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A obrigação assume uma ideia mais restrita, dando conta do vínculo existente
entre pessoas, pelo qual uma assume uma prestação em favor de outra,
vinculando o seu patrimônio.
Nesse contexto, fica fácil notar que ao Direito das Obrigações interessa apenas o
estudo das relações jurídicas obrigacionais (pessoais) entre um credor (titular do
direito de crédito) e um devedor (incumbido do dever de prestar), deixando-se
para o Direito das Coisas as relações e direitos de natureza real. Assim sendo,
podemos ilustrar da seguinte forma:
Relação jurídica OBRIGACIONAL: Sujeito ativo (credor) → relação jurídica
obrigacional → sujeito passivo (devedor)
Relação jurídica REAL: Titular do direito real → relação jurídica real → bem /
coisa
1. Subjetivo ou pessoal:
2. Objetivo ou material:
- a prestação
- o vínculo jurídico
ELEMENTO SUBJETIVO
O CREDOR, é o titular do direito de crédito, é o detentor do poder de exigir, em
caso de inadimplemento, o cumprimento coercitivo da prestação pactuada.
ELEMENTO OBJETIVO:
Prestação: Coração da relação obrigacional.
Tipos de objeto:
Positivas:
● de dar – coisa certa – arts. 233 a 242
● coisa incerta – 243 a 246
● de fazer
Art. 313: O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe
é devida, ainda que mais valiosa.
Havendo urgência, o credor pode agir sem ordem judicial, num autêntico caso de
realização de Justiça pelas próprias mãos (pú do 249, ex: consertar o telhado de
casa ameaçando cair).
Mas se tal recusa decorre de um caso fortuito (ex: o cantor gripou e perdeu a
voz), extingue-se a obrigação (248).
Desobriga-se no que prestar uma das duas entregas, não sendo lícito ao banco
exigir-lhe a prestação da entrega das 100 sacas de arroz e das 80 sacas de soja.
IMPOSSIBILIDADE TOTAL DAS PRESTAÇÕES:
a) Sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação – Art. 256 CC
b) Com culpa do devedor, se a escolha cabe ao devedor: deverá pagar o
valor da prestação que se impossibilitou por último, mas as perdas e
danos – Art. 254 CC. Se a escolha cabe ao credor: poderá exigir o
valor de qualquer das prestações que se impossibilitou por último,
mas perdas e danos – Art. 255
IMPOSSIBILIDADE PARCIAL:
a) Sem culpa do devedor – concentração do débito na prestação
subsistente.–Art.253 CC
b) Com culpa do devedor, se a escolha cabe ao próprio devedor:
concentração do débito na prestação subsistente – Art. 253 CC Se a
escolha cabe ao próprio credor: poderá exigir a prestação
remanescente ou valor do que se impossibilitou, mais as perdas e
danos. – Art. 255 CC
2. Obrigações Facultativas:
São aquelas onde há somente uma obrigação estipulada, porém a lei ou o
contrato permite que o devedor se exonere entregando uma outra prestação.
Exemplo: art. 1234, então quem encontra coisa perdida deve restituí-la ao dono, e
o dono fica obrigado a recompensar quem encontrou; mas o dono pode, ao invés
de pagar a recompensa, abandonar a coisa, e aí quem encontrou poderá ficar
com ela; pagar a recompensa é a prestação principal do devedor, já abandonar a
coisa é prestação acessória do seu dono. O abandono da coisa não é obrigação,
mas faculdade do seu dono. Ao invés de pagar a recompensa, tem o devedor a
faculdade de dar a coisa ao credor.