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Prática sobre compostos de coordenação

TURMA BM-131

Professor: Diego Lopes.

COMPONENTES:

Caroline Borges

Eduardo Kilins

José Felipe
Matheus Marques
Objetivo: Observar as alteração das soluções e compostos quando misturadas à
outra soluções.

Reagentes

1. Sulfato de Cobre II (CuSO4) _Concentração de 0,10 mol/L

2. Cloreto de Cobalto II (CoCl2)_Concentração Saturada

3. Oxalato de Sódio (Na2C2O4)_Concentração Saturada

4. Tiocianato de Potássio (KSCN)_Concentração Saturada

5. Cloreto Férrico (FeCl3)_Concentração 0,10 mol/L

6. Fluoreto de Sódio (NaF)_Concentração Saturada

7. Nitrato de Prata (AgNO3)_Concentração 0,10 mol/L

8. Ácido Clorídrico (HCl)_Concentração 0,10 mol/L e 5%

9. Cloreto de Sódio (NaCl)_Sólido

10. Amônia (NH3)_Concentração concentrada

11. Iodeto de Potássio (KI)_Concentração 0,10 mol/L

12. Água de Ionizada

Materiais

1. Tubos de ensaio

2. Pipetas(10,0 ml)

3. Béqueres (50ml)

4. Bastão de vidro

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Procedimentos experimentais

1. - Complexos de Cobre II

1.1. Na capela, foi adicionada solução aquosa concentrada de amônia a 2,0 mL

em umasolução de Sulfato de Cobre II 0,10 mol/L. Para então em seguido ser

adicionada água deionizada lentamente.

1.2. Em 2,0 mL de solução de Sulfato de Cobre II 0,10 mol/L, foi adicionado Clore-

to de Sódio sólido uma pequena quantidade. E como no anterior (1.2) foi adi-

cionada água deionizada em poucas quantidades.

2. - Complexos de Cobalto II

2.1. Foi transferido para um tubo de ensaio, usufruindo de uma pipeta de 1,0 mL,
0,5 mL de solução aquosa de cloreto de cobalto II (CoCl2) diluída. Logo após,
adicionou-se cuidadosamente, na capela, ácido clorídrico (HCl) concentrado
ao tubo. Em seguida, adicionou-se água deionizada ao mesmo tubo.

2.2. Transferiu-se, com ajuda de uma pipeta de 10 mL, 2,0 mL de solução aquosa
de cloreto de cobalto II (CoCl2) diluída para um tubo de ensaio. Logo após,
nesse mesmo tubo, adicionou-se, novamente com ajuda da pipeta de 10 mL,
5,0 mL de uma solução aquosa de oxalato de sódio (Na2C2O4) 0,125 mol/L.

2.3. Adicionou-se, com o auxilio de uma pipeta de 10 mL, 5,0 mL de solução aquo-
sa saturada de tiocianato de potássio (KSCN), a um tubo de ensaio contendo
2,0 mL de solução de cloreto de cobalto II (CoCl2) diluída.

2.4. Foi adicionado, com a ajuda de uma pipeta de 10 mL, 2,5 mL de solução
aquosa de oxalato de sódio (Na2C2O4) 0,125 mol/L, a um tubo de ensaio con-
tendo 1,0 mL de solução aquosa de cloreto de cobalto II (CoCl 2) diluída. No
mesmo tubo, inseriu-se, com uma pipeta de 10 mL, 2,5 mL de solução con-
centrada de tiocianato de potássio (KSCN). Em seguida, foi refeita a experiên-

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cia, trocando a ordem de adição dos ligantes tiocianato de potássio (KSCN) e
oxalato de sódio (Na2C2O4).

3. - Complexos de Ferro III

3.1. Com uma pipeta de 10 ml, foi transferido 1,0 ml de solução de cloreto férrico
0,10 mol/L para três tubos de ensaio limpos (1,0 ml em cada). Então esses tu-
bos foram numerados de 1 a 3. Ao tubo 1, foi adicionado 4,0 ml de solução
aquosa de oxalato de sódio saturada com uma pipeta de 10 ml. Ao tubo 2, foi
acrescentado 4,0 ml de solução aquosa de fluoreto de sódio 0,25 mol/L utili-
zando uma pipeta igual a que usamos anteriormente. Por fim, ao terceiro tubo,
foi adicionado 4,0 ml de água deionizada com o auxílio da mesma pipeta usa-
da no início desse experimento. As cores das soluções foram observadas.
Observação: a pipeta foi devidamente lavada e secada após cada utilização.

Após isso, foi adicionada gota a gota solução de tiocianato de potássio 0,10
mol/L aos três tubos até que foi observado mudança de coloração. O número
de gotas para cada tubo foi registrado.

3.2. Foram transferidos 0,5 ml de solução aquosa de cloreto férrico 0,10 mol/L para
dois tubos de ensaio limpos (0,5 ml em cada) além de 2,0 ml de solução de
oxalato de sódio saturada. A cor dos tubos foi observada e anotada. Após is-
so, a um dos tubos foram adicionados 2,0 ml de solução de fluoreto de sódio
0,25 mol/L. Enquanto que, ao outro tubo, foram adicionados 2,0 ml de água
deionizada. Todos os resultados foram anotados e comparados. Observação:
para todas as transferências e adições de substâncias foi utilizado uma pipeta
de 10 ml.

3.3. Dois tubos de ensaio foram separados e verificados se estavam limpos e s e-


cos, então a cada um deles foram adicionados 0,5 ml de solução aquosa de
cloreto férrico 0,10 mol/L e 2,0 ml de solução de fluoreto de sódio saturada. A
cor dos tubos foi observada e anotada. Então, a um deles, foram adicionados
2,0 ml de solução de oxalato saturada. E ao outro tubo, foram adicionados 2,0
ml de água deionizada. Os resultados foram observados e comparados com
os resultados obtidos no experimento “3b”.

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4. Complexos de Prata

4.1. Em dois tubos de ensaio (1 e 2) foram colocadas cinco (5) gotas de uma solu-
ção de nitrato de prata (AgNO 3) 0,10 mol/L, que em seguida foram diluídos
com cerca de 1,0 ml de água deionizada. Em um béquer de 100,0 ml separa-
do foi preparado 20,0 ml de uma solução saturada de cloreto de sódio (NaCl).
Com o auxilio de uma pipeta de 5,0 ml, foi adicionado 5 gotas da solução satu-
rada de cloreto de sódio em cada um dos tubos de ensaio, o que resultou na
formação de precipitado

4.2. Ao tubo 1 continuou-se adicionando, lentamente, cloreto de sódio e agitando


vigorosamente o tubo de ensaio até a solução de cloreto de sódio estar em
excesso. Após o cloreto de sódio fazer efeito, foi adicionada uma (1) gota de
uma solução de 0,10 mol/L de nitrato de prata (AgNO 3).

4.3. Na capela, cinquenta (50) gotas de solução aquosa concentrada de hidróxido


de amônio (NH4OH) foram adicionadas ao tubo 2.

4.4. Em um novo tubo de ensaio (3) contendo cinco (5) gotas de nitrato de prata,
foi acrescentado 1,0 ml de água deionizada. Depois foram adicionadas cinco
(5) gotas de iodeto de potássio (KI), o que formou um precipitado. Em seguida
o tubo foi levado a capela, onde cinco (5) gotas de solução aquosa concentra-
da de hidróxido de amônio foram acrescentadas. O resultado foi comparado
com o resultado do experimento 4.3 .

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Resultados e Discussão

1. – Complexos com Cobre II

1.1. Em uma solução de sulfato de cobre II de coloração azul clara (translucida) foi
adicionada poucas gotas de amônia concentrada. Após a adição a solução, o
liquido azul claro alterou sua cor para um azul mais escuro e intenso. (Reação
01 VOGEL, 1981, P.109)

CuSO4 + 4 NH3⇄[Cu(NH3)4]2+

Este fenômeno de alteração de cor da solução se da pela equação de Plank.


Quando um complexo é colocado à luz branca, ele absorve energia e exibe a
cor complementar de sua absorção. No caso da solução a cor complementar
ao azul é laranja.
A adição de a solução não teve nenhuma alteração ao complexo além de diluir
a solução. E a amônia sendo um ligante mais forte faz com que a água não al-
tere em nada.

1.2. Em uma solução de sulfato de cobre II (CuSO 4) de coloração azul claro foi
adicionado uma pequena quantidade de cloreto de sódio (NaCl), fazendo com
que a solução ficasse verde.

CuSO4 + 4 NaCl ⇄ Na[CuCl4]2+SO4

A troca de ligante justifica a mudança de cor azul para verde. Apesar do clore-
to ser mais fraco que a agua pela serie espectro química , a saturação das so-
lução aumenta a concentração do complexo fazendo com que o equilíbrio se
descoloque no sentido direto.

Após a adição de água deionizada, o deslocamento do equilíbrio se torna para


o sentido inverso, fazendo com que a cor da solução volta para o azul mas um
azul mais claro.

2. – Complexos com Cobalto II

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2.1. Foi evidenciado, na solução de cloreto de cobalto II (CoCl2), a presença do

complexo [Co(H2O)6]2+ pela coloração rosa claro. (VOGEL, p. 287)

Co2+ + 6 H2O(l) ⇋ [Co(H2O)6]2+

Ao reagirmos cloreto de cobalto II (CoCl2) com ácido clorídrico concentrado

(HCl), a solução apresentou uma coloração azul devido a formação do Com-

plexo [CoCl4]2- (VOGEL, p. 287)

[Co(H2O)6]2+ + 4 Cl-(aq) ⇋ [CoCl4]2- + 6 H2O

Ao adicionar água deionizada, a coloração voltou a ser rosa claro. Devido ao

acréscimo de água (H2O) a reação tendeu a entrar em equilíbrio. A reação

ocorreu no sentido inverso, ou seja, na produção de [Co(H2O)6]2+.

Após tudo isso, comparamos esse tubo a um tubo contendo a mesma quanti-

dade de Cloreto de Cobalto II (CoCl2), para isso, adicionamos água deionizada

até os volumes se igualarem. O tubo, em que foi feito as reações, ficou com

uma coloração rosa clara, porém, mais clara do que na qual foi usada em

comparação.

2.2. A adição de oxalato de sódio Na2(C2O4), na solução de cloreto de cobalto II

(CoCl2) (contendo uma grande quantidade do complexo [Co(H2O)6]2+), conti-

nuou com uma coloração rosa, porém um pouco mais escuro.

[Co(H2O6)]2+(aq) + 3 C 2O42- ⇋ [Co(C 2O42-)3]4- (VOGEL, p. 289)

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Essa coloração rosa evidência que poucos ligantes foram substituídos, visto

que, o Oxalato é um ligante ligeiramente mais fraco do que a água de acordo

com a série espectroquímica. A variação de energia dos orbitais e g e t2g foi

muito pequena, portanto, o comprimento de onda e a frequência também tive-

ram uma variação muito pequena, logo, a cor manteve-se bem parecida.

I < Br < S2- < SCN < Cl - < N3 - , F < uréia, < ox, O2- < H2 O < NCS < < py,

NH3 < en < bpy, phen < NO2 < CH3 - , C6 H5 - < CN < CO

Em relação ao Cloreto de Cobalto (CoCl2) a ser comparado, o que foi adicio-

nado oxalato de sódio (Na2(C2O4) apresentou uma tonalidade de rosa mais

escuro.

2.3. Ao adicionar KSCN foi observada uma mudança de coloração de rosa para vi-

oleta. Essa coloração se da pela presença do complexo [Co(H2O)2(NCS)4]2-.

[Co(H2O)6]2+(aq) + 4 NCS- ⇋ [Co(H2O)2(NCS)4]2- + 4 H2O

2.4. A adição de oxalato de sódio Na2(C2O4), na solução de cloreto de cobalto II

(CoCl2) (contendo uma grande quantidade do complexo [Co(H2O)6]2+), conti-

nuou com uma coloração rosa, porém um pouco mais escuro, como foi disc u-

tido no item 2.2

[Co(H2O6)]2+(aq) + 3 C2O42- ⇋ [Co(C2O42-)3]4- (VOGEL, p. 289)

No mesmo tubo quando se adicionou solução concentrada de tiocianato de

potássio (KSCN), a solução ficou roxa, indicando a formação do complexo

[Co(SCN)4]2-. (VOGEL, p. 289)

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[Co(C2O4)3]4- + 4 SCN- ⇋ [Co(SCN)4]2- + 3 C2O4

Ao trocar a ordem dos ligantes, adicionando primeiramente solução concen-

trada de tiocianato de potássio (KSCN), e em seguida oxalato de sódio

Na2(C2O4), não ouve alteração na coloração da solução final, indicando que

quando se altera a ordem dos ligantes, não interfere em nada.

3. - Complexos com Ferro lll

3.1. Foi observado no tubo 1, uma mudança de coloração ao adicionar 4,0 ml de


oxalato de sódio. A coloração da substância mudou para verde aguado (um
tom de verde um pouco transparente).

Sua cor inicial se dá devido ao hexaaquoferro (III), pois as cores dos comple-
xos são “geradas” pelo quanto seus orbitais são desdobrados, uma vez que a
eles é atribuído um determinado comprimento de onda absorvido pela solução
quando exposta a luz branca.

A configuração do Fe³+ é d5, e pelo fato da água não conseguir emparelhar os


elétrons, a distribuição eletrônica segue a regra de Hand.

Logo, a cor observada do hexaaquoferro (III) no início é justificada pela trans i-


ção de transferência de carga. Essa transição ocorre entre o metal e o ligante,
proporcionando também como consequência da absorção do comprimento de
onda dessas transições de elétrons de elementos diferentes, cores dentro da
região visível do espectro eletromagnético.

Ao adicionarmos fluoreto de sódio ao tubo 2, a solução, que antes era amarela


clara, ficou quase incolor, branco turvo, pois houve formação de hexafluorofer-
rato (III). O fluoreto, um ligante de campo fraco, tem uma vantagem energética
seguindo a regra de Hand. O seu comportamento para configurações d5 (con-
figuração do Fe3+), de acordo com a regra da multiplicidade, causa transição

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eletrônica com pouquíssima frequência, logo, a falta de pigmentação (ou qua-
se) na solução era o esperado.

Por outro lado, no tubo 3, foi adicionado 4,0 ml de água deionizada causando
apenas a diluição da substância, pois só possuía a formação do [Fe(H2O)6]3+
na mesma. Logo, a sua coloração amarela clara mudou para um amarelo claro
menos intenso.

3.2.
Tabela 4. Ensaios com complexos de Fe3+ e SCN-

Complexo Número de gotas Cor observada

adicionadas

[Fe(OX)3]3- 9 Laranja

[FeF6]3- 1 Amarelo

[Fe(OH2)6]3+ 1 Vermelho-sangue

Como podemos notar na tabela acima, houve mudança na coloração de todos


os tubos ao adicionarmos tiocianato de potássio. No experimento, foi detecta-
do a necessidade de poucas gotas da solução saturada de tiocianato de po-
tássio, o fato pode ser explicado pela constante de formação do KSCN quando
complexado ao Fe3+, pois o resultado tem uma ordem de valor superior ao
complexo de oxalato, água e flúor.

No 1° tubo ocorre a seguinte reação de troca de ligantes:

[Fe(C2O4)3]3- + 6SCN- ⇋ [Fe(SCN)6]3 + 3C2O42-

De acordo com o livro de química escrito por Vogel, [Fe(C 2O4)3]3- possui a

constante de formação aproximadamente à 1,6x1020 e a do [Fe(SCN)6]3- 1,7 x

103, por isso precisamos adicionar 9 gotas com a finalidade de deixar o tiocia-

nato em excesso, forçando o sentido inverso da reação. O resultado do expe-

rimento foi a formação [Fe(SCN)6]3 e esse resultado foi observado devido à

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troca de cor, entretanto, a cor que vimos não é a cor do hexatiocianatoferra-

to(lll) e sim a mistura das cores dos dois complexos, que podemos observar

graças à transição eletrônica dos orbitais t2g  eg.

No tubo 2, foi observado a troca imediata da coloração da solução com o

acréscimo de apenas 1 gota, isso pode ser justificado pelo valor de Kf do hexa-

tiocianatoferrato(lll). Pelo valor de Kf ser embasado na reação de formação de

um complexo em meio aquoso, o íon utilizado como centro metálico é um

aquo-íon. Logo, o Kf do complexo de Fe3+ com o tiocianato se refere à sua

formação a partir do próprio aquo-íon férrico, então, o Kc do equilíbrio de troca

de ligantes é o Kf do complexo [Fe(SCN)6]3-. Por esse Kf já ter um valor ele-

vado, a reação tem grande extensão no sentido de formação dos produtos, ou

seja, no sentido em que há troca de ligantes formando o hexatiocianatoferra-

to(lll).

Concluindo, assim como foi explicado na justificativa usada no tubo 1, a cons-

tante de formação do [FeF6]3- é de 1,3 x1016, ou seja, é maior que a do

[Fe(SCN)6] que é de 1,7x103. Contudo, a interação do Fe3+ e 𝐹 − é favorecida

de acordo com Pearson, que afirma que a interação de moléculas de caráter

duro com caráter duro, promove uma estabilidade ao sistema químico, ou seja,

moléculas que possuem um raio relativamente pequeno e números de oxida-

ção altos costumam interagir melhor no que diz respeito à estabilidade.

4. - Complexos de Prata

4.1. Inicialmente a solução de AgNO 3 era incolor. O fato dela ser incolor, é prove-
niente de Ag+ ter 10 elétrons nos orbitais d, orbital esse que o mantem em

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maior interação com os ligantes na formação do complexo [Ag(H2O)2]+ . Os or-
bitais e2 e T2g estão preenchidos com 10 elétrons, impossibilitando a transição
deles entre os orbitais de diferente energia, isto é, tornando nula a possibilida-
de de transição, logo, não há a absorção do comprimento de onda necessário
para observarmos alguma cor.

Ao adicionarmos a solução de NaCl (cloreto de sódio) saturada nos 2 tubos,


observou-se a formação de um precipitado branco. Devido a presença dos
íons Ag+ e Cl- em concentrações consideráveis a reação de precipitado do
AgCl (cloreto de prata) era esperada:

AgNO3(aq) + NaCl(aq)  NaNO3(aq) + AgCl(aq)

Visto que, sua constante de solubilidade (Kps) é de ordem muito pequena, im-
plica que a reação ocorre praticamente no sentido inverso, isto é, no sentido
de formação do AgCl(s):

AgCl(s) ⇋ Ag+ + Cl-

4.2. Após a adição de NaCl (cloreto de sódio) ao tubo 1, a concentração de íons


cloreto aumenta de forma que desloque o equilíbrio de formação do complexo
[AgCl2]- :

AgCl(s) + Cl- ⇋ [AgCl2]-

Com a formação do complexo de dicloroarganato, há o consumo dos íons Ag+


e Cl-, afetando, portanto, o equilíbrio de solubilidade anterior citado. Agora que
os íons estão sendo usados para formar o complexo, há menos deles presen-
tes da solução, logo, pelo principio de Le Chatelier o equilíbrio irá se deslocar
no sentido de formação dos íons livres, visto que, estão em concentrações
menores fazendo com que seja ionizado o AgCl(s).

Posteriormente, com a adição de 1 gota de AgNO 3 (nitrato de prata) 0,10


mol/L, voltou a formar o precipitado, visto que, a concentração de Ag+ no meio
aumentou consideravelmente, e como a concentração de Cl- era considerável,
visto que, foi adicionado muito íon cloreto, por Le Chatelier, agora o sentido do
equilíbrio é deslocado para a formação do sal AgCl(s).

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4.3. AgCl + 2 NH4OH = Ag(NH3)2Cl + 2 H2O

Ao adicionar amônio na solução com precipitado branco, a solução se torna


incolor e turva.

A amônia se liga à prata, de forma que os íons livre de prata abaixam suas
concentrações, que por Le Chatelier o sentido da reação de precipitação do
AgCl(s) se desloque para formar Ag+ , o que implica na dissolução do sal, isto
é, solubilização do precipitado.

4.4. KI(aq) + AgNO 3(aq)  KNO3(aq) + AgI(s)

Após a adição de 5 gotas de iodeto de potássio (KI) ao tubo 3, que continha nitrato
de prata (AgNO 3), formou-se um precipitado amarelo claro, que era o iodeto de
prata (AgI). Essa solução foi levada a capela e acrescentou-se 50 gotas da solu-
ção concentrada de hidróxido de amônio (NH4OH). Observou-se que no item 4.c, a
solução ficou incolor, turva e com precipitado, no item 4.d a solução ficou amarelo
pálida com precipitado.

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Bibliografia :

VOGEL, Arthur Israel. Química Analítica Qualitativa. 5° Edição. São Paulo, SP:

Mestre Jou, 1981. Páginas: 109, 287 e 289

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