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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA EXATAS - DCEX


BACHARELADO EM QUÍMICA

MARCELLA PURIFICAÇÃO DI GIROLAMO

REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO
Relatório da prática

ILHÉUS – BA
SETEMBRO DE
2023
MARCELLA PURIFICAÇÃO DI GIROLAMO

REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO
Relatório da prática

Relatório apresentado à Universidade Estadual de


Santa Cruz, como parte das exigências para
aprovação na disciplina Química Inorgânica
Experimetal, solicitado pelo Professor Rodrigo Luis
da Silva Ribeiro dos Santos.

ILHÉUS – BA
SETEMBRO DE
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
2. OBJETIVOS................................................................................................... 5
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 6
3.2 METODOLOGIA...................................................................................... 7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 9
5. CONCLUSÃO .............................................................................................. 15
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 16
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1. INTRODUÇÃO

As reações de óxido-redução, também conhecidas como reações redox, são


um tipo fundamental de reações químicas que desempenham um papel essencial em
muitos processos naturais e industriais. Essas reações envolvem a transferência de
elétrons entre substâncias químicas, resultando em uma mudança no estado de
oxidação dos átomos envolvidos. O termo "óxido-redução" é uma abreviação de
"oxidação" e "redução", que descreve os dois processos químicos opostos que
ocorrem simultaneamente em uma ocorrência redox.
Na oxidação, um átomo, íon ou molécula perde elétrons, aumentando seu
estado de oxidação. Por outro lado, na redução, um átomo ou íon ganha elétrons,
reduzindo seu estado de oxidação. As reações de óxido-redução são projetadas por
uma mudança na valência dos elementos envolvidos, que é acompanhada por
alterações nas propriedades físicas e químicas das substâncias em ocorrências.
As soluções de óxido-redução são cruciais em diversos contextos, desde a
respiração celular em organismos vivos até a corrosão de metais, passando pela
geração de energia em pilhas e baterias. A reação, por exemplo, entre oxigênio (O 2)
e magnésio (Mg), que produz óxido de magnésio é utilizada em fogos de artifício, para
produzir faíscas brancas, também é utilizada em munições de dispositivos
incendiários, e é um exemplo de reação de oxidação. Durante a reação, os átomos
de Mg sólido perdem elétrons para formar íons Mg2+, e os átomos de oxigênio do O2
gasoso, ganham elétrons para formar íons O2-, eles ficam na forma de óxido de
magnésio MgO:
2 Mg (s) + O2 (g) 2 MgO (s) (Equação geral da reação)
2 Mg0 – 4 e- 2 Mg2+ (Reação de oxidação)
O2 + 4 e - 2 O 2- (Reação de redução)
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2. OBJETIVOS

 Verificar experimentalmente, a tendência que apresentam as substâncias químicas à


oxidação e à redução, bem como os produtos formados de uma reação de óxido-
redução.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS E REAGENTES


;  Dióxido de manganês
 Tubos de ensaio; (MnO2);
 Iodeto de potássio (KI);
 Solução de ácido
clorídrico (HCl) 6  Água de cloro;
mol L-1  Clorofórmio (CHCl3);
 Aparas de alumínio  Permanganato de potássio
(Al) (KmnO4);
 Solução de ácido sulfúrico
 Aparas de zinco (Zn)
(H2SO4);
 Aparas de Cobre  Peróxido de hidrogênio
(Cu) (H2O2);
 Aparas de magnésio  Sulfato de ferro II (FeSO4)
(Mg)  Tiocianato de amônio
(NH4SCN)
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3.2 METODOLOGIA

O percurso metodológico ocorreu da seguinte forma:


Primeiramente foram seperados os materiais e os reagentes para serem
utilizados na prática. Após a separação dos materiais, as reações foram feitas
em ordem, de acordo com o pré laboratório. Cada reação foi feita em um tubo
de ensaio diferente, e todos os tubos de ensaio foram númerados para a
identificação de cada reação. Para a primeira parte da prática foram colocadas
as aparas de cada um dos métais em tubos de ensaio diferentes. Em seguida
adicionou-se 2 mL de ácido clorídrico (HCl) 6 mol L-1 , em cada um dos tubos
de ensaio, foi obeservado e anotado as reações que ocorreram.

Figura 1- Tubos de ensaio com as respectivas reações.


Fonte: arquivo pessoal 2023.2

Para a segunda parte da aula, os experimentos foram feitos também em


ordem, de acordo com o pré-laboratório. Cada reação foi feita em um tubo de
ensaio diferente, onde os reagentes foram adicionados em uma ordem pré-
estabelecida no roteiro de aula, e as reações também foram subdivididas em
partes A, B ,C e D.
Na parte A, o dióxido de manganês (MnO2) foi adicionado ao tubo de ensaio,
seguido de 2 mL ácido clorídrico (HCl), e posteriormente um pequeno pedaço
de papel filtro embedido com solução de iodeto de potássio (KI) foi preso a
ponta do tubo de ensaio. Todas as reações envolvidas foram obervadas e
anotadas.
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Na parte B, 2 mL de solução iodeto de potássio (KI) foi adicionado á um tubo


de ensaio, seguido de 2 mL de água de cloro e 2 mL de clorofórmio (CHCl3).
Todas as reações foram observadas e anotadas.
Na parte C, foi adicionado 2 mL de solução de permanganato de potássio
(KmnO4), logo depois adcionou-se 1 mL de solução de ácido sulfúrico (H2SO4)
e 2 mL de peróxido de hidrogênio (H2O2). Toda a reação foi observada e
anotada.
E por fim, na parte D, em um tubo de ensaio foi adicionado 2 mL de solução
de sulfato de ferro II (FeSO4) seguidamente de 1 mL de solução de ácido
sulfúrico (H2SO4) e 2 mL de peróxido de hidrogênio (H2O2), a mistura foi agitada
e por fim, algumas gotas de tiocianato de amônio foram adicionadas. Tudo o
que ocorreu durante as reações foi anotado.

Figura 2 – Tubos de ensaio com as reações descritas acima.


Fonte: arquivo pessoal 2023.2
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As reações com os metais ocorreram como o esperado, ao adicionar ácido


clorídrico (HCl) no tubo de ensaio contendo as aparas dos metais, foi observado que
as reações aconteceram de maneira incisiva, formando gases, mudaça de fase, e
houve até liberação de calor em algumas, e essas reações puderam ser obervadas
porque o ácido clorídrico é um agente oxidante.
No tubo de ensaio contendo tiras de magnésio (Mg), quando foi adicionado o
ácido clorídrico (HCl), ocorreu uma reação rápida de oxidação do magnésio, onde
pode ser obervado a libreção de gás, e a formação de uma espuma branca até que
todo o magnésio fosse consumido formando uma solução clara de cloreto de
magnésio (MgCl2). Ao observarmos a reação vemos que o gás liberado foi o
hidrogênio.
Mg (s) + 2 HCl (aq) MgCl2 (aq) + H2 (g) (Equação geral da reação)
2 H1+ + 2 e- 2 H0 (Semi reação de redução)
Mg0 - 2 e- Mg2+ (Semi reação de oxidação)

Figura 3- Reação entre magnésio e ácido clorídrico.


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A reação entre o alumínio (Al) e o ácido clorídrico (HCl) também ocorreu de


maneira aguda, onde praticamente todo o aluminio foi consumido para formação de
cloreto de alumínio (AlCl3), e nessa reação também foi possível observar que houve
desprendimento de gás, além de liberação de calor e formação de uma espuma cinza.
A reação continou ocorrendo por algum tempo, até que pôde ser observado uma
solução escura no tubo de ensaio.

2 Al (s) + 6 HCl (aq) 2 AlCl3 (aq) + 3 H2 (g) (Equação geral da reação)

6 H1+ + 6 e- → 6 H0 (Semi reação de redução)

2 Al0 - 6 e- → 2 Al3+ (Semi reação de oxidação)

Figura 4- Reação entre alumínio e ácido clorídrico


Fonte: arquivo pessoal 2023.2
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Na segunda parte da aula, como já citado na metodologia os experimentos


foram dividos em quatro partes, que serão discutidas a seguir.

Na parte A, a reação ocorreu entre o dioxido de manganês (MnO2) e o ácido


clorídrico (HCl), para a formação de cloreto de manganês (MnCl2), gás cloro (Cl2) e
água (H2O). Nessa reação o dióxido de manganês é o agente oxidante, promovendo
a oxidação do cloro, e o ácido clorídrico é o agente redutor que promove redução do
manganês. Ao misturar os dois reagentes foi possível observar uma mudança de
coloração. E para confimar a liberação do gás cloro, foi colocado um pequeno pedaço
de papel filtro embebido de solução de iodeto de potássio (KI), e o mesmo foi ficando
com um aspecto de queimado com o passar do tempo, ou seja o cloro liberado reagiu
com o iodeto de potássio formando cloreto de potássio (KCl) e iodo (I2)

4 HCl (aq) + MnO2 (s) MnCl2 (aq) + Cl2 (g) + 2 H2O (l) (Equação geral da
reação)

Mn4+ + 2 e- → Mn2+ (Semi reação de redução)

2 Cl1- - 2 e- → 2 Cl0 (Semi reação de oxidação)


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Figura 5- reação entre dióxido de manganês e ácido clorídrico.

Fonte: arquivo pessoal 2023.2

Na parte B, a reação ocorreu de maneira rápida, primeiramente foi adiconado a água


de cloro (preparada pelo professor) na solução de iodeto de potássio (KI), e posteriormente
o clorofórmio (CHCl3), que reagiu de maneira rápida levando a uma solução com duas
fases. Essa reação é conhecida como a eletrólise com iodeto de potássio.

Figura 6 – Reação entre iodeto de potássio, água de cloro e clorofórmio.

Fonte: arquivo pessoal 2023.2


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Na parte C, a reação ocorreu entre o permanganato de potássio (KMnO4)


ácido sulfúrico (H2SO4) e peróxido de hidrogênio (H2O2). A reação ocorreu de maneira
rápida ao adicionar o peróxido de hidrogênio na mistura de permanganato de potássio
com o ácido sulfúrico, formando uma espuma branca efervescente e mudando
completamente de cor, a solução que tinha um cor escura (roxo) passou a ser
transparente. E nessa reação nós temos a formação de gás oxigênio (O2), sulfato de
manganês (MnSO4), sulfato de potássio (K2SO4) e água (H2O). E o permanganato de
potássio age como o oxidante da reação, enquanto o peróxido de hidrogênio é o
agente redutor da reação.

2 KMnO4 (aq) + 5 H2O2 (aq) + 3 H2SO4 (aq) 5 O2 (g) + 2 MnSO4 (aq) + K2SO4
(aq) + 8 H2O (l) (Equação geral da reação)
2 Mn4+ + 10 e- 2 Mn2+ (Semi reação de redução)
10 O1- - 10 e- 10 O0 (Semi reação de oxidação)

Figura 7- Reação entre o permanganato de potássio, ácido sulfúrico e peróxido de hidrogênio


Fonte: arquivo pessoal 2023.2
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E por fim, na parte D a reação ocorreu entre o sulfato de ferro II (FeSO4), o


ácido sulfúrico (H2SO4) e o peróxido de hidrogênio (H2O2), formando sulfato de ferro
III [Fe2(SO4)3] e água (H2O). Nessa reação o agente oxidante é o peróxido de hidogênio e o
sulfato de ferro II o agente oxidante. Ao adicionar o peróxido de hidrogênio a solução que era
transparente sofreu uma mudança na coloração, passando a ter uma cor alaranjada, o que
mostra que hou a oxidação ferro para formar sulfato de ferro III.

2 FeSO4 (aq) + H2O2 (aq) + H2SO4 (aq) Fe2(SO4)3 (s) + 2 H2O (l) (Equação
geral da reação)

2 Fe2+ - 2 e- 2 Fe3+ (Semi reação de oxidação)

2 O1- + 2 e- → 2 O2- (Semi reação de redução)

Figura 8 – reação entre sulfato de ferro II, ácido sulfúrico e peróxido de hidrogênio

Fonte: arquivo pessoal 2023.2


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5. CONCLUSÃO

Em resumo, as reações de oxidação e redução desempenham um papel


fundamental em uma ampla gama de processos químicos e naturais. Elas envolvem
a transferência de elétrons entre substâncias químicas, resultando em alterações no
estado de oxidação dos elementos envolvidos. Essas reações são cruciais em muitos
aspectos da nossa vida diária, desde a geração de energia em pilhas e baterias até
o processo de oxidação dos alimentos durante a respiração celular.
Além disso, as reações de oxidação e redução também têm uma importância
crucial na indústria, na proteção contra a corrosão e na purificação dos metais.
Compreender os princípios subjacentes dessas reações é essencial para avançar em
áreas como química, engenharia e ciências ambientais, permitindo-nos desenvolver
novas tecnologias e abordagens para enfrentar desafios complexos.
Portanto, ao final deste relatório, fica claro que as reações de oxidação e
redução são um tópico essencial no estudo da química e exercem uma influência
significativa em diversos aspectos da nossa vida cotidiana e da sociedade como um
todo. O entendimento e aplicação dessas reações continuam sendo áreas críticas
para pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EQUAÇÕES QUIMICAS. [S. l.], 2011. Disponível em: https://chemequations.com/.


Acesso em: 22 set. 2023.

ATKINS, Peter W. PRINCÍPIOS DE QUÍMICA: Questionando a vida moderna e o meio


ambiente. 7. ed. [S. l.]: Bookman, 2018. 1094 p.

FONSECA, M. R. M. Química, 2. 1. ed. São Paulo : Ática, 2013

BATISTA, Carolina. Reações de oxirredução: o que são, exemplos e exercícios. Toda


Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/reacoes-de-
oxirreducao/. Acesso em: 22 set. 2023.
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