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DIREITO CIVIL I – Direito das Obrigações

Prof. Dr. Carolina Novaes


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Direito das Obrigações
• Conceito: Trata-se de uma relação jurídica de caráter
transitório formada entre credor e devedor em torno
do cumprimento (adimplemento) de uma prestação
(exigível) em que deverá ser observado uma série de
deveres.
• Na verdade, as obrigações se caracterizam não tanto
como um dever do obrigado, mas como um direito do
credor. A principal finalidade do direito das obrigações
consiste exatamente em fornecer meios ao credor
para exigir do devedor o cumprimento da prestação.
Fonte das Obrigações
• Contrato
• Declaração unilateral de vontade - artigos 854 e 926
– Promessa de Recompensa (854 e 860)
– Gestão de Negócios (arts. 861 a 875);
– Pagamento Indevido (arts. 867 a 883);
– Enriquecimento sem Causa (arts. 884 a 886)
– Obrigações Provenientes de Títulos de Crédito (arts. 887
a 926) - controverso
• Ato ilícito
Débito X Responsabilidade
• A relação jurídica obrigacional é então regida por
dois pilares: débito e responsabilidade
• É possível um débito sem responsabilidade, ou
ainda uma responsabilidade sem débito? De
maneira excepcional sim.
– Débito sem responsabilidade: Obrigações naturais -
obrigação sem garantia, sem sanção, sem ação para se
fazer exigível. Irrepetível e Inexigível. Ex: Arts. 882;884;
564, II;814
– Responsabilidade sem débito: fiador
Deveres Obrigacionais
• Principais: aqueles que envolvem as obrigações de dar,
fazer e não fazer. Envolvem a própria prestação. Se esses
deveres forem violados, causará o inadimplemento da
obrigação, que poderá ser um inadimplemento total,
absoluta, parcial ou relativo.
• Acessórios: também chamados de anexos, implícitos ou
satelitários, envolvem a cooperação, a proteção e a
confiança por exemplo. Se esses deveres forem violados,
causará o inadimplemento, conhecido como violação
positiva do contrato. Em.24 CJF (rompimento ou fratura
dos deveres anexos à boa-fé objetiva)
Características principais do Direito das
obrigações
• O direito das obrigações tem por objeto direitos
de natureza pessoal, que resultam de um vínculo
jurídico estabelecido entre o credor, como
sujeito ativo, e o devedor, na posição de sujeito
passivo, liame este que confere ao primeiro o
poder de exigir do último uma prestação.
– Direitos relativos
– Direitos a uma prestação positiva ou negativa
– Patrimonialidade do objeto
Espécies Híbridas
• Obrigações Propter Rem – obrigação própria da coisa, que surge em
razão do bem.
– Conceito: “é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito
real.”
– propter, como preposição significa “em razão de”, “em vista de”. Trata-se,
pois, de uma obrigação relacionada com a coisa (rem), uma obrigação que
surge em vista dessa.
– Obrigações que surgem pela simples aquisição de um direito real de
propriedade.
– Se o direito de que se origina é transmitido, a obrigação o segue, seja qual
for o título translativo. O adquirente do direito real não pode recusar-se a
assumi-la.
– Ex: 1277;1315; 1336,III; 1234
– Promitente Comprador e a obrigação propter rem
Espécies Híbridas
• Ônus Reais: “são obrigações que limitam o uso e
gozo da propriedade, constituindo gravames ou
direitos oponíveis erga omnes, como, por
exemplo, a renda constituída sobre bem imóvel.”
– é necessário que o titular da coisa seja realmente
devedor, sujeito passivo de uma obrigação, e não
apenas proprietário ou possuidor de determinado
bem cujo valor assegura o cumprimento da dívida
alheia – hipoteca.
Espécies Híbridas
• Obrigações com Eficácia Real: são aquelas que, sem perder seu
caráter de direito a uma prestação, transmitem-se e são oponíveis a
terceiro que adquira direito sobre determinado bem. Certas
obrigações resultantes de contratos alcançam, por força de lei, a
dimensão de direito real.
– Art.1417: “ Mediante promessa de compra e venda, em que se não
pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular,
e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente
comprador direito real à aquisição do imóvel.”
– Art. 1418: “ o promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do
promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem
cedidos, a outorga de escritura definitiva de compra e venda, conforme o
disposto no instrumento preliminar, e , se houver recusa, requerer ao juiz a
adjudicação do imóvel”.

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