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Credor determinável.
Exs: título ao portador, temos um credor
indeterminável, ainda que temporário.
Acontece também na promessa de recompensa em que
o credor e indeterminável.
No caso da obrigação propter rem, obrigação de pagar
a taxa de condomínio, nessa obrigação também ha uma
margem de indeterminabilidade do devedor.
C) Elemento objetivo.
Elemento objetivo (coração da relação obrigacional) e a
prestação.
A prestação e o núcleo da relação obrigacional, a
prestação e o objeto da relação obrigacional. E o elemento
principal, objeto direto e imediato da obrigação.
A prestação e a atividade do devedor satisfativa do
direito do credor (pode ser: prestação de dar, fazer, não -
fazer).
Para que a prestação seja perfeita ela deve ser:
C1) Licíta;
C2) Possível;
C3) Determinada ou ao menos determinável.
1.4. A fonte da obrigação será:
1. Ato negocial (contratos);
2. Ato não-negocial;
3. Ato ilícito.
A classificação clássica de Gaio não pode ser
esquecida (esta classificação não e mais usada, mas
tem que ser referida na prova). Segundo Gaio (Direito
Romano) e fonte do direito obrigacional:
1. Contrato;
2. Quase-contrato;
3. Delito (delito doloso);
4. Quase – delito (delito culposo).
Atenção: A patrimonialidade é característica essencial da
prestação?
Tradicionalmente a patrimonialidade e característica da
prestação, mas excepcionalmente é desprovida dessa
característica (o Código de Portugal em seu art. 398 é um
exemplo de prestação sem característica patrimonial).
No Brasil e adotada a patrimonialidade como característica da
prestação.
A doutrina mais clássica costuma dizer que a
patrimonialidade é uma característica da prestação.
· No entanto existem prestações de obrigações que são
desprovidas da patrimonialidade.
Ex: Autor da herança ao fazer o testamento estabeleceu que os
sucessores teriam a obrigação de cremá-lo. Neste caso não há
patrimonialidade, mas sim uma prestação.
Interferência do princípio da eticidade (boa-fé objetiva) na
relação obrigacional.
Institutos que evitam abuso de direito:
Duty to mitigate (aplicado no direito americano): significa o
dever de mitigar. Sobre o influxo do principio da boa-fé na
relação obrigacional impõe-se ao credor o dever de mitigar o
dano, sob pena de perda da indenização correspondente. Ex: o
professor bateu no carro do outro professor. Do ato ilícito surge a
relação obrigacional. O credor poderia ter atuado para minimizar
o dano ele vai e se omite. Bate no pára-choque e deixa o carro
explodir por não ter usado um extintor de incêndio.
Droit de suite (aplicado no direito Francês): significa o direito de
sequência. O direito de sequência reconhece ao artista plástico e
seus sucessores um crédito (participação) no aumento do preço
nas sucessivas revendas da obra de arte.
Ver Art. 187 CC.
2. Classificação das obrigações.
2.1. Classificação básica, quanto ao objeto.
2.1.1. Obrigações de dar.
2.1.1.1. Obrigação de dar coisa certa.
2.1.1.2. Obrigação de dar coisa incerta.
2.1.2 Obrigação de fazer.
2.1.3. Obrigação de não fazer.
Classificação quanto aos elementos.
Obrigação Simples x Obrigação Composta.
2.2. Classificação quanto ao elemento objetivo.
2.2.2. Obrigações cumulativas ou conjuntas.
2.2.3. Obrigações alternativas ou disjuntivas.
2.2.4. Obrigações facultativas.
2.3. Classificação quanto ao elemento subjetivo.
2.3.1. Obrigações fracionárias.
2.3.2. Obrigações solidárias.
2.3.2.1. Solidariedade ativa.
2.3.2.2. Solidariedade passiva.
2.3.2.3. Subsidiariedade.
Outras modalidades de obrigação.
2.4. Quanto à divisibilidade.
2.4.1. Divisível.
2.4.2. Indivisível.
2.5. Quanto ao conteúdo.
2.5.1. De resultado.
2.5.2. De meio.
2.5.3. De garantia.
2.6. Quanto aos elementos acidentais.
2.6.1. Pura e simples.
2.6.2. Condicional.
2.6.3. A termo.
2.6.4. Modal (encargo).
2.7. Quanto à independência.
2.7.1. Principal.
2.7.2. Acessória.
2.8. Quanto à liquidez.
2.8.1. Líquida.
2.8.2. Ilíquida.
2.9. Quanto ao momento para o cumprimento.
2.9.1. Instantânea.
2.9.2. Fracionada.
2.9.3. Diferida.
2.9.4. Trato sucessivo.
2.1. Classificação básica.
Por isso que se fala que não existe uma obrigação subsidiária
e sim uma responsabilidade subsidiária. Afinal das contas,
nem sempre quem tem responsabilidade por um débito se
vinculou originariamente a ele por causa de uma relação
jurídica principal, como por exemplo, os fiadores,
responsabilizado acessoriamente pelos arts. 595 e 596 CPC.
Quanto à Natureza do Objeto - divisibilidade.
2.4. Obrigações Divisíveis e Indivisíveis.
Obrigações divisíveis.
Admitem o cumprimento fracionado ou parcial da
prestação;
Art. 257 CC: Ex: se a obrigação é de dar 100 ou três
sacas de café, a prestação é divisível por excelência.
Obrigações indivisíveis.
Só podem ser cumpridas por inteiro.
Art. 258. CC. Ex: uma coisa semovente.
Art. 258CC: a indivisibilidade poderá ser:
ao credor.
ao representante do credor.
a terceiro.
a) Pagamento feito diretamente ao credor:
Nos termos do art. 308, CC, o pagamento deve ser feito
diretamente ao credor ou ao seu representante legal, sob
pena de só valer depois de ser por ele ratificado, ou
tanto quanto se reverter em seu proveito.
ATENÇÃO: nem sempre o accipiens será o credor
originário da obrigação, pois também pode ser seu
herdeiro, o cessionário do crédito, ou mesmo aquele
que se sub-rogou nos direitos do credor. Por isso,
Gonçalves (2009, p. 247) destaca que “essencial é que a
prestação seja efetuada a quem for credor na data do
cumprimento.”
b) pagamento feito ao representante do credor:
a) o credor não puder ou, sem justa causa, recusar receber o
pagamento (dívida portável) ou dar a quitação na forma
devida;
4.5.1. Conceito.
Novação é a criação de obrigação nova, para extinguir
uma anterior. É a substituição de uma dívida por outra,
extinguindo-se a primeira. A existência dessa nova
obrigação é condição de extinção da anterior.
Dá-se a novação quando, por meio de uma estipulação
negocial, as partes criam uma nova obrigação, destinada
a substituir e extinguir a obrigação anterior.
“Novar”, em linguagem corrente, portanto, é criar uma
obrigação nova para substituir e extinguir a anterior.
Exemplos:
I) O pai, para ajudar o filho, procura o credor deste e lhe
propõe substituir o devedor, emitindo novo título de
crédito. Se o credor concordar, emitido o novo título e
inutilizado o assinado pelo filho, ficará extinta a
primitiva dívida, substituída pela do pai.
Ou seja, por princípio, nunca poderá ser imposta por lei,
dependendo sempre de uma convenção firmada entre os
sujeitos da relação obrigacional. Nesse sentido, pois,
podemos afirmar não existir, em regra, “novação legal”
(determinada por imperativo de lei).
c)Animus Novandi.
Existência de obrigação jurídica anterior: só poderá efetuar
a novação se juridicamente existir uma obrigação anterior a
ser novada, visto que a novação visa exatamente à sua
substituição.
É necessário que seja válida a obrigação a ser novada. Dispõe,
com efeito, o art. 367 do Código Civil: "Salvo as obrigações
simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação
obrigações nulas ou extintas". Não se pode novar o que não
existe, nem extinguir o que não produz efeitos jurídicos.
A obrigação simplesmente anulável, entretanto, pode ser
confirmada pela novação, pois tem existência, enquanto não
rescindida judicialmente. Podendo ser confirmada, interpreta-
se sua substituição como renúncia do interessado ao direito de
pleitear a anulação. Obrigações naturais não comportam
novação, porque seu pagamento não pode ser exigido
Obs: A novação em obrigações naturais é questão
controvertida, por isso é importante salientar que alguns
autores entendem ser perfeitamente cabível.
Silvio de Salvo Venosa ensina que “como persiste o
débito na obrigação natural e o pagamento feito é válido
e não enseja a repetição, a conclusão é pela
admissibilidade de novação de obrigação natural. A nova
obrigação passa a ser civil, isto é plena.” (VENOSA,
Sílvio de Salvo. Direito Civil: teoria geral das obrigações
e teoria geral dos contratos. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2008. Coleção direito civil; v.2. p.258.)
A criação de uma nova obrigação, substancialmente
diversa da primeira: a novação só se configura se houver
diversidade substancial entre a dívida anterior e a nova.
Só há novação quando se verifiquem alterações
secundárias na dívida (mudança de lugar do
cumprimento; modificação pura e simples do valor da
dívida; aumento ou diminuição de garantias; exclusão de
uma garantia, alongamento ou encurtamento do prazo,
estipulação de juros etc.).
A nova obrigação há de ser válida. Se for nula, ineficaz
será a novação, subsistindo a antiga. Se anulável, e vier a
ser anulada, restabelecida ficará a primitiva, porque a
extinção é conseqüência da criação da nova. Desfeita
esta, a anterior não desaparece.
4.5.4. Espécies de Novação.
a) Novação objetiva.
Modalidade mais comum e de fácil compreensão, ocorre
quando as partes de uma relação obrigacional
convencionam a criação de uma nova obrigação, para
substituir e extinguir a anterior.
Art. 360, inciso I, CC.
Por exemplo, haverá novação objetiva quando o credor e
devedor acordarem extinguir a obrigação pecuniária
primitiva, por meio da criação de uma nova obrigação,
cujo objeto é a prestação de um serviço.
Não há obrigatoriedade de que a obrigação primitiva
seja pecuniária, sendo irrelevante tratar-se de obrigação
de dar, fazer ou não fazer.
Novação Objetiva x Dação em Pagamento.
Não se deve confundir a novação OBJETIVA coma
dação em pagamento. Na dação, a obrigação originária
permanece a mesma, apenas havendo uma modificação
do seu objeto, com a devida anuência do credor.
Diferentemente, na novação objetiva, a primeira
obrigação é quitada e substituída pela nova.
b) Novação subjetiva.
Pode ser:
Total (A deve 100 a B, mas B também deve 100 a
A).
Ou Parcial (os créditos são de valores diversos:
extingue-se um mantém-se o outro na parte
excedente ao compensado – A deve 100 a B, e B 70
a A, compensa-se 70 da dívida de B).
4.6.2. Espécies de compensação.
I. Compensação legal: é a que se opera de pleno direito,
mediante a reunião dos requisitos previstos em lei (art. 369
do CC). Diante dos requisitos legais o juiz deve deferir a
compensação legal.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas,
vencidas e de coisas fungíveis.
II. Compensação judicial: se dá no processo por ato do
juiz. Na sucumbência recíproca o juiz na sentença poderá
fazer uma compensação judicial (art. 21 do CPC).
Ex: na reconvenção: o juiz na mesma sentença decide a lide
1 e a lide 2, por isso , nada impede que o juiz compense a
condenação das duas lides.
III. Compensação convencional: é aquela que deriva da
autonomia da vontade das partes, independentemente dos
I – Compensação Legal – Requisitos.
a) Reciprocidade das obrigações: na mesma
relação obrigacional, as partes são credores e
devedores uma das outras.
OBS: por exceção o art. 371 do CC, admite que o
fiador (terceiro) possa, quando demandado, opor
compensação caso tenha crédito seu em face do
credor (art. 371 do CC).
Art. 371. O devedor somente pode compensar com
o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode
compensar sua dívida com a de seu credor ao
afiançado.
b) Liquidez das dívidas. As dívidas devem ser líquidas, certas.
c) Dívidas vencidas. Exigibilidade das obrigações recíprocas:
a compensação pressupõe que as dívidas devem estar vencidas.
d) Homogeneidade das obrigações [mesma natureza]:
significa que para ter compensação legal as dívidas devem ser
da mesma natureza. Ex: “A” deve a “B” moedas raras no valor
de 50 mil reais. “B” estava devendo a “A” também 50 mil reais,
em dinheiro. Os débitos não são da mesma natureza, por isso
não cabe compensação por força de lei. Convencionalmente é
possível, o que não poderá é a compensação legal, por força de
lei, o juiz só está obrigado a acatar a compensação com os 4
requisitos presentes.
OBS: nos termos do art. 370 do CC, não se poderá compensar
coisas do mesmo gênero se diferirem na qualidade.
4.6.3. Renúncia à Compensação.
É possível a renúncia à compensação nos termos do:
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por
mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia
de uma delas.
I – Pela vontade das partes: a) que deve ser
contemporânea á constituição da obrigação ou, b) se for
ato posterior, exige-se que a compensação não tenha se
operado.
II – Impedimento da comp. por lei: a) dívida proveniente
de ato ilícito (Esbulho, furto ou roubo, art. 373,I);
b) Divida proveniente de comodato, depósito ou
alimentos (art. 373, II);
c) Dívida de coisa impenhorável ( art. 373 III e 649 CPC).
d) Dívidas fiscais, exceto se houver lei permissiva (art.
No caso de Comodato (empréstimo gratuito, de
coisa não – fungível), não cabe compensação
porque o comodato e o depósito são contratos de
confiança, por serem contratos de confiança a lei
não permite a compensação. Ex: pessoa que
empresta a um amigo uma casa o qual diz que não
irá devolver o imóvel falando que quer compensar
da dívida que tem com o proprietário.
Se qualquer das obrigações não for sucessível de
penhora não caberá compensação. Ex: Salário: não
pode ser retido para efeito de penhora, então não
poderá sofrer compensação.
O STJ no Ag 353291, apontou a impossibilidade
de retenção de salário para efeito de compensação.
4.7. Confusão:
4.7.1. Conceito.
É uma neutralização, anulação de obrigação quando
encontramos na mesma pessoa a qualidade de credor e
devedor.
Por ato causa mortis: Art 381, ex: A é inquilino de seu
pai B, mas o pai morre e A herda o apartamento,
extinguindo a obrigação de pagar aluguel face à confusão,
pois A vai reunir as qualidades de credor e devedor, afinal
ninguém pode ser devedor ou credor de si mesmo. A
confusão exige identidade de pessoas e de patrimônios, de
modo que o dono de uma pessoa jurídica pode dever a sua
empresa, e vice-versa.
Por ato inter vivos: X é credor de Y e ambos se casam sob
o regime universal de comunhão de bens.
4.7.2. Confusão – Espécies.
A confusão pode extinguir a dívida toda ou apenas parte da
dívida, conforme dispõe o artigo 382, ou seja, pode ser total
ou parcial. Quando ocorre a confusão parcial, o credor não
recebe a totalidade da dívida.
Exemplo de confusão parcial encontra-se nas obrigações
solidárias. Por exemplo: se um dos devedores solidários se
confunde com o credor, opera-se a extinção de parte da
dívida. Ou seja, apenas a parte correspondente à parcela de
responsabilidade do devedor solidário é confundida.
O artigo 383 dispõe sobre a confusão parcial: “A confusão
operada na pessoa do credor ou do devedor solidário só
extingue até a concorrência da respectiva parte do crédito,
ou na dívida, subsistindo quanto ao mais na solidariedade”.
A obrigação e a respectiva solidariedade permanecem entre
os demais devedores.
4.7.2. Confusão – Efeitos.
A obrigação é neutralizada, nem sempre se extinguindo a
obrigação acessória.
O artigo 384 dispõe que: “Cessando a confusão, para logo se
restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação
anterior”.
O artigo trata da confusão transitória que pode permanecer
por um tempo até que um fato jurídico a desfaça. Pode
acontecer, por exemplo, no caso de abertura da sucessão
provisória em razão da declaração de ausência e posterior
aparecimento do presumidamente morto.
Nesta hipótese, não se pode falar que a confusão
efetivamente extinguiu a obrigação, mas que somente a
neutralizou ou paralisou, até ser restabelecida por um fato
novo. Outro exemplo é aquele que recebe herança com
fideicomisso (com obrigação de transmitir a herança aos
ATENÇÃO: o atual Código Civil trata a transação
(arts 840 a 850: extinção da obrigação por mútuas
concessões) e a arbitragem (arts. 851 a 853: partes
confiam a àrbitros a solução de seus conflitos de
interesses) como formas de contrato e não mais
como formas de pagamento.
Ou seja, passa a não estar mais na órbita do Direito
das Obrigações...
4.8. Remissão das dívidas:
4.8.1. Conceito.
É liberação graciosa do devedor pelo credor, que
voluntariamente abre mão de seus direitos creditórios,
com o escopo de extinguir a obrigação, mediante o
consentimento expresso ou tácito do devedor;
é um direito exclusivo do credor de exonerar o devedor;
todos os créditos, seja qual for a sua natureza, são
suscetíveis de serem remidos, desde que visem o
interesse do credor e a remissão não prejudique
interesse público ou de terceiro;
Diferente de renúncia (ato unilateral), ela é bilateral.
Não pode prejudicar terceiros, credores daqueles que
perdoa (art. 385).
4.8.2. Remissão - Espécies.
Poderá ser total ou parcial e expressa ou tácita;
Tácita: ter-se-á remissão de dívida presumida pela
entrega voluntária do título da obrigação por escrito
particular e a entrega do objeto empenhado (credor
pignoratício, art. 387 prova da renúncia do credor à
garantia real).
Essa forma não se aplica na hipótese de o título da
obrigação ser constituído por instrumento público.
Assim, é expressa.
Logo, somente se o título da dívida for instrumento
particular é que será admitida a remissão tácita.
4.8.3 Remissão e solidariedade passiva.
Cessão x Subrogação:
Não há que ser confundida, também, com a sub-rogação
legal, uma vez que o sub-rogado não poderá exercer os
direitos e ações do credor além dos limites do
desembolso. Tal restrição não é imposta à cessão de
crédito. Se a sub-rogação, todavia, for convencional, o
tratamento dado pela lei é o mesmo da cessão de crédito
(art. 348 CC).
Forma da cessão: não exige formalidade entre o novo e o
velho credor, pode até ser verbal, mas para ter efeito contra
terceiros deve ser feita por escrito (288). A escritura
pública é aquela do art. 215, feita em Cartório de Notas. O
contrato particular é feito por qualquer advogado.
Cessão de crédito onerosa: “A emprestou R$ 5.000,00 a B,
pelo prazo de três anos, tendo a dívida sido afiançada por C.
Passado um ano, o mutuante tem inesperadamente
necessidade de dinheiro. Como não pode ainda exigir a
restituição da quantia mutuada, vende o crédito por R$
4.200,00 a D, que não hesita em adquiri-lo pela confiança
que deposita na solvabilidade pelo fiador.
Se A não tivesse “vendido” (leia-se cedido onerosamente),
mas apenas transmitido o crédito, sem exigir
contraprestação alguma, a cessão seria considerada gratuita.
Da validade da cessão:
Art. 286CC: a cessão de crédito NÃO poderá ocorrer:
a) se da natureza da obrigação for incompatível com a
cessão (ex: alimentos, direitos da personalidade: honra,
nome,...)
b) se houver vedação legal (ex: art. 520 CC: que proíbe
a cessão do direito de preferência a um terceiro)
c) se houver cláusula contratual proibitiva entre as
partes.
Art. 288 CC: Para ter validade, a cessão de crédito
deverá ser celebrada mediante instrumento público ou, se
for celebrada por instrumento particular, deverá revestir-
se das solenidades previstas no § 1º do art. 654 CC, quais
sejam, a indicação do lugar em que foi passado, a
qualificação das partes, a data, o seu objetivo e conteúdo,
Espécies de cessão de crédito:
convencional (onerosa ou gratuita), para ocorrer
efeitos perante terceiros temos a forma do artigo 288.
legal (ex. fiador, art. 831) ou
judicial (ex. pessoas que pelo processo recebem um
bem e com ele seus créditos).
Total ou parcial.
Espécies de Mora:
Inexecução culposa.