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CÓDIGO DE MINERAÇÃO

CAPÍTULO I - Das Disposições Preliminares

Art. 1º - Compete à União administrar os recursos minerais, a indústria de produção mineral e a


distribuição, o comércio e o consumo de produtos minerais.

Art. 2º - Os regimes de aproveitamento das substâncias minerais, para efeito deste Código, são:
I - regime de concessão, quando depender de portaria de concessão do Ministro de Estado de
Minas e Energia; II - regime de autorização, quando depender de expedição de alvará de
autorização do Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral - D.N.P.M.; III -
regime de licenciamento, quando depender de licença expedida em obediência a regulamentos
administrativos locais e de registro da licença no Departamento Nacional de Produção Mineral -
D.N.P.M.; IV - regime de permissão de lavra garimpeira, quando depender de portaria de
permissão do Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral - D.N.P.M.; V -
regime de monopolização, quando, em virtude de lei especial, depender de execução direta ou
indireta do Governo Federal.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos órgãos da administração direta e
autárquica da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sendo-lhes permitida a
extração de substâncias minerais de emprego imediato na construção civil, definidas em Portaria
do Ministério de Minas e Energia, para uso exclusivo em obras públicas por eles executadas
diretamente, respeitados os direitos minerários em vigor nas áreas onde devam ser executadas
as obras e vedada a comercialização.

Art. 3º - Este Código regula:


I - os direitos sobre as massas individualizadas de substâncias minerais ou fósseis, encontradas
na superfície ou no interior da terra, formando os recursos minerais do País; II - o regime de seu
aproveitamento; e, III - a fiscalização pelo Governo Federal, da pesquisa, da lavra e de outros
aspectos da indústria mineral.
§ 1º. Não estão sujeitos aos preceitos deste Código os trabalhos de movimentação de terras e
de desmonte de materiais in natura, que se fizerem necessários à abertura de vias de transporte,
obras gerais de terraplenagem e de edificações, desde que não haja comercialização das terras
e dos materiais resultantes dos referidos trabalhos e ficando o seu aproveitamento restrito à
utilização na própria obra.
§ 2º. Compete ao Departamento Nacional de Produção Mineral - D.N.P.M. a execução deste
Código e dos diplomas legais complementares.

Art. 4º - Considera-se jazida toda massa individualizada de substância mineral ou fóssil,


aflorando à superfície ou existente no interior da terra, e que tenha valor econômico; e mina, a
jazida em lavra, ainda que suspensa.

Art. 5º - REVOGADO.

Art. 6º - Classificam-se as minas, segundo a forma representativa do direito de lavra, em duas


categorias:
I - Mina Manifestada, a em lavra, ainda que transitoriamente suspensa a 16 de julho de 1934 e
que tenha sido manifestada na conformidade do artigo 10 do Decreto nº 24.642, de 10 de julho
de 1934 e da Lei nº 94, de 10 de setembro de 1935. II - Mina Concedida, quando o direito de
lavra é outorgado pelo Ministro de Estado de Minas e Energia.
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Parágrafo Único - Consideram-se partes integrantes da mina:


a) edifícios, construções, máquinas, aparelhos e instrumentos destinados à mineração e ao
beneficiamento do produto da lavra, desde que este seja realizado na área de concessão da
mina; b) servidões indispensáveis ao exercício da lavra; c) animais e veículos empregados no
serviço; d) materiais necessários aos trabalhos da lavra, quando dentro da área concedida; e, e)
provisões necessárias aos trabalhos da lavra, para um período de 120 (cento e vinte) dias.

Art. 7º - O aproveitamento das jazidas depende de alvará de autorização de pesquisa, do


Diretor-Geral do DNPM, e de concessão de lavra, outorgada pelo Ministro de Estado de Minas e
Energia.
Parágrafo Único - Independe de concessão do Governo Federal o aproveitamento de minas
manifestadas e registradas, as quais, no entanto, são sujeitas às condições que este Código
estabelece para lavra, tributação e fiscalização das Minas Concedidas.

Art. 8º - REVOGADO.

Art. 9º - REVOGADO.

Art. 10 - Reger-se-ão por Leis especiais: I - as jazidas de substâncias minerais que constituem
monopólio estatal; II - as substâncias minerais ou fósseis de interesse arqueológico; III - os
espécimes minerais ou fósseis destinados a Museus, Estabelecimentos de Ensino e outros fins
científicos; IV - as águas minerais em fase de lavra; e, V - as jazidas de águas subterrâneas.

Art. 11 - Serão respeitados na aplicação dos regimes de Autorização, Licenciamento e


Concessão:
a) o direito de prioridade à obtenção da autorização de pesquisa ou do registro de licença,
atribuído ao interessado cujo requerimento tenha por objeto área considerada livre, para a
finalidade pretendida, à data da protocolização do pedido no Departamento Nacional de
Produção Mineral (D.N.P.M.), atendidos os demais requisitos cabíveis, estabelecidos neste
Código; e, b) o direito à participação do proprietário do solo nos resultados da lavra.
§ 1º - A participação de que trata a alínea "b" do "caput" deste artigo será de cinqüenta por cento
do valor total devido aos Estados, Distrito Federal, Municípios e órgãos da administração direta
da União, a título de compensação financeira pela exploração de recursos minerais, conforme
previsto no "caput" do art. 6º da Lei nº 7.990, de 29 de dezembro de 1989 e no art. 2º da Lei nº
8.001, de 13 de março de 1990. § 2º - O pagamento da participação do proprietário do solo no
resultados da lavra de recursos minerais será efetuada mensalmente, até o último dia útil do mês
subseqüente ao do fato gerador, devidamente corrigido pela taxa de juros de referência, ou outro
parâmetro que venha a substituí-la. § 3º - O não cumprimento do prazo estabelecido no
parágrafo anterior implicará correção do débito pela variação diária da taxa de juros de
referência, ou outro parâmetro que venha a substituí-la, juros de mora de 1% ao mês e multa de
10% aplicada sobre o montante apurado.

Art. 12 - O direito de participação de que trata o artigo anterior não poderá ser objeto de
transferência ou caução separadamente do imóvel a que corresponder, mas o proprietário deste
poderá:
I - transferir ou caucionar o direito ao recebimento de determinadas prestações futuras; II -
renunciar ao direito.
Parágrafo Único - Os atos enumerados neste artigo somente valerão contra terceiros a partir da
sua inscrição no Registro de Imóveis.

Art. 13 - As pessoas naturais ou jurídicas que exerçam atividades de pesquisa, lavra,


beneficiamento, distribuição, consumo ou industrialização de reservas minerais, são obrigadas a
facilitar aos agentes do Departamento Nacional de Produção Mineral a inspeção de instalações,
equipamentos e trabalhos, bem como a fornecer-lhes informações sobre:
I - volume da produção e características qualitativas dos produtos; II - condições técnicas e
econômicas da execução dos serviços ou da exploração das atividades mencionadas no "caput"
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deste artigo; III - mercados e preços de venda; IV - quantidade e condições técnicas e


econômicas do consumo de produtos minerais.

CAPÍTULO II - Da Pesquisa Mineral

Art. 14 - Entende-se por pesquisa mineral a execução dos trabalhos necessários à definição da
jazida, sua avaliação e a determinação da exeqüibilidade do seu aproveitamento econômico.
§ 1º - A pesquisa mineral compreende, entre outros, os seguintes trabalhos de campo e de
laboratório: levantamentos geológicos pormenorizados da área a pesquisar, em escala
conveniente, estudos dos afloramentos e suas correlações, levantamentos geofísicos e
geoquímicos; aberturas de escavações visitáveis e execução de sondagens no corpo mineral;
amostragens sistemáticas; análises físicas e químicas das amostras e dos testemunhos de
sondagens; e ensaios de beneficiamento dos minérios ou das substâncias minerais úteis para
obtenção de concentrados de acordo com as especificações do mercado ou aproveitamento
industrial. § 2º - A definição da jazida resultará da coordenação, correlação e interpretação dos
dados colhidos nos trabalhos executados, e conduzirá a uma medida das reservas e dos teores.
§ 3º - A exeqüibilidade do aproveitamento econômico resultará da análise preliminar dos custos
da produção, dos fretes e do mercado.

Art. 15 - A autorização de pesquisa será outorgada pelo D.N.P.M. a brasileiros, pessoa natural,
firma individual ou empresas legalmente habilitadas, mediante requerimento do interessado.
Parágrafo Único - Os trabalhos necessários à pesquisa serão executados sob a
responsabilidade profissional de engenheiro de minas, ou de geólogo, habilitado ao exercício da
profissão.

Art. 16 - A autorização de pesquisa será pleiteada em requerimento dirigido ao Diretor-Geral do


D.N.P.M., entregue mediante recibo no Protocolo do D.N.P.M., onde será mecanicamente
numerado e registrado, devendo ser apresentado em duas vias e conter os seguintes elementos
de instrução:
I - nome, indicação da nacionalidade, do estado civil, da profissão, do domicílio, e do número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda do requerente, pessoa
natural. Em se tratando de pessoa jurídica, razão social, número do registro de seus atos
constitutivos no Órgão de Registro de Comércio competente, endereço e número de inscrição no
Cadastro Geral dos Contribuintes do Ministério da Fazenda; II - prova de recolhimento dos
respectivos emolumentos; III - designação das substâncias a pesquisar; IV - indicação da
extensão superficial da área objetivada, em hectares, e do Município e Estado em que se situa;
V - memorial descritivo da área pretendida, nos termos a serem definidos em portaria do Diretor-
Geral do D.N.P.M.; VI - planta de situação, cuja configuração e elementos de informação serão
estabelecidos em portaria do Diretor-Geral do D.N.P.M.; VII - plano dos trabalhos de pesquisa,
acompanhado do orçamento e cronograma previstos para a sua execução;
§ 1º - O requerente e o profissional responsável poderão ser interpelados pelo D.N.P.M. para
justificarem o plano de pesquisa e o orçamento correspondente referidos no inciso VII deste
artigo, bem como a disponibilidade de recursos. § 2º - Os trabalhos descritos no plano de
pesquisa servirão de base para a avaliação judicial da renda pela ocupação do solo e da
indenização devida ao proprietário ou posseiro do solo, não guardando nenhuma relação com o
valor do orçamento apresentado pelo interessado no referido plano de pesquisa. § 3º - Os
documentos a que se referem os incisos V,VI e VII deste artigo deverão ser elaborados sob a
responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.

Art. 17 - Será indeferido de plano pelo Diretor-Geral do D.N.P.M., o requerimento


desacompanhado de qualquer dos elementos de instrução referidos nos incisos I a VII do artigo
anterior.
§ 1º - Será de sessenta dias, a contar da data da publicação da respectiva intimação no Diário
Oficial da União, o prazo para cumprimento de exigências formuladas pelo D.N.P.M. sobre dados
complementares ou elementos necessários à melhor instrução do processo. § 2º - Esgotado o
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prazo de que trata o parágrafo anterior, sem que haja o requerente cumprido a exigência, o
requerimento será indeferido pelo Diretor-Geral do D.N.P.M.

Art. 18 - A área objetivada em requerimento de autorização de pesquisa ou de registro de


licença será considerada livre, desde que não se enquadre em qualquer das seguintes
hipóteses:
I - se a área estiver vinculada à autorização de pesquisa, registro de licença, concessão da lavra,
manifesto de mina ou permissão de reconhecimento geológico; II - se a área for objeto de pedido
anterior de autorização de pesquisa, salvo se este estiver sujeito a indeferimento, nos seguintes
casos:
a) por enquadramento na situação prevista no "caput" do artigo anterior e no § 1º deste artigo; e
b) REVOGADO
III - se a área for objeto de requerimento anterior de registro de licença, ou estiver vinculada a
licença, cujo registro venha a ser requerido dentro do prazo de 30 ( trinta) dias de sua expedição;
IV - se a área estiver vinculada a requerimento de renovação de autorização de pesquisa,
tempestivamente apresentado e pendente de decisão; V - se a área estiver vinculada à
autorização de pesquisa, com relatório dos respectivos trabalhos tempestivamente apresentado
e pendente de decisão; VI - se a área estiver vinculada à autorização de pesquisa, com relatório
dos respectivos trabalhos aprovado, e na vigência do direito de requerer a concessão da lavra,
atribuído nos termos do art. 31 deste Código.
§ 1º - Não estando livre a área pretendida, o requerimento será indeferido por despacho do
Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral ( D.N.P.M.), assegurada ao
interessado a restituição de uma das vias das peças apresentadas em duplicata, bem como dos
documentos públicos, integrantes da respectiva instrução. § 2º - Ocorrendo interferência parcial
da área objetivada no requerimento, com área onerada nas circunstâncias referidas nos itens I a
VI deste artigo, e desde que a realização da pesquisa, ou a execução do aproveitamento mineral
por licenciamento, na parte remanescente, seja considerada técnica e economicamente viável, a
juízo do Departamento Nacional de Produção Mineral - D.N.P.M. - será facultada ao requerente a
modificação do pedido, para retificação da área originalmente definida, procedendo-se, neste
caso, de conformidade com o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo anterior.

Art. 19 - Do despacho que indeferir o pedido de autorização de pesquisa ou de sua renovação,


caberá pedido de reconsideração, no prazo de 60 ( sessenta ) dias, contados da publicação do
despacho no Diário Oficial da União.
§ 1º - Do despacho que indeferir o pedido de reconsideração caberá recurso ao Ministro de
Minas e Energia, no prazo de 30 ( trinta ) dias, contados da publicação do despacho no Diário
Oficial da União. § 2º - A interposição do pedido de reconsideração sustará a tramitação de
requerimento de autorização de pesquisa que, objetivando área abrangida pelo requerimento
concernente ao despacho recorrido, haja sido protocolizado após o indeferimento em causa, até
que seja decidido o pedido de reconsideração ou o eventual recurso. § 3º - Provido o pedido de
reconsideração ou o recurso, caberá o indeferimento do requerimento de autorização de
pesquisa superveniente, de que trata o parágrafo anterior.

Art. 20 - A autorização de pesquisa importa nos seguintes pagamentos:


I - pelo interessado, quando do requerimento de autorização de pesquisa, de emolumentos em
quantia equivalente a duzentas e setenta vezes a expressão monetária UFIR, instituída pelo art.
1º da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991; II - pelo titular de autorização de pesquisa, até a
entrega do relatório final dos trabalhos ao D.N.P.M., de taxa anual, por hectare, admitida a
fixação em valores progressivos em função da substância mineral objetivada, extensão e
localização da área e de outras condições, respeitado o valor máximo de duas vezes a
expressão monetária UFIR, instituída pelo art. 1º da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991.
§ 1º - O Ministro de Estado de Minas e Energia, relativamente à taxa de que trata o inciso II do
caput deste artigo, estabelecerá, mediante portaria, os valores, os prazos de recolhimento e
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demais critérios e condições de pagamento. § 2º - Os emolumentos e a taxa referidos,


respectivamente no incisos I e II do caput deste artigo, serão recolhidos ao Banco do Brasil S,A.
e destinados ao D.N.P.M., nos termos do inciso III do caput do art. 5º da Lei nº 8.876, de 2 de
maio de 1994. § 3º - O não pagamento dos emolumentos e da taxa de que tratam,
respectivamente, os incisos I e II do caput deste artigo, ensejará, nas condições que vierem a ser
estabelecidas em portaria do Ministro de Estado de Minas e Energia, a aplicação das seguintes
sanções:
I - tratando-se de emolumentos, indeferimento de plano e conseqüente arquivamento do
requerimento de autorização de pesquisa;
II - tratando-se de taxa:
a) multa, no valor máximo previsto no art. 64; b) nulidade "ex-officio" do alvará de autorização de
pesquisa, após imposição de multa. 

Art. 21 - REVOGADO

Art. 22 - A autorização será conferida nas seguintes condições, além das demais constantes
deste Código:
I - o título poderá ser objeto de cessão ou transferência, desde que o cessionário satisfaça os
requisitos legais exigidos. Os atos de cessão e transferência só terão validade depois de
devidamente averbados no D.N.P.M.; II - é admitida a renúncia à autorização, sem prejuízo do
cumprimento, pelo titular, das obrigações decorrentes deste Código, observado o disposto no
inciso V deste artigo, parte final, tornando-se operante o efeito da extinção do título autorizativo
na data da protocolização do instrumento de renúncia, com a desoneração da área, na forma do
art. 26 deste Código; III - o prazo de validade da autorização não será inferior a um ano, nem
superior a três anos, a critério do D.N.P.M., consideradas as características especiais da
situação da área e da pesquisa mineral objetivada, admitida a sua prorrogação, sob as seguintes
condições:
a) a prorrogação poderá ser concedida, tendo por base a avaliação do desenvolvimento dos
trabalhos, conforme critérios estabelecidos em portaria do Diretor-Geral do D.N.P.M.; b) a
prorrogação deverá ser requerida até sessenta dias antes de expirar-se o prazo da autorização
vigente, devendo o competente requerimento ser instruído com um relatório dos trabalhos
efetuados e justificativa do prosseguimento da pesquisa; c) a prorrogação independe da
expedição de novo alvará, contando-se o respectivo prazo a partir da data da publicação, no
Diário Oficial da União, do despacho que a deferir;
IV - o titular da autorização responde, com exclusividade, pelos danos causados a terceiros,
direta ou indiretamente decorrentes dos trabalhos de pesquisa; V - o titular da autorização fica
obrigado a realizar os respectivos trabalhos de pesquisa, devendo submeter à aprovação do
D.N.P.M., dentro do prazo de vigência do alvará, ou de sua renovação, relatório circunstanciado
dos trabalhos, contendo os estudos geológicos e tecnológicos quantificativos da jazida e
demonstrativos da exeqüibilidade técnico-econômica da lavra, elaborado sob a responsabilidade
técnica de profissional legalmente habilitado. Excepcionalmente, poderá ser dispensada a
apresentação do relatório, na hipótese de renúncia à autorização de que trata o inciso II deste
artigo, conforme critérios fixados em portaria do Diretor-Geral do D.N.P.M., caso em que não se
aplicará o disposto no § 1º deste artigo.
§ 1º - A não apresentação do relatório referido no inciso V deste artigo sujeita o titular à sanção
de multa, calculada à razão de uma UFIR por hectare da área outorgada para pesquisa. § 2º - É
admitida, em caráter excepcional, a extração de substâncias minerais em área titulada, antes da
outorga da concessão de lavra, mediante prévia autorização do D.N.P.M., observada a
legislação ambiental pertinente. 

Art. 23 - Os estudos referidos no inciso V do art. 22 concluirão pela:


I - exeqüibilidade técnico-econômica da lavra; II - inexistência de jazida; III - inexeqüibilidade
técnico-econômica da lavra em face da presença de fatores conjunturais adversos, tais como:
a) inexistência de tecnologia adequada ao aproveitamento econômico da substância mineral; b)
inexistência de mercado interno ou externo para a substância mineral. 
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Art. 24 - A retificação de alvará de pesquisa, a ser efetivada mediante despacho publicado no


Diário Oficial da União, não acarreta modificação no prazo original, salvo se, a juízo do D.N.P.M.,
houver alteração significativa no polígono delimitador da área.
Parágrafo único. Na hipótese de que trata a parte final do caput deste artigo, será expedido
alvará retificador, contando-se o prazo de validade da autorização a partir da data da publicação,
no Diário Oficial da União, do novo título. 

Art. 25 - As autorizações de pesquisa ficam adstritas às áreas máximas que forem fixadas em
portaria do Diretor-Geral do D.N.P.M..
Art. 26 - A área desonerada por publicação de despacho no Diário Oficial da União ficará
disponível pelo prazo de sessenta dias, para fins de pesquisa ou lavra, conforme dispuser
portaria do Ministro de Estado de Minas e Energia.
§ 1º - Salvo quando dispuser diversamente o despacho respectivo, a área desonerada na forma
deste artigo ficará disponível para pesquisa. § 2º - O Diretor-Geral do D.N.P.M. poderá
estabelecer critérios e condições específicos a serem atendidos pelos interessados no processo
de habilitação às áreas disponíveis nos termos deste artigo. § 3º - Decorrido o prazo fixado neste
artigo, sem que tenha havido pretendentes, a área estará livre para fins de aplicação do direito
de prioridade de que trata a alínea "a" do art. 11. § 4º - As vistorias realizadas pelo DNPM, no
exercício da fiscalização dos trabalhos de pesquisa e lavra de que trata este Código, serão
custeadas pelos respectivos interessados, na forma do que dispuser portaria do Diretor-Geral da
referida autarquia.

Art. 27 - O titular de autorização de pesquisa poderá realizar os trabalhos respectivos, e também


as obras e serviços auxiliares necessários, em terrenos de domínio público ou particular,
abrangidos pelas áreas a pesquisar, desde que pague aos respectivos proprietários ou posseiros
uma renda pela ocupação dos terrenos e uma indenização pelos danos e prejuízos que possam
ser causados pelos trabalhos de pesquisa, observadas as seguintes regras:
I - A renda não poderá exceder ao montante do rendimento líquido máximo da propriedade,
referido à extensão da área a ser realmente ocupada; II - A indenização por danos causados não
poderá exceder o valor venal da propriedade na extensão da área efetivamente ocupada pelos
trabalhos de pesquisa, salvo no caso previsto no inciso seguinte; III - Quando os danos forem de
molde a inutilizar para fins agrícolas e pastoris toda a propriedade em que estiver encravada a
área necessária aos trabalhos de pesquisa, a indenização correspondente a tais danos poderá
atingir o valor venal máximo de toda a propriedade; IV - Os valores venais a que se referem os
incisos II e III serão obtidos por comparação com valores venais de propriedade da mesma
espécie, na mesma região; V - No caso de terrenos públicos, é dispensado o pagamento da
renda, ficando o titular da pesquisa sujeito apenas ao pagamento relativo a danos e prejuízos; VI
- Se o titular do Alvará de Pesquisa, até a data da transcrição do título de autorização, não juntar
ao respectivo processo prova de acordo com os proprietários ou posseiros do solo acerca da
renda e indenização de que trata este artigo, o Diretor-Geral do D.N.P.M., dentro de 3 (três) dias
dessa data, enviará ao Juiz de Direito da Comarca onde estiver situada a jazida, cópia do
referido título; VII - Dentro de 15 (quinze) dias, a partir da data do recebimento dessa
comunicação, o Juiz mandará proceder à avaliação da renda e dos danos e prejuízos a que se
refere este artigo, na forma prescrita no Código de Processo Civil; VIII - O Promotor de Justiça
da Comarca será citado para os termos da ação, como representante da União; IX - A avaliação
será julgada pelo Juiz no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data do despacho a que
se refere o inciso VII, não tendo efeito suspensivo os recursos que forem apresentados; X - As
despesas judiciais com o processo de avaliação serão pagas pelo titular da autorização de
pesquisa; XI - Julgada a avaliação, o Juiz, dentro de 8 (oito) dias, intimará o titular a depositar
quantia correspondente ao valor da renda de 2 (dois) anos e a caução para pagamento da
indenização; XII - Feitos esses depósitos, o Juiz, dentro de 8 (oito) dias, intimará os proprietários
ou posseiros do solo a permitirem os trabalhos de pesquisa, e comunicará seu despacho ao
Diretor-Geral do D.N.P.M. e, mediante requerimento do titular da pesquisa, às autoridades
policiais locais, para garantirem a execução dos trabalhos; XIII - Se o prazo da pesquisa for
prorrogado, o Diretor-Geral do D.N.P.M. o comunicará ao Juiz, no prazo e condições indicadas
no inciso VI deste artigo; XIV - Dentro de 8 (oito) dias do recebimento da comunicação a que se
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refere o inciso anterior, o Juiz intimará o titular da pesquisa a depositar nova quantia
correspondente ao valor da renda relativa ao prazo de prorrogação; XV - Feito esse depósito, o
Juiz intimará os proprietários ou posseiros do solo, dentro de 8 (oito) dias, a permitirem a
continuação dos trabalhos de pesquisa no prazo da prorrogação, e comunicará seu despacho ao
Diretor-Geral do D.N.P.M. e às autoridades locais; XVI - Concluídos os trabalhos de pesquisa, o
titular da respectiva autorização e o Diretor-Geral do D.N.P.M. comunicarão o fato ao Juiz, a fim
de ser encerrada a ação judicial referente ao pagamento das indenizações e da renda.

Art. 28 - Antes de encerrada a ação prevista no artigo anterior, as partes que se julgarem
lesadas poderão requerer ao Juiz que se lhes faça justiça.
Art. 29 - O titular da autorização de pesquisa é obrigado, sob pena de sanções:
I - A iniciar os trabalhos de pesquisa:
a) dentro de 60 (sessenta) dias da publicação do Alvará de Pesquisa no Diário Oficial da União,
se o titular for o proprietário do solo ou tiver ajustado com este o valor e a forma de pagamento
das indenizações a que se refere o artigo 27 deste Código; ou, b) dentro de 60 (sessenta) dias
do ingresso judicial na área de pesquisa, quando a avaliação da indenização pela ocupação e
danos causados processar-se em juízo.
II - A não interromper os trabalhos, sem justificativa, depois de iniciados, por mais de 3 (três)
meses consecutivos, ou por 120 dias acumulados e não consecutivos.
Parágrafo Único - O início ou reinício, bem como as interrupções de trabalho, deverão ser
prontamente comunicados ao D.N.P.M., bem como a ocorrência de outra substância mineral útil,
não constante do Alvará de autorização.

Art. 30 - Realizada a pesquisa e apresentado o relatório exigido nos termos do inciso V do art.
22, o D.N.P.M. verificará sua exatidão e, à vista de parecer conclusivo, proferirá despacho de:
I - aprovação do relatório, quando ficar demonstrada a existência de jazida; II - não aprovação do
relatório, quando ficar constatada insuficiência dos trabalhos de pesquisa ou deficiência técnica
na sua elaboração; III - arquivamento do relatório, quando ficar demonstrada a inexistência de
jazida, passando a área a ser livre para futuro requerimento, inclusive com acesso do
interessado ao relatório que concluiu pela referida inexistência de jazida; IV - sobrestamento da
decisão sobre o relatório, quando ficar caracterizada a impossibilidade temporária da
exeqüibilidade técnico-econômica da lavra, conforme previsto no inciso III do art. 23.
§ 1º - Na hipótese prevista no inciso IV deste artigo, o D.N.P.M. fixará prazo para o interessado
apresentar novo estudo da exeqüibilidade técnico-econômica da lavra, sob pena de
arquivamento do relatório. § 2º - Se, no novo estudo apresentado, não ficar demonstrada a
exeqüibilidade técnico-econômica da lavra, o D.N.P.M. poderá conceder ao interessado,
sucessivamente, novos prazos, ou colocar a área em disponibilidade, na forma do art. 32, se
entender que terceiro poderá viabilizar a eventual lavra. § 3º - Comprovada a exeqüibilidade
técnico-econômica da lavra, o D.N.P.M. proferirá, "ex-officio" ou mediante provocação do
interessado, despacho de aprovação do relatório.

Art. 31 - O titular, uma vez aprovado o Relatório, terá 1 (hum) ano para requerer a concessão de
lavra, e, dentro deste prazo, poderá negociar seu direito a essa concessão, na forma deste
Código.
Parágrafo Único. O DNPM poderá prorrogar o prazo referido no caput, por igual período,
mediante solicitação justificada do titular, manifestada antes de findar-se o prazo inicial ou a
prorrogação em curso.

Art. 32 - Findo o prazo do artigo anterior, sem que o titular, ou seu sucessor, haja requerido
concessão de lavra, caducará seu direito, cabendo ao Diretor-Geral do Departamento Nacional
de Produção Mineral - D.N.P.M. - mediante Edital publicado no Diário Oficial da União, declarar a
disponibilidade da jazida pesquisada, para fins de requerimento da concessão de lavra.
§ 1º - O Edital estabelecerá os requisitos especiais a serem atendidos pelos requerentes da
concessão de lavra, consoante as peculiaridades de cada caso. § 2º - Para determinação da
prioridade à outorga da concessão de lavra, serão, conjuntamente, apreciados os requerimentos
protocolizados dentro do prazo que for convenientemente fixado no Edital, definindo-se, dentre
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estes, como prioritário, o pretendente que a juízo do Departamento Nacional de Produção


Mineral - D.N.P.M. - melhor atender aos interesses específicos do setor minerário.

Art. 33 - Para um conjunto de autorizações de pesquisa da mesma substância mineral em áreas


contíguas, ou próximas, o titular ou titulares das autorizações, poderão, a critério do D.N.P.M.,
apresentar um plano único de pesquisa e também um só Relatório dos trabalhos executados,
abrangendo todo o conjunto.

Art. 34 - Sempre que o Governo cooperar com o titular da autorização nos trabalhos de
pesquisa, será reembolsado das despesas, de acordo com as condições estipuladas no ajuste
de cooperação técnica celebrado entre o D.N.P.M. e o titular.
Art. 35 - A importância correspondente às despesas reembolsadas a que se refere o artigo
anterior será recolhida ao Banco do Brasil S/A, pelo titular, à conta do "Fundo Nacional de
Mineração - Parte Disponível".

CAPÍTULO III - Da Lavra

Art. 36 - Entende-se por lavra, o conjunto de operações coordenadas objetivando o


aproveitamento industrial da jazida, desde a extração de substâncias minerais úteis que contiver,
até o beneficiamento das mesmas.
Art. 37 - Na outorga da lavra, serão observadas as seguintes condições:
I - a jazida deverá estar pesquisada, com o Relatório aprovado pelo D.N.P.M.; II - a área de lavra
será adequada à condução técnico-econômico dos trabalhos de extração e beneficiamento,
respeitados os limites da área de pesquisa.
Parágrafo Único - Não haverá restrições quanto ao número de concessões outorgadas a uma
mesma Empresa.
Art. 38 - O requerimento de autorização de lavra será dirigido ao Ministro de Minas e Energia,
pelo titular da autorização de pesquisa, ou seu sucessor, e deverá ser instruído com os
seguintes elementos de informação e prova:
I - certidão de registro no Departamento Nacional de Registro do Comércio, da entidade
constituída; II - designação das substâncias minerais a lavrar, com indicação do Alvará de
Pesquisa outorgado, e de aprovação do respectivo Relatório; III - denominação e descrição da
localização do campo pretendido para a lavra, relacionando-o, com precisão e clareza, aos vales
dos rios ou córregos, constantes de mapas ou plantas de notória autenticidade e precisão, e
estradas de ferro e rodovias, ou, ainda, a marcos naturais ou acidentes topográficos de
inconfundível determinação; suas confrontações com autorização de pesquisa e concessões de
lavras vizinhas, se as houver, e indicação do Distrito, Município, Comarca e Estado, e, ainda,
nome e residência dos proprietários do solo ou posseiros; IV - definição gráfica da área
pretendida, delimitada por figura geométrica formada, obrigatoriamente, por segmentos de retas
com orientação Norte-Sul e Leste-Oeste verdadeiros, com 2 (dois) de seus vértices, ou
excepcionalmente 1 (um), amarrados a ponto fixo e inconfundível do terreno, sendo os vetores
de amarração definidos por seus comprimentos e rumos verdadeiros, e configuradas, ainda, as
propriedades territoriais por ela interessadas, com os nomes dos respectivos superficiários, além
de planta de situação; V - servidões de que deverá gozar a mina; VI - plano de aproveitamento
econômico da jazida, com descrição das instalações de beneficiamento; VII - prova de
disponibilidade de fundos ou da existência de compromissos de financiamento, necessários para
execução do plano de aproveitamento econômico e operação da mina.
Parágrafo Único - Quando tiver por objeto área situada na faixa de fronteira, a concessão de
lavra fica sujeita aos critérios e condições estabelecidas em lei.
Art. 39 - O plano de aproveitamento econômico da jazida será apresentado em duas vias e
constará de:
I - Memorial explicativo; II - Projetos ou anteprojetos referentes:
a) ao método de mineração a ser adotado, fazendo referência à escala de produção prevista
inicialmente e à sua projeção; b) à iluminação, ventilação, transporte, sinalização e segurança do
trabalho, quando se tratar de lavra subterrânea; c) ao transporte na superfície e ao
9

beneficiamento e aglomeração do minério; d) às instalações de energia, de abastecimento de


água e condicionamento de ar; e) à higiene da mina e dos respectivos trabalhos; f) às moradias
e suas condições de habitabilidade para todos os que residem no local da mineração; g) às
instalações de captação e proteção das fontes, adução, distribuição e utilização de água, para as
jazidas da Classe VIII.
Art. 40 - O dimensionamento das instalações e equipamentos previstos no plano de
aproveitamento econômico da jazida, deverá ser condizente com a produção justificada no
Memorial Explicativo, e apresentar previsão das ampliações futuras.
Art. 41 - O requerimento será numerado e registrado cronologicamente, no D.N.P.M., por
processo mecânico, sendo juntado ao processo que autorizou a respectiva pesquisa.
§ 1º - Ao interessado será fornecido recibo com as indicações do protocolo e menção dos
documentos apresentados. § 2º - Quando necessário cumprimento de exigências para melhor
instrução do processo, terá o requerente o prazo de 60 (sessenta) dias para satisfazê-las. § 3º -
Poderá esse prazo ser prorrogado até igual período, a juízo do Diretor-Geral do D.N.P.M., desde
que requerido dentro do prazo concedido para cumprimento das exigências. § 4º. Se o
requerente deixar de atender, no prazo próprio, as exigências formuladas para melhor instrução
do processo, o pedido será indeferido, devendo o DNPM declarar a disponibilidade da área, para
fins de requerimento de concessão de lavra, na forma do art. 32.
Art. 42 - A autorização será recusada, se a lavra for considerada prejudicial ao bem público ou
comprometer interesses que superem a utilidade da exploração industrial, a juízo do Governo.
Neste último caso, o pesquisador terá direito de receber do Governo a indenização das
despesas feitas com os trabalhos de pesquisa, uma vez que haja sido aprovado o Relatório.
Art. 43 - A concessão de lavra terá por título uma portaria assinada pelo Ministro de Estado de
Minas e Energia.
Art. 44 - O titular da concessão de lavra requererá ao D.N.P.M. a Posse da Jazida, dentro de
noventa dias a contar da data da publicação da respectiva portaria no Diário Oficial da União.
Parágrafo Único. O titular pagará uma taxa de emolumentos correspondente a quinhentas UFIR.
Art. 45 - A Imissão de Posse processar-se-á de modo seguinte:
I - serão intimados, por meio de ofício ou telegrama, os concessionários das minas limítrofes se
as houver, com 8 (oito) dias de antecedência, para que, por si ou seus representantes possam
presenciar o ato, e, em especial, assistir à demarcação; e, II - no dia e hora determinados, serão
fixados, definitivamente, os marcos dos limites da jazida que o concessionário terá para esse fim
preparado, colocados precisamente nos pontos indicados no Decreto de Concessão, dando-se
em seguida, ao concessionário, a Posse da jazida.
§ 1º - Do que ocorrer, o representante do D.N.P.M. lavrará termo, que assinará com o titular da
lavra, testemunhas e concessionários das minas limítrofes, presentes ao ato. § 2º - Os marcos
deverão ser conservados bem visíveis e só poderão ser mudados com autorização expressa do
D.N.P.M..
Art. 46 - Caberá recurso ao Ministro de Minas e Energia contra a Imissão de Posse, dentro de 15
(quinze) dias, contados da data do ato de imissão.
Parágrafo Único - O recurso, se provido, anulará a Imissão de Posse.
Art. 47 - Ficará obrigado o titular da concessão, além das condições gerais que constam deste
Código, ainda, às seguintes, sob pena de sanções previstas no Capítulo V:
I - Iniciar os trabalhos previstos no plano de lavra, dentro do prazo de 6 (seis) meses, contados
da data da publicação do Decreto de Concessão no Diário Oficial da União, salvo motivo de
força maior, a juízo do D.N.P.M.; II - Lavrar a jazida de acordo com o plano de lavra aprovado
pelo D.N.P.M., e cuja segunda via, devidamente autenticada, deverá ser mantida no local da
mina; III - Extrair somente as substâncias minerais indicadas no Decreto de Concessão; IV -
Comunicar imediatamente ao D.N.P.M. o descobrimento de qualquer outra substância mineral
não incluída no Decreto de Concessão; V - Executar os trabalhos de mineração com observância
das normas regulamentares; VI - Confiar, obrigatoriamente, a direção dos trabalhos de lavra a
técnico legalmente habilitado ao exercício da profissão; VII - Não dificultar ou impossibilitar, por
lavra ambiciosa, o aproveitamento ulterior da jazida; VIII - Responder pelos danos e prejuízos a
terceiros, que resultarem, direta ou indiretamente, da lavra; IX - Promover a segurança e a
salubridade das habitações existentes no local; X - Evitar o extravio das águas e drenar as que
possam ocasionar danos e prejuízos aos vizinhos; XI - Evitar poluição do ar, ou da água, que
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possa resultar dos trabalhos de mineração; XII - Proteger e conservar as Fontes, bem como
utilizar as águas segundo os preceitos técnicos quando se tratar de lavra de jazida da Classe
VIII; XIII - Tomar as providências indicadas pela Fiscalização dos órgãos Federais; XIV - Não
suspender os trabalhos de lavra, sem prévia comunicação ao D.N.P.M.; XV - Manter a mina em
bom estado, no caso de suspensão temporária dos trabalhos de lavra, de modo a permitir a
retomada das operações; XVI - Apresentar ao Departamento Nacional de Produção Mineral -
D.N.P.M. até o dia 15 (quinze) de março de cada ano, relatório das atividades realizadas no ano
anterior.
Parágrafo Único - Para o aproveitamento, pelo concessionário de lavra, de substâncias referidas
no item IV deste artigo, será necessário aditamento ao seu título de lavra.
Art. 48 - Considera-se ambiciosa, a lavra conduzida sem observância do plano preestabelecido,
ou efetuada de modo a impossibilitar o ulterior aproveitamento econômico da jazida.
 Art. 49 - Os trabalhos de lavra, uma vez iniciados, não poderão ser interrompidos por mais de 6
(seis) meses consecutivos, salvo motivo comprovado de força maior.
Art. 50 - O Relatório Anual das atividades realizadas no ano anterior deverá conter, entre outros,
dados sobre os seguintes tópicos:
I - Método de lavra, transporte e distribuição no mercado consumidor, das substâncias minerais
extraídas; II - Modificações verificadas nas reservas, características das substâncias minerais
produzidas, inclusive o teor mínimo economicamente compensador e a relação observada entre
a substância útil e o estéril; III - Quadro mensal, em que figurem, pelo menos, os elementos de:
produção, estoque, preço médio de venda, destino do produto bruto e do beneficiado,
recolhimento do Imposto Único e o pagamento do Dízimo do proprietário; IV - Número de
trabalhadores da mina e do beneficiamento; V - Investimentos feitos na mina e nos trabalhos de
pesquisa; VI - Balanço anual da Empresa.
Art. 51 - Quando o melhor conhecimento da jazida obtido durante os trabalhos de lavra justificar
mudanças no plano de aproveitamento econômico, ou as condições do mercado exigirem
modificações na escala de produção, deverá o concessionário propor as necessárias alterações
ao D.N.P.M., para exame e eventual aprovação do novo plano.
Art. 52 - A lavra, praticada em desacordo com o plano aprovado pelo D.N.P.M., sujeita o
concessionário a sanções que podem ir gradativamente da advertência à caducidade.
Art. 53 - A critério do D.N.P.M., várias concessões de lavra de um mesmo titular e da mesma
substância mineral, em áreas de um mesmo jazimento ou zona mineralizada, poderão ser
reunidas em uma só unidade de mineração, sob a denominação de Grupamento Mineiro.
Parágrafo Único - O concessionário de um Grupamento Mineiro, a juízo do D.N.P.M., poderá
concentrar as atividades da lavra em uma ou algumas das concessões agrupadas contanto que
a intensidade da lavra seja compatível com a importância da reserva total das jazidas agrupadas.
Art. 54 - Em zona que tenha sido declarada Reserva Nacional de determinada substância
mineral, o Governo poderá autorizar a pesquisa ou lavra de outra substância mineral, sempre
que os trabalhos relativos à autorização solicitada forem compatíveis e independentes dos
referentes à substância da Reserva e mediante condições especiais, de conformidade com os
interesses da União e da economia nacional.
Parágrafo Único - As disposições deste artigo aplicam-se também a áreas especificas que
estiverem sendo objeto de pesquisa ou de lavra sob regime de monopólio.
Art. 55 - Subsistirá a Concessão, quanto aos direitos, obrigações, limitações e efeitos dela
decorrentes, quando o concessionário a alienar ou gravar na forma da lei.
§ 1º - Os atos de alienação ou oneração só terão validade depois de averbados no D.N.P.M.. §
2º - A concessão de lavra somente é transmissível a quem for capaz de exercê-la de acordo com
as disposições deste Código. § 3º - As dívidas e gravames constituídos sobre a concessão
resolvem-se com extinção desta, ressalvada a ação pessoal contra o devedor. § 4º - Os credores
não têm ação alguma contra o novo titular da concessão extinta, salvo se esta, por qualquer
motivo, voltar ao domínio do primitivo concessionário devedor.
Art. 56 - A concessão de lavra poderá ser desmembrada em duas ou mais concessões distintas,
a juízo do Departamento Nacional de Produção Mineral - D.N.P.M., se o fracionamento não
comprometer o racional aproveitamento da jazida e desde que evidenciadas a viabilidade
técnica, a economicidade do aproveitamento autônomo das unidades mineiras resultantes e o
incremento da produção da jazida.
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Parágrafo Único - O desmembramento será pleiteado pelo concessionário, conjuntamente com


os pretendentes às novas concessões, se for o caso, em requerimento dirigido ao Ministro de
Minas e Energia, entregue mediante recibo no Protocolo do D.N.P.M., onde será mecanicamente
numerado e registrado, devendo conter, além de memorial justificativo, os elementos de
instrução referidos no artigo 38 deste Código, relativamente a cada uma das concessões
propostas.
Art. 57 - No curso de qualquer medida judicial não poderá haver embargo ou seqüestro que
resulte em interrupção dos trabalhos de lavra.
Art. 58 - Poderá o titular da portaria de Concessão de Lavra, mediante requerimento justificado
ao Ministro de Estado de Minas e Energia, obter a suspensão temporária da lavra, ou comunicar
a renúncia ao seu título.
§ 1º - Em ambos os casos, o requerimento será acompanhado de um relatório dos trabalhos
efetuados e do estado da mina, e suas possibilidades futuras. § 2º - Somente após verificação
"in loco" por um de seus técnicos, emitirá o D.N.P.M. parecer conclusivo para decisão do Ministro
de Minas e Energia. § 3º - Não aceitas as razões da suspensão dos trabalhos, ou efetivada a
renúncia, caberá ao D.N.P.M. sugerir ao Ministro de Minas e Energia medidas que se fizerem
necessárias à continuação dos trabalhos e a aplicação de sanções, se for o caso.
CAPÍTULO IV - Da Servidões
Art. 59 - Ficam sujeitas a servidões de solo e subsolo, para os fins de pesquisa ou lavra, não só
a propriedade onde se localiza a jazida, como as limítrofes.
Parágrafo Único - Instituem-se Servidões para:
a) construção de oficinas, instalações, obras acessórias e moradias; b) abertura de vias de
transporte e linhas de comunicações; c) captação e adução de água necessária aos serviços de
mineração e ao pessoal; d) transmissão de energia elétrica; e) escoamento das águas da mina e
do engenho de beneficiamento; f) abertura de passagem de pessoal e material, de conduto de
ventilação e de energia elétrica; g) utilização das aguadas sem prejuízo das atividades
preexistentes; e, h) bota-fora do material desmontado e dos refugos do engenho.
Art. 60 - Instituem-se as Servidões mediante indenização prévia do valor do terreno ocupado e
dos prejuízos resultantes dessa ocupação.
§ 1º - Não havendo acordo entre as partes, o pagamento será feito mediante depósito judicial da
importância fixada para indenização, através de vistoria ou perícia com arbitramento, inclusive da
renda pela ocupação, seguindo-se o competente mandado de imissão de posse na área, se
necessário. § 2º - O cálculo da indenização e dos danos a serem pagos pelo titular da
autorização de pesquisa ou concessão de lavra, ao proprietário do solo ou ao dono das
benfeitorias, obedecerá às prescrições contidas no artigo 27 deste Código, e seguirá o rito
estabelecido em Decreto do Governo Federal.
Art. 61 - Se, por qualquer motivo independente da vontade do indenizado, a indenização tardar
em lhe ser entregue, sofrerá, a mesma, a necessária correção monetária, cabendo ao titular da
autorização de pesquisa ou concessão de lavra, a obrigação de completar a quantia arbitrada.
Art. 62 - Não poderão ser iniciados os trabalhos de pesquisa ou lavra, antes de paga a
importância relativa à indenização e de fixada a renda pela ocupação do terreno.
CAPÍTULO V - Das Sanções e das Nulidades
Art. 63 - O não cumprimento das obrigações decorrentes das autorizações de pesquisa, das
permissões de lavra garimpeira, das concessões de lavra e do licenciamento implica,
dependendo da gravidade da infração, em:
I - Advertência; II - Multa; e III - Caducidade do título.
§ 1º - As penalidades de advertência, multa e de caducidade de autorização de pesquisa serão
da competência do D.N.P.M. § 2º - A caducidade da concessão de lavra será objeto de portaria
do Ministro de Estado de Minas e Energia.
Art. 64 - A multa inicial variará de 100 (cem) a 1000 (um mil) UFIR, segundo a gravidade das
infrações.
§ 1º - Em caso de reincidência, a multa será cobrada em dobro. § 2º - O regulamento deste
Código definirá o critério de imposição de multas, segundo a gravidade das infrações. § 3º - O
valor das multas será recolhido ao Banco do Brasil S/A, em guia própria, à conta do "Fundo
Nacional de Mineração - Parte Disponível".
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Art. 65 - Será declarada a caducidade da autorização de pesquisa, ou da concessão de lavra,


desde que verificada qualquer das seguintes infrações:
a) caracterização formal de abandono da jazida ou mina; b) não cumprimento dos prazos de
início ou reinício dos trabalhos de pesquisa ou lavra, apesar de advertência e multa; c) prática
deliberada dos trabalhos de pesquisa em desacordo com as condições constantes do título de
autorização, apesar de advertência ou multa; d) prosseguimento de lavra ambiciosa ou de
extração de substância não compreendida no Decreto de Lavra, apesar de advertência e multa;
e e) não atendimento de repetidas observações da fiscalização, caracterizado pela terceira
reincidência, no intervalo de 1 (hum) ano de infrações com multas.
§ 1º - Extinta a concessão de lavra, caberá ao Diretor-Geral do Departamento Nacional de
Produção Mineral - D.N.P.M. - mediante Edital publicado no Diário Oficial da União, declarar a
disponibilidade da respectiva área, para fins de requerimento de autorização de pesquisa ou de
concessão de lavra. § 2º - O Edital estabelecerá os requisitos especiais a serem atendidos pelo
requerente, consoante as peculiaridades de cada caso. § 3º - Para determinação da prioridade à
outorgada da autorização de pesquisa, ou da concessão de lavra, conforme o caso, serão
conjuntamente apreciados os requerimentos protocolizados, dentro do prazo que for
convenientemente fixado no Edital, definindo-se, dentre estes, como prioritário, o pretendente
que, a juízo do Departamento Nacional de Produção Mineral - D.N.P.M. - melhor atender aos
interesses específicos do setor minerário.
Art. 66 - São anuláveis os Alvarás de Pesquisa ou Decreto de Lavra quando outorgados com
infringência de dispositivos deste Código.
§ 1º - A anulação será promovida "ex-officio" nos casos de:
a) imprecisão intencional da definição das áreas de pesquisa ou lavra; e,
b) REVOGADO
§ 2º - Nos demais casos, e sempre que possível, o D.N.P.M. procurará sanar a deficiência por
via de atos de retificação.
§ 3º - A nulidade poderá ser pleiteada judicialmente em ação proposta por qualquer interessado,
no prazo de 1 (hum) ano, a contar da publicação do Decreto de Lavra no Diário Oficial da União.
Art. 67 - Verificada a causa de nulidade ou caducidade da autorização ou da concessão, salvo
os casos de abandono, o titular não perde a propriedade dos bens que possam ser retirados
sem prejudicar o conjunto da mina.
Art. 68 - O processo administrativo para declaração de nulidade ou de caducidade, será
instaurado "ex-officio" ou mediante denúncia comprovada.
§ 1º - O Diretor do D.N.P.M. promoverá a intimação do titular, mediante ofício e por edital,
quando se encontrar em lugar incerto e ignorado, para apresentação de defesa, dentro de 60
(sessenta) dias, contra os motivos argüidos na denúncia ou que deram margem à instauração do
processo administrativo. § 2º - Findo o prazo, com a juntada da defesa ou informação sobre a
sua não apresentação pelo notificado, o processo será submetido à decisão do Ministro de
Minas e Energia. § 3º - Do despacho ministerial declaratório de nulidade ou caducidade da
autorização de pesquisa, caberá:
a) pedido de reconsideração, no prazo de 15 (quinze) dias; ou, b) recursos voluntário ao
Presidente da República, no prazo de 30 (trinta) dias, desde que o titular da autorização não
tenha solicitado reconsideração do despacho, no prazo previsto na alínea anterior.
§ 4º - O pedido de reconsideração, não atendido, será encaminhado em grau de recurso, "ex-
officio", ao Presidente da República, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar de seu recebimento,
dando-se ciência antecipada ao interessado, que poderá aduzir novos elementos de defesa,
inclusive prova documental, as quais, se apresentadas no prazo legal, serão recebidas em
caráter de recurso.
§ 5º - O titular da autorização declarada Nula ou Caduca, que se valer da faculdade conferida
pela alínea "a" do § 3º, deste artigo, não poderá interpor recurso ao Presidente da República
enquanto aguarda solução Ministerial para o seu pedido de reconsideração.
§ 6º - Somente será admitido 1 (hum) pedido de reconsideração e 1 (hum) recurso.
§ 7º - Esgotada a instância administrativa, a execução das medidas determinadas em decisões
superiores não será prejudicada por recursos extemporâneos, pedidos de revisão e outros
expedientes protelatórios.
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Art. 69 - O processo administrativo para aplicação das sanções de anulação ou caducidade da


concessão de lavra, obedecerá ao disposto no § 1º do artigo anterior.
§ 1º - Concluídas todas as diligências necessárias à regular instrução do processo, inclusive
juntada de defesa ou informação de não haver a mesma sido apresentada, cópia do expediente
de notificação e prova de sua entrega à parte interessada, o Diretor-Geral do D.N.P.M.
encaminhará os autos ao Ministro de Minas e Energia.
§ 2º - Examinadas as peças dos autos, especialmente as razões de defesa oferecidas pela
Empresa, o Ministro encaminhará o processo, com relatório e parecer conclusivo, ao Presidente
da República.
§ 3º - Da decisão da autoridade superior, poderá a interessada solicitar reconsideração, no prazo
improrrogável de 10 (dez) dias, a contar de sua publicação no Diário Oficial da União, desde que
seja instruído com elementos novos que justifiquem reexame da matéria.
Art. 70 - REVOGADO. Art. 71 – REVOGADO. Art. 72 - REVOGADO. Art. 73 - REVOGADO. Art.
74 - REVOGADO. Art. 75 – REVOGADO. Art. 76 - REVOGADO. Art. 77 - REVOGADO.
Art. 78 - Por motivo de ordem pública, ou em se verificando malbaratamento de determinada
riqueza mineral, poderá o Ministro de Minas e Energia, por proposta do Diretor-Geral do
D.N.P.M., determinar o fechamento de certas áreas às atividades de garimpagem, faiscação ou
cata, ou excluir destas a extração de determinados minerais.
Art. 79 - REVOGADO. Art. 80 - REVOGADO.
CAPÍTULO VII - Das Disposições Finais
Art. 81. As empresas que pleitearem autorização para pesquisa ou lavra, ou que forem titulares
de direitos minerários de pesquisa ou lavra, ficam obrigadas a arquivar no DNPM, mediante
protocolo, os estatutos ou contratos sociais e acordos de acionistas em vigor, bem como as
futuras alterações contratuais ou estatutárias, dispondo neste caso do prazo máximo de trinta
dias após registro no Departamento Nacional de Registro de Comércio.
Parágrafo único. O não cumprimento do prazo estabelecido neste artigo ensejará as seguintes
sanções:
I - advertência; II - multa, a qual será aplicada em dobro no caso de não atendimento das
exigências objeto deste artigo, no prazo de trinta dias da imposição da multa inicial, e assim
sucessivamente, a cada trinta dias subseqüentes.
Art. 82 - REVOGADO.
Art. 83 - Aplica-se à propriedade mineral o direito comum, salvo as restrições impostas neste
Código.
Art. 84 - A jazida é bem imóvel, distinto do solo onde se encontra, não abrangendo a propriedade
deste o minério ou a substância mineral útil que a constitui.
Art. 85. O limite subterrâneo da jazida ou mina é o plano vertical coincidente com o perímetro
definidor da área titulada, admitida, em caráter excepcional, a fixação de limites em profundidade
por superfície horizontal.
§ 1º - A iniciativa de propor a fixação de limites no plano horizontal da concessão poderá ser do
titular dos direitos minerários preexistentes ou do D.N.P.M., "ex-officio", cabendo sempre ao
titular a apresentação do plano dos trabalhos de pesquisa, no prazo de noventa dias, contado da
data de publicação da intimação no Diário Oficial da União, para fins de prioridade na obtenção
do novo título.
§ 2º - Em caso de inobservância pelo titular de direitos minerários preexistentes no prazo a que
se refere o parágrafo anterior, o D.N.P.M. poderá colocar em disponibilidade o título
representativo do direito minerário decorrente do desmembramento.
§ 3º - Em caráter excepcional, "ex-officio" ou por requerimento de parte interessada, poderá o
D.N.P.M., no interesse do setor mineral, efetuar a limitação de jazida por superfície horizontal,
inclusive em áreas já tituladas.
§ 4º - O D.N.P.M. estabelecerá, em portaria, as condições mediante as quais os depósitos
especificados no caput poderão ser aproveitados, bem como os procedimentos inerentes à
outorga da respectiva titulação, respeitados os direitos preexistentes e as demais condições
estabelecidas neste artigo.
Art. 86 - Os titulares de concessões de minas próximas ou vizinhas, abertas ou situadas sobre o
mesmo jazimento ou zona mineralizada, poderão obter permissão para formação de um
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Consórcio de Mineração, mediante Decreto do Governo Federal, objetivando incrementar a


produtividade da extração ou a sua capacidade.
§ 1º - Do requerimento pedindo a constituição do Consórcio de Mineração deverá constar:
I - Memorial justificativo dos benefícios resultantes da formação do Consórcio, com indicação dos
recursos econômicos e financeiros de que disporá a nova entidade; II - Minuta dos Estatutos do
Consórcio, plano de trabalhos a realizar, e enumeração das providências e favores que esperam
merecer do Poder Público.
§ 2º - A nova entidade, Consórcio de Mineração, ficará sujeita a condições fixadas em Caderno
de Encargos, anexado ao ato institutivo da concessão e que será elaborado por Comissão
especialmente nomeada.
Art. 87 - Não se impedirá por ação judicial de quem quer que seja o prosseguimento da pesquisa
ou lavra.
Parágrafo Único - Após a decretação do litígio, será procedida a necessária vistoria "ad
perpetuam rei memoriam" afim de evitar-se solução de continuidade dos trabalhos.
Art. 88 - Ficam sujeitas à fiscalização direta do D.N.P.M., todas as atividades concernentes à
mineração, ao comércio e à industrialização de matérias-primas minerais, nos limites
estabelecidos em Lei.
Parágrafo Único - Exercer-se-á fiscalização para o cumprimento integral das disposições legais,
regulamentares ou contratuais.
Art. 89 - REVOGADO.
Art. 90 - Quando se verificar em jazida em lavra a concorrência de minerais radioativos ou
apropriados ao aproveitamento dos misteres da produção de energia nuclear, a concessão só
será mantida caso o valor econômico da substância mineral, objeto do decreto de lavra, seja
superior ao dos minerais nucleares que contiver.
§ 1º - Quando a inesperada ocorrência de minerais radioativos e nucleares associados
suscetíveis de aproveitamento econômico predominar sobre a substância mineral constante do
título de lavra, a mina poderá ser desapropriada. § 2º - Os titulares de autorizações de pesquisa
ou de concessões de lavra, são obrigados a comunicar, ao Ministério de Minas e Energia,
qualquer descoberta que tenham feito de minerais radioativos ou nucleares associados à
substância mineral mencionada no respectivo título, sob pena de sanções.
Art. 91 - A empresa de mineração que, comprovadamente dispuser do recurso dos métodos de
prospecção aérea poderá pleitear permissão para realizar Reconhecimento Geológico por estes
métodos, visando obter informações  preliminares regionais necessárias à formulação de
requerimento de autorização de pesquisa, na forma do que dispuser o Regulamento deste
Código.
§ 1º - As regiões assim permissionadas não se subordinam aos limites previstos no artigo 25
deste Código. § 2º - A permissão será dada por autorização expressa do Diretor-Geral do
D.N.P.M., com prévio assentimento do Conselho de Segurança Nacional. § 3º - A permissão do
Reconhecimento Geológico será outorgada pelo prazo máximo e improrrogável de 90 (noventa)
dias, a contar da data da publicação do Diário Oficial. § 4º - A permissão do Reconhecimento
Geológico terá caráter precário, e atribui à Empresa tão somente o direito de prioridade para
obter a autorização de pesquisa dentro da região permissionada, desde que requerida no prazo
estipulado no parágrafo anterior, obedecidos os limites de áreas previstas no artigo 25. § 5º - A
empresa de mineração fica obrigada a apresentar ao D.N.P.M. os resultados do Reconhecimento
procedido, sob pena de sanções.
Art. 92 - O D.N.P.M. manterá registros próprios dos títulos minerários.
Art. 93 - Serão publicados no Diário Oficial da União os alvarás de pesquisa, as portarias de
lavra e os demais atos administrativos deles decorrentes.
Art. 94 - Será sempre ouvido o D.N.P.M. quando o Governo Federal tratar de qualquer assunto
referente à matéria-prima mineral ou ao seu produto.
Art. 95 - Continuam em vigor as autorizações de pesquisas e concessões de lavra outorgadas na
vigência da legislação anterior, ficando, no entanto, sua execução sujeita à observância deste
Código.
Art. 96 - A lavra de jazida será organizada e conduzida na forma da Constituição.
Art. 97 - O Governo Federal expedirá os Regulamentos necessários à execução deste Código,
inclusive fixando os prazos de tramitação dos processos.
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Art. 98 - Esta Lei entrará em vigor no dia 15 de março de 1967, revogadas as disposições em
contrário.
PORTARIA Nº 40 (10 DE FEVEREIRO DE 2000 - DOU de
11/02/2000) - HECTARES MÁXIMOS PARA PEDIDO DE
PESQUISA
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL-
DNPM, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto no art. 22, inciso III, e no
art. 25 do Decreto-lei nº 227, de fevereiro de 1967, com a redação dada pela Lei nº
9.314, de 14 de novembro de 1996, e considerando a necessidade de revisão e
atualização da Portaria nº 16, de 13 de janeiro de 1997, resolve:
Art. 1º As autorizações de pesquisa ficam adstritas às seguintes áreas máximas:
I - dois mil hectares: a) substâncias minerais metálicas; b) substâncias minerais
fertilizantes; c) carvão; d) diamante; e) rochas betuminosas e pirobetuminosas; f) turfa; e
g) sal-gema; II - cinqüenta hectares: a) as substâncias minerais relacionadas no art. 1º
da Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978, com a redação dada pela Lei nº 8.982, de
24 de janeiro de 1995; b) águas minerais e águas potáveis de mesa; c) areia, quando
adequada ao uso na indústria de transformação; d) feldspato; e) gemas (exceto
diamante) e pedras decorativas, de coleção e para confecção de artesanato mineral; e f)
mica; III - mil hectares: a) rochas para revestimento; e b) demais substâncias minerais.
§ 1º Ficam adstritas a cinco hectares as áreas máximas objeto da Lei nº 9.827, de 27 de
agosto de 1.999, no Decreto nº 3.358, de 02 de fevereiro de 2000, publicado no D.O.U.
de 03 de fevereiro de 2000;
§ 2º Nas áreas localizadas na Amazônia Legal definida no art. 2º da Lei nº 5.173, de 27
de outubro de 1.966, o limite máximo estabelecido para as substâncias minerais de que
trata o inciso I deste artigo será de dez mil hectares.
Art. 2º Consideram-se rochas para revestimento, para os fins do disposto no inciso III do
art. 1º, desta Portaria, as rochas adequadas ao uso ornamental e para revestimento após
submetidas a desdobramento em teares, talhas-bloco ou monofios e a processos de
corte, dimensionamento e beneficiamento de face.
Art. 3º As autorizações de pesquisa terão os seguintes prazos de validade: I - dois anos,
quando objetivarem as substâncias minerais referidas no inciso II do art. 1º, e rochas
para revestimento; II - três anos, quando objetivarem as demais substâncias.
Art. 4º Para efeito de aplicação do disposto no inciso II do art. 1º, da Lei nº 6.567, de 24
de setembro de 1.978, com a redação dada pela Lei nº 8.982, de 24 de janeiro de 1.995,
consideram-se: I - afins, os produtos de rochas para calçamento, sem beneficiamento de
face; II - rocha aparelhada, a rocha submetida a processo simplificado de
dimensionamento ou beneficiamento. Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação. Art. 6º Fica revogada a Portaria nº 16, de 13 de janeiro de 1.997.
JOÃO R. PIMENTEL
Portaria nº 392, de 21/12/2004, DOU de 22/12/2004 - revisão da
Portaria nº 40, de 10/02/2000 - HECTARES MÁXIMOS PARA
PEDIDO DE PESQUISA
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO
MINERAL - PORTARIA Nº  392, DE  21 DE DEZEMBRO DE 2004 - DOU DE 22 DE
DEZEMBRO DE 2004
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL -
DNPM, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto no art. 22, inciso III, e no
art. 25 do Decreto-lei nº 227, de fevereiro de 1967, com a redação dada pela Lei nº
16

9.314, de 14 de novembro de 1996, e considerando a necessidade de revisão e


atualização da Portaria nº 40, de 10 de fevereiro de 2000, resolve:
Art. 1º As autorizações de pesquisa ficam adstritas às seguintes áreas máximas:
I - dois mil hectares: a) substâncias minerais metálicas;b) substâncias minerais
fertilizantes;c) carvão;d) diamante;e) rochas betuminosas e pirobetuminosas;f) turfa, e; g)
sal-gema; II - cinqüenta hectares: a) as substâncias minerais relacionadas no art. 1º da
Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978, com a redação dada pela Lei nº 8.982, de 24
de janeiro de 1995; b) águas minerais e águas potáveis de mesa; c) areia, quando
adequada ao uso na indústria de transformação; d) feldspato; e) gemas (exceto
diamante) e pedras decorativas, de coleção e para confecção de artesanato mineral; e f)
mica; III - mil hectares: a) rochas para revestimento; e ) demais substâncias minerais.
§ 1º Ficam adstritas a cinco hectares as áreas máximas objeto da Lei nº 9.827, de 27 de
agosto de 1999, no Decreto nº 3.358, de 02 de fevereiro de 2000, publicado no DOU de
03 de fevereiro de 2000;
§ 2º Nas áreas localizadas na Amazônia Legal definida no art. 2º da Lei nº 5.173 de 27 de
outubro de 1966, o limite máximo estabelecido para as substâncias minerais de que trata
o inciso I deste artigo, bem como para a substância mineral caulim, será de dez mil
hectares.
Art. 2º Consideram-se rochas para revestimento, para os fins do disposto no inciso III do
art. 1º, desta Portaria, as rochas adequadas ao uso ornamental e para revestimento, que
revelem características tecnológicas específicas, adequadas para fins de desdobramento
em teares, talhas-bloco, monofios ou processos de corte, dimensionamento e
beneficiamento de face.
Art. 3º As autorizações de pesquisa terão os seguintes prazos de validade: I - dois anos,
quando objetivarem as substâncias minerais referidas no inciso II do art. 1º, e rochas
para revestimento; II - três anos, quando objetivarem as demais substâncias.
Art. 4º Para efeito de aplicação do disposto no inciso II do art. 1º, da Lei nº 6.567, de 24
de setembro de 1978, com a redação dada pela Lei nº 8.982, de 24 de janeiro de 1995,
consideram-se: I - afins, os produtos de rochas para calçamento, sem beneficiamento de
face; II - rocha aparelhada, a rocha submetida a processo rústico e simplificado de
dimensionamento ou beneficiamento.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º Fica revogada a Portaria nº 40, de 10 de fevereiro de 2000, publicada no DOU
de11 de fevereiro de 2000.
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY

LEI Nº 8.982, DE 24 DE JANEIRO DE 1995 - D.O.U. 25/01/95


Dá nova redação ao Art. 1º da Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978, alterado pela Lei
nº 7.312 de 16 de maio de 1985
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1º - O Art. 1º da Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978, alterado pela Lei nº 7.312,
de 16 de maio de 1985, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art 1º - Poderão ser aproveitados pelo regime de licenciamento, ou de
autorização e concessão, na forma da Lei:
I - areias, cascalhos e saibros para utilização imediata na construção civil, no preparo de
agregados e argamassas, desde que não sejam submetidos a processo industrial de
beneficiamento, nem se destinem como matéria-prima à indústria de transformação;
II - rochas e outras substâncias minerais, quando aparelhadas para paralelepípedos,
guias, sarjetas, moirões e afins;
III - argilas usadas no fabrico de cerâmica vermelha;
17

IV - rochas, quando britadas para uso imediato na construção civil e os calcários


empregados como corretivo de solo na agricultura.
Parágrafo Único - O aproveitamento das substâncias minerais referidas neste artigo fica
adstrito à área máxima de cinqüenta hectares."
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º - Revoga-se o Art. 12 da Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Raimundo Brito

Nova redação ao Art. 1º da Lei nº 6.567, de


24/09/1978, alterado pela Lei nº 7.312 de 16/05/1985
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1º - O Art. 1º da Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978, alterado pela Lei nº 7.312,
de 16 de maio de 1985, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art 1º - Poderão ser aproveitados pelo regime de licenciamento, ou de autorização e
concessão, na forma da Lei:
I - areias, cascalhos e saibros para utilização imediata na construção civil, no preparo de
agregados e argamassas, desde que não sejam submetidos a processo industrial de
beneficiamento, nem se destinem como matéria-prima à indústria de transformação;
II - rochas e outras substâncias minerais, quando aparelhadas para paralelepípedos,
guias, sarjetas, moirões e afins;
III - argilas usadas no fabrico de cerâmica vermelha;
IV - rochas, quando britadas para uso imediato na construção civil e os calcários
empregados como corretivo de solo na agricultura.
Parágrafo Único - O aproveitamento das substâncias minerais referidas neste artigo fica
adstrito à área máxima de cinqüenta hectares.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º - Revoga-se o Art. 12 da Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO / RAIMUNDO BRITO

MME - DNPM - PORTARIA Nº 199 , DE 14 DE


JULHO DE 2006 - DOU DE 17/07/2006
Estabelece a forma e os documentos necessários para concessão de anuência prévia e
averbação de contratos de cessão e transferência de direitos minerários.
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL-
DNPM, usando da atribuição que lhe confere o art. 17, XI, do Regimento Interno
aprovado pela Portaria Ministerial nº 385, de 13 de agosto de 2003, e tendo em vista o
disposto no § 3º do art. 176 da Constituição da República, no inciso I do art. 22, no § 1º
do art. 55 e no art. 56, todos do Código de Mineração, e no inciso II do art. 5º da Lei nº
7.805, de 18 de julho de 1989,
RESOLVE:
Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre a forma, os documentos e análise de pedido de
concessão de anuência prévia e averbação de cessão e transferência, total ou parcial, de
direitos minerários.
CAPÍTULO I - DA FORMA DO REQUERIMENTO DE ANUÊNCIA E AVERBAÇÃO E DOS
DOCUMENTOS ESSENCIAIS
Seção I - Da forma do Requerimento de Averbação de Cessão de Direitos Minerários
18

Art. 2º  A anuência e averbação de cessão total ou parcial de direitos de alvará de


pesquisa, registro de licença e permissão de lavra garimpeira será pleiteada em
requerimento dirigido ao Diretor-Geral, assinado somente pelo cedente ou em conjunto
com o cessionário e entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o
processo cujo direito minerário é objeto do contrato, juntamente com os documentos
específicos de que tratam os arts. 11 a 16 desta Portaria.
Parágrafo único. Não será admitido cessão ou transferência, parcial ou total, de
requerimento de pesquisa, registro de licença e permissão de lavra garimpeira.
Art. 3º A anuência e averbação de cessão total ou parcial do requerimento de lavra, do
direito de requerer a lavra e do título de concessão de lavra serão pleiteadas em
requerimento assinado conjuntamente pelo cedente e cessionário, dirigido ao Ministro de
Minas e Energia e entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o
processo cujo requerimento ou título é objeto do contrato, juntamente com os
documentos específicos de que tratam os arts. 4º a 10 desta Portaria.
Seção II - Dos Documentos para Instrução do Pedido de Averbação de Cessão do Direito
de Requerer a Lavra, do Requerimento e do Título de Concessão de Lavra
Da Cessão do Direito de Requerer e do Requerimento de Lavra
Art. 4º O pedido de averbação de cessão total dos direitos de requerer a lavra, na
hipótese de requerimento de lavra ainda não protocolizado, deverá ser apresentado na
forma do art. 3º desta Portaria e ser instruído com os seguintes documentos:
I – original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão total dos direitos de requerer a lavra;
II – em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
III - certidão de registro do cessionário na Junta Comercial; e
IV - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Art. 5º O pedido de averbação de cessão parcial dos direitos de requerer a lavra, na
hipótese de requerimento de lavra ainda não protocolizado, deverá ser apresentado na
forma do art. 3º desta Portaria e ser instruído com os seguintes documentos:
I - para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos de requerer a lavra;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade do fracionamento
(desmembramento) pleiteado, levando em consideração os requisitos estabelecidos no
caput do art. 56 do Código de Mineração;
d) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área remanescente,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica – ART; e
e) redimensionamento das reservas minerais.
II - para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos de requerer a lavra;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
19

c) justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade do fracionamento


(desmembramento) pleiteado, levando em consideração os requisitos estabelecidos no
caput do art. 56 do Código de Mineração;
d) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área desmembrada,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART;
e) certidão de registro do cessionário na Junta Comercial; e
f) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Art. 6º Em nenhuma hipótese o prazo legal de 1 (um) ano para requerer a concessão de
lavra será suspenso ou interrompido em face da protocolização de pedido de averbação
de cessão total ou parcial de direitos referentes ao direito de requerer a lavra.
Art. 7º O pedido de averbação de cessão total do requerimento de lavra (requerimento já
protocolizado) deverá ser apresentado na forma do art. 3º e ser instruído com todos os
documentos de que tratam os incisos I a V do art. 9º desta Portaria, observado o
parágrafo único do mesmo artigo.
Art. 8º O pedido de averbação de cessão parcial do requerimento de lavra (requerimento
já protocolizado) deverá ser apresentado na forma do art. 3º e ser instruído com todos os
documentos de que tratam os incisos I e II do art. 10 desta Portaria, observado o
parágrafo único do mesmo artigo.
Da Cessão Total da Concessão de Lavra
Art. 9º O pedido de averbação de cessão total dos direitos do título de concessão de
lavra deverá ser apresentado na forma do art. 3º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I - original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão total dos direitos do título de concessão de lavra;
II – em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
III - certidão de registro na Junta Comercial referente ao cessionário;
IV - prova de disponibilidade de fundos ou da existência de compromisso de
financiamento necessário para a execução do plano de aproveitamento econômico e
operação da mina em nome do cessionário; e
V - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Da Cessão Parcial da Concessão de Lavra
Art. 10. O pedido de averbação de cessão parcial dos direitos do título de concessão de
lavra deverá ser apresentado na forma do art. 3º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I - para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida,  da cessão parcial dos direitos do título de concessão de lavra;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade do fracionamento
(desmembramento) pleiteado, levando em consideração os requisitos estabelecidos no
caput do art. 56 do Código de Mineração;
20

d) novo plano de aproveitamento econômico, assinado por profissional legalmente


habilitado, acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica - ART;
e) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área remanescente,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART; e
f) redimensionamento das reservas minerais.
II - para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos do título de concessão de lavra;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) certidão de registro na Junta Comercial referente ao cessionário;
d) justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade do fracionamento
(desmembramento) pleiteado, levando em consideração os requisitos estabelecidos no
caput do art. 56 do Código de Mineração;
e) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área desmembrada,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART;
f) demais elementos de instrução referidos no art. 38 do Código de Mineração;
g) quantificação das reservas minerais; e
h) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
§1º Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário deverá atender
as exigências previstas na legislação específica.
§ 2º É admitido o desmembramento da concessão de lavra em duas ou mais concessões
distintas, a juízo do Departamento Nacional de Produção Mineral, utilizando-se a fixação
do limite da mina em profundidade por superfície horizontal, desde que o fracionamento
não venha a comprometer o seu racional aproveitamento, observados os seguintes
requisitos:
I - o desmembramento de que trata este parágrafo será pleiteado em requerimento
dirigido ao Ministro de Estado de Minas e Energia, assinado pelo cedente e
cessionário(s) e entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o processo
cujo título é objeto do desmembramento;
II – o requerimento deverá ser instruído com os documentos de que tratam as alíneas “a”
a “f” do inciso I deste artigo, para juntada ao processo do cedente, e dos documentos
determinados nas alíneas “a” a “h” do inciso II e § 1º deste artigo, para formação do(s)
novo(s) processo(s), ressalvando-se que deverá, ainda, ser informado, em sendo o caso,
juntamente com o memorial descritivo e a planta de situação da(s) área(s)
remanescente(s), a(s) cota(s) do(s) limite(s) em profundidade.
Seção III - Dos Documentos para Instrução do Pedido de Averbação de Cessão dos
Direitos do Título de Autorização de Pesquisa
Da Cessão Total do Alvará de Pesquisa
Art. 11. O pedido de averbação de cessão total dos direitos de alvará de pesquisa deverá
ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com os seguintes
documentos:
I - original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida,  da cessão total dos direitos da autorização de pesquisa;
II – em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
21

III - todos os elementos de instrução constantes do inciso I do art.16 do Código de


Mineração, a serem apresentados pelo cessionário; e
IV - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Da Cessão Parcial do Alvará de Pesquisa
Art. 12. O pedido de averbação de cessão parcial dos direitos de alvará de pesquisa
deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I - para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida,  da cessão parcial dos direitos da autorização de pesquisa;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área remanescente,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART; e
d) novo plano dos trabalhos de pesquisa, assinado por profissional legalmente habilitado
acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica – ART.
II - para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos de autorização de pesquisa;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) requerimento de autorização de pesquisa por meio de pré-requerimento eletrônico,
contendo todos os elementos de instrução exigidos pelo artigo 16 do Código de
Mineração referentes ao cessionário e à área cedida; e
d) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único.  Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Seção IV - Dos Documentos para Instrução do Pedido de Averbação de Cessão dos
Direitos do Título de Registro de Licença
Da Cessão Total do Registro de Licença
Art. 13. O requerimento de averbação de cessão total dos direitos do registro de licença
deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I - original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão total dos direitos do registro de licença;
II – em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
III - nova licença expedida por autoridade administrativa do município de situação da
jazida em nome do cessionário;
IV - indicação do nome do cessionário, estado civil, profissão, domicílio, CPF e endereço
do interessado para correspondência e comprovação da nacionalidade brasileira em se
tratando o cessionário de pessoa física; ou, tratando-se de pessoa jurídica, indicação da
denominação ou razão social, sede, endereço e comprovação do número de registro da
22

sociedade no Órgão de Registro do Comércio de sua sede e no Cadastro Nacional de


Pessoa Jurídica – CNPJ;
V - declaração de ser o cessionário proprietário do solo na sua totalidade ou instrumento
de autorização do(s) proprietário(s) para lavrar a substância mineral indicada no
requerimento em sua propriedade, excetuando-se as áreas em leito de rio; e
VI - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Da Cessão Parcial do Registro de Licença
Art. 14. O requerimento de averbação de cessão parcial dos direitos do registro de
licença deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I – para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida,  da cessão parcial dos direitos do registro de licença; b) em se tratando o
cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da Junta Comercial
competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s) do instrumento de
cessão;
c) memorial descritivo e planta de situação e de detalhes da área remanescente;
d) nova licença expedida por autoridade administrativa do município de situação da
jazida; e
e) nova autorização do proprietário do solo, quando for o caso.
II – para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos do registro de licença;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) pré-requerimento eletrônico de registro de licença com todos os documentos
constantes no art. 1º da Instrução Normativa DNPM nº 1, de 21 de fevereiro de 2001,
referentes ao cessionário e à área cedida; e
d) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
§ 1º A critério do DNPM será solicitado ao cedente e/ou cessionário que apresente(m)
justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade da cessão parcial dos direitos do
registro de licença.
§ 2º Não apresentada ou não acatada a justificativa técnico-econômica a que se refere o
parágrafo anterior, quando solicitada, o pedido de anuência prévia e averbação da
cessão parcial de direitos será indeferido. 
Seção V - Dos Documentos para Instrução do Pedido de Averbação de Cessão dos
Direitos do Titulo de Permissão de Lavra Garimpeira
Da Cessão Total da Permissão de Lavra Garimpeira
Art. 15. O pedido de averbação de cessão total dos direitos da permissão de lavra
garimpeira deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com
os seguintes documentos:
I - original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão total dos direitos da permissão de lavra garimpeira;
II – em se tratando o cessionário de pessoa física, indicação do endereço, prova da
nacionalidade brasileira e do número de inscrição no CPF;
III – em se tratando o cessionário de cooperativa de garimpeiros ou firma individual,
indicação da razão social e endereço, comprovação do número do registro de seus atos
constitutivos no Órgão de Registro do Comércio de sua sede, número de inscrição no
CNPJ e cópia dos estatutos ou contrato social e suas alterações registradas no
23

Departamento Nacional de Registro de Comércio, ou, ainda, declaração de firma


individual;
IV - autorização expressa da Assembléia Geral em se tratando, o cedente, de cooperativa
de garimpeiros;
V - assentimento da autoridade administrativa local, quando a área estiver situada dentro
de perímetro urbano, em nome do cessionário; e
VI - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
§ 1º Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário deverá atender
as exigências previstas na legislação específica.
§ 2º Deverá ser observado o limite máximo a que ficará adstrita a área do cessionário,
conforme estatuído no inciso III do art. 5º da Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989, e art.
4º , VI, da Portaria DNPM nº 178, de 12 de abril de 2004, em se tratando o requerente de
pessoa física ou cooperativa de garimpeiros, respectivamente. 
Da Cessão Parcial da Permissão de Lavra Garimpeira
Art. 16. O requerimento de averbação de cessão parcial dos direitos da permissão de
lavra garimpeira deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído
com os seguintes documentos:
I - para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos da permissão de lavra garimpeira;
b) autorização expressa da Assembléia Geral quando a cedente for cooperativa de
garimpeiros;
c) planta de situação da área remanescente.
II – para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos da permissão de lavra garimpeira;
b) requerimento de permissão de lavra garimpeira através de formulários próprios,
contendo todos os documentos fixados no art. 2º da Portaria DNPM nº 178, de 2004,
referentes ao cessionário e à área cedida; e
c) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
§ 1º Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário deverá atender
as exigências previstas na legislação específica.
§ 2º A critério do DNPM será solicitado ao cedente e/ou cessionário que apresente(m)
justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade da cessão parcial dos direitos da
permissão de lavra garimpeira.
§ 3º Não apresentada ou não acatada a justificativa técnico-econômica a que se refere o
parágrafo anterior, quando solicitada, o pedido de anuência prévia e averbação da
cessão parcial de direitos será indeferido. 
§ 4º Deverá ser observado o limite máximo a que ficará adstrita a área do cessionário,
conforme estatuído no inciso III do art. 5º da Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989, e art.
4º, VI, da Portaria DNPM nº 178, de 2004, em se tratando o requerente de pessoa física
ou cooperativa de garimpeiros, respectivamente.
Seção VI - Da Forma e dos Documentos do Pedido de Averbação de Transferência de
Direitos Minerários em face de Incorporação, Fusão, Cisão, Falência e Sucessão Causa
Mortis
Art. 17. A averbação de transferência de direitos minerários em face de incorporação,
fusão ou cisão será pleiteada em requerimento entregue no protocolo da Sede ou no
Distrito do DNPM, dirigido ao Diretor-Geral, assinado pelo novo interessado em conjunto
com o titular do direito e instruído com os seguintes documentos:
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I - atos constitutivos, alteração contratual ou ata de assembléia extraordinária arquivados


na junta comercial;
II - cópia do cartão de CNPJ;
III - prova de disponibilidade de fundos ou da existência de compromisso de
financiamento necessário para a execução do plano de aproveitamento econômico e
operação da mina em nome do beneficiário quando se tratar de concessão de lavra;
IV - protocolo de incorporação, fusão ou cisão; e
V - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da transferência de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Art. 18. A transferência de direitos minerários em face de sucessão causa mortis será
pleiteada em requerimento entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o
direito objeto do pedido e deverá ser instruído com o formal de partilha ou alvará judicial
autorizativo da alienação dos direitos minerários e com prova de recolhimento dos
emolumentos referentes ao processamento da averbação da transferência de direitos
fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Art. 19. A transferência de direitos minerários em face de falência do titular será pleiteada
em requerimento entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o direito
objeto do pedido e deverá ser instruído com alvará judicial autorizativo da alienação dos
direitos minerários e com prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao
processamento da averbação da transferência de direitos fixados em Portaria do Diretor-
Geral do DNPM.
Art. 20. O requerimento de averbação de transferência de direitos minerários em face de
incorporação, fusão, cisão, falência ou causa mortis do titular será processado na Sede
do DNPM, competindo à Diretoria de Outorga e Cadastro Mineiro-DICAM a sua análise e
averbação.
CAPÍTULO II - DA ANÁLISE, ANUÊNCIA E AVERBAÇÃO DE CESSÃO E
TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS MINERÁRIOS
Prioridade na Análise
Art. 21. Uma vez protocolizado pedido de anuência e averbação de cessão ou
transferência de direitos minerários, o respectivo requerimento terá prioridade quanto aos
demais atos do processo com o imediato encaminhamento dos autos ao setor
competente para análise do requerimento, anteriormente à análise de qualquer outro
expediente posteriormente protocolizado nos mesmos autos, desde que não se refira ao
pedido de averbação a ser analisado.
Parágrafo único. Excepcionalmente, se à época da anuência prévia e averbação da
cessão de alvará de pesquisa o prazo do título estiver vencido, o DNPM somente
procederá à análise da averbação após a decisão de que trata o art. 30 do Código de
Mineração. 
Pluralidade de Cessões
Art. 22. Em havendo pluralidade de cessões de direitos, para a averbação deverá ser
observada a ordem de protocolização dos respectivos instrumentos no DNPM.
Exigências
Art. 23. O DNPM poderá formular exigências para que o cedente e/ou cessionário ou
beneficiário adeqüe o pedido de averbação aos termos desta Portaria, ou ainda quando
necessárias à melhor instrução do pedido de averbação, fixando, para seu atendimento,
prazo de 30 (trinta) dias contados do recebimento do A.R do ofício correspondente,
prorrogável a critério do DNPM em havendo pedido expresso do interessado.
Deferimento
Art. 24. A anuência prévia e a autorização da averbação de cessão ou transferência, total
ou parcial, de direitos minerários será objeto de despacho do Diretor-Geral do DNPM, a
ser publicado no órgão oficial.
Indeferimento e Recurso
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Art. 25. A anuência prévia e averbação de cessão ou transferência de direitos minerários


serão negadas pelo Diretor-Geral, através de decisão devidamente fundamentada,
quando, dentre outros:
I – se tratar de cessão ou transferência, parcial ou total, de direitos referentes a
requerimentos de alvará de pesquisa, de registro de licença e de permissão de lavra
garimpeira, ainda que a averbação seja requerida após a outorga do título;
II - o requerimento não estiver devidamente instruído com os documentos de que trata o
Capítulo I, após a formulação de exigência;
III – a justificativa técnico-econômica para a cessão parcial do registro de licença e da
permissão de lavra garimpeira, quando solicitada, e da concessão de lavra não for
acolhida;
IV – houver erro na indicação das poligonais da área;
V – se tratar de contrato de cessão ou transferência de direitos cuja área cedida esteja
fora, total ou parcialmente, da área titulada;
VI – o cessionário não preencher os requisitos legais; ou
VII – o interesse público assim o exigir.
Parágrafo único. Da decisão que negar anuência prévia na forma deste artigo caberá
pedido de reconsideração no prazo de 10 (dez) dias contados de sua publicação.
Grupamento Mineiro
Art. 26. Em se tratando de cessão ou transferência total ou parcial de direitos relativos a
títulos pertencentes a grupamento mineiro, o pedido será processado nos termos dos
Capítulos I e II desta Portaria, considerando o direito cedido ou transferido,
individualmente, não se procedendo à desconstituição do grupamento mineiro para
processamento do pedido de averbação.
Art. 27. Após a averbação da cessão ou transferência de que trata o artigo anterior, será
anotada à margem do Grupamento Mineiro a retificação dos títulos que o compõe, ou a
sua nova composição.
CAPÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Licença ambiental
Art. 28. A efetiva extração de substâncias minerais pelo novo titular, após a anuência
prévia e averbação da cessão ou transferência de direitos minerários pelo DNPM, é
condicionada à licença ambiental competente, expedida em seu nome, sob pena de ficar
incurso no crime tipificado no art. 55 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
Inadimplemento de Taxa Anual e de Vistoria
Art. 29. A anuência prévia e averbação de cessão ou transferência total ou parcial de
direitos minerários dependem do adimplemento da taxa anual por hectare prevista no
inciso II do art. 20 do Código de Mineração, conforme o caso, e do adimplemento de
eventual taxa de vistoria.
Manifesto de Mina
Art. 30. A averbação de cessão de direitos referentes a manifesto de mina somente será
processada mediante escritura pública, aplicando-se, no que couber, as demais
disposições desta Portaria sobre cessão ou transferência total ou parcial de concessão
de lavra.
Legitimidade
Art. 31. É admitida a cessão ou transferência de direitos minerários mediante
representação desde que apresentada procuração pública ou particular com firma
reconhecida contendo poderes específicos para alienação e transferência do direito
minerário.
Responsabilidade do Cedente:
Art. 32. O cedente ou seu representante legal continuará respondendo por todos os
direitos e obrigações decorrentes do requerimento ou do título minerário até que a
cessão ou transferência seja averbada.
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Parágrafo único. Enquanto não averbada a cessão de direitos o cessionário poderá atuar
no processo, em nome do cedente, mediante procuração. 
Distrato
Art. 33. O DNPM somente deixará de processar o pedido de averbação de cessão de
direitos minerários regularmente protocolizado se apresentado distrato assinado pelo
cedente e cessionário firmado mediante instrumento público ou particular com firma
reconhecida ou em havendo ordem judicial.
Parágrafo único. Somente se admite distrato do contrato de cessão de direitos quando
apresentado antes da efetivação da averbação pelo DNPM.
Descumprimento de Cláusulas Contratuais
Art. 34. Não cabe ao DNPM dirimir questões relativas ao descumprimento das cláusulas
pactuadas pelos contratantes – cedente e cessionário, competindo às partes demandar
no foro competente.
Disposições Transitórias
Art. 35. O disposto nesta Portaria aplica-se, no que couber, aos requerimentos de
anuência e averbação de cessão ou transferência de direitos minerários ainda em
andamento.
§ 1º O DNPM deverá formular exigências para adequação dos requerimentos de
anuência prévia e averbação, protocolizados até a data da publicação desta Portaria, aos
novos dispositivos legais.
§ 2º A cobrança dos emolumentos somente é devida nos pedidos protocolizados a partir
de 13 de setembro de 2004, data da vigência da Portaria nº 304, de 8 de setembro de
2004.
Devolução de Emolumentos
Art. 36. Os emolumentos recolhidos para o processamento do pedido de averbação de
cessão ou transferência de direitos minerários não serão devolvidos.
Vigência e Revogações
Art. 37. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 38. Ficam revogadas as Instruções Normativas DNPM nº 2 e nº 3, de 22 de outubro
de 1997, e a Ordem de Serviço nº 1, de 19 de outubro de 1994.
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY

MME - DNPM - PORTARIA Nº 140 DE MAIO DE 2006


- DOU DE 22 DE MAIO DE 2006
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÂO MINERAL - DNPM, no
uso de atribuição que lhe confere o Decreto nº 4.640, de 21 de março de 2003, publicado no
Diário Oficial da União de 24 de março de 2003, resolve:
Art. 1º Fica instituído o sorteio como critério para estabelecer a ordem seqüencial de acesso dos
interessados em apresentar requerimentos de títulos de direitos minerários nos protocolos dos
Distritos do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, no início dos trabalhos do
período matutino.
Art. 2º No ato de início dos trabalhos, diariamente, o servidor do DNPM responsável pelo
protocolo do Distrito verificará a existência de interessados em protocolar requerimentos de
títulos de direitos minerários, abrindo lista para a realização do sorteio.
Parágrafo único Os interessados entregarão ao servidor do Protocolo os requerimentos com toda
a documentação necessária, incluindo a comprovação do pagamento dos emolumentos de cada
pedido e preencherão a lista que conterá o CPF ou CNPJ do interessado, o nome do
representante e sua rubrica e será encerrada com a assinatura do servidor do DNPM, devendo
ser arquivada em pasta própria no protocolo do Distrito.
Art. 3º O servidor do DNPM responsável pelo protocolo do Distrito realizará o sorteio para
definição da ordem seqüencial de protocolização, na presença dos interessados relacionados.
27

Parágrafo Único Uma mesma pessoa física ou jurídica interessada em ingressar com
requerimentos de títulos de direitos minerários só poderá participar de cada sorteio com um
único representante.
Art. 4º. O sorteio será realizado utilizando-se bolas numeradas de 01 (um) a 90 (noventa), às
quais deverão ser conferidas pelos interessados, e dispostas num globo, que será girado pelo
responsável pelo Protocolo, cabendo a cada interessado o direito de sortear uma bola.
Parágrafo Único. Aquele que sortear a bola de maior número entre os interessados será o
primeiro na ordem seqüencial de protocolização e os demais protocolizarão seus requerimentos
obedecendo a ordem decrescente do número sorteado.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor 30 (trinta) dias após sua publicação no Diário Oficial da
União.
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY
MME - DNPM - PORTARIA N° 201 DE 25 DE JULHO
DE 2005 - DOU DE 28 DE JULHO DE 2005
O DIRETOR-GERAL ADJUNTO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO
MINERAL – DNPM, usando da atribuição que lhe confere o Decreto nº 4.640, de 21 de
março de 2003 e considerando o artigo 30, § 1º do Decreto-lei nº 227, de 28 de fevereiro
de 1967, com a redação dada pela Lei nº 9.314, 14 de novembro de 1996, resolve:
Art. 1º Quando ficar caracterizada a impossibilidade temporária da exeqüibilidade técnico-
econômica da lavra, conforme previsto no inciso III, do art. 23 do Código de Mineração, o
DNPM proferirá despacho de sobrestamento da decisão sobre o relatório, por um prazo
de até 3 (três) anos, ficando o interessado obrigado a apresentar novo estudo de
exeqüibilidade técnico-econômica da lavra, no prazo estabelecido para o sobrestamento,
sob pena de arquivamento do relatório.
Art. 2º Fica revogada a Portaria nº 21, de 16 de janeiro de 1997, publicada no DOU de 17
de janeiro de 1997.
Art. 3º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOÃO CÉSAR DE FREITAS PINHEIRO - Diretor-Geral Adjunto

PERMISSÃO DE LAVRA GARIMPEIRA


DECRETO Nº 98.812, DE 9 DE JANEIRO DE 1990, DOU de 10/01/90

Regulamenta a Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989, e dá outras providências.


O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 84, inciso IV,
da Constituição e o art. 24 da Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989, decreta:
Art. 1º - O regime de Permissão de Lavra Garimpeira, instituído pelo art. 1º da Lei nº
7.805, de 18 de julho de 1989, aplica-se ao aproveitamento imediato de jazimento
mineral que, por sua natureza, dimensão, localização e utilização econômica, possa ser
lavrado, independentemente de prévios trabalhos de pesquisa, segundo critérios fixados
pelo Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM.
Art. 2º- A Permissão de Lavra Garimpeira depende de prévio licenciamento concedido
pelo órgão ambiental competente.
Parágrafo Único - Para os fins deste artigo, são competentes:
a) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA,
no caso de Permissão de Lavra Garimpeira que cause impacto ambiental de âmbito
nacional;
b) o órgão definido na legislação estadual, nos demais casos.
Art. 3º - Quando em área urbana, a Permissão de Lavra Garimpeira dependerá, ainda, de
assentimento da autoridade administrativa do Município de situação do jazimento mineral.
28

Art. 4º- A Permissão de Lavra Garimpeira será outorgada, com observância do disposto
no Capítulo VI do Regulamento do Código de Mineração, cabendo ao proprietário do
solo, na forma que a lei estabelecer, a participação nos resultados da lavra.
Art. 5º - Considera-se garimpagem a atividade de aproveitamento de substâncias
minerais garimpáveis, executada em áreas estabelecidas para este fim sob o regime de
Permissão de Lavra Garimpeira.
§ 1º - são considerados minerais garimpáveis:
I - o ouro, o diamante, a cassiterita, a columbita, a tantalita e Wolframita, exclusivamente
nas formas aluvionar, eluvionar e coluvial; e
II - a sheelita, o rutilo, o quartzo, o berilo, a muscovita, o espodumênio a lepidolita, as
demais gemas, o feldspato, a mica e outros, em tipo de ocorrência que vierem a ser
indicados pelo DNPM.
§ 2º - o local em que ocorrer a extração de minerais garimpáveis, na forma deste artigo
será genericamente denominado garimpo.
Art. 6º - A Permissão de Lavra Garimpeira será outorgada pelo Diretor-Geral do DNPM,
de acordo com os procedimentos de habilitação estabelecidos em Portaria.
Art. 7º - A permissão de Lavra Garimpeira será outorgada a brasileiro ou a cooperativa de
garimpeiros autorizadas a funcionar como empresa de mineração, sob as seguintes
condições:
I - A permissão vigorará pelo prazo de até cinco anos, sucessivamente renovável a
critério do DNPM;
II - O título é pessoal e, mediante anuência do DNPM, transmissível a quem satisfaça os
requisitos legais. Quando outorgado à cooperativa de garimpeiros, a transferência
dependerá, ainda, de autorização expressa da respectiva assembléia geral; e
III - a área de permissão não excederá cinqüenta hectares, salvo, excepcionalmente,
quando outorgada à cooperativa de garimpeiros, a critério do DNPM.
Parágrafo Único - Aplicam-se ao Regime de Permissão de Lavra Garimpeira, no que
couber, as disposições dos Capítulos XI e XV do Regulamento do Código de Mineração.
Art 8º - Julgada necessária, pelo DNPM, a realização de trabalhos de pesquisa, o
permissionário será intimado a apresentar projeto de pesquisa, no prazo de noventa dias,
contados da publicação do extrato do ofício de notificação no Diário Oficial da União.
§ 1º - Em caso de inobservância do disposto no "caput" deste artigo, o DNPM cancelará a
permissão ou reduzirá a área.
§ 2º - Atendido o disposto no "caput" deste artigo, o DNPM expedirá o competente Alvará
de Pesquisa, podendo, a requerimento do interessado, a área ser ampliada para o limite
da classe da respectiva substância, desde que a mesma esteja livre.
Art. 9º - O DNPM poderá admitir a Permissão de Lavra Garimpeira em área de manifesto
de mina ou de concessão de lavra, com autorização do titular, quando houver viabilidade
técnica e econômica no aproveitamento por ambos os regimes.
§ 1º- Havendo recusa por parte do titular da concessão ou do manifesto, o DNPM
conceder-lhe-á o prazo de noventa dias, contados da publicação do extrato do ofício de
notificação no Diário Oficial da União, para apresentar projeto de pesquisa para efeito de
futuro aditamento da nova substância ao título original, se for o caso.
§ 2º - Decorrido o prazo de que trata o parágrafo anterior, sem que o titular haja
apresentado projeto de pesquisa, o DNPM poderá conceder a Permissão de Lavra
Garimpeira.
Art. 10 - A critério do DNPM, será admitida a concessão de lavra em área objeto de
Permissão de Lavra Garimpeira, com autorização do titular, quando houver viabilidade
técnica e econômica no aproveitamento por ambos os regimes.
Art. 11 - São deveres do permissionário de lavra garimpeira:
I - Iniciar os trabalhos de extração no prazo de noventa dias, contados da data da
publicação do título no Diário Oficial da União, salvo motivo justificado;
29

II - Extrair somente as substâncias minerais indicadas no título;


III - Comunicar imediatamenle ao DNPM a ocorrência de qualquer outra substância
mineral não incluída no titulo, sobre a qual, no caso de substância e jazimentos
garimpáveis, o titular terá direito de aditamento ao título de permissão;
IV - Executar os trabalhos de mineração com observância das normas técnicas e
regulamentares baixadas pelo DNPM e pelo órgão ambiental competente;
V - Evitar o extravio das águas servidas, drenar e tratar as que possam ocasionar danos
a terceiros;
VI - Diligenciar no sentido de compatibilizar os trabalhos de lavra com a proteção do meio
ambiente;
VII - Adotar as providências exigidas pelo Poder Público;
VIII - Não suspender os trabalhos de extração por prazo superior a cento e vinte dias,
salvo motivo justificado;
IX - Apresentar ao DNPM, até o dia 15 de março de cada ano, informações quantitativas
da produção e da comercialização relativas ao ano anterior; e
X - Responder pelos danos causados a terceiros, resultantes, direta e indiretamente dos
trabalhos de lavra.
§ 1º - O não cumprimento das obrigações constantes deste artigo sujeita o infrator às
sanções de advertência ou multa, previstas nos incisos I e II do art 63, do Decreto-Lei nº
227, de 28 de fevereiro de 1967, e de cancelamenlo da permissão.
§ 2º - A multa inicial variará de dez a duzentas vezes o Maior Valor de Referência - MVR,
estabelecido de acordo com o disposto no art. 2º da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975,
devendo as hipóteses e os respectivos valores serem definidos em portaria do Diretor-
Geral do DNPM.
§ 3º - Na apuração das infrações de que trata este artigo aplicar-se-ão no que couber, as
disposições do art. 101 do Regulamento do Código de Mineração, aprovado pelo Decreto
nº 62.934, de 2 de julho de 1968.
§ 4º- O disposto no º 1º deste artigo não exclui a aplicação das sanções estabelecidas na
legislação ambiental.
Art.12 - O DNPM eslabelecerá, mediante portaria, as áreas de garimpagem, levando em
consideração a ocorrência do bem mineral garimpável, o interesse do setor mineral e as
razões de ordem social e ambiental.
§ 1º - A criação ou ampliação de áreas de garimpagem fica condicionada à prévia licença
do IBAMA, à vista de Estudo de lmpacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de
lmpacto Ambiental - RIMA, de acordo com a legislação específica.
§ 2º - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental, o IBAMA fixará as
diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da
área forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e análise dos
estudos.
Art. 13 - Observadas as peculiaridades de determinadas áreas de garimpagem, o DNPM
poderá constituir comissão, em âmbito federal, estadual ou municipal, com participação
de representantes dos permissionários de lavra garimpeira, para exercer o controle e a
orientação técnica das atividades de mineração, dentro da área.
Art.14 - A área de garimpagem poderá ser desconstituída por portaria do Diretor-Geral do
DNPM quando:
I - Comprometer a segurança ou a saúde dos garimpeiros ou terceiros;
II - Estiver causando dano ao meio ambiente;
III - Ficar evidenciado malbaratamenlo da riqueza mineral; e
IV - Comprometer a ordem pública.
Art.15 - A área de garimpagem poderá ser reduzida sempre que o número de garimpeiros
não justificar o bloqueio da área originalmente reservada para essa atividade.
30

Art. 16 - O titular da Permissão de Lavra Garimpeira, de Autorização de Pesquisa, de


Concessão de Lavra, de Licença Registrada ou de Manifesto de Mina responde pelos
danos ao meio ambiente.
Art.17 - A Permissão de Lavra Garimpeira de que trata este Decreto:
I - Não se aplica a terras indígenas; e
II - Quando na faixa de fronteira, além do disposto neste Decreto, fica ainda sujeita aos
critérios e condições que venham a ser estabelecidos, nos termos do inciso III do § 1º do
art. 91 da Constituição Federal.
Art.18 - O aproveitamento de bens minerais, pelo regime de concessão de lavra ou pelo
regime de licenciamento, depende de licenciamento do órgão ambiental competente (art.
2º, parágrafo único).
Art. 19 - A realização de trabalhos de pesquisa e lavra em áreas de conservação
dependerá de prévia autorização do órgão ambiental que as administra.
Art. 20 - Os trabalhos de pesquisa ou lavra que causarem danos ao meio ambiente são
passíveis de suspensão pelo órgão ambiental competente, conforme disposto na
legislação específica.
Parágrafo Único - A suspensão de trabalhos de lavra será comunicada previamente, ao
DNPM, que adotará as providências necessárias no sentido de que o titular mantenha a
área e as instalações em bom estado, de modo a permitir a retomada das operações.
Art. 21 - O beneficiamento de minérios em lagos, rios e quaisquer correntes de água
somente poderá ser realizado de acordo com solução técnica aprovada pelo DNPM e
pelo órgão ambiental competente.
Art. 22 - A realização de trabalhos de extração de substâncias minerais sem a
competente concessão, permissão ou licença, constitui crime, sujeito a pena de reclusão
de três meses a três anos e multa.
§ 1º- Constatada, "ex officio" ou por denúncia, a situação prevista neste artigo, o DNPM
comunicará o fato ao Departamento de Polícia Federal - DPF, para a instauração do
competente inquérito e demais providências cabíveis.
§ 2º - Sem prejuízo da ação penal e da multa cabível, a extração mineral realizada sem a
competente concessão, permissão ou licença acarretará a apreensão do produto mineral,
das máquinas, veículos e equipamentos utilizados, os quais, após transitada em julgado
a sentença que condenar o infrator, serão vendidos em hasta pública e o produto da
venda recolhido à conta do Fundo Nacional de Mineração, instituído pela Lei nº 4.425 de
8 de outubro de 1964.
Art. 23 - Nas áreas estabelecidas para garimpagem os trabalhos deverão ser realizados
preferencialmente em forma associativa, com prioridade para as cooperativas de
garimpeiros.
§ 1º - O DNPM, no prazo de sessenta dias, após o recebimento do requerimento de
Permissão de Lavra Garimpeira, verificando que a área se encontra livre, publicará no
Diário Oficial o respectivo memorial descritivo e abrirá prazo de sessenta dias para
eventual contestação por parte de cooperativa de garimpeiros, que esteja extraindo
minerais garimpáveis na área, para fins de exercício do direito de prioridade.
§ 2º- A contestação deverá ser protocolizada no DNPM e conter elementos de prova de
atuação na área.
§ 3º- Decorrido, sem contestação, o prazo referido no º 1º deste artigo, o DNPM dará
seguimento ao processo de outorga do título de permissão de lavra garimpeira.
§ 4º- Caso haja contestação, o DNPM procederá vistoria na área requerida, no prazo de
sessenta dias para identificação e colheita de provas.
§ 5º - Constatada a atuação de cooperativa de garimpeiros na área requerida, o DNPM
concederá à interessada o prazo de sessenta dias para exercer o direito de prioridade.
§ 6º - A não apresentação pela cooperativa de garimpeiros do requerimento de
permissão de lavra garimpeira, no prazo estabelecido no parágrafo anterior, configura,
31

para todos as efeitos legais, renúncia ao direito de prioridade, devendo o DNPM dar
prosseguimento ao processo de requerimento considerado prioritário.
Art. 24 - Fica assegurada às cooperativas de garimpeiros prioridade para obtenção de
autorização de pesquisa ou concessão de lavra nas áreas onde estejam atuando, desde
que a ocupação tenha ocorrido:
I - Em áreas livres, nos termos do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967;
II - Em áreas requeridas com prioridade, anteriormente à vigência da Lei nº 7.805, de 18
de julho de 1989.
III - Em áreas onde sejam titulares de Permissão de Lavra Garimpeira.
§ 1º - A cooperativa de garimpeiros terá o prazo de cento e oitenta dias, a partir da
publicação deste Decreto, para exercer o direito de prioridade de que tratam os incisos I
e II deste artigo, mediante protocolização do competente requerimento.
§ 2º- A cooperativa, quando necessário, fará prova do exercício anterior da garimpagem
na área, pelos seus associados e, se for o caso, da implantação da infra-estrutura
existente na área.
§ 3º - A cooperativa de garimpeiros, que se enquadre no disposto do artigo anterior,
poderá optar pelo título de Permissão de Lavra Garimpeira, cabendo ao DNPM decidir
sobre a pretensão.
Art. 25 - Observado o disposto nos arts. 23 e 24, aplica-se para atribuição da prioridade
na obtenção da Permissão de Lavra Garimpeira, a alínea "a" do art. 11 do Decreto-Lei nº
227, de 28 de fevereiro de 1967.
Art. 26 - A cooperativa de garimpeiros titular de Permissão de Lavra Garimpeira fica
obrigada a:
I - Promover a organização das atividades de extração e o cumprimento das normas
referentes à segurança do trabalho e à proteção ao meio ambiente;
II - Não admitir em seu quadro social pessoas associadas a outra cooperativa com o
mesmo objetivo;
Ill - Fazer constar, em seu estatuto, que entre os seus objetivos figura a atividade
garimpeira;
lV - Fornecer aos seus associados certificados relativos a suas atividades na área de
permissão.
V - Apresentar anualmente ao DNPM lista nominal dos associados com as alterações
ocorridas no período;
VI - Não permitir que pessoas estranhas ao quadro social exerçam a atividade de
garimpagem na área titulada; e
Vll - Estabelecer no estatuto que a atuação da cooperativa se restringirá à objeto da
permissão.
Art. 27 - Haverá, no DNPM, além dos livros previstos no art. 119 do Regulamento do
Código de Mineração, o Livro I, de "Registro das Permissões de Lavra Garimpeira", para
transcrições das respectivas permissões.
Art. 28 - O Diretor-Geral do DNPM deverá publicar:
I - No prazo de trinta dias, portaria regulando procedimentos para habilitação à
Permissão de Lavra Garimpeira (art 6º);
II - No prazo de cento e vinte dias, portaria estabelecendo procedimentos e critérios a
serem observados nos projetos de pesquisa (art. 8º); e
III - No prazo de cento e vinte dias, portaria contendo instruções para aplicação do
disposto no art. 10.
Art. 29 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 30 - Revogam-se as disposições em contrário.
JOSÉ SARNEY

CESSÃO DE DIREITO MINERÁRIO


32

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO


MINERAL - PORTARIA Nº 199 , DE  14  DE  JULHO  DE  2006 - DOU DE 17 DE JULHO
DE 2006
Estabelece a forma e os documentos necessários para concessão de anuência prévia e
averbação de contratos de cessão e transferência de direitos minerários.
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL-
DNPM, usando da atribuição que lhe confere o art. 17, XI, do Regimento Interno
aprovado pela Portaria Ministerial nº 385, de 13 de agosto de 2003, e tendo em vista o
disposto no § 3º do art. 176 da Constituição da República, no inciso I do art. 22, no § 1º
do art. 55 e no art. 56, todos do Código de Mineração, e no inciso II do art. 5º da Lei nº
7.805, de 18 de julho de 1989,

RESOLVE:
Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre a forma, os documentos e análise de pedido de
concessão de anuência prévia e averbação de cessão e transferência, total ou parcial, de
direitos minerários.
CAPÍTULO I - DA FORMA DO REQUERIMENTO DE ANUÊNCIA E AVERBAÇÃO
 E DOS DOCUMENTOS ESSENCIAIS
Seção I - Da forma do Requerimento de Averbação de Cessão de Direitos Minerários
Art. 2º  A anuência e averbação de cessão total ou parcial de direitos de alvará de
pesquisa, registro de licença e permissão de lavra garimpeira será pleiteada em
requerimento dirigido ao Diretor-Geral, assinado somente pelo cedente ou em conjunto
com o cessionário e entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o
processo cujo direito minerário é objeto do contrato, juntamente com os documentos
específicos de que tratam os arts. 11 a 16 desta Portaria.
Parágrafo único. Não será admitido cessão ou transferência, parcial ou total, de
requerimento de pesquisa, registro de licença e permissão de lavra garimpeira.
Art. 3º A anuência e averbação de cessão total ou parcial do requerimento de lavra, do
direito de requerer a lavra e do título de concessão de lavra serão pleiteadas em
requerimento assinado conjuntamente pelo cedente e cessionário, dirigido ao Ministro de
Minas e Energia e entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o
processo cujo requerimento ou título é objeto do contrato, juntamente com os
documentos específicos de que tratam os arts. 4º a 10 desta Portaria.
Seção II - Dos Documentos para Instrução do Pedido de Averbação de Cessão do Direito
de Requerer a Lavra, do Requerimento e do Título de Concessão de Lavra
Da Cessão do Direito de Requerer e do Requerimento de Lavra
Art. 4º  O pedido de averbação de cessão total dos direitos de requerer a lavra, na
hipótese de requerimento de lavra ainda não protocolizado, deverá ser apresentado na
forma do art. 3º desta Portaria e ser instruído com os seguintes documentos:
I – original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão total dos direitos de requerer a lavra;
II – em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
III - certidão de registro do cessionário na Junta Comercial; e
IV - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Art. 5º O pedido de averbação de cessão parcial dos direitos de requerer a lavra, na
hipótese de requerimento de lavra ainda não protocolizado, deverá ser apresentado na
forma do art. 3º desta Portaria e ser instruído com os seguintes documentos:
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I - para juntada no processo de origem:


a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos de requerer a lavra;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade do fracionamento
(desmembramento) pleiteado, levando em consideração os requisitos estabelecidos no
caput do art. 56 do Código de Mineração;
d) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área remanescente,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART; e
e) redimensionamento das reservas minerais.
II - para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos de requerer a lavra;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade do fracionamento
(desmembramento) pleiteado, levando em consideração os requisitos estabelecidos no
caput do art. 56 do Código de Mineração;
d) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área desmembrada,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART;
e) certidão de registro do cessionário na Junta Comercial; e
f) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Art. 6º - Em nenhuma hipótese o prazo legal de 1 (um) ano para requerer a concessão de
lavra será suspenso ou interrompido em face da protocolização de pedido de averbação
de cessão total ou parcial de direitos referentes ao direito de requerer a lavra.
Art. 7º - O pedido de averbação de cessão total do requerimento de lavra (requerimento
já protocolizado) deverá ser apresentado na forma do art. 3º e ser instruído com todos os
documentos de que tratam os incisos I a V do art. 9º desta Portaria, observado o
parágrafo único do mesmo artigo.
Art. 8º - O pedido de averbação de cessão parcial do requerimento de lavra
(requerimento já protocolizado) deverá ser apresentado na forma do art. 3º e ser instruído
com todos os documentos de que tratam os incisos I e II do art. 10 desta Portaria,
observado o parágrafo único do mesmo artigo.
Da Cessão Total da Concessão de Lavra
Art. 9º - O pedido de averbação de cessão total dos direitos do título de concessão de
lavra deverá ser apresentado na forma do art. 3º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I - original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão total dos direitos do título de concessão de lavra;
II - em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
III - certidão de registro na Junta Comercial referente ao cessionário;
34

IV - prova de disponibilidade de fundos ou da existência de compromisso de


financiamento necessário para a execução do plano de aproveitamento econômico e
operação da mina em nome do cessionário; e
V - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Da Cessão Parcial da Concessão de Lavra
Art. 10. O pedido de averbação de cessão parcial dos direitos do título de concessão de
lavra deverá ser apresentado na forma do art. 3º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I - para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida,  da cessão parcial dos direitos do título de concessão de lavra;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade do fracionamento
(desmembramento) pleiteado, levando em consideração os requisitos estabelecidos no
caput do art. 56 do Código de Mineração;
d) novo plano de aproveitamento econômico, assinado por profissional legalmente
habilitado, acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica - ART;
e) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área remanescente,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART; e
f) redimensionamento das reservas minerais.
II - para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos do título de concessão de lavra;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) certidão de registro na Junta Comercial referente ao cessionário;
d) justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade do fracionamento
(desmembramento) pleiteado, levando em consideração os requisitos estabelecidos no
caput do art. 56 do Código de Mineração;
e) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área desmembrada,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART;
f) demais elementos de instrução referidos no art. 38 do Código de Mineração;
g) quantificação das reservas minerais; e
h) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
§1º - Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário deverá atender
as exigências previstas na legislação específica.
§ 2º - É admitido o desmembramento da concessão de lavra em duas ou mais
concessões distintas, a juízo do Departamento Nacional de Produção Mineral, utilizando-
se a fixação do limite da mina em profundidade por superfície horizontal, desde que o
fracionamento não venha a comprometer o seu racional aproveitamento, observados os
seguintes requisitos:
I - o desmembramento de que trata este parágrafo será pleiteado em requerimento
dirigido ao Ministro de Estado de Minas e Energia, assinado pelo cedente e
35

cessionário(s) e entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o processo


cujo título é objeto do desmembramento;
II - o requerimento deverá ser instruído com os documentos de que tratam as alíneas “a”
a “f” do inciso I deste artigo, para juntada ao processo do cedente, e dos documentos
determinados nas alíneas “a” a “h” do inciso II e § 1º deste artigo, para formação do(s)
novo(s) processo(s), ressalvando-se que deverá, ainda, ser informado, em sendo o caso,
juntamente com o memorial descritivo e a planta de situação da(s) área(s)
remanescente(s), a(s) cota(s) do(s) limite(s) em profundidade.
Seção III - Dos Documentos para Instrução do Pedido de Averbação de Cessão dos
Direitos do Título de Autorização de Pesquisa
Da Cessão Total do Alvará de Pesquisa
Art. 11. O pedido de averbação de cessão total dos direitos de alvará de pesquisa deverá
ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com os seguintes
documentos:
I - original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida,  da cessão total dos direitos da autorização de pesquisa;
II - em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
III - todos os elementos de instrução constantes do inciso I do art.16 do Código de
Mineração, a serem apresentados pelo cessionário; e
IV - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário
deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Da Cessão Parcial do Alvará de Pesquisa
Art. 12. O pedido de averbação de cessão parcial dos direitos de alvará de pesquisa
deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I - para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida,  da cessão parcial dos direitos da autorização de pesquisa;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes da área remanescente,
assinados por profissional legalmente habilitado e acompanhados da respectiva anotação
de responsabilidade técnica - ART; e
d) novo plano dos trabalhos de pesquisa, assinado por profissional legalmente habilitado
acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica - ART.
II - para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos de autorização de pesquisa;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) requerimento de autorização de pesquisa por meio de pré-requerimento eletrônico,
contendo todos os elementos de instrução exigidos pelo artigo 16 do Código de
Mineração referentes ao cessionário e à área cedida; e
d) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
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Parágrafo único. Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário


deverá atender as exigências previstas na legislação específica.
Seção IV - Dos Documentos para Instrução do Pedido de Averbação de Cessão dos
Direitos do Título de Registro de Licença
Da Cessão Total do Registro de Licença
Art. 13. O requerimento de averbação de cessão total dos direitos do registro de licença
deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
I - original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão total dos direitos do registro de licença;
II - em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
III - nova licença expedida por autoridade administrativa do município de situação da
jazida em nome do cessionário;
IV - indicação do nome do cessionário, estado civil, profissão, domicílio, CPF e endereço
do interessado para correspondência e comprovação da nacionalidade brasileira em se
tratando o cessionário de pessoa física; ou, tratando-se de pessoa jurídica, indicação da
denominação ou razão social, sede, endereço e comprovação do número de registro da
sociedade no Órgão de Registro do Comércio de sua sede e no Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica - CNPJ;
V - declaração de ser o cessionário proprietário do solo na sua totalidade ou instrumento
de autorização do(s) proprietário(s) para lavrar a substância mineral indicada no
requerimento em sua propriedade, excetuando-se as áreas em leito de rio; e
VI - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Da Cessão Parcial do Registro de Licença
Art. 14. O requerimento de averbação de cessão parcial dos direitos do registro de
licença deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com os
seguintes documentos:
- para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos do registro de licença; b) em se tratando o
cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da Junta Comercial
competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s) do instrumento de
cessão;
c) memorial descritivo e planta de situação e de detalhes da área remanescente;
d) nova licença expedida por autoridade administrativa do município de situação da
jazida; e
e) nova autorização do proprietário do solo, quando for o caso.
II - para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos do registro de licença;
b) em se tratando o cedente de pessoa jurídica, comprovação mediante declaração da
Junta Comercial competente dos poderes de representação do(s) sócio(s) signatário(s)
do instrumento de cessão;
c) pré-requerimento eletrônico de registro de licença com todos os documentos
constantes no art. 1º da Instrução Normativa DNPM nº 1, de 21 de fevereiro de 2001,
referentes ao cessionário e à área cedida; e
d) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
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§ 1º A critério do DNPM será solicitado ao cedente e/ou cessionário que apresente(m)


justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade da cessão parcial dos direitos do
registro de licença.
§ 2º Não apresentada ou não acatada a justificativa técnico-econômica a que se refere o
parágrafo anterior, quando solicitada, o pedido de anuência prévia e averbação da
cessão parcial de direitos será indeferido. 
Seção V - Dos Documentos para Instrução do Pedido de Averbação de Cessão dos
Direitos do Titulo de Permissão de Lavra Garimpeira
Da Cessão Total da Permissão de Lavra Garimpeira
Art. 15. O pedido de averbação de cessão total dos direitos da permissão de lavra
garimpeira deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído com
os seguintes documentos:
I - original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão total dos direitos da permissão de lavra garimpeira;
II - em se tratando o cessionário de pessoa física, indicação do endereço, prova da
nacionalidade brasileira e do número de inscrição no CPF;
III - em se tratando o cessionário de cooperativa de garimpeiros ou firma individual,
indicação da razão social e endereço, comprovação do número do registro de seus atos
constitutivos no Órgão de Registro do Comércio de sua sede, número de inscrição no
CNPJ e cópia dos estatutos ou contrato social e suas alterações registradas no
Departamento Nacional de Registro de Comércio, ou, ainda, declaração de firma
individual;
IV - autorização expressa da Assembléia Geral em se tratando, o cedente, de cooperativa
de garimpeiros;
V - assentimento da autoridade administrativa local, quando a área estiver situada dentro
de perímetro urbano, em nome do cessionário; e
VI - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
§ 1º Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário deverá atender
as exigências previstas na legislação específica.
§ 2º Deverá ser observado o limite máximo a que ficará adstrita a área do cessionário,
conforme estatuído no inciso III do art. 5º da Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989, e art.
4º, VI, da Portaria DNPM nº 178, de 12 de abril de 2004, em se tratando o requerente de
pessoa física ou cooperativa de garimpeiros, respectivamente.
Da Cessão Parcial da Permissão de Lavra Garimpeira
Art. 16. O requerimento de averbação de cessão parcial dos direitos da permissão de
lavra garimpeira deverá ser apresentado na forma do art. 2º desta Portaria e ser instruído
com os seguintes documentos:
I - para juntada no processo de origem:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida, da cessão parcial dos direitos da permissão de lavra garimpeira;
b) autorização expressa da Assembléia Geral quando a cedente for cooperativa de
garimpeiros;
c) planta de situação da área remanescente.
II - para fins de formação de novo processo:
a) original ou cópia autenticada de escritura pública ou instrumento particular com firma
reconhecida,  da cessão parcial dos direitos da permissão de lavra garimpeira;
b) requerimento de permissão de lavra garimpeira através de formulários próprios,
contendo todos os documentos fixados no art. 2º da Portaria DNPM nº 178, de 2004,
referentes ao cessionário e à área cedida; e
c) prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da cessão de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
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§ 1º Localizando-se a área requerida em faixa de fronteira, o cessionário deverá atender


as exigências previstas na legislação específica.
§ 2º  A critério do DNPM será solicitado ao cedente e/ou cessionário que apresente(m)
justificativa técnico-econômica sobre a viabilidade da cessão parcial dos direitos da
permissão de lavra garimpeira.
§ 3º Não apresentada ou não acatada a justificativa técnico-econômica a que se refere o
parágrafo anterior, quando solicitada, o pedido de anuência prévia e averbação da
cessão parcial de direitos será indeferido.
§ 4º Deverá ser observado o limite máximo a que ficará adstrita a área do cessionário,
conforme estatuído no inciso III do art. 5º da Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989, e art.
4º, VI, da Portaria DNPM nº 178, de 2004, em se tratando o requerente de pessoa física
ou cooperativa de garimpeiros, respectivamente.
Seção VI - Da Forma e dos Documentos do Pedido de Averbação de Transferência de
Direitos Minerários em face de Incorporação, Fusão, Cisão, Falência e Sucessão Causa
Mortis
Art. 17. A averbação de transferência de direitos minerários em face de incorporação,
fusão ou cisão será pleiteada em requerimento entregue no protocolo da Sede ou no
Distrito do DNPM, dirigido ao Diretor-Geral, assinado pelo novo interessado em conjunto
com o titular do direito e instruído com os seguintes documentos:
I - atos constitutivos, alteração contratual ou ata de assembléia extraordinária arquivados
na junta comercial;
II - cópia do cartão de CNPJ;
III - prova de disponibilidade de fundos ou da existência de compromisso de
financiamento necessário para a execução do plano de aproveitamento econômico e
operação da mina em nome do beneficiário quando se tratar de concessão de lavra;
IV - protocolo de incorporação, fusão ou cisão; e
V - prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao processamento da averbação
da transferência de direitos fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Art. 18. A transferência de direitos minerários em face de sucessão causa mortis será
pleiteada em requerimento entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o
direito objeto do pedido e deverá ser instruído com o formal de partilha ou alvará judicial
autorizativo da alienação dos direitos minerários e com prova de recolhimento dos
emolumentos referentes ao processamento da averbação da transferência de direitos
fixados em Portaria do Diretor-Geral do DNPM.
Art. 19. A transferência de direitos minerários em face de falência do titular será pleiteada
em requerimento entregue no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o direito
objeto do pedido e deverá ser instruído com alvará judicial autorizativo da alienação dos
direitos minerários e com prova de recolhimento dos emolumentos referentes ao
processamento da averbação da transferência de direitos fixados em Portaria do Diretor-
Geral do DNPM.
Art. 20. O requerimento de averbação de transferência de direitos minerários em face de
incorporação, fusão, cisão, falência ou causa mortis do titular será processado na Sede
do DNPM, competindo à Diretoria de Outorga e Cadastro Mineiro-DICAM a sua análise e
averbação.
CAPÍTULO II - DA ANÁLISE, ANUÊNCIA E AVERBAÇÃO DE CESSÃO - E
TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS MINERÁRIOS
Prioridade na Análise
Art. 21. Uma vez protocolizado pedido de anuência e averbação de cessão ou
transferência de direitos minerários, o respectivo requerimento terá prioridade quanto aos
demais atos do processo com o imediato encaminhamento dos autos ao setor
competente para análise do requerimento, anteriormente à análise de qualquer outro
39

expediente posteriormente protocolizado nos mesmos autos, desde que não se refira ao
pedido de averbação a ser analisado.
Parágrafo único. Excepcionalmente, se à época da anuência prévia e averbação da
cessão de alvará de pesquisa o prazo do título estiver vencido, o DNPM somente
procederá à análise da averbação após a decisão de que trata o art. 30 do Código de
Mineração.
Pluralidade de Cessões
Art. 22. Em havendo pluralidade de cessões de direitos, para a averbação deverá ser
observada a ordem de protocolização dos respectivos instrumentos no DNPM.
Exigências
Art. 23. O DNPM poderá formular exigências para que o cedente e/ou cessionário ou
beneficiário adeqüe o pedido de averbação aos termos desta Portaria, ou ainda quando
necessárias à melhor instrução do pedido de averbação, fixando, para seu atendimento,
prazo de 30 (trinta) dias contados do recebimento do A.R do ofício correspondente,
prorrogável a critério do DNPM em havendo pedido expresso do interessado.
Deferimento
Art. 24. A anuência prévia e a autorização da averbação de cessão ou transferência, total
ou parcial, de direitos minerários será objeto de despacho do Diretor-Geral do DNPM, a
ser publicado no órgão oficial.
Indeferimento e Recurso
Art. 25. A anuência prévia e averbação de cessão ou transferência de direitos minerários
serão negadas pelo Diretor-Geral, através de decisão devidamente fundamentada,
quando, dentre outros:
I - se tratar de cessão ou transferência, parcial ou total, de direitos referentes a
requerimentos de alvará de pesquisa, de registro de licença e de permissão de lavra
garimpeira, ainda que a averbação seja requerida após a outorga do título;
II - o requerimento não estiver devidamente instruído com os documentos de que trata o
Capítulo I, após a formulação de exigência;
III - a justificativa técnico-econômica para a cessão parcial do registro de licença e da
permissão de lavra garimpeira, quando solicitada, e da concessão de lavra não for
acolhida;
IV - houver erro na indicação das poligonais da área;
V - se tratar de contrato de cessão ou transferência de direitos cuja área cedida esteja
fora, total ou parcialmente, da área titulada;
VI - o cessionário não preencher os requisitos legais; ou
VII - o interesse público assim o exigir.
Parágrafo único. Da decisão que negar anuência prévia na forma deste artigo caberá
pedido de reconsideração no prazo de 10 (dez) dias contados de sua publicação.
Grupamento Mineiro
Art. 26. Em se tratando de cessão ou transferência total ou parcial de direitos relativos a
títulos pertencentes a grupamento mineiro, o pedido será processado nos termos dos
Capítulos I e II desta Portaria, considerando o direito cedido ou transferido,
individualmente, não se procedendo à desconstituição do grupamento mineiro para
processamento do pedido de averbação.
Art. 27. Após a averbação da cessão ou transferência de que trata o artigo anterior, será
anotada à margem do Grupamento Mineiro a retificação dos títulos que o compõe, ou a
sua nova composição.
CAPÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Licença ambiental
Art. 28. A efetiva extração de substâncias minerais pelo novo titular, após a anuência
prévia e averbação da cessão ou transferência de direitos minerários pelo DNPM, é
40

condicionada à licença ambiental competente, expedida em seu nome, sob pena de ficar
incurso no crime tipificado no art. 55 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
Inadimplemento de Taxa Anual e de Vistoria
Art. 29. A anuência prévia e averbação de cessão ou transferência total ou parcial de
direitos minerários dependem do adimplemento da taxa anual por hectare prevista no
inciso II do art. 20 do Código de Mineração, conforme o caso, e do adimplemento de
eventual taxa de vistoria.
Manifesto de Mina
Art. 30. A averbação de cessão de direitos referentes a manifesto de mina somente será
processada mediante escritura pública, aplicando-se, no que couber, as demais
disposições desta Portaria sobre cessão ou transferência total ou parcial de concessão
de lavra.
Legitimidade
Art. 31. É admitida a cessão ou transferência de direitos minerários mediante
representação desde que apresentada procuração pública ou particular com firma
reconhecida contendo poderes específicos para alienação e transferência do direito
minerário.
Responsabilidade do Cedente
Art. 32. O cedente ou seu representante legal continuará respondendo por todos os
direitos e obrigações decorrentes do requerimento ou do título minerário até que a
cessão ou transferência seja averbada.
Parágrafo único. Enquanto não averbada a cessão de direitos o cessionário poderá atuar
no processo, em nome do cedente, mediante procuração.
Distrato
Art. 33. O DNPM somente deixará de processar o pedido de averbação de cessão de
direitos minerários regularmente protocolizado se apresentado distrato assinado pelo
cedente e cessionário firmado mediante instrumento público ou particular com firma
reconhecida ou em havendo ordem judicial.
Parágrafo único. Somente se admite distrato do contrato de cessão de direitos quando
apresentado antes da efetivação da averbação pelo DNPM.
Descumprimento de Cláusulas Contratuais
Art. 34. Não cabe ao DNPM dirimir questões relativas ao descumprimento das cláusulas
pactuadas pelos contratantes - cedente e cessionário, competindo às partes demandar
no foro competente.
Disposições Transitórias
Art. 35. O disposto nesta Portaria aplica-se, no que couber, aos requerimentos de
anuência e averbação de cessão ou transferência de direitos minerários ainda em
andamento.
§ 1º O DNPM deverá formular exigências para adequação dos requerimentos de
anuência prévia e averbação, protocolizados até a data da publicação desta Portaria, aos
novos dispositivos legais.
§ 2º A cobrança dos emolumentos somente é devida nos pedidos protocolizados a partir
de 13 de setembro de 2004, data da vigência da Portaria nº 304, de 8 de setembro de
2004.
Devolução de Emolumentos
Art. 36. Os emolumentos recolhidos para o processamento do pedido de averbação de
cessão ou transferência de direitos minerários não serão devolvidos.
Vigência e Revogações
Art. 37. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 38. Ficam revogadas as Instruções Normativas DNPM nº 2 e nº 3, de 22 de outubro
de 1997, e a Ordem de Serviço nº 1, de 19 de outubro de 1994.
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY
41

PEDIDO DE GUIA DE UTILIZAÇÃO


MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO
MINERAL - PORTARIA Nº 367, 27 DE AGOSTO DE 2003 - DOU DE 04 DE SETEMBRO
DE 2003
Dispõe sobre a regulamentação do art. 22, § 2o do Código de Mineração, que trata da
extração de substâncias minerais antes da outorga de concessão de lavra.
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL -
DNPM, usando da atribuição que lhe confere o Decreto nº 4.640, de 21 de março de
2003 e considerando o disposto no § 2o, do art. 22, do Decreto-lei no 227, de 28 de
fevereiro de 1967 (Código de Mineração), com a redação dada pela Lei no 9.314, de 14
de novembro de 1996, resolve:
Art.1o - Denominar-se-á Guia de Utilização o documento que admitir, em caráter de
excepcionalidade, a extração de substâncias minerais em área titulada, antes da outorga
da concessão de lavra, fundamentado em critérios técnicos, mediante prévia autorização
do Diretor-Geral do DNPM, até as máximas quantidades fixadas na tabela anexa.
§ 1o - Para outras substâncias não relacionadas na tabela anexa, só poderá ser
concedida Guia de Utilização por ato privativo do Diretor-Geral do DNPM.
§ 2o - Para efeito de concessão de Guia de Utilização serão consideradas como
excepcionais as seguintes situações:
I - aferição da viabilidade técnico-econômica da lavra da substância mineral no mercado
nacional e/ou internacional;
II - a extração de substâncias minerais para análise e ensaios industriais antes da
outorga da concessão de lavra;
III - a comercialização de substâncias minerais face à necessidade de fornecimento
continuado da substância visando garantia de mercado, bem como para custear até 50%
da pesquisa.
Art. 2o - A Guia de Utilização será pleiteada pelo titular do direito minerário, em
requerimento dirigido ao Diretor-Geral do DNPM a ser protocolizado no Distrito do DNPM,
em cuja circunscrição está localizada a área objeto do processo administrativo do qual se
originou o Alvará de Pesquisa, devendo conter os seguintes
elementos de informação e prova:
I - justificativa técnica e econômica, elaborada por profissional legalmente habilitado,
descrevendo, no mínimo, as operações de decapeamento, desmonte, carregamento,
transporte, beneficiamento, se for o caso, sistema de disposição de materiais e as
medidas de controle ambiental, reabilitação da área minerada e as de proteção a
segurança e a saúde do trabalhador;
II - comprovação do pagamento da taxa anual por hectare, se vencido o prazo para
recolhimento, quando for referente ao primeiro ano do alvará. Nos demais anos, a
comprovação deverá ser feita no ato do pedido.
III - efetivação do acordo amigável ou judicial com o proprietário do solo;
IV - indicação da quantidade de minério a ser extraída.
Art. 3o - Fica o titular do direito minerário, quando da concessão da guia de utilização,
sujeito às obrigações previstas nos incisos V a XI, XIII, XV e XVI do art. 47 do Código de
Mineração, nestes termos:
Página 1 de 6 DNPM - Portaria do Diretor Geral 07/08/2006 http://www.dnpm.gov.br/
assets/legislacao/Portaria367.htm
I.executar os trabalhos de mineração com observância das normas regulamentares;
42

II.confiar, obrigatoriamente, a direção dos trabalhos de lavra a técnico legalmente


habilitado ao exercício da profissão;
III.não dificultar ou impossibilitar, por lavra ambiciosa, o aproveitamento ulterior da jazida;
IV.responder pelos danos e prejuízos a terceiros, que resultarem, direta ou indiretamente,
da lavra;
V.promover a segurança e a salubridade das habitações existentes no local;
VI.evitar o extravio das águas e drenar as que possam ocasionar danos e prejuízos aos
vizinhos;
VII.evitar poluição do ar ou da água, que possa resultar dos trabalhos de mineração;
VIII.tomar as providências indicadas pela Fiscalização dos órgãos Federais;
IX.manter a mina em bom estado, no caso de suspensão temporária dos trabalhos de
lavra, de modo a permitir a retomada das operações;
X. apresentar ao Chefe do Distrito do DNPM, em cuja circunscrição está localizada a área
objeto da guia de utilização, relatório das atividades realizadas até 90 (noventa) dias do
vencimento do prazo de sua validade.
Art. 4o - A Guia de Utilização será expedida para a extração de substâncias minerais
relacionadas no art. 1 o desta Portaria, em área objeto de direito minerário outorgado,
conforme modelo anexo, e terá prazo de validade de até um ano, contado a partir da data
de expedição da licença ambiental, podendo ser autorizada a emissão de uma segunda
guia, desde que o titular:
I - devolva o original da guia anteriormente emitida devidamente preenchida, no prazo
máximo de 90 (noventa) dias, a partir de seu vencimento;
II - comprove o recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais - CFEM, referente a quantidade de minério extraído;
III - comprove o pagamento da taxa anual por hectare;
§ 2o - Na hipótese da licença ambiental ser expedida por prazo inferior ao fixado na guia
de utilização, o DNPM deverá retificar o respectivo prazo de validade.
§ 3o - Poderão ser concedidas duas Guias de Utilização por direito minerário com prazo
de validade de até um ano para cada uma.
§ 4o - Uma terceira guia de utilização poderá ser fornecida pelo mesmo prazo fixado no
parágrafo anterior, após privativa autorização do Diretor-Geral, desde que,
comprovadamente o DNPM tenha dado causa ao retardamento da concessão de lavra e
condicionada a apresentação do relatório final de pesquisa positivo ou de sua aprovação.
§ 5º - Para fins do disposto nos §§ 3º e 4º do art. 4º, não serão computadas as guias de
utilização com prazo de validade expirado ou vigentes, até a data da publicação desta
portaria 2 .
IV - tenha apresentado ao DNPM, no prazo fixado no § 1º deste artigo, a licença
ambiental competente.
§ 1º Sob pena de cancelamento da guia de utilização, o titular do direito minerário deverá
apresentar ao DNPM a licença ambiental no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a
expedição da referida guia, renovável a critério do DNPM1.
Temporariamente suspenso tendo em vista liminar exarada pelo Poder Judiciário. Clique
aqui para ver a liminar.
Página 2 de 6 DNPM - Portaria do Diretor Geral 07/08/2006
http://www.dnpm.gov.br/assets/legislacao/Portaria367.htm
Art. 5o - O pedido de Guia de Utilização será analisado por técnico do DNPM que,
considerando a justificativa técnica, os dados relativos aos depósitos em potencial
existentes ou passíveis de estimativa e a dimensão da área, exarará parecer sugerindo,
em sendo o caso, a emissão da guia, o prazo de sua vigência, bem como a quantidade
de minério a ser extraído.
43

Art. 6o - A qualquer momento poderá o DNPM solicitar dados adicionais ou suspender a


Guia de Utilização, após vistoria “in loco” acompanhada de relatório sucinto, abordando
aspectos técnicos, interesses sociais ou públicos.
Art. 8o - As quantidades máximas de substâncias minerais previstas na tabela anexa,
poderão sofrer acréscimo de até 50%, por ato privativo do Diretor-Geral, quando da
emissão de novas guias de utilização, desde que, comprovadamente, fique demonstrada
a necessidade de incremento da produção para atendimento do mercado.
Art. 9o - Em áreas de relevante interesse ambiental ou com problemas ambientais
recorrentes, o DNPM poderá interagir com os órgãos ambientais sobre a emissão da
Guia de Utilização.
Art. 10 - O titular de direito minerário com requerimento de guia de utilização pendente de
decisão terá o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados a partir da publicação desta
Portaria, para se adaptar aos termos deste ato normativo, sob pena de indeferimento do
requerimento.
Art.11 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 12 - Fica revogada a Instrução Normativa no 01, de 24 de janeiro de 2000, publicada
no Diário Oficial da União de 25 de janeiro de 2000.
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY
Diretor-Geral do DNPM
1 e 2 - Redações dadas por meio de Despacho do Diretor-Geral do DNPM publicado no
Diário Oficial da União de 19/09/2003, Seção I, página 82.
ANEXOS TABELA
Substâncias minerais - Quantidades máximas de minérios autorizadas por Guia de
Utilização emitida para o limite de 01 (um) ano de prazo.
Tabela alterada pela Portaria DNPM nº 236, de 16 de junho de 2004.
Art. 7o - A extração de substâncias minerais pelo titular do alvará de pesquisa sem a
competente licença ambiental, ensejará o cancelamento da guia de utilização, bem como
obstará a emissão de nova guia, sem prejuízo das penalidades previstas nas legislações
mineral e ambiental.
Temporariamente suspenso tendo em vista liminar exarada pelo Poder Judiciário. Clique
aqui para ver a liminar.
Abrasivos 400 ton.
Ágatas, Drusas e outras pedras decorativas 200 ton.
Agalmatolito 4.000 ton.
Areia (agregado) 30.000 m3
Areia Industrial 6.000 m3
Areias monazíticas ou monazita 2.000 ton.
Argilas (cerâmica) 12.000 ton.
Argilas especiais 5.000 ton.
Argilas refratárias 15.000 ton.
Barita 500 ton.
Bauxita (minério de alumínio) 20.000 ton.
Brita 30.000 m3
Calcário Calcítico ou Dolomítico, Dolomito 20.000 ton.
Conchas Calcárias 12.000 ton.
Calcita 1.000 ton.
Carvão 40.000 ton.
Cascalho (agregado ou pavimentação) 5.000 m3
Cassiterita (minério de estanho) 300 ton.
Caulim 3.000 ton.
Chumbo (minério de) 2.000 ton.
Cianita 1.500 ton.
Cobalto (minério de) 1.500 ton.
Cobre (minério de) 4.000 ton.
44

Columbita Tantalita 150 ton.


Cromo (minério de) 5.000 ton.
Diamante (cascalho de) 30.000 m3
Diamante (minério primário) 3.000 ct.
Enxofre 500 ton.
Espodumênio 150 ton.
Esteatito 20.000 ton.
Feldspato 4.000 ton.
Ferro (minério de) 300.000 ton.
Filito 12.000 ton.
Fluorita 1.500 ton.
Gipsita 600 ton.
Grafita 5.000 ton.
Hidrargilita 100 ton.
Ilmenita 200 ton.
Magnesita 20.000 ton.
Manganês (minério de) 6.000 ton.
Micas 120 ton.
Níquel (minérios de) 4.000 ton.
Ouro (minérios de) 50.000 ton.
Pedras preciosas (gemas) 100 Quilos
Quartzo 4.000 ton.
Rochas ornamentais - carbonáticas (mármores, travertinos) 3.600 m3
Rochas ornamentais (granitos e gnaisses, quartzitos, serpentinitos e basaltos) 6.000 m3
Rochas ornamentais e de revestimentos - outras (ardósias, arenitos e quartzitos friáveis) 1.500 m3
Saibro 10.000 m3
Sal-gema 5.000 ton.
Salitre 100 ton.
Sapropelito 4.000 ton.
Silício (Metálico/ Minério de) 18.000 ton.
Silimanita 100 ton.
Talco 5.000 ton.
Titânio (minério de) 2.000 ton.
Tungstênio (minério de) 300 ton.
Turfa 10.000 ton.
Vanádio (minério de) 100 ton.
Zinco (minério de) 1.0000 ton.
Zircônio (minério de) 300 ton.

Página 3 de 6 DNPM - Portaria do Diretor Geral 07/08/2006 http://www.dnpm.gov.


br/assets/legislacao/Portaria367.htm - A critério do DNPM, com base técnica devidamente
fundamentada, alguns desses valores poderão sofrer acréscimo na emissão de nova
Guia de Utilização, quando houver necessidade comprovada da mesma.
Página 4 de 6 DNPM - Portaria do Diretor Geral - 07/08/2006
http://www.dnpm.gov.br/assets/legislacao/Portaria367.htm
MODELO DE GUIA DE UTILIZAÇÃO
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA -
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL
GUIA DE UTILIZAÇÃO
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE
PESQUISA
Nº DA GUIA DE UTILIZAÇÃO
Nº DO
PROCESSO
Nº ALVARÁ DE
PESQUISA
45

D.O.U. MUNICÍPIO
UF
SUBSTÂNCIA MINERAL QUANTIDADE DE
MINÉRIO
PRAZO DE VALIDADE
Pela presente GUIA DE UTILIZAÇÃO, fica autorizado a dispor mediante recolhimento da
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM, a quantidade
máxima da substância mineral acima especificada, liberada para alienação comercial
(venda, transferência, consumo, transformação, etc), dentro do prazo de validade fixado,
a contar da expedição da licença ambiental. A expedição de nova Guia, somente poderá
ser pleiteada mediante a apresentação desta, devidamente preenchida juntamente com a
comprovação do recolhimento da CFEM e da taxa anual por hectare, nos termos do
inciso II do art. 2º da Portaria nº 367/2003. Esta Guia só terá validade se acompanhada
da licença ambiental emitida pelo órgão ambiental competente.
Fica o titular do Direito Minerário obrigado a apresentar no DNPM a licença ambiental, no
prazo de 90 (noventa) dias contados da sua emissão, sob pena de cancelamento
automático da guia de utilização.
(Município) (data) Nome
Diretor-Geral ou Chefe do Distrito do DNPM
DATA QUANTIDADE DE
MINÉRIO ALIENADA
DESTINO DO MINÉRIO
VALOR DA OPERAÇÃO (R$)
CFEM - RECOLHIDA (R$)
Página 5 de 6 DNPM - Portaria do Diretor Geral 07/08/2006 http://www.dnpm.gov.br
/assets/legislacao/Portaria367.htm
TOTAL
OBS.: Esta guia deverá ser devolvida ao DNPM, após o término do seu prazo de
validade, devidamente preenchida e acompanhada dos comprovantes de recolhimento
de compensação financeira pela exploração de recursos minerais e de taxa anual por
hectare. (prazo máximo de 90 dias).
LAUDO TÉCNICO DO DNPM E CONDICIONANTES: OS LOCAIS DE
APROVEITAMENTO MINERAL ATRAVÉS DESTA GUIA DE UTILIZAÇÃO DEVERÃO
ESTAR DEVIDAMENTE LOCADOS, POR TOPOGRAFIA OU SISTEMA GLOBAL DE
POSICIONAMENTO - GPS, DENTRO DOS LIMITES DO ALVARÁ DE PESQUISA
AUTORIZADO, SENDO, PREFERENCIALMENTE, PLOTADOS EM BASES
GEOREFERENCIADAS.
Em anexo: observações do titular quando da entrega desta guia de utilização
preenchida. Página 6 de 6 DNPM - Portaria do Diretor Geral - 07/08/2006
http://www.dnpm.gov.br/assets/legislacao/Portaria367.htm

PORTARIA nº 400, DE 30 DE SETEMBRO DE 2008.


Atualiza os valores dos emolumentos da Taxa Anual por Hectare (TAH), das multas, os
critérios e valores a serem cobrados pelas vistorias realizadas pelo DNPM na fiscalização
dos trabalhos de pesquisa e lavra e dos demais serviços prestados pelo Departamento
Nacional de Produção Mineral.
O DIRETOR-GERAL DO DNPM, no uso das atribuições que lhe confere o art. 17,
XI, do Regimento Interno do DNPM, aprovado pela Portaria MME nº 385, de 13 de agosto
de 2003 considerando a extinção da Unidade Fiscal de Referência - UFIR e o aumento
do custo operacional dos diversos serviços prestados pelo DNPM e considerando o
46

disposto no § 4º, do art. 26, do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, com a


redação dada pelo art. 1º, da Lei nº 9.314, de 14 de novembro de 1996,
RESOLVE: Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre a conversão para o real e atualização de
valores referentes a emolumentos, taxas e multas fixados na legislação mineraria em
unidades de referência e define os preços dos serviços administrativos, técnicos e outros
prestados pelo DNPM, além de disciplinar os critérios e valores a serem cobrados pelas
vistorias realizadas pela autarquia na fiscalização dos trabalhos de pesquisa e lavra.
CAPÍTULO I - DA ATUALIZAÇÃO DOS VALORES REFERENTES A EMOLUMENTOS,
TAXAS E MULTAS E DEFINIÇÃO DOS PREÇOS DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS,
TÉCNICOS E OUTROS PRESTADOS PELO DNPM
Art. 2º - Os emolumentos referentes aos requerimentos de Autorização de Pesquisa,
Registro de licença e Imissão de Posse na Jazida, a Taxa Anual por Hectare e as multas
previstas no art. 20, § 3°, “a”, II, e art. 22, § 1°, do Código de Mineração, e art. 100, I a V,
do Regulamento do Código de Mineração, cujos valores foram convertidos para real pela
Circular n° 9, de 17 de novembro de 2000, e revistos pela Portaria nº 304, de 08 de
setembro de 2004, ficam atualizados nos valores fixados no Anexo I desta Portaria.
Art. 3° - Ficam definidos os valores dos serviços administrativos, técnicos e outros
prestados pelo DNPM, conforme Anexo I desta Portaria.
Art. 4° - Os valores de multas fixados no art. 27, II a V, da Portaria n° 178, de 12 de
abril de 2004, ficam atualizados nos termos do Anexo I desta Portaria.
Art. 5º - O recolhimento dos valores fixados no Anexo I desta Portaria será efetuado
em qualquer agência da rede bancária autorizada, mediante o preenchimento de Guia de
Recolhimento da União - GRU, a ser fornecida pelo DNPM.
CAPÍTULO II - DO DISCIPLINAMENTO DOS CRITÉRIOS E VALORES A SEREM
COBRADOS PELAS VISTORIAS REALIZADAS PELO DNPM NA FISCALIZAÇÃO DOS
TRABALHOS DE PESQUISA E LAVRA
Art. 6º - Serão custeadas pelo titular do direito minerário as vistorias realizadas pelo
DNPM em face de: I - comprovação de início dos trabalhos de pesquisa; II -
acompanhamento dos trabalhos de pesquisa; III - concessão e renovação de guia de
utilização; IV - análise do relatório parcial de pesquisa; V - análise do relatório final de
pesquisa; VI - acompanhamento dos trabalhos de lavra; VII - fiscalização sobre a
arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais -
CFEM; VIII - análise do relatório de reavaliação de reservas; IX - constituição de
grupamento mineiro; X - constituição de consórcio de mineração; XI - suspensão dos
trabalhos de lavra; XII - retomada dos trabalhos de lavra; XIII - desativação de mina; XIV -
renúncia ao título de lavra; XV - enquadramento legal do jazimento objeto de
requerimento de permissão de lavra garimpeira; XVI - perícia de acidente decorrente de
atividade de pesquisa e lavra; XVII - definição de limites de área(s); XVIII - fixação de
limite da jazida ou mina em profundidade por superfície horizontal, quando de iniciativa
do titular; XIX - autorização para embarque ou liberação de amostras junto à alfândega;
XX - acompanhamento de estudo in loco de água mineral ou potável de mesa; XXI -
acompanhamento de teste de vazão ou bombeamento de água mineral ou potável de
mesa; e XXII - controle ambiental.
§ 1º - A vistoria realizada para fins de cessão parcial de direitos minerários e de
fixação de limite da jazida ou mina em profundidade por superfície horizontal em
conformidade com a Portaria DNPM nº 248, de 4 novembro de 1997, será custeada pelo
terceiro interessado, quando decorrer de sua iniciativa.
§ 2º - As vistorias que visem apurar denúncia de pesquisa ou lavra irregular
praticada por terceiro, em área autorizada ou concedida, não serão objeto de pagamento.
47

Art. 7º - Ficam estabelecidos no Anexo I desta Portaria os valores para custeio das
vistorias realizadas pelo DNPM, por dia e processo, considerando a localização da área
vistoriada.
Art. 8º - Em se tratando de processos de um mesmo titular, em áreas contíguas ou
próximas, será considerada como uma única vistoria/dia para fins de cobrança a reunião
de até 5 (cinco) áreas referentes às vistorias previstas nos incisos I, II, IV, V e XV, do art.
6º desta Portaria.
Parágrafo Único Será considerado como única vistoria/dia para fins de
cobrança a fiscalização prevista no inciso VII, do art. 6º desta Portaria,
independentemente do número de processos do mesmo titular
Art. 9º - A Guia de Recolhimento da União - GRU será emitida pelo DNPM e
entregue ao interessado, mediante termo de recebimento, no ato da vistoria prevista no
art. 6º desta Portaria.
Art. 10 - O titular deverá efetuar o recolhimento do valor referente à vistoria realizada
no prazo de 30(trinta) dias, contados da emissão da GRU.
Parágrafo Único O não pagamento das custas da vistoria no prazo
determinado no caput deste artigo importará na atualização monetária do débito e na
aplicação de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês, cuja cobrança será objeto
de execução judicial.
CAPÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 11 - A Sede e os Distritos do DNPM deverão afixar nos respectivos setores de
audiência e de protocolo, cópia do Anexo I desta Portaria.
Art. 12 - Os emolumentos que foram recolhidos antes do início da vigência dos
novos preços estipulados no Anexo I desta Portaria serão reconhecidos como
tempestivamente pagos e válidos para os fins a que se destinam.
Art. 13 - O art. 2º, IX, da Portaria nº 178, de 12 de abril de 2004, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 2º..................................................................................................................
IX - prova de recolhimento dos respectivos emolumentos, fixados nos mesmos
valores previstos para o requerimento de registro de licença.
Art. 14 Ficam revogadas as Portarias nº 304 e 378, de 08 de setembro de 2004 e 16
de novembro de 2004, respectivamente.
Art. 15 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY
ANEXO I
Emolumentos R$
Anuência prévia para Aerolevantamento Geofísico 122,83
Anuência prévia para Importação de Amianto 61,41
Anuência prévia para Importação de Diamantes Brutos 61,41
Certificado de Classificador de Rochas Ornamentais e de Revestimento 63,05
Certificado do Processo de Kimberley 307,07
Cessão ou Transferência Parcial de Direitos Minerários por cessão 614,14
Cessão ou Transferência Total de Direitos Minerários 307,07
Demais atos de averbação 307,07
Requerimento de Autorização de Pesquisa 516,23
Requerimento de Imissão de Posse na Jazida 955,97
Requerimento de Permissão de Lavra Garimpeira 104,05
Requerimento de Registro de Licença 104,05
Transferência de direitos minerários em face de transformação, incorporação, fusão,
307,07
cisão, sucessão causa mortis e falência do titular (requerimento)
48

Transferência de direitos minerários em face de transformação, incorporação, fusão, cisão,


61,41
sucessão causa mortis e falência do titular (por direito transferido)
Taxa Anual por Hectare (TAH)
Alvará de Pesquisa - na vigência do prazo original por ha 1,90
Alvará de Pesquisa - na vigência do prazo de prorrogação por ha 2,87
Multas
Art. 20, § 3º, II, “a” do Código de Mineração 1.911,92
Art. 22, § 1º, do Código de Mineração por ha 1,90
Art. 100, I, do RCM 191,20
Art. 100, II, III e V, do RCM 1.911,92
Art. 100, IV, do RCM 308,41
Art. 27, II, da Portaria DNPM nº 178/2004 764,77
Art. 27, III, da Portaria DNPM nº 178/2004 1.147,15
Art. 27, IV, da Portaria DNPM nº 178/2004 1.529,54
Art. 27, V, da Portaria DNPM nº 178/2004 1.911,92
Localização da área vistoriada (valor por dia e processo)
Área localizada num raio de 100 km (cem quilômetros) da Sede do Distrito Regional do
241,77
DNPM
Área localizada num raio de mais de 100 km (cem quilômetros) da Sede do Distrito Regional
do DNPM, exceto para aquelas localizadas nos territórios dos Estados do Acre, Amapá, 362,66
Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima
Área localizada num raio de mais de 100 km (cem quilômetros) da Sede do Distrito Regional
do DNPM e que estejam localizadas nos territórios dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, 483,54
Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima
Demais serviços
Cópia reprográfica sem autenticação por unidade 0,25
Cópia reprográfica autenticada por unidade 2,33
Cópia de mapa por unidade 6,14
Cópia de overlay por unidade 30,71
Certidões diversas por unidade 18,42
Autenticação por unidade 2,09
Overlay em disquete ou CD ROM (o DNPM não fornece o disquete ou cd) 31,94
Cópia do RAL em disquete ou CD ROM (o DNPM não fornece o disquete ou cd) 31,94

Portaria nº 12, de 16/01/1997, DOU de 20/01/1997


Dispõe sobre os critérios gerais referentes ao procedimento, de disponibilidade de
área desonerada de requerimento ou de titulação de direitos minerários, em decorrência
de publicação de despacho no Diário Oficial.
O MINISTRO DE ESTADO DE MINAS E ENERGIA, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 26 do Decreto-lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967 (Código de
Mineração), com a redação dada pela Lei nº 9.314, de 14 de novembro de 1996, e
Considerando a necessidade de estabelecer os critérios gerais a serem adotados
pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), para a realização dos
procedimentos de disponibilidade de área, visando à seleção do requerimento prioritário
à outorga de direitos de pesquisas ou de lavra referentes às áreas desoneradas por
publicação de despacho no Diário Oficial, na forma do art. 26 do referido Código, resolve:
Art. 1o A área desonerada de requerimento prioritário ou de titulação de direitos
minerários, em decorrência de publicação de despacho no Diário Oficial, ficará em
disponibilidade, pelo prazo subseqüente de sessenta dias, para interposição de
requerimentos de terceiros interessados na nova titulação, aos fins de pesquisa ou de
lavra, conforme as situações caracterizadas nos arts. 5 o e 6o desta Portaria, mediante
processo de seleção, que se regerá pelo disposto nesta Portaria e na Portaria do DNPM,
49

referida no art. 3o (nova redação dada pela PORTARIA Nº 246, DE 15 DE JULHO DE


2008).
Art. 2º Para efeito da seleção do requerimento prioritário, serão, em cada caso,
conjuntamente apreciados os requerimentos que, objetivando a área desonerada, hajam
sido protocolizados no pertinente prazo de Disponibilidade.
Art. 3º O DNPM expedirá portaria estabelecendo as regras e critérios específicos,
de habilitação e julgamento, que disciplinarão os procedimentos de Disponibilidade de
Área, os quais observarão o disposto no Código de Mineração e nesta Portaria,
respeitado os princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade e do
julgamento objetivo.
Art. 4º Definido , em cada caso, o requerimento prioritário, conforme o procedimento
aplicável à Disponibilidade de Área, a conseqüente outorga do título de direitos
minerários observará a forma e os requisitos pertinentes, estabelecidos na legislação
específica.
Art. 5º A Disponibilidade ocorrerá para fins de pesquisa, quando área desonerada
for referente a:
a - requerimento de autorização de pesquisa indeferido, excetuado aquele
indeferido de plano ou legalmente desconsiderado para efeito de oneração de área;
b - requerimento de autorização de pesquisa objeto de desistência homologada;
c - requerimento de prorrogação de prazo de autorização de pesquisa indeferido;
d - autorização de pesquisa objeto de renúncia homologada;
e - autorização de pesquisa anulada, salvo se do respectivo processo resultar
subsistente o direito de prioridade do requerente;
f - autorização de pesquisa declarada caduca;
g - autorização de pesquisa cujo relatório final dos trabalhos realizados tenha sido
objeto de não aprovação (nova redação dada pela PORTARIA Nº 246, DE 15 DE JULHO
DE 2008) e,
h - área destacada daquela originalmente autorizada para pesquisa, quando da
aprovação de relatório final dos trabalhos de pesquisa com redução de área (nova
redação dada pela PORTARIA Nº 246, DE 15 DE JULHO DE 2008).
Art. 6º A Disponibilidade ocorrerá para fins de lavra, quando a área desonerada for
referente a requerimento de concessão de lavra indeferido ou objeto de desistência
homologada.
Art. 7º No ato de instauração do procedimento de disponibilidade, efetuado pela
autoridade competente no âmbito do DNPM, será determinado o caráter da
disponibilidade, para fins de pesquisa ou de lavra, nos regimes de concessão ou
permissão de lavra garimpeira, quando se tratar de área referente a:
a - requerimento de permissão de lavra garimpeira, de registro de licença, ou de sua
renovação, indeferido, ou objeto de desistência homologada;
b - permissão de lavra garimpeira ou de registro de licença declarados caducos;
c - permissão de lavra garimpeira ou registro de licença cancelados (nova redação
dada pela PORTARIA Nº 246, DE 15 DE JULHO DE 2008).
Art. 8º Decorrido o prazo de Disponibilidade referido no art. 26 do Código de
Mineração e no art. 1º desta Portaria, sem que nenhum requerimento haja sido
protocolizado dentro de sua vigência, a área tornar-se-á livre no dia subseqüente,
cabendo a aplicação do direito de prioridade de que trata a alínea "a" do art. 11 do
referido Código (nova redação dada pela PORTARIA Nº 246, DE 15 DE JULHO DE
2008).
Art. 9º O processo de Disponibilidade de Áreas ficará suspenso até decisão final
sobre eventuais recursos apresentados por qualquer pretendente ou pelo último titular
dos direitos anteriormente vinculados à respectiva área.
50

Art. 10º O processo de Disponibilidade de Área poderá ser anulado ou revogado,


por ato do Diretor-Geral do D.N.P.M., legalmente fundamentado em razões de
irregularidade de procedimento ou de conveniência ao interesse público,
respectivamente, caso em que não será devida aos eventuais requerentes qualquer
indenização, instaurando-se, quando cabível, novo processo, com a observância de
procedimento pertinente.
Art. 11º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Raimundo Brito - Ministro de Estado de Minas e Energia

Ficha cadastral – Portaria no 270 de 10/07/208.


Institui o Cadastro de Titulares de Direitos Minerários - CTDM no âmbito do DNPM.
Situação: Em vigor
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL
– DNPM, no uso das atribuições que lhe confere o art. 17, XI, do Regimento Interno do
DNPM, aprovado pela Portaria MME nº 385, de 13 de agosto de 2003, RESOLVE:
Art. 1º Fica instituído o Cadastro de Titulares de Direitos Minerários – CTDM no
âmbito do DNPM.
Parágrafo único. Integrarão o CTDM as informações cadastrais correspondentes a
cada requerente, titular, arrendatário e cessionário de direito minerário, pessoa física ou
jurídica, bem como as entidades ou órgãos públicos interessados em processos de
registro de extração.
Obrigatoriedade do Cadastramento
Art. 2º O acesso ao sistema de pré-requerimento eletrônico, por parte de
requerentes, titulares, cessionários e arrendatários de direito minerário, pessoas físicas e
jurídicas, somente poderá ser realizado após o cadastramento do interessado no CTDM
e mediante a utilização da senha liberada nos termos do art. 5º desta Portaria. ( Redação
dada pela Portaria DNPM nº 315, de 31/07/2008)
Art. 2º-A O DNPM utilizará os dados cadastrais disponíveis no CTDM nas suas
relações com o interessado, inclusive para fins de encaminhamento de comunicações,
notificações e intimações, formulação de exigências, cobrança de dívida com a Autarquia,
dentre outros atos, cabendo ao interessado manter as informações sempre atualizadas
na forma do art. 7º desta Portaria. (Artigo acrescido pelo art. 27 da Portaria DNPM nº
564, de 19/12/2008)
Forma do Cadastro
Art. 3º O cadastramento no CTDM será efetivado mediante preenchimento de
formulário disponível no sítio eletrônico do DNPM, no endereço www.dnpm.gov.br.
Parágrafo único. Durante a realização do cadastramento eletrônico, o interessado
registrará uma senha para acesso ao sistema de pré-requerimento, a qual somente será
liberada na forma do art. 5º desta Portaria.
Art. 4º Concluído o cadastramento eletrônico, o interessado deverá imprimir o
formulário de cadastro e apresentá-lo, no prazo de até 30 (trinta) dias, no protocolo de
qualquer Distrito ou da sede do DNPM.
§ 1º O formulário de cadastro, com a firma devidamente reconhecida, deverá ser
instruído com os seguintes documentos:
I - Em se tratando o interessado de pessoa jurídica:
a) cópia autenticada do contrato social ou do estatuto social do interessado, de suas
alterações, com os respectivos registros na(s) junta(s) comercial(is) competente(s);
b) cópia autenticada de acordos de acionistas, de acordos de quotistas, e outros
atos societários em vigor, quando for o caso;
c) cópia autenticada ou original de procuração outorgada ao signatário do formulário
de cadastro, quando for o caso;
51

d) cópia autenticada ou original do cartão de inscrição no Cadastro Nacional de


Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda - CNPJ;
e) no caso de interessado sociedade cooperativa, comprovação de registro na Junta
Comercial competente; (Redação dada pelo art. 28 da Portaria DNPM nº 564, de
19/12/2008)
f) salvo no caso de interessado sociedade cooperativa, os documentos relativos aos
sócios, nestes termos:
1. em se tratando de pessoa física, cópia autenticada de carteira de identidade ou
documento equivalente e comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do
Ministério da Fazenda - CPF dos sócios;
2. em se tratando de pessoa jurídica com sede no País, cópia autenticada do
contrato social ou do estatuto e de suas alterações, com o respectivo registro na junta
comercial competente; e
3. em se tratando de pessoa jurídica com sede no exterior, cópia autenticada da
procuração específica a que se refere o art. 2º da Instrução Normativa DNRC nº 76, de
28 de dezembro de 1998, em vigor e devidamente arquivada na junta comercial
competente.
(Redação dada pelo art. 28 da Portaria DNPM nº 564, de 19/12/2008)
g) cópia autenticada da carteira de identidade ou documento equivalente e
comprovante de inscrição no CPF dos administradores ou dirigentes.
II - Em se tratando o interessado de pessoa física:
a) cópia autenticada ou original da carteira de identidade ou documento equivalente
e comprovante de inscrição no CPF;
b) cópia autenticada ou original de procuração outorgada ao signatário do formulário
de cadastro, quando for o caso; e
c) cópia autenticada ou original do comprovante de domicílio.
III - Em se tratando o interessado de entidade ou órgão público:
a) cópia da publicação oficial do ato de criação do interessado;
b) cópia da publicação oficial do ato de nomeação do principal dirigente do
interessado; e
c) cópia autenticada ou original do cartão de inscrição no CNPJ.
§ 2º A documentação relacionada no parágrafo 1º, I, “a”, deste artigo poderá ser
substituída pela última alteração contratual ou estatuária, com os respectivo registro na
junta comercial, desde que o referido instrumento de alteração consolide a redação
atualizada do contrato ou estatuto social.
§ 3º A documentação relacionada no parágrafo 1º, I, deste artigo deverá ser
apresentada ao DNPM independentemente de já constarem dos autos do processo de
registro de empresa relativo à interessada.
§ 4º A apresentação da documentação a que refere este artigo deverá ser feita de
forma pessoal, não se admitindo a remessa mediante correio.
Art. 5º No ato de apresentação do requerimento de cadastro, o servidor do protocolo
conferirá a documentação e, estando completa, adotará as seguintes providências:
I - em se tratando de pessoa jurídica que não tenha processo de registro de
empresa no DNPM, efetivará o protocolo e a validação do requerimento de cadastro,
para fins de formação do respectivo processo, com a automática liberação da senha do
interessado para acesso ao sistema de pré-requerimento;
II - em se tratando de pessoa jurídica que tenha processo de registro de empresa no
DNPM, efetivará o protocolo e a validação do requerimento de cadastro, para fins de
juntada ao respectivo processo, com a automática liberação da senha do interessado
para acesso ao sistema de pré-requerimento; e
52

III - em se tratando de pessoa física ou entidade ou órgão público, validará o


requerimento de cadastro e devolverá a documentação ao portador, liberando no sistema
a senha para acesso ao sistema de pré-requerimento.
Parágrafo único. Nas hipóteses descritas nos incisos I e II deste artigo, o processo
ou a documentação será, em seguida, encaminhado à Diretoria de Outorga e Cadastro
Mineiro - DICAM para as providências cabíveis.
Art. 6º Decorrido o prazo de que trata o caput do art. 4º desta Portaria, sem que
tenha sido apresentado o requerimento de cadastro ao DNPM, as informações relativas
ao cadastramento eletrônico do interessado serão automaticamente excluídas da base
de dados do DNPM.
Parágrafo único. A ocorrência da hipótese prevista no caput deste artigo não
impede que o interessado reinicie o processo de cadastramento na forma do art. 3º desta
Portaria.
Alteração dos Dados Cadastrais
Art. 7º É dever do interessado manter em dia os seus dados cadastrais, efetuando
as alterações necessárias no CTDM, bem como apresentando ao DNPM os documentos
relacionados no art. 4º, I a III, desta Portaria devidamente atualizados.
Parágrafo único. A atualização de que trata este artigo, quando se referir a atos
societários, deverá observar o prazo de 30 (trinta) dias após o registro na junta comercial,
conforme dispõe o art. 81 do Código de Mineração.
Disposições Transitórias
Art. 8º O cadastramento no CTDM poderá ser realizado a partir de 4 de agosto de
2008, na forma dos arts. 3º e 4º desta Portaria.
Vigência
Art. 9º. Esta Portaria entra em vigor no dia 4 de agosto de 2008.
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY

PORTARIA DNPM Nº 268, DE 10 DE JULHO DE 2008


DOU 11.07.2008 - Regulamenta o procedimento de disponibilidade.
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL -
DNPM, no uso das atribuições que lhe confere o art. 17, XI, do Regimento Interno do
DNPM, aprovado pela Portaria MME nº 385, de 13 de agosto de 2003,e considerando os
arts. 26, § 2°, 32 e 65, § 1°, do Decreto-Lei n° 227, de 28 de fevereiro de 1967, Código de
Mineração, e a Portaria n° 12, de 16 de janeiro de 1999, do Ministério de Minas e
Energia, resolve:
Objeto
Art. 1º Esta Portaria regulamenta o procedimento de disponibilidade de áreas
desoneradas nos termos dos arts. 26, 32 e 65, § 1°, do Código de Mineração, no âmbito
do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM.
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º As áreas desoneradas nos termos dos arts. 26, 32 e 65, § 1°, do Código de
Mineração serão colocadas em disponibilidade para novos requerimentos na forma desta
Portaria.
Art. 3º A disponibilidade ocorrerá para fins de pesquisa ou lavra, conforme o caso, nos
regimes de autorização de pesquisa, concessão de lavra e permissão de lavra
garimpeira.
Parágrafo único. A juízo do DNPM a disponibilidade poderá ocorrer para regime diverso
do processo originário, ressalvado o disposto no art. 32 do Código de Mineração e na
Portaria nº 12, de 16 de janeiro de 1997, do Ministério de Minas e Energia, ou para área
menor que a desonerada.
53

Capítulo II
DAS COMISSÕES JULGADORAS
Art. 4º O Diretor-Geral do DNPM constituirá comissões julgadoras nos Distritos do DNPM
com a finalidade de analisar as propostas de pretendentes às áreas colocadas em
disponibilidade.
Art. 5º As comissões julgadoras de que trata o artigo anterior serão integradas por 3 (três)
técnicos qualificados e habilitados dentre os servidores ou empregados públicos do
DNPM, sendo um designado presidente.
§ 1º A portaria de nomeação da comissão julgadora terá prazo de validade de um ano,
podendo ser prorrogada, uma única vez, por igual período.
§ 2º Os integrantes de uma comissão julgadora somente poderão integrar outra comissão
no mesmo Distrito após o interstício de 6 (seis) meses contado do termo final de vigência
da portaria anterior.
§ 3º É permitida a participação dos técnicos de que trata o caput deste artigo em
comissões de outros Distritos do DNPM, concomitantemente ou não à vigência da
portaria de nomeação no Distrito de origem.
Capítulo III
DO PROCEDIMENTO DE DISPONIBILIDADE
Art. 6º Serão juntados ao processo minerário da área desonerada os seguintes
documentos referentes à disponibilidade, dentre outros julgados necessários pela
comissão julgadora:
I - edital de instauração do procedimento de disponibilidade;
II- todos os formulários de requerimento de habilitação;
III - todas as propostas protocolizadas;
IV - cópia do ato de designação da comissão julgadora;
V - as atas, relatórios e deliberações da comissão julgadora;
VI - os pareceres técnicos emitidos pelos membros da comissão julgadora;
VII - decisão que julgar a habilitação dos proponentes;
VIII - decisão que declara prioritária a proposta vencedora e de indeferimento das demais
propostas;
IX - os pedidos de reconsideração ou recursos hierárquicos eventualmente apresentados
pelos interessados, assim como as respectivas manifestações e decisões; e
X - ato de revogação ou anulação do procedimento de disponibilidade.
Desistência
Art. 7º O interessado poderá desistir do requerimento de habilitação na disponibilidade a
qualquer tempo, mediante protocolização de expediente específico no Distrito
competente ou remessa postal.
§ 1º A desistência terá caráter irrevogável e irretratável, e deverá estar assinada pelo
interessado, seu representante legal ou procurador.
§ 2º A desistência será homologada por ato do Diretor-Geral, sendo dispensada no caso
de único proponente quando a desistência for manifestada antes do término do prazo
fixado para apresentação de propostas.
§ 3º A desistência do requerimento de habilitação à disponibilidade não implicará na
devolução dos emolumentos nem dos documentos constantes da proposta apresentada.
Anulação e Revogação do Procedimento de Disponibilidade
Art. 8º O processo de disponibilidade de área poderá ser revogado ou anulado por ato do
Diretor-Geral do DNPM, hipóteses em que não será devida qualquer indenização aos
proponentes.
Parágrafo único. Em sendo anulado o procedimento de disponibilidade os emolumentos
recolhidos pelos proponentes serão devolvidos.
Seção I
Da Instauração do Procedimento de Disponibilidade
54

Art. 9º O procedimento de disponibilidade de área será instaurado após o trânsito em


julgado da decisão de desoneração da área, mediante edital, contendo:
I - o número do processo minerário cuja área foi desonerada;
II - o fim e o regime para o qual a área é colocada em disponibilidade;
III - o prazo fixado para apresentação de propostas, contado da publicação do edital;
IV - referência a esta Portaria que estabelece os critérios de julgamento; e
V - os requisitos especiais, considerando a substância e as peculiaridades da área
colocada em disponibilidade, quando for o caso.
§ 1º Entende-se por decisão transitada em julgado a decisão contra a qual não tenha sido
interposto recurso ou da qual não caiba mais qualquer recurso administrativo.
§ 2º O edital de que trata este artigo será publicado no Diário Oficial da União e ficará
disponível no sítio eletrônico do DNPM para consulta durante o prazo fixado para
apresentação das propostas.
§ 3º O prazo para apresentação das propostas será de 60 (sessenta) dias no
procedimento de disponibilidade de que trata o art. 26 do Código de Mineração e, para a
disponibilidade de que tratam os arts. 32 e 65, § 1º, do Código de Mineração, no prazo
fixado no edital, contados de sua publicação no Diário Oficial da União.
Seção II
Da Habilitação e Apresentação de Propostas
Art. 10. Ao interessado na habilitação no procedimento de disponibilidade de área é
permitido:
I - obter vistas e cópias dos processos pertinentes no Distrito do DNPM em cuja
circunscrição estiver situada a área objeto da disponibilidade, ressalvado o disposto no
parágrafo único deste artigo;
II - habilitar-se para a totalidade ou parte da área colocada em disponibilidade,
objetivando qualquer substância mineral compatível com o ambiente geológico existente
na área.
Parágrafo único. É vedado a obtenção de vistas e o fornecimento de cópias do processo
quando a área colocada em disponibilidade decorrer de aprovação de relatório final de
pesquisa com redução de área.
Art. 11. Para participar do procedimento de disponibilidade o interessado deverá acessar
a opção "pré-requerimento de disponibilidade" no sítio eletrônico do DNPM e preencher
os formulários pertinentes via internet.
§ 1º Os formulários a que se refere este artigo são:
I - o formulário de requerimento para habilitação no procedimento de disponibilidade,
dirigido ao Diretor-Geral, quando se tratar de disponibilidade para pesquisa ou permissão
de lavra garimpeira e ao Ministro de Minas e Energia quando se tratar de disponibilidade
para lavra;
II - o formulário de pré-requerimento de pesquisa; e
III - o formulário de pré-requerimento de lavra.
§ 2º Após o preenchimento do pré-requerimento eletrônico no procedimento de
disponibilidade, o interessado deverá imprimir os formulários de que trata o parágrafo
anterior para protocolização no Distrito do DNPM em cuja circunscrição situa-se a área
pretendida, admitido o encaminhamento pelo correio com aviso de recebimento, até o
final do prazo fixado no edital de disponibilidade, observado o disposto no parágrafo
seguinte.
§ 3º No ato de protocolização o interessado deverá apresentar o formulário de
requerimento de habilitação, o qual receberá uma etiqueta contendo data e número da
juntada, acompanhado de um envelope lacrado, identificado com o nome do interessado
e o número do processo minerário, contendo os documentos pertinentes conforme arts.
32, 35 e 38 desta Portaria.
55

Art. 12. O requerimento de habilitação protocolizado fora do prazo ou apresentado de


forma diversa da prevista nesta Portaria não será conhecido.
Art. 13. Em havendo apenas um interessado no procedimento de disponibilidade, o
requerimento de habilitação será processado como requerimento de pesquisa, de lavra
ou de lavra garimpeira, conforme o caso.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo poderá ser formulada exigência para
melhor instrução do processo, desde que não se trate de ausência dos documentos
relacionados nos artigos 32, 35 e 38 desta Portaria.
Seção III
Do Julgamento Fases
Art. 14. O julgamento das propostas será dividido em três fases:
I - análise da documentação relativa à habilitação dos proponentes;
II - análise do mérito das propostas técnicas; e
III - decisão.
Abertura das Propostas
Art. 15. Na hipótese de mais de um interessado formular requerimento de habilitação no
procedimento de disponibilidade, a abertura dos envelopes será realizada em ato público
previamente convocado pela comissão julgadora, do qual deverão participar todos os
seus componentes.
§ 1º Para a abertura dos envelopes serão obrigatoriamente convocados todos os
proponentes, com antecedência mínima de 10 (dez) dias, por meio de ofício
encaminhado com aviso de recebimento.
§ 2º O proponente poderá ser representado por procurador habilitado por instrumento
público ou particular com firma reconhecida.
§ 3º Deverá ser lavrada ata circunstanciada, assinada pelos proponentes presentes e
pela comissão julgadora, do procedimento de abertura dos envelopes.
§ 4º Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos proponentes presentes e
pela comissão julgadora.
§ 5º A ausência de proponente no ato de abertura dos envelopes não implica na sua
desistência ao procedimento de disponibilidade ou na ilegalidade da abertura das
propostas e nem na inabilitação de sua proposta.
§ 6º A documentação apresentada será objeto de análise posterior da comissão julgadora
a fim de definir os proponentes habilitados no procedimento de disponibilidade.
Julgamento da Habilitação
Art. 16. O requerimento de habilitação não instruído com todos os documentos de que
tratam os arts. 32, 35 e 38 desta Portaria será indeferido mediante decisão exarada pela
autoridade competente e comunicada aos proponentes por meio de ofício com aviso de
recebimento.
§ 1º Contra a decisão de que trata o parágrafo anterior caberá pedido de reconsideração
no prazo de 10 (dez) dias, a contar da intimação do interessado mediante
correspondência com aviso de recebimento.
§ 2º Julgado o pedido de reconsideração, a comissão julgadora analisará as propostas
técnicas dos proponentes habilitados.
Análise das Propostas
Art. 17. Os requerentes que apresentarem todos os documentos exigidos para a
habilitação no procedimento de disponibilidade terão analisadas as suas propostas pela
comissão julgadora conforme critérios técnicos específicos, os quais serão pontuados
conforme arts. 33, 36 e 39 desta Portaria.
Parágrafo único. A comissão deverá, ao analisar as propostas técnicas dos proponentes
habilitados, justificar a pontuação concedida.
56

Art. 18. É vedada a complementação dos documentos e não serão formuladas exigências
visando à melhor instrução da proposta, salvo se somente um interessado pleitear a área
em disponibilidade, observado o disposto no parágrafo único do art. 13.
Art. 19. Havendo interferência parcial entre as áreas dos proponentes habilitados, a
comissão julgadora apreciará as propostas e definirá a ordem de prioridade conforme os
critérios técnicos de julgamento desta Portaria.
§ 1º Retiradas as interferências, respeitando a prioridade estabelecida pela comissão, o
proponente será instado a se manifestar no prazo de 10 (dez) dias, por meio de ofício
encaminhado com aviso de recebimento, sobre seu interesse pela área remanescente.
§ 2º A ausência de interesse ou de manifestação do proponente no prazo do parágrafo
anterior implica na desistência da proposta impondo-se a instauração de novo
procedimento de disponibilidade da respectiva área.
Art. 20. Concluída a análise das propostas, a comissão julgadora elaborará parecer
conclusivo e encaminhará o processo à autoridade competente para decisão.
§ 1º No parecer de que trata o caput deste artigo, a comissão indicará a proposta
vencedora e, conforme o caso, o não conhecimento ou o indeferimento das demais
propostas.
§ 2º Concluindo a comissão julgadora pelo empate entre duas ou mais propostas
habilitadas, será realizado sorteio na forma do art. 25 e seguintes desta Portaria, antes
do encaminhamento do processo à autoridade competente.
Decisão e Recursos
Art. 21. O Chefe de Distrito declarará a proposta vencedora e não conhecerá ou
indeferirá as demais, mediante decisão a ser publicada no Diário Oficial da União.
§ 1º A proposta não será conhecida quando protocolizada fora do prazo fixado no § 3º do
art. 9º ou não apresentada na forma desta Portaria.
§ 2º O processo de disponibilidade de área ficará suspenso até decisão final sobre
eventuais recursos interpostos.
Art. 22. Da decisão de que trata o art. 21, caberá pedido de reconsideração no prazo de
10 (dez) dias, contados da sua publicação no Diário Oficial da União.
Art. 23. Da decisão que indeferir o pedido de reconsideração, caberá recurso ao Diretor-
Geral do DNPM no prazo de 10 ( dez) dias, contados da sua publicação no Diário Oficial
da União.
Seção IV
Da Abertura de Novos Processos Minerários
Art. 24. Transitada em julgado a decisão de que trata o art. 21, o protocolo abrirá tantos
processos quantas forem as propostas declaradas vencedoras, iniciando o processo com
cópia da referida decisão e o original da proposta vencedora, fazendo uso do código
alfanumérico do pré-requerimento para gerar a etiqueta de identificação.
§ 1º A abertura do(s) processo(s) de que trata o caput deste artigo e o desentranhamento
da(s) proposta(s) vencedoras deverá(ão) ser devidamente certificado(s) no processo
minerário originário.
§ 2º O(s) proponente(s) vencedor(es) deverá(ão) ser informado(s) da abertura do novo
processo minerário de sua titularidade por meio de ofício encaminhado com aviso de
recebimento.
§ 3º O processo original será arquivado, exceto se a área colocada em disponibilidade for
resultante de área descartada na aprovação do relatório final de pesquisa ou na hipótese
de inadimplemento de qualquer obrigação legal, desde que ainda não tenha sido
instaurado o processo de cobrança.
Seção V
Do Sorteio
57

Art. 25. O sorteio de que tratam os arts. 20, § 2º, 34, parágrafo único, 37, parágrafo
único, e 40, § 2º, desta Portaria será realizado em ato público, na sede do Distrito do
DNPM em cuja circunscrição se encontre localizada a área objeto da disponibilidade.
Art. 26. Os proponentes empatados serão obrigatoriamente convidados para participar do
sorteio com antecedência mínima de 10 (dez) dias, por meio de ofício encaminhado com
aviso de recebimento, o qual estabelecerá o dia, horário e local da sua realização.
§ 1º A ausência do proponente convidado ou o seu comparecimento após o início do
sorteio implicará na sua exclusão do sorteio e indeferimento de sua proposta.
§ 2º Na ausência de todos os proponentes empatados, a área será novamente colocada
em disponibilidade, exceto se houver um terceiro proponente cuja proposta não esteja
sujeita a indeferimento.
Art. 27. No sorteio, o proponente poderá ser representado por procurador habilitado por
instrumento público ou particular com firma reconhecida.
Art. 28. Necessariamente, deverão participar do sorteio, além dos proponentes
presentes, o Chefe do Distrito ou seu substituto e a comissão julgadora.
Art. 29. O sorteio será realizado utilizando-se bolas numeradas de 01 (um) a 90
(noventa), as quais deverão ser conferidas pelos proponentes empatados e dispostas
num globo que será girado por um dos membros da comissão julgadora, cabendo a cada
proponente interessado o direito de sortear uma bola.
Parágrafo único. Será declarado vencedor aquele que sortear a bola de maior número
dentre os participantes.
Art. 30. A comissão julgadora elaborará ata dos trabalhos da sessão do sorteio na qual
deverão constar as seguintes informações e documentos:
I - os nomes de todos os participantes e dos proponentes empatados ausentes;
II - cópia ou originais dos instrumentos de procuração, se houver;
III - o nome de cada proponente participante e o número da bola sorteada pelo mesmo; e
IV - o nome do proponente participante vencedor.
Parágrafo único. A ata de que trata o caput deste artigo deverá ser assinada por todos os
participantes do sorteio.
Art. 31. Realizado o sorteio, o processo será encaminhado ao Diretor-Geral para
declaração do proponente vencedor.
Capítulo IV
DA DISPONIBILIDADE PARA PESQUISA E LAVRA
Seção I
Da Disponibilidade de Área para Pesquisa
Art. 32. O requerimento de habilitação à área colocada em disponibilidade para pesquisa
mineral deverá observar o disposto no art. 11 desta Portaria.
§ 1º O envelope lacrado que acompanhará o formulário de requerimento de habilitação
no procedimento de disponibilidade para pesquisa deverá conter os seguintes
documentos, em uma única via, para habilitação do proponente:
I - formulário padronizado gerado pelo sistema de pré-requerimento eletrônico de
pesquisa;
II - comprovante de regularidade fiscal quando se tratar de pessoa jurídica;
III - original ou cópia autenticada de procuração, devidamente formalizada, por
instrumento público ou particular com firma reconhecida, se o formulário de requerimento
não estiver assinado pelo interessado;
IV - comprovante original de recolhimento dos emolumentos referentes à disponibilidade,
fixados em Portaria do DNPM;
V - plano de pesquisa elaborado por técnico legalmente habilitado; e
VI - comprovante da anotação de responsabilidade técnica - A.R.T. do profissional
responsável pela elaboração do plano dos trabalhos de pesquisa.
§ 2º O plano de pesquisa constituirá a proposta técnica e deverá conter:
58

I - informações relativas ao conhecimento geológico da região e avaliação do potencial


mineral da área, com ênfase às possíveis mineralizações;
II - técnicas e métodos a serem utilizados, compatíveis com o objetivo da pesquisa;
III - trabalhos programados descritos com detalhe, incluindo amostragens;
IV - plantas e demais ilustrações necessárias à melhor compreensão do projeto;
V - orçamento detalhado das atividades programadas; e
VI - cronograma de realização das atividades programadas.
Critérios Gerais de Julgamento
Art. 33. Na análise das propostas técnicas dos proponentes habilitados, a comissão
julgadora observará os seguintes critérios:
I - descrição da geologia regional e avaliação do potencial da área, com ênfase às
possíveis mineralizações - Pontuação: de 0 a 10
pontos;
II - descrição da metodologia dos trabalhos de pesquisa que permitam conduzir ao
melhor conhecimento da jazida - Pontuação: de 0 a 10 pontos;
III - esboço geológico da área em escala apropriada - Pontuação: de 0 a 5 pontos; e
IV - orçamento e cronograma físico-financeiro, com investimentos proporcionais aos
trabalhos a serem realizados - Pontuação: de 0 a 5 pontos.
Parágrafo único. Será indeferida a proposta que obtiver pontuação zero em qualquer
critério estatuído neste artigo ou não obtiver o mínimo de 15 pontos no somatório dos
critérios.
 
Art. 34. Em caso de empate das propostas habilitadas, serão aplicados os critérios de
desempate na seguinte ordem de prioridade:
I - aquela que obtiver a maior pontuação no inciso II do art. 33;
II - aquela que obtiver a maior pontuação no inciso I do art. 33;
III - aquela que obtiver a maior pontuação no inciso IV do art. 33; e
IV - aquela que obtiver a maior pontuação no inciso III do art. 33.
Parágrafo único. Mantido o empate das propostas habilitadas após a aplicação dos
critérios de desempate de que trata este artigo, será realizado sorteio na forma do art. 25
e seguintes desta Portaria.
Seção II
Da Disponibilidade de Área para Lavra no Regime de Concessão
Art. 35. O requerimento de habilitação à área colocada em disponibilidade para lavra
deverá observar o disposto no art. 11 desta Portaria.
§ 1º O envelope lacrado que acompanhará o formulário de requerimento de habilitação
no procedimento de disponibilidade para lavra deverá conter os seguintes documentos,
em uma única via, para habilitação do proponente:
I - formulário padronizado gerado pelo sistema de pré-requerimento eletrônico de lavra;
II - comprovação da capacidade financeira do proponente para execução do plano de
aproveitamento econômico e operação da mina;
III - original ou cópia autenticada de procuração, devidamente formalizada, por
instrumento público ou particular com firma reconhecida, se a proposta não for assinada
pelo interessado;
IV - plano de aproveitamento econômico da jazida elaborado por técnico legalmente
habilitado; e
V - comprovante da anotação de responsabilidade técnica - A.R.T. do profissional
responsável pela elaboração do plano de lavra e do plano de aproveitamento econômico
da jazida.
§ 2º O plano de aproveitamento econômico constituirá a proposta técnica e deverá
conter:
I - memorial explicativo, contendo:
59

a) estudos de viabilidade técnico-econômica do empreendimento, realizado pelo método


de melhor estimativa do fluxo de caixa descontado, segundo as condições de mercado e
em conformidade com o plano de aproveitamento econômico, no qual seja estabelecido o
valor presente líquido da jazida, a taxa interna de retorno e o período de retorno do
capital investido.
b) demonstração da compatibilidade do aproveitamento da jazida com a preservação dos
demais recursos naturais e do meio ambiente; e
c) plantas e demais ilustrações necessárias à melhor compreensão do projeto.
II - estudos de engenharia referentes:
a) ao método de lavra a ser adotado, com definição da escala de produção prevista
inicialmente e sua projeção, devidamente justificados técnica e economicamente;
b) à iluminação, ventilação, sinalização, transporte e movimentação de pessoal, além de
vias de acesso, comunicação e saídas de emergência, dentre outros requisitos básicos
necessários à segurança técnica operacional e dos trabalhadores;
c) descrição detalhada das operações unitárias de lavra, incluindo perfuração, desmonte,
carregamento, transporte e descarga do minério, na área de lavra e fora dela, com
justificativa técnica e econômica dos métodos escolhidos, bem como à movimentação,
utilização e manutenção dos equipamentos de mineração;
d) ao transporte, armazenamento, preparação e utilização de explosivos, incluindo o
plano de fogo detalhado;
e) às instalações de energia elétrica e de abastecimento de água;
f) à segurança do trabalho e higiene nas operações de lavra e beneficiamento, com
especificação dos dispositivos antipoluidores, de proteção individual e coletiva e das
técnicas e aparelhagem de mediação dos agentes ambientais;
g) às moradias e suas condições de habitabilidade, com relação a todos os residentes no
local da mineração; e
h) às medidas previstas para a recuperação do solo e manutenção das condições de
estabilidade e segurança do terreno, a serem adotados durante e após a lavra, visando a
possibilitar sua ulterior utilização.
III - dimensionamento dos equipamentos, acessórios e pessoal, necessários às diversas
operações de lavra, condizentes com a produção prevista;
IV - informações relativas ao projeto de beneficiamento do minério, inclusive método
escolhido, dimensionamento dos equipamentos e principais parâmetros operacionais,
justificados técnica e economicamente; e
V - demonstrativo dos custos de mineração, com detalhamento dos diversos
componentes diretos e indiretos, relativos à lavra, transporte e beneficiamento do
minério, que permita a determinação dos resultados obtidos; e
VI - indicação das servidões com as respectivas finalidades, quando for o caso, nos
termos do artigo 59 do Código de Mineração.
Critérios Gerais de Julgamento
Art. 36. Na análise das propostas técnicas dos proponentes habilitados a comissão
julgadora observará os seguintes critérios:
I - relação custo-benefício expresso pelo valor investido por número de habitantes
beneficiados com base nas benfeitorias, obras de infra-estrutura e resultados que
beneficiam as comunidades alcançadas pelo projeto e a interação com a comunidade
envolvida -
Pontuação: 0 a 5 pontos;
II - descrição do método de lavra e as operações unitárias constantes do plano de lavra
que demonstrem melhores condições para o melhor aproveitamento da jazida. -
Pontuação: 0 a 10 pontos;
60

III - descrição do fluxograma do processamento mineral a ser adotado, incluindo suas


operações unitárias da usina de beneficiamento, tal que possa conduzir à maior
recuperação da substância útil alimentada.- Pontuação: 0 a 10 pontos;
IV - soluções indicadas para controle efetivo das condições de segurança técnica, do
trabalho e de saúde ocupacional; - Pontuação: 0 a 5 pontos;
V - ações previstas de controle dos impactos ambientais decorrentes dos trabalhos de
mineração - Pontuação: 0 a 5 pontos;
VI - investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias na lavra e no
beneficiamento, com vistas a agregação de maior valor ao produto final - Pontuação: 0 a
5 pontos;
VII - investimento em novos trabalhos de pesquisa geológica com vistas a ampliação da
reserva e melhor conhecimento da jazida - Pontuação: 0 a 5 pontos;
VIII - estudo de viabilidade técnico-econômica do projeto, em que os investimentos
previstos estejam compatíveis com escala de produção, acompanhado de cronograma
físico-financeiro dos investimentos previstos - Pontuação: 0 a 10 pontos; e
IX - investimentos em verticalização na cadeia produtiva, após a última etapa do
beneficiamento, a serem efetuados na região em que se situa a jazida, ainda que por
terceiros ou consórcio -
Pontuação: 0 a 5 pontos.
Parágrafo único. Será indeferida a proposta que obtiver pontuação zero em qualquer
critério de julgamento deste artigo ou não obtiver o mínimo de 20 pontos no somatório
dos critérios.
 
Art. 37. Em caso de empate das propostas habilitadas, serão aplicados os critérios de
desempate na seguinte ordem de prioridade:
I - aquela que obtiver maior pontuação no somatório dos incisos II, III, IV e V do art. 36;
II - aquela que obtiver a maior pontuação no inciso I do art. 36;
III - aquela que obtiver a maior pontuação no inciso VIII do art. 36;
IV - aquela que obtiver a maior pontuação no somatório dos incisos VI e VII do art. 36; e
V - aquela que obtiver a maior pontuação no inciso IX do art. 36.
Parágrafo único. Mantido o empate das propostas habilitadas após a aplicação dos
critérios de desempate de que trata este artigo, será realizado sorteio na forma do art. 25
e seguintes desta Portaria.
Seção III
Da Disponibilidade de Áreas para Permissão de Lavra Garimpeira
Art. 38. O requerimento de habilitação à área colocada em disponibilidade para lavra no
regime de permissão de lavra garimpeira deverá observar o disposto no art. 11 desta
Portaria.
§ 1º O envelope lacrado que acompanhará o formulário de requerimento de habilitação
no procedimento de disponibilidade para lavra no regime de permissão de lavra
garimpeira deverá conter os seguintes documentos, em uma única via, para habilitação
do proponente:
a) formulário padronizado gerado pelo sistema de pré-requerimento eletrônico de
permissão de lavra garimpeira;
b) original ou cópia autenticada de procuração, devidamente formalizada, por instrumento
público ou particular com firma reconhecida, se a proposta não for assinada pelo
interessado;
c) relação dos associados quando se tratar de cooperativa;
d) planta de situação elaborada por profissional legalmente habilitado, contendo, além da
configuração gráfica da área, os principais elementos cartográficos e) comprovante da
anotação de responsabilidade técnica - ART do profissional responsável pela elaboração
da planta de situação e do memorial descritivo indicado no pré-requerimento eletrônico;
61

f) comprovante original de recolhimento dos emolumentos referentes à disponibilidade,


fixados em Portaria do DNPM.
§ 2º Será exigido do vencedor o assentimento da autoridade administrativa local quando
a área estiver situada dentro de perímetro urbano, no qual deverá constar: nome do
requerente, substância mineral, extensão da área em hectares, denominação do imóvel
quando houver e data de expedição, sob pena de indeferimento do requerimento de
permissão de lavra garimpeira.
Critérios Gerais de Julgamento
Art. 39. Na análise das propostas dos proponentes habilitados, a comissão julgadora
observará os seguintes critérios:
I - quando apenas pessoas físicas ou firmas individuais apresentarem propostas, será
realizado sorteio na forma do art. 25 e seguintes desta Portaria, para fins de definição da
proposta prioritária;
II - as cooperativas de garimpeiros terão prioridade em relação às propostas de pessoas
físicas ou firmas individuais;
III - em havendo mais de uma cooperativa habilitada, a comissão julgadora definirá a
proposta vencedora adotando os seguintes critérios em ordem de prioridade:
a) aquela que tiver maior número de garimpeiros cooperados residentes no(s)
município(s) em que se localiza a área em disponibilidade, demonstrado por meio de ata
da última assembléia, devidamente registrada no órgão próprio até a data da publicação
do edital;
b) aquela que possuir registro mais antigo na junta comercial.
§ 1º Em caso de empate das propostas habilitadas, apresentadas por cooperativas, será
realizado sorteio na forma do art. 25 e seguintes desta Portaria;
§ 2º Antes de concluído o julgamento das propostas com a apresentação do parecer final
pela comissão julgadora, os proponentes poderão apresentar acordo de divisão da área.
§ 3º Admitida a divisão da área, a critério da comissão julgadora, esta sugerirá a eleição
de mais de um vencedor para polígonos distintos.
Capítulo V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Nota da editora: Em razão da falha na numeração dos artigos, aguardamos a
retificação oficial do mesmo.
Art. 41. A área colocada em disponibilidade ficará livre com a aplicação do direito de
prioridade de que trata a alínea "a" do art. 11 do Código de Mineração no primeiro dia útil
subseqüente ao 60º (sexagésimo) dia contado da data da publicação do despacho de
instauração da disponibilidade quando nenhuma proposta for protocolizada no prazo
fixado ou quando protocolizada desistência, dentro deste prazo, de único proponente.
§ 1º O requerimento de direito minerário protocolizado para a respectiva área ficará
suspenso até o trânsito em julgado da decisão de que trata este artigo.
§ 2º Existindo mais de uma proposta com área inferior àquela colocada em
disponibilidade e desde que não haja interferência parcial ou total entre elas, as
habilitações serão processadas como propostas únicas, ficando livre a área não
abrangida pelas propostas, nos termos do caput deste artigo.
Art. 42. Nas hipóteses de indeferimento de todas as propostas ou de homologação de
desistência de todos os proponentes, deverá ser instaurado novo procedimento de
disponibilidade de área.
Disposições Transitórias
Art. 43. Fica mantida a delegação de poderes aos Chefes de Distrito para decidir sobre
processo de disponibilidade nos termos dos art. 5º, XVIII, da Portaria DNPM nº 347, de
29 de setembro de 2004.
62

Art. 44. O disposto nesta Portaria não se aplica aos procedimentos de disponibilidade
pendentes de decisão, os quais serão analisados à luz das normas vigentes na ocasião
de publicação dos respectivos editais.
Art. 45. Para os requerimentos de habilitação que objetivem áreas colocadas em
disponibilidade pendentes de decisão na data de entrada em vigor desta Portaria, em
virtude da implantação de novo sistema de pré-requerimento eletrônico, o proponente
declarado vencedor será intimado, por meio de ofício com aviso de recebimento, para
efetuar novo requerimento no prazo de 10 (dez) dias contados do seu recebimento, nos
termos do art. 11.
Revogações
Art. 46. Ficam revogadas as Portarias DNPM n°s 419, de 19 de novembro de 1999; 48,
de 24 de fevereiro de 2000, 251, de 30 de outubro de 2001, e 152, de 1 de maio de 2006;
a Instrução Normativa nº 12, de 18 de dezembro de 2000, e a Circular nº 3, de 15 de
fevereiro de 2000.
Vigência
Art. 47. Esta Portaria entra em vigor após decorridos 30 (trinta) dias de sua publicação
oficial.

MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY

PORTARIA DNPM Nº 564, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2008 - DOU


23.12.2008
Altera as Portarias nos 23, de 16 de janeiro de 1997; 178, de 12 de abril de 2004; 347, de 29 de
setembro de 2004; 11, de 14 de janeiro de 2005; 268, de 27 de setembro de 2005; 199 e 201,
de 14 de julho de 2006; 144, de 3 de maio de 2007; 15, de 7 de janeiro de 2008; 263, 266, 268,
269 e 270, de 10 de julho de 2008; e 400, de 30 de setembro de 2008.

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL -


DNPM, no uso das atribuições que lhe confere o art. 17, XI, do Regimento Interno do
DNPM, aprovado pela Portaria MME nº 385, de 13 de agosto de 2003, e considerando o
§ 3º do art. 176 da Constituição Federal; os arts. 4º e 5º, II, da Lei nº 7.805, de 18 de
julho de 1989; o art. 3º da Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978; os arts. 22, I e § 2º;
art. 55, § 1º, 26, §2º, 32, 56 e 65, § 1º, do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967,
e art. 12 da Portaria MME n° 12, de 16 de janeiro de 1999, resolve:
Art. 1º Esta Portaria altera as Portarias nos23, de 16 de janeiro de 1997; 178, de 12 de
abril de 2004; 347, de 29 de setembro de 2004; 11, de 14 de janeiro de 2005; 268, de 27
de setembro de 2005; 199 e 201, de 14 de julho de 2006; 144, de 3 de maio de 2007; 15,
de 7 de janeiro de 2008; 263, 266, 268, 269 e 270, de 10 de julho de 2008; e 400, de 30
de setembro de 2008, do Departamento Nacional de Produção Mineral.
Art. 2º O item IV da Portaria nº 23, de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
"IV- A ausência de ingresso judicial na área atinente à autorização de pesquisa ou o
assentimento do órgão gestor da unidade de conservação, quando necessário, serão
considerados como fundamento para a prorrogação do alvará de pesquisa desde que o
titular demonstre, mediante documentos comprobatórios, que atendeu a todas as
diligências e intimações promovidas no curso do processo de avaliação judicial ou
determinadas pelo órgão gestor da unidade de conservação, conforme o caso, e não
contribuiu, por ação ou omissão, para a falta de ingresso na área ou de expedição do
assentimento."
Art. 3º O art. 22 e o caput do art. 26 da Portaria nº 178, de 2004, passam a vigorar com a
seguinte redação:
63

"Transformação a pedido
Art. 22. O requerente de PLG com prioridade assegurada ou o titular da PLG deverá
apresentar requerimento de mudança de regime mediante formulário padronizado de pré-
requerimento eletrônico, acompanhado de pré-requerimento eletrônico de alvará de
pesquisa, nos termos da Portaria DNPM nº 268, de 27 de setembro de 2005, alterada
pela Portaria DNPM 265, de 10 de julho de 2008, observando o disposto no art. 16 do
Código de Mineração.
§ 1º No ato de protocolização dos documentos de que trata o caput deste artigo, será
instaurado novo processo de requerimento de alvará de pesquisa, cujos autos ficarão
apensados aos autos do processo de PLG até a baixa na transcrição do título, nos
termos dos §§ 2º e 3º deste artigo.
§2º Outorgada a autorização de pesquisa, a PLG continuará em vigor, respeitada sua
validade e eventuais prorrogações, até a outorga da portaria de lavra, quando será
efetuada a baixa na transcrição da PLG com o arquivamento dos respectivos autos.
§3º Exaurido o prazo da PLG sem que o titular tenha requerido a sua prorrogação, será
efetuada a baixa na sua transcrição com o arquivamento dos autos e o processo
referente à autorização de pesquisa prosseguirá nos seus trâmites normais, sendo
vedado ao titular, nesta hipótese, a realização de quaisquer atividades de lavra até a
outorga da respectiva portaria, salvo se autorizado mediante guia de utilização."
"Transformação por determinação do DNPM
Art. 26. Quando a transformação de regime for de iniciativa do DNPM, o requerente de
PLG com prioridade assegurada ou o titular de PLG será intimado a apresentar, no prazo
de 60 (sessenta) dias, contados do recebimento do AR, requerimento de mudança de
regime mediante formulário padronizado de pré-requerimento eletrônico, acompanhado
de pré-requerimento eletrônico de alvará de pesquisa nos termos da Portaria DNPM nº
268, de 2005, alterada pela Portaria DNPM nº 265, de 2008, observando o disposto no
art. 16 do Código de Mineração."
Art. 4º Fica acrescido ao art. 26 da Portaria nº 178, de 2004, o § 3º com a seguinte
redação:
"Art. 26. ..................................................................................
§ 3º No ato de protocolização dos documentos de que trata o caput deste artigo, será
instaurado novo processo de requerimento de alvará de pesquisa, cujos autos serão
apensados aos autos do processo de PLG."
Art. 5º Ficam acrescidos à Portaria nº 178, de 2004, os arts. 10-A e 16-A com a seguinte
redação:
"Art. 10-A Caberá recurso contra o indeferimento do requerimento de PLG no prazo de 10
(dez) dias contados da publicação da decisão no Diário Oficial da União.
§ 1º O Chefe de Distrito deverá, apreciando os fundamentos do recurso:
I - manter o ato de indeferimento, caso em que determinará o encaminhamento dos autos
ao Diretor-Geral do DNPM, autoridade máxima e última instância administrativa da
Autarquia, para apreciação;ou
II - reconsiderar o ato de indeferimento, hipótese em que a remessa do recurso ao
Diretor-Geral do DNPM restará prejudicada.
§ 2º Os requerimentos considerados prioritários que contemplem total ou parcialmente a
respectiva área deverão permanecer com a análise suspensa até a decisão final do
recurso."
"Art. 16-A Caberá recurso contra o indeferimento do pedido de renovação da PLG no
prazo de 10 (dez) dias contados da publicação da decisão no Diário Oficial da União.
Parágrafo único. A interposição e o processamento do recurso a que se refere o caput
seguirão o disposto no § 1º do art. 10-A desta Portaria."
Art. 6º Os incisos XIX e XX do art. 5º e o art. 7º-A da Portaria nº 347, de 2004, passam a
vigorar com a seguinte redação:
64

"Art. 5º.....................................................................................
XIX - deferir e indeferir pedido de anuência prévia e averbação de contratos de cessão
total e parcial de direitos minerários referentes a alvará de pesquisa, ao direito de
requerer a lavra e ao requerimento de lavra;"
XX - deferir e indeferir pedido de anuência prévia e averbação de contratos de cessão
total e parcial de direitos minerários referentes aos títulos de registro de licença e de
permissão de lavra garimpeira; e"
"Art. 7º-A Salvo disposição normativa em contrário, os recursos interpostos na forma da
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, em face de decisão adotada por delegação, serão
inicialmente apreciados pelo Chefe de Distrito que deverá, apreciando os fundamentos do
recurso:
I - manter o ato de indeferimento, caso em que determinará o encaminhamento dos autos
ao Diretor-Geral do DNPM, autoridade máxima e última instância administrativa da
Autarquia, para apreciação;ou
II - reconsiderar a decisão, hipótese em que a remessa do recurso ao Diretor-Geral
restará prejudicada."
Art. 7º O parágrafo único do art. 2º; os arts. 4º e 11; e o § 1º do art. 14 da Portaria nº 11,
de 2005, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 2º. ....................................................................................
Parágrafo Único. A não apresentação do RAL ou a sua apresentação fora do prazo
estabelecido no art. 7º desta Portaria constituem infração à Legislação Mineral e sujeita o
titular ou o arrendatário, conforme o caso, a sanções, inclusive de multa, de acordo com
Portaria do DNPM, sem prejuízo de aplicação das demais penalidades."
"Art. 4º Todos os títulos de lavra de um mesmo titular ou de um mesmo arrendatário e as
áreas tituladas objeto de guia de utilização vigentes em um dado ano-base deverão ser
agrupados em um único RAL.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas declarantes de relatório anual de lavra que tenham
diferentes CNPJ para as unidades da federação onde operam poderão optar por fazer a
apresentação desmembrada do RAL para cada um dos CNPJ, sendo esta a opção
recomendada pelo DNPM."
"Art. 11. A apresentação do balanço anual pelos declarantes enquadrados no item VI do
art. 50, do Código de Mineração, deverá ser efetuada pela via impressa, em papel, com a
entrega de cópia do mesmo no protocolo dos Distritos ou da Sede do DNPM em Brasília-
DF."
"Art. 14. ...................................................................................
§ 1º. Além dos dados de qualificação do solicitante, deverá constar do pedido o Ano-Base
do RAL, o nome ou razão social e o CPF ou CNPJ do Declarante, bem como original ou
cópia autenticada do boleto comprovante do pagamento dos serviços, conforme valor
fixado em Portaria do DNPM;"
Art. 8º O § 4º do art. 1º da Portaria nº 268, de 2005, passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 1º ....................................................................................
§ 4° No ato de ingresso do requerimento no protocolo do DNPM, o servidor efetuará a
conferência da documentação e fará uso do código alfanumérico de confirmação do pré-
requerimento em todas as páginas do formulário padronizado impresso, para gerar as
respectivas etiquetas colantes e, salvo nos casos de cessão ou arrendamento total e de
redução de área em licenciamento, formar o processo."
Art. 9º O caput do art. 2º; art. 3º; o parágrafo único do art. 21; o art. 24 e o caput do art.
25 da Portaria nº 199, de 2006, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 2º O pedido de anuência e averbação de cessão total ou parcial de direitos de alvará
de pesquisa, registro de licença e permissão de lavra garimpeira será dirigido ao Diretor-
Geral, mediante formulário padronizado de pré-requerimento eletrônico, nos termos da
65

Portaria nº 268, de 27 de setembro de 2005, alterada pela Portaria nº 265, de 10 de julho


de 2008, assinado somente pelo cedente ou em conjunto com o cessionário e entregue
no protocolo do Distrito do DNPM onde se originou o processo cujo direito minerário é
objeto do contrato, juntamente com os documentos específicos de que tratam os arts. 11
a 16 desta Portaria."
"Art. 3º O pedido de anuência e averbação de contratos de cessão total ou parcial do
direito de requerer a lavra e do requerimento de lavra será dirigido ao Diretor-Geral,
mediante formulário padronizado de pré-requerimento eletrônico, nos termos da Portaria
nº 268, de 27 de setembro de 2005, alterada pela Portaria nº 265, de 10 de julho de
2008, assinado somente pelo cedente ou em conjunto com o cessionário, e o pedido de
anuência e averbação de contratos de cessão total ou parcial de concessão de lavra será
dirigido ao Ministro de Minas e Energia, apresentado mediante formulário padronizado de
pré-requerimento eletrônico, nos termos da Portaria nº 268, de 27 de setembro de 2005,
alterada pela Portaria nº 265, de 10 de julho de 2008, assinado conjuntamente pelo
cedente e cessionário, a serem entregues no protocolo do Distrito do DNPM onde se
originou o processo cujo direito minerário é objeto do contrato, juntamente com os
documentos específicos de que tratam os arts. 4º a 10 desta Portaria."
"Art. 21. ...................................................................................
Parágrafo único. Excepcionalmente, se à época da análise do pedido de anuência prévia
e averbação de cessão de direitos relativos a alvará de pesquisa o título estiver vencido
com relatório final de pesquisa apresentado pelo cedente pendente de análise, o pedido
de anuência e averbação somente será analisado após a decisão de que trata o art. 30
do Código de Mineração."
"Competência
Art. 24. O pedido de anuência prévia e averbação de contrato de cessão ou transferência
de direitos minerários será objeto de decisão:
I - do Chefe de Distrito, por delegação de poderes do Diretor-Geral, quando se tratar de
cessão total ou parcial de alvará de pesquisa, registro de licença, permissão de lavra
garimpeira, do direito de requerer a lavra ou do requerimento de lavra; ou
II - do Diretor-Geral, por delegação de poderes do Ministro de Minas e Energia, quando
se tratar de cessão ou transferência de direitos minerários relativos a concessão de lavra
e manifesto de mina.
Parágrafo único. A decisão sobre o pedido de anuência prévia e averbação de contratos
de cessão total ou parcial de direitos minerários será publicada no órgão oficial."
"Art. 25. O pedido de anuência prévia e averbação de cessão ou transferência de direitos
minerários será indeferido por meio de decisão devidamente fundamentada, quando,
dentre outros:"
Art. 10. Fica acrescido à Portaria nº 199, de 2006, o art. 25-A com a seguinte redação:
"Art. 25-A Caberá recurso contra a decisão que indeferir o pedido de anuência prévia e
averbação de cessão de direitos minerários no prazo de 10 (dez) dias contados de sua
publicação no Diário Oficial da União.
§ 1º Em se tratando da hipótese descrita no art. 24, I, desta Portaria, o Chefe de Distrito
deverá, apreciando os fundamentos do recurso:
I - manter o ato de indeferimento, caso em que determinará o encaminhamento dos autos
ao Diretor-Geral, autoridade máxima e última instância administrativa do DNPM, para
apreciação; ou
II - reconsiderar a decisão, hipótese em que a remessa do recurso ao Diretor-Geral
restará prejudicada.
§ 2º Em se tratando da hipótese descrita no art. 24, II, desta Portaria, o Diretor-Geral
deverá, apreciando os fundamentos do recurso:
I - manter o ato de indeferimento, caso em que determinará o encaminhamento dos autos
ao Ministro de Minas e Energia; ou
66

II - reconsiderar a decisão, hipótese em que a remessa do recurso ao Ministro de Minas e


Energia restará prejudicada."
Art. 11. O art. 6º da Portaria nº 201, de 2006, passa a vigorar acrescido de parágrafo
único com a seguinte redação:
"Art. 6º.....................................................................................
Parágrafo único. Em se tratando de processos minerários e administrativos que estejam
em tramitação na Diretoria Geral, os pedidos de vista ou obtenção de cópias deverão ser
formulados com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas por meio do sítio
eletrônico do DNPM na internet ou mediante formulário próprio a ser entregue na Sala do
Cidadão."
Art. 12. O art. 7º e o inciso X do art. 17 da Portaria nº 144, de 2007, passam a vigorar
com a seguinte redação:
"Art. 7º Caberá recurso contra a decisão que indeferir o pedido de emissão de GU no
prazo de 10 (dez) dias contados da ciência do interessado.
Parágrafo único. O Chefe de Distrito deverá, apreciando os fundamentos do recurso:
I - manter o ato de indeferimento, caso em que determinará o encaminhamento dos autos
ao Diretor-Geral do DNPM, autoridade máxima e última instância administrativa da
Autarquia, para apreciação;ou
II - reconsiderar a decisão, hipótese em que a remessa do recurso ao Diretor-Geral
restará prejudicada."
"Art. 17. ..................................................................................
X - apresentar ao DNPM, até o dia 15 de março de cada ano, relatório das atividades de
extração (RAE) realizadas no ano anterior, por meio eletrônico conforme modelo
disponibilizado no sítio do DNPM na internet, exceto quando extinto o direito minerário
conforme disposto no art. 16, hipótese em que o RAE deverá ser apresentado no prazo
de 30 (trinta) dias contado da extinção do direito, informando as atividades de extração
desenvolvidas até aquela data."
Art. 13. O art. 17 da Portaria nº 144, de 2007, passa a vigorar acrescido dos §§ 1º e 2º
com a seguinte redação:
"Art. 17. .................................................................................
§ 1º Até que o DNPM disponibilize o RAE de que trata o inciso X deste artigo por meio
eletrônico, o titular de alvará de pesquisa com guia de utilização deverá apresentá-lo por
meio do formulário do relatório anual de lavra-RAL, disponível no sítio eletrônico do
DNPM na internet, preservadas as atuais atribuições legais de cada categoria
profissional.
§ 2º A entrega do RAE na forma do parágrafo anterior desobriga o titular da apresentação
de RAL no regime de autorização de pesquisa com guia de utilização."
Art. 14. O art. 9º da Portaria nº 144, de 2007, passa a vigorar acrescido de parágrafo
único com a seguinte redação:
"Art. 9º ...................................................................................
Parágrafo único. Em caso de atividade de lavra ilegal a GU somente será emitida após
concluída a apuração do fato com a paralisação das atividades, levantamento das
substâncias e quantidades explotadas e comunicação ao órgão ambiental, ao Ministério
Público Federal e à Advocacia Geral da União."
Art. 15. A tabela constante do Anexo II da Portaria n 144, de 2007, passa a vigorar nos
termos da tabela constante do Anexo I desta Portaria.
Art. 16. O parágrafo único do art. 2º da Portaria nº 15, de 2008, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 2º ...................................................................................
Parágrafo único. As pessoas jurídicas declarantes de relatório anual de lavra que tenham
diferentes CNPJ para as unidades da federação onde operam poderão optar por fazer a
67

apresentação desmembrada do RAL para cada um dos CNPJ, sendo esta a opção
recomendada pelo DNPM."
Art. 17. O art. 5º da Portaria nº 263, de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 5º A planta de situação deverá ser georreferenciada, assinada por profissional
legalmente habilitado e apresentada em escala adequada, contendo, além da
configuração gráfica da área, os principais elementos cartográficos, tais como ferrovias,
rodovias, dutovias e outras obras civis, rios, córregos, lagos, áreas urbanas,
denominação das propriedades, ressaltando limites municipais e divisas estaduais,
quando houver."
Art. 18. Os incisos IV, VII e X e os §§ 1º, 2º, 3º e 4º do art. 4º da Portaria nº 266, de 2008,
passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 4º ....................................................................................
IV - planta de situação da área objetivada na forma estabelecida na Portaria DNPM nº
263, de 10 de julho de 2008;
VII - plano de aproveitamento econômico, assinado por profissional legalmente habilitado,
acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica, quando o
empreendimento envolver desmonte com uso de explosivos ou operação de unidade de
beneficiamento mineral, inclusive instalações de cominuição, excetuandose peneiramento
na produção de agregados;
X - prova de recolhimento dos emolumentos fixados em Portaria do DNPM.
§ 1º A empresa dispensada da apresentação de plano de aproveitamento econômico fica
obrigada a apresentar memorial explicativo das atividades de produção mineral, assinado
por profissional legalmente habilitado, acompanhado da respectiva anotação de
responsabilidade técnica, contendo, no mínimo, o método de produção mineral a ser
adotado, suas operações unitárias e auxiliares, tais como, decapeamento, desmonte,
carregamento, transporte, manutenção de equipamentos, construção de áreas de
depósito de estéril e barramentos, escala de produção, mão de obra contratada, medidas
de segurança, de higiene do trabalho, de controle dos impactos ambientais e de
recuperação da área minerada e impactada.
§ 2º Além do disposto no inciso VII deste artigo, a juízo do DNPM, poderá ser exigido do
requerente plano de aproveitamento econômico, assinado por profissional legalmente
habilitado e acompanhado da devida anotação de responsabilidade técnica.
§ 3º Para fins de registro no DNPM, a licença de que trata o inciso II deste artigo deverá
conter, no mínimo, as seguintes informações: nome do licenciado; localização, município
e estado em que se situa a área; substância mineral licenciada; área licenciada em
hectares; memorial descritivo ou descrição da área licenciada que permita sua
localização, desde que conste, no mínimo, um ponto de coordenadas geodésicas, datum
SAD 69 da área licenciada e a data da sua expedição.
§ 4º Situando-se a área pretendida em mais de um município, deverão ser apresentadas
as licenças emanadas de cada um dos respectivos municípios, as quais serão objeto de
um único registro, observado o disposto no art. 43, II, desta Portaria."
Art. 19. Fica acrescido ao art. 4º da Portaria nº 266, de 2008, o § 5º com a seguinte
redação:
"Art. 4º.....................................................................................
§ 5º O memorial explicativo das atividades de produção mineral ou o plano de
aproveitamento econômico (art. 8º da Lei n° 6.567, de 1978), conforme o caso, deverá
ser apresentado ao DNPM em duas vias, devendo a segunda via ser devolvida ao titular,
devidamente autenticada, após a publicação do respectivo título no Diário Oficial da
União, para ser mantida nas instalações da mina à disposição da fiscalização do DNPM."
Art. 20. Os art. 6° e 8º; o § 2º do art. 13; os arts. 19 e 22; o caput do art. 23; o art. 24; os
incisos I, II, III e IV do art. 27; o art. 28; os §§ 2º e 3º do art. 30; o inciso II do art. 38 e os
arts. 44 e 46 da Portaria nº 266, de 2008, passam a vigorar com a seguinte redação:
68

"Art. 6º O requerente deverá apresentar ao DNPM, no prazo de até 60 (sessenta) dias


contados da protocolização do pedido de registro de licença, a licença ambiental de
instalação ou de operação, ou comprovar, mediante cópia do protocolo do órgão
ambiental competente, que ingressou com o requerimento de licenciamento ambiental,
dispensada qualquer exigência por parte do DNPM, sob pena de indeferimento do
requerimento de registro de licença.
§ 1º Nos Distritos em que o órgão ambiental competente exigir, para outorga da licença
ambiental, manifestação prévia do DNPM sobre a prioridade da área, após a análise final
do requerimento, em sendo o caso, será encaminhado ao interessado, pelo Chefe de
Distrito, com aviso de recebimento, uma declaração de que o requerente se encontra
apto a receber o título.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo de 60 (sessenta) dias de que trata o
caput deste artigo será computado a partir da data constante do aviso de recebimento da
declaração ou, se for o caso, da data de ciência nos autos.
§ 3º Em sendo apresentada cópia do protocolo do órgão ambiental competente, a
qualquer tempo o DNPM poderá formular exigência para que o requerente comprove que
tem adotado todas as providências necessárias para a emissão da licença ambiental, sob
pena de indeferimento do requerimento de registro de licença."
"Art. 8º Caberá recurso contra o indeferimento do pedido de registro de licença no prazo
de 10 (dez) dias contados da publicação da decisão no Diário Oficial da União.
§ 1º O Chefe de Distrito deverá, apreciando os fundamentos do recurso:
I - manter o ato de indeferimento, caso em que determinará o encaminhamento dos autos
ao Diretor-Geral do DNPM, autoridade máxima e última instância administrativa da
Autarquia, para apreciação;ou
II - reconsiderar o ato de indeferimento, hipótese em que a remessa do recurso ao
Diretor-Geral do DNPM restará prejudicada.
§ 2º Os requerimentos considerados prioritários que contemplem total ou parcialmente a
respectiva área deverão permanecer com a análise suspensa até a decisão final do
recurso."
"Art. 13 ...................................................................................
§ 2º Os prazos dos documentos referidos no caput deste artigo serão computados a partir
da data de sua expedição, salvo se disposto de forma diversa."
"Art. 19. A juízo do DNPM poderá ser exigida do titular do registro de licença, a qualquer
tempo, a apresentação de plano de aproveitamento econômico, assinado por profissional
legalmente habilitado e acompanhado da devida anotação de responsabilidade técnica."
"Art. 22. O pedido de prorrogação do registro de licença deverá ser protocolizado no
Distrito do DNPM competente até o último dia da vigência do título ou da prorrogação
anteriormente deferida, instruído com prova de recolhimento dos emolumentos fixados
em Portaria do DNPM (demais atos de averbação).
§ 1º A nova licença municipal, autorização do proprietário do solo ou assentimento do
órgão público, conforme o caso, deverão ser apresentados ao DNPM em até 30 (trinta)
dias após o último dia de vigência do título ou da prorrogação anteriormente deferida,
dispensando-se quaisquer exigências por parte do DNPM, sob pena de indeferimento do
pedido de prorrogação.
§ 2º Quando, nos termos do art. 18, § 4º, da CF/88, ocorrer criação, incorporação, fusão
ou desmembramento de municípios durante a vigência do registro de licença, deverá ser
apresentada licença do novo município e dos demais, quando abrangidos pela área
licenciada.
§ 3º Se expirado o prazo de qualquer documento de que trata o § 1º deste artigo antes da
decisão do pedido de prorrogação, o titular deverá protocolizar, em até 30 (trinta) dias
contados do vencimento do mesmo, novo documento, dispensando-se quaisquer
exigências por parte do DNPM, sob pena de indeferimento do pedido de prorrogação."
69

"Art. 23. A prorrogação do registro de licença independe da outorga de novo título e será
objeto de decisão a ser exarada no prazo de até 120 (cento e vinte) dias contados da
protocolização do pedido."
"Art. 24. Considera-se prorrogado o prazo do registro de licença até a manifestação
definitiva do DNPM, desde que atendido o disposto no art. 22, caput e §§ 1º e 2º,
respeitado o menor prazo dentre os previstos na nova licença municipal, na nova
autorização do proprietário do solo ou no novo assentimento do órgão público, conforme
o caso."
"Art. 27. .................................................................................
I - o titular estiver com débito inscrito em dívida ativa relativo à Compensação Financeira
pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM, conforme art. 2º, III, da Portaria DNPM nº
439, de 21 de novembro de 2003;
II - a nova licença municipal, a autorização do proprietário do solo ou o assentimento do
órgão público não forem apresentados no prazo estabelecido no § 1º do art. 22;
III - os prazos de validade dos documentos referidos no § 1º do art. 22 estiverem
vencidos sem que o titular tenha apresentado novo documento conforme determina o §
3º do mesmo artigo;
IV - desacompanhado do comprovante de pagamento dos emolumentos referido no caput
do art. 22; e"
"Art. 28 Caberá recurso contra o indeferimento do pedido de prorrogação do título de
licenciamento no prazo de 10 (dez) dias contados da publicação da decisão no Diário
Oficial da União.
Parágrafo único. A interposição e o processamento do recurso a que se refere o caput
seguirão o disposto no § 1º do art. 8º desta Portaria."
"Art. 30. .................................................................................
§ 2º O titular poderá apresentar defesa no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da
publicação do ato de instauração do procedimento a que se refere o caput deste artigo.
§ 3º Contra a decisão que cancelar, anular ou cassar o registro de licença caberá recurso
no prazo de 10 (dez) dias contados da sua publicação no Diário Oficial da União, cujo
processamento observará o disposto no § 1º do art. 8º desta Portaria."
"Art. 38 ..................................................................................
II - o titular esteja adimplente com o pagamento da taxa anual por hectare ou eventual
taxa de vistoria relativamente ao processo minerário, e não possua débito inscrito em
dívida ativa relativo à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais -
CFEM."
"Art. 44. O prazo para cumprimento de exigências será de 30 (trinta) dias contados da
sua publicação no Diário Oficial da União, admitida a prorrogação a critério da autoridade
competente, mediante requerimento do interessado, devidamente justificado,
protocolizado antes de expirado o prazo para o cumprimento da exigência ou de sua
prorrogação.
Parágrafo único. Em se tratando de exigência formulada em razão do disposto no
parágrafo único do art. 11 desta Portaria, o prazo para cumprimento será de 60
(sessenta) dias."
"Art. 46. Fica mantida a delegação de poderes aos Chefes de Distrito para decidir sobre
requerimento e título de registro de licença em todas as suas fases nos termos da
Portaria DNPM nº 347, de 29 de setembro de 2004."
Art. 21. Os arts. 11 e 37 da Portaria nº 266, de 2008, passam a vigorar acrescidos de
parágrafo único com a seguinte redação:
"Art. 11. ...............................................................................
Parágrafo único. Caso se verifique que parte da área objetivada interfere com área
onerada, o DNPM formulará exigência para que o requerente manifeste seu interesse na
70

área remanescente, no prazo fixado no parágrafo único do art. 44 desta Portaria, sob
pena de indeferimento do pedido de registro de licença."
"Art. 37. .................................................................................
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, o DNPM comunicará a
decisão ao município emissor da licença extinta e ao órgão ambiental competente."
Art. 22. Os incisos VIII e IX do art. 6º; o caput, o inciso III e o § 3º do art. 9º; o inciso II do
§ 1º do art. 11; o art. 13; os §§ 4º e 6º do art. 15; o art. 16; o caput do art. 17; o caput e o
§ 1º do art. 19; o §1º do art. 20; o art. 21; o caput e o § 1º do art. 24; o art. 25; os §§ 1º e
2º do art. 26; o art. 31; o inciso IV do art. 32; o parágrafo único do art. 33; o caput do art.
34; os incisos I, VII, IX e o parágrafo único do art. 36; o caput do art. 37; o § 2º do art.. 38;
o inciso III do art. 39 e os arts. 40, 41, 43 e 44 da Portaria nº 268, de 10 de julho de 2008,
passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 6º .................................................................................
VIII - decisão que declara a proposta prioritária;
IX - recursos eventualmente apresentados pelos interessados, assim como as
respectivas manifestações e decisões; e"
"Art. 9º O procedimento de disponibilidade de área será instaurado após decisão de
desoneração da área contra a qual não tenha sido interposto ou não caiba mais recurso
administrativo, mediante edital, contendo:
III - o prazo de 60 (sessenta) dias para apresentação de propostas, contado da
publicação do edital;
§ 3º É vedada a fixação de prazo para apresentação de propostas superior ou inferir a 60
(sessenta) dias, contados da publicação no Diário Oficial da União."
"Art. 11. .............................................................................
§ 1º .....................................................................................
II - o formulário de pré-requerimento de pesquisa, de concessão de lavra ou de
permissão de lavra garimpeira, conforme o caso."
"Art. 13. Em havendo apenas um interessado no procedimento de disponibilidade, o
requerimento de habilitação será processado como requerimento de pesquisa, de lavra
ou de lavra garimpeira, conforme o caso, restando prejudicado o prosseguimento da
disponibilidade e, com efeito, dispensando-se a realização das fases referidas nos incisos
I a III do art. 14 desta Portaria.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, o requerimento do único interessado
será analisado pelo técnico competente do Distrito, podendo ser formulada exigência
para melhor instrução do processo, desde que não se trate de ausência dos documentos
relacionados nos artigos 32, 35 e 38 desta Portaria."
"Art. 15. .............................................................................
§ 4º Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos proponentes presentes e
pela comissão julgadora e, em seguida, juntados aos autos do processo minerário.
§ 6º A documentação apresentada será objeto de análise posterior da comissão julgadora
que indicará os proponentes habilitados, inabilitados e aqueles cujas propostas não
merecem ser conhecidas, mediante parecer fundamentado exarado antes do
encaminhamento do processo ao Chefe de Distrito para decisão."
"Art. 16. O Chefe de Distrito não conhecerá as propostas apresentadas fora do prazo ou
de forma diversa da prevista nesta portaria e julgará a habilitação dos demais
proponentes mediante decisão a ser publicada no Diário Oficial da União.
Parágrafo único. Será julgado inabilitado o proponente que protocolizar requerimento de
habilitação não instruído com todos os documentos de que tratam os arts. 32, 35 e 38."
"Art. 17. Os proponentes habilitados no procedimento de disponibilidade terão analisadas
as suas propostas pela comissão julgadora conforme critérios técnicos específicos, os
quais serão pontuados conforme arts. 33, 36 e 39 desta Portaria."
71

"Art. 19. Havendo interferência parcial entre as áreas dos proponentes habilitados, a
comissão julgadora apreciará as propostas e definirá a ordem de classificação conforme
os critérios técnicos de julgamento desta Portaria.
§ 1º Retiradas as interferências, respeitando a ordem de classificação estabelecida pela
comissão, o proponente será instado a se manifestar no prazo de 10 (dez) dias, por meio
de ofício encaminhado com aviso de recebimento, sobre seu interesse pela área
remanescente."
"Art. 20...............................................................................
§ 1º No parecer de que trata o caput deste artigo, a comissão indicará a proposta
vencedora e a ordem de classificação das demais propostas. "
"Art. 21. Caberá recurso contra a decisão que declarar a(s) proposta(s) prioritária(s) no
prazo de 10 (dez) dias contados da publicação no Diário Oficial da União.
§ 1º O Chefe de Distrito deverá, apreciando os fundamentos do recurso:
I - manter a decisão, caso em que determinará o encaminhamento dos autos ao Diretor-
Geral do DNPM, autoridade máxima e última instância administrativa da Autarquia, para
apreciação; ou
II - reconsiderar a decisão, hipótese em que a remessa do recurso ao Diretor-Geral
restará prejudicada.
§ 2º A análise do requerimento relativo à(s) proposta(s) prioritária(s) ficará suspensa até
decisão final sobre eventuais recursos interpostos."
"Art. 24. Não tendo sido interposto ou uma vez julgado o recurso de que trata o art. 21, o
protocolo abrirá tantos processos quantas forem as propostas declaradas prioritárias,
iniciando o processo com cópia da decisão e o original da(s) proposta(s) prioritária(s),
fazendo uso do código alfanumérico do pré-requerimento para gerar a etiqueta de
identificação.
§ 1º A abertura do(s) processo(s) de que trata o caput deste artigo e o desentranhamento
da(s) proposta(s) prioritária(s) deverá(ão) ser devidamente certificado(s) no processo
minerário originário."
"Art. 25. O sorteio de que tratam os arts. 20, § 2º, 34, parágrafo único, 37, parágrafo
único, e 39, § 1º, desta Portaria será realizado em ato público, na sede do Distrito do
DNPM em cuja circunscrição se encontre localizada a área objeto da disponibilidade."
"Art. 26. .............................................................................
§ 1º A ausência do proponente convidado ou o seu comparecimento após o início do
sorteio implicará na sua exclusão do sorteio e desclassificação de sua proposta.
§ 2º Na ausência de todos os proponentes empatados, a área será novamente colocada
em disponibilidade, exceto se houver um terceiro proponente habilitado cuja proposta não
esteja sujeita à desclassificação."
"Art. 31. Realizado o sorteio, o processo será encaminhado ao Chefe do Distrito para
declaração da proposta prioritária."
"Art. 32. .............................................................................
IV - prova de recolhimento dos emolumentos referentes à disponibilidade fixados em
Portaria do DNPM;"
"Art. 33. .............................................................................
Parágrafo único. Será desclassificada a proposta que obtiver pontuação zero em
qualquer critério estatuído neste artigo ou não obtiver o mínimo de 15 pontos no
somatório dos critérios."
"Art. 34. Em caso de empate das propostas habilitadas, serão aplicados os critérios de
desempate na seguinte ordem de classificação:"
"Art. 36.
.........................................................................................:
I - previsão de investimentos em benefício das comunidades alcançadas pelo projeto -
Pontuação: 0 a 5 pontos;
72

VII - previsão de investimentos em novos trabalhos de pesquisa geológica com vistas a


ampliação da reserva e melhor conhecimento da jazida - Pontuação: 0 a 5 pontos;
IX - previsão de investimentos em verticalização na cadeia produtiva, após a última etapa
do beneficiamento, a serem efetuados na região em que se situa a jazida, ainda que por
terceiros ou consórcio - Pontuação: 0 a 5 pontos.
Parágrafo único. Será desclassificada a proposta que obtiver pontuação zero em
qualquer critério de julgamento deste artigo ou não obtiver o mínimo de 15 pontos no
somatório dos critérios."
"Art. 37. Em caso de empate das propostas habilitadas, serão aplicados os critérios de
desempate na seguinte ordem de classificação:"
"Art. 38. .............................................................................
§ 2º Na hipótese de a área estar situada dentro de perímetro urbano, o DNPM, antes de
instaurar o procedimento de disponibilidade, solicitará o assentimento da autoridade
administrativa local, para fins de atendimento do disposto no art. 2º da Lei nº 7.805, de 18
de julho de 1989."
"Art. 39.
.........................................................................................:
III - em havendo mais de uma cooperativa habilitada, a comissão julgadora indicará a
proposta vencedora adotando os seguintes critérios em ordem de classificação:"
"Art. 40. A área colocada em disponibilidade ficará livre com a aplicação do direito de
prioridade de que trata a alínea "a" do art. 11 do Código de Mineração no primeiro dia útil
subseqüente ao termo final do prazo a que se refere o art. 9º, III, desta Portaria, quando:
I - nenhuma proposta for protocolizada; ou
II - protocolizada a desistência de todas as propostas no curso do prazo fixado no edital.
Parágrafo único. Existindo mais de uma proposta com área inferior àquela colocada em
disponibilidade e desde que não haja interferência parcial entre elas, as habilitações
serão processadas como propostas únicas, ficando livre a área não abrangida pelas
propostas, nos termos do caput deste artigo."
"Art. 41. Nas hipóteses de inabilitação ou desclassificação de todas as propostas ou de
homologação de desistência apresentada, após o final do prazo fixado no edital, por
todos os proponentes, deverá ser instaurado novo procedimento de disponibilidade de
área."
"Art. 43. Esta Portaria não se aplica aos processos de disponibilidade instaurados antes
de sua entrada em vigência, sem prejuízo do disposto no art. 44."
"Art. 44. Para os requerimentos de habilitação que objetivem áreas colocadas em
disponibilidade pendentes de decisão na data de entrada em vigor desta Portaria, em
virtude da implantação de novo sistema de pré-requerimento eletrônico, o proponente
declarado prioritário será intimado, por meio de ofício com aviso de recebimento, para
efetuar novo requerimento no prazo de 10 (dez) dias contados do seu recebimento, nos
termos do art. 11, sob pena de indeferimento e instauração de novo procedimento de
disponibilidade da área."
Art. 23. O art. 38 da Portaria nº 268, de 2008, passa a vigorar acrescido do § 3º com a
seguinte redação:
"§ 3º Em sendo negado o assentimento a que se refere o §2º deste artigo, o
procedimento de disponibilidade será instaurado para fins de pesquisa."
Art. 24. Fica acrescido à Portaria nº 268, de 2008, o art. 16-A com a seguinte redação:
"Art. 16-A. Caberá recurso contra a decisão a que se refere o art. 16 desta Portaria no
prazo de 10 (dez) dias contados da publicação no Diário Oficial da União.
§ 1º O Chefe de Distrito deverá, apreciando os fundamentos do recurso:
I - manter a decisão, caso em que determinará o encaminhamento dos autos ao Diretor-
Geral do DNPM, autoridade máxima e última instância administrativa da Autarquia, para
apreciação; ou
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II - reconsiderar a decisão, hipótese em que a remessa do recurso ao Diretor-Geral


restará prejudicada.
§ 2º Decorrido o prazo a que se refere o caput deste artigo sem apresentação de recurso
ou uma vez julgado o recurso interposto, a comissão julgadora analisará as propostas
técnicas dos proponentes habilitados."
Art. 25. O § 2º do art. 2º; os incisos II, III e VI do art. 5º; as alíneas "b"e "d" do inciso I do
art. 6º; as alíneas "b", "d" e "h" do inciso II do art. 6º; o art. 9º; o parágrafo único do art.
10; os arts. 15, 16, 17, 20 e 21 da Portaria nº 269, de 10 de julho de 2008, passam a
vigorar com a seguinte redação:
"Art. 2º................................................................................
§ 2º Para fins do caput deste artigo considera-se arrendamento todo e qualquer contrato
que tenha por objeto a exploração da jazida sem a transferência de titularidade da
concessão de lavra ou do manifesto de mina, admitida, como forma de pagamento, a
transferência, no todo ou em parte, do produto da lavra, pactuada ou não a preferência
de compra do produto mineral pelo titular."
"Art. 5º ...............................................................................
II - cópia autenticada dos atos societários do arrendante e do arrendatário, quando
pessoa(s) jurídica(s), devidamente registrados na junta comercial, comprovando os
poderes de representação do(s) signatário(s) do contrato de arrendamento;
III - novo plano de aproveitamento econômico da jazida, assinado por profissional
legalmente habilitado, acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica
- ART, ou declaração expressa do arrendatário comprometendo-se a executar o plano já
aprovado pelo DNPM;
VI - prova de recolhimento dos emolumentos no valor da averbação de cessão total de
direitos minerários fixados em Portaria do DNPM."
"Art. 6º ..............................................................................
I - .......................................................................................
b) cópia autenticada dos atos societários do arrendante e do arrendatário, quando
pessoa(s) jurídica(s), devidamente registrados na junta comercial, comprovando os
poderes de representação do(s) signatário(s) do contrato de arrendamento;
d) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes que identifiquem a poligonal da
área arrendada no interior da poligonal que delimita a concessão de lavra ou o manifesto
de mina, na forma estabelecida na Portaria DNPM nº 263, de 10 de julho de 2008,
acompanhados da respectiva ART; e
II - ......................................................................................
b) cópia autenticada dos atos societários sociais do arrendante e do arrendatário, quando
pessoa(s) jurídica(s), devidamente registrados na junta comercial, comprovando os
poderes de representação do(s) signatário(s) do contrato de arrendamento;
d) memorial descritivo e plantas de situação e de detalhes que identifiquem a poligonal da
área arrendada no interior da poligonal que delimita a concessão de lavra ou o manifesto
de mina objeto do arrendamento, na forma estabelecida na Portaria DNPM nº 263, de 10
de julho de 2008, acompanhados da respectiva ART;
h) prova de recolhimento dos emolumentos no valor da averbação de cessão parcial de
direitos minerários fixados em Portaria do DNPM."
"Art. 9º Em caso de atividade de lavra ilegal na área objeto do arrendamento, o pedido de
anuência prévia e averbação somente será objeto de análise após concluída a apuração
do fato com a paralisação das atividades, levantamento das substâncias e quantidades
explotadas e comunicação ao órgão ambiental, ao Ministério Público Federal e à
Advocacia Geral da União."
"Art. 10. ..............................................................................
Parágrafo único. Será indeferido o pedido de anuência prévia e averbação do contrato de
arrendamento caso algum dos interessados possua débito inscrito em dívida ativa relativo
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à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM, conforme art.


2º, I, da Portaria DNPM nº 439, de 2003."
"Art. 15. .............................................................................
IV - ser instruído com o comprovante de pagamento dos emolumentos no valor da
averbação de cessão total ou parcial de direitos minerários fixados em Portaria do DNPM,
conforme se trate de arrendamento total ou parcial."
"Art. 16. Qualquer alteração ocorrida em relação a contrato já averbado, à exceção de
aspectos relativos a preço, forma de pagamento e do prazo pactuado, implicará no
indeferimento do pedido de prorrogação."
"Art. 17. Ficará automaticamente prorrogado o prazo do contrato de arrendamento já
averbado até manifestação definitiva do DNPM, respeitado o prazo pactuado pelos
contratantes, desde que o pedido de prorrogação tenha sido efetuado nos termos do art.
15 e o contrato já averbado seja mantido com todas as suas cláusulas e condições, à
exceção do preço, forma de pagamento e do prazo pactuado."
"Art. 20. O arrendatário somente poderá executar atividades de lavra na área objeto do
contrato de arrendamento após a averbação pelo DNPM e a expedição da licença de
operação, em seu nome."
"Art. 21. A partir da data de averbação do arrendamento total ou parcial, o arrendatário
passará a responder solidariamente com o arrendante por todas as obrigações
decorrentes da concessão de lavra ou do manifesto de mina relativamente à área
arrendada no período firmado no contrato, sob pena de adoção das medidas cabíveis
pelo DNPM, inclusive declaração de caducidade do título, se for o caso.
Parágrafo único. A solidariedade de que trata o caput deste artigo deverá constar no
contrato de arrendamento, sob pena de indeferimento do pedido de anuência e
averbação após formulação de exigência."
Art. 26. Fica acrescido à Portaria nº 269, de 2008, os arts. 10-A e 18-A com a seguinte
redação:
"Art. 10-A Caberá recurso contra o indeferimento do pedido de anuência prévia e
averbação no prazo de 10 (dez) dias contados da publicação da decisão no Diário Oficial
da União.
Parágrafo único. O Diretor-Geral do DNPM deverá, apreciando os fundamentos do
recurso:
I - manter o ato de indeferimento, caso em que determinará o encaminhamento dos autos
ao Ministério de Minas e Energia; ou
II - reconsiderar o ato de indeferimento, hipótese em que a remessa do recurso ao
Ministério de Minas e Energia restará prejudicada."
"Art. 18-A Caberá recurso contra o indeferimento do pedido de prorrogação do
arrendamento no prazo de 10 (dez) dias contados da publicação da decisão no Diário
Oficial da União.
Parágrafo único. A interposição e o processamento do recurso a que se refere o caput
seguirão o disposto no parágrafo unico do art. 10-A."
Art. 27. Fica acrescido à Portaria nº 270, de 2008, o art. 2º-A com a seguinte redação:
"Art. 2º-A O DNPM utilizará os dados cadastrais disponíveis no CTDM nas suas relações
com o interessado, inclusive para fins de encaminhamento de comunicações, notificações
e intimações, formulação de exigências, cobrança de dívida com a Autarquia, dentre
outros atos, cabendo ao interessado manter as informações sempre atualizadas na forma
do art. 7º desta Portaria."
Art. 28. As alíneas "e" e "f" do inciso I do § 1º do art. 4º da Portaria nº 270, de 2008,
passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 4º................................................................................
§1º.....................................................................................
I -........................................................................................
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e) no caso de interessado sociedade cooperativa, comprovação de registro na Junta


Comercial competente;
f) salvo no caso de interessado sociedade cooperativa, os documentos relativos aos
sócios, nestes termos:
1. em se tratando de pessoa física, cópia autenticada de carteira de identidade ou
documento equivalente e comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do
Ministério da Fazenda - CPF dos sócios;
2. em se tratando de pessoa jurídica com sede no País, cópia autenticada do contrato
social ou do estatuto e de suas alterações, com o respectivo registro na junta comercial
competente; e
3. em se tratando de pessoa jurídica com sede no exterior, cópia autenticada da
procuração específica a que se refere o art. 2º da Instrução Normativa DNRC nº 76, de
28 de dezembro de 1998, em vigor e devidamente arquivada na junta comercial
competente."
Art. 29. O art. 5º da Portaria nº 400, de 2008, passa a vigorar acrescido de parágrafo
único com a seguinte redação:
"Art. 5º ..............................................................................
Parágrafo único. A prova do recolhimento dos valores fixados no Anexo I desta Portaria
poderá ser realizada mediante documento original ou cópia autenticada, sendo vedada a
apresentação de comprovante de agendamento de pagamento."
Art. 30. As alterações introduzidas por esta Portaria serão aplicadas, no que couberem,
aos processos minerários em tramitação e aos pedidos pendentes de análise pelo
DNPM.
Parágrafo único. Se necessário, o DNPM formulará exigência para adequação dos
processos e dos pedidos a que se refere o caput deste artigo às alterações introduzidas
por esta Portaria.
Art. 31. Ficam revogados o parágrafo único do art. 25 da Portaria nº 199, de 2006; o
inciso III do parágrafo único do art. 8º da Portaria nº 144, de 2007; o inciso VIII do art. 4º
e o parágrafo único do art. 12 da Portaria nº 266, de 2008; os § 1º do art. 9º, o inciso III
do § 1º do art. 11, os arts. 22 e 23, o inciso II do § 1º do art. 32 e o inciso VI do art. 36 da
Portaria nº 268, de 2008; e o parágrafo único do art. 18 da Portaria nº 269, de 2008.
Art. 32. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY

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