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Autor:
Ana Paula Salim
20 de Fevereiro de 2023
Sumário
Referências ....................................................................................................................................................... 23
Perícia-SE (Perito Criminalístico Área 9 - Medicina Veterinária) Conhecimentos Específicos - 2023 (Pós-Edital)
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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Olá, amigos do Estratégia Concursos, tudo bem?
É com muita satisfação que iniciaremos nossa aula de Análises físico-químicas em produtos de
origem animal.
Traremos questões de todos os níveis, inclusive questões cobradas em concursos diversos dentro da
medicina veterinária, para nos prepararmos em relação às diversas possibilidades de cobrança nas provas.
Além do material em PDF, também teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a
preparação. Nas videoaulas focaremos em abordar os pontos principais das matérias.
Essas observações são importantes pois permitirão que possamos organizar o curso de maneira
focada para as questões e temas mais cobrados em prova. Esta é a nossa proposta! E aí, estão prontos para
começar?
Em caso de dúvidas ou sugestões fiquem à vontade para me contatar e adicionar nas redes sociais.
Estamos juntos nessa caminhada e será um prazer orientá-los da melhor maneira possível! Vamos nessa!
Instagram: @prof.anapaulasalim
Telegram: t.me/profanapaulasalim
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Nesse módulo utilizaremos como base de estudo os protocolos oficiais do Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (MAPA) relacionados à composição centesimal dos produtos de origem animal
(POA), além de análises de carne, pescado e leite fluido.
Sabemos que existem uma diversidade de POA e, portanto, as análises não se restringem somente as
essas que veremos a seguir. Contudo, nossa estratégia é focar o estudo nos fundamentos e na interpretação
dos resultados das análises que já foram questão de prova.
Então, vamos começar!
➢ Composição centesimal
A composição centesimal de um produto é a proporção (em 100g) dos grupos que o compõem, como
proteínas, carboidratos, umidade, lipídeos e cinzas ou resíduo mineral. Veremos a determinação de cada um
desses grupos, nos POA, a seguir.
Não! Não é preciso decorar o protocolo, como "adicione X gramas disso com Y mL daquilo". O que é
fundamental que vocês saibam são o nome das análises, para a determinação de cada componente do
produto, o fundamento dessas análises e a interpretação dos resultados (quando aplicado). Isso é o que cai
em prova. Tudo bem? Vamos nessa.
1. Proteína
Como análise de proteína, devemos compreender que se trata da determinação de nitrogênio total
pelo método de micro-Kjedahl.
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Onde:
V = volume da solução de ácido sulfúrico 0,1 N, ou solução de ácido clorídrico 0,1 N, gasto na titulação
após a correção do branco, em mL;
N = normalidade teórica da solução de ácido sulfúrico 0,1 N ou solução de ácido clorídrico 0,1 N;
f = fator de correção da solução de ácido sulfúrico 0,1 N ou solução de ácido clorídrico 0,1 N;
m = massa da amostra, em gramas.
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O método de Kjeldahl quantifica o nitrogênio total da amostra. Para que seja obtido o teor em
proteínas, aplica-se um fator, chamado fator de conversão Kjeldahl.
3. Lipídeos
Os lipídeos totais serão determinados por gravimetria (Soxhlet) em carnes, pescados e produtos
derivados.
Fundamento: o método se baseia na solubilidade dos lipídios em solventes apropriados e sua
conseguinte determinação gravimétrica.
Resultado: o resultado deve ser expresso em g/100g de gordura total (GT), com duas casas decimais,
e é calculado conforme fórmula a seguir:
Onde:
MA = massa da amostra (g);
MB = massa do tubo ou balão (g);
MC = massa do tubo ou balão + gordura total (g).
4. Umidade
A determinação de umidade em POA é realizada por gravimetria.
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Onde:
MA = massa da cápsula + amostra (g);
MB = massa da cápsula + amostra após secagem (g);
MC = massa de amostra.
Onde:
m2 = massa do cadinho com amostra após incineração, em gramas;
m1 = massa do cadinho vazio, em gramas;
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6. Cloretos
A determinação de cloretos em produtos de origem animal por argentometria.
Fundamento: o ensaio fundamenta-se na reação do nitrato de prata com cloretos em presença de
cromato de potássio como indicador, em pH levemente alcalino. Os íons cloretos (presentes na amostra)
reagem com nitrato de prata, formando cloreto de prata. O excesso de nitrato de prata reage com o
indicador formando um precipitado (cromato de prata), de cor vermelho-tijolo ou marrom.
A adição de cloretos pode ter a finalidade de mascarar uma adulteração no leite, por exemplo, pela
adição de água, permitindo a correção da densidade e a crioscopia do leite. Quando empregada
paralelamente a outras provas de inspeção do leite, a pesquisa de cloretos pode confirmar suspeita de
fraudes por adição de água e sal.
Resultado: o resultado deve ser calculado de acordo com as fórmulas abaixo:
Cálculo da concentração de cloretos em g/100g:
Onde:
V = volume (mL) de solução de AgNO3 0,1 M gasto na titulação;
f = fator da solução de AgNO3 0,1 M;
m = massa de amostra (g).
Onde:
V = volume (mL) de solução de AgNO3 0,1 M gasto na titulação;
f = fator da solução de AgNO3 0,1 M;
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1. Fósforo
O fósforo, na forma de íons fosfato, ou não, é dos mais importantes constituintes minerais presentes
nos alimentos e é determinado forma de íon fosfato. Os processos colorimétricos são empregados quando
a quantidade de fósforo é pequena. O que distingue os métodos é o uso de diferentes agentes redutores.
Comentaremos aqui, sobre o método colorimétrico, preconizado pelo MAPA.
Onde:
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Onde:
2. Amônia
A determinação de amônia em produtos cárneos e pescado é realizada por meio da Prova de Éber.
Fundamentos: na amostra em deterioração, a degradação proteica leva à produção de amônia, que
reage com o ácido clorídrico, produzindo cloreto de amônio que aparece na forma de um esfumaçado
branco.
Resultado: o resultado do método prova de amônia deverá ser expresso em positivo (quando houver
formação de vapor branco) ou negativo (quando não houver a formação de vapor branco) à presença de
amônia. A formação do esfumaçado branco, indica a formação de cloreto de amônio, o que confere ao
produto resultado positivo de amônia e inadequação a qualidade do produto.
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Resultado: o leite com acidez normal (pH de 6,8 a 6,6) apresenta a coloração róseo-salmão / tijolo,
sem coagulação. Caso o leite apresente coloração róseo-salmão / tijolo, com coagulação nós temos o leite
instável não-ácido (ou leite LINA) que é interpretado como um desequilíbrio e baixa resistência térmica.
O leite ácido apresenta a coloração amarela com a presença de coagulação. Já o leite alcalino,
apresenta coloração arroxeada e ausência de coagulação.
2. Acidez titulável
A determinação de acidez de leite e produtos lácteos é feita por titulometria.
Fundamento: o método se baseia na titulação de determinado volume ou massa de amostra por
uma solução alcalina, de concentração conhecida, utilizando como indicador a fenolftaleína.
O valor do pH é inversamente proporcional ao valor da acidez titulável, isto é, quanto menor o pH,
maior a acidez titulável e vice-versa. A acidez aumenta no caso de contaminação por microrganismos e
diminui quando o leite é fraudado com água (diluição).
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Resultados: a acidez titulável de leite fluído é calculada de acordo com a fórmula abaixo:
Onde:
V = volume de solução de hidróxido de sódio 0,1 N gasto na titulação, em mL;
v = volume da amostra, em mL;
f = fator de correção da solução de hidróxido de sódio 0,1N;
0,09 = fator de conversão do ácido lático;
N = normalidade de solução de hidróxido de sódio (0,1N).
O resultado deverá ser expresso em porcentagem de ácido lático.
3. Índice crioscópico
A determinação do índice crioscópico do leite é também chamada de depressão do ponto de
congelamento do leite.
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O índice crioscópico varia entre -0,530ºH e -0,555ºH que são equivalentes a -0,512ºC e a -0,536ºC,
respectivamente.
provocará o deslocamento de uma quantidade deste. A quantidade deslocada será, em massa, igual à do
densímetro utilizado e, em volume, proporcional à densidade da amostra.
Esse deslocamento fará o líquido alcançar um valor na escala graduada em graus densitométricos.
Para isso, adiciona-se cerca de 500 mL de leite em uma proveta, introduz-se o termolactodensímetro
na amostra e o deixa flutuar sem que se encoste na parede da proveta. Observar a densidade aproximada,
erguer cuidadosamente o termolactodensímetro e enxugar sua haste com papel absorvente, retornando o
aparelho à posição anteriormente observada.
Deixar em repouso por 1 a 2 minutos e fazer a leitura da densidade na cúspide do menisco. Observar
a temperatura sempre que possível, fazer a leitura da densidade a 15ºC. O valor lido no
termolactodensímetro corresponde aos algarismos de centésimo e milésimo de g/mL.
Colocar na frente deste valor 1,0.
Por exemplo: leitura 31 – corresponde a uma densidade de 1,0310 g/mL.
Fazer a correção do termolactodensímetro e da temperatura, quando necessários. Pode-se fazer a
correção para 15ºC acrescentando à leitura 0,0002 para cada grau acima de 15ºC ou subtraindo 0,0002 para
cada grau abaixo.
Resultado: a densidade é calculada utilizando-se a média das leituras das amostras que é calculada
através de:
O resultado para a determinação da densidade a 15°C em leite fluído deve ser expresso com quatro
casas decimais, em g/mL.
5. Teor de gordura
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(𝒎𝟐 − 𝒎𝟎)
%𝑬𝑺𝑻 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
(𝒎𝟏 − 𝒎𝟎)
Onde:
m0 = massa da cápsula (g);
m1 = massa da cápsula e amostra (g);
m2 = massa da cápsula e amostra seca (g).
% ESD = % EST - %G
Onde:
EST = extrato seco total (%);
G = percentual de gordura (%).
O resultado do deve ser expresso em porcentagem e com uma casa decimal.
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7. Enzimas
A detecção das enzimas peroxidase e fosfatase alcalina é extremamente importante para avaliar a
eficiência do tratamento térmico do leite e, também, para verificar possíveis fraudes por adição de leite cru
ao leite pasteurizado.
Vejamos como isso ocorre.
a) Fosfatase alcalina
A enzima fosfatase alcalina, que está sempre presente no leite cru, é desnaturada em temperaturas
próximas a de pasteurização.
O tratamento térmico igual ou mais severo do que temperaturas de 62,8ºC por 30 minutos ou a
71,8ºC por 15 segundos, aplicados comercialmente para a pasteurização, elimina todos os microrganismos
patogênicos e, também, toda a atividade enzimática da fosfatase alcalina.
Logo, o leite e seus derivados que apresentem um teste negativo para fosfatase alcalina são
considerados pasteurizados e próprios para o consumo. Um teste positivo, neste caso, significa que não se
alcançou a temperatura adequada.
No leite UHT, o teste não é realizado rotineiramente, pois a temperatura para a esterilização atinge
os 150º C, inativando a enzima. A atividade ótima da enzima ocorre em pH 9,65 e temperatura de 37-39°C.
A verificação da atividade enzimática é feita mediante a adição do substrato específico da enzima,
em condições ideais para sua atuação, à amostra. A fosfatase alcalina hidrolisa ésteres de monofosfatos à
temperatura e pH apropriados liberando compostos que podem ser detectados por desenvolvimento de cor.
O método utiliza como substrato para a enzima o fenil fosfato dissódico. O fenol liberado reage com
2,6-dicloroquina cloroimida na presença de sulfato de cobre gerando um indofenol de cor azul. A quantidade
de cor desenvolvida é proporcional à concentração da fosfatase.
b) Peroxidase
No processo de pasteurização a enzima peroxidase permanece ativa. A sua inativação ocorre aos
85º C e deve, portanto, estar intacta no leite pasteurizado. O resultado negativo, neste caso, é indício de
sobreaquecimento do leite e pode estar mascarando um produto contaminado.
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Por outro lado, no processo de obtenção do leite tipo UHT o aquecimento ocorre a temperaturas
mais altas (150ºC) o que provoca a negativação do ensaio.
A pesquisa da enzima é feita através da adição de peróxido de hidrogênio e guaiacol à amostra de
leite. A peroxidase, ao hidrolisar o peróxido de hidrogênio, libera oxigênio, o qual transformará o guaiacol
da sua leucobase para a forma corada.
Resultado: o teste é qualitativo e o resultado é expresso como positivo ou negativo. No teste positivo
há o desenvolvimento de coloração salmão. O leite cru e o pasteurizado devem apresentar teste positivo
para peroxidase, enquanto que o UHT deve ser negativo.
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QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
A pesquisa de cloretos se fundamenta na reação do nitrato de prata com cloretos em presença de cromato
de potássio como indicador. Os íons cloretos (presentes na amostra) reagem com nitrato de prata,
formando cloreto de prata. O excesso de nitrato de prata reage com o indicador formando um precipitado
(cromato de prata), de cor vermelho-tijolo ou marrom.
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
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a) o produto final deverá apresentar no teste qualitativo negativo para fosfatase alcalina e positivo para
peroxidase.
b) a câmara frigorífica para armazenagem do leite desnatado deverá ser mantida a 10°C, assegurando a
qualidade do leite.
d) o leite cru, matéria-prima recebida nos tanques isotérmicos direto da unidade produtora, deve possuir
gordura mínima de 2,0g/100g.
e) no índice crioscópico do leite, obriga a verificação em todas as etapas de fabricação do leite, não podendo
variar mais que - 0,6°H.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com a IN 62/11 revogada pela IN 77/18,
imediatamente após a pasteurização, o produto assim processado deve apresentar teste qualitativo
negativo para fosfatase alcalina, teste positivo para peroxidase.
A alternativa B está incorreta. A câmara frigorífica deve possuir termômetro de leitura para o exterior e
assegurar a manutenção do leite em temperatura máxima de 4°C, e os demais produtos, conforme indicação
tecnológica.
A alternativa C está incorreta. A pasteurização deverá ocorrer na faixa de temperatura de 72 a 75ºC durante
15 a 20s.
A alternativa D está incorreta. O leite cru deve possuir gordura mínima de 3,0g/100g.
A alternativa E está incorreta. O índice crioscópico do leite pode variar de - 0,530ºH a -0,550ºH (equivalentes
a -0,512ºC e a -0,531ºC).
3. (CESPE / PC-PE – 2016) No que se refere às propriedades físico-químicas do leite, é correto afirmar
que a adição de água ao leite.
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Comentários
Pessoal, estudamos que quando há adição de água no leite há uma diluição das concentrações dos
componentes que estão em solução, principalmente a lactose e os sais minerais.
Assim, podemos pensar que a adição de água altera a densidade do leite, reduzindo-a; e altera o índice
crioscópico, fazendo com que o mesmo se aproxime de zero (ponto de congelamento da água).
Portanto, a resposta correta e o gabarito da questão é a alternativa E.
4. (CESPE / PC-PE – 2016) A determinação de atividade enzimática específica permite avaliar se o leite
em análise foi devidamente pasteurizado. Acerca da análise físico-química do leite pasteurizado, assinale
a opção correta.
a) No teste da fosfatase alcalina, a coloração azul intensa indica que há atividade enzimática, logo o leite é
cru ou não pasteurizado.
c) No teste da peroxidase, a manutenção da coloração branca indica resultado positivo, ou seja, há atividade
enzimática e o leite não foi pasteurizado.
d) No teste da fosfatase alcalina, a coloração cinza (ou ausência de coloração azul) indica que há atividade
enzimática, logo o leite é pasteurizado.
e) No teste da fosfatase alcalina, a coloração cinza (ou ausência de coloração azul) indica que não há atividade
enzimática, logo o leite é cru ou não pasteurizado.
Comentários
A determinação da fosfatase alcalinao utiliza como substrato para a enzima o fenil fosfato dissódico. O fenol
liberado reage com 2,6-dicloroquina cloroimida na presença de sulfato de cobre gerando um indofenol de
cor azul. A quantidade de cor desenvolvida é proporcional à concentração da fosfatase.
Portanto, uma amostra que apresente resultado positivo para fosfatase alcalina, significa duas coisas: ou
está diante de uma amostra de leite cru ou que não atingiu as temperaturas adequadas de pasteurização.
Para essa amostra, haverá o desenvolvimento da coloração azul na reação.
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a) Fibras são substâncias altamente digeríveis no intestino humano, por isso é importante incluí-las na dieta.
c) Na decomposição de matéria orgânica para análise centesimal, as cinzas resultantes da queima da amostra
analisada são constituídas principalmente de carboidratos altamente metabolizáveis.
d) A quantificação de lipídeos de uma amostra deve ser realizada mediante prévia incineração em mufla.
e) O método de Kjeldahl, por meio do qual se determina a matéria nitrogenada total de uma amostra,
envolve a utilização de um fator de correção para indicar a quantidade de proteína de uma amostra.
Comentários
A alternativa A está incorreta. As fibras são componentes dos alimentos que não são digeridos pelo
organismo.
A alternativa B está incorreta. Extrato etéreo refere-se à concentração de lipídeos em determinada amostra.
A alternativa C está incorreta. As cinzas (também chamadas de resíduo mineral fixo) são o produto
inorgânico que permanece após a queima da matéria orgânica da amostra.
A alternativa D está incorreta. A quantificação das cinzas (resíduo mineral fixo) é realizada mediante prévia
incineração prévia, seguida de calcinação em forno mufla (550º).
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O método de Kjeldahl quantifica o nitrogênio total da
amostra. Para que seja obtido o teor em proteínas, aplica-se um fator, chamado fator de conversão Kjeldahl.
6. (CESPE / PC-PE – 2016) O alizarol auxilia na diferenciação entre o desequilíbrio salino e a acidez
excessiva, uma vez que funciona como indicador de pH. No que se refere ao teste do alizarol, assinale a
opção correta.
a) Depois de submetido a esse teste, o leite com resposta normal ficará, inicialmente, esmaecido,
apresentando, em seguida, uma tonalidade entre marrom claro e amarelo ou amarelo intenso.
b) Depois de submetido a esse teste, o leite com resposta normal apresentará coloração vermelho-tijolo.
c) Leite com reação ácida apresentará coloração verde após ser submetido a esse teste.
d) Leite com reação alcalina apresentará coloração vermelho-tijolo após ser submetido a esse teste.
e) Leite com reação ácida apresentará coloração lilás ou violeta após ser submetido a esse teste.
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Comentários
Em relação ao teste do alizarol, o leite com acidez normal (pH de 6,8 a 6,6) apresenta a coloração róseo-
salmão / tijolo, sem coagulação. Caso o leite apresente coloração róseo-salmão / tijolo, com coagulação nós
temos o leite instável não-ácido (ou leite LINA) que é interpretado como um desequilíbrio e baixa resistência
térmica.
O leite ácido apresenta a coloração amarela com a presença de coagulação. Já o leite alcalino, apresenta
coloração arroxeada e ausência de coagulação.
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Vejamos as demais alternativas.
A alternativa A está incorreta. Depois de submetido ao teste do alizarol, o leite normal (pH de 6,8 a 6,6)
apresenta a coloração róseo-salmão / tijolo, sem coagulação.
A alternativa C está incorreta. O leite ácido apresenta a coloração amarela com a presença de coagulação.
A alternativa D está incorreta. O leite alcalino apresentará coloração arroxeada após ser submetido a esse
teste.
A alternativa E está incorreta. O leite ácido apresentará coloração amarela após ser submetido ao teste.
7. (IBFC / PC-RJ – 2013) O fósforo é um dos mais importantes constituintes minerais presentes em
cereais, carnes, leite e frutas. A análise do fósforo em produtos destinados à alimentação é geralmente
conseguida por meio da prova:
a) Determinação de granulometria
d) Reação de Kreis.
Comentários
Estudamos que a determinação de fósforo total em produtos de origem animal é realizada através de
espectrofotometria (colorimetria) ou titulação.
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8. (IBFC / PC-RJ – 2013) A substância cuja liberação indica o início da degradação das proteínas e,
quando reage com o ácido clorídrico forma vapores brancos, pode ser testada por meio da reação de Éber
(feita com ácido clorídrico, éter e álcool) indicando o estado de conservação de alimentos protéicos. Esse
teste é conhecido como:
c) Extrato etéreo
d) Dióxido de enxofre
Comentários
A questão requer do candidato o conhecimento da substância detectada na prova de Éber, que é a amônia.
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
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REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 4, de 31 de março de
2000. Aprova os regulamentos técnicos de identidade e qualidade de carne mecanicamente separada, de
mortadela, de linguiça e de salsicha.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o
Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos.
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