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RELATORIO FINAL DE PESQUISA MINERAL PROCESSO DNPM 866132/2015

JOSÉ PEDRO HOFFMANN

RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA MINERAL


PROCESSO DNPM: 866132/2015 E 866133/2015
CONJUNTO DE AREAS DO EMPREENDEDOR
JOSÉ PEDRO HOFFMANN
NOBRES - MT

Elaine Bernadete Ganzer


CREA 1200529049
Responsável Técnica

Cuiabá Setembro de 2019.

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA MINERAL JOSÉ PEDRO HOFFMANN

Sumário
1.0- INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5
2.0 – OBJETIVOS ...................................................................................................... 5
3.0- DADOS DO EMPREENDIMETO ........................................................................ 6
3.1- Dados do Empreendedor .................................................................................. 6
3.2- Dados do Responsavel Técnico....................................................................... 6
4.0 – LOCALIZAÇÃO E ACESSO ............................................................................. 6
5.0 – DADOS DA POLIGONAL ................................................................................. 8
5.1 – Área do Processo – José Pedro Hoffmann, Nobres -MT.............................. 8
6.0 – AMBIENTE SÓCIO-ECONÔMICO .................................................................. 11
6.1 - Uso e Ocupação do Solo ............................................................................... 14
7.0 – ASPECTOS FISIOGRÁFICOS ........................................................................ 16
7.1 – Pedologia ....................................................................................................... 16
7.3 – Vegetação....................................................................................................... 22
7.4 – Hidrografia ..................................................................................................... 23
7.5 – Clima ............................................................................................................... 26
8.0 – CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL .......................................................... 27
9.0 – GEOLOGIA LOCAL ........................................................................................ 33
9.1-Geologia de Detalhe ......................................................................................... 37
9.1.1-Grupo Araras ................................................................................................... 37
9.1.1-1-Porção superior Dolomitos ........................................................................... 37
9.1.1-2- Porção Inferior Calcários Calcíticos ............................................................ 37
10.0- MAPEAMENTO GEOLOGICO DE DETALHE ............................................... 39
12.0- ANALISES QUÍMICAS ................................................................................... 42
12.0- ANÁLISES FÍSICAS ....................................................................................... 43
13.0- RESULTADOS ANALITICOS ........................................................................ 44
13.1- Análises Químicas ...................................................................................... 44
13.2- Análises Físicas .......................................................................................... 44
14.0 - CÁLCULOS DE RESERVAS ......................................................................... 51
14.1 - Classificação de reservas adotada ............................................................. 51
14.1.1-Reserva Medida ............................................................................................ 52
14.1.2-Reserva Indicada........................................................................................... 52
14.2 - Método Empregado para a Cubagem das Reservas de Calcário ............. 52
14.3 – Execução do Processo de Cubagem ......................................................... 53
14.4 – Resultados Obtidos na Cubagem .............................................................. 56
15.0 - PRÉ-EXEQUIBILIDADE ECONÔMICA ......................................................... 58
15.1 - Lavra do Minério ........................................................................................... 58
15.1- Fases da lavra ................................................................................................. 58
15.2. Aplicação e Uso ............................................................................................. 59
15.3. Escala de Produção/ Programa de Trabalho ............................................... 59
15.3.1- Plano de produção ....................................................................................... 59
15.3.2- Programa de trabalho ................................................................................... 60
16.0- INFRAESTRUTURA ....................................................................................... 60
16.1. Estrada de acesso e Serviços ...................................................................... 60
16.2. Energia ........................................................................................................... 61
16.3- Comunicações ............................................................................................... 61
16.4- Edificações e instalações de suporte .......................................................... 61
16.5- Vida Útil do Empreendimento ...................................................................... 62
17.0 – CONCLUSÃO ............................................................................................... 65

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LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Mapa de localização e vias de acesso das áreas dos processos ANM
866132/2015 e 866133/2015. ............................................................................... 7
Figura 2-Poligonos dos Processos apresentados, extraídos do site da ANM. Sequencia
866.132/2015 e 8661.33/2015. ........................................................................... 11
Figura 3-Principais Produtores de Calcario no estado de Mato Grosso ........................ 13
Figura 4- Mapa de Uso e Ocupação de Solo da área da pesquisa. ............................. 15
Figura 5-Figura ilustrando os tipos de solo do estado e em destaque o solo encontrado no
local da pesquisa ................................................................................................ 17
Figura 6-Fotografias ilustrando o solo do tipo Podzólico e as rochas calcárias. ........... 18
Figura 7-Fotografias ilustrando a variação na topografia local e sua feições. ............... 19
Figura 8 - Unidades Geomorfológicas presentes no local e no entorno do empreendimento.
........................................................................................................................... 20
Figura 9- Carta Topografica com indicações de Cotas no Local. .................................. 21
Figura 10- Fotografias Ilustrando a vegetação presente nas áreas da pesquisa. ......... 23
Figura 11- Fotografia Ilustrando o córrego que ocorre na porção sudeste da área. ..... 24
Figura 12- Mapa identificando os principais recursos hídricos presentes nas áreas e nas
proximidades. ..................................................................................................... 25
Figura 13- Comportamento da chuva e da temperatura ao longo do ano dos últimos 30
anos. ................................................................................................................... 26
FIGURA 14-MAPA GEOLÓGICO REGIONAL INCLUINDO A ÁREA DE ESTUDO, COM DESTAQUE PARA A
REGIÃO ONDE FOI DESENVOLVIDO O ESTUDO. (MODIFICADO DE ALVARENGA E TROMPETTE
(1993)). ............................................................................................................... 29
Figura 15--Mapa geológico regional da Faixa de Dobramentos Paraguai (compilado e
modificado a partir de Almeida,1964). ................................................................ 30
Figura 16-Mapa Geológico Regional mostrando a geologia que ocorre no entorno da area
da pesquisa. ....................................................................................................... 32
Figura 17- Relevo em três dimensões das áreas do conjunto de processos utilizados para a
cubagem do minério. .......................................................................................... 34
Figura 18- Carta Topagráfica com as variações de cotas para a área da pesquisa. ... 35
Figura 19- Mapa Geológico Local da área 866.132/2015, alvo da Pesquisa Mineral.. 36
Figura 20-Fotografia ilustrando as amostras de rochas aflorantes na área do processos e
também um afloramento indicando o lineamento das rochas no local. .............. 39
Figura 21- Fotografias ilustrando as amostras de afloramentos preparadas para o envio a
laboratório........................................................................................................... 40
Figura 22-Mapa ilustrando o caminhamento executado nas áreas dos processos de
titularidade do Senho Jose Pedro. ...................................................................... 41
Figura 23- Mapa de Isoteores para CaO. ...................................................................... 46
Figura 24- Mapa de Isoteores para MgO. ..................................................................... 47
Figura 25- Mapa de Isoteores para SiO2. ..................................................................... 48
Figura 26- Mapa de Isoteores para PN. ........................................................................ 49
Figura 27- Bloco Diagrama para a área do Processo, ilustrando as variações de topografia.
........................................................................................................................... 50
Figura 28- Bloco Diagrama para os Calcários Calciticos e cobertura de solos. ........... 54
Figura 29- Perfis Longitudinais de Direção NE/SE ( 1 e 2) e NE(3). ............................ 55

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Dados da Poligonal dos processos Alvos da Pesquisa 8


Quadro 2 - Memorial Descritivo do Processo 866.132/2015. 8
Quadro 3 - Memorial Descritivo do Processo 866.133/2015. 10
Quadro 4 -Principais empresas produtoras de minérios no estado em ordem
crescente de Comercialização. 13
Quadro 5–Lista de amostragem para as áreas dos Processos 42
Quadro 6- Loação do Ponto de Amostragem da Analise Fisica. 43
Quadro 7- Resultados Analiticos das amostras enviadas ao Laboratorio.
44
Quadro 8-Cálculos de Reserva Medida 866.132/2015. 56
Quadro 9-Cálculos de Reserva Indicada 866.132/2015. 56
Quadro 10-Cálculos de Reserva Medida 866.132/2015. 56
Quadro 11-Cálculos de Reserva Indicada 866.132/2015. 56
Quadro 12-cálculos de Volume de Estéril 57
Quadro 13-Reservas minerais Totais Medida Indicada e Inferida 57
Quadro 14-Cálculos de Reservas – Volume de Minério 57
Quadro 15-Reservas Totais Lavrávies 57
Quadro 16- Uso do Calcário Na area. 59
Quadro 17- Plano de produção planejado. 60
Quadro 18-Produção Beneficada 60
Quadro 19-Descrição de equipamentos para processo Produtivo. 62
Quadro 20- Simulação de cálculos de investimentos e retorno. 63
Quadro 21- Simulação de cálculos de Fluxo de Caixa/TIR . 64

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1.0- INTRODUÇÃO
Este relatório Final de Pesquisa Mineral Positivo apresenta todos os dados
adquiridos no levantamento geológico realizados na área dos Processos DNPM
866.132/2015 e 866.133/2015 publicados em DOU no dia 01/10/2018,com os se-
guintes dados
-866.132/2015 ,Alvará de Pesquisa Mineral nº 4628 – 399,02 há.
-866.133/2015 Alvará de Pesquisa Mineral nº 4629 - 864,02 há
Estes processos tem como titular o senhor José Pedro Hoffmann e locali-
zam-se Município de Nobres, porção centro-sul da meso-região do estado de Mato
Grosso. A substância mineral requerida e autorizada para pesquisar Calcário com
uso para fabricação de Cal, Corretivo de Solo e brita.
Os dois processos terão os dados da pesquisa relacionados por estarem mui-
to próximos e ainda serem do mesmo titular, o que facilita a futura explotação das
duas áreas concomitantemente, utilizando as diferentes teores de MgO e CaO, para
blindagem caso necessário.
Neste relatório é apresentada uma revisão bibliográfica abordando diversos
trabalhos já realizados até o presente momento. Após a revisão bibliográfica, des-
crevemos de forma detalhada a geologia local através de mapa e perfis na escala 1:
10.000 da região do processo. Apresentamos também os dados químicos das amos-
tras coletadas durante os trabalhos de campo no perímetro da área de autorização
de pesquisa. Cabe ressaltar que todos os trabalhos foram executados respeitando o
limite da área de preservação permanente exigido pela legislação ambiental vigente
em nosso estado.

2.0 – OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é identificar e dimensionar os diferentes tipos de ro-
chas ocorrentes dentro da área dos Alvarás de Pesquisa e ainda avaliar a exeqüibi-
lidade econômica bem como fornecer subsídios para o melhor aproveitamento da
jazida mineral no local.
Sob o ponto de vista econômico, esta área é de extrema importância pois en-
contra-se próxima a uma importante via de escoamento de produção a BR 364, pró-
xima ao posto Gil, saída para Diamantino.
Os estudos executados no local foram satisfatórios para a instalação de um
empreendimento, sendo ainda estas cubagens ampliadas se somadas as reservas
dos dois processos.

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Estas áreas são de grande relevância para a instalação de um novo empre-


endimento de beneficiamento de calcário, para a fabricação de Cal Corretivo de So-
lo e Brita.
Os jazimentos investigados são passiveis de explotação no local, permitem o
empreendedor a elaborar um plano de explotação e comercialização que pode ser
considerado como um diferencial em relação a outras empresas do setor, conside-
rando que a maioria delas trabalha sobre regime de licenciamento no local.

3.0- DADOS DO EMPREENDIMETO


3.1- Dados do Empreendedor
Dados do empreendedor: José Pedro Hoffmann
CPF: 586.217.179-72
Endereço: Comunidade Coqueiral
Telefone: (65) 99982-1530
Contato: Elaine Bernadete Ganzer (65) Celular -99674-0404 Fixo-3025-68-05.

3.2- Dados do Responsavel Técnico


Nome: Elaine Bernadete Ganzer
CREA: 1200529049,Formação: Geóloga
Endereço Comercial: Avenida Historiador Rubens de Mendonça 1894,
Edificio Maruana, Sala 702, Bosque da Sáude-Cuiabá-MT.
Telefone: (65) Celular -99674-0404 Fixo-3025-68-05
Email: elaineganzer@hotmail.com, Company.geo.2014@gmail.com .

4.0 – LOCALIZAÇÃO E ACESSO


As áreas alvo correspondem aos processos 866.132/2015 e 866.133/2015,
objetos destes Relatório Final de Pesquisa Mineral, localizam-se na porção centro-
sul da meso-região do estado de Mato Grosso, zona rural do município de Nobres.
A área dista aproximadamente, 175 km da capital Cuiabá, cujo acesso é realizado
por via asfaltada partindo da cidade de Nobres pelas BR 163 e BR 364, segue-se
aproximadamente 23,8 km , tomando em seguida a MT 240 por 21,7 km, posterior-
mente tomando a direita por acesso local até as áreas. (Figura 1).

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Figura 1- Mapa de localização e vias de acesso das áreas dos processos ANM 866132/2015 e 866133/2015.

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5.0 – DADOS DA POLIGONAL


5.1 – Área do Processo – José Pedro Hoffmann, Nobres -MT
Este memorial descritivo corresponde a toda a área do processo ANM 866.
132,133/2015, totalizando 1.263,87 hectares (Quadro 1 e Figura 2), com alvará pu-
blicado no Diário Oficial da União – D.O.U. em 01/10/2019 sob nº 4628 e 4629 .

Quadro 1 – Dados da Poligonal dos processos Alvos da Pesquisa

Processo Area (ha) Longitude- PA Latitude -PA

866.132/2015 399,85 -14°30'09''935 -55°59'58''733

866.133/2015 864,02 -14°27'32''051 -55°59'56''881

Quadro 2 - Memorial Descritivo do Processo 866.132/2015.


Área (ha): 399,85 DATUM: SIRGAS2000

Cota mínima (m): 0 Cota máxima (m): 0

Latitude do ponto de amarração: -14°30'09''935 Longitude do ponto de amarração: -55°59'58''733

Descrição do ponto de amarração: Ponto de amarração Comprimento do vetor de amarração (m): 0,00

Ângulo do vetor de amarração: 00°00'00''000 Rumo do vetor de amarração: N

-14°30'09''935 -55°59'58''733

-14°30'09''935 -55°59'47''546

-14°30'06''767 -55°59'47''546

-14°30'06''767 -55°59'40''154

-14°30'03''176 -55°59'40''154

-14°30'03''176 -55°59'31''284

-14°29'58''952 -55°59'31''284

-14°29'58''952 -55°59'26''004

-14°29'55''151 -55°59'26''004

-14°29'55''151 -55°59'18''612

-14°29'51''560 -55°59'18''612

-14°29'51''560 -55°59'06''996

-14°29'49''871 -55°59'06''996

-14°29'49''871 -55°58'58''759

-14°29'46''703 -55°58'58''759

-14°29'46''703 -55°58'49''466

-14°30'44''994 -55°58'49''466

-14°30'44''994 -55°58'39''117

-14°30'38''024 -55°58'39''117

-14°30'38''024 -55°58'31''514

-14°30'32''322 -55°58'31''514

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-14°30'32''322 -55°58'23''911

-14°30'28''098 -55°58'23''911

-14°30'28''098 -55°58'15''463

-14°30'23''451 -55°58'15''463

-14°30'23''451 -55°58'08''916

-14°30'17''115 -55°58'08''916

-14°30'17''115 -55°58'00''467

-14°30'12''680 -55°58'00''467

-14°30'12''680 -55°57'53''920

-14°30'08''245 -55°57'53''920

-14°30'08''245 -55°57'47''795

-14°30'01''486 -55°57'47''795

-14°30'01''486 -55°57'40''825

-14°29'58''530 -55°57'40''825

-14°29'58''530 -55°57'25''830

-14°30'03''067 -55°57'25''830

-14°30'03''067 -55°57'27''101

-14°30'05''851 -55°57'27''101

-14°30'05''851 -55°57'30''963

-14°30'10''267 -55°57'30''963

-14°30'10''267 -55°57'34''792

-14°30'14''953 -55°57'34''792

-14°30'14''953 -55°57'38''829

-14°30'16''557 -55°57'38''829

-14°30'16''557 -55°57'40''895

-14°30'18''575 -55°57'40''895

-14°30'18''575 -55°57'44''515

-14°30'20''217 -55°57'44''515

-14°30'20''217 -55°57'48''600

-14°30'25''985 -55°57'48''600

-14°30'25''985 -55°57'59''028

-14°30'32''492 -55°57'59''029

-14°30'32''492 -55°58'03''246

-14°30'38''665 -55°58'03''246

-14°30'38''665 -55°58'12''925

-14°30'44''576 -55°58'12''925

-14°30'44''576 -55°58'18''224

-14°30'55''570 -55°58'18''224

-14°30'55''570 -55°58'14''355

-14°31'03''993 -55°58'14''355

-14°31'03''993 -55°58'19''052

-14°31'09''705 -55°58'19''052

-14°31'09''705 -55°58'21''590

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-14°31'18''457 -55°58'21''590

-14°31'18''457 -55°59'19''361

-14°31'03''667 -55°59'19''361

-14°31'03''667 -55°59'14''738

-14°30'57''519 -55°59'14''738

-14°30'57''519 -55°59'04''318

-14°30'51''619 -55°59'04''318

-14°30'51''619 -55°58'58''858

-14°30'47''368 -55°58'58''858

-14°30'47''368 -55°58'56''238

-14°30'04''459 -55°58'56''238

-14°30'04''459 -55°59'07''421

-14°30'07''604 -55°59'07''421

-14°30'07''604 -55°59'14''463

-14°30'12''703 -55°59'14''463

-14°30'12''703 -55°59'24''511

-14°30'16''144 -55°59'24''511

-14°30'16''144 -55°59'36''714

-14°30'19''079 -55°59'36''714

-14°30'19''079 -55°59'45''251

-14°30'23''480 -55°59'45''251

-14°30'23''480 -55°59'55''738

-14°30'27''212 -55°59'55''738

-14°30'27''212 -56°00'07''147

-14°30'21''790 -56°00'07''147

-14°30'21''790 -56°00'05''498

-14°30'14''386 -56°00'05''498

-14°30'14''386 -56°00'03''564

-14°30'12''891 -56°00'03''564

-14°30'12''891 -55°59'58''733

-14°30'09''935 -55°59'58''733

Quadro 3 - Memorial Descritivo do Processo 866.133/2015.


Área (ha): 864,02 DATUM: SIRGAS2000

Cota mínima (m): 0 Cota máxima (m): 0

Latitude do ponto de amarração: -14°27'32''051 Longitude do ponto de amarração: -55°59'56''881

Descrição do ponto de amarração: Ponto de amarração Comprimento do vetor de amarração (m): 0,00

Ângulo do vetor de amarração: 00°00'00''000 Rumo do vetor de amarração: N

Latitude Longitude

-14°27'32''051 -55°59'56''881

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-14°28'14''614 -55°59'56''881

-14°28'14''614 -56°00'35''481

-14°29'32''761 -56°00'35''481

-14°29'32''761 -56°01'58''364

-14°28'16''035 -56°01'58''364

-14°28'16''035 -56°01'06''976

-14°27'32''051 -56°01'06''976

-14°27'32''051 -55°59'56''881

Figura 2-Poligonos dos Processos apresentados, extraídos do site da ANM.


Sequencia 866.132/2015 e 8661.33/2015.

6.0 – AMBIENTE SÓCIO-ECONÔMICO


O estado de Mato Grosso desponta no cenário nacional como um dos princi-
pais polos produtores das variedades de soja, milho e algodão.
Este crescimento aliado a aplicação de novas tecnologias e equipamentos de
ponta precederam ao estado uma safra recorde que a cada ano vem evoluindo e
gerando novas expectativas de produção.
A produção de calcário assume neste cenário um importante papel quando se
pensa em produção e fertilidade de solo.

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A proximidade da região agrícola, com as principais empresas produtoras de


Calcário do estado aumentam ainda mais a facilidade de se ter bons preços e uma
distribuição garantida dos produtos minerais produzidos no município de Nobres –
MT.
Como se sabe, a agricultura em alta favorece o desenvolvimento sustentável
de várias regiões, muitas vezes consideradas como de economia frágil, estacionada
ou em decadência. O aumento da produtividade é proporcional ao desenvolvimento
regional, pois ocorre uma maior circulação de dinheiro, que tem seus reflexos
visíveis no número de construções civis em ascensão. Naturalmente a utilização de
cimentos e agregados para construção civil também tem sua demanda aumentada,
o que justifica uma busca na diferenciação química associada a critérios de campo
para explorar tipos de calcários específicos para os fins desejados.
Além da utilização como fertilizante o calcário pode e é utilizado em larga es-
cala como agregado para a construção civil como é o caso das obras de implantação
e a duplicação de BR 163/364 importante obra que esta sendo executada no estado,
sendo está muita próxima as áreas alvos da pesquisa.
A mineração é conhecida na região como uma das principais fontes de
geração de tributos e empregos, que são absorvidos quase na totalidade pelos
munícipes.
As atividades minerais relacionadas a exploração mineral na região são
executadas pelo método de lavra à céu aberto, e são considerados de pequeno,
médio e de grande porte. Quadro 4, e o gráfico da Figura 3, fornece uma idéia da
produção mineral das principais empresas de Mato Grosso no ano de 2010. (Figura
3 e Quadro 4 -Principais empresas produtoras de Calcário no estado. Quadro 4).

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Quadro 4 -Principais empresas produtoras de Calcário no estado.


EMPRESAS PRODUTORAS - 2010
EMPRESAS PRODUÇÃO Participação (%)
EMAL - Empresa de M. Aripuana LTDA Areia, Calcário (Rochas) 4,08
Copacel Ind.Com.Calcário Cereais LTDA Calcário (Rochas), Rochas (Britadas) 4,06
Votorantim Cimentos Brasil SA Argilas, Calcário ,Ferro 3,99
Caieira N. S. da Guia Mineração LTDA Calcário (Rochas) 2,85
Calcário Tangará Ind. Comércio LTDA Calcário (Rochas), Dolomito 2,48
Império Minerações LTDA Calcário, Dolomito, Rochas 1,6
Mineração Serra Dourada LTDA Calcário Rochas Britadas 1,49
Ecoplan Mineração LTDA Calcário (Rochas) 1,47
Calcário Vale Do Araguaia S/A Calcário Dolomito, Rochas Britadas 1,41
Reical Ind. e Com. de Calcário LTDA. Calcário Dolomito 1,25
Pedreira Tangará LTDA Rochas (Britadas) 0,93
Ind. e Com. de Calcário Cuiabá LTDA Calcário (Rochas) 0,87
Calcário Morro Grande Ind. e Com.LTDA Calcário (Rochas), Dolomito 0,76
Cavalca Empreendimentos LTDA Rochas (Britadas) e Cascalho 0,75

Figura 3-Principais Produtores de Calcario no estado de Mato Grosso


(Fonte Anuario Mineral 2010).

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6.1 - Uso e Ocupação do Solo


O levantamento de uso e ocupação do solo foi executado a partir de imagens
de satélite LANDSAT, georreferenciadas, e ainda com a compilação de dados de
coletados durante as diligencias e os trabalhos de campo.
Além da mineração na região são identificadas outras atividades produtivas
que incluem, a pecuária, suinocultura, piscicultura, ovinocultura e uma agricultura de
subsistência, sendo a pecuária a atividade mais desenvolvida. (Figura 4), e Anexo 2.

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Figura 4- Mapa de Uso e Ocupação de Solo da área da pesquisa.

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7.0 – ASPECTOS FISIOGRÁFICOS


Os aspectos Fisicos são de grande relevância na compilação de dados, desta
forma neste tópico serão descritos os principais aspectos fisiocos observados na na
área pesquisada e em seu entorno. A descrição compreende a trabalhos anteriores
realizados na região. Os temas apresentados são, Pedologia, Geomorfologia, Vege-
tação, Hidrografia e Clima, que podem ser relacionados direta ou indiretamente com
o substrato geológico e a mineralização do local.

7.1 – Pedologia
A gênese do solo está diretamente ligada a geologia do local e é facilmente
identificada a sua origem no local.
Os solos serão descritos de uma forma regional objetivando assim caracteri-
zar os mesmos quanto a sua origem e evolução. Para a descrição dos solos foi ado-
tada a classificação proposta por Miranda e Amorim (2000), que são, solos Podzo-
licos (Figura 5Figura 6).
Os Latossolos são solos minerais, não-hidromórficos, profundos (normalmen-
te superiores a 2 m), horizontes B muito espesso (> 50 cm) com seqüência de hori-
zontes A, B e C pouco diferenciados; as cores variam de vermelhas muito escuras a
amareladas, geralmente escuras no A, vivas no B e mais claras no C. A sílica (SiO2)
e as bases trocáveis (em particular Ca, Mg e K) são removidas do sistema, levando
ao enriquecimento com óxidos de ferro e de alumínio que são agentes agregantes,
dando à massa do solo aspecto maciço poroso; apresentam estrutura granular muito
pequena; são macios quando secos e altamente friáveis quando úmidos (SOUSA;
LOBATO, 2005).
Os solos pdzólicos ou argisolos quando relacionados as regiões de ocorrência
de rochas carbonáticas podem estar associados a amplas colinas ou mesmo a regi-
ões arrasadas, os solos de alteração autóctone são solos minerais não hidromórficos
do tipo Podzólico apresentando tonalidades vermelha e vermelha-amarelada, possui
horizonte B textural argiloso e horizonte A de textura areno-siltica. São pouco pro-
fundos a profundos, bem a imperfeitamente drenados, estes solos no local ocorrem
associados as rochas carbonáticas associado no caso a pequenos morrotes e nas
regiões arrasadas Estes solos quando analisados tendem a apresentar uma compo-
sição de Carbonato de Cálcio.

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Figura 5-Figura ilustrando os tipos de solo do estado e em destaque o solo encontrado no local da pesquisa
.

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Figura 6-Fotografias ilustrando o solo do tipo Podzólico e as rochas calcárias.

7.2 – Geomorfologia
Regionalmente a área abrange a Unidade Morfoescultural dos Planaltos e
Serras Residuais dos Altos dos Rios Paraguai/Guaporé. Estas unidades são
compostas por Planaltos em Cinturões Orogênicos e Depressões Periféricas e Mar-
ginais, correspondendo a primeira à Província Serrana em Serras Residuais e, a se-
gunda, à Depressão do Rio Paraguai (Figura 8).
Os planaltos e serras são descritos como um sistema contínuo de serras pa-
ralelas, litoestruturalmente condicionadas pelos dobramentos e falhamentos das ro-
chas sedimentares do Grupo Alto Paraguai e por diferentes erosões de suas cama-
das inclinadas.
Este processo gerou na área um relevo de morros dissecados, representa-
dos pelas serras alinhadas na região, conectadas entre si, marcando os flancos de
sinclinais e anticlinais, todas com atitude preferencial leste-oeste.
Estas serras são sustentadas pelos arenitos da Formação Raizama, com cris-
tas amplas onduladas e vertentes íngremes côncavas, nos flancos de baixa inclina-
ção, e cristas estreitas serrilhadas e vertentes convexas, nos flancos subverticais.
Os vales são formados pelas Formação Araras no núcleo das anticlinais (com altitu-
des variando 300 a 320m) (Figura 7).
Os Sistemas Geomorfológicos do local correspondem a Pedimentos e Super-
fície Regional de Aplanamento correspondem a relevos arrasados com cotas de até
200m, e com cristas conservadas (Carta Topográfica Figura 9).
Outra forma de relevo que é constantemente verificadas em áreas onde aflo-
ram as rochas carbonáticas, são os morrotes dolomíticos.

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Estas estruturas apresentam-se alongadas no sentido da estrutura regional


(Barros et al. 1982), por vezes silicificadas e outras laterizadas , e podem ocorrer
alimhados ou paralelos às cristas das serras principais. São observados em alguns
locais relevo cárstico que apresentam as formas exocarticas e endocarticas (Figura
7, Figura 8 e Figura 9).
1 - Formas Exocársticas - dolinas de abatimento que variam de poucos me-
tros ainda secas a kilométricas com água (principal causa da freqüente mudança das
estradas), dolinas de dissolução com captura de drenagens e lapiás tipo pináculo
(caneluras milimétricas a centimétricas) desenvolvidas pela exposição à ação das
águas meteóricas.
2 - Formas Endocársticas – cavernas de grandes proporções nas imediações
com grandes lagos subterrâneos.
Na área de pesquisa, não foi contatada a presença de cavernas ou dolina-
mento, as cotas nas áreas estudadas em relação as ocorrências dos litotipos variam
em média de 380 a 340 para as porções Dolomíticas e de 340 a 300 para as ocor-
rências de Calcário.

Figura 7-Fotografias ilustrando a variação na topografia local e sua feições.

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Figura 8 - Unidades Geomorfológicas presentes no local e no entorno do empreendimento.

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Figura 9- Carta Topografica com indicações de Cotas no Local.

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7.3 – Vegetação
Dos três grandes biomas presentes no Estado de Mato Grosso (Floresta Amazôni-
ca, Cerrado e Pantanal). A área em estudo se insere no denominado Cerrado/Savana
(IBGE, 1993). Conforme Ribeiro Filho et al. (1975), no Projeto Serra Azul, a cobertura ve-
getal nesta área pode ser agrupada em quatro tipos: cerrados e campos cerrados, matas-
tropicais, matas-galeria e campos pantanosos (Figura 10).

Os Cerrados
É constituído por dois estratos: um estrato de gramíneas, ocorrendo comumente o
capim membeca (Papalum repens), o capim barba-de-bode (Aristida pallens), o capim
mimoso (Panicum capiláceo) e o cansanção (Cnidoscolos urens); e um estrato arbóreo,
que varia desde o cerrado ralo ao cerradão, com árvores de pequeno e médio porte, retor-
cidas com folhas duras e ásperas como a lixeira (Curatella americana), a mangaba (Han-
cornia speciosa) o pau-terra (Qualea sp), o pau-santo (Kielmeyera coriácea), o pequi
(Caryocar brasiliensis) e o pau-doce (Vochysia thyrsoidea).
As Matas-galeria, também conhecidas como matas ciliares, são encontradas ao
longo dos cursos d’água e destancam-se nas regiões de cerrados e campos pela densida-
de de suas árvores de pequeno a grande porte, como o jatobá (Hymenea courbaril),
o paratudo (Cinnimmodendron axillare), o buriti (Mauritia vinifera), a gameleira do
gênero fícus, o babaçú (Orbignia martiana) e os ipês roxo (Tecoma impetigi nosa) e ama-
relo (Tecoma chysostricha).
As áreas dos processos encontram-se em partes providas de vegetação nativa e
em outras porções já desprovida de vegetação, sendo estas utilizadas para pastagem,
conforme pode ser visto na figura Figura 4.

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Figura 10- Fotografias Ilustrando a vegetação presente nas áreas da pesquisa.

7.4 – Hidrografia
A área estudada abrange a Bacia do Paraná, Sub Bacia do Rio Paraguai, sendo os
principais rios o Quebozinho e Ribeirão Estivado, estes afuentes do Rio Cuiabá.
A Bacia do Paraná é representada pela Sub-Bacia Regional do Alto Paraguai,
drenando toda a área a sul das serras através do Rio Cuiabá, rio Manso e seus afluentes
(Figura 12).

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O Rio Cuiabá nasce em meio à região montanhosa a leste-sudeste da Província


Serrana e toma sentido sudoeste e depois sul, banhando a Baixada Cuiabana, até desa-
guar no Rio Paraguai. Condicionado pelas direções estruturais regionais, assume um pa-
drão dendrítico-retangular, embora observa-se um padrão anastomosado abaixo da região
de Rosário. Seus afluentes que têm origem no núcleo de sinclinais, sobre a Formação Di-
amantino, assumem um padrão dendrítico, enquanto que as nascentes nos arenitos da
Formação Raizama obedecem um padrão paralelo e os que correm sobre os calcários do
Grupo Araras e podem desenvolver um padrão cárstico.
A principal drenagem nas proximidades da área o rio mais próximo é o quebozinho
conforme pode ser visto na Figura 11 e Figura 12.

Figura 11- Fotografia Ilustrando o córrego que ocorre na porção sudeste da área.

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Figura 12- Mapa identificando os principais recursos hídricos presentes nas áreas e nas proximidades.

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7.5 – Clima
De acordo com Miranda e Amorim (2000), o clima na área enquadra-se no ti-
po Tropical Quente Semi-úmido, apresentando duas estações bem definidas: uma
seca que dura de quatro a cinco meses e outra úmida nos demais meses do ano.
Na estação seca, geralmente entre os meses de maio e setembro, a região é
afetada pela migração das massas de ar frio Polar Atlântico proveniente do sul, fa-
zendo com que a precipitação pluviométrica fique bem abaixo dos 80mm, chegando
a 0mm no mês de agosto. A temperatura neste período oscila entre uma média má-
xima de 32º C e uma média mínima de 20º C, sendo julho o mês mais frio com tem-
peraturas mínima e máxima de 16º e 31º C, respectivamente.
Na estação úmida, entre os meses de outubro e abril, a região é afetada pelas
massas de ar quentes Equatoriais Continentais migradas do norte, e é marcada pelo
aumento considerável da precipitação pluviométrica e um tímido aumento da tempe-
ratura. A precipitação oscila acima dos 150 mm, sendo os maiores índices nos me-
ses de novembro a março, em torno de 250 a 350 mm. A temperatura máxima varia
entorno dos 36º C e a mínima entorno dos 23º C (Figura 13).

Figura 13- Comportamento da chuva e da temperatura ao longo do ano dos


últimos 30 anos.

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8.0 – CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL


As áreas pesquisadas correspondem aos processos 866.132/2015,
866133/2015 e situam-se no contexto geológico da Faixa Paraguai, porção sudeste
do Cráton Amazônico ( Figura 16).
Esta faixa é composta de rochas sedimentares depositadas numa margem
passiva durante o Neoproterozóico, posteriormente dobradas pela Orogênese Brasi-
liana/Pan Africana (Almeida & Hassui, 1984; Figueiredo, 2006). Porções desta faixa
de dobramentos encontram-se, em grande parte, encobertas pelos sedimentos qua-
ternários da Bacia do Pantanal ( FIGURA 14).
Segundo Alvarenga et.al 2000, a Faixa Paraguai exibe-se na forma de arco
com concavidades para SE, orientando-se na direção NE-SW no segmento para nor-
te e N-S no seu segmento sul.
Esta faixa possui uma extensão de 1500 km e largura média de 300km, desde
a região de Nova Xavantina passando por Cuiabá e província SERRANA e seguindo
ainda até Bonito e Corumbá no estado de Mato Grosso do Sul.
Esta faixa também e composta por uns outros ramos de direção NE-SE, que
ocorre desde corumbá até o interior da Bolívia, onde recebe a denominação de Cin-
turão Tavauca (aucolágeno). Esta unidade tectônica tem como características princi-
pais intensa deformação linear polifásica, presença de grandes falhamentos inversos
e de empurrão, ausência de produtos vulcânicos expostos e pela presença de
plútons de composição granítica em sua área mais interna (Almeida & Hassui, 1984).
Na sua porção interna é representada por uma seqüência de rochas metassedimen-
tares dobradas e metamorfizadas, que em direção ao cráton, passam a coberturas
sedimentares, em parte contemporâneas e estruturalmente dobradas e falhadas,
mas, não metamorfizadas. Em seu conjunto as estruturas configuram um grande
arco convexo para o cráton.
Segundo Almeida & Hassui (1984), essa faixa apresenta como principais ca-
racterísticas intensas deformação linear polifásica, há presença de grandes falha-
mentos inversos e de empurrão, ausência de produtos vulcânicos expostos enquan-
to que em sua área mais interna há presença de plútons de composição granítica.
A porção interna é representada por uma seqüência de rochas metassedi-
mentares dobradas e metamorfizadas, que em direção ao cráton, passam a cobertu-
ras sedimentares, em parte contemporâneas e estruturalmente dobradas e falhadas,
mas, não metamorfizadas. Em seu conjunto as estruturas configuram um grande
arco convexo para o cráton.

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Almeida & Hassui (1984) subdividiram a Faixa Paraguai em três zonas estru-
turais, denominadas de Brasilides Metamórficas, Brasilides Não-Metamórficas e Co-
berturas Brasilianas de Plataforma. Alvarenga & Trompette (1993) denominaram as
respectivas zonas estruturais como: (1) Zona Estrutural Interna; (2) Zona Estrutural
Externa; (3) Cobertura Sedimentar de Plataforma (
FIGURA 14 e Anexo II).
O Domínio Tectônico Interno é formado em sua maioria pelo Grupo Cuiabá
que compreende as rochas mais antigas da sequência sedimentar, o qual mostra-se
inteiramente metamorfizado em baixo grau (Orogênese Brasiliana) com rochas vul-
cânicas e intrusões graníticas localmente associadas.
O Domínio Tectônico Externo é representado pelas rochas sedimentares das
formações Puga, Raizama, Diamantino grupo Araras e Grupo Cuiabá (Figura 15).
Essa zona estrutural foi afetada pela Orogênese Brasiliana que originou intenso do-
bramento linear cortado por falhas inversas e/ou empurrão, tendo suas rochas lo-
calmente afetadas por metamorfismo de baixo grau. O contato entre a zona estrutu-
ral externa e interna, é feito através de falhas inversas de alto ângulo.
As Coberturas Sedimentares de Plataforma são formadas por rochas perten-
centes às formações Bauxi, Puga, Araras, Raizama Diamantino. Tais rochas apre-
sentam-se afetadas por ondulações e uma tectônica rúptil que se manifesta através
de falhas normais. O contato com as rochas dobradas da zona estrutural externa
está recoberto pelos sedimentos fanerozóicos da Bacia do Pantanal.

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FIGURA 14-MAPA GEOLÓGICO REGIONAL INCLUINDO A ÁREA DE ESTUDO, COM DESTAQUE PARA A
REGIÃO ONDE FOI DESENVOLVIDO O ESTUDO. (MODIFICADO DE ALVARENGA E TROMPETTE
(1993)).

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Figura 15--Mapa geológico regional da Faixa de Dobramentos Paraguai


(compilado e modificado a partir de Almeida,1964).

O primeiro trabalho de caracterização estrutural foi desenvolvido por Luz et al.


(1978, 1980), que distinguiram três eventos tectônicos que afetaram a Faixa Para-
guai, os três de natureza compressivas. Na região de Cuiabá, Alvarenga & Trompet-
te (1992), descreve quatro fases de deformação sucessivas. A primeira é a fase
principal e encontra-se bem representada em toda faixa. A segunda e a terceira têm
caráter local e são caracterizadas por suas clivagens de crenulação. A quarta fase,
tardi-orogênica é de natureza rúptil.
As rochas metassedimentares da Faixa Paraguai são divididas em três unida-
des litoestratigráficas: Grupo Cuiabá, Grupo Araras e Grupo Alto Paraguai.
Na porção mais basal da Faixa Paraguai encontra-se o Grupo Cuiabá forma-
do, da base para o topo, por filitos ricos em matéria orgânica e metadolomitos, so-
brepostos por rochas metassedimentares glaciomarinhas e turbidíticas, como dia-
mictitos, conglomerados, arenitos e folhelhos (Alvarenga & Trompette, 1992). Esta
seqüência grada lateralmente para as formações Bauxi e Puga.
A Formação Bauxi é representada por diamictitos intercalados com camadas
de siltitos, quartzitos e conglomerados, depositados sob influência glacial.
A Formação Puga é composta principalmente de diamictitos depositados na
área cratônica e correlacionados à glaciação Marinoana (Nogueira, 2003; Nogueira
et al. 2003; Trindade et al. 2003; Alvarenga et al. 2004).
Estas rochas formadas sob a influência da glaciação Marinoana são capeadas
por cerca de 1300 m de carbonatos do Grupo Araras, que foi dividido em duas for-
mações por Almeida (1964):

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Formação Guia, composta de aproximadamente 250 m de calcário e calcário


argiloso laminados, sobreposta pela Formação Nobres com cerca de 1100 m de do-
lomitos depositados em ambiente de plataforma rasa.
Sobreposta ao Grupo Araras, recentemente foi encontrada uma nova unidade
denominada de Formação Serra Azul (Figueiredo et al. 2005; Alvarenga et al. 2004).
Esta formação é composta essencialmente por cerca de 70 m de diamictito glacial
maciço na porção mais basal, recoberto por aproximadamente 200 m de laminitos
(Figueiredo et al. 2004). No topo ocorrem camadas de calcário num intervalo de 12
m, acima das quais observa-se um aumento da quantidade e da espessura de ca-
madas de arenito fino intercaladas, em direção à Formação Raizama.
A unidade superior da faixa consiste das rochas siliciclásticas do Grupo Alto
Paraguai (Figura 16) dividido em duas formações geológicas: Formação Raizama e
Formação Diamantino. A Formação Raizama é composta de conglomerados, arcó-
seos e arenitos, depositados em águas epineríticas, pouco profundas e ambientes
dominado por marés, durante subsidência lenta e contínua (Almeida, 1964). A For-
mação Diamantino é composta de folhelhos vermelhos, siltitos e arcóseos, deposita-
dos durante o soerguimento de porções mais a sudeste, que gerou uma bacia su-
cessora com influência marinha e continental tipo molassa (Hennies, 1966).

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Figura 16-Mapa Geológico Regional mostrando a geologia que ocorre no entorno da area da pesquisa.

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9.0 – GEOLOGIA LOCAL


A partir deste item serão analisados os dados de cada Processo individual-
mente, sendo para este relatório utilizados os dados do Processo 866.132/2015.
A área do processo objeto da análise geológica faz parte do flanco sudeste
de uma anticlinal. Essa anticlinal trata-se de uma estrutura de caráter regional assi-
métrica com eixo ondulado e com caimento para sudoeste.
O levantamento Geológico/Litoestrutural executado ao longo da área propici-
ou a elaboração do mapa de pontos (Anexo 2), fichas de descrição de afloramentos
(Anexo 3), reportagem fotográfica(Anexo 4), mapa geológico de detalhe (Anexo 2) e
uma carta geológica com a variação da litologia do local (Anexo 2).
O relevo da área é MUITO ACIDENTADO conforme mostra a Figura 9, com-
posto por rochas calcarias de composição calciticas, e dolomitcas, ocorrendo em
porções distintas .
As rochas calciticas ocorrem tanto em áreas de relevo arrasado como em
morros, já as rochas de composição dolomiticas apenas ocorrem em regiões eleva-
das como os morros.
Sotoposto a estas rochas ocorrem os arenitos pertencentes a formação Rai-
zama, passível de observação a olho nú, e que sustentam os morros.
As cotas topográficas do local variam de 300m a 380m, conforme pode ser vi-
luzualizado na Carta Topográfica, bem como nos blocos diagramas da Figura 8.

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Figura 17- Relevo em três dimensões das áreas do conjunto de processos utilizados
para a cubagem do minério.

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Figura 18- Carta Topagráfica com as variações de cotas para a área da pesquisa.

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Figura 19- Mapa Geológico Local da área 866.132/2015, alvo da Pesquisa Mineral.

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9.1-Geologia de Detalhe
Conforme especificado acima as mineralizações ocorrem em uma direção
preferencial, sendo compostos por calcários de composição dolomiticos e calciticos
correspondentes a porção superior e inferior da Formação Araras, recobrem aproxi-
madamente 100% de toda a área poligonal.

9.1.1-Grupo Araras
O grupo araras ocorre como já relatado acima em morrotes e afloramentos
facilmente observáveis no local, o que possibilita a visualização e destinção dos lito-
tipos de uma mesma formação (Dolomitos e Calcarios Calciticos).
As rochas desta Formação ocorrem em toda a extensão da área pesquisada
e consiste em afloramentos de grandes expressão aflorando na área do processo
866.132/2015. As direções preferenciais são N/E, obedecendo um lineamento já
conhecido regionalmente.
O contato entre as duas unidades da formação Araras no local é facilmente
observado onde ocorrem ainda rochas intensamente brechadas com cimemáticas
distintas resultantes de variação de rochas ocorrentes no local.
Para este processo que apresentou nos resultados analíticos as composi-
ções Calcitica e Dolomitica, foram dividido em blocos para a Cubagem. (Figura 19 e
Anexo 4).

9.1.1-1-Porção superior Dolomitos


Os dolomitos apresentam cores variando do cinza claro a esbranquiçada e às
vezes rosado, granulometria fina, geralmente maciço, coeso nas porçoes N/E
(Anexo 4). Não são observadas estruturas primarias como estratificações. De acordo
com os resultados analíticos os dolomitos encontrados no local são da porção
interna e não de zona de contato com outras unidades,isso pode ser evidenciado
pelo teor constante de Carbonato (dolomita). As amostras de rochas coletadas
mostraram um resultado de CaO 25,63% e MgO 15,55% ( Figura 19, e Anexo 5).

9.1.1-2- Porção Inferior Calcários Calcíticos


Os calcários encontrados possuem coloração cinza escuro por vezes
contendo venulações de calcita, de granulometria fina, geralmente maciço coeso,
ocorrendo na direção N/E (Anexo 4).

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Nestas rochas foram observadas estruturas de dissolução e uma zona inten-


samente brechada em uma provável zona de falha (Figura 20).De acordo com os
resultados analíticos os calcários calciticos encontrados no local são da porção in-
terna e não de zona de contato com outras unidades,isso pode ser evidenciado pelo
teor constante de Carbonato.As amostras de rochas coletadas ao longo da execução
das diligencias em campo, mostraram um resultado médio de CaO em 49,06 % e
MgO em 3,08%.

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1 2

Figura 20-Fotografia ilustrando as amostras de rochas aflorantes na área do


processos e também um afloramento indicando o lineamento das rochas no
local.

10.0- MAPEAMENTO GEOLOGICO DE DETALHE


Na área dos processos e no entorno de todo o empreendimento foram execu-
tados caminhamentos com a finalidade de coletar asmostras de rochas para a carac-
terização química do minério.
Foram executados caminhamentos na área dos dois processos DNPM,
866.132/2015 e 866.133/2015, conforme pode ser vizualizado na Figura 22, onde
foram coletadas amostras e dados como medidas de estruturas, fotografias e ocor-
rência de minério.

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Este caminhamento foi executado de forma a identificar os afloramentos para


comprovação de jazidas no local.
As amostras coletadas nesta etapa da pesquisa mineral, foram organizadas e
enviadas a laboratório para serem submetidas a análises para CaO, MgO, SiO2,
Perda ao Fogo, e Análise Granulométrica da brita (NBR 7217/87) e PN, poder de
Neutralização.
O conjunto de análises do processo é apresentado no anexo 5, incluindo os bole-
tins de análises.

Figura 21- Fotografias ilustrando as amostras de afloramentos preparadas para


o envio a laboratório.

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Figura 22-Mapa ilustrando o caminhamento executado nas áreas dos processos de titularidade do Senho Jose Pedro.

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12.0- ANALISES QUÍMICAS


Devido ao relvo do local as amostras encaminhadas ao laboratório, forma
somente amostras de rochas. Estas amostras foram separadas e acondicionadas
em embalagens e posteriormente enviadas ao laboratório Souza Neto & Souza
LTDA Agroanálise para serem submetidas a análises químicas com a finalidade de
conhecer a composição do minério (Figura 21).
Os parâmetros a serem analisados consistem em quantitativas para CaO,
MgO, SiO2, Perda ao Fogo, e Análise Granulométrica da brita (NBR 7217/87) e PN,
poder de Neutralização.
As amostras coletadas nesta etapa da pesquisa mineral, foram organizadas e
enviadas a laboratório para serem submetidas a análises para CaO, MgO, SiO2,
Perda ao Fogo, e Análise Granulométrica da brita (NBR 7217/87) e PN, poder de
Neutralização
Na Figura 27, é possível visualizar no Bloco 3D as áreas mineralizadas em
Calcarios tanto Dolomitico como Calcitico.
O poder de neutralização avalia o teor de materiais neutralizantes no calcário,
ou seja, a capacidade de reação dos ânions presente. Considera-se o carbonato de
cálcio (CaCO3) como padrão igual a 100%. Assim sendo, o poder neutralizante é
determinado pela comparação com o poder de neutralização do carbonato de cálcio
puro (CaCO3), que é de 100%. Detalhes sobre todos os procedimentos analíticos
podem ser encontrados no Manual de Análises Químicas da Embrapa organizado
por Silva (1999) e Martins (2005).
Conforme pode ser visualizado no mapeamento geológico e também nos re-
sultados analíticos pode se observar que nas áreas ocorrem os Calcário calcítico e
dolomito.( Quadro 5) .

Quadro 5–Lista de amostragem para as áreas dos Processos


Processo Amostra Latitude Longitude
866132/2015 132-01 14°31'25.14 55°58'11.34
866132/2015 132-02 14°31'37.19 55°58'43.56
866132/2015 06-P2 Amostra 01-Rocha 14º30'39.30 55º58'1.69
866132/2015 07-P2 Amostra 08-Rocha 14º30'20.7 55º59'50.34
866132/2015 08-P2 Amostra 4B-Rocha 14º30'0.52 55º57'30.66
866132/2015 09-P2 Amostra 05-Rocha 14º29'59.60 55º59'18.4
866132/2015 132-1 14°30'1.00 55º57'29.60
866132/2015 132-2 14º30'8.30 55º57'33.40
866132/2015 132-3 14º30'3.80 55º57'31.60

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866132/2015 132-4 14°30'11.80 55º57'37.20


866132/2015 132-5 14º30'17.40 55º57'43.20
866132/2015 132-6 14°30'17.10 55°57'44.40
866132/2015 132-7 14°30'18.20 55°57'50.10
866132/2015 132-8 14°30'16.80 55°57'54.30
866132/2015 132-9 14°30'34.30 55°57'58.50
866132/2015 132-10 14°30'38.90 55°58'4.40
866132/2015 132-11 14°30'35.80 55°58'18.40
866132/2015 132-12 14°30'36.10 55°58'22.50
866132/2015 132-13 14°30'37.90 55°58'9.80
866132/2015 132-14 14°31'12.30 55°58'23.30
866132/2015 132-15 14°31'9.10 55°58'29.80
866132/2015 132-16 14°31'3.80 55°58'34.20
866132/2015 132-17 14°31'11.00 55°58'26.10
866132/2015 132-18 14°31'5.50 55°58'25.80
866132/2015 132-19 14°30'57.50 55°58'26.70
866132/2015 132-20 14°30'23.30 56° 0'2.40
866132/2015 132-21 14°30'24.30 55°59'56.20
866132/2015 132-22 14°30'11.70 55°59'51.40
866132/2015 132-23 14°30'14.10 55°59'46.00
866132/2015 132-24 14°30'18.60 55°59'43.80
866132/2015 132-25 14º30'19.60 55º59'45.00

12.0- ANÁLISES FÍSICAS


A amostra enviada ao laboratório foi coleta em campo, e em acordo com as
espeficaçãoes para o resultado esperado.
Foi coletado uma mostra de 30 kg e enviada para o laboratório El condor En-
genharia, onde foi submetida a teste para determinação de parâmetros físicos com
a finalidade de utilizar o minério na construção civil como agregado, bem como pa-
ra fabricação de concreto. (Quadro 6 e Anexo V). A amostra foi coletada na pologi-
nal de outro processo, que tem a mineralização, com os mesmos lineamentos e
ocorrência de minério semelhantes.
Os parâmetros a serem analisados consistem em Abrasão de Los Angeles,
agregado MIudo, agregado graúdo (0,1,2).

Quadro 6- Loação do Ponto de Amostragem da Analise Fisica.


FURO LATITUDE LONGITUDE Elementos Analisados Processo
Abrasão de Los Angeles NBR
Amostra 01 14°31'13.15"S 55°58'20.97"O NM 51:2001 866.132/2015

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13.0- RESULTADOS ANALITICOS


13.1- Análises Químicas
As amostras analisadas apresentaram os seguintes resultados (Quadro 7).
Para os Calcários Calciticos obteve-se os teores de MgO em torno de
2,72%, e para Cao em torno de 45,06% .
Para os dolomitos os teores de MgO ficaram em torno de 31,7% de CaO e e
de 19,19% de MgO.
No intervalo Calcitico foi coletada e enviada uma amostra ao laboratório para
a execução de análises físicas de minério para uso como Brita 0, Brita 1, Brita 2 e
agregado miúdo, Corretivo de solo e CAL (processo 866.132/2015).
Estas variações de teores de MGO, CaO, Perda Ao Fogo, PN, estão registra-
das nos mapas das Figura 23,Figura 24,Figura 25 e Figura 26, e no Anexo IV.
Para o fabrico de Cal os resultados também se mostraram positivos, pois o
teor de Perda ao Fogo ficou em tono de 49,32 para o intervalo dolomitico e 38,78
para o intervalo Calcitico.

13.2- Análises Físicas


A amostra analisada para utilização do minério como Brita mostraram os se-
guintes resultados;
Graduação de Carga Abrasiva: B, Desgaste: 24,10% com resultado Satisfató-
rio para Utilização como Agregado Graudo (1) (NBR 7211) , Agregado Graudo (2)
(NBR 7211) Agregado Miudo (NBR 7211). Este resultado pode ser observado no
Anexo 5.

Quadro 7- Resultados Analiticos das amostras enviadas ao Laboratorio.

Amostra S W CaO MgO PN SIO2 PAF


06-P2 Amostra -14 30 39.30 -55 58 1.69 51,1 2,5 97 3,6 44,31
07-P2 Amostra -14 30 20.7 -55 59 50.34 30,73 21,55 105,2 1,9 0,59
08-P2 Amostra -14 30 0.52 -55 57 30.66 1,54 1,4 4,25 89,4 42,84
09-P2 Amostra -14 29 59.60 -55 59 18.4 29,4 20,5 102,5 5,1 42,31
132-1 -14 30 1.00 -55 57 29.60 54,53 2 101,28 41,03
132-2 -14 30 8.30 -55 57 33.40 53,13 2 99,72
132-3 -14 30 3.80 -55 57 31.60 54,53 2 101,28
132-4 -14 30 11.80 -55 57 37.20 45,43 10 103,78
132-5 -14 30 17.40 -55 57 43.20 52,43 3,5 101,28
132-6 -14 30 17.10 -55 57 44.40 52,5 3,55 101,22
132-7 -14 30 18.20 -55 57 50.10 53,83 3 102,03

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132-8 -14 30 16.80 -55 57 54.30 53,97 2,95 102,47


132-9 -14 30 34.30 -55 57 58.50 30,03 22 107,47
132-10 -14 30 38.90 -55 58 4.40 34,93 17,5 104,75
132-11 -14 30 35.80 -55 58 18.40 51,73 3 99,97
132-12 -14 30 36.10 -55 58 22.50 51,8 4 100,78
132-13 -14 30 37.90 -55 58 9.80 51,03 3,5 99,67
132-14 -14 31 12.30 -55 58 23.30 51,73 4,5 101,78
132-15 -14 31 9.10 -55 58 29.80 51,1 3,55 99,97
132-16 -14 31 3.80 -55 58 34.20 50,33 3,5 98,53
132-17 -14 31 11.00 -55 58 26.10 53,13 3,5 101,78
132-18 -14 31 5.50 -55 58 25.80 52,43 2,5 99,72
132-19 -14 30 57.50 -55 58 26.70 51,03 3,6 98,78
132-20 -14 30 23.30 -56 00 2.40 2,03 1,05 8,78
132-21 -14 30 24.30 -55 59 56.20 0,7 0,95 5,78
132-22 -14 30 11.70 -55 59 51.40 30,03 22,5 109,8
132-23 -14 30 14.10 -55 59 46.00 23,03 17 82,53
132-24 -14 30 18.60 -55 59 43.80 30,03 22,5 109,8

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Figura 23- Mapa de Isoteores para CaO.

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Figura 24- Mapa de Isoteores para MgO.

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Figura 25- Mapa de Isoteores para SiO2.

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Figura 26- Mapa de Isoteores para PN.

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Figura 27- Bloco Diagrama para a área do Processo, ilustrando as variações de to-

pografia.

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14.0 - CÁLCULOS DE RESERVAS


A partir deste momento serão aqui apresentados todos os parâmetros utlizi-
zados para os cálculos de Cubagem de minério, como por exemplo a classificação
das reservas de calcário bem como o método de cálculo e os resultados obtidos
quanto ao dimensionamento das mesmas.
Os resultados obtidos no mapeamento geológico serão agora compilados pa-
ra o processo 866.132/2015.

14.1 - Classificação de reservas adotada


Utilizando-se de critérios técnicos o Departamento Nacional de Produção Mi-
neral – DNPM elaborou uma classificação para as reservas minerais. Estes critérios
estão descritos abaixo e tornaram possível a distinção de três categorias de reser-
vas, sendo elas:
Segundo trabalhos de Yamamoto & Rocha (1996) e Pereira (2003), os cálcu-
los de reservas podem apresentar erros de estimativa que podem chegar a até 20%
para reservas medidas, 40% para reservas indicadas e superiores a 40% para re-
servas inferidas.

Reserva medida Reserva indicada Reserva inferida

Reserva Medida
Assim, reservas medidas são calculadas com base em medidas efetuadas
em afloramentos naturais, trincheiras, galerias ou sondagens. A qualidade do depó-
sito é conhecida nesta classe de reserva através de amostragem detalhada. De
acordo com esses critérios, a área estudada em detalhe permite a classificação de
sua reserva como reserva medida.

Reserva Indicada
As características que permitem a classificação de uma reserva como reser-
va indicada, são, dentre outras, as seguintes;
- quantidade e qualidade calculadas a partir de medidas e amostragens espe-
cíficas e em partes a partir da projeção de afloramentos dentro de uma distância viá-
vel considerando probabilidades geológicas.

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Reserva Inferida
- os limites e a qualidade não estão, nesse caso, exatamente definidos, desta
forma as reservas calculadas tem base em existência de poucos ou a inexistência de
afloramentos para medidas de espessura ou para a coleta de amostras.
Neste trabalho utilizou-se de métodos computacionais para a avaliação de
reservas proporcionando maior precisão de cubagem.
Além desta ferramenta foram calculadas após a execução dos perfis a cuba-
gem através do cálculo de volume com a multiplicação da área x base x altura e a
densidade do minério.
Na área de pesquisa foram consideradas as reservas Medida e Indicada e
também a Inferida considerando a profundidade de alguns furos alcançada que é de
21m, além do comportamento das mineralizações de calcário na região.

14.1.1-Reserva Medida
É aquela obtida da cubagem da jazida, utilizando uma cota base para cada
corpo de minério até a linha de superfície, levando-se em conta a cota mais baixa
onde foram constatados os afloramentos e ou sondagens, limitada à influência da
área por contatos ou limites do Alvará, desconsiderando a cobertura de 1,5 (um me-
tro e meio) metros de solo.

14.1.2-Reserva Indicada
É a reserva contida de subsuperfície obtida pelo cálculo da área dos perfis e
sua região de influência, considerando 10 metros abaixo da cota base da reserva
medida que é de 300 metros (cota da superfície), ou seja, foi considerada a reserva
contida entre as cotas de 290 e 300 metros.

14.2 - Método Empregado para a Cubagem das Reservas de Calcário


Para o cálculo da Reserva Mineral da área da Pesquisa, foram considerados
dois blocos sendo um calcitico e outro dolomitico, que somados resultam na Reserva
Mineral Medida.
Para este tipo de jazimento foi escolhida a metodologia dos Perfis Paralelos,
que identificaram as camadas da rocha e a altimetria local, permitindo calcular a
área do minério no perfil, e que multiplicado pela metade da distância entre os perfis
laterais têm-se o volume dos blocos da rocha de interesse.

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O cálculo foi obtido através da montagem dos perfis em programa Auto


CAD 2004, Surfer, Arc Gis, Global Maper, Excel, onde os resultados têm exce-
lente precisão. Posteriormente as áreas dos perfis foram relacionadas e somadas no
programa Excel for Windows.
Esta divisão resultou em 2 (dois) blocos distintos, e ainda um bloco de limpe-
za do terreno(solo), conforme identificado na Figura 27.
. O método de cálculo foi estabelecido considerando o modelo geológico do
jazimento, por meio de 2 (dois) Blocos, sendo um Calcítico e outro Dolomitico indivi-
dualizando as diferentes composições do minério.

14.3 – Execução do Processo de Cubagem


Para execução do processo de Cubagem foi considerado um bloco de Dolo-
mitos 104,69ha, e Calciticos 295,16ha em função dos resultados analíticos.
As áreas cubadas correspondem a relevo positivo sendo utilizada a cota de
300m para corte atingindo cotas de 360 metros, para a reservas medidas e para as
indicadas da cota 300m a 298m, em subsurpifice, ou seja 10 metros.
Já a limpeza do terreno foi considerado apenas 1,5m em função da grande
quantidade de rochas aflorantes.(Figura 28 e Figura 29 e Anexo 2.

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Figura 28- Bloco Diagrama para os Calcários Calciticos e cobertura de solos.

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Figura 29- Perfis Longitudinais de Direção NE/SE ( 1 e 2) e NE(3).

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14.4 – Resultados Obtidos na Cubagem


Os resultados utilizados para a cubagem de minério foram adquiridos com a
compilação de dados de campo e resultados Analíticos.
os trablhos resultaram em 2 (dois) blocos distintos sendo um calcítico e outro
dolomitico considerando os resultados analíticos adquiridos, e observações de cam-
po.
As reservas foram calculadas em m3, e posteriormente multiplicados pela
densidade para se obter a tonelagem, de maneira a apresentar a ANM-Agencia Na-
cioanl d Mineração em acordo com as legislações.
A camada de solo que ocorre no local foi considerada e utilizada para a sub-
tração de volume, conforme apresentado nos Quadro 8,
Quadro 9,Quadro 10,Erro! Fonte de referência não encontrada.,Quadro 12,
Quadro 13, Quadro 14, Quadro 12,Quadro 13 e Quadro 14.
As reservas Cubadas são a Reserva Medida, Reserva Indicada e Reserva
Inferida sendo os seus cálculos apresentadas por bloco abaixo.
Para o calculo serão utilizadas os seguintes parâmetros
M = V x D (M = Massa, V = Volume e D = Densidade).

Quadro 8-Cálculos de Reserva Medida 866.132/2015.


CaO (Área 295,16Ha)
Altura
Área m² Área m³ Densidade K/kg Volume t CaO %
m
2.951.600 20 59.032.000 2,4 141.676.800 41,00

Quadro 9-Cálculos de Reserva Indicada 866.132/2015.


CaO (Área295,16 Ha)
Prof.
Área m² Área m³ Densidade K/kg Volume t CaO %
m
2.951.600 10 29.516.000 2,4 70.838.400 41

Quadro 10-Cálculos de Reserva Medida 866.132/2015.


MgO (Área 104,69Ha)
Altura
Área m² Área m³ Densidade K/kg Volume t MgO %
m
1.046.900 15 15.703.500 2,4 37.688.400 12

Quadro 11-Cálculos de Reserva Indicada 866.132/2015.


MgO (Área 123,45 Ha)

Altura m
Área m² Área m³ Densidade K/kg Volume t MgO %

1.046.900 10 10.469.000 2,4 25.125.600 12


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Quadro 12-cálculos de Volume de Estéril


Volume
Espessura Área Densidade
Área total m² total
m m³ K/kg toneladas
4.032.000 1,5 6.048.000 0,7 4.233.600

Quadro 13-Reservas minerais Totais Medida Indicada e Inferida


RESERVAS MINERAIS
SUBTANCIA R.MEDIDA R. INDICADA R. INFERIDA
Calcário Calcítico 141.676.800 70.838.400 7.083.840
Dolomitico 37.688.400 25.125.600 2.512.560
Reservas totais 179.365.200 95.964.000 9.596.400

Quadro 14-Cálculos de Reservas – Volume de Minério


RESERVAS MINERAIS LAVRÁVEIS MEDIDA + INDICADA
SUBTANCIA Medida
Indicada TOTAL
Calcário Calcítico 141.676.800 70.838.400 212.515.200
Dolomitico 37.688.400 25.125.600 62.814.000
Reservas totais 179.365.200 95.964.000 275.329.200

Quadro 15-Reservas Totais Lavrávies

RESERVAS MINERAIS LAVRÁVEIS MEDIDA + INDICADA

SUBTANCIA
RESERVA TOTAL 275.329.200
VOLUMA DE LIMPEZA 4.233.600
RESERVA LAVRAVEL 271.095.600

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15.0 - PRÉ-EXEQUIBILIDADE ECONÔMICA


15.1 - Lavra do Minério
A exploração de calcário na região é executada pelo método da lavra a céu
aberto, na maioria das vezes através de bancadas em flanco. No caso presente, es-
te método de lavra também se torna o mais adequado.
Serão considerada para fins de exequibilidade econômica, apenas a Reserva
Medida cubada no item anterior, na ordem de 271.095.600, toneladas.
No futuro quando da execução do Plano de Aproveitamento Econômico- PAE
serão definidas porcentagens para blendagens dos minérios, caso seja necessário.
Deverá ser adotado, em função das características da jazida, método de lavra
à céu aberto, com abertura de bancadas escalonadas em flanco.

15.1- Fases da lavra


A lavra será convencional, a céu aberto através de bancadas contemplando
as seguintes sequências das operações:
- Descobertura vegetal e decapeamento: esta operação consiste na remo-
ção da cobertura vegetal ou desmatamento e da porção de solo superficial, quando
existente, tendo em vista a recuperação futura da área, sendo executada com uma
escavadeira hidráulica e eventualmente com trator de esteiras.
A remoção do estéril do local será executada de maneira planejada, onde o
rejeito, será diposto em local adequado e ainda utilizado no processo de instalação
do empreendimento como material de empréstimo.
Caso o empreendedor opte por recuperar a área com a recomposição
topográfica o material estéril será também utilizado para esta finalidade.
- Desmonte com explosivos: em função das características geomecânicas
do minério, o desmonte é realizado com o emprego de explosivos industriais em
bancadas subverticais de 10 a 12 metros de altura, aproximadamente. A pequena
inclinação da bancada em relação à vertical favorece um menor consumo de explo-
sivos com melhores resultados de fragmentação.
- Carregamento: o minério detonado será estocado a céu aberto ou será car-
regado através de escavadeira hidráulica e eventualmente pá-carregadeira sobre
rodas em caminhões basculantes convencionais.
- Transporte: o minério carregado é então transportado até a planta de bene-
ficiamento em caminhões basculantes convencionais de 37 ton.
- Recuperação Ambiental: Para a execução da recuperação ambiental será
encaminhado o Plano de Controle de Ambiental na Mineração (PCIAM).

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA MINERAL JOSÉ PEDRO HOFFMANN

As características e fisionomia do maciço rochoso, bem como a descontinui-


dade de relevo exposta nas seções mais interessantes da área a ser lavrada, revela-
ram solos litológicos pouco desenvolvidos. O reaproveitamento desta cobertura será
pouco expressivo, mas sempre que necessário será utilizado no empreendimento.

15.2. Aplicação e Uso


O bem mineral em pauta tem variadas aplicações em diversos segmentos
industriais (cal) como brita e corretivo de solo (Quadro 16).
Para o caso do empreendedor o mesmo pretende instalar um a indústria no
local de maneira a colocar o minério no mercado regional, ou ate no mercado
nacional como é o caso do CAL.
O uso do Calcario, conforme especificado na autorização de pesquisa será
para Cal,Corretivo de Solo e Brita, e caso seja identificado outro uso o mesmo será
pedido a adição do mesmo ao processo através de oficio, e posteriormente
adicionado ao projeto de exploração na elaboração do PAE- Plano de
Aproveitamento Econômico (Quadro 16).
A indústria será totalmente planejada de maneira a operar com dano
ambiental minino, e com produção máxima, para atender a demanda do mercado.
Os equipamentos serão adquiridos ou locados de acordo com a melhor opção
na data da Instalação do empreendimento.Para a manutenção do Meio Ambiente
todos os estudos serão realizados no local, com o Pedido de LP e LI junto a SEMA-
MT, de maneira a não afetar de maneira alguma o meio ambiente e ainda utilizar a
mehor forma de instalação de lavra permitida adequada ao local, considerando
qualquer interferência como APP, ARL,UC.

Quadro 16- Uso do Calcário Na area.


CALCÁRIO DOLOMÍTICO Brita
CALCÁRIO CALCÍTICO Brita
CALCÁRIO DOLOMÍTICO Corretivo de solo
CALCÁRIO CALCÍTICO Corretivo de solo
CALCÁRIO Fabricação de cal

15.3. Escala de Produção/ Programa de Trabalho

15.3.1- Plano de produção


O Plano de Produção considerado para a área inicia-se no ano de 2020, com
a instalação do empreendimetno e incio das atividades de lavra no ano de 2022. Os
cálculos estão demostrados Quadro 17.

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA MINERAL JOSÉ PEDRO HOFFMANN

Quadro 17- Plano de produção planejado.


Período Produção R.O.M. (ton)
Minério Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Calcário Calcítico 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000
Calcário Dolomitico 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000
TOTAL 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000

Quadro 18-Produção Beneficada


Período PRODUÇÃO BENEFICIADA (ton)
Minério Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Calcário Calcítico (agrega-


dos/brita, 180.000 180.000 180.000 180.000 180.000
corretivo de solo, Cal)
TOTAL 180.000 180.000 180.000 180.000 180.000

15.3.2- Programa de trabalho


Lavra: será executada de 9 a 10 meses/ano, durante a estação seca, 1 tur-
no/dia e caso necessários 2 turnos/dia.
Planta de beneficiamento: a moagem opera em 2 turnos de 8 h/dia, 44
h/semanais, incluindo a britagem.

16.0- INFRAESTRUTURA
16.1. Estrada de acesso e Serviços
Os acessos ao local da explotação já estão implantados,sendo somente ne-
cessário a sua manutenção e ampliação.
Está prevista a abertura de nova via de acesso, para facilitar o escoamento
da produção, via esta que terá ligação direta com a BR 364/163, onde a seu traje-
to final sera aproximadamente 25km, após ao Posto Gil.
As condições de trafegabilidade, mesmo em épocas de chuvas, são conside-
radas boas.
Estradas internas serão totalmente recuperadas e sinalizadas de acordo com
as normas de trânsito Vigentes.
A facilidade de acesso ao local é de extrema importância para o sucesso do
empreendimento, incluindo a produção e beneficiamento, e fluxo de trabalhadores
ao local.
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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA MINERAL JOSÉ PEDRO HOFFMANN

16.2. Energia
A energia no local terá que ser adequada para o empreendimento, pois no
momento possui apenas 220 V necessário para atender a demanda da fazenda.
A empresa fornecedora de energia no local é a ENERGISA.
A tensão de trabalho é de 750 kVA para a rodagem dos equipamentos.
A iluminação da mina será com luz natural quando o regime de trabalho pre-
visto for num único turno.
Quando o regime venha a ser mudado a praça de trabalho e demais edifica-
ções serão iluminadas através de energia elétrica já instalada.

16.3- Comunicações
O Plano de Comunicação das operações foi estabelecido de forma a se obter
o pronto e imediato contato entre os diversos setores de produção tanto para otimi-
zação dos procedimentos operacionais como também para os casos de emergência,
utilizando-se os seguintes meios:
o Telefonia convencional (TC)
o Telefonia móvel (celular) (TM)
o Ligação Internet (NET)

16.4- Edificações e instalações de suporte


Para o empreendimento serão utilizados os equipamentos adquiridos pelo
empreendedor e constará de instalações completas e operativas envolvendo escritó-
rio/balança, almoxarifado, oficina, vestiários/sanitários e refeitório.

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA MINERAL JOSÉ PEDRO HOFFMANN

Quadro 19-Descrição de equipamentos para processo Produtivo.


SETOR DISCRIMINAÇÃO Quantidade
Escavadeira Volvo EC240BLC 1

Carreta de perfuração Atlas Copco ROC 642 1


Caminhões basculantes Scania (2013) 3
Caminhão Pipa 1
Pá-carregadeira Volvo L120 C 1
Alimentador vibratório 40090 1
Britador de mandíbulas 9060 1
Aquisição de equipamentos

Peneira vibratória 40015 1


Rebritador de mandíbulas 12040 1
Peneira vibratória 30012 1
Calha vibratória 1208 1
Britador cônico 48S 1

Britador cônico 48FC 1


Peneira vibratória 50015 1
Peneira vibratória 50015 1

Calha vibratória 1208 1


Moinho de martelos C120B 3
Transportador de correia 15
Sistema anti-poluição com coletor de pó por exaustão com ciclones e 1
filtro de mangas com decantação do pó
Painéis eletricos e trafos 1

Benfeitorias 1

16.5- Vida Útil do Empreendimento


Considera-se uma recuperação média na lavra de 95-98%, na planta de brita-
gem de 98% e na moagem de 92% para a reserva medida definida, valores usuais
nos projetos da empresa já em operação na região. Pode-se afirmar que as reservas
são suficientes para que o empreendimento tenha uma vida útil prolongada, favorá-
vel ao planejamento de longo prazo do empreendimento. Os cálculos da cubagem
nos apresentaram uma vida útil para a área e maior que 100 anos.
De acordo com os cálculos realizados no estudo de viabilidade econômica in-
cluindo todas as demandas como investimentos, custos com pessoal e despesas de
produção o tempo estimado de incio dos lucros é de 2 (dois) anos sendo a TiR de
33,86% (Quadro 21).

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Quadro 20- Simulação de cálculos de investimentos e retorno.

Previsão de Lucro Operacional Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
PRODUÇÃO BRUTA
Calcário calcítico + dolomítico (t) 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000
PRODUÇÃO BENEFICIADA
Brita (ton) 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000
CAL 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Pó corretivo (ton) 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000
FATURAMENTO (R$)
150
Preço da Cal 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32
Preço Pó corretivo (R$/ton) 52 52 52 52 52 52 52 52 52 52
Venda Brita (R$) 1.600.000 1.600.000 1.600.000 1.600.000 1.600.000 1.600.000 1.600.000 1.600.000 1.600.000 1.600.000
Venda Pó corretivo (R$/ton) 6.240.000 6.240.000 6.240.000 6.240.000 6.240.000 6.240.000 6.240.000 6.240.000 6.240.000 6.240.000
Venda do Cal 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000 4.000.000
TOTAL RECEITAS 11.840.000 11.840.000 11.840.000 11.840.000 11.840.000 11.840.000 11.840.000 11.840.000 11.840.000 11.840.000
CUSTOS OPERACIONAIS (OPEX)
Lavra (R$) 999.960 999.960 999.960 999.960 999.960 999.960 999.960 999.960 999.960 999.960
Beneficiamento p/brita (R$) 897.710 897.710 897.710 897.710 897.710 897.710 897.710 897.710 897.710 897.710
Beneficiamento p/po corretivo/+ cal (R$) 3.100.000 3.100.000 3.100.000 3.100.000 3.100.000 3.100.000 3.100.000 3.100.000 3.100.000 3.100.000
Administração/outros 1.737.600 1.737.600 1.737.600 1.737.600 1.737.600 1.737.600 1.737.600 1.737.600 1.737.600 1.737.600
SUBTOTAL 6.735.270 6.735.270 6.735.270 6.735.270 6.735.270 6.735.270 6.735.270 6.735.270 6.735.270 6.735.270

LUCRO OPERACIONAL 5.104.730 5.104.730 5.104.730 5.104.730 5.104.730 5.104.730 5.104.730 5.104.730 5.104.730 5.104.730
menos depreciação 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500
LUCRO LÍQUIDO ANTES IMPOSTOS 3.401.230 3.401.230 3.401.230 3.401.230 3.401.230 3.401.230 3.401.230 3.401.230 3.401.230 3.401.230

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Quadro 21- Simulação de cálculos de Fluxo de Caixa/TIR .


IMPOSTOS Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8
COFINS (3% venda bruta brita) 48.000 48.000 48.000 48.000 48.000 48.000 48.000 48.000
PIS (0,65 % venda bruta brita) 10.400 10.400 10.400 10.400 10.400 10.400 10.400 10.400
IRPJ (15% de 08% da venda bruta) 142.080 142.080 142.080 142.080 142.080 142.080 142.080 142.080
Adicional IRPJ (10% além de 240.000,00) 70.720 70.720 70.720 70.720 70.720 70.720 70.720 70.720
Contribuição Social (9% de 12% da v.bruta) 127.872 127.872 127.872 127.872 127.872 127.872 127.872 127.872
ICMS (17% sobre brita - Sem PRODEIC) 272.000 272.000 272.000 272.000 272.000 272.000 272.000 272.000
CFEM (2%/1% venda líquida) 137.496 137.496 137.496 137.496 137.496 137.496 137.496 137.496
TOTAL IMPOSTOS 808.568 808.568 808.568 808.568 808.568 808.568 808.568 808.568
FLUXO DE CAIXA

Lucro líquido após impostos 2.592.662 2.592.662 2.592.662 2.592.662 2.592.662 2.592.662 2.592.662 2.592.662
Mais depreciação 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500 1.703.500
Menos investimento de capital 10.660.000 0 0 0 0 0 0 0
Menos capital de giro 1.340.000 0 0 0 0 0 0 0
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO -7.703.838 4.296.162 4.296.162 4.296.162 4.296.162 4.296.162 4.296.162 4.296.162
NCF acumulado do projeto -7.703.838 -3.407.676 888.486 5.184.648 9.480.810 13.776.972 18.073.134 22.369.296
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7


FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO -12.000.000 4.296.162 4.296.162 4.296.162 4.296.162 4.296.162 4.296.162 4.296.162
VP (desconto min. de 6,5%) 4.033.955 3.787.751 3.556.574 3.339.506 3.135.686 2.944.306 2.764.607
VPL (desconto min.de 6,5% A.A.) - Período 18.884.379
VP (desconto max. de 13%) 3.905.602 3.550.547 3.227.770 2.934.336 2.667.579 2.425.071 2.204.610
VPL (desconto max.de 13% A.A.) - Período 11.312.021
TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR (% A.A.) 33,86%
PAYBACK em Anos (desc. min. 6,5% A.A.) 3,10
PAYBACK em Anos (desc. min. 13% A.A.) 3,28

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17.0 – CONCLUSÃO
Após avaliar todos os estudos realizados na área da pesquisa incluindo os fa-
tores comerciais e locacionais o senhor José Pedro Hoffman, conclui pela
VIABILIDADE DA JAZIDA, motivo pelo qual apresenta neste momento o
RELATÓRIO POSITIVO DOS TRABALHOS DE PESQUISAS realizados na area do
Processo DNPM 866.132/2015.
Os valores obtidos na cubagem do minério, para Calcários Calcíticos e Do-
lomiticos, apresentam-se em quantidade e qualidade suficientes para sua explora-
ção comercial de forma econômica, tanto para para corretivo de solo como para
brita.
Os volumes Obtidos de Reserva de Minerio para a área do processo são da
ordem de 271.095.600, toneladas para Calcário Calcitico e Dolomitico.
A relação estéril/minério para estes depósitos é normal para o tipo de bem
mineral. Na presente área pode-se até dizer que esta relação é mais do que favorá-
vel, considerando as áreas dos três processos da empresa.

Neste sentido solicitamos então a aprovação do referido relatório.


Nestes termos, pede deferimento.

José Pedro Hoffmann Elaine Bernadete Ganzer


CPF: 586.217.179-72 CREA 1200529049

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ANEXOS

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ANEXO 1

ART- ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

PROCURAÇÃO

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ANEXO 2

PLANTA DE SITUAÇÃO/DETALHE

-USO E OCUPAÇÃO DE SOLO

-CARTA GEOLOGICA

-MAPA DE CAMINHAMENTO

-CARTA TOPOGRAFICA

-MAPA GEOLOGICO LOCAL

-CARTA IMAGEM DE LOCALIZAÇÃO

-CARTA DE AMOSTRAGEM

-MAPA DE PONTOS

-MAPA DE ISOTEORES DE CAO, MGO, PN, SIO2

PERFIS

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ANEXO 3

-FICHA DE DESCRIÇÃO DE AFLORAMENTO

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ANEXO 4
REPORTAGEM FOTOGRAFICA

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ANEXO 5

-RESULTADOS ANALITICOS
-ANALISES FÍSICAS E QUIMICAS

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