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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DE GOIÁS

CÂMPUS GOIÂNIA

PRÁTICA EXPERIMENTAL 2: REAÇÕES QUÍMICAS

Disciplina: Nome da disciplina


Curso: Bacharelado em Química
Discentes: Leonídio Rodrigues da Silva e
Pedro Walax Lima Brito
Docente: Prof. Drª. Lidiaine Maria dos Santos

GOIÂNIA-GO

09/2023
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DE GOIÁS

CÂMPUS GOIÂNIA

PRÁTICA EXPERIMENTAL 2: REAÇÕES QUÍMICAS

Relatório de aula prática apresentado como


parte da avaliação da disciplina de Química
Geral Experimental II, do curso de
Bacharelado em Química, do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnológica de Goiás,
Campus - Goiânia, ministrada pelo do Prof.
Drª. Lidiaine Maria dos Santos.

GOIÂNIA-GO

09/2023

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1 – INTRODUÇÃO
A Química tem dentre seus interesses, a transformação de uma substância em uma
outra, seja ela simples ou complexa, porém, Kortz e Treichel Jr (2002) afirmam que, na
atualidade o interesse da química está voltado para as transformações moleculares. Nesse
sentido, ao realizar um experimento de reações químicas busca-se encontrar os processos
fundamentais para a formação de novos compostos químicos.
As reações químicas são classificadas de acordo com suas características, ou seja,
velocidade, equilíbrio, se endotermica ou exotermica, a depender se absorve ou libera energia,
e também da sua solubilidade. Nos dias 19 e 26 de agosto de 2023, foram realizados
experimentos, no laboratório de química do IFG - Campus Goiânia, com o objetivo de
diferenciar as transformações ocorridas em reações químicas, através de precipitados
formados, a partir de soluções descritas abaixo, na metodologia no procedimento
experimental. Por fim, em resultados e discussões encontram-se as observações realizadas
durante o experimento e quais reações ocorreram e as substâncias formadas, seguida da
conclusão.

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2 – OBJETIVO

Objetivou-se com a prática experimental, distinguir a diferença entre uma


transformação física e uma transformação química; Aprender o significado de uma equação
química balanceada; Verificar alguns aspectos que revelam se uma transformação é química;
Observar experimentalmente a ocorrência de uma reação química e Prever qual precipitado
irá se formar, para algumas reações, entre elas, aquelas que formam uma espécie pouco
solúvel.

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3 – METODOLOGIA

3.1 – MATERIAIS E REAGENTES

- 06 balões volumétricos de 10 mL; - 02 frascos de vidro âmbar;

- 08 tubos de ensaio de aproximadamente 10 mL; - Pacote de papel de tornassol vermelho;

- 02 espátulas; - Balança analítica;

- 02 béqueres de 25 mL; - 0,5g de NH4Cl;

- 02 béqueres de 250 mL; - 1g de NaOH;

- 01 pinça de madeira; - 1 mL de de HCl concentrado;

- 01 bastão de vidro; - 0,5g de NaCO3;

- 01 funil; - 1g CaO;

- 01 folha de papel filtro; - 0,6g de NaCl;

- Suporte universal; - 1,7g de AgNO;

- Garras; - 1g de KNO;

- 01 frasco de vidro para armazenamento; - Água destilada.

- 01 frasco de plástico para armazenamento;

3.2 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Parte I: Mistura entre NH4Cl e soluções de: NaOH e HCl.
Utilizou-se um balão volumétrico e foi preparado 10mL de solução 1,0 mol.L-1 de
NaOH e foi colocado cerca de 2 mL da solução NaOH em um tubo de ensaio e foi adicionado
alguns cristais de NH4Cl.
Posteriormente em um balão volumétrico foi preparado 10mL de solução 1,0 mol.L de
HCl e foi colocado cerca de 2 mL da solução HCl em um tubo de ensaio e adicionou-se
alguns cristais de NH4Cl.

Parte II: Mistura entre Na2CO3 e soluções de : NaOH e HCl.


Colocou-se 2 mL de solução 1,0 mol.L-1 de NaOH em um tubo de ensaio e
adicionou-se alguns cristais de Na2CO3 e posteriormente foi colocado 2 mL de solução 1,0
mol.L-1 de HCl em um tubo de ensaio e adicionou-se alguns cristais de Na2CO3.

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Parte III: Mistura entre a solução de NaCl e soluções de AgNO3 e KNO3.
Utilizou-se um balão volumétrico para preparar 10 mL de solução 1 mol.L-1 de NaCl
e em seguida, preparou-se 10 mL de solução 1 mol.L-1 de AgNO3 e 10 mL de solução 1
mol.L-1 de KNO3, separadamente. Foi colocado 2 mL da solução de NaCl 1 mol.L-1 em dois
tubos de ensaio e foram adicionados mais 2 mL da solução de AgNO3 no primeiro tubo e mais
2 mL da solução de KNO3 no segundo tubo.

Parte IV: Mistura entre NaOH e soluções de Ca(OH)2 água de cal e HCl e mistura de
pastilhas de NaOH na solução de HCl.
Primeiramente a solução de água e cal foi preparada adicionando 1g de CaCO em 100
mL de água destilada, agitando bem a mistura. Como o CaCO é pouco solúvel em água,
restando parte não dissolvida. Filtrou-se o excesso para obter uma solução saturada de água de
cal (CaO + H2O → Ca(OH)2).
Foi colocado 5mL da solução saturada de água de cal (Ca(OH)2) em um tubo de
ensaio e foram adicionadas algumas pastilhas de hidróxido de sódio NaOH. Por fim, foi
colocado 5mL da solução de 1,0 mol.L de HCl em um tubo de ensaio e foram adicionadas
algumas pastilhas de NaOH sólido.

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4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
Parte I: Após a mistura de cloreto de amônio (NH4Cl) com a solução de hidróxido de sódio
(NaOH), apresentou excelente solubilidade pois a reação gera cloreto de sódio e amônia,
ambos solúveis em meio aquoso, conforme Equação 1. Não foi observado liberação de gases
ou variação térmica perceptível.

Equação 1: NH4CL(aq) + NaOH(aq) → NH3(aq) + NaCl(aq) + H2O(l)

Após a mistura de cloreto de amônio (NH4Cl) com a solução de ácido clorídrico


(HCl), apresentou solubilidade moderada pois, a reação do ácido clorídrico acontece com os
íons amônio do cloreto de amônia necessitando da dissociação iônica para se solubilizar,
gerando como produto, mais cloreto de amônio, conforme equação 2. Não foi observado
liberação de gases ou variação térmica perceptível.

Equação 2: NH3(aq) + HCl(aq) → NH4Cl(aq)

Parte II: Após a mistura de carbonato de sódio (Na2CO3) com a solução de hidróxido de
sódio (NaOH), apresentou excelente solubilidade, pois não ocorreu reação tendo em vista que
a dissociação do carbonato de sódio e do hidróxido de sódio, apenas gera íons espectadores,
não formando novos produtos, conforme equação 3. Não foi observado liberação de gases ou
variação térmica.

Equação 3: Na2CO3(aq) + NaOH(aq) ⇄ 2Na+(aq) + CO3-(aq) + Na+(aq)OH-(aq)

Após a mistura de carbonato de sódio (Na2CO3) com a solução de ácido clorídrico


(HCl), apresentou solubilidade instantânea com liberação vigorosa de gás carbônico (CO2),
conforme equação. Não foi observado variação térmica perceptível.

Equação 4: Na2CO3(aq) + 2HCl(aq) → 2NaCl(aq) + H2O(aq) + CO2(aq)

Parte III: No preparo da solução de nitrato de prata (AgNO3), foi observado que o mesmo
possui baixa solubilidade necessitando de calor para diluir com mais facilidade (reação
endotérmica). Após a mistura da solução de cloreto de sódio (NaCl) com a solução de nitrato
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de prata, observou-se a produção de um precipitado insolúvel de coloração branco/cinza,
cloreto de prata (AgCl), conforme equação 5, e pequena liberação de calor (reação
exotérmica), proveniente da absorção de calor no ato do preparo da solução.

Equação 5: AgNO3(aq) + NaCl(aq) → AgCl(s)↓ + NaNO3(aq)

No preparo da solução de nitrato de potássio (KNO3), foi observado que o mesmo


possui baixa solubilidade necessitando de ainda mais calor que a solução de nitrato de prata
para diluição (reação endotérmica). Após a mistura entre a solução de cloreto de sódio (NaCl)
e a solução de nitrato de potássio, observou-se a mudança de coloração na mistura para
branco leitoso, cloreto de potássio (KCl), conforme equação 6, e nenhuma liberação de calor
perceptível, pois a reação não gerou um produto menos energético.

Equação 6: KNO3(aq) + NaCl(aq) → KCl(aq) + NaNO3(aq)

Parte IV: Após a mistura das pastilhas de hidróxido de sódio (NaOH) com a solução de água
de cal (Ca(OH)2) pode-se observar moderada solubilidade e vigorosa liberação de calor
(reação exotérmica) proveniente da reação do hidróxido de sódio com os resquícios não
filtrado do carbonato de cálcio (CaCO3), conforme equação 7, podendo reagir com a hidroxila
(OH-) e gerar discreta liberação de dióxido de carbono (CO2).

Equação 7: CaCO3(aq) + 2NaOH(aq) → Ca(OH)2(aq) + Na2CO3(aq)

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5 – CONCLUSÃO

Pôde-se evidenciar as reações químicas através de fatores como, a mudança de cor, a


formação de precipitado, mudança de temperatura e liberação de gás, mesmo quando não é
possível observar nenhuma dessas variáveis ainda foi possível observar reação proveniente
por exemplo, do cloreto de amônio (NH4Cl) com o hidróxido de sódio (NaOH).
Podemos inferir que a prática experimental de manipulação e observação das reações
químicas se aproximam dos conceitos teóricos, presente na literatura e estudos da química de
forma geral.

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6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KORTZ, John C.; TREICHEL JR, Paul. Química e Reações Químicas. 2ª Edição. Rio de
Janeiro. Editora ABPDEA,2002.

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