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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Faculdade de Direito – Direito Civil

CONTRATOS DE SEGURO

1. Conceito

O contrato de seguro, conforme previsto no art. 757 do Código Civil, é aquele em que
uma das partes, o segurador, se obriga, mediante o recebimento de um ''prêmio'', a ''garantir o
interesse legítimo'' da outra parte, o segurado, em relação à pessoa ou a coisa, contra riscos
predeterminados.

Em consonância com os ensinamentos de Fábio Ulhoa Coelho, a função desse tipo de


contrato é socializar entre as pessoas expostas a determinado risco as repercussões
econômicas da verificação do sinistro, que é a ocorrência do dano previsto no contrato que
acarreta a obrigação da seguradora de fazer a indenização prometida. Assim, verifica-se que
nesse tipo de contrato, um elemento fundamental que deve ser observado é o risco, pois é o
que representa o objeto do contrato e é o elemento que será transferido para outra pessoa na
relação.

Há que se observar, porém, que, como expõe o art. 757 do CC, não são todos que
podem atuar no contrato como seguradores, já que o segurador deverá ser, necessariamente,
uma sociedade anônima, uma sociedade mútua ou uma cooperativa, com autorização
governamental, que mediante o recebimento do prêmio, assumirá o risco.

No que tange a sua natureza jurídica, o contrato de seguro é: a) bilateral ou


sinalagmático, visto que gera obrigações para ambas as partes; b) oneroso, já que ambos os
contraentes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício; c) tipicamente aleatório, pois
apesar do pagamento do prêmio ser obrigação certa, a obrigação do segurador de pagar a
indenização dependerá da ocorrência ou não do sinistro, isto é, representa acontecimento
incerto; d) de adesão, uma vez que se aperfeiçoa com a aceitação, pelo segurado, das
cláusulas previamente elaboradas pelo segurador e impressas na apólice, impostas sem
discussão entre as partes.

2. Classificação
São numerosas as espécies de seguros, sendo alguns mais frequentes e outros menos
comuns. As espécies de seguro se dividem em: 1) Quanto à obrigatoriedade; 2) Quanto ao
número de pessoas; 3) Quanto ao objeto.

Os seguros quanto à obrigatoriedade dividem-se em seguros sociais e seguros


privados. O primeiro possui um cunho facultativo e diz respeito a coisas e pessoas. Já os
seguros privados, de cunho obrigatório, tutelam determinadas classes de pessoas ( pex:
idosos, inválidos, etc) e se dividem em terrestres, marítimos e aéreos. Ademais, sob o aspecto
do número de pessoas, protegidas pela mesma apólice, os seguros dividem-se em individuais,
se compreendem um só segurado, e coletivos ou em grupo, se envolvem vários. E, por fim,
quanto ao objeto, os seguros são de coisas e de pessoas e podem se especializar em
operações de seguros de vida, operações de seguro agrário, dos ramos elementares e de
capitalização. Podendo, ainda, estes seguros dividirem-se em seguros individuais ou em
grupo.

O Código Civil, ao tratar dos seguros terrestres, de coisas e pessoas, aborda tais temas
respectivamente nas seções “Do Seguro de Dano” ( arts. 778 a 788) e “Do seguro de pessoa”
(arts. 789 a 202). O seguro de dano se subdivide em seguro de coisas ( cuidando da cobertura
por danos a bens imóveis, móveis propriamente ditos e semoventes) e seguro de
responsabilidade civil (concernente à cobertura por danos a terceiros). Já o seguro de pessoa
se desdobra em seguro de vida e seguro de acidentes pessoais.

2.1. Seguro de Dano

Nos contratos de seguro de dano, o bem segurado é patrimonial, podendo ser, por
exemplo, um objeto determinado, como um carro, ou mesmo uma futura obrigação
pecuniária, advinda do reconhecimento de responsabilidade civil por parte do segurado.

Em relação ao seguro de dano, o Código Civil em seu art. 778 preceitua que nessa
modalidade “a garantia prometida não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no
momento da conclusão do contrato, sob pena do disposto no art. 766, e sem prejuízo da ação
penal que no caso couber”. Ou seja, o seguro de dano visa apenas garantir o ressarcimento ao
segurado, de modo a se evitar prejuízo ao segurado em caso de alguma forma de dano sob a
coisa assegurada. Assim, não tem como finalidade o lucro, mas apenas uma proteção do
interesse do assegurado.

Ademais, o atual diploma considera ilícito o segurado receber pelo sinistro um valor
indenizatório superior ao do interesse segurado ou da coisa que foi sinistrada. Essa natureza
não lucrativa do seguro de dano também encontra-se disposta no art.781 do CC, que dispõe
que “a indenização não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento do
sinistro, e, em hipótese alguma, o limite máximo da garantia fixado na apólice, salvo em caso
de mora do segurado”.

Por ter natureza indenizatória, o contrato de seguro de danos visa a reparar o prejuízo
sofrido pelo segurado, sendo vedada qualquer forma de intenção de lucro. Por isso, o artigo
782, do CC, prevê que havendo novo contrato de seguro sobre o mesmo risco, o segurador
deve ser comunicado, com o intuito de garantir a efetiva obediência ao artigo 778, ou seja, de
garantir que não se tenha ultrapassado o valor da coisa.

Em relação ao vício intrínseco da coisa assegurada reza o Código no art.784 que “não
se inclui na garantia o sinistro provocado por vício intrínseco da coisa segurada, não
declarado pelo segurado”. Tal dispositivo trata de uma cláusula excludente de garantia e
assegura o beneficiário contra um eventual risco que advenha de alguma causa externa.
Assim, é afastada a indenização de sinistro ocorrido em razão de defeito intrínseco e não
conhecido do segurador, que ficará isento de qualquer responsabilidade se o risco não for
previsto.

O art.786 do CC prevê, ainda, que quando à coisa segurada for danificada e a


seguradora indenizar o segurado pelos prejuízos, aquela terá direito à sub-rogação, nos
limites do valor respectivo, nos direitos e ações que competirem ao segurado em face do
autor do dan. Logo em seguida, no art. 787 do CC, é previsto pelo código o seguro de
responsabilidade civil, que compreende ao segurado a cobertura pelas indenizações que ele
seja obrigado a pagar por danos causados a terceiros, ou seja, “o segurador garante o
pagamento de perdas e danos devidos pelo segurado a terceiro”

2.2. Seguro de Pessoa

Nos seguros de pessoa, o risco envolve a pessoa do segurado, isto é, sua vida ou
integridade física. Essa modalidade de seguro é denominada seguro de valores futuros, por
não prever propriamente uma indenização em razão de prejuízos materiais, ou de danos
causados à coisa, e sim oferecer uma segurança financeira ou para prevenir dificuldades para
a própria pessoa ou para herdeiros ou protegidos que constarem como terceiros beneficiários
no contrato, em razão da sua morte.

Nesse tipo de seguro, diferentemente do que ocorre no seguro de dano, o capital


segurado é livremente estipulado pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro
sobre o mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores, vide o art. 789 do CC.

Além disso, é importante notar que, como estipulado pelo art. 794 do CC, no seguro
de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o capital estipulado não está sujeito às
dívidas do segurado, nem se considera herança para todos os efeitos de direito, visto que a
indenização consiste em direito do beneficiário da relação, não compondo o patrimônio do
segurado.

Surgem constantemente novas variações de seguros e dentre esses cabe a menção de


três principais, o contrato de seguro de vida propriamente dito, o contrato de seguro dotal e o
contrato de seguro misto.

O contrato de vida propriamente dito é aquele que tem por objeto garantir mediante o
prêmio o pagamento de certa quantia para determinada ou determinadas pessoas indicadas no
contrato pela morte do segurado. Vê-se que esse tipo de contrato teria um caráter de
estipulação em favor de terceiros, pois haveria além do segurador e segurado um terceiro
beneficiário na relação.

O contrato de seguro dotal, em contrapartida, é aquele em que os contratantes ajustam


o pagamento do capital ao próprio segurado após determinado prazo estipulado, isto é, será
paga a soma ao próprio segurado se este sobreviver ao período estipulado em seu contrato.

Já o contrato de seguro misto oferece cobertura por morte e por sobrevivência, assim,
se o segurado sobreviver até o prazo acordado, recebe o dinheiro acumulado durante o
período. Caso contrário, o beneficiário identificado na apólice, receberá o capital segurado e
uma parte do que foi acumulado.

Ainda, é relevante mencionar como exemplo de seguro de vida por excelência a


existência do seguro de vida prestamista. Nos casos de desemprego, incapacidade
involuntária, ou de uma série de riscos que possam trazer algum dano, surge o seguro
prestamista como uma modalidade de seguro que visa proteger o contratante. Assim, referido
seguro é uma proteção financeira para contratos de crédito e tem por objetivo garantir a
quitação ou amortização de uma dívida, de modo que se diferencia de um seguro de vida
comum, pois prevê adicionalmente na apólice a quitação de uma dívida em caso de
falecimento do segurado.

2.3. Diferença entre Seguro de Dano x Seguro de Pessoa

A diferença entre o seguro de pessoa e o seguro de dano está na natureza da obrigação


da seguradora, em caso de sinistro. No seguro de pessoas, a prestação devida pela seguradora
é a de mera prestação ou capital, isso pois, a vida ou integridade física do segurado não tem
preço, e, por isso, o valor que a seguradora paga na hipótese de sinistro não pode ter o sentido
da recomposição de uma perda patrimonial. No seguro de dano, por sua vez, o sinistro
sempre importa perda patrimonial ao segurado e, por isso, o devido pela seguradora é uma
prestação indenizatória, que visa recompor o prejuízo.

Outra diferença entre as duas espécies de seguro encontra-se na sub-rogação da


seguradora nos direitos e ações do segurado contra o causador do sinistro objeto de seguro,
que existe no seguro de danos (CC, art. 786), mas não no seguro de pessoa (art. 800).

3. Legislação

A legislação mais pertinente aos contratos de seguro é a que consta do Código Civil,
dentro de seu Capítulo XV: “Do Seguro”, que irá versar sobre o contrato de seguro desde o
artigo 757 até o 777.

O artigo 777 prevê que “Art. 777. O disposto no presente Capítulo aplica-se, no que
couber, aos seguros regidos por leis próprias”. De modo que as legislações também
pertinentes ao tema poderão ter a aplicação suplementar do Código Civil.

Deste modo, também existem outras leis que regulamentam o tema, tais como:

LEI Nº 4.594/64 - Regula a profissão de Corretor de Seguros.


DECRETO-LEI Nº 73/66 - Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as
operações de seguros e resseguros e dá outras providências.

Este Decreto é o mais importante no que tange aos seguros no direito brasileiro,
valendo dar um destaque a este dispositivo, uma vez que ele regulamenta o sistema nacional
de seguros privados, constituindo os principais órgãos responsáveis por este sistema, assim
como também possui influência dentro da seara dos contratos de seguro:

“Art 2º O controle do Estado se exercerá pelos órgãos instituídos neste Decreto-lei, no


interesse dos segurados e beneficiários dos contratos de seguro.”

“Art 8º Fica instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, regulado pelo presente
Decreto-lei e constituído:

a) do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP;

b) da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP;

c) dos resseguradores;

d) das Sociedades autorizadas a operar em seguros privados;

e) dos corretores habilitados.”

O Decreto-Lei Nº 73/66 sofreu alterações dos seguintes dispositivos:

DECRETO Nº 60.459/67 (com posterior retificação do DECRETO Nº 61.589/67);

DECRETO Nº 61.867/67 (dispõe acerca dos seguros obrigatórios);

LEI Nº 10.190/2001 e LEI COMPLEMENTAR Nº 126/2007 (dispõe sobre a política de


resseguro, retrocessão e sua intermediação, as operações de co-seguro, as contratações de
seguro no exterior e as operações em moeda estrangeira do setor securitário).

Além disso, existem também outras legislações acerca de temáticas mais específicas
que envolvem o seguro, como por exemplo:

LEI Nº 6.194/74 - Dispõe sobre Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por
Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não.

4. Órgãos de fiscalização
Um órgão regulador de seguros é uma unidade do governo responsável por
estabelecer as normas do mercado de seguros. Ele serve como um parâmetro para que os
órgãos fiscalizadores possam realizar a supervisão de instituições financeiras que oferecem
esse produto aos consumidores.

Para os seguros, o órgão regulador é a CNSP (Conselho Nacional de Seguros


Privados). Sua função é de fixar as diretrizes e normas para a políticas de seguros privados no
Brasil.

Ante o exposto, entendemos que o órgão regulador serve de referência para os órgãos
fiscalizadores. No mercado dos seguros no Brasil, o órgão responsável por supervisionar e
controlar as instituições financeiras é a Susep (Superintendência de Seguros Privados).

A Susep é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia, criada pelo Decreto-


lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, que tem como função executar, fiscalizar e autorizar as
políticas de seguros no País, ou seja ela garante que as regras sejam colocadas em prática por
empresas como corretoras de seguros e seguradoras.

Além de seguros, a Susep também é responsável pela autorização, controle e


fiscalização dos mercados de previdência privada aberta, resseguros e capitalização.

O órgão estabelece regras para a operação de todos os envolvidos na oferta e


comercialização de seguros no Brasil, e garante que as empresas cumpram com as normas
estabelecidas e que a cotação de seguros, o apoio durante a vigência da apólice e o
pagamento em caso de sinistro sejam feitos de acordo com a lei.

Por fim, vale citar que a Susep também atua na prevenção e combate às fraudes
cometidas no mercado, bem como possui dever de aplicar punições, caso necessário.

5. Partes e objeto do contrato

Retomando, conforme o art. 757 do Código Civil, considera-se contrato de seguro


aquele pelo qual uma das partes, denominada segurador, se obriga, mediante o recebimento
de um "prêmio", a "garantir interesse legítimo" da outra, intitulado segurado, "relativo a
pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados". Dessa forma, percebe-se que em um
contrato de seguro as partes são: o segurador e o segurado. Esses são sujeitos de direitos e
deveres, uma vez que o segurado tem como uma de suas prestações a de pagar o prêmio, isto
é, fornecer uma contribuição periódica e moderada em troca do risco que o segurador
assumirá; e o segurador tem como contraprestação pagar a indenização se o risco for
concretizado, já que assume o risco mediante o recebimento do prêmio.

Ressalta-se, ainda, que qualquer pessoa pode ser o segurado em um contrato de


seguros, desde que seja tenha capacidade civil. Já a atividade do segurador só pode ser
exercida por (i) companhias especializadas, ou seja, sociedades anônimas, mediante prévia
autorização do governo federal (ASSP, 1.852:74; CF 88, art. 192, II, com redação da EC
13/96; lei nº 8.177/91, art. 21; CC, art. 757, parágrafo único); ou (ii) cooperativas
devidamente autorizadas (Dec- Lei nº 73166, art. 24; Regulamento nº 59.195/66) - desde que
estas operem apenas em seguros agrícolas e de saúde. Contudo, destaca-se a hipótese do
seguro social de acidentes do trabalho, que tem como segurador o Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS), isto é, papel realizado pelo Estado ou por via de entidades
autárquicas.

Uma observação é que o beneficiário não é parte no contrato, nos contratos de seguro
de vida e no obrigatório de acidentes pessoais em que acontece a morte por acidente, por
exemplo, trata-se de terceiro e não configura parte no contrato. Ou seja, o beneficiário
consiste em uma pessoa a quem será pago o valor do seguro, a “indenização” e neste caso
supramencionado tal estipulação ocorre quando uma pessoa convenciona com outra que esta
concederá uma vantagem ou benefício em favor daquele que não é parte no contrato.

Quanto ao objeto do contrato de seguros, pode-se afirmar que, de acordo com os


ensinamentos de Carlos Roberto Gonçalves, o risco é o objeto do mesmo. O risco está sempre
presente e consiste em um acontecimento futuro suscetível de causar dano, não certo de
acontecer, mas previsto no contrato caso ocorra. Quando este evento ocorre, a técnica
securitária o denomina sinistro. Dessa forma, o pagamento da indenização pela seguradora só
acontece quando o risco se concretiza, ou seja, após o sinistro.

6. O risco, planilha de risco

O risco representa um componente primordial para que se tenha um contrato de


seguro, pois dele advém o objeto deste tipo de contrato. O risco consiste na possibilidade do
defeito, melhor dizendo, traduz-se em um acontecimento possível, futuro e incerto, ou de data
incerta, que não depende somente da vontade das partes e que pode ocorrer por fato da
natureza ou do próprio homem.
Nesse sentido, o risco, tratando-se do objeto do contrato, deve ser observado para que
cumpra os requisitos e este passe a ser válido: não pode, bem como via de regra em contratos,
o objeto ser ilícito; não pode haver cláusulas que contrariem a ordem pública (Art. 762 do
Código Civil) e não pode a indenização ultrapassar o valor do interesse segurado no momento
do sinistro, e, em hipótese alguma, o limite máximo da garantia fixado na apólice (Art. 781
do Código Civil). Ressalta-se que as coisas não podem ser seguradas por mais do que valem
ou serem objeto de segundo seguro, porém, a legislação brasileira prevê exceções como o
resseguro - a operação pela qual o segurador transfere a outro, total ou parcialmente, um risco
assumido através da emissão de uma apólice ou um conjunto delas - bem como o caso do
bem jurídico vida, a qual pode ter mais de um seguro e ser estimada por qualquer valor.
Outrossim, o contrato de seguro se desenha a partir da transferência de risco, podendo
esse ocorrer ou não, mas mantendo uma "continuidade". Já o sinistro também pode ou não
ocorrer, assim como o risco em si, mas este é eventual. Todavia, os cálculos atuariais -
realizados a partir da análise de probabilidade - apontam a incidência dos sinistros num
determinado risco e possibilitam saber com maior precisão a incidência futura destes. Assim,
com tal análise é determinada a taxa a ser paga pelos segurados e, consequentemente, os
prêmios recolhidos pela seguradora que serão utilizados no pagamento das indenizações
pelos sinistros que de fato ocorrerem.
Para ser fixado o cálculo do prêmio, três elementos devem ser observados: prazo do
seguro (quanto maior o prazo pelo qual o segurado será protegido daquele evento, maior o
prêmio a ser pago); importância segurada ou o limite máximo de indenização e a exposição
ao risco (quanto maior o risco, maior o prêmio a ser pago pelo segurado).

7. Apólice

A apólice é o instrumento do contrato de seguro. Esse instrumento deve ter na forma


de sua proposta as condições gerais, deve consignar o risco assumido, o valor do objeto do
seguro, o prêmio devido e o termo inicial e final da vigência.

O Código Civil estabelece no art. 760 que a apólice será nominativa à ordem ou ao
portador. No entanto, quando se tratar de seguro de pessoas, a apólice não poderá ser ao
portador (parágrafo único).
As apólices nominativas, aquelas que mencionam o nome do segurado, podem ser
transferidas mediantes cessão civil e às ordens por endosso. Naquelas, alienadas a coisa que
se encontra no seguro é transferida ao adquirente o contrato pelo prazo que ainda faltar.
Conforme estabelece a Súmula 188 do STF “segurador tem ação regressiva contra o causador
do dano, pelo que efetivamente pagou, até ao limite previsto no contrato de seguro”. Porém,
no caso do seguro de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se nos direitos e a ações do
segurado, ou do beneficiário, contra o causador do sinistro” (CC, art. 800). E no seguro de
coisas, “salvo dolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano foi causado pelo cônjuge do
segurado, seus descendentes ou ascendentes, consanguíneos ou afins” (art. 786, § 1º).

A apólice ou o bilhete de seguro “mencionarão os riscos assumidos, o início e o fim


de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do
segurado e o do beneficiário” (CC, art. 760). Dispõe a Súmula 402 do Superior Tribunal de
Justiça: “O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo
cláusula expressa de exclusão”.

Por fim, vale destacar que o contrato é considerado perfeito com a entrega da apólice.
Além disso, a prova do contrato de seguro é mediante a exibição da apólice.

8. Prêmio

O prêmio no contrato de seguro representa o valor monetário devido pelo segurado à


seguradora em caráter de contraprestação ao serviço de seguro que esta última presta. Em
outras palavras, o prêmio é o preço do seguro a ser pago ao segurador pelo segurado pela
garantia de tutela de determinado interesse na hipótese de ocorrência de um evento futuro
determinante à condição atual do objeto ou da pessoa.
O art. 757 do CC/02 ao dizer que “[...] o segurador se obriga, mediante o pagamento
do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado [...]”, na definição do contrato de seguro,
trata o prêmio como um elemento obrigatório e próprio do contrato de seguro, de modo que o
segurado apenas terá direito à garantia da seguradora após o pagamento do prêmio em
quantia e prazo previamente estabelecido no contrato. Desse excerto pode-se retirar, também,
que o pagamento deverá ocorrer antes da prestação de serviço do seguro, seja por parcela
única, mensalmente ou anualmente, a depender do que for acordado entre as partes.
Além disso, o pagamento do prêmio também cumpre função probatória nas hipóteses
em que não houver emissão de apólice ou bilhete de seguro, conforme o art. 758 do CC/02. É
importante ressaltar, contudo, que isso não se estende à constituição das obrigações
específicas das partes, sendo necessário, ainda, a proposta escrita com especificação do
interesse a ser garantido e do risco do contrato, na forma do artigo subsequente.
Outro ponto relevante no que tange ao estudo do prêmio, é como é feita sua
precificação. A doutrina ensina que essa valoração é feita caso a caso, sempre levando em
conta a natureza do que está sendo garantido e os riscos que o envolvem, o que torna inviável
uma padronização absoluta dos prêmios em determinados contratos de seguro.
Desta feita, o que ocorre é a realização de cálculos atuariais (de probabilidade,
estatística de riscos) com base nas informações prestadas pelo segurado ao segurador quanto
a natureza e peculiaridades intrínsecas ao interesse tutelado, que influenciam direta ou
indiretamente no agravamento ou atenuação dos riscos admitidos. Assim, a análise do risco
não é somente quanto a sua probabilidade de ocorrência tão simplesmente, mas da
combinação de todos os elementos que poderão determiná-la e também seu grau de
gravidade.
Alguns exemplos de informações normalmente prestadas, a depender do contrato, são:
o perfil do segurado; sua atividade laboral; seus hobbies e atividades esportivas; local de
residência; condição de saúde; meio de utilização do objeto tutelado; dentre outras.
Nesta lógica, estabelecido o grau do risco que será transferido para a seguradora,
quanto maior o risco, maior será o prêmio; e quanto menor o risco, menor será prêmio. Bem
como, quanto maior a cobertura e abrangência da garantia, maior será o prêmio; e o contrário
também é verdadeiro.
Ponto relevante nessa temática é que nesta prestação de informações, o segurado deve
fazê-la com máxima observação ao preceito da boa-fé objetiva, de modo que não omita ou
minta em relação a ponto significativo do interesse a ser garantido, mas forneça informações
precisas, conforme o art. 765 do CC/02. Caso contrário, o segurado perderá o direito à
garantia e ainda estará sujeito ao pagamento das prestações vencidas do prêmio, por força do
artigo subsequente.
Ademais, o parágrafo único do art. 756 do CC/02 ainda dispõe que, caso o erro tenha
ocorrido sem a má-fé do segurado, o segurador poderá resolver o contrato ou cobrar a
diferença do prêmio depois do sinistro sem prejudicar a indenização devida.
Outras hipóteses, já em relação à conduta da seguradora, são: (i) caso lhe falte
diligência e ela deixe de pedir determinado exame essencial a determinado seguro e mesmo
assim aceite o prêmio, não poderá eximir-se do pagamento da indenização em caso de
sinistro, a não ser que haja realmente má-fé do segurado; e (ii) caso saiba da impossibilidade
ou inexistência de determinado risco e, ainda assim expeça a apólice e aceite o prêmio, ela
deverá pagar a indenização em dobro, conforme o art. 773 do CC/02.
Como nesse tipo de contrato é comum a variação das circunstâncias e condições,
sobretudo em relação ao risco do interesse tutelado, podendo aumentar ou diminuir após a
celebração da apólice, é necessária uma comunicação clara e constante entre as partes. Assim,
na hipótese de diminuição significativa de risco, o segurado poderá pedir a revisão do prêmio
ou a resolução do contrato (art. 770 do CPC/02).
Não obstante, além do preço do risco analisado amiúde na exposição acima, o prêmio
compõe também as despesas administrativas relacionadas à prestação de serviço da
seguradora, bem como o lucro da empresa.

9. Direitos e obrigações das partes

9.1. Obrigações do Segurado

A principal obrigação do Segurado é o pagamento do prêmio (conforme item 8 do


presente trabalho) que foi estipulado no contrato. Nesse sentido, estabelece o artigo 764 do
Código Civil, que salvo disposição especial, o segurado não pode se exonerar de pagar o
prêmio sob a alegação de que o risco não se verificou.

Não obstante, dispõe o artigo 770 do Código Civil que, apesar de, em regra, a redução
dos riscos a que se expõe o segurado não ensejar a diminuição do prêmio, caso a minoração
do risco seja considerável, é um direito do segurado exigir a subtração do valor do prêmio.

Ainda com relação ao pagamento do prêmio, determina o Código Civil em seu artigo
763, que caso esteja inadimplente e o sinistro ocorra antes de sua purgação, o segurado não
terá direito à indenização. Contudo, consoante o Enunciado 371, da IV Jornada de Direito
Civil, caso seja escassa a importância da mora do segurado, a resolução do contrato e a
consequente isenção da seguradora na indenização, não estão autorizadas, pois, caso
contrário, atentar-se-ia contra o princípio da boa-fé objetiva.
Outra obrigação do segurado é a comunicação imediata da ocorrência de algum
sinistro, isso porque, o segurador tão logo saiba do sinistro, poderá tomar as devidas
providências de forma a amenizar os prejuízos decorrentes ou impedir a sua propagação.
Nesse sentido, caso se constate a omissão dolosa, que beira a má-fé, por parte do segurado na
não notificação sobre o sinistro, ou sua culpa grave, a qual prejudique de maneira relevante a
atuação do segurador, ele perderá o seu direito de indenização.

Similarmente, segundo o artigo 771 do Código Civil, sob pena de perder o seu direito
à indenização, o segurado deverá comunicar o sinistro ao segurador, logo que o saiba, bem
como, deverá tomar as providências imediatas para minorar as consequências do ocorrido.

Dessa feita é um direito do segurador resolver o contrato, caso constate que houve
agravamento dos riscos pela não comunicação imediata sobre o sinistro, ainda que o
agravamento não seja culpa do segurado. Contudo, tal resolução contratual deverá ser feita
antes de decorridos 15 dias do recebimento da comunicação. Importante destacar que,
consoante o artigo 769, parágrafo segundo, do Código Civil, a resolução só será eficaz trinta
dias após a notificação, devendo ser restituída pelo segurador a diferença do prêmio.

Adicionalmente, também é um dever do segurado abster-se de aumentar, intencional e


dolosamente, os riscos relacionados ao objeto segurado. Caso descumpra tal obrigação, à luz
do artigo 768 do Código Civil, o segurado perderá o seu direito à garantia. Tal obrigação está
intimamente relacionada com o princípio da boa-fé, basilar de todas as relações contratuais.

Nesse contexto, é um dever do segurado avisar ao segurador sobre todo incidente


suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, devendo a comunicação ocorrer tão
logo o segurado tome ciência do incidente, sob pena de perder o direito à garantia, se provar
que silenciou de má-fé, conforme disposto no artigo 769 do Código Civil.

9.2. Obrigações do Segurador

Se a principal obrigação do segurado é o pagamento do prêmio estipulado no contrato,


a do segurador é a indenização em dinheiro, se outra forma não tiver sido prevista pelas
partes no contrato, do prejuízo decorrente do risco assumido ou do valor total do objeto
segurado, conforme os ditames do artigo 776, do Código Civil.

Como nos contratos de seguro o objetivo não é o lucro, quando o contrato se referir a
bens materiais, o grau e extensão do prejuízo deverão ser apurados tecnicamente. Não
obstante, nos seguros pessoais, o montante da indenização será referente ao estipulado na
apólice, visto que o bem "vida" é inestimável.

Nesse contexto, é um direito do segurador ser exonerado do pagamento da


indenização quando (i) comprovar que o prejuízo ocorreu por dolo do segurado; (ii) o valor
dado ao objeto segurado for maior do que a realidade; (iii) se tratar de segundo seguro do
objeto, pelo mesmo risco e no seu valor integral; (iv) houver a caducidade da apólice pelo
inadimplemento do segurado; (v) for inexistente a cobertura para o sinistro ocorrido; e (vi) o
segurado descumprir as suas obrigações, principalmente, conforme já mencionado, com
relação ao agravamento dos riscos e à falta de comunicação do sinistro.

Importante destacar que o segurador só responde pelos riscos assumidos no contrato,


excluindo-se os vícios intrínsecos da coisa segurada não declarados pelo segurado, conforme
previsão do parágrafo único do artigo 784, do Código Civil.

Nesse sentido, à luz do artigo 779 do Código Civil, o risco do seguro compreende
todos os prejuízos resultantes ou conseqüentes, como sejam os estragos ocasionados para
evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa.

Caso o segurador não pague a indenização dentro do prazo estipulado no contrato,


este incorrerá em mora, devendo o montante devido estar sujeito à correção monetária e juros
moratórios (artigo 772, do Código Civil).

Por fim, assim como o segurado, o segurador também deve observar o princípio da
boa-fé objetiva, consoante o artigo 765 do Código Civil. Por esse motivo, é um dever do
segurador observar o risco o qual o segurado se pretende cobrir, pois, caso aquele saiba que o
risco já inexiste ou está afastado, e mesmo assim emite a apólice para se beneficiar, conforme
dispositivo do artigo 773 do Código Civil, deverá pagar em dobro o prêmio estipulado.

10. Extinção do contrato

Um contrato válido extingue-se, fundamentalmente, de três maneiras: por resilição,


por resolução e por rescisão. Todas elas são perfeitamente aplicáveis ao contrato de seguro.

Vale destacar, porém, duas peculiaridades quanto à extinção do contrato de seguro.

A primeira diz respeito à aludida previsão do art. 796 do CC/2002.


Art. 796. O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado, ou por
toda a vida do segurado.

§ único. Em qualquer hipótese, no seguro individual, o segurador não terá ação


para cobrar o prêmio vencido, cuja falta de pagamento, nos prazos previstos, acarretará,
conforme se estipular, a resolução do contrato, com a restituição da reserva já formada, ou
a redução do capital garantido proporcionalmente ao prêmio pago.

Nela, visualiza-se a ideia de que os contratos de seguro podem ser estipulados por
tempo determinado, o que, aliás, é a regra mais comum.

Da mesma forma, o referido dispositivo traz uma hipótese específica de resolução do


contrato por descumprimento da obrigação do segurado de pagamento do prêmio.

A segunda observação refere-se à aplicação do art. 766 do CC/2002, que traz uma
hipótese de resolução do contrato, quando “a inexatidão ou omissão nas declarações não
resultar de má-fé do segurado, o segurador terá direito a resolver o contrato, ou a cobrar,
mesmo após o sinistro, a diferença do prêmio”.

Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas
ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio,
perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.

Parágrafo único. Se a inexatidão ou omissão nas declarações não resultar de má-fé


do segurado, o segurador terá direito a resolver o contrato, ou a cobrar, mesmo após o
sinistro, a diferença do prêmio.

11. Casos recentes

Com a finalidade de analisar os contratos de seguros em sua aplicação prática,


colocamos sob análise as controvérsias a respeito dos Contratos de Seguro de
Responsabilidade Civil Facultativa do Transporte Rodoviário - Desaparecimento de Carga
(RCF-DC). No REsp 1.754.768, julgado pela 3ª Turma do STJ, discutiu-se a possibilidade do
dono da carga desaparecida exigir o pagamento de maneira direta à seguradora, dispensando-
se a intermediação do segurado. Conforme voto do Ministro Villas Bôas Cueva: “O Seguro
Facultativo de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário por Desaparecimento
de Carga (RCF-DC) garante ao segurado, até o valor da importância segurada, o
pagamento das reparações pecuniárias pelas quais for ele responsável em virtude da
subtração de bens ou mercadorias que lhe foram entregues para transportar, em
decorrência de roubo, furto, apropriação indébita, estelionato e extorsão (arts. 2.1 a 3.2 das
Condições Contratuais Padronizadas da Circular-SUSEP nº 422/2011).”

A empresa proprietária da carga roubada no caso em tela demandava o pagamento da


reparação pecuniária, tendo em vista que teria sofrido as consequências financeiras do roubo
ocorrido durante o transporte realizado pela empresa segurada. Entretanto, o tribunal
entendeu que não há vínculo contratual entre a proprietária e a seguradora, visto que o seguro
RCF-DC gera vínculos apenas entre as partes signatárias do contrato, e não terceiros.
Portanto, mesmo que o seguro tenha por objetivo final compensar a proprietária de sua perda
de mercadoria, tal compensação não é necessariamente automática, conforme art. 5º da
Circular 422/2011 da SUSEP.

É válida a observação de que, desde que disposto no contrato de seguro RCF-DC ou


oferecido pela Sociedade Seguradora, o reembolso poderá ocorrer diretamente ao terceiro
prejudicado, por força do disposto no §1º do art. 5º da Circular 422/2011 da SUSEP.

Em conclusão, no referido REsp, o reembolso ao segurado não ocorreu, por razão de


descumprimento de sua obrigação contratual de ativar os equipamentos de rastreamento e
monitoramento da carga transportada, não obrigando a Seguradora a cumprir com sua
contraprestação.

Outro ponto prático de destaque na temática dos contratos de seguro é a adaptação das
empresas seguradoras em face da pandemia do Covid-19. É evidente que a pandemia
ocasionada pela propagação do vírus Covid-19, iniciada em 2020, gerou fortes consequências
para todos os campos do Direito, de modo que o direito contratual não foi uma exceção ao
fato.

A principal controvérsia referente ao Covid-19 nos contratos de seguro consiste na


previsão contratual na apólice dos riscos excluídos da esfera de cobertura. Diversos contratos
dessa espécie apresentaram previsões de exclusão de riscos relacionados à pandemia e
endemia. Apesar de ainda vivenciarmos a pandemia do Covid-19, tal problemática não é
recente ao Direito, visto que este debate já ocorreu no passado durante o aumento de casos de
infectados pelo vírus do HIV, nas décadas de 70 e 80, em que diversas seguradoras se
recusam a indenizar os beneficiários daqueles que faleceram por conta da Aids.
Por se tratar de um contrato, regido principalmente pelos princípios da autonomia
privada e liberdade negocial, a SUSEP admite que seguradoras estabelecem cláusulas de
exclusão de risco referente a pandemias e endemias declaradas por órgãos competentes,
conforme Circular da SUSEP 440/2012, em seu art. 12, inciso I, alínea ‘d’. Entretanto,
conforme notícia do portal de jornalismo R7, por razões humanitárias, seguradoras que
juntas representam cerca de 80% do mercado segurador, como Itaú Unibanco, Zurich
Santander, BB Seguros e Bradesco Seguros, ampliaram voluntariamente a cobertura de seus
contratos de seguro, de modo incluir sinistros causados pela pandemia em suas relações
contratuais anteriormente firmadas.

REFERÊNCIAS

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 3- Contratos e Atos Unilaterais.


Saraiva Educação SA, 2017.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil : contratos, volume 3 [livro eletrônico]
/Fábio Ulhoa Coelho. 2. ed. São Paulo : Thomson Reuters Brasil, 2020.

TARTUCE, Flávio. Direito Civil: Teoria Geral dos Contratos e Contratos em Espécie - Vol.
3. Disponível em: Minha Biblioteca, (17th edição). Grupo GEN, 2022.

GAGLIANO, Pablo, S. e Rodolfo Pamplona Filho. Manual de Direito Civil: volume único.
Disponível em: Minha Biblioteca, (6th edição). Editora Saraiva, 2022.

Dono de carga não é segurado no seguro facultativo de responsabilidade civil. Consultor


Jurídico. 2022. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2022-abr-20/seguro-facultativo-
responsabilidade-civil-nao-protege-dono-carga>. Acesso em: 24 de abril de 2022.

RODRIGUES, Márcia. Familiares recebem seguro apesar de o contrato não cobrir pandemia.
R7.2020. Disponível em: <https://noticias.r7.com/economia/economize/familiares-recebem-
seguro-apesar-de-o-contrato-nao-cobrir-pandemia-01052020>. Acesso em: 24 de abril de
2022.

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