulação em contrário
(novação parcial, cf. 364 e 365).
Assumindo novo devedor, se ele for insolvente, não tem o credor, que
o aceitou, ação regressiva contra o devedor originário, salvo se este
obteve por má-fé a substituição (363), no caso da delegação. Se o
credor o fez sem o consentimento do devedor ou contra sua vontade,
no caso da expromissão, não há como aquele regredir contra este,
evidentemente.
2.6. Compensação.
2.7. Confusão.
2.8. Remissão.
IV. INADIMPLEMENTO
I. Inadimplemento absoluto. II. Inadimplemento relativo. 1. Mora. 2.
Perdas e Danos. 3. Juros. 4. Correção monetária. 5. Cláusula Penal.
6. Arras. 7. Prisão.
I. Inadimplemento absoluto.
1. Mora.
A mora não ocorre apenas nos casos de obrigação pecuniária, mas
também nas obrigações de fazer ou não fazer e nas obrigações de dar
coisa diferente de dinheiro. Mora não equivale apenas à falta de
pagamento no prazo, no tempo certo, mas também no modo e no lugar
devidos. A mora pode ser tanto do devedor (mora solvendi, debitoris ou
debendi) quanto do credor (mora accipiendi, creditoris ou credendi,
394). Pode-se pensar ainda numa mora recíproca ou simultânea, na
qual ambos, credor e devedor, estão em mora. Nesse caso, haveria
uma “compensação” da mora, não se aplicando seus efeitos a
quaisquer das partes.
A. mora do devedor.
Tem de se diferenciar a obrigação pura (que necessita de interpelação
para se caracterizar a mora, 397, PU; chamada mora ex persona ou
mora pendente); da impura (sujeita a termo ou encargo, mora ex re ou
mora ex tempore).
A jurisprudência entende que uma vez interpelado o devedor, judicial
ou extrajudicialmente (mora ex persona), para adimplir a obrigação,
deve-se conceder um prazo razoável para que isso seja feito, não se
considerando a mora desde o momento da notificação.
Cf. O “E 427 da V JDC” prevê que é válida a notificação extrajudicial
promovida em serviço de Registro de Títulos e Documentos de
circunscrição judiciária diversa da do domicílio do devedor. O CC/2002
não exige forma específica de notificação, desde que ao menos
extrajudicial, em homenagem à instrumentalidade de formas. O E 619
da VIII JDC previu que a interpelação extrajudicial tratada no CC/2002
admite prova por meios eletrônicos, desde que demonstrada a ciência
inequívoca do interpelado, salvo disposição em contrário no contrato.
Nos casos de obrigação impura, a mora opera automaticamente com o
evento (mora ex re), não se necessitando de interpelação (dies
interpellat pro homine = o dia interpela pelo homem). Se a obrigação for
pecuniária, só se pode falar em mora quando a dívida é líquida e certa;
se for ilíquida, deve o credor propor ação para liquidá-la (cf. 509 e ss.
do CPC/2015).
Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em
mora desde que praticou o ato lesivo (398). Trata-se de “mora irregular
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V. ATOS UNILATERAIS
1. Promessa de Recompensa.