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EXPERIÊNCIAS
DE LABORATÓRIO
em
Química Ambiental II
MAF 4137
2008
Química Ambiental II 2
1
Sumário
Aulas Página
Técnicas Experimentais de Análise Qualitativa Inorgânica 3
Determinação OD e OC – 1ª Parte 34
Determinação OD e OC – 2ª Parte 38
1. INTRODUÇÃO
Para efetuar as reações analíticas o estudante deve estar familiarizado com as
operações comumente empregadas em análise qualitativa, isto é, com as técnicas
de laboratório envolvidas no processo. Dentre estas operações temos: preparo de
solução, evaporação, cristalização, destilação, precipitação, filtração, decantação,
etc.
A análise qualitativa pode ser conduzida em várias escalas:
a) Macroanálise: a quantidade de substância empregada é de 0,5-1,0 g e o volume
de solução tomado para análise é cerca de 20 mL;
b) Semimicroanálise: a quantidade usada para análise é reduzida para 0,1- 0,05 g e
o volume de solução para cerca de 1 mL;
c) Microanálise: o fator é da ordem de 0,01g ou menos.
Não há uma linha nítida de demarcação entre semimicro e microanálise. Para
análise de rotina por estudantes, a escolha se situa entre semimicro e macroanálise.
Há muitas vantagens em adotar a técnica semimicro; estas incluem:
I ) Consumo reduzido de substâncias químicas com uma considerável economia no
orçamento do laboratório;
II) Maior velocidade da análise e a economia de tempo na execução das várias
operações padronizadas de filtração, lavagem, evaporação;
III) Eficiência de separação aumentada, por exemplo, com a lavagem de
precipitados, que pode ser conduzida rápida e eficazmente quando uma centrífuga
substitui o filtro;
IV) A quantidade de reagentes utilizada é menor, diminuindo a contaminação
ambiental;
V) Economia de espaço nas prateleiras dos reagentes, ou mais especificamente nos
armários;
VI) O desejo de assegurar um treinamento na manipulação de pequenas
quantidades de material.
A análise qualitativa utiliza dois tipos de ensaios: reações por via seca e
reações por via úmida. As primeiras são aplicáveis a substâncias sólidas, e as
últimas, a substâncias em solução.
Os ensaios por via seca podem ser conduzidos sem dissolver a amostra. Os
ensaios mais comuns são por: aquecimento, maçarico de sopro, teste da chama de
Bunsen e os espectroscópicos.
Os ensaios por via úmida são realizados com a amostra e os reagentes em
solução. Nestes ensaios percebe-se a ocorrência de reação pela formação de
precipitado, por desprendimento de gás, ou mudança de cor. A maioria das reações
de análise qualitativa é conduzida por via úmida. Quando não existem observações
visuais ou olfativas para uma reação, a sua ocorrência pode ser constatada através
de um teste auxiliar tal como, um indicador, células elétricas que respondam a
Química Ambiental II 4
3. MATERIAIS
Estante com dez tubos de ensaio
Pisseta com água destilada
Pipeta graduada de 5,0 mL
4. REAGENTES
Solução de cloreto de sódio 0,1M Solução de nitrato de prata 0,1M
Solução de tiocionato de potássio Solução de sulfato de cobre 0,1 M
0,1M
Solução saturada de carbonato de Solução de ácido clorídrico 3,0M
sódio
Solução de hidróxido de sódio 0,1 Solução de nitrato férrico 0,1M
mol/L
Papel alumínio picado
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Tubo 1
Adicione num tubo de ensaio 10 gotas de solução de cloreto de sódio 0,1M.
Em seguida adicione 10 gotas de nitrato de prata 0,1M. Observe a reação. Escreva
a equação química. Guarde este tubo e examine-o após 30 minutos.
Tubo 2
Adicione num tubo de ensaio 5 gotas de solução de sulfato de cobre 0,1M.
Em seguida, adicione 10 gotas de hidróxido de sódio 0,1M. Observe a reação
química. Escreva a equação química e a característica do precipitado formado.
Tubo 3
Adicione em um tubo de ensaio 1,0 mL de solução saturada de carbonato de
sódio. Em seguida, adicione lentamente pelas paredes do tubo de ensaio, gotas de
solução de ácido clorídrico 3,0 M. Observe a reação química. Escreva a equação
química e anote as suas observações.
Tubo 4
Adicione em um tubo de ensaio 10 gotas de solução de nitrato férrico 0,1M.
Em seguida, adicione 5 gotas de solução de tiocianato de potássio 0,1M. Observe a
reação química. Escreva a equação e a característica do produto formado.
Tubo 5
Química Ambiental II 6
6. RESULTADOS
Equação molecular:
Equação iônica:
Equação iônica líquida:
02
Equação molecular:
Equação iônica:
Equação iônica líquida:
03
Equação molecular:
Equação iônica:
Equação iônica líquida:
04
Equação molecular:
Equação iônica:
Equação iônica líquida:
05
Equação molecular:
Equação iônica:
Equação iônica líquida:
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7. BIBLIOGRAFIA
MELLO, A.F., Introdução à análise mineral qualitativa. São Paulo, Pioneira, 1977.
ALEXÉEV, V., Análise qualitativa. Edições lopes da Silva, Porto, 1982.
VOGEL, A. I. Química analítica qualitativa, São Paulo, Editora Mestre Jou, 1981.
KING, E. J. Análise qualitativa - reações, separações e experiências, Rio de
Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.
8. EXERCÍCIOS
1. Quais os critérios para se verificar a ocorrência de uma reação química por via
úmida?
2. Classifique todas as reações químicas utilizadas nesta aula.
Química Ambiental II 8
1. INTRODUÇÃO
Para fins de análise qualitativa sistemática, os cátions são classificados em
cinco grupos, tomando-se por base sua peculiaridade a determinados reagentes.
Pelo emprego sistemático desses assim chamados reagentes de grupo, podemos
tirar conclusões sobre a presença ou ausência de grupos de cátions e também
separar tais conjuntos para uma posterior análise. A classificação baseia-se no modo
como os catíons reagem a tais reagentes pela formação ou não de precipitados. Por
isso, pode-se dizer que a classificação dos íons mais comuns é baseada nas
diferenças de solubilidade de seus cloretos, sulfetos e carbonatos. Os cinco grupos
e suas características são, como se segue:
Grupo I - Os cátions deste grupo formam precipitados com ácido clorídrico diluído.
Os íons deste grupo são: chumbo, mercúrio (I) e prata.
Grupo II - Os cátions deste grupo não reagem com ácido clorídrico, mas formam
precipitados com ácido sulfídrico em meio ácido mineral diluído. Os íons deste grupo
são: mercúrio (II), cobre, bismuto, cádmio, arsênio (III), arsênio (V), antimônio (III),
antimônio (V), estanho (II), estanho (III) e estanho (IV). Os quatro primeiros formam
o subgrupo II.A, e os seis últimos, o subgrupo II.B. Enquanto os sulfetos dos cátions
do grupo II.A são insolúveis em polissulfeto de amônio, os do grupo II.B são
solúveis.
Grupo III - Os cátions deste grupo não reagem nem com ácido clorídrico nem com
ácido sulfídrico em meio ácido mineral diluído. Todavia, formam precipitados com
sulfeto de amônio em meio neutro ou amoniacal. Os cátions deste grupo são:
cobalto (II), níquel (II), ferro (III), cromo (III), alumínio, zinco e manganês (II).
Grupo IV - Os cátions deste grupo não reagem nem com reagentes do grupo I, nem
do II, nem do III. Eles formam precipitados com carbonato de amônio na presença
de cloreto de amônio em meio neutro ou levemente ácido. Os catíons deste grupo
são: cálcio, estrôncio e bário.
Grupo V - Os cátions comuns, que não reagem com nenhum dos reagentes dos
grupos anteriores, formam o último grupo, que inclui os íon magnésio, sódio,
potássio, amônio, lítio e hidrogênio.
Nesta aula serão estudados os cátions do primeiro grupo, isto é, chumbo,
mercúrio e prata. O reagente do grupo será a solução de ácido clorídrico diluído 2
mol/L. Nesta análise ocorre a formação de um precipitado branco de cloreto de
chumbo (PbCl2), cloreto de mercúrio (Hg2Cl2) e cloreto de prata (AgCl).
Os cátions do primeiro grupo formam cloretos insolúveis. O cloreto de chumbo,
porém, é ligeiramente solúvel em água e, por esta razão, o chumbo nunca é
completamente precipitado, quando se adiciona ácido clorídrico diluído à amostra.
Os íons chumbo restantes são quantitativamente precipitados com ácido sulfúrico
em meio ácido, junto com os catíons do segundo grupo
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2. OBJETIVOS:
Separar e identificar os cátions do primeiro grupo, por meio de um estudo
sistemático de reações por via úmida.
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3. MATERIAIS
4.
Uma estante com dez tubos de ensaio Centrífuga
Manta elétrica Béquer de 300 mL
Pisseta com água destilada Pipeta volumétrica de 5,0 mL
4. REAGENTES
Solução de ácido clorídrico 2,0 mol/L
Solução de nitrato de chumbo 0,05 mol/L
Solução de cromato de potássio 0,1 mol/L
Solução de iodeto de potássio 0,1 mol/L
Solução de HNO3 diluído
Solução de nitrato mercuroso 0,05 mol/L
Solução de nitrato de prata 0,1 mol/L
Solução de hidróxido de amônio 6,0 mol/L
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Enumere os tubos de ensaios de 1 a 10. Reserve um tubo para utilizá-lo como
contra-peso.
Dissolva a amostra a frio e/ou a quente na seqüência: água destilada, ácido
clorídrico diluído, ácido clorídrico concentrado. ácido nítrico diluído, ácido nítrico
concentrado, água régia (uma parte de ácido nítrico concentrado para três partes de
ácido clorídrico concentrado).
A solução é preparada com 2 g da amostra em cerca de 50 mL do solvente
adequado, colocar em um frasco e rotular. Para efetuar a análise usar uma alíquota
da solução.
O precipitado pode conter PbCl2, AgCl e Hg2Cl2. Adicione 4 mL de água destilada fria ao
tubo de ensaio, agite e leve ao banho-maria fervente por 2 minutos. Centrifugue a quente.
Transfira o sobrenadante para outro tubo de ensaio (Tubo 3).
Resíduo: Pode conter Hg2Cl2 e AgCl. Lave o Sobrenadante: Pode conter Pb2+. Divida o
precipitado com 1mL de água quente, sobrenadante em dois tubos.
centrifugue e separe o sobrenadante (Tubo 4). Tubo 6: Adicione 5 gotas de solução de
No tubo 4, adicione 2 gotas de cromato de K2CrO4. Se formar um precipitado amarelo
potássio. Se formar precipitado amarelo, repita
(PbCrO4) confirma a presença de Pb2+.
a lavagem do precipitado do tubo 1 (resíduo
branco). Esse procedimento assegura a Tubo 7: Adicione solução de KI (20 a 40
completa remoção do Pb2+. gotas). Se formar um precipitado amarelo
(PbI2). Este é solúvel com aquecimento
(banho-maria) dando uma solução incolor
que deposita cristais amarelos brilhantes
por resfriamento. Confirma a presença de
Pb2+.
6. EXERCÍCIOS PÓS-LABORATÓRIO
1. Escreva as reações de todas as etapas de separação e identificação.
2. Porque o teste para confirmar a presença do íon chumbo com o cromato de
potássio deve ser feito a quente?
3. O que vem a ser uma marcha sistemática? (processo usado nesta técnica).
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VOGEL, A.I. Química analítica qualitativa. 5a. ed., Editora Mestre Jou, São Paulo,
1981.
BACCAN, N.; GODINHO, O.E.S.; ALEIXO, L.M.; STEIN, E. Introdução à
Semimicroanálise Qualitativa. 6ª ed., Campinas: Editora da Unicamp, 1995.
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1. INTRODUÇÂO
2. REAGENTES E EQUIPAMENTOS
As amostras de água:
Água de torneira: proveniente do tratamento de água municipal;
Uma amostra desconhecida, preparada em laboratório; e
Uma amostra de água proporcionada pelo estudante, coletada antes de vir ao
laboratório.
Béquer de 50 mL (01)
Condutivímetro
Química Ambiental II 14
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. INTRODUÇÃO
Ainda que alguns contaminantes da água possam ser gases (como amônia
dissolvida) ou líquidos (óleos), a maioria dos contaminantes comuns são sólidos
dissolvidos ou suspensos na água. A água do mar (ainda que não necessariamente
poluída) tem um conteúdo total de sólidos dissolvidos de 35.000 mg/L. Em geral, a
água é considerada ser uma água salgada se contém acima de 3.000 mg/L de
sólidos dissolvidos, água salobra se contém entre 500-3.000 mg/L de sólidos
dissolvidos e água fresca se contém menos de 500 mg/L de sólidos dissolvidos.
No presente experimento, nenhuma atenção será dada para determinar a
natureza de qualquer sólido individual suspenso ou dissolvido nas amostras de
água. O objetivo é simplesmente medir a concentração total ou combinada de todos
os sólidos, em mg/L. Este experimento dará ao estudante a oportunidade de
comparar os sólidos totais em vários tipos de água – desde água potável até a água
de rios. Também é esperado que o estudante adquira alguma habilidade em técnicas
de laboratório (como o uso adequado de uma balança analítica). A finalidade deste
experimento é realizar uma comparação entre o valor medido no instrumento e
aquele obtido da forma "manual", isto é, com o aquecimento da amostra e
determinação da massa de resíduo no béquer.
2. REAGENTES E MATERIAIS
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
observar a total evaporação de qualquer traço de água para evitar erros no resultado
final.
- Após evaporar completamente a água, coloque os frascos em um dessecador para
o resfriamento. Depois de resfriado, determinar a massa do béquer com o resíduo. A
quantidade de sólidos totais é calculada pela diferença entre as massas do béquer
antes e depois do procedimento.
- Sabendo que o volume de amostra foi de 50 mL, utilize a fórmula abaixo para
determinar a quantidade de sólidos totais , em mg/L. Registre os valores obtidos.
1- INTRODUÇÃO
3- OBJETIVO
Preparar e padronizar uma solução de ácido sulfúrico 0,1 mol/L para posterior
determinação de alcalinidade de água.
4- MATERIAIS E REAGENTES
5- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
5.3. RESULTADOS
Volume gasto de H2SO4 na primeira padronização (mL)
Volume gasto de H2SO4 na segunda padronização
(mL)
Volume gasto de H2SO4 médio na padronização (mL)
Fator de correção da solução 0,1mol/L de H2SO4
Molaridade real da solução de H2SO4
Química Ambiental II 19
6- Questões Pós-Laboratório
1- Calcule a molaridade real da solução de H2SO4, após padronização.
2- Quais os cuidados que um analista deve ter ao preparar uma solução de H2SO4,
a partir da solução do reagente concentrada 98 %?
7- Bibliografia
Vogel, A.I., Análise Química Quantitativa. 5a. ed. Livros Técnicos e Científicos. Rio
de Janeiro, p. 238. 1992.
Baccan N., Química analítica quantitativa elementar. Editora Edgard Blucher,
Unicamp, São Paulo,p. 180-181. 1979.
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1 - INTRODUÇÃO
2- OBJETIVOS
Esta aula tem como objetivo determinar o pH, alcalinidade e acidez presente na
água da torneira das dependências da Universidade Católica de Goiás, por titulação
com solução de ácido sulfúrico.
3- MATERIAL
Pipeta volumétrica de 50 mL
2 Erlenmeyer 250 mL
bureta 25 mL
pHmetro
bequer 50 mL e 200mL
4- REAGENTES
fenolftaleína
alaranjado de metila
ácido sulfúrico 0,01 mol/L
5- PROCEDIMENTO
5.1- Acalinidade
Preparar uma solução a 0,01 mol/L de ácido sulfúrico, com 6,0 mL do ácido e
diluir em balão de 1000 mL. Padronizar com carbonato de sódio anidro e calcular o
fator de correção.
Diluir a solução anteriormente preparada até obter 0,01 mol/L.
RESULTADOS ALCALINIDADES
OH- CO32- HCO3-
P=0 Zero Zero M
P<M/2 Zero 2P M - 2P
P=M/2 Zero 2P=M Zero
P>M/2 2P – M 2(M - P) Zero
P=M M Zero Zero
5.2- pH
5.3- Acidez
6- Bibliografia
1. QUESTÕES PRÉ-LABORATÓRIO
2. INTRODUÇÃO
A volumetria de precipitação baseia-se em reações com formação de
compostos pouco solúveis. A reação de precipitação deve processar-se
praticamente de forma quantitativa no ponto de equivalência, completar-se em
tempo relativamente curto e oferecer condições para uma conveniente sinalização
do ponto final.
Na prática, tais condições limitam muito o número de reações de precipitação
utilizáveis. Muitas delas não podem servir em virtude da carência de meios
apropriados para a localização do ponto final. Em um número reduzido de casos, é
possível conduzir a titulação sob observação visual até o ponto em que a formação
de precipitado deixa de ocorrer. Mais comumente, apela-se para o uso de
indicadores.
Muitos métodos volumétricos de precipitação empregam indicadores mais ou
menos específicos, isto é, apropriados para uma dada reação de precipitação. Há,
entretanto, uma classe especial de indicadores, os indicadores de adsorção, que
encontram um campo mais geral de aplicação. As possibilidades de aplicação das
reações de precipitação na análise volumétrica se ampliam consideravelmente com
a utilização dos métodos físico-químicos para a localização do ponto final.
Outro aspecto importante a considerar é que muitas reações de precipitação se
processam um tanto lentamente: uma titulação que envolvesse uma reação
semelhante teria que ser conduzida morosamente para assegurar o estabelecimento
do equilíbrio de solubilidade. Às vezes, é possível acelerar convenientemente a
reação mediante adição de etanol ou acetona à reação.
Na análise volumétrica em geral, a variação das concentrações dos íons
reagentes em torno do ponto de equivalência depende grandemente do grau como
se completa a reação. Na volumetria de precipitação, os fatores que decidem a
Química Ambiental II 25
INDICADORES DE ADSORÇÃO
Os indicadores de adsorção foram introduzidos por Fajans. São corantes
orgânicos, com caráter de ácidos ou bases fracos (aniônicos ou catiônicos,
respectivamente), que acusam o ponto final através de uma mudança de coloração
sobre o precipitado. A mudança de coloração se deve à adsorção ou dessorção do
corante como consequência de uma modificação da dupla camada elétrica em torno
das partículas do precipitado na passagem do ponto de equivalência: assim, o
aparecimento ou desaparecimento de uma coloração sobre o precipitado servem
para sinalizar o ponto final.
A figura abaixo representa a dupla camada elétrica em torno de uma partícula
de cloreto de prata em presença de excesso de íon Cl - (a) e em presença de íons
Ag+ (b). No primeiro caso, a partícula adsorve, primariamente, íons Cl - (reticulares) e,
secundariamente, uma quantidade equivalente de cátions. No segundo caso, a
partícula adsorve, primariamente, íons Ag + (reticulares) e, secundariamente, uma
quantidade equivalente de ânions.
NO3-
Na+
Cl- Ag+
Na+ Cl- Cl- Na+
NO3- Ag+ Ag+ NO3-
AgCl AgCl
Cl-
Cl- Na+ Ag+
NO3-
MÉTODOS ARGENTIMÉTRICOS
final pode ser identificado de várias maneiras: adição de nitrato de prata até que não
mais se observe a formação de precipitado ou mudança de coloração de um
indicador.
Os métodos usuais da argentimetria com titulação direta fazem uso de
indicadores para localizar o ponto final. O método de Mohr é um método
argentimétrico direto, que usa cromato de potássio como indicador. Também são
usados indicadores de adsorção em titulações argentimétricas diretas. Já o método
de Volhard é um método argentimétrico indireto, que consiste em precipitar o haleto
com um excesso de nitrato de prata e, então, titular a prata residual em meio ácido
com uma solução padrão auxiliar de tiocianato usando íon Fe 3+ como indicador.
O método de Mohr é aplicável à determinação de cloreto ou brometo. A
solução neutra do haleto é titulada com nitrato de prata em presença de cromato de
potássio como indicador. Os haletos são precipitados como sais de prata: o cloreto
de prata é branco e o brometo de prata branco-amarelado. O ponto final é
assinalado pela formação de cromato de prata, vermelho. O método baseia-se, pois,
na precipitação fracionada: precipitam, primeiro, o haleto de prata e, depois, o
cromato de prata.
Considere o caso da titulação de cloreto de sódio com nitrato de prata em
presença de cromato. Obviamente, as condições da titulação devem ser tais que o
cloreto seja quantitativamente precipitado como cloreto de prata branco antes que a
precipitação de cromato de prata vermelho se torne perceptível: por outro lado, é
preciso que o indicador acuse a mudança de coloração com apenas um leve
excesso de prata. Estando as duas fases sólidas, cloreto de prata e cromato de
prata, em equilíbrio com a solução, têm-se:
K Ag 2 CrO4 1,1x1012
[CrO42 ] 2
5 2
6,0 x10 3
[ Ag ] (1,35x10 )
3. MATERIAIS
Béquer de 100 mL (2) Erlenmeyer de 250 mL (3)
Balão volumétrico de 250mL Proveta de 50 ou 100mL
Bastão de vidro Bureta de 50 mL
Balão volumétrico de 100 mL Funil de haste longa
Pipeta volumétrica de 100 mL Cápsula de porcelana
Pipeta graduada de 10 mL Banho-maria
Pipeta volumétrica de 25 mL Balança analítica
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4. REAGENTES
NaCl P.A.
AgNO3 P.A.
Solução de cromato de potássio 5%
Solução de fluoresceína 0,1%
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4- Titule com a solução de nitrato de prata 0,02 mol/L padronizada até aparecimento
de coloração avermelhada (utilize um bastão de vidro para homogeneizar a
solução).
NaCl (amostra)
+
K2CrO4 (indicador)
Figura 1: Esquema da titulação do Método de Mohr.
5.5. Resultados
Massa de NaCl (g)
Massa de AgNO3 (g)
1º Volume gasto de AgNO3 na padronização (mL)
2º Volume gasto de AgNO3 na padronização (mL)
Volume médio de AgNO3 na padronização (mL)
Fator de correção da solução de AgNO3
Volume gasto com a amostra de água (mL)
% Cl- na amostra
6. QUESTÕES PÓS-LABORATÓRIO
7.
1- Escreva todas as reações da análise.
2- Porque o volume de 100mL da amostra deve ser reduzido?
3- Calcule a concentração de cloreto em ppm (g/g) na amostra.
4- A padronização da solução de AgNO 3 pode ser efetuada em meio fortemente
ácido ou fortemente básico? Justifique.
5- Se o KPS do Ag2CrO4 é menor que o KPS do AgCl, por que o AgCl precipita
primeiro?
6- Calcule a solubilidade do AgCl, sabendo-se que K PS = 1,8x10-10.
Química Ambiental II 30
1. QUESTÕES PRÉ-LABORATÓRIO
2. INTRODUÇÃO
A utilização do ácido etilenodiaminotetraacético (EDTA) como agente
complexante iniciou-se logo no fim da Segunda Guerra Mundial. Este composto
forma complexos estáveis de estequiometria 1:1 com um grande número de íons
metálicos em solução aquosa.
O EDTA pode ser obtido com alta pureza, na forma do ácido propriamente dito
ou na forma do sal dissódico hidratado. As duas formas possuem alto peso
molecular, mas o sal dissódico tem a vantagem de ser mais solúvel em água.
Este ácido é fraco e apresenta valores de pK 1 = 2,00, pK2 = 2,66. pK3 = 6,16, pK4
= 10,26. Os valores de pKa mostram que os dois primeiros prótons são mais
facilmente ionizáveis, do que os dois restantes.
Muitos íons metálicos formam complexos estáveis e solúveis em água com o
EDTA, por exemplo, os íons cálcio e magnésio. A soma da concentração destes íons
é denominada de índice da dureza da água, e é um dado muito importante na
avaliação da qualidade da água. Outros cátions que encontram-se associados aos
íons cálcio e magnésio, por exemplo, ferro, alumínio, cobre e zinco, geralmente são
mascarados ou precipitados antes da determinação. Assim, águas brandas são
encontradas em solos basálticos, areníferos e graníticos, enquanto que águas que
procedem de solos calcáreos apresentam freqüentemente durezas elevadas.
Devido aos motivos expostos, pode-se deduzir facilmente a necessidade do
controle prévio da dureza da água, a fim de adotar as medidas de correções
necessárias, conforme o uso a que se destina.
Em numerosos processos industriais, tais como fábricas de cervejas,
conservas, papel e celulose, requerem águas brandas. Para o caso de lavanderias
as águas ocasionam um elevado consumo de sabão e resultam em danos para os
tecidos. Também é importante considerar que as águas duras formam crostas em
caldeiras de vapor, ocasionando com isso elevadas perdas de calor e podendo
também provocar explosões. Mediante um controle periódico, utilizando-se titulações
com EDTA, é possível garantir maior segurança para estas instalações industriais.
Química Ambiental II 32
3. OBJETIVOS
Esta aula tem como objetivo preparar as soluções necessárias para determinar
o teor de íons cálcio e magnésio, numa amostra de água da torneira das
dependências da Universidade Católica de Goiás, por volumetria de complexação
com EDTA.
PRÍNCIPIO DO MÉTODO
Os íons Ca2+ e Mg2+ de uma solução formam um complexo vermelho-vinho com
o indicador negro de eriocromo-T, em pH 10. Pela adição de EDTA à solução
colorida ocorre a formação de um complexo estável e não dissociado com o
EDTA, separando-se assim o indicador.
Quando a quantidade de EDTA adicionada for suficiente para complexar todo o
cálcio e magnésio, a solução vermelho-vinho torna-se azul, indicando o final da
reação.
4. MATERIAIS
5. Reagentes
Solução de EDTA 0,02 mol/L Solução tampão pH 10
EriocromoT Solução de FeSO4
KCN
6. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
7. Resultados
Volume de amostra de água (mL)
Volume gasto (mL): Branco
Volume gasto (mL): 1ª titulação
Volume gasto (mL): 2ª titulação
Volume gasto (mL): Média
% de CaCO3
8. QUESTÕES PÓS-LABORATÓRIO
1- Qual a importância de se determinar a qualidade da água na Indústria
Alimentícia?
2- Faça os cálculos da determinação da dureza da água, expressando o resultado
em % CaCO3.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Baccan N., Química analítica quantitativa elementar. Editora Edgard Blucher,
Unicamp, São Paulo, p. 205. 1979.
Química Ambiental II 34
1-INTRODUÇÃO
Para evitar perdas de oxigênio da amostra de água, ele é “fixado” pela reação
com o hidróxido de manganês (II), que se converte rápida e quantitativamente a
hidróxido de manganês (III):
O iodo livre pode então ser determinado por titulação com tiossulfato de
sódio.
2 S2O32- + I2 S4O62- + 2 I-
Esta análise pode também ser realizada em meio alcalino bastando alterar o
ácido sulfúrico por bicarbonato de sódio, em nosso caso, a escolha pelo
procedimento em meio ácido se prende ao fato que a matéria orgânica de origem
vegetal consome mais oxigênio em meio ácido, enquanto a matéria orgânica de
origem animal consome mais oxigênio em meio alcalino.
REAÇÕES ENVOLVIDAS
Em solução ácida:
2- OBJETIVOS
3- MATERIAIS
OC OD
Bureta de 25 mL Bureta
Béquer 50 mL Béquer 50 mL
4- REAGENTES
OC OD
Solução de KMnO4 0,0025 mol/L Solução de sulfato de manganês
penta-hidratado 50%
Solução de Na2C2O4 0,0025 mol/L Solução alcalina de azida-iodeto
5- PROCEDIMENTO
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
A = abc
A = bc
2- OBJETIVOS
3- MATERIAIS
4- REAGENTES
Ácido clorídrico
Solução de cloridrato de hidroxilamina
Solução de acetato de sódio
Solução de orto-fenantrolina
Solução padrão de ferro (1 mL = 0,1 mg Fe)
5- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
5.2- Procedimento
Preparar uma série de padrões de 0,1 a 1,5 ppm de Ferro, através de diluição
da solução padrão. Proceder ao teste utilizando um espectrofotômetro com
comprimento de onda próximo, ou igual a 510 nm.
5.2.1-Preparo das soluções padrão para calibração: Transferir 0,1; 0,3; 0,5;
0,8; 1,0; 1,5 mL da solução estoque de ferro para balão volumétrico de 100 mL e
acrescentar 1 mL de solução de cloreto de hidroxilamômio, 5 mL da solução de
1,10–fenantrolina e 8 mL da solução de acetato de sódio. Completar o volume com
água e aguardar 15 minutos para a leitura. Utilizar um branco (água destilada mais
os reagentes utilizados na amostra na mesma proporção), para a calibração do
aparelho.
6- Bibliografia
10 CROMATOGRAFIA
1- Instrumentação Básica:
compostos quase não passam tempo nenhum dissolvido na FE, saindo muito
rapidamente da coluna sem serem separados. Assim, a temperatura da coluna é
uma condição que deve ser ajustada para se obter uma determinada separação.
Além de considerações sobre a separação, a temperatura empregada deve ser
compatível com a FE empregada, pois as FE líquidas se volatilizam ou se degradam
com temperaturas excessivas. A temperatura da coluna deve ser rigorosamente
controlada, para assegurar a reprodutibilidade das análises.
2- Parâmetros Fundamentais:
3- Fases Estacionárias:
- ser um bom solvente para os componentes da amostra, caso contrário o efeito será
o mesmo de temperaturas de coluna excessivamente altas (os compostos ficarão
quase que o tempo todo no gás de arraste, sendo eluidos muito rapidamente e sem
separação);
4- Colunas empacotadas:
6- Detectores:
- Faixa Linear Dinâmica. É a razão entre a menor e a maior massa entre as quais o
fator de resposta de um detector para um soluto é constante, isto é, onde a curva de
calibração é linear. Os dois detectores mais significativos em CG são o Detector por
Condutividade Térmica (DCT) e o Detector por Ionização em Chama (DIC).
7- Análise Quantitativa:
ou
Qualquer que seja o modo usado para medir a área dos picos, o
procedimento geral de uma análise quantitativa por CG envolve a obtenção do
cromatograma da amostra, a medida da área dos picos de interesse e o cálculo da
massa correspondente a cada um dos picos. Este cálculo deve ser feito empregando
uma curva de calibração: um gráfico correlacionando a área do pico com a massa do
composto. A curva de calibração é obtida cromatografando-se padrões contendo
massas conhecidas dos compostos a serem quantificados. Para cada substância,
deve ser feita uma curva de calibração própria, já que cada composto responde de
maneira diferente ao detector.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 - McNair, H.M.; Miller, J.M., "Basic Gas Chromatography". John Wiley & Sons,
New York, 1997.
3 - Bonato, P.S., Cromatografia Gasosa in Collins, C.H.; Bonato, P.S.; Braga, G.L.,
"Introdução a Métodos Cromatográficos". 6a edição, Editora da Unicamp, Campinas, 1995.