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: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região
Tramitação Preferencial
- Idoso
Partes:
RECORRENTE: RAIMUNDO DOS SANTOS PEREIRA
ADVOGADO: ALEX FERNANDES MINORI
RECORRENTE: COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB
ADVOGADO: ROBERTO ALMEIDA JORGE ELIAS FILHO
ADVOGADO: PAULO HENRIQUE SOUZA DE ABREU
ADVOGADO: MARCOS MAURICIO COSTA DA SILVA
RECORRIDO: COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB
ADVOGADO: MARCOS MAURICIO COSTA DA SILVA
ADVOGADO: PAULO HENRIQUE SOUZA DE ABREU
ADVOGADO: ROBERTO ALMEIDA JORGE ELIAS FILHO
RECORRIDO: RAIMUNDO DOS SANTOS PEREIRA
ADVOGADO: ALEX FERNANDES MINORI
Fls.: 2
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
1ª Turma
4. O art. 201, §16º, da CF/88 dispõe que "Os empregados dos consórcios
públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das
suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o
cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade
máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida
em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)".
10. O STF tem posição consolidada no sentido de que o Artigo 40, § 1º,
inciso II da CF/88 não se aplica aos empregados públicos porque o artigo
remete aos servidores públicos do regime próprio de previdência social e
assim concordo. Ocorre que com a adição do Artigo 201, §16º, da CF/88 a
aposentadoria compulsória de empregado público passou a constar no
texto constitucional e, fazendo referência para fins de idade à idade
máxima constante do Artigo 40, § 1º, inciso II da CF/88, de 70 ou 75 anos
na forma de lei complementar.
11. Embora possa se defender que o ato demissional não poderia ter sido
fundamentado no art. 37, §14 da CF/88 porque este trata de aposentadoria
por tempo de contribuição, ao passo em que o reclamante alcançou a
aposentadoria por idade em 04/08/2011 e não aposentadoria por tempo de
contribuição em data anterior a vigência da EC. 103/2019. O artigo 201,
§16, da CF/88 é dispositivo plenamente aplicável ao caso.
RELATÓRIO
sucumbenciais a parte contrária sobre aviso prévio indenizado e projeções, da indenização de 40% a
título de FGTS, FGTS sobre as parcelas postuladas e da diferença de 13º salário e férias + 1/3, bem como
seus respectivos reflexos.
É O RELATÓRIO.
FUNDAMENTAÇÃO
mesmo sua relação com o órgão previdenciário independentemente do fato de ser o não empregado
vinculado a empresa pública por vínculo celetista. Destacou que a empresa tinha e tem, no exercício do
seu poder potestativo, todo direito de dispensar o (a) empregado(a), mais o que não poderia fazer era
proceder a dispensa com base em ato não aplicável ao contrato de trabalho da parte autora, ou seja,
ineficaz, conforme excepcionalidade expressa na própria norma ensejadora da dispensa (artigo 6º da EC
n. 103 /2019). Assim o fazendo, eiva o ato de nulidades, passíveis de anulação. Frise-se que sequer havia
necessidade de motivação para a dispensa, conforme posicionamento já firmado da Excelsa Corte deste
país no sentido de abster as empresas públicas, sociedades de economia mista, excetuado o EBCT, de
motivação para dispensa. Entretanto, uma vez motivando o ato ,teria este que se adequar à legalidade e
como bem frisa a parte autora em atendimento à teoria das causas determinantes, ou seja, motivação legal
e compatível com o resultado. Acrescente-se, ainda, que a autora não era empregada detentora de
qualquer estabilidade, uma vez que a lei da anistia não previra a garantia , pelo que poderia ad eternun ser
dispensada a qualquer momento, de acordo com a conveniência da empresa.
Pois bem.
O art. 201, §16º, da CF/88 dispõe que "Os empregados dos consórcios
públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das suas subsidiárias serão
aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a
idade máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)".
Embora possa se defender que o ato demissional não poderia ter sido
fundamentado no art. 37, §14 da CF/88 porque este trata de aposentadoria por tempo de contribuição, ao
passo em que o reclamante alcançou a aposentadoria por idade em 04/08/2011 e não aposentadoria por
tempo de contribuição em data anterior a vigência da EC. 103/2019. O artigo 201, §16, da CF/88 é
dispositivo plenamente aplicável ao caso.
Conclusão do Recurso
A, §4º da CLT. Julgar prejudicada a análise do recurso interposto pelo reclamante diante da reforma da
sentença e da improcedência do pedido principal e acessórios.
Acórdão
ISTO POSTO
Relatora
VOTOS