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Relatório

Produto de solubilidade

Disciplina: Físico-química II
Professores: Julyana Garcia, Diogo Nogueira
Alunas: Camille França, Jessica Guedes
Turma: AM241
I - OBJETIVO:
A pratica realizada tinha como objetivo aplicar e demonstrar as diversas condições nas quais
uma reação de precipitação pode ocorrer, e determinar a relação entre a ocorrência da
precipitação e o valor de kps (produto de solubilidade).

II - PARTE EXPERIMENTAL;
II .I PROCEDIMENTOS:

2. Influência da concentração na precipitação.

Soluções usadas: Pb(NO3)2 0,10 mol/L e KI 0,20 mol/L


Primeiramente, combinou-se (primeiro tubo) 2,0mL de uma solução de Pb(NO3)2, na qual
possuía concentração de 0,10 mol L-1, com 2,0mL de KI, concentração de 0,20mol L-1, gerando
uma mistura de solução X.
Em seguida, pipetou-se (segundo tubo) 1,0mL de Pb(NO3)2 0,10mol L-1 e, posteriormente o
diluiu em água, formando uma solução de X mol L-1. Em outro tubo (terceiro tubo), foi feito a
mesma coisa com uma solução de KI 0,20 mol L-1 que, após a diluição em água, ficou com uma
concentração X mol L-1.
Em um novo tubo, pipetou- se 2,0 ml de cada uma das soluções diluídas, e estas foram
cuidadosamente observadas. Após essa etapa, aproximadamente um terço do conteúdo foi
transferido e sujeito a aquecimento, seguido de outra diluição.
Seguidamente, uma porção dessa nova solução diluída foi retirada e novamente submetida a
uma diluição, resultando em duas soluções com concentrações x.
Então, uma alíquota de 2,0 ml dessa segunda solução diluída foi retirada e misturada com uma
quantidade equivalente da outra solução diluída. Os resultados obtidos foram anotados e
observados.

3. Precipitação Fracionada.

Soluções usadas: NaCl (0,10 mol/l); K2Cr04 (0,10 mol/l); AgNO3 (0,10 mol/l); Ba( NO3)2 (0,10 mol/l);
Na2C204 (0,10 mol/l) e KI (0,10 mol/l).
Experiência 1:
Em dois tubos de ensaio, adicionou – se 1,0 ml de uma solução de NaCl e 1,0 ml de uma
solução de K2CrO4, ambas com concentração de 0,10 mol L-1. Posteriormente, uma única gota
de AgNO3 0,10 mol L-1 foi introduzida em cada um dos tubos. A seguir observou – se sua
coloração.
Misturou – se 1,0 ml de NaCL e K2CrO4, e adicionou – se AgNO3 0,10 mol L-1 gota a gota, ate
cessar a precipitação. Anotou – se os resultados.
Experiência 2:
Adicionou – se em um tubo de ensaio, 2,0 mL de uma solução de NaCl. Em seguida, gotas de
AgNO3 foram adicionadas até que a formação de um precipitado fosse observada. Após, agitou –
se a solução para separar a fase líquida, que não será utilizada nesta experiência.
Ao precipitado formado, adicionou-se 2,0 mL de uma solução de KI com concentração de 0,10
mol/L. O precipitado foi então homogeneizado com a ajuda de um vórtex.

Experiência 3:
Em um tubo de ensaio, foram combinados 3,0 mL de soluções aquosas de Ba(NO₃)₂ com uma
concentração de 0,10 mol/L e Na2C2O4 com uma concentração de 0,10 mol/L até que a formação
de precipitado tenha cessado. Após aguardar o tempo necessário para a decantação, o tubo foi
submetido à centrifugação.
O sobrenadante resultante foi transferido para outro tubo de ensaio previamente limpo e
submetido a uma etapa de verificação. Nessa etapa, foi possível observar se a solução
novamente formou precipitado. Isso foi determinado pela adição de mais duas gotas da solução
de Na2C2O4 com concentração de 0,10 mol/L.

II.II RESULTADOS E DISCUSSÃO:

2. Influência da concentração na precipitação.

Concentração Concentração Fator Concentração Concentração Produto


KI Pb(NO3)2 de KI Pb(NO3)2 Iônico
Inicial Inicial diluição de mistura de mistura PI
(mol L-1) (mol L-1) (mol L-1) (mol L-1)

Primeira experiência: Mistura de KI 0,20 mol L-1 com Pb(NO3)2 0,10 mol L-1.

0, 20 mol L-1 0,10 mol L -1 1:2 0,10 mol L -1 0,5 mol L-1 6,7x10-7

Segunda experiência: Mistura de KI com Pb( NO3)2 diluídos a partir da experiência 1.

0,020 mol L-1 0,010 mol L-1 1:10 0,010 mol L-1 0,005 mol L-1 5,0x10-7

Terceira experiência: Mistura de KI com Pb(NO3)2 diluídos a partir da experiência 2.

0,0010 mol L-1 0,0005 mol L-1 1:10 0,0005 mol L 1 0,00025 mol L-1 6,25x10-11

- Cálculos da concentração da mistura (primeira experiência):


- Cálculos da nova concentração de Pb(NO3)2 diluído:

- Cálculos da nova concentração de KI diluído:

- Cálculos da segunda mistura com KI e Pb(NO3)2 diluídos (segunda experiência):

- Cálculos da nova concentração de Pb( NO3)2 e de KI diluídos 2:

- Cálculos da terceira mistura de KI e Pb( NO3)2 diluído ( terceira experiência) :


Na primeira parte do experimento, misturamos soluções diluídas de Pb(NO3)2 e KI, formando
uma solução aquosa que contém íons de Pb²⁺ e I⁻. Quando aquecemos essa solução e, em
seguida, a deixa esfriar, observamos a formação de um precipitado amarelo, que é o iodeto de
chumbo (PbI₂). Isso acontece porque a reação química entre o Pb²⁺ e o I⁻ produz um composto
pouco solúvel em água.
Já na segunda parte do experimento, criamos novas soluções diluídas de Pb(NO3)2 e KI. Essas
soluções têm concentrações mais baixas dos reagentes em comparação com a primeira etapa.
Ao misturá-las novamente, a formação de precipitado pode ser menos evidente, ou seja, a
quantidade de precipitado pode ser menor devido à menor concentração de íons.
Nesta primeira parte do experimento podemos ver que, o conceito de solubilidade e como a
concentração dos reagentes afeta a formação de precipitados. Concentrações mais altas tendem
a favorecer a formação de precipitados, enquanto concentrações mais baixas podem limitar a
quantidade ou até mesmo impedir a formação de precipitados.

3. Precipitação Fracionada.

Experiência 1:

Ensaio Cor do precipitado Kps do sal Solubilidade do sal


precipitado precipitado
NaCl + AgNO3 Branco 1,8x10-10 1,34 x 10-5 mol L-1
K2CrO4 + AgNO3 Amarelo Marrom 1,9x10-12 7,80 x 10-5 mol L -1

- Cálculos da solubilidade:

Nos dois primeiros tubos de ensaio, quando adicionado uma gota de AgNO3 (nitrato de prata) a
soluções separadas de NaCl e K2CrO4. Ocorrem duas reações.
NaCl + AgNO3 → AgCl (precipitado branco)
K2CrO4 + 2AgNO3 → Ag2CrO4 (precipitado amarelo meio marrom)
Tubo com NaCl e AgNO3 – Quando foi adicionado uma gota de AgNO3 a uma solução de NaCl,
formou-se um precipitado branco, que é o cloreto de prata (AgCl). Isso ocorreu porque o AgNO3
reagiu com o NaCl, produzindo AgCl, que é um composto pouco solúvel.
Tubo com K2CrO4 e AgNO3: Quando foi adicionado uma gota de AgNO3 a uma solução de
K2CrO4 , formou-se um precipitado de cor amarelo marrom, que é o cromato de prata (AgC 2rO4 ).
Já na segunda parte, misturamos NaCl e K2CrO4 em um tubo de ensaio antes de adicionar
AgNO3 gota a gota. Inicialmente quando adicionamos a primeira gota de AgNO3, forma-se um
precipitado branco, que é novamente o cloreto de prata (AgCl), devido à reação entre o AgNO3 e
o NaCl. Conforme adicionamos mais gotas de AgNO3, a solução começa a mudar de cor. Isso
ocorre porque, a medida que mais AgNO3 é adicionado, o cloreto de prata (AgCl) se consome e
reage com o dicromato de potássio (K2CrO4) presente na solução, formando cromato de prata
(Ag2CrO4).
A adição de AgNO3 continuou até que não haja mais formação de precipitado ou até que a cor
da solução pare de mudar, o que indica que todos os íons de cloreto (Cl⁻) e cromato (CrO₄²⁻)
reagiram com os íons de prata (Ag⁺) para formar seus respectivos precipitados.
Ou seja, a formação de precipitados ocorre quando há reações entre íons que produzem
compostos de baixa solubilidade em água. A mudança na cor do precipitado ao longo do
experimento ocorre devido à variação na proporção dos íons envolvidos nas reações à medida
que o reagente AgNO3 é adicionado, e com isso precisou adicionar 24 gotas até que a
precipitação cessasse.
Experiência 2:
Cálculos:

Começamos com 2,0 mL de uma solução de NaCl 0,10 mol/L em um tubo de ensaio e gotejou
AgNO3 0,10 mol/L até que ocorreu a formação de um precipitado em quantidade apreciável. Isso
ocorreu devido à reação entre os íons Ag⁺ e Cl⁻, que resultou na formação de AgCl, um
precipitado branco insolúvel.
Agitou – se a solução e a centrifugou para separar a fase líquida, descartando-a. Isso permitiu
a remoção dos íons Ag+ e outros íons em solução, restando apenas o precipitado de AgCl.
Ao precipitado de AgCl, adicionou 2,0 mL de uma solução de KI 0,10 mol/L e agitou a mistura
usando um vórtex. A adição de KI provocou uma reação de dupla troca, na qual os íons Ag⁺
foram substituídos pelos íons I⁻, formando AgI, que é um precipitado amarelo.
Em resultados vimos que a formação inicial de um precipitado branco de AgCl devido à reação
entre Ag⁺ e Cl⁻. Em seguida, ao adicionar KI, observamos a formação de um novo precipitado
amarelo, que é o AgI.

Experiência 3:

Ensaio Reação química(forma iônica) Cor do Kps do Solubilidade do


precipitado precipitado precipitado (mol L-1)
Ba(No3)2 + Na2C2O4 Ba(NO3) + Na2CrO4 Branco 1,5x10-8 1,2x10-4 mol L-1
BaC2O4(S)
Sobrenad. + K2CrO4 Ba2+(aq) + CrO42-(aq) Amarelo 1,2x10-10 1,1x10-5 mol L-1
BaCrO4(S)

Cálculos:

Primeira Etapa – pegamos 3,0 mL de uma solução de Ba(NO3)2 0,10 mol/L a um tubo de
ensaio e adicionou Na2C2O4 0,10 mol/L até que a precipitação cessasse. Isso resultou na
formação de um precipitado de BaC2O4 devido à reação entre os íons Ba²⁺ e C2O4²⁻.
Ao verificar se houve precipitação total foi adicionando duas gotas de Na2C2O4 0,10 mol/L. Se
ainda houvesse precipitação, precisaria adicionar mais quatro gotas do reagente e ir centrifuga
novamente, separando um novo sobrenadante. Isso foi feito para garantir que toda a quantidade
de íons Ba²⁺ fosse precipitada como BaC2O4.
Em seguida, adicionamos 1,0 mL de K2CrO4 0,10 mol/L ao tubo contendo o sobrenadante. A
formação de um precipitado amarelo indica a presença de íons Ba²⁺, uma vez que o cromato de
bário (BaCrO4) é insolúvel em água e forma um precipitado amarelo característico.
Lavamos o precipitado cuidadosamente com uma pequena quantidade de água e observou sua
coloração. A coloração amarela confirmaria a presença de BaCrO4.
Portanto, os resultados foram a formação de um precipitado branco de BaC2O4 na primeira
etapa, seguido pela formação de um precipitado amarelo de BaCrO4 na segunda etapa,
indicando a presença de íons de bário na amostra.

III - CONCLUSÃO:
Pode-se concluir que o grupo compreendeu o propósito da prática, realizando todas as etapas de modo a
se atingir o esperado. Concluiu-se que há influência da concentração na formação de precipitado. Quando
uma solução é muito diluída, algumas das propriedades da solução podem mudar em relação a uma
solução mais concentrada. Algumas das mudanças observadas em soluções muito diluídas incluem a
baixa concentração de soluto e a baixa densidade, aumentando o volume da solução.
Pôde-se notar também, a ordem em que as soluções precipitaram (precipitação fracionada) e se as
mesmas precipitaram totalmente depois da decantação e também que quanto mais íons na solução, mais
solúvel ela é.

IV- Referências:
Vídeo aula – química analítica qualitativa – produto de solubilidade – parte 1
Slides – material de apoio – Qconcursos.com – produto de solubilidade kps
Fundamentos de físico-química / Gilbert Castellan ; tradução Cristina Maria Pereira dos Santos, Roberto
de Barros Faria; Rio de Janeiro : Livros Técnicos e Científicos, c1986

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