Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

JHONATHAN MENEZES, KAMILY BATISTA, SARAH SANTOS SOUZA E LUCAS


DANIEL DO ROZARIO

RELATÓRIO DE LABORATÓRIO 2

REAÇÕES QUÍMICAS: REATIVIDADE DOS METAIS

Vitória

2022
SUMÁRIO

RESUMO ....................................................................................................................... 3

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

1. PARTE EXPERIMENTAL ....................................................................................... 5

a. MATERIAIS ...................................................................................................... 5

b. REAGENTES ................................................................................................... 5

c. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................. 5

2. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 7

3. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 11

4. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 12

2
RESUMO

O seguinte experimento tem como objetivo observar a ocorrência ou não de uma


reação química entre metais comuns perante a diversos ácidos, bases e outros
agentes oxidantes, assim como a velocidade com que essa reação acontece. Tal
prática possibilita o conhecimento sobre a fila de reatividade dos metais e,
respectivamente, a compreensão respeito de reações de oxirredução e a identificação
de agentes oxidantes e redutores utilizando-se de teoria e prática.

1. INTRODUÇÃO

A reatividade química dos metais varia com a eletropositividade, logo quanto mais
eletropositivo for o elemento, mais reativo será o metal. Os metais mais reativos são
aqueles que possuem grande tendência de perder elétrons, em vista disso, formam
íons positivos com mais facilidade. Sendo assim, é possível prever a ocorrência de
uma reação de oxirredução que também pode ser chamada de reação de simples
troca de acordo com a fila de reatividade dos metais, conforme exemplifica a Figura
1 apresentada abaixo:

Figura 1. Fila de reatividade dos metais.

Fonte: Fogaça, 2022.

Os metais cuja reatividade é menor, a exemplo Prata (Ag), Ouro (Au), Mercúrio (Hg),
são mais resistentes à oxidação e são chamados metais nobres, esses metais são
capazes de ser dissolvidos apenas em ácidos fortemente oxidantes. Ademais, mesmo
o hidrogênio não sendo considerado um metal ele se encontra presente na fila de
reatividade dos metais devido ao fato de estar presente em diversas substâncias,
assim como nos ácidos, e ser capaz de formar o cátion hidrônio (H 3O+) ou
simplesmente o cátion hidrogênio (H+), que, no caso, pode receber elétrons, formando
gás hidrogênio e água. Portanto, devido a este fato é possível estabelecer reatividade

3
dos metais frente a substâncias que possuam íons hidrogênio, assim como alguns
ácidos, o que fundamenta a prática realizada neste experimento.

Determina-se que uma reação é de oxirredução ao verificar os números de oxidação


dos elementos envolvidos na reação, logo em toda reação de oxirredução uma
substância é oxidada (seu estado de oxidação aumenta) e uma substância é reduzida
(seu estado de oxidação diminui). A substância oxidada é chamada de agente redutor
porque provoca redução de algum outro elemento e, respectivamente, a substância
reduzida é chamada de agente oxidante, ou oxidante, uma vez que provoca a
oxidação de algum outro elemento. Além do mais, todo procedimento de corrosão de
metais também corresponde a reações de oxidação.

Os metais chamados de não nobres, isto é, aqueles que aparecem na fila de


reatividade dos metais à esquerda do H, reagem com substâncias de caráter ácido.
Isso ocorre porque são mais reativos que o hidrogênio e, assim, deslocam o
hidrogênio dos ácidos, formando o cátion H+ ou H3O+. No entanto, os metais nobres,
aqueles que estão situados à direita do hidrogênio na fila de reatividade não reagem
de maneira espontânea ao serem colocados em contato com soluções ácidas.

Desta forma, ao realizar uma análise do experimento é possível identificar a


substância oxidada e a substância reduzida de acordo com a redução ou não do íon
H+. A citar também a existência de metais anfóteros, ou seja, metais que reagem tanto
com ácidos, tanto com bases. Sendo assim, o conhecimento a respeito da reatividade
de metais perante ácidos, e agentes redutores são de grande importância para a
prática a ser apresentada no decorrer do experimento realizado.

4
1. PARTE EXPERIMENTAL

1.1. MATERIAIS

− Tubos de ensaio
− Estante para tubos de ensaio
− Proveta de 10 ml
− Espátula
− Becker
− Espátula
− Banho Maria (80°C)

1.2. REAGENTES

− Pequenos pedaços em pó de metais: Zn, Fe, Mg e Al


− Ácido acético (𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝑂𝐻) 20% (v/v)
− Ácido clorídrico (𝐻𝐶𝑙 ) 10% (v/v)
− Ácido clorídrico (𝐻𝐶𝑙 ) 20% (v/v)
− Ácido nítrico (𝐻𝑁𝑂3 ) 10% (v/v)
− Ácido nítrico (𝐻𝑁𝑂3 ) 20% (v/v)
− Água oxigenada (𝐻2 𝑂2 ) (m/v)
− Hidróxido de sódio (𝑁𝑎𝑂𝐻) (m/v)

1.3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Primeiramente, foram escolhidos os três metais a serem utilizados no experimento.


Foram eleitos o Zinco (Zn), o Fe (Ferro) e o Mg (Magnésio). Seguidamente foram
separados 4 tubos de ensaio e em cada um deles adicionou-se um pequeno pedaço
ou uma ponta de espátula do metal escolhido.

O metal inicialmente escolhido foi o Zn, logo adicionou-se um reagente em cada tubo
de ensaio, esses reagentes sendo respectivamente o ácido acético (𝐻𝐴𝑐) a 20%, o
ácido clorídrico (𝐻𝐶𝑙) a 10% e 20% e o hidróxido de sódio (𝑁𝑎𝑂𝐻) a 10%. Observou-
se se ocorreu oxidação, liberação de bolhas e decantação, ou seja, se houve algum
tipo de reação.

5
O procedimento de adição do reagente aos 4 tubos foi repetido com os respectivos
metais: Fe e Zn. Observou-se a ocorrência de reações ou a falta delas. Após isso,
caso a reação não fosse visível, esta era levada a ser aquecida em banho maria até
um ponto em que não ocorria efervescência, a fim de observar alguma mudança no
comportamento do reagente em contato com o metal.

Por último, caso o metal escolhido não reagisse com nenhum reagente anterior na
primeira etapa do procedimento, devia-se prosseguir com o experimento realizando
uma segunda etapa com os seguintes reagentes: Ácido nítrico a 10%, ácido nítrico a
20% e, por fim ácido acético a 10% junto a algumas gotas de água oxigenada.
Observou-se que todos os metais reagiram ao menos a um dos reagentes na primeira
etapa do procedimento, no entanto, a segunda etapa do procedimento foi realizada a
cargo de observar as diferenças nas reações. Nessa segunda etapa realizou-se o
procedimento com os três metais Zn, Mg e Fe. Foram separados três tubos de ensaio
para cada metal, totalizando nove tubos. Em cada tudo pertencente a um respectivo
metal adicionou-se separadamente um dos reagentes e analisou-se as diferenças nas
reações ocorridas.

6
2. RESULTADOS E DISCUSSÕES

2.1. Teste com Zinco

Nos 4 primeiros tubos de ensaio com o metal zinco, ocorreu as seguintes reações
respectivamente utilizando o ácido acético (CH₃COOH) 20%, ácido clorídrico (HCl)
10 a 20% e hidróxido de sódio (NaOH) 10%:

Zn(s) + 2CH₃COOH (aq) → Zn (CH₃COO)₂ (aq) + H₂ (g)

Zn(s) + 2HCl (aq) → ZnCl₂ (aq) + H₂ (g)

Zn(s) + 2HCl (aq) → ZnCl₂ (aq) + H₂ (g)

Zn(s) + NaOH(aq) → Não ocorreu reação

No frasco com ácido acético (CH₃COOH) 20%, O zinco deslocou o hidrogênio (menos
reativo) da solução de ácido acético, incolor, formando acetato de zinco e gás
hidrogênio.

No segundo e terceiro frasco com ácido clorídrico (HCl) 10% e 20% respectivamente,
O metal Zinco deslocou o hidrogênio (menos reativo) da solução de ácido clorídrico,
incolor, formando cloreto de zinco e gás hidrogênio. Porém essa reação aconteceu
de uma forma mais rápida que o ácido acético (ácido fraco).

No quarto frasco com hidróxido de sódio (NaOH) 10%, não ocorreu reação, pois o
sódio é da família dos alcalinos e é bem mais reativo que o zinco, assim não tendo
reação espontânea.

2.2. Primeiro teste com Ferro

Nos 4 primeiros tubos de ensaio com o metal ferro, ocorreu as seguintes reações
respectivamente utilizando o ácido acético (CH₃COOH) 20%, ácido clorídrico (HCl)
10 a 20% e hidróxido de sódio (NaOH) 10%:

2Fe(s) + 6CH₃COOH (aq) → 2Fe(CH₃COO)₃ (aq) + 3H₂ (g)

Fe(s) + 2HCl (aq) → FeCl₂ (aq) + H₂ (g)

Fe(s) + 2HCl (aq) → FeCl₂ (aq) + H₂ (g)

7
Fe(s) + NaOH(aq) → Não ocorreu reação

No frasco com ácido acético (CH₃COOH) 20%, O ferro deslocou o hidrogênio (menos
reativo) da solução de ácido acético, incolor, formando acetato de ferro e gás
hidrogênio.

No segundo e terceiro frasco com ácido clorídrico (HCl) 10% e 20% respectivamente,
O metal ferro deslocou o hidrogênio (menos reativo) da solução de ácido clorídrico,
incolor, formando cloreto de ferro (II) e gás hidrogênio. Porém essa reação aconteceu
de uma forma mais rápida que o ácido acético (ácido fraco). E a reação ocorre mais
lentamente que o Zinco e o Magnésio por ser menos reativo.

No quarto frasco com hidróxido de sódio (NaOH) 10%, não ocorreu reação, pois o
sódio é da família dos alcalinos e é bem mais reativo que o ferro, assim não tendo
reação espontânea.

2.3. Primeiro teste com Magnésio

Nos 4 primeiros tubos de ensaio com o metal magnésio, ocorreu as seguintes reações
respectivamente utilizando o ácido acético (CH₃COOH) 20%, ácido clorídrico (HCl)
10 a 20% e hidróxido de sódio (NaOH) 10%:

Mg(s) + 2CH₃COOH (aq) → Mg(CH₃COO)₂ (aq) + H₂ (g)

Mg(s) + 2HCl (aq) → MgCl₂ (aq) + H₂ (g)

Mg(s) + 2HCl (aq) → MgCl₂ (aq) + H₂ (g)

Mg(s) + NaOH(aq) → Não ocorreu reação

No frasco com ácido acético (CH₃COOH) 20%, O magnésio deslocou o hidrogênio


(menos reativo) da solução de ácido acético, incolor, formando acetato de magnésio
e gás hidrogênio.

No segundo e terceiro frasco com ácido clorídrico (HCl) 10% e 20% respectivamente,
O metal magnésio deslocou o hidrogênio (menos reativo) da solução de ácido
clorídrico, incolor, formando cloreto de magnésio e gás hidrogênio. Porém essa
reação aconteceu de uma forma mais rápida que o ácido acético (ácido fraco).

8
No quarto frasco com hidróxido de sódio (NaOH) 10%, não ocorreu reação, pois o
sódio é da família dos alcalinos e é bem mais reativo que o magnésio, assim não
tendo reação espontânea.

2.4. Segundo teste com Zinco

Nessa segunda etapa utilizou 3 tubos de ensaio com respectivamente ácido nítrico
(HNO₃) 10%, ácido nítrico (HNO₃) 20% e, por fim ácido acético (CH₃COOH) 10% junto
a algumas gotas de água oxigenada(H₂O₂), utilizando o metal zinco. Ocorreu as
seguintes reações:

Zn(s) + 4HNO₃ (aq) → Zn(NO₃)₂ (aq) + 2NO₂ (g) + 2H₂O (l)

Zn(s) + 4HNO₃ (aq) → Zn(NO₃)₂ (aq) + 2NO₂ (g) + 2H₂O (l)

2Zn(s) + 2CH₃COOH + H₂O₂ (aq) → 2Zn(CH₃COO)₂ (aq) + 2H₂O (l)

No primeiro e segundo tubo de ensaio com ácido nitrico (HNO₃) 10% e 20%
respectivamente, o zinco deslocou o hidrogênio (menos reativo) da solução de ácido
nitrico, incolor, formando nitrato de zinco, dióxido de carbono e água.

No terceiro tubo de ensaio com ácido acético (CH₃COOH) 10% com algumas gotas
de água oxigenada (H₂O₂), o zinco deslocou o hidrogênio (menos reativo) da solução
de ácido acético, incolor, formando acetato de zinco e água. Quando adicionamos
água oxigenada, acelera a reação, pois ele é um ótimo agente oxidante.

2.5. Segundo teste com Ferro

Nessa segunda etapa utilizou 3 tubos de ensaio com respectivamente ácido nítrico
(HNO₃) 10%, ácido nítrico (HNO₃) 20% e, por fim ácido acético (CH₃COOH) 10% junto
a algumas gotas de água oxigenada(H₂O₂), utilizando o metal Ferro. Ocorreu as
seguintes reações:

Fe(s) + 4HNO₃ (aq) → Fe(NO₃)₂ (aq) + 2NO₂ (g) + 2H₂O (l)

Fe(s) + 4HNO₃ (aq) → Fe(NO₃)₂ (aq) + 2NO₂ (g) + 2H₂O (l)

Fe(s) + 2CH₃COOH + H₂O₂ (aq) → Fe(CH₃COO)₂ (aq) + 2H₂O (l)

9
No primeiro e segundo tubo de ensaio com ácido nitrico (HNO₃) 10% e 20%
respectivamente, o ferro deslocou o hidrogênio (menos reativo) da solução de ácido
nitrico, incolor, formando nitrato de ferro, dióxido de carbono e água. Sua coloração
castanha avermelhado, se dá devido ao dióxido de carbono.

No terceiro tubo de ensaio com ácido acético (CH₃COOH) 10% com algumas gotas
de água oxigenada (H₂O₂), o ferro deslocou o hidrogênio (menos reativo) da solução
de ácido acético, incolor, formando acetato de ferro e água. Quando adicionamos
água oxigenada ocorre uma reação maior, e fica com uma coloração avermelhada,
devido a mudança de nox.

2.6. Segundo teste com Magnésio

Nessa segunda etapa utilizou 3 tubos de ensaio com respectivamente ácido nítrico
(HNO₃) 10%, ácido nítrico (HNO₃) 20% e, por fim ácido acético (CH₃COOH) 10% junto
a algumas gotas de água oxigenada(H₂O₂), utilizando o metal magnésio. Ocorreu as
seguintes reações:

Mg(s) + 4HNO₃ (aq) → Mg(NO₃)₂ (aq) + 2NO₂ (g) + 2H₂O (l)

Mg(s) + 4HNO₃ (aq) → Mg(NO₃)₂ (aq) + 2NO₂ (g) + 2H₂O (l)

Mg(s) + 2CH₃COOH + H₂O₂ (aq) → Mg(CH₃COO)₂ (aq) + 2H₂O (l)

No primeiro e segundo tubo de ensaio com ácido nitrico (HNO₃) 10% e 20%
respectivamente, o magnésio deslocou o hidrogênio (menos reativo) da solução de
ácido nitrico, incolor, formando nitrato de magnésio, dióxido de carbono e água.

No terceiro tubo de ensaio com ácido acético (CH₃COOH) 10% com algumas gotas
de água oxigenada (H₂O₂), o magnésio deslocou o hidrogênio (menos reativo) da
solução de ácido acético, incolor, formando acetato de magnésio e água. Quando
adicionamos água oxigenada, acelera a reação, pois ele é um ótimo agente oxidante.

10
3. CONCLUSÃO

Dado os resultados, pode-se associar a teoria com a prática realizada, visto que a fila
de eletropositividade (ou fila das tensões eletrolíticas) mostra quais são mais reativos,
ou seja, a tendência de perder elétrons e se tornar um cátion, ligada diretamente ao
aumento do raio atômico e a energia de ionização. No experimento, nenhum metal
nobre foi utilizado, portanto, era esperado que em nenhum dos testes, a mistura com
hidróxido de sódio iria ocorrer alguma reação.

Por outro lado, entre os metais não-nobres, são observadas as reações no decorrer
do tempo e com o aquecimento. Quanto ao ferro, especificamente, suas reações
serem mais rápidas com ácidos fortes, indica sua posição na fila, quando o zinco e o
magnésio reagiram aproximadamente iguais com todos os ácidos. O ferro reage
lentamente com o ácido acético, ácido fraco (acelerado com H2O2), e mais rápido com
os demais.

As reações de simples-troca que ocorreram com os ácidos podem ser generalizadas,


formando o gás hidrogênio, deslocado em sua fórmula molecular H2, gasoso em
temperatura ambiente, e um sal com o ânion do ácido e o cátion formado pelo ferro.
Além disso, as reações observadas também são reações de oxirredução, visto que
existe um agente redutor (o metal) e um agente oxidante (o hidrogênio).

Sendo assim, no experimento foi possível ver a capacidade de reação dos metais
conferindo com a fila da reatividade, sendo aplicada a transferência de elétrons
nessas reações e o deslocamento de elementos menos reativos.

11
4. REFERÊNCIAS

ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna


e o meio ambiente. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2018.

BROWN, Theodore; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN, Bruce E. Química: a ciência


central. 9 ed. Prentice-Hall, 2005.

FOGAÇA, J. R. V. Reatividade de metais com ácidos. 2022. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/química/reatividade-metais-com-ácidos.htm>.
Acesso em: 9 oct. 2022.

Reatividade de metais: teoria e prática., 25 Feb. 2019.. Acesso em: 9 oct. 2022

12

Você também pode gostar