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Relatório da Atividade Experimental

Física e Química A

Síntese do Sulfato Tetraaminocobre II Mono-hidratado

Inês Silvino Medeiros, nº8, 11ºA


Mariana Pereira Almeida, nº11, 11ºA
Escola Básica e Secundária de S. Sebastião
Professora: Paula Gouveia

Mértola, 2022
1. Resumo
A atividade laboratorial realizada teve como objetivo sintetizar o sulfato de
tetraaminocobre (II) mono-hidratado e obtê-lo sob uma forma cristalina, através da reação
de uma solução aquosa de sulfato de cobre (II) penta-hidratado com uma solução aquosa
de amoníaco.

O produto obtido encontrou-se também inicialmente dissolvido em água, sofrendo uma


cristalização lenta. A esta solução adicionou-se álcool etílico, que facilitou a formação de
um precipitado de sulfato de tetraminocobre (II) mono-hidratado. Procedeu-se, de
seguida, à filtração, lavagem e secagem, de modo a obter os cristais.
2. Introdução
O sulfato de tetraminocobre (II) mono-hidratado é utilizado na indústria têxtil para
estampar os tecidos devido à sua cor azul-violeta escura e elevada solubilidade. Além
disso, é também utilizado em pesticidas, fungicidas e inseticidas porque liga os catiões de
ferro e cálcio presentes na água e na maior parte das plantas. A sua utilidade em termos
de síntese de outros compostos está a ser investigada, apresentando resultados
promissores.

Reações de síntese são reações químicas onde duas substâncias reagem entre si para
originar uma ou mais substâncias.

As reações de síntese podem ser classificadas em reações de síntese total, onde os


reagentes são substâncias elementares, ou em reações de síntese parcial, onde os reagentes
são substâncias elementares e compostas ou apenas substâncias compostas. A síntese do
sulfato tetraaminocobre (II) mono-hidratado é um exemplo desta última reação.

A um produto obtido artificialmente denomina-se produto sintético. Normalmente, estes


obtêm se a partir de uma sequência de reações químicas mais ou menos complexas e não
são puros. E para aumentar a pureza, quando o produto sintético é sólido, deve-se recorrer
a dissoluções, lavagens, secagens e cristalizações.

Para efetuar a síntese de um sal, é necessário seguir, de forma rigorosa, um determinado


procedimento de maneira a minimizar os erros experimentais e obter um bom rendimento
final.

Nesta atividade experimental, procedeu-se à síntese do sal sulfato tetraaminocobre (II)


monohidratado e obtê-lo sob uma forma cristalina, através da reação de uma solução
aquosa de sulfato de cobre (II) penta-hidratado com uma solução aquosa de amoníaco.
3. Materiais e Métodos (parte experimental)

Material
• Garrafa de esguicho • Vidro de relógio

• Almofariz com pilão • 2 Provetas de 10 mL (ou de 5 mL)

• Balança analítica digital • Macropipetador

• Papel de filtro • Espátula

• Funil de Büchner • Vareta de vidro

• Kitasato • Colher

• Trompa de vácuo • Telemóvel

• Gobelé de 100 mL • Equipamento de proteção individual


(luvas e bata)
• Pipeta de 5 mL

Reagentes

• Água destilada • Sulfato de cobre (II) pentahidratado


(CuSO4.5H2O)
• Álcool etílico a 96% (v/v)

• Amoníaco a 25% (m/m)

Procedimento

Procedimento 1:

1. Começou-se por diluir 8,0 cm3 de amoníaco em 5,0 cm3 de água num copo de
precipitação de 100mL.

2. Pesou-se uma amostra de massa (mL) correspondem a 0,020 mol de sulfato de cobre
(II) penta-hidratado e reduziu-se a pó, num almofariz, a quantidade de sal pesado.

3. Adicionaram-se os cristais pulverizados à solução de amoníaco que se encontrava no


copo de precipitação e agitou-se, com uma vareta, até que todo o sal se dissolvesse.
4. Mediram-se 8,0 mL de álcool etílico a 96% e adicionaram-se, com auxílio de uma
vareta, mas sem agitar.

5. Tapou-se o copo com um vidro de relógio e deixou-se a repousar até à semana seguinte.

Procedimento 2 (semana seguinte):

6. Agitou-se o copo de modo a que a precipitação do sal formado seja total e deixou-se
sedimentar os cristais.

7. Fez-se a decantação dos cristais e desprezou-se a fase líquida.

8. Colocaram-se os cristais num filtro previamente pesado e lavaram-se, a pressão


reduzida, sucessivamente com 5,0 cm3 e 5,0 cm3 de uma mistura 2:2 de amoníaco e álcool
etílico.

9. Lavaram-se novamente os cristais com 25,0 cm3 de álcool etílico e secaram-se a


pressão reduzida.

10. Por fim, secaram-se os cristais com papel de filtro e pesaram-se (m2).
4. Resultados e Discussão
Os cristais de sulfato de cobre (II) pentahidratado foram reduzidos a pó para que se
dissolvessem mais facilmente na solução de amoníaco, aumentando, posteriormente, a
velocidade da reação de síntese.

Seguidamente, os cristais foram lavados com álcool etílico pois este não os dissolve, ao
contrário do que aconteceria se fossem lavados com água.

Já quase a terminar o procedimento experimental, utilizou-se a filtração a pressão


reduzida para retirar a água dos cristais visto que existiam grandes quantidades de sólido
e para a filtração também ser mais rápida. Esta filtração tem a vantagem de
simultaneamente secar os cristais (sucção), podendo também serem secos por exposição
ao ar, que neste caso ficaram durante uma semana.

Após a realização de toda a atividade experimental, determinou-se o reagente limitante e


o rendimento (consultar Anexo – pág. )

O valor obtido para o rendimento foi bastante alto, no entanto pode ter sido afetado por
erros inerentes à medição da massa na balança erros de leitura inerentes à medição dos
volumes, perda de cristais durante a filtração e/ou secagem incorreta do composto obtido.
5. Conclusões
A atividade laboratorial desenvolvida foi bastante pertinente pois realizamos uma nova
técnica, a filtração a pressão reduzida. E colocamos também em prática as aprendizagens
teóricas, estequiometria e rendimento.

Os objetivos pretendidos foram concretizados, visto que obtivemos um rendimento


consideravelmente elevado, (aproximadamente 90%).

Porém, podemos indicar possíveis causas de erro na execução da atividade, como a


existência de impurezas na amostra de sulfato de cobre (II) pentahidratado utilizada;
possíveis erros na leitura de medidas; a não dissolução total do sal; a precipitação do
sulfato de tetraminocobre (II) pode não ter sido total; desperdício de produto no gobelé,
espátula e luvas; perda de alguns cristais no decorrer da filtração.
6. Referências Bibliográficas
7. Anexos
7.1. Registo de Medições

Medições Valores
m (CuSO4.5H2O) 4,99𝑔
m (papel de filtro) 1,06𝑔
Massas (𝑔) m (papel de filtro + 5,49𝑔
[Cu(NH3)4] SO4.H2O )
m ([Cu(NH3)4] SO4.H2O) 4,43𝑔
v (NH3) 8,0 𝑚𝐿
v (H2O) 5,0 𝑚𝐿
Volume (𝑚𝐿) v (C2H5OH a 96% (v/v) ) 8,0 𝑚𝐿
v (NH3 – lavagem) 10 𝑚𝐿
v (C2H5OH a 96% (v/v) – 35 𝑚𝐿
lavagem)

Tabela 1 - Medições efetuadas

7.2. Registo Fotográfico

Figura 1- Cristais antes de secarem Figura 2-Cristais após uma semana a secarem
7.3. Resolução de Questões Pós-Laboratoriais

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