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1) obrigações de dar (coisa certa ou incerta) que por muitas vezes se mistura
com a obrigação de fazer, ou de não fazer. Por exemplo, na compra e venda, o
vendedor deve entregar o objeto (dar) e tem ainda a obrigação de responder pela
evicção e vícios redibitórios (fazer).
d) Responsabilidade objetiva; e,
e) Demais circunstâncias previstas em lei, que completa o raciocínio inicial sem
lacunas.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
TRADIÇÃO
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Nesse sentido, já advertia Duguit: “A propriedade não é mais o direito subjetivo do proprietário; é função
social do detentor da riqueza” (Leon Duguit, Las Transformaciones Generales Del Derecho Privado, Madrid:
Ed. Posada, 1931, p. 37).
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Op. cit. p. 7/8.
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"Para se integrar à tradição, capaz de transferir o domínio, é preciso mais:
que a intenção recíproca de transferir e adquirir verse sobre o domínio. Podendo-
se, portanto, definir a tradição como sendo a entrega, que o dono da coisa faz a
outra, com a intenção recíproca de transferir e adquirir o domínio".
"A tradição, desacompanhada daquela situação recíproca de transferir e
adquirir o domínio, também é conhecida pelo nome de tradição nua (nuda traditio),
consistindo apenas na mera entrega da coisa, como ocorre no comodato, no
penhor, na locação, no depósito".
Existem exceções à regra, pois existem casos em que se transfere o domínio
sem haver tradição. Exemplo: Na abertura de sucessão legítima aos herdeiros e
legatários da coisa certa; no casamento. Importante frisar, que não se transfere,
conforme nosso código civil, o domínio do bem através do contrato, "o contrato de
compra e venda não torna o adquirente dono da coisa comprada, mas apenas
titular da prerrogativa de reclamar sua entrega". Assim a tradição ocorre no
momento da entrega (artigo 1.267 do Código Civil).
Para a transferência dos bens imóveis, necessário se faz o registro do título
aquisitivo junto ao cartório de imóveis (artigo 1.245, §§ primeiro e segundo do
Código Civil), que corresponde à tradição solene.
DA CLAUSULA PENAL
"A cláusula penal é aquela pela qual uma pessoa, para assegurar a execução
de uma convenção, se compromete a dar alguma coisa, em caso de inexecução".
DO PAGAMENTO
Por todas as vezes que as garantias oferecidas não tiverem mais a mesma
força que tinham no momento do seu oferecimento, o legislador, deu ao credor o
direito de exigir reforço, através da intimação do devedor. Caso o devedor não
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reforce as garantias ofertadas, poderá o credor exigir o cumprimento da obrigação
antecipadamente.
É importante frisar, que ocorrendo as circunstâncias que autorizam o
vencimento antecipado da obrigação (incisos I, II e III), se houver a solidariedade
passiva, o vencimento não se antecipa com relação aos demais devedores
solventes (Parágrafo Único do art. 333).
A sub-rogação está prevista nos artigos 346 a 351 do Código Civil. Em suma,
consiste na substituição da pessoa que efetua o pagamento pela pessoa do
credor. Sendo assim, fica com "todos os direitos, ações, privilégios e garantias do
primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e fiadores", esta é a regra
do artigo 349 do Código Civil.
Conforme Sílvio Rodrigues "a sub-rogação representa enorme vantagem,
pois transfere ao sub-rogados esses mesmos acessórios, sem haver mister de
constituí-lo de novo, pois é a própria relação jurídica original, em sua
integralidade, que lhe é transmitida", assim podemos dizer que o pagamento
com sub-rogação gera os efeitos relativos ao cumprimento da obrigação
contra o credor originário. Por outro lado, podemos considerar que o sub-rogado,
passa a ocupar a posição do antigo credor na obrigação originária.
O nosso legislador classifica a sub-rogação em: LEGAL E CONVENCIONAL.
A sub-rogação legal ocorre por força de lei, conforme prevê os incisos do
artigo 346 do Código Civil, ou seja, naquelas situações onde o sub-rogado trata-se
de uma terceira pessoa que pode sofrer consequências jurídicas, em virtude do
inadimplemento da obrigação (fiador, avalista, credor hipotecário, etc.).
A sub-rogação legal não tem a finalidade de permitir o enriquecimento do
sub-rogado. Este raciocínio é tirado do artigo 350 do Código Civil, onde o
legislador só permite o reembolso, até o valor "desembolsado para desobrigar o
devedor".
A sub-rogação convencional ocorre através de pacto entre as partes. Pode
ser procurada e concedida pelo credor (art. 347, inciso I), ou pelo devedor (art.
347, inciso II). Quando concedida pelo credor, o próprio legislador a equipara à
cessão de créditos, tanto que é regulada pelos artigos 286 a 303 do Código Civil,
conforme o artigo 348. Se existir concedida pelo devedor, necessário se faz
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que o sub-rogado empreste a este a quantia precisa para solver a dívida, sob a
condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor
satisfeito. Assim, é possível que a sub-rogação seja procurada e concedida pelo
próprio devedor, desde que o pretenso sub-rogado "empreste" o equivalente para
solver a obrigação.
A sub-rogação parcial pode ocorrer quando um terceiro paga parcialmente a
dívida, assim se sub-roga, ficando com os mesmos direitos do credor em parte da
dívida. Neste caso, a obrigação continua a mesma, mas teremos duas pessoas
ocupando o pólo ativo. Se o patrimônio do devedor não for suficiente para o
pagamento total do seu débito, ou seja, se não for suficiente para pagar o total dos
créditos (credor e sub-rogado), respeitando a regra do artigo 351 do Código Civil,
terá o credito do credor originário, preferência sobre o crédito do sub-rogado,
assim, o credor originário percebe primeiro a parcela faltante para o cumprimento
total da obrigação, depois é que será satisfeito o crédito do
sub-rogado.
Ex: Imaginemos uma dívida no valor de R$ 10.000,00, onde um terceiro se sub-
roga parcialmente, pelo equivalente a 40% do crédito. Os bens que perfazem o
patrimônio do devedor valem R$ 8.000,00. Temos neste caso o credor originário
com um crédito de R$ 6.000,00 e o sub-rogado com um crédito de R$ 4.000,00.
Primeiro, receberá o credor originário (R$ 6.000,00) e o sub-rogado fica com os
outros R$ 2.000,00, além de ficar também, com o direito de perceber mais R$
2.000,00, quando o devedor amealhar bens suficientes para garantir o restante do
crédito do sub-rogado.
No exemplo citado, pouco importa se a sub-rogação é Legal ou
Convencional, será resolvido da mesma forma, ou seja, o credor originário sempre
terá preferência sobre o sub-rogado. Esta regra é condenada por Sílvio Rodrigues,
pois desestimula a sub-rogação parcial, já que o credor originário tem preferência.
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DO PAGAMENTO INDEVIDO (obs; não faz mais parte da nossa matéria, mas
é importante o conceito - leiam)
3. Sujeita o credor a receber a coisa pelo seu maior preço, se este oscilou entre o
tempo do contrato e o do efetivo cumprimento da obrigação.
DA CLAUSULA PENAL
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As regras de direito têm por finalidade primordial manter a ordem social.
Dentro do campo do direito das obrigações, torna-se necessário assegurar a
circulação de riquezas, para que exista maior tranqüilidade social. Assim, é
importante proteger o credor, ou os credores contra os riscos da insolvência e do
inadimplemento.
Com relação ao risco da insolvência, o nosso direito permite ao credor exigir
garantias reais (hipoteca, penhor) ou fidejussórias (avalista, fiador), evitando
assim, a insolvência do devedor.
Com o intuito de permitir que o credor possa afastar o risco do
inadimplemento, o nosso legislador criou a cláusula penal, que conforme a opinião
dominante na doutrina, em princípio, tem duas finalidades:
"A cláusula penal é aquela pela qual uma pessoa, para assegurar a execução
de uma convenção, se compromete a dar alguma coisa, em caso de inexecução".