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Aula 01

Química p/ UFMS (Técnico de


Laboratório de Física/Química e Biologia)
em PDF - Pós-Edital

Autor:
Diego Souza
Aula 01

9 de Janeiro de 2020

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Diego Souza
Aula 01

1- DETERMINANDO A FÓRMULA MOLECULAR DE UMA SUBSTÂNCIA ................................ 2


2- BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES QUÍMICAS ................................................................. 9
2.1- Contagem de átomos em fórmulas moleculares ..................................................................... 10
2.2- Divisão entre metais e ametais ................................................................................................ 12
2.3- Balanceamento de reações químicas: regra do MACHO ......................................................... 12
2.4- Balanceamento de reações químicas: método por tentativas ................................................ 17
3- CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ..................................................................................... 28
4- SISTEMAS GASOSOS..................................................................................................... 34
4.1- Propriedades gerais dos gases e teoria cinética ...................................................................... 35
4.2- Variáveis de estado ..................................................................................................................
1447135 37
4.3- Transformações gasosas .......................................................................................................... 40
4.4- Lei dos gases ideais .................................................................................................................. 46
4.5- Lei de Dalton ou lei das pressões parciais (mistura de gases) ................................................. 48
4- LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................. 51
5- LISTA DE QUESTÕES DA AULA ...................................................................................... 68
6- PRINCIPAIS PONTOS DA AULA ..................................................................................... 80
Como determinar a fórmula molecular........................................................................................... 80
Balanceamento de equações químicas ........................................................................................... 81
Sistemas gasosos ............................................................................................................................. 81
7- GABARITO ................................................................................................................... 85

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1- DETERMINANDO A FÓRMULA MOLECULAR DE UMA


SUBSTÂNCIA

Olá, pessoal, tudo certo?

Espero que estejam todos animados com o curso e, além de estudando a parte teórica,
estejam resolvendo muitos exercícios. Aproveito para lembrá-los do fórum de dúvidas.
Estarei sempre por lá, respondendo as dúvidas que possam surgir durante o nosso curso.
No ambiente do aluno, vocês também podem fazer críticas, sugestões e elogios ao nosso
curso. É sempre bom um feedback de vocês para saber em que estamos acertando e em
que podemos melhorar.
Nesta aula, vamos dar continuidade à aula anterior, finalizando a parte de aspectos
quantitativos relativos às transformações químicas. Ainda nessa aula, vamos abordar
também o estudo dos gases ideais.
Vamos, então, dar início ao conteúdo de hoje. Ótima aula a todos! Forte abraço!

Prof. Diego Souza

Instagram: @Prof.DiegoSouza
Facebook: Prof. Diego Souza

O conteúdo desta aula dispensa introdução porque é, na verdade, uma continuação da


aula anterior. Para entendermos a aplicabilidade do primeiro assunto dessa aula, imagine a
seguinte situação:

Um químico que trabalha em um laboratório de síntese (que sintetiza artificialmente novas


substâncias) acaba de realizar uma rota de síntese (etapas laboratoriais e reações necessárias até a
obtenção do produto final: nova substância) e obteve um pó branco que suspeite ser uma
determinada molécula orgânica. Em todo caso, para saber se a sua rota de síntese deu certo, ele
precisa certificar se o pó obtido é, de fato, a substância que ele queria sintetizar. Ele precisará, então,
realizar alguma análise laboratorial que o ajude nessa tarefa.
Ele decidiu realizar a análise elementar do material em um equipamento laboratorial
chamado analisador elementar, ilustrada na figura abaixo. Esse equipamento consegue determinar

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com elevada exatidão (ou seja, com elevado índice de acerto) os percentuais de carbono (C),
hidrogênio (H), nitrogênio (N), oxigênio (O) e enxofre (S).

Etapas da análise elementar para se determinar a composição percentual de substâncias

Embora vamos aprender que existem algumas substâncias diferentes com mesma fórmula
molecular, é de se esperar que a fórmula molecular seja um bom indicativo da identidade da
substância, não é mesmo? Pois, se o Químico estava esperando produzir determinada substância,
muito provavelmente a substância obtida é a substância desejada se suas fórmulas moleculares
forem compatíveis.
Se está convencido que a fórmula molecular ajudará na identificação dessa substância que
ainda é desconhecida, vamos aos resultados emitidos pelo analisador elementar:
 Composição percentual em massa é igual a 40,9% de carbono, 4,58% de hidrogênio e 54,5%
de oxigênio.
 A substância desejada tem massa molar (MM) 176 g.mol−1.

1
ELEMENTARGROUP. How to run combustion analysis. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=yfW1_adQC6o>. Acesso em: 10 jan. 2019.

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Perceba que o resultado do equipamento não fornece como resultado a fórmula molecular
da substância, mas sim sua composição percentual. E agora? Como o químico poderia encontrar a
fórmula molecular dessa substância a partir dos resultados obtidos? É o que vamos ensinar a seguir.
Note que a obtenção da fórmula molecular é muito útil no dia a dia de um químico, seja na
análise de novos medicamentos, na identificação de drogas em laboratórios de perícia criminal,
dentre outras aplicações.

Vamos lá! Na aula passada, estudamos que a massa molecular (MM) é a soma das massas
atômicas (A) dos átomos que a constitui. Relembre abaixo o cálculo da MM da glicose:

C6H12O6 (glicose): MM  6  AC  12  A H +6  AO  180,156u


Nesse caso, fica evidente que a molécula é constituída de 6 carbonos, 12 hidrogênios e 6
oxigênios. Isto é, esses elementos apresentam a proporção 6:12:6. Se isso é claro para você,
então você já compreende perfeitamente o conceito de fórmula molecular como segue:

Fórmula molecular: corresponde a indicação de quais elementos e quais quantidades de


átomos de cada um desses elementos que compõem a molécula ou composto. (Não
decore. Apenas compreenda.)

Para encontrar a fórmula molecular de uma dada substância desconhecida,


necessitamos conhecer suas:
i. massa molecular; e
ii. fórmula mínima ou fórmula empírica.

Massa molecular já discutimos na aula anterior e já relembramos aqui. Precisamos, então,


compreender o conceito de fórmula mínima.

Fórmula mínima ou empírica: corresponde a indicação de quais elementos compõem a


molécula, representando a proporção de cada um por meio dos menores números
inteiros possíveis.

Melhor que decorar é compreender. No caso da glicose (C 6H12O6), podemos dividir cada
número subscrito por 6, que mesmo assim os novos subscritos ainda serão inteiros como segue:
C6H12O6 (÷6)  CH2O
NOTA: em química, omitimos subscritos igual a 1.

Agora, a fórmula dividida, passa a apresentar uma proporção de 1:2:1. A partir da


fórmula CH2O, não é possível uma nova divisão, por um número maior que 1, que produza
números inteiros, não é mesmo? Dizemos, portanto, que CH2O é a fórmula mínima da glicose.
Outros exemplos para fixação do conceito:

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Ácido acético: fórmula molecular C2H4O2 (÷2)  fórmula mínima CH2O


Acetileno: fórmula molecular: C2H2 (÷2)  fórmula mínima: CH
Benzeno: fórmula molecular: C6H6 (÷6)  fórmula mínima: CH
Observe que a glicose (C6H12O6) e o ácido acético (C2H4O2) possuem a mesma fórmula
mínima apesar de apresentarem diferentes fórmulas moleculares. De igual modo, acetileno e
benzeno também possuem a mesma fórmula mínima. Como se vê, diferentes substâncias podem
possuir a mesma fórmula mínima ou empírica.
Como já vimos, algumas técnicas laboratoriais, a exemplo da análise elementar, são
capazes de quantificar a porcentagem de cada elemento na composição de uma substância.
Desse raciocínio, decorre outro conceito importante para nosso estudo:

Composição percentual ou composição centesimal: porcentagem em massa de cada


elemento que compõe uma dada substância.

A molécula glicose, por exemplo, é constituída de 40,00% de carbono, 6,67% de


hidrogênio e 53,33% de oxigênio. Essa composição percentual indica que, para cada 100g da
substância, teremos 40g de carbono, 6,67g de hidrogênio e 53,33g de oxigênio. Por fim, vale
lembrar que quando duas substâncias possuírem a mesma fórmula mínima, elas apresentarão
também a mesma composição percentual.
Uma vez discutidos os conceitos importantes, apresento abaixo cinco etapas gerais a
serem realizadas para a resolução dos exercícios de determinação da fórmula molecular.

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Estratégia para se determinar a fórmula molecular de uma substância

Se estiverem atentos aos valores, perceberão que utilizei os resultados obtidos em


laboratório no exemplo prático anterior.
Você precisa, de fato, memorizar essas etapas. A melhor maneira de entendermos e
fixarmos essas etapas é praticando com exercícios. Vamos lá?!

1. (IF-SP - Professor - Química - IF-SP - 2011) Fósforo branco, que possui fórmula molecular P4,
queima na presença do ar atmosférico para dar o composto A, no qual a porcentagem em
massa de oxigênio é de 56,4%. O espectro de massa fornece a massa de A igual a 284 g.mol-1.
Assinale a alternativa que contém a correta fórmula molecular de A.
Dados: P = 31 g.mol-1; O = 16 g∙mol-1.
a) P2O3
b) P2O7
c) P3O5
d) P4O10

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e) P5O10.
Comentários: inicialmente você deve perceber que a queima (oxidação) do P 4 produzirá um
óxido, o qual ainda não sabemos a fórmula molecular, PxOy. Seguindo as etapas sugeridas para
determinar a fórmula molecular de uma substância (quadro em destaque acima), temos:

1ª etapa - Encontrar o número de gramas de cada elemento em cada 100g da substância de


interesse, substituindo, na composição percentual, % por gramas (g)
O: 56,4 %  56,4 g
Se o composto é formado apenas por P e O, então a porcentagem de P será o total (100%)
subtraído a porcentagem de O (56,4%)
P: 100 % - 56,4 % = 43,6 %  43,6 g

2ª etapa - Converter massa em número de mols, dividindo a massa de cada elemento, obtidas
na etapa anterior, pelas respectivas massas atômicas (fornecidas pelo enunciado ou
consultadas em tabela periódica)
O: 56,4 g / (16 g.mol-1) = 3,5 mol
P: 43,6 g / (31 g.mol-1) = 1,4 mol

3ª etapa - Obter a fórmula mínima, dividindo todos os números de mols pelo menor valor
encontrado, na fase anterior
O: 3,5 / 1,4 = 2,5
P: 1,4 / 1,4 = 1,0
A fórmula mínima ou empírica indica a proporção de cada elemento por meio dos menores
números inteiros possíveis. Nesse caso, como o resultado para o número de átomos de O não é
inteiro, podemos multiplicar ambos resultados por 2 para obtenção da fórmula mínima. Essa
multiplicação manterá a mesma proporção entre os átomos, encontrando, desta forma, os
menores números inteiros para P e O.
O: 2,5 ∙ 2 = 5
P: 1,0 ∙ 2 = 2
Fórmula empírica obtida: P2O5

4ª etapa - Obter o número (n) que relaciona fórmula mínima e fórmula molecular, resolver a
equação MM(fórmula mínima) . n = MM(substância de interesse), em que MM é massa molar (MM(substância de
-1
interesse) foi fornecida no enunciado, 284 g.mol )

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Calculando a MM da fórmula mínima:


MM(P2O5) = 2 ∙ 31 + 5 ∙ 16 = 142 g.mol-1

Relacionando MM da fórmula mínima e da fórmula molecular para obter n:


MM(P2O5) ∙ n = MM(substância de interesse)
142 g.mol-1 ∙ n = 284 g.mol-1
n = 2 (obs.: n é adimensional, pois as unidades de lado se anulam)

5ª etapa - Obter a fórmula molecular, multiplicando n, da etapa anterior, pelos números


subscritos da fórmula mínima.
(P2O5) ∙ 2  P4O10 (fórmula molecular)
Resposta: letra D

02. (COSEAC - Técnico de Laboratório - UFF - 2015) Um composto é formado por 92,32 % de
carbono e 7,68 % de hidrogênio. Nas condições normais de pressão e temperatura, 11,2 litros
de seu vapor pesam 39 g. A fórmula molecular desse composto é:
(Dado C= 12 g.mol-1 e H = 1 g.mol-1)
a) C6H6
b) C6H12
c) C5H10
d) C5H12
e) C4H10
Comentários: esse exercício é um pouco mais elaborado porque sua resolução envolve
conhecimento sobre volume molar (estudado de teoria atômico-molecular). Inicialmente
devemos encontrar a massa molar do composto, utilizando os dados de volume nas CNTP
(Condições Normais de Temperatura e Pressão) e massa do gás fornecidos. Estudamos que,
idealmente, 1 mol de qualquer gás (substância gasosa) nas CNTP sempre apresenta o mesmo
volume de 22,4 L. Portanto, podemos encontrar o número de mols (n) por meio da seguinte
regra de três:

A partir de n (0,5 mol), encontrado na regra de três acima, e da massa (39 g) fornecida pelo
enunciado, podemos calcular a MM do composto utilizando a fórmula do número de mols (n),
como segue:

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m 39g
n  0,5 mol   MM  78 g.mol-1
MM MM
Agora temos todos os dados necessários para seguir as etapas sugeridas para a
determinação da fórmula molecular de uma substância. Vamos lá?!

1ª etapa
C: 92,32 %  92,32 g
H: 7,68 %  7,68 g
2ª etapa
C: 92,32 g / (12 g.mol-1) = 7,7 mol
H: 7,68 g / (1 g.mol-1) = 7,7 mol
Obs.: faça as aproximações necessárias sem receios, pois as medidas experimentais, a exemplo
da massa e do volume fornecidos, estão sujeitas a variações e erros.
3ª etapa
C: 7,7 / 7,7 = 1,0
H: 7,7 / 7,7 = 1,0
Fórmula empírica obtida: CH
4ª etapa
MM(CH) = 12 + 1 = 13 g.mol-1
MM(CH) ∙ n = MM(substância de interesse)  13 g.mol-1 . n = 78 g.mol-1  n = 6
5ª etapa
(CH) ∙ 6  C6H6
Fórmula molecular obtida: C6H6
Resposta: letra A

2- BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES QUÍMICAS


Como já antecipado, na indústria, na agricultura, na pesquisa científica, no tratamento de
água e em outros campos, nos quais são utilizados produtos químicos, é necessário calcular as
quantidades dos diferentes insumos que são equacionados por meio de reações químicas. Na
agricultura, por exemplo, ao adicionar adubos para corrigir a deficiência de nutrientes, devemos
calcular a quantidade necessária, pois, em excesso, os nutrientes podem ter efeito para as
plantas. Um ácido neutraliza uma substância básica, produzindo como resultado uma solução

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neutra que é menos tóxica. No entanto, caso a quantidade de ácido adicionada seja excessiva,
ocorrerá não só a neutralização, mas também a acidificação do meio, tornando a solução tóxica
novamente. Além disso, podemos lembrar que os cálculos das quantidades de reagentes
químicos necessárias evitam também o desperdício de dinheiro e produtos que podem acabar
se torando resíduo que serão acumulados no meio ambiente, chamados passivos ambientais.
Por esses vários motivos, começamos na aula passada a estudar o que chamamos de
“aspectos quantitativos relacionados à transformação da matéria”. Continuamos esse estudo na
aula de hoje, estudando como encontrar a fórmula molecular de substâncias e chegamos aqui a
um dos tópicos mais importante: balanceamento de equações químicas. Esse tema é tão
importante porque, mesmo que organize corretamente os cálculos estequiométricos, caso se
baseie em uma equação (reação) química não balanceada, então todos os seus resultados
estarão errados. Por isso, lembre-se:

Antes de iniciar qualquer cálculo estequiométrico, certifique-se de que a reação química


está balanceada.

Mas, afinal, o que seria balancear uma equação química?


Balancear uma equação química consiste em “acertar” os coeficientes estequiométricos
(aqueles números que ficam na frente dos compostos) para que o número de átomos de
cada elemento seja igual no lado esquerdo (lado dos reagentes) e no lado direito (lado dos
produtos). Tranquilo, não é mesmo? Se temos uma reação do tipo A  A2, então precisamos
multiplicar o lado esquerdo por 2 para obtermos 2 A 1 A2. Desta forma, teremos 2 átomos
de A do lado esquerdo e do lado direito: BINGO! Equação balanceada.
De certo, teremos equações bem mais complexas que essa para balancear na hora da
prova, mas não se desespere, vamos desmistificar hoje esse tópico, demonstrando que esse
tema não é um bicho de sete cabeças. Antes, porém, vou revisar dois tópicos rapidamente que
são pré-requisitos para aprendermos adequadamente a balancear reações: contagem de átomos
em compostos e moléculas; e classificação de elementos químicos.

2.1- CONTAGEM DE ÁTOMOS EM FÓRMULAS MOLECULARES

Algo que pode parecer um pouco trivial, mas que pode, em alguns casos, gerar confusão
é a contagem do número de átomos de uma dada substância química. Essa é uma habilidade
imprescindível para estudarmos balanceamento de reações. Por isso, vamos a uma rápida
revisão do tema.
Já vimos que o índice (aquele número menor que fica na parte inferior à direita dos
átomos) indica o número de átomos. Desta forma, temos que em:
 CaCl2: 1 átomo de cálcio e 2 átomos de cloro;
 C2H5OH: 2 carbonos, 6 (5+1) hidrogênios e 1 oxigênio;
 C6H12O6: 6 C, 12 H e 6 O.

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Até aqui, tranquilidade total, certo? E se eu te perguntasse: quantos átomos de cada


elemento existem no composto Fe4[Fe(CN)6]3?

Xiii, já entendi! Pois bem, temos que ter bastante segurança para responder a esse tipo de
questão. Acertar ou não acertar balanceamento dependerá disso. Vamos a um caso mais simples
para depois responder à questão que lhe deixou confuso.
Fe2(SO4)3 (sulfato de ferro III)
A quantidade de ferro é bem fácil de encontrar pelo índice: 2 átomos. E quanto ao
restantes dos elementos, S e O? Entenda que o SO4 está entre parênteses e que o subíndice 3 do
lado de fora está multiplicando tudo que está dentro dos parênteses. Desta forma, podemos
dizer que temos 3 x SO4. O índice do enxofre é 1 [pois está omitido] x 3, do lado de fora, resulta
em 3 átomos de enxofre. O índice do O é 4 x 3, do lado de fora, resulta em 12 átomos. Podemos
pensar na fórmula do composto como uma equação matemática, na qual devemos aplicar a
propriedade distributiva quando há um número multiplicando do lado de fora, conforme
ilustrado abaixo:

Desta forma, temos que em Fe2(SO4)3: 2 Fe, 3 S e 12 O. Vamos a outros exemplos apenas
para praticar:
 Sulfato de Amônio - (NH4)2SO4: 1 N, 4x2 H, 1 S e 4 O  1 N, 8 H, 1 S e 4 O;
 Cianeto de Ferro II - Fe(CN)2: 1 Fe, 2x1 C e 2x1 N  1 Fe, 2 C e 2 N;
 Sulfato de cobre pentahidratado - CuSO4.5H2O: 1 Cu, 1 S, 4 O, 5x2 H e 5x1 O  1Cu, 1 S,
4 O, 10 H e 5 O.
Observação: as moléculas que aparecem na frente de alguns compostos são chamadas água de
hidratação e correspondem a água presentes no cristal daquele composto. Nesse caso,
devemos usar a propriedade distributiva também: 5.(H2O) = 5x2 H e 5O.
Como não podia faltar, vamos agora contar os átomos em compostos com composição
mais complexa, inclusive aquela que havia perguntado e você fez cara de desentendido:
 KCl.MgCl2.6H2O: 1K, (1+2)Cl, 1Mg, 6x2 H e 6O  1K, 3Cl, 1Mg, 12H e 6O;
 Fe4[Fe(CN)6]3: (4+3)Fe, 3x6 C e 3x6 N  7 Fe, 18C e 18N;
 CuSO4.4NH3.H2O: 1Cu, 1S, (4+1)O, 4N e (4x3+2)H  1Cu, 1S, 5O, 4N e 14H.
Superada qualquer dificuldade nesse assunto, vamos adiante.

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2.2- DIVISÃO ENTRE METAIS E AMETAIS

Uma das técnicas que vou ensinar sobre balanceamento exige que você saiba diferenciar
metais de ametais. Por isso, embora seja tema de outra aula, vou adiantar aqui que os elementos
da tabela periódica podem ser classificados em metais, ametais, semimetais e gases nobres de
acordo com suas características.

1 2 13 14 15 16 17 18

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

O hidrogênio (H) não se encaixa em nenhuma das classificações acima.


Metais
Semimetais
Não metais ou ametais
Gases nobres
Deixei os quadrinhos apenas com cores, sem os elementos para que fique mais fácil
memorizar a região dos metais (região central e esquerda) e a região dos ametais, mais à direita.
No início do estudo da química, sempre que ver um símbolo de um elemento que não sabe se é
metal ou ametal, vá na tabela periódica e verifique se o mesmo está na região dos metais ou
ametais. Beleza?

2.3- BALANCEAMENTO DE REAÇÕES QUÍMICAS: REGRA DO MACHO

Chegamos ao ponto chave do capítulo: estratégias para balanceamento de equações


químicas. De início, gostaria de lhe informar que na aula de hoje vamos aprender duas técnicas
bem conhecidas de balanceamento: regra do MACHO e o método por tentativas. Você terá
liberdade para aplicar aquele que julgar ser mais prático. No entanto, saiba que nenhum dos
dois métodos é infalível, pois haverá equações químicas que você não conseguirá balancear com

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nenhumas das duas técnicas. Você deve estar se perguntando: Professor, e nesses casos, como
faço para acertar a questão?
Em eletroquímica, tema de outra aula, vamos aprender uma outra técnica de
balanceamento por oxirredução. Essa técnica, embora seja infalível, é um método mais
demorado. Além disso, não posso ensiná-la agora, pois precisaremos de conceitos ainda não
abordados no curso. Mas não se preocupe, as duas regras que ensino hoje resolvem mais
de 90% dos casos e, na hora certa, estudaremos oxirredução.
O balanceamento de equações químicas está baseado na Lei de Lavoisier, vamos
relembrá-la?

A Lei de Lavoisier, também conhecida como Lei da Conservação das Massas, diz que a
massa dos produtos é igual a soma das massas dos reagentes (você deve se lembrar da
frase de Lavoisier “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”).

Nesse sentido, devemos lembrar que os átomos apenas se rearranjam durante uma
reação química como podemos ver na reação de combustão do etanol abaixo:

Vamos então à primeira técnica: regra do MACHO. O termo MACHO é apenas um macete
para você se lembrar que na hora de balancear os átomos você seguir a seguinte ordem de
prioridade: Metal, Ametal, Carbono, Hidrogênio e Oxigênio. Sem mais delongas, vamos
aprender esse macete, da melhor maneira, fazendo.

Exemplo 1:
Na2CO3 + HCl → NaCl + H2O + CO2
Para balancearmos a equação acima segundo o macete MACHO, devemos iniciar pelo
metal, que no caso é o sódio (Na), família 1 A (em caso de dúvida se o elemento é metal ou
ametal, lembre-se de verificar na tabela periódica a posição do elemento). Do lado esquerdo
(lado dos reagentes), temos 2 Na e do lado direito apenas 1. Portanto podemos colocar o
coeficiente estequiométrico 2 na frente do NaCl para balancear o sódio. Sugiro que também
coloque o coeficiente 1 na frente do Na2CO3, apenas para lembrar que o sódio já está
balanceado. Veja como fica.
1Na2CO3 + HCl → 2NaCl + H2O + CO2
Depois do M (metal), vem o...? Isso mesmo, o A de ametais. Podemos deixar para depois
o C, H e O, já que eles vêm depois dos ametais. Nesse caso, temos o Cl como ametal, vamos, então,
balanceá-lo. Do lado esquerdo, temos 1 Cl e do lado direito 2, já que NaCl encontra-se
multiplicado por 2. Desta forma, temos que multiplicar por 2 o HCl.

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1Na2CO3 + 2HCl → 2NaCl + H2O + CO2


Próximo a ser balanceado é o C, carbono. Lado direito, 1, do lado esquerdo 1 também.
Basta reforçarmos o coeficiente 1 para CO2.
1Na2CO3 + 2HCl → 2NaCl + H2O + 1CO2
Seguindo a ordem do macete, vamos ao H, hidrogênio. Do lado direito, 2H, mesma
quantidade do lado direito. Desta forma, basta reforçar o coeficiente 1 para água.
1Na2CO3 + 2HCl →2NaCl + 1H2O + 1CO2
Uma vez definido todos os coeficientes estequiométricos, é bom certificar se a reação está
realmente balanceada. Vamos à contagem.
 Lado direito: 2Na, 1C, 3O, 2H e 2Cl;
 Lado esquerdo: 2Na, 1C, 3(2+1) O, 2H e 2 Cl.
Ótimo, nenhum átomo foi perdido ou brotou do além, temos, então, a equação balanceada,
respeitando a Lei de Lavoisier como se é esperado.

Exemplo 2:
MnO2 + HCl → MnCl2 + H2O + Cl2
De acordo com o macete MACHO, devemos iniciar balanceando o M (metal) que, no caso,
é o manganês (Mn).
1MnO2 + HCl → 1MnCl2 + H2O + Cl2
Em seguida, A (ametais), ou seja, o cloro (Cl). Perceba que há cloro em dois compostos do
lado direito. Se adicionarmos 1 na frente de Cl2, o menor coeficiente inteiro, teremos 4 Cl do lado
direito (do lado dos produtos). Sendo assim, precisaremos adicionar coeficiente 4 para o HCl.
1MnO2 + 4HCl → 1MnCl2 + H2O + 1Cl2
Como não tem C (carbono), vamos para o próximo, H (hidrogênio). Note que do lado
esquerdo, o hidrogênio já está definido com coeficiente 4, ou seja, 4H. Então, devemos adicionar
o coeficiente 2 na frente de H2O.
1MnO2 + 4HCl → 1MnCl2 + 2H2O + 1Cl2
Uma vez definido todos os coeficientes estequiométricos, chegou a hora de verificar se a
reação está realmente balanceada:
 Lado direito: 1Mn, 2O, 4H e 4Cl;
 Lado esquerdo: 1Mn, 2O, 4(2x2)H e 4(2+2)Cl.
Equação balanceada. Vamos a mais um caso.

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Exemplo 3:
NH4Cl + Ba(OH)2 → BaCl2 + NH3 + H2O
Pelo macete MACHO, primeiro elemento a ser balanceado é o Bário, por ser metal (M).
NH4Cl + 1Ba(OH)2 → 1BaCl2 + NH3 + H2O
Como ametais (A), temos N e Cl. Vamos começar pelo nitrogênio para resultar em um
probleminha que você vai se deparar algumas vezes.
1NH4Cl + 1Ba(OH)2 → 1BaCl2 + 1NH3 + H2O
Pela lógica, devemos agora balancear o cloro (Cl), pois ele também é ametal. Repare que
do lado esquerdo (reagentes), temos 1Cl e, do lado esquerdo, 2Cl, ambos lados com coeficientes
estequiométricos já definidos em vermelho. Veja que, nessas condições, o número de cloros não
se iguala. E agora? Vamos ter que modificar um coeficiente estequiométrico que já tínhamos
definido. Podemos, nesse caso, adicionar 2 na frente do NH4Cl. O problema que esse 2 também
aumentará o número de nitrogênio, do lado esquerdo, para 2. Veja:
2NH4Cl + 1Ba(OH)2 → 1BaCl2 + 1NH3 + H2O
Desta forma, balanceamento o Cloro e “desbalanceamos” o nitrogênio. Para equalizar
novamente o número de nitrogênio, teremos que modificar o coeficiente da NH3 de 1 para 2.
2NH4Cl + 1Ba(OH)2 → 1BaCl2 + 2NH3 + H2O
Ufa! Agora, Cl e N, ametais, estão balanceados. Vamos adiante, como não temos carbonos,
pulamos o C e vamos para o H, hidrogênio. Do lado esquerdo temos, 8H (vindo do 2NH4Cl) e 2H
(vindo do Ba(OH)2), totalizando 10H. Do lado direito, já temos 6H (vindo do 2NH3), faltando 4
que deverão ser fornecidos pela água. Para tanto, basta atribuir a ela o coeficiente
estequiométrico 2. Veja como fica:
2NH4Cl + 1Ba(OH)2 → 1BaCl2 + 2NH3 + 2H2O
Como é de praxe, chegou a hora de verificar se a reação está realmente balanceada:
 Lado direito: 2N, 10H, 2Cl, 1Ba e 2O;
 Lado esquerdo: 2N, 10H, 2Cl, 1Ba e 2O.
Equação balanceada. Vamos ao último, mas não menos importante, exemplo.

Exemplo 4:
C2H6 + O2 → CO2 + H2O
Nessa equação química, não temos metais e ametais. Até temos, mas C e O estão no macete
e, por isso, não os consideramos dentro do A do macete MACHO. Devemos então começar pelo
C, como segue:
1C2H6 + O2 → 2CO2 + H2O

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Depois do C, vem o H de hidrogênio. Como há 6H do lado direito, basta atribuirmos


coeficiente 3 para H2O.
1C2H6 + O2 → 2CO2 + 3H2O
Vamos ao oxigênio. Do lado direito, temos 7 O e os coeficientes já estão definidos.
Acontece que do lado esquerdo o oxigênio está na forma O2, e não há nenhum coeficiente inteiro
que ao ser multiplicado por 2 resulte em 7 oxigênios. E agora? A saída é multiplicar por um
número fracionário ou um número “quebrado”. Note que podemos adicionar 7/2 como
coeficiente de O2, pois desta forma haverá (7/2)x2 = 7 oxigênios do lado esquerdo.
𝟕
1C2H6 + O2 → 2CO2 + 3H2O
𝟐
Poderíamos também colocar o número com decimal 3,5 que o resultado seria o mesmo.
O jeito legal de encontrar a fração correta é adicionarmos o número de átomos que queremos
no numerador (parte de cima), no caso, 7, e na parte inferior colocarmos o subíndice do átomo
que está sendo balanceado (O2), nesse caso, 2.
Pessoal, da forma que está acima, a equação está devidamente balanceada. Mas chamo
atenção para um detalhe, no destaque abaixo, que é muuuiiito importante!!!

É pedido em alguns exercícios que você calcule a soma dos coeficientes estequiométricos da
equação balanceada. Tomemos a última equação química como exemplo:
𝟕
1C2H6 + O2 → 2CO2 + 3H2O
𝟐

Somando seus coeficientes estequiométricos, temos: 1+3,5+2+3 = 9,5. Esse valor parece
correto, né? Mas ele está ERRADO! Nesse tipo de exercício é cobrado a soma dos coeficientes
estequiométricos correspondentes aos menores números inteiros possíveis. Note que 3,5 (=7/2)
não é um número inteiro. Para obtermos todos os coeficientes inteiros, devemos multiplicar toda
equação por 2, veja:
𝟕
( 1C2H6 + O2 → 2CO2 + 3H2O ) x 2
𝟐

2C2H6 + 7O2 → 4CO2 + 6H2O


Agora podemos somar os coeficientes estequiométricos: 2+7+4+6 = 19, resultado este bem
diferente dos 9,5 obtidos na soma inicial, não é mesmo?
Da mesma forma que eu peço que esteja atento para os números fracionários (“quebrados”)
na hora de somar os coeficientes estequiométricos, também peço que fique atento para verificar se
os coeficientes estequiométricos são os menores possíveis. Vamos a um exemplo para que isso fique
mais claro:
12 Fe + 9 O2 → 6 Fe2O3

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Observe a equação acima. Embora ela esteja balanceada, seus coeficientes não
correspondem aos menores números inteiros. 12, 9 e 6 são divisíveis por 3. Realizando essa divisão,
obtemos como coeficientes 4, 3 e 2, respectivamente, os quais não podem ser divididos por nenhum
número inteiro diferente 1 sem resultar em números “quebrados”, fracionários.
(12 Fe + 9 O2 → 6 Fe2O3) ÷ 3
4 Fe + 3 O2 → 2 Fe2O3
Agora podemos somar os coeficientes estequiométricos: 4+3+2 = 9. Em suma, podemos dizer
que, quando for pedido a soma dos coeficientes estequiométricos:
 Use menores coeficientes estequiométricos possíveis, em que todos são números inteiros;
 Não use números fracionários (“quebrados”);
 Verifique se os números são realmente os menores coeficientes inteiros possíveis.
Desculpem-me pela redundância nos três itens acima, mas achei necessário.

2.4- BALANCEAMENTO DE REAÇÕES QUÍMICAS: MÉTODO POR TENTATIVAS

Não importa se o gato é preto ou branco, desde que cace os ratos.


Deng Xiaoping

A frase acima é muito pertinente ao que vamos aprender nesta seção. Não importa se
você utilizou um método muito racional, mas demorado, ou um método simples ou se você
chutou e encontrou os coeficientes para balancear uma equação química, o resultado será o
mesmo: você acertará a questão. Por isso, aqui, vou explicar o método das tentativas que é
bem simples e rápido e pode lhe proporcionar agilidade na hora da prova. Reforço: não é um
método infalível, mas aplicável a muitas reações químicas.

O método das tentativas consiste em quatro etapas:


1. Procure os elementos que aparecem apenas uma vez em cada lado da reação, ou seja, em
apenas um composto do lado esquerdo e em apenas um do lado direito;
2. Caso haja mais de um elemento que respeite a condição do item anterior (1), escolha aquele
de maior atomicidade (subíndices, aqueles números que aparecem embaixo do lado direito
do átomo);
3. Uma vez escolhido primeiro elemento, transpor suas atomicidades de um lado para o outro,
utilizando-os como coeficientes estequiométricos;
4. Finalizar o balanceamento dos demais elementos químicos.

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O melhor jeito de aprender essas técnicas é praticando. Então, vamos lá:

Exemplo 1:
H2S + LiOH →Li2S + H2O
Etapa 1 – Procurar o elemento que aparece apenas uma vez dos dois lados da reação:
Li, S e O aparecem uma única vez em cada lado da reação e o H aparece duas vezes do lado
esquerdo.
Etapa 2 – Entre os que aparece 1 única vez, escolhe o de maior atomicidade (subíndice):
Li apresenta, do lado esquerdo, atomicidade 1 e 2 do lado direito. S apresenta atomicidades
1 e 1. O apresenta atomicidades 1 e 1. Elegemos, portanto, o Lítio (Li).
Etapa 3 - Transpor as atomicidades do elemento escolhido de um lado para o outro, como
coeficientes estequiométricos (NOTA: lembre-se que o subíndice 1 é omitido).

H2S + Li1OH → Li2S + H2O

H2S + 2LiOH →1Li2S + H2O


Etapa 4 – Balancear dos demais elementos:
Note que o oxigênio só aparece uma vez do lado direito, então, por isso, sua quantidade já
está definida com o coeficiente 2 adicionado. Desta forma, temos 2 O, do lado direito, e
precisamos de 2 do lado esquerdo. Para tanto, atribuir 2 para água.
H2S + 2LiOH →1Li2S + 2H2O
Do lado direito, já está definido o número de hidrogênios como 4 (2x2). Podemos atribuir
coeficiente 1 para H2S para resultar em 2 H, já que já temos 2 H em 2LiOH, do lado esquerdo,
totalizando 4. Com isso, todos os coeficientes estão definidos e podemos conferir o número
de S, que será 1 em cada lado da reação.
1H2S + 2LiOH →1Li2S + 2H2O
Pronto! A equação acima está devidamente balanceada. Curtiu? Método bem direto e
simples. Para garantir que você aprendeu mesmo essa técnica, vamos a mais um exemplo.

Exemplo 2:
Al(OH)3 + H4P2O7 → Al4(P2O7)3 + H2O
Etapa 1 – Procurar o elemento que aparece apenas uma vez dos dois lados da reação:
Al e P aparecem uma única vez em cada lado da reação.
Etapa 2 – Entre os que aparece 1 única vez, escolhe o de maior atomicidade (subíndice):

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Al apresenta, do lado esquerdo, atomicidade 1 e 4 do lado direito. P apresenta atomicidades


2 e 2. Elegemos, portanto, o Alumínio (Al).
Etapa 3 - Transpor as atomicidades do elemento escolhido de um lado para o outro, como
coeficientes estequiométricos (NOTA: lembre-se que o subíndice 1 é omitido).

Al1(OH)3 + H4P2O7 → Al4(P2O7)3 + H2O

4Al(OH)3 + H4P2O7 → 1Al4(P2O7)3 + H2O


Etapa 4 – Balancear dos demais elementos:
Note que o número de fósforos já está definido do lado direito: 6P (2x3). Nesse sentido,
podemos atribuir 3 ao composto H4P2O7 para resultar em 6P do lado esquerdo.
4Al(OH)3 + 3H4P2O7 → 1Al4(P2O7)3 + H2O
Podemos prosseguir analisando o H ou O. Do lado direito, temos 12 (4x3) O vindos dos
4Al(OH)3 e 21 (3x7) O vindos dos 3H4P2O7, totalizando em 33 O. Do lado direito já temos
definidos 21 O vindos do Al4(P2O7)3 e, por isso, estão faltando 33-21 = 12 O. Sendo assim,
devemos atribuir 12 ao H2O. Balanceamos, desta forma, a equação. É sempre bom
conferir os demais elementos que não foram considerados. Nesse caso, o H: 24 H do lado
esquerdo e 24H do lado direito.
4Al(OH)3 + 3H4P2O7 → 1Al4(P2O7)3 + 12H2O
Um último detalhe. O coeficiente estequiométrico é normalmente omitido, conforme
apresentado abaixo:
4Al(OH)3 + 3H4P2O7 → Al4(P2O7)3 + 12H2O
Pessoal, com isso, ensinei as técnicas de balanceamento previstas para aula de hoje. Não
deixe de revisar esse conteúdo e ter isso bem sedimentado. Balanceamento de equações
químicas são temas recorrentes em questões de química, mesmo naquelas em que o foco é
cálculo estequiométrico, pois lembre-se:

Antes de iniciar cálculos estequiométricos, verifique se a reação química está


devidamente balanceada. Se não estiver, balanceie-a. Via de regra: a equação química
estará balanceada se os seus coeficientes estequiométricos forem apresentados.

Você pode eleger uma técnica de balanceamento como sua preferida, mas caso ela não dê
certo, saiba utilizar as demais. Para você praticar as técnicas aprendidas hoje, apresento uma
lista de equações químicas para você balancear e, na sequência, as respostas.

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03. (CEPERJ - Operador de Tratamento de Água - CEDAE-RJ - 2012) Uma das reações químicas
observadas no processo de desinfecção com o cloro pode ser demonstrada através da seguinte
equação:
H2S + Cl2 + H2O → H2SO4 + HCℓ
A quantidade mínima de moléculas de cloro para equilibrar essa reação, obedecendo às leis
estequiométricas, é igual a:
a) uma
b) duas
c) três
d) quatro
e) oito
Comentário: essa questão é simples de resolver, basta balancearmos a equação corretamente,
como o menor número inteiro possível. Assim, iremos obter a quantidade mínima de moléculas
de cloro necessárias para equilibrar a reação.
Para iniciar o balanceamento, colocaremos incógnitas K, X, Y, Z e W como coeficientes
estequiométricos. Nosso objetivo é obter o valor de X. Vamos adotar aqui o método das
tentativas.
K H2S + X Cl2 + Y H2O → Z H2SO4 + W HCℓ
Observando a equação, podemos perceber que o átomo de enxofre (S) aparece apenas
uma vez nos reagentes e nos produtos. Veja que eles estão com a mesma quantidade. Logo,
neste caso, o enxofre (S) já está balanceado. Podemos, então, substituir K e Z por 1.
1 H2S + X Cl2 + Y H2O → 1 H2SO4 + W HCℓ
Perceba que, quando balanceamos o enxofre (S), indiretamente também foi balanceado o
átomo de oxigênio (O), que aparece apenas uma vez nos produtos (H2SO4) com o índice 4.
Indicando que existem 4 átomos de oxigênio em cada molécula de H2SO4. O átomo de oxigênio
aparece uma vez nos reagentes (H2O) com o índice 1.
Agora basta substituirmos Y por 4 para termos o átomo de oxigênio balanceado.
1 H2S + X Cl2 + 4 H2O → 1 H2SO4 + W HCℓ

Dessa forma, todos os átomos de hidrogênio (H) presentes nos reagentes (lado esquerdo
da reação) estão balanceados. Multiplicando os coeficientes pelos índices nos átomos de H,
obtemos o valor de 10 átomos de hidrogênio do lado dos reagentes: 2 vindos de 1 H2S e 8
oriundos de 4 H2O.

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Do lado dos produtos, a única espécie que contém hidrogênio não balanceado é o HCℓ.
Como já temos dois hidrogênios no 1 H2SO4, basta substituirmos W por 8 para obtermos 10
hidrogênios do lado dos produtos assim como no lado dos reagentes.
1 H2S + X Cl2 + 4 H2O → 1 H2SO4 + 8 HCℓ
Agora, a única espécie não balanceada na equação é o Cl 2. Como temos 8 cloros do lado
dos produtos, precisamos ter também a mesma quantidade do lado dos reagentes. Dessa
forma, basta substituímos X por 4 para obtermos 8 cloros do lado dos reagentes.
1 H2S + 4 Cl2 + 4 H2O → 1 H2SO4 + 8 HCℓ
Dessa forma, o menor número de moléculas de cloro necessários para equilibrar essa reação é
4.
Resposta: letra D

04. (CESGRANRIO - Operador Sênior - Petroquímica Suape - 2011) A equação abaixo deve ser
balanceada.
KMnO4(aq) + FeCℓ2(aq) + HCℓ(aq) → MnCℓ2(aq) + FeCℓ3(aq) + KCℓ(aq) + H2O(l)
Com base nos coeficientes da equação balanceada, a proporção estequiométrica de reação
entre as espécies KMnO4 e FeCℓ2 é:
a) 1:2
b) 1:3
c) 1:5
d) 2:3
e) 2:5
Comentários: inicialmente, a equação pode assustar por ter muitas espécies envolvidas, mas a
resolução não é complicada. Seguindo o método das tentativas novamente, podemos iniciar o
balanceamento pela etapa 1, encontrando a espécie que aparece uma vez nos dois lados da
reação.
KMnO4 + FeCℓ2 + HCℓ → MnCℓ2 + FeCℓ3 + KCℓ + H2O
Etapa 1: K, Mn, Fe, O e H aparecem uma única vez e o Cl aparece 5 vezes.
Etapa 2: Temos que escolher a espécie com maior subíndice (atomicidade). Neste caso, é o
oxigênio.
Etapa 3: Assim, vamos transpor a atomicidade (subíndice) do elemento escolhido de um lado
para o outro, na forma de coeficiente estequiométrico.
1 KMnO4 + FeCℓ2 + HCℓ → MnCℓ2 + FeCℓ3 + KCℓ + 4 H2O
Etapa 4: Balancear todos os outros elementos.

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Note que com o balanceamento do oxigênio, o K, Mn e o H também foram balanceados por


aparecerem apenas uma vez em ambos os lados. (Obs.: Não esqueça que no lado dos produtos,
o H tem o subíndice 2 e, nos reagentes, o subíndice é 1. Logo, serão necessários 8 H para o
balanceamento).
Assim, temos:
1 KMnO4 + FeCℓ2 + 8 HCℓ → 1 MnCℓ2 + FeCℓ3 + 1 KCℓ + 4 H2O
Agora ficou simples, o coeficiente do FeCℓ2 será igual ao do FeCℓ3 já que são os únicos
compostos que possuem Fe. Podemos descobrir o valor elaborando um cálculo bem tranquilo
levando em conta a quantidade de Cℓ, mas, para isto, colocamos as incógnitas X e Y como
coeficientes estequiométricos:
1 KMnO4 + X FeCℓ2 + 8 HCℓ → 1 MnCℓ2 + Y FeCℓ3 + 1 KCℓ + 4 H2O
Desta forma:
2X + 8 = 2 + 3Y + 1
Se Y = X, podemos reescrever a equação para encontrar o valor de X, como segue:
2X + 8 = 3X + 3  X = 5
Com isso, obtemos a equação balanceada:
1 KMnO4 + 5 FeCℓ2 + 8 HCℓ → 1 MnCℓ2 + 5 FeCℓ3 + 1 KCℓ + 4 H2O
Logo, a proporção entre KMnO4 FeCℓ2 é 1:5.
Resposta: C

05. (CESMAC 2018/2) Um recente estudo aponta que refrigerantes do tipo cola aumentam o
risco de osteoporose. Segundo o estudo, o risco está vinculado à presença do ácido fosfórico
na formulação do refrigerante. Uma das formas de obtenção do ácido fosfórico ocorre de
acordo com a reação não balanceada abaixo:
w Ca3(PO4)2(aq) + x H2SO4(aq) → y H3PO4(aq) + z Ca(SO4)(aq)
Se utilizarmos 50 g de Ca3(PO4)2 e ácido sulfúrico em excesso, quantos gramas de ácido
fosfórico podem ser obtidos através dessa reação?
Dados: massas moleculares em g.mol-1: Ca3(PO4)2 = 310; H3PO4 = 98.
A) 31 g
B) 62 g
C) 16 g
D) 8 g
E) 124 g

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Comentários: primeiramente devemos encontrar os coeficientes estequiométricos por meio


da equação balanceada. Lembre-se: acabamos de aprender duas técnicas de balanceamento
que podem ser aplicadas aqui.
1 Ca3(PO4)2(aq) + 3 H2SO4(aq) → 2 H3PO4(aq) + 3 Ca(SO4)(aq)
De acordo com a equação acima, 1 mol de Ca3(PO4)2 produz 2 mols de H3PO4. As massas
molares dessas espécies químicas foram fornecidas pela questão:
Ca3(PO4)2: M = 310 g/mol
H3PO4:M= 98 g/mol
Como coeficiente estequiométrico do H3PO4 na equação balanceada é igual a 2, basta
multiplicarmos a sua massa molar pelo coeficiente, para obtermos a quantidade em gramas
apresentada na equação química balanceada. Dessa forma, temos: 2x98 = 196 g de H3PO4.
Agora basta estruturarmos uma regra de três entre as massas em grama, baseada nas
relações estequiométricas, para obtermos a massa de ácido fosfórico (H3PO4) produzida ao ser
utilizado 50 g de Ca3(PO4)2.
1 Ca3(PO4)2(aq) + 3 H2SO4(aq) → 2 H3PO4(aq) + 3 Ca(SO4)(aq)
310 g de Ca3(PO4)2 ____________196 g de H3PO4.
50 g de Ca3(PO4)2 _____________________X
X = 31,6 g de H3PO4
Resposta: letra A

Realize o balanceamento das seguintes equações químicas:


A) AgBr → Ag + Br2
B) CH4 + O2 → CO2 + H2O
C) Na2O + P2O5 → Na3PO4
D) Fe3O4 + CO → FeO + CO2
E) NH4Cl + Ba(OH)2 → BaCl2 + NH3 + H2O
F) Al2O3 + HCl → AlCl3 + H2O
G) Cu(NO3)2 → CuO + NO2 + O2
H) NH4NO3 → N2O + H2O
I) Al + O2 → Al2O3
J) Fe + O2 → Fe2O3
L) H2 + O2 → H2O
M) KBr + H3PO4 → K3PO4 + HBr

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Resposta:
A) 2AgBr → 2Ag + Br2
B) CH4 + 2O2 → CO2 + 2H2O
C) 3Na2O + P2O5 → 2Na3PO4
D) Fe3O4 + CO → 3FeO + CO2
E) 2NH4Cl + Ba(OH)2 → BaCl2 + 2NH3 + 2H2O
F) Al2O3 + 6HCl → 2AlCl3 + 3H2O
G) 2Cu(NO3)2 → 2CuO + 4NO2 + O2
H) 1NH4NO3 → 1N2O + 2H2O
I) 4Al + 3O2 → 2Al2O3
J) 4Fe + 3O2 → 2Fe2O3
L) 2H2 + O2 → 2H2O
M) 3KBr + H3PO4 → K3PO4 + 3HBr

Para finalizarmos nosso estudo sobre aspectos quantitativos relacionados às reações


químicas (transformações químicas da matéria), precisamos estar atentos aos exercícios em que um
reagente está em excesso em relação ao outro, o qual é chamado de reagente limitante. Nesse caso,
sobrará uma certa quantidade do reagente em excesso, enquanto que o reagente limitante será
totalmente consumido.
Acredito que a melhor maneira de aprendermos esse assunto é por meio da resolução de
exercícios. Então, vamos lá!

06. (ENEM 2016) A minimização do tempo e custo de uma reação química, bem como o aumento
na sua taxa de conversão, caracterizam a eficiência de um processo químico. Como consequência,
produtos podem chegar ao consumidor mais baratos. Um dos parâmetros que mede a eficiência de
uma reação química é o seu rendimento molar (R, em %) definido como

em que n corresponde ao número de mols. O metanol pode ser obtido pela reação entre brometo
de metila e hidróxido de sódio, conforme a equação química:

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As massas molares (em g/mol) desses elementos são: H = 1; C = 12; O = 16; Na = 23; Br = 80.
O rendimento molar da reação, em que 32 g de metanol foram obtidos a partir de 142,5 g de
brometo de metila e 80 g de hidróxido de sódio, é mais próximo de
A) 22%.
B) 40%.
C) 50%.
D) 67%.
E) 75%.
Comentários: questão que aborda os conceitos sobre reagente em excesso e reagente limitante, os
quais volta e meia aparece em provas de química.
Precisamos encontrar o rendimento molar da reação de produção de metanol (CH3OH) a
partir dos reagentes brometo de metila (CH3Br) e hidróxido de sódio (NaOH). Não sabemos, porém,
se as massas dos reagentes apresentadas estão na devida proporção estequiométrica da equação
química balanceada. Nesses exercícios, em que lhe é fornecido as massas, muito provavelmente as
proporções utilizadas não respeitam a relação estequiométrica. Sendo assim, haverá um reagente
em excesso: reagente que não será totalmente consumido na reação (estará proporcionalmente em
maior quantidade de matéria, mol); e um reagente limitante: reagente que será totalmente
consumido na reação (terá proporcionalmente menor quantidade de matéria, mol). Nosso desafio
aqui é aprender a identificar qual dos reagentes será o limitante, já que é ele que definirá o
rendimento da reação.
O primeiro passo é transformar as massas apresentadas em número de mols, como segue:

CH3Br:
M = 12+(3x1)+80 = 95 g/mol
m 142,5 g
n=  n= =1,5 mol
M 95 g/mol
NaOH:
M = 23+16+1 = 40 g/mol
m 80 g
n=  n= = 2 mols
M 40 g/mol
CH3OH:
M = 12+(3x1)+16+1 = 32 g/mol
m 32 g
n=  n= = 1 mol
M 32 g/mol
A partir da equação química balanceada, obtemos a relação do número de mols (quantidade
de matérias) das diferentes substâncias participantes. Daremos o nome de valor teórico a essa

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relação de mols extraída da equação balanceada. Por outro lado, chamaremos de valor real as
quantidades de mols obtidas pelas massas apresentadas no enunciado. Observe abaixo como
podemos organizar essas informações:

1 CH3Br + 1 NaOH  1 CH3OH + 1 NaBr

1mol 1mol 1mol (teórico)

1,5 mols 2 mols 1 mol (real)

limitante excesso produto

Pela relação teórica, 1 mol de CH3Br reage com 1 mol de NaOH, relação 1:1. Sendo assim,
para 1,5 mols de CH3Br seriam necessários apenas 1,5 mols de NaOH. Dessa constatação, concluímos
que o NaOH está em excesso e, consequentemente, o CH3Br é o reagente limitante.
Agora basta substituirmos os valores na fórmula fornecida para obtermos o rendimento
molar percentual de metanol formado:
nproduto 1 mol
R= x100  R = x 100 = 66,66%
nreagente liminate 1,5 mols
Resposta: letra D

07. (ENEM 2014 – PPL) O bisfenol-A é um composto que serve de matéria-prima para a fabricação
de polímeros utilizados em embalagens plásticas de alimentos, em mamadeiras e no revestimento
interno de latas. Esse composto está sendo banido em diversos países, incluindo o Brasil,
principalmente por ser um mimetizador de estrógenos (hormônios) que, atuando como tal no
organismo, pode causar infertilidade na vida adulta. O bisfenol-A (massa molar igual a 228 g/mol) é
preparado pela condensação da propanona (massa molar igual a 58 g/mol) com fenol (massa molar
igual a 94 g/mol), em meio ácido, conforme apresentado na equação química.

PASTORE, M. Anvisa proíbe mamadeiras com bisfenol-A no Brasil. Folha de S. Paulo, 15 set. 2011
(adaptado).

Considerando que, ao reagir 580 g de propanona com 3 760 g de fenol, obteve-se 1,14 kg de bisfenol-
A, de acordo
com a reação descrita, o rendimento real do processo foi de
A) 0,025%.
B) 0,05%.

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C) 12,5%.
D) 25%.
E) 50%.
Comentários: a questão aborda assuntos de reagentes em excesso e limitante, entretanto, a
equação apresenta estruturas moleculares e as massas de cada composto pelo nome. Precisamos
então contar todos os átomos, considerando inclusive os hidrogênios normalmente omitidos, para
descobrir a massa molecular de cada uma das substâncias da reação.
Além disso, para resolução desse exercício, precisamos encontrar o reagente limitante para
podermos montar as proporções de massas como já sabemos.
Geralmente, o regente limitante é que está em menor quantidade em massa, mas nem sempre é
verdade. Uma maneira rápida para se descobrir quem é reagente em excesso e quem é o reagente
limitante é fazer a relação com a massa dos reagentes indicadas na equação (transformando mols
em gramas) e a massa apresentada na questão (ou valor real utilizado), conforme apresentado
abaixo.

Fenol Propanona Bisfenol-A


(Teórico) 2 mol = 2 x 94g = 188g 1 mol = 58g
(Real) 3760 g 580g
Excesso Limitante

Procure as relações mais fáceis ou mais diretas ao comparar as quantidades de massa ou


número de mols para encontrar o reagente limitante. Por exemplo, ao analisar a quantidade de
propanona, percebe-se que massa real (o que efetivamente foi fornecido para reagir) é 10 vezes
maior que a massa teórica (obtida da equação química balanceada). Sendo assim, seria necessária
uma massa de fenol 10 vezes maior que a teórica (188g), ou seja, 1880g. Nota-se que há uma massa
real maior, 3760g, o que significa que o fenol está em excesso e a propanona é o reagente limitante.
Uma outra maneira menos lógica (clara), mas mais rápida, é montar uma regra de três com
valores teóricos e reais, multiplicar cruzado e ver qual dos lados apresentará resultado inferior. Esse
lado de menor valor deve ser atribuído ao reagente limitante. Veja como fica:

Fenol Propanona
(Teórico) 188g 58g
(Real) 3760 g 580g
218.080 109.040
Excesso Limitante

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Desse modo, identificamos o reagente limitante de maneira mais direta, não é mesmo? Veja
que não estou dizendo para você escolher caminho A ou B para identificar o reagente limitante, mas
sim te apresento as duas maneiras para que você escolha a sua preferida. Na minha opinião, a
melhor maneira é aquela que lhe parece mais lógica e que, por isso, terá mais facilidade em lembrar
na hora da sua prova.
As relações estequiométricas sempre devem ser realizadas com base no reagente limitante
(menor quantidade), pois a reação é interrompida no momento em que esse reagente acaba. A
quantidade em excesso do outro reagente não participa da reação.
Uma vez identificado o reagente limitante, podemos calcular a massa de bisfenol-A formada.
Como mostra a equação, 1 mol de propanona (reagente limitante) forma 1 mol de bisfenol-A.
Portanto:
58 g de propanona _______ 228 g de bisfenol-A
580 g _______ x
x = 2280 g bisfenol-A
Esse valor corresponderia a um rendimento de 100% da reação. Entretanto, foi efetivamente
produzido apenas 1,14 kg conforme informado no enunciado. Por isso, podemos estrutura mais uma
regra de três para encontrar o rendimento da reação, como segue:
2280 g de bisfenol-A _______ 100 %
1140 g _______ x
x = 50 % de rendimento.
Resposta: letra E

3- CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES


Embora seja um tema pouco cobrado, é válido aprendermos a classificar as reações químicas.
Até porque é um conteúdo relativamente tranquilo e, por isso, gastaremos pouca energia para
estuda-lo. De início, vale lembrar que há diversas maneiras de se classificar as reações químicas,
podendo ser considerado, para tanto, o número de reagentes, produtos, a presença ou não de
substâncias simples, dentre outros aspectos.
Aqui vamos nos concentrar em classificar as reações inorgânicas, as quais podem ser:
i. de síntese ou de adição;
ii. de decomposição ou de análise;
iii. de descolamento ou simples-troca; ou
iv. de dupla troca ou de combinação.

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Reação de Síntese (de adição)


Ocorre quando dois ou mais reagentes se unem para formar um único produto:
A + B → AB
As reações de síntese se subdividem em totais e parciais:
 Síntese total: quando o produto se origina apenas de substância simples. No exemplo abaixo:
Mg e O2 são substâncias simples, já que são formadas cada uma por único elemento químico
2 Mg(s) + O2(g) → 2 MgO(s)
 Síntese parcial: quando o produto se origina de, pelos menos, uma substância composta
(aquelas constituída de mais de um elemento químico). Ex:
CaO(s) + H2O(l) → Ca(OH)2(aq)

Reação de decomposição (de análise)


A reação de decomposição corresponde ao caminho inverso da reação de síntese. Esse tipo
de reação ocorre quando há a formação de dois ou mais produtos a partir de um único regente.
AB → A + B
Esse tipo de reação também pode ser total ou parcial:
 Decomposição total: nas situações em que os produtos da decomposição sejam apenas
substâncias simples.
 Decomposição parcial: nas situações em que pelos menos um dos produtos da
decomposição sejam substâncias compostas.

As reações de decomposição podem ocorrer por fatores externos e, nesses casos,


recebem nomes específicos, vejamos:
 Pirólise: “pir” vem do grego pyrós=fogo e lise significa quebra. Sendo assim, a pirólise é
a decomposição de compostos a partir de seu aquecimento (Δ). Ex.
CaCO3(s) 

 CaO(s) + CO2(g) (nesse caso, a decomposição foi parcial)
Obs: a reação acima também é classificada como calcinação que é a decomposição
térmica tipicamente de carbonatos e hidratos.
 Fotólise: decomposição por ação da luz.
2 H2O2(aq) 
luz
 2 H2O(l) + O2(g) (nesse caso, a decomposição foi parcial)
 Eletrólise: decomposição por meio da ação (passagem) de uma corrente elétrica.
corrente
2 H2O (l) 
elétrica
 2 H2(g) + O2 (g) (nesse caso, a decomposição foi total)
Essa última reação é muito importante para sua prova, pois ela tem sido vista como uma
alternativa para obtenção de um combustível, no caso o gás hidrogênio (H2), com potencial de
substituição dos combustíveis fósseis, os quais tem gerados transtornos ambientais com
agravamento do aquecimento global.

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Reação de descolamento (de simples troca)


A reação de deslocamento ocorre quando uma substância simples (geralmente um metal)
reage com uma substância composta, formando outra substância simples (geralmente outro
metal) e outra substância composta.
A + BC → AC + B (Reatividade: A > B)

Essa reação só ocorre se a reatividade de A, a substância simples inicial, for maior que a
reatividade de B, a substância simples final. Por esse motivo, vale a pena memorizar a sequência
abaixo, que lhe ajudará a definir se uma dada reação de deslocamento irá ou não ocorrer.

A reação que ocorre ao mergulharmos uma placa de zinco (Zn) em uma solução de sulfato de
cobre (CuSO4) é um bom exemplo da reação de descolamento.

Como podemos consultar na sequência de reatividade dos metais, o cobre (Cu) é um metal
mais nobre que o zinco (Zn), ou seja, ele é menos reativo e tende a ficar sozinho. Ou analisando de
outro modo, o Zn é mais reativo que Cu.
CuSO4(aq) + Zn(s) → ZnSO4(aq) + Cu(s)

Deste modo, ocorre um troca entre os metais participantes do sistema, obtendo como
produto o cobre metálico e sulfato de zinco. Como a solução de sulfato de cobre é azulada e a
solução de sulfato de zinco não é, então, nota-se uma diminuição da coloração azul a medida que a
reação se desenvolve.

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Ao adicionarmos um placa de zinco em uma solução de sulfata de cobre (coloração azul),


ocorre a formação de uma solução de sulfato de zinco (incolor). O zinco descola os íons de cobre
(Cu2+) e este se deposita na placa de zinco como cobre metálico. A placa de zinco por sua vez é
consumida, liberando íons de Zn2+ em solução.
É importante reforçar que, se a reatividade do elemento da substância simples for menor que
a do elemento presente na substância composta, a reação não ocorrerá. Ex.
Pb(s) + ZnSO4 → reação não acontece
Por fim, lembro ainda que, para descobrir se uma dada reação irá ou não ocorrer, pode ser
útil conhecer a ordem de reatividade dos ametais:

Reação de dupla-troca (de combinação)


Por fim, vamos falar da reação de dupla troca. Ela ocorre quando duas substâncias compostas
reagem para formar outras duas substâncias compostas. Nesse caso, cátions e ânions são
substituídos mutuamente.
AB + CD → AD + CB
Um exemplo específico desse tipo de reação é a reação de neutralização entre ácidos e bases,
a qual iremos estudar de forma mais aprofundada em outro encontro. Ex:
HCl + NaOH → NaCl + H2O

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08. (CESGRANRIO - Operador Júnior - Petroquímica Suape - 2011) O primeiro explosivo


utilizado em larga escala foi a nitroglicerina. Pela estequiometria da reação representada
abaixo, um mol de nitroglicerina pode gerar quase 300 litros de gás nas condições normais de
temperatura e pressão.
C3H5(NO3)3(l) → 7 H2(g) + 3 NO2(g) + 3 CO(g)
Essa reação química é identificada como:
a) dupla-troca
b) simples-troca
c) combustão
d) adição
e) decomposição
Comentários: na equação química representada na questão, podemos perceber que um único
reagente (C3H5(NO3)3(l)) está formando três diferentes produtos (H2(g); NO2(g); CO(g)). Esse tipo
de reação é conhecido como reação de decomposição ou reação de análise.
Resposta: letra E

09. (UNISINOS - 2016)


QUÍMICA É VIDA
Há muitos séculos, o homem começou a estudar os fenômenos químicos. Os alquimistas
podiam buscar a transmutação de metais, enquanto outros buscavam o elixir da longa vida.
Mas o fato é que, ao misturarem extratos de plantas e substâncias retiradas de animais, nossos
primeiros químicos também já estavam procurando encontrar poções que curassem doenças
ou que, pelo menos, aliviassem as dores dos pobres mortais. Com seus experimentos, eles
davam início a uma ciência que amplia constantemente os horizontes do homem. Com o
tempo, foram sendo descobertos novos produtos, novas aplicações, novas substâncias. O
homem foi aprendendo a sintetizar elementos presentes na natureza, a desenvolver novas
moléculas, a modificar a composição de materiais. A química foi se tornando mais e mais
importante até ter uma presença tão grande em nosso dia a dia, que nós nem nos damos mais
conta do que é ou não é química. O que sabemos, no entanto, é que, sem a química, a
civilização não teria atingido o atual estágio científico e tecnológico que permite ao homem
sondar as fronteiras do universo, deslocar-se à velocidade do som, produzir alimentos em
pleno deserto, tornar potável a água do mar, desenvolver medicamentos para doenças antes
consideradas incuráveis e multiplicar bens e produtos cujo acesso era restrito a poucos
privilegiados. Tudo isso porque QUÍMICA É VIDA.
Adaptado de <http://abiquim.org.br/.> Acesso em: 04 maio 2016.

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Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, que mostra algumas reações do
cotidiano:
(1) Al2(SO4)3 + 6 NaOH → 2 Al(OH)3 + 3 Na2SO4
(2) Zn + 2 HCl → ZnCl2 + H2
(3) 2 Mg + O2 → 2 MgO
(4) 2 H2O → 2 H2 + O2
( ) Reação de análise
( ) Reação de síntese
( ) Reação de simples troca
( ) Reação de dupla troca
A numeração correta, de cima para baixo, é:
A) 1 – 2 – 3 – 4
B) 2 – 1 – 4 – 3
C) 4 – 3 – 2 – 1
D) 3 – 4 – 2 – 1
E) 1 – 2 – 4 – 3
Comentários: as reações químicas podem ser classificadas, de maneira geral, em quatro tipos:
síntese ou adição; análise ou decomposição; deslocamento ou simples troca; e reações de
dupla troca.
1) A reação (1) trata-se de uma reação de dupla troca
2) A reação (2) é uma reação de descolamento ou simples troca. Nesse tipo de reação, um
elemento na forma de uma substância simples desloca um elemento de uma substância
composta, produzindo outra substância simples e outra composta. Essa reação só ocorre se
a reatividade do elemento da substância simples for maior que o da substância composta.
3) A reação (3) é uma reação de síntese, também conhecida como reação de adição. Nesse
tipo de reação, temos dois ou mais reagentes formando um único produto.
4) A reação (4) é uma reação de decomposição, também conhecida como reação de análise.
Nesse tipo de reação, tempos a formação de dois ou mais produtos a partir de um único
reagente.
Reposta: letra C

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10. (UNISINOS - 2015) Assinale a alternativa correta.


A) O magnésio queima com uma chama branca muito intensa, através da reação: Mg + O 2 →
MgO2.
B) A reação CaF2 + H2SO4 → CaSO4 + 2 HF é uma reação de dupla troca.
C) Quando uma lâmina de zinco é introduzida numa solução aquosa de CuSO4, ocorre uma
reação de dupla troca, com formação de sulfato de zinco, que fica na solução, e liberação de
cobre metálico, que se deposita sobre a lâmina.
D) A seguinte reação: NaCl(aq) + AgNO3(aq) → AgCl(s) + NaNO3(aq) é um exemplo de reação
de oxidação-redução.
E) Na natureza, não existe cal virgem (CaO), mas há muito calcário (CaCO 3). A cal virgem é
fabricada por pirólise do calcário, em fornos especiais, através da seguinte reação de adição:

CaCO3   CaO + CO2.
Comentários:
Letra A: incorreta. Trata-se de uma reação de síntese e não de combustão.
Letra B: correta. Como se vê, cátions e ânions são substituídos simultaneamente, o que
configura uma reação de dupla troca.
Letra C: incorreta. Trata-se de uma reação de descolamento e não de dupla troca.
Letra D: incorreta. Reação de dupla troca.
Letra E: incorreta. A pirólise é um exemplo de reação de decomposição por ação do
aquecimento da substância (Δ).
Reposta: letra B

4- SISTEMAS GASOSOS
Os gases estão muito presentes em nosso dia a dia, basta refletirmos um pouco para
encontrarmos vários exemplos:
 Na fotossíntese, reação indispensável para vida vegetal, animal e até humana as plantas, algas
e algumas bactérias sintetizam carboidratos e gás oxigênio (O2) a partir do gás dióxido de
carbono (CO2) e água (H2O), utilizando como energia de ativação da reação a luz [em geral,
luz solar];
 O próprio gás oxigênio (O2), vital para nossa sobrevivência, é retirado do ar atmosférico que
é uma mistura de gases constituído principalmente de nitrogênio (78%), N2, e oxigênio (21%).
 Gases presentes na atmosfera tem papel importante na definição dos processos climáticos
da terra, a exemplo do gás ozônio (O3), absorvendo parte dos raios ultravioleta vindos do sol,
e também do CO2, gás emitido pela queima de combustíveis fósseis, o qual agrava o efeito
estufa.

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 Alguns combustíveis se apresentam na forma gasosa como é o caso do gás hidrogênio (H 2) e


do metano (CH4). Ainda sobre o aproveitamento comercial, podemos lembrar que os gases
podem ser purificados e comprimidos (“empurrados”) para dentro de cilindros de alta
pressão para serem utilizados em diversas aplicações industriais e hospitalares.

Várias outras aplicações poderiam ter sido citadas, mas fique tranquilo que, em geral, a
contextualização/aplicação é trazida no próprio enunciado e o que acaba sendo cobrado, de fato,
são os conceitos e operações com as fórmulas e unidades que discutiremos nesse capítulo.

4.1- PROPRIEDADES GERAIS DOS GASES E TEORIA CINÉTICA

Antes de adentrarmos no estudo das leis dos gases, precisamos entender algumas
propriedades gerais dos gases que são bem simples e intuitivas. De início, devemos lembrar que
gás é um dos três estados físicos da matéria (sólido, líquido e gasoso). Os sólidos, a exemplo do
seu smartphone, apresentam formato e volume fixo. Os líquidos apresentam formato variável,
mas seu volume é fixo, ou seja, não adianta “apertar” (comprimir) um líquido, pois seu volume
não irá sofrer alterações significativas. E o gás?
O gás apresenta forma variável, pois tende a ocupar todo o volume do recipiente, ou seja,
adapta-se ao formato do recipiente que o contém.

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Estado físico Sólido Líquido Gasoso


Forma Fixa Variável Variável
Volume Fixo Fixo Variável
Sem contanto e em
Posição
Em contato em locais fixos Em contato e sem local posições aleatórias
relativa das
do espaço fixo (permite movimento) (partículas em alta
partículas
velocidade no espaço.

Como se vê na tabela acima, gases e sólidos apresentam características bem diferentes e


o líquido, estado físico entre eles, apresenta propriedades intermediárias. Ainda sobre a tabela
acima, note que utilizamos a expressão “partícula” para falar da composição dos gases. Entenda
que partículas será a menor unidade da matéria que guarda a composição química gases. E você
me pergunta: como assim, teacher?
No estudo de gases, o termo partícula pode se referir a moléculas ou átomos, a depender
do tipo de gás. Gases como gás carbônico (CO2), metano (CH4) e amônia (NH3) são formados
por moléculas (átomos combinados), então, nesses casos, partículas de gás corresponderão
às suas moléculas. Já os gases nobres, a exemplo de neônio (Ne), argônio (Ar) e hélio (He),
são formados por partículas atômicas. Isso acontece porque os elementos químicos do
grupo 18, gases nobres, são muito estáveis e, por isso, não se ligam para formar moléculas,
apresentando-se na forma atômica, átomos sozinhos (NOTA: guardem essa informação).
Além do já discutido, destaco outras três características importantes dos gases:
 Suas partículas estão muito afastadas: devido a essa característica, a maioria dos gases
são imperceptíveis (visíveis ao olho humano), diferentemente do estado líquido e gasoso,
nos quais, há muitas partículas juntas (muito próximas) e conseguimos, então, enxergar
com mais facilidade objetos sólidos ou líquidos. As partículas gasosas estão tão distante
entre si que podemos considerar que não há interação entre elas.

2 Fonte: Solids, Liquids, and Gases. Disponível em:


https://chem.libretexts.org/Courses/Sacramento_City_College/SCC%3A_Chem_309_-
_General%2C_Organic_and_Biochemistry_(Bennett)/Chapters/07._States_of_Matter_and_the_Gas_Laws/7.2%3A
_Solids%2C_Liquids%2C_and_Gases. Acesso: 13 jan. 2019.

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 Suas partículas estão em constante movimento: como veremos mais adiante, para
levar uma substância ao estado gasoso, precisamos fornecer a ela energia, na forma de
aquecimento, por exemplo. Nessa situação, suas partículas adquirem alta energia cinética
ou velocidade, o que resulta em um movimento rápido e contínuo no interior do
recipiente para as substâncias no estado gasoso.
 Os gases se expandem e também podem ser comprimidos: temos vários exemplos
para ilustrar essa característica. Um grande volume de gás pode ser armazenado em
pequenos cilindros, graças à sua facilidade de ser comprimido. Por outro lado, se o gás de
cozinha da sua residência está vazando, logo você perceberá, pois, o gás tende a expandir
e ocupar todo o ambiente (ou o recipiente que o contém) e você acabará sentido o seu
cheiro característico. Peço licença para um exemplo pouco comum, mas que, de certo,
ajudará a lembrar-se dessa característica dos gases. Se uma pessoa está no mesmo
ambiente que você e produz uma flatulência (peido) silenciosa, mas acompanhada de um
cheiro fétido, após um certo tempo, você perceberá, já que os gases por ela liberados
tendem a ocupar todo o ambiente em que vocês se encontram.

Todas as informações descritas sobre os gases nesta seção estão contidas dentro da
chamada teoria cinética dos gases. Para finalizar o estudo dessa teoria, devemos lembrar
ainda que do movimento desordenado das partículas, ocorrem choques entre elas e também
choque delas contra as paredes do recipiente que contém o gás. Além disso, essas colisões são
perfeitamente elásticas, ou seja, não há perda de energia durante esses choques. Por fim,
destaco que sob o aspecto dessa teoria, temos que as partículas possuem apenas energia
cinética, aquela associada à velocidade das mesmas.

4.2- VARIÁVEIS DE ESTADO

Estudaremos um pouco mais sobre variáveis de estado em termoquímica. Aqui é


suficiente entenderemos que variáveis de estado são variáveis, que podem ser medidas, e que
nos permitem descrever o estado de um gás qualquer. Não se preocupe com a definição, mas
lembre-se que para gases, as três variáveis de estado principais são pressão (P), temperatura
(T) e volume (V).

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Pressão

De início, vale lembrar que a pressão é normalmente medida para gases e líquidos no
interior de um recipiente, pois esses, ao contrário de sólidos, conseguem preencher e assumir o
formato do recipiente. Nesse caso, a pressão é a força aplicada pelo gás ou pelo líquido
sobre uma determinada área da parede do recipiente. Na prática, essa pressão é resultado
das colisões das partículas (moléculas ou átomos) da substância contra as paredes do
recipiente.

Como se vê na figura acima, a pressão é o resultado de forças exercidas em uma


determinada superfície (área) e, por isso, pode ser expressa por:
F
P
A
No sistema internacional de medidas (SI), temos que as variáveis são medidas em:
 F: newton (N);
 A: área (m2);
 P: pascal (Pa), que corresponde a N.m-2.

Embora Pa seja a medida no SI, em química, acaba utilizando principalmente duas outras
unidades de medida de pressão: atmosfera (atm) e milímetros de mercúrio (mmHg). Saber
converter a pressão de uma unidade de medida para outra é muito importante para resoluções
de exercícios sobre gases. Por isso, apresento abaixo as relações que você deve saber de cor e
salteado.

Pa atm mmHg Torr


101325 1 760 ≌ 760

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Para converter, por exemplo, 1,7 atm em mmHg podemos usar duas estratégias:
I- Regra de três:
1 atm _________________________ 760 mmHg
1,7 atm _________________________ x
x = 1292 mmHg
II- Substituir a unidade atm pelo valor correspondente em mmHg:
1,7 atm = 1,7.(760 mmHg) = 1292 atm
Como se vê é bem tranquila a conversão dessas unidades. Vamos agora falar de
temperatura.

Temperatura

As partículas de um material, independente do seu estado físico, apresentam um certo


grau de agitação, que aumenta na passagem do sólido para o líquido e aumenta ainda mais no
estado gasoso. A temperatura é uma medida do grau de agitação dessas partículas. Em
exercícios sobre gases, utiliza-se principalmente a unidade de medida Celsius (ᵒC) e Kelvin (K).
No entanto, lembre-se:

Ao realizar cálculos a respeito das propriedades dos gases, use sempre a escala Kelvin
(K). Caso seja fornecida a temperatura em outra unidade medida, converta-a antes dos
cálculos.

Relembre abaixo as fórmulas para conversão de temperaturas entre as escalas Celcius


(TC), Fahrenheit (TF) e Kelvin (TK). Lembro que em valores de temperatura na escala Kelvin
não se utiliza o símbolo grau (ᵒ) por se tratar de uma escala absoluta. Isso significa as moléculas
não possuem grau de agitação (energia cinética) em temperatura 0K (ZERO ABSOLUTO).

Kelvin e Celsius Celsius e Fahrenheit


TC TF  32
TK  TC  273 
5 9

Volume

Como já falamos sobre a noção de volume. Vamos apenas relembrar algumas relações
úteis entre unidades de medida de volume:
1 m3 = 1000 dm3 (decímetro cúbico) = 1000 L (litro)
1 dm3 = 1 L = 1000 cm3 (centímetro cúbico) = 1000 mL
1 cm3 = 1 mL = 1000 μL (microlitro)

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Pronto! Agora temos toda a bagagem necessária para iniciarmos o estudo da lei dos gases
ideais.

4.3- TRANSFORMAÇÕES GASOSAS

Assim como acontece em nossas vidas, nada é, de fato, ideal. Você compra um celular
novo, cheio de funcionalidades interessantes, mas a sua bateria não dura tanto tempo assim.
Alguém compra um carro mais novo mais confortável e mais potente, mas o consumo de
combustível aumenta e o seguro e IPVA são mais caros. Nas próprias relações interpessoais,
nunca iremos encontrar um amigo perfeito. No entanto, pode ser que um determinado amigo
ou amiga seu tenha tantas qualidades, que seus defeitos passam a ser desprezíveis, e você
considere essa pessoa como ideal.
Quando falamos de gases ideais, não é porque eles existem, mas sim porque sob certas
condições (em geral, pressão e temperatura baixas) os gases reais se comportam como se
fossem ideais, ou seja, podemos considerar desprezíveis as suas imperfeições. Mas ainda fica a
dúvida: o que seria um gás ideal?
Gás ideal é aquele que não apresenta interação entre suas moléculas.

Os gases podem sofrer transformações gasosas que são simplesmente


modificações/variações de suas variáveis de estado: P, V, T. Em algumas dessas transformações,
uma ou outra variável pode ser mantida constante. Por exemplo, em uma expansão (aumento
do volume, V) de V1 para V2, em que V2>V1, a pressão (P) pode variar e a temperatura (T)
permanecer constante. As transformações gasosas em que 1 variável é mantida constante
recebem nomes específicos que você deve saber.
 Isovolumétrica ou isocórica ou isométrica: transformação gasosa que acontece a
volume constante;
 Isobárica: a pressão constante;
 Isotérmica: a temperatura constante;
Para facilitar a memorização, lembre-se que “iso" é um prefixo que significa igual. Daí,
por exemplo, que isovolumétrica corresponde a uma transformação a volume constate.
Lembre-se: em uma transformação gasosa, quando uma variável é mantida constante, as outras
duas precisam necessariamente variar.
A lei dos gases ideais é fruto da contribuição de diferentes pesquisadores, principalmente
de Charles e Boyle. Vamos entender essas contribuições separadamente e ver, ao final, como
todas elas juntas resultaram em única equação bem completa para o estudo dos gases ideais.

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Transformações isotérmica e a Lei de Boyle

Acompanhe a discussão em paralelo com a figura abaixo. Em um experimento, temos um


gás confinado em um recipiente abaixo de um êmbolo sobre o qual existe um objeto com força
peso sobre o gás confinado. Em um momento inicial, desenho à esquerda, o sistema está em
equilíbrio e a pressão interna exercida pelo gás é igual a pressão externa, o que mantém o
êmbolo parado. Em seguida, adicionamos mais um objeto sobre o êmbolo e o sistema sofre uma
transformação isotérmica. O aumento do peso sobre o gás, resulta na compressão do gás,
diminuindo seu volume de V1 para V2 (V1>V2), o êmbolo abaixa e a pressão interna do gás
aumenta. Mas por que a pressão aumenta?
As partículas dos gases estão em constante movimento e se chocando contra as paredes do
recipiente. Ao diminuir o espaço do gás, as moléculas passam a ter um percurso menor entre
uma parede e outra e, desta forma, chocam-se contra elas mais vezes em um mesmo
intervalo de tempo. Esse maior número de choques resulta em uma maior pressão interna
do gás.

A partir de um experimento semelhante a esse, observou-se experimentalmente que:

Em um sistema fechado (aquele que não troca matéria ou massa fixa de gás), no qual a
temperatura é mantida constante (transformação isotérmica), o volume (V) de um gás é
inversamente proporcional à pressão (P). Ou seja, quando um aumenta o outro diminui.

Essa relação pode ser expressa da seguinte forma:

1 k
P ou P
V V
em que 𝑘 é uma constante e 𝛼 é um símbolo que indica proporcionalidade. Essa relação entre P
e T é conhecida como Lei de Boyle. Se P.V = k, então podemos dizer que o produto P.V antes e
depois da transformação apresentam o mesmo valor, ou seja, P1.V1 = P2.V2.
A relação matemática entre P e V, também chamada de Lei de Boyle, pode ser expressa
graficamente por uma curva hiperbólica chamada isoterma, conforme demonstrado abaixo. A
curva recebe esse nome porque em qualquer ponto dela a temperatura é a mesma.

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Transformações isobáricas e a Lei de Charles

Agora que já estamos mais familiarizados com os termos utilizados para descrever o
comportamento dos gases, podemos discutir, de forma mais objetiva, as transformações
isobáricas.
Observou-se experimentalmente que:

Em um sistema fechado (aquele que não troca matéria ou massa fixa de gás), no qual a
pressão é mantida constante, o volume de um gás é diretamente proporcional à
temperatura. Ou seja, quando um aumenta, o outro aumenta proporcionalmente.

V T ou V  kT
Essa relação é conhecida como Lei de Charles ou Lei de Gay-Lussac. Essa relação
matemática, pode ser expressa graficamente por uma curva reta crescente, conforme
demonstrado abaixo. Note, pelos desenhos inseridos no próprio gráfico (gás confinado sob um
êmbolo móvel), que a medida que a temperatura aumenta, o volume do gás também aumenta,
ou seja, o gás se expande. Dobrar a temperatura de T para 2T, por exemplo, faz com que o
volume do gás seja dobrado de V a 2V, considerando, é claro, que a pressão do gás foi mantida
constante.

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Do ponto de vista prático, podemos entender da seguinte maneira: ao aquecer um gás


(aumentar sua temperatura), as suas partículas vão adquirindo energia e passam a se
movimentar mais rapidamente. Esse aumento da velocidade das partículas acaba empurrando
o êmbolo móvel para cima, aumentando, desta forma, o volume interno ocupado pelo gás
(expansão do gás).
Por fim, V=kT, que pode ser reescrito como k=V/T, nos leva a crer que a relação V/T é
constante tanto antes quanto após a transformação isobárica. Sendo assim, podemos escrever:
V1 V2

T1 T2
Transformação isovolumétrica (isocórica ou isométrica)

Observou-se experimentalmente que:

Em um sistema fechado (aquele que não troca matéria ou massa fixa de gás), no qual o
volume é mantido constante, a pressão de um gás é diretamente proporcional à
temperatura. Ou seja, quando um aumenta, o outro aumenta proporcionalmente.

P T ou P  kT
Vamos entender melhor essa relação, correlacionando a discussão com a figura abaixo.
Imagine um gás confinado em um recipiente sob um êmbolo, mas que agora esse êmbolo está
fixo, ou seja, não se move. Caso o gás seja aquecido, as moléculas ganharão energia cinética
(passarão a se movimentar mais rapidamente). No entanto, dessa vez, não será possível subir o
êmbolo para cima e expandir-se. Ao contrário disso, o volume continua o mesmo, V2=V1. O
resultado desse processo é que a pressão interna do gás aumentará e P2 será maior que P1.

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Ao representaremos essa relação na forma gráfica, obtemos uma reta crescente, em que
o aumento da temperatura resulta em um aumento de pressão.

Equação Piviti Povotó

Existe uma equação que reúne as três relações matemáticas encontradas nas
transformações gasosas (isotérmica, ivolumétrica e isobárica):
P1  V1 P2  V2

T1 T2

A equação acima é conhecida como “piviti=povoto” e é muito útil em exercícios sobre


transformações de um gás ideal, mantendo 𝒏 constante.
Sabendo essa equação, você encontra as demais anteriores. Imagine, por exemplo, que o
gás sofra uma transformação isovolumétrica. Nesse caso, temos que V1 = V2 e, por isso, podem
se anular na equação, veja:
P1  V1 P2  V2

T1 T2
P1 P2

T1 T2

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11. (FUNDATEC - Perito Criminal - Química/Eng. Química - IGP-RS - 2017) Qual das seguintes
medidas aumentará o volume de um gás real por quatro vezes?
a) Duplicando a temperatura absoluta, bem como a pressão do gás.
b) Duplicando a pressão absoluta, mas não alterando a temperatura.
c) Reduzindo a pressão para um quarto à temperatura constante.
d) Reduzindo a temperatura para um quarto à pressão constante.
e) Reduzindo a temperatura para metade e dobrando a pressão.
Comentários: é necessário utilizar o método da tentativa e erro para resolver essa questão.
Devemos testar cada alternativa, aplicando suas informações, na equação “piviti=povoto”
abaixo, em que “i” corresponde a inicial e “f”, a final.

Pi  Vi Pf  V f

Ti Tf
Letra A: incorreta. Duplicando a temperatura (Ti) absoluta, bem como a pressão do gás (Pi),
temos:
2 Pi  V f Pi  Vi
  V f  Vi
2Ti Ti
Letra B: incorreta.
2 Pi  V f Pi  Vi V
  Vf  i
Ti Ti 2
Letra C: correta.
0, 25Pi  V f Pi  Vi V
  V f  i  V f  4Vi
Ti Ti 0, 25
Letras D e E: incorretas.
Resposta: letra C

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4.4- LEI DOS GASES IDEAIS

 Das relações anteriores temos que P.V/T é uma constante.


 Além disso, vimos que 1 mol ou 6,022.1023 moléculas de qualquer gás (substância
gasosa) sempre apresenta o mesmo volume de 22,4 L nas condições normais de
temperatura e pressão (CNTP) – 0ᵒC (273K) e 1 atm. Esse volume fixo é denominado
volume molar.
Reunindo essas informações temos que:
P1  V1 1 atm . 22,4 L atm . L
  0,082
T1 273 mol . K mol . K
Esse valor 0,082 atm.L.mol-1.K-1 é, de fato, uma constante e recebeu o nome de constante
dos gases ideais e é representado pela letra R. Nas unidades do sistema internacional, temos
que R=8,31 J.K-1.mol-1. Vale lembrar que nos cálculos acima está sendo considerado o volume de
1 mol de gás.
P V
R
T
Até aqui, falamos das transformações em que o número de mols do gás foi mantido fixo.
No entanto, em alguns experimentos poderá haver variação do número de mols. Sabemos que
1 mol a CNTP, ocupa 22,4 L. 2 mols, por sua vez, ocupará 44,8 e assim por diante. Sendo assim,
podemos reescrever a equação acima da seguinte maneria:
P V
 n.R
T
Essa equação reescrita conforme abaixo é conhecida como equação geral dos gases ou
equação de Clapeyron:
PV  nRT
Essa equação relaciona pressão (𝑃), volume (𝑉), temperatura (𝑇) na escala Kelvin, e
número de mols (𝑛) de um gás perfeito.
Na aula passada vimos que 𝑛 corresponde a:
m
n
M
em que m corresponde à massa do elemento e M, à massa molar. Podemos utilizar essa relação
para reescrever a equação geral dos gases como segue:
m
PV  RT
M

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12. (IF-TO - Técnico de Laboratório - Química - IF-TO - 2018) Um técnico do laboratório de


Química do IFTO deseja identificar o conteúdo de um cilindro contendo um gás monoatômico
puro. Para isso, coletou uma amostra do gás e determinou sua densidade (d = 5 g∙L -1), a 27 °C
e 1 atm. Assumindo o modelo do gás ideal e empregando as informações anteriores, é possível
estimar que a massa molar do gás vale:
Adotar nessa questão: R = 0,082 atm∙L∙mol-1∙K-1; T(K) = 273 + T(°C)
a) 150 g/mol
b) 123 g/mol
c) 82 g/mol
d) 137 g/mol
e) 99 g/mol
Comentários: como o exercício nos disse para assumir o modelo do gás ideal, vamos usar a
equação para gases ideais:

m
PV  RT
M
Temos uma sacada bem interessante aqui: foi fornecido a densidade do gás e, observando a
equação dos gases ideais, conseguimos inserir a densidade dentro da fórmula:
Relembrando a fórmula da densidade:

m
d
V
Temos:

V 1 1 1 d
P  RT  P   RT  P  RT
m M d M M
Isolando a massa molar, temos:

d
M  RT
P
Para facilitar a resolução, é legal que todos os dados que sejam listados e convertidos para as
unidades corretas. Nesse sentido, temos:

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P = 1 atm
T(K) = 273 + T(°C) = 300 K
d = 5 g∙L-1
Agora é só substituir para encontrarmos a massa molar do gás (M), como segue:

5 g  L1
M  0, 082 atm  L  mol1  K 1  300K

1atm
M = 123 g  mol1
Resposta: letra B

==1614df==

4.5- LEI DE DALTON OU LEI DAS PRESSÕES PARCIAIS (MISTURA DE GASES)

Alguns exercícios apresentam situações em que há uma mistura de gases. Como o


comportamento dos gases é o mesmo independente de sua composição química, então basta
somar as pressões parciais de cada gás para obtermos a pressão total. Também podemos somar
o número de mols para conhecer o número total de moles presentes no recipiente. E é isso que
traz a Lei Dalton.

A Lei de Dalton diz que: a pressão total exercida por uma mistura de gases ideais
corresponde à soma das pressões parciais de cada gás que a compõe.

Por exemplo: a pressão total (𝑃) em um cilindro preenchido por três gases A, B e C,
corresponde a:
nA RT nB RT nC RT
P  PA  PB  Pc   
V V V
Colocando RT/V em evidência, temos:
RT
P  (nA  nB  nB )
V
O mesmo raciocínio pode ser adotado para mistura com um número maior de gases.

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13. (CESGRANRIO - Técnico Químico - LIQUIGÁS - 2018) Uma mistura gasosa contém H2 e Ne,
exercendo pressão total de 5 atm, sob condições ideais.
Sabendo-se que a massa de Ne na mistura é 4 vezes maior que a massa de H2, a pressão parcial
do H2, em atm, teria um valor mais próximo de
Dado M (H2) = 2 g mol-1 M (Ne) = 20 g mol-1 (RT/V) = 1 atm mol-1
a) 2,5
b) 3,6
c) 4,2
d) 5,0
e) 5,8
Comentários: aqui temos uma questão de mistura gasosa. Observe que nos foi fornecido a
pressão total e também a razão entre a quantidade de H2 e He.
Com a razão dada, podemos supor uma massa para os gases e convertê-la para número de
mols, tranquilamente. Para facilitar nossas contas, podemos adotar a massa de H2 igual a 2 g e
assim, temos que a massa de Ne será 8 g (pois é 4 vezes maior).
A conversão da massa de Ne para número de mols é feita com a regra de três abaixo:

Já a conversão da massa de H2 para número de mols é simples, temos 2 g e a massa molar


é 2 g mol-1, assim, temos 1 mol de H2.
Desta forma, a soma dos números de mols é:
nt  (nNe  nH 2 )
nt  0, 4mol  1mol = 1,4 mol
Com esse valor, podemos calcular a pressão parcial dos gases. Para tanto, basta
determinamos a fração molar dividindo o número de mols de um dos gases pelo número de
mols total. Como o exercício nos pede a pressão parcial do H2, podemos logo calcular a sua
fração molar:
nH 2 1mol
 = 0,71
nt 1, 4mol
A pressão parcial do H2 é resultante da multiplicação da fração molar pela pressão total:

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 nH 
PH 2   2   Pt
 nt 
PH 2  0, 71 5atm = 3,6 atm
Assim, temos que a pressão parcial do H2 é 3,6 atm.
Podemos calcular a pressão parcial seguindo esses passos porque a fração molar nos dá a
relação de um gás comparado ao todo. Com isso, ao multiplicar a fração pela pressão total,
temos a pressão parcial daquele gás em específico.
Resposta: letra B

14. (FCM-PB 2015/2) Uma mistura de 3,0 mol de CO2(g), 3,0.1023 moléculas de CO(g) e 84,0 g de
N2(g) contida em um balão fechado de 0,05 m3 de capacidade se encontra na temperatura de
27oC. Com relação a este sistema, assinale a alternativa correta.
A) Dentro do recipiente, a pressão parcial do N2 é maior que a do CO2.
B) A pressão parcial do CO(g) na mistura é de 0,12 atm.
C) O número total de mol de gases no sistema é igual a 65.
D) A pressão total da mistura no sistema é 3,2 atm.
E) O número de átomos no sistema é igual 3,9.1024.
Comentários: no recipiente há três gases. Devemos, então, nos lembrar da regra de Dalton ou
Lei das pressões parciais.
Por exemplo: a pressão total (𝑃) em um cilindro preenchido por três gases A, B e C,
corresponde a:
RT
P  (nA  nB  nB )
V
O problema é que a quantidade de cada gás foi apresentada de forma diferente. Uma
estratégia é transformarmos tudo para número de mols, como segue:
CO2: 3,0 mol;
CO: se 1 mol é aproximadamente 6.1023, então 3.1023 (metade) corresponde a 0,5 mol;
N2: se 1 mol de N2 pesa 28g, então 84g (3,5x28) corresponde a 3,0 mol;
Vale lembrar que cada m3 contém 1000L. Desta forma, 0,05 m3 = 0,05.(1000L) = 50L. Além
disso, devemos sempre lembrar de converter a temperatura de oC para K, antes de utilizar as
fórmulas dos gases. Nesse caso, temos: T(K) = 273 + T(oC)  T(K) = 273+27 = 300K
Ótimo! Agora temos condição de analisar com maior facilidade as alternativas:

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Letra A: incorreta. Pela análise da equação geral dos gases abaixo, notamos que a pressão é
diretamente proporcional ao número de mols. Se o número de mols de N2 é igual ao do CO2,
então as pressões parciais exercidas por ambos são iguais.
Letra B: incorreta. Para encontrar a pressão parcial exercida pelo CO(g) podemos tratar como
se ele estivesse sozinho no recipiente, já que as pressões parciais independem dos outros gases
presentes. Aplicando os valores relativos a esse gás na fórmula geral dos gases, temos:
PV  nRT
0,5 mol . 0,082 atm.L.mol-1.K -1. 300K
P  0,066 atm
50 L
O valor de P encontrado é diferente de 0,12 atm, o que torna a alternativa incorreta.
Letra C: incorreta. O número total de mol de gases no sistema é igual 3,0+0,5+3=6,5, valor
menor do que o apontado pela alternativa.
Letra D: correta. Uma vez conhecido o número total de gases, 6,5, podemos aplicar os valores
na equação geral dos gases e encontrar a pressão total, como segue:
PV  nRT
6,5 mol . 0,082 atm.L.mol-1.K -1. 300K
P  3, 2 atm
50 L
Mesmo valor apontado pela alternativa, que está correta.
Letra E: incorreta. Como temos 7,0 mols de gases e cada mol corresponde a aproximadamente
6.1023 unidades, então o produto será 4,2.1024. No entanto, a letra E é incorreta por apresentar
um erro conceitual. Os três gases presentes são moleculares e não atômicos como é o caso dos
gases nobres (ex: He, Ne). Portanto, 3,9.1024 é o número de moléculas e não de átomos. Para
encontrarmos o número de átomos, deveríamos considerar o número de átomo na molécula
de cada um dos gases.
Resposta: letra D

4- LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS


15. (UEL 2018) O rompimento da barragem da Samarco em novembro de 2015 em Mariana (MG) é
um dos maiores desastres do século XXI, considerando o volume de rejeitos despejados no meio
ambiente. Pesquisadores apontam que o resíduo sólido da barragem é constituído por Goethita
60%, Hematita (óxido de ferro) 23%, Quartzo (SiO2) 11,0%, Caulinita Al2Si2O5(OH)4 5,9% e alguns
metais, tais como bário, chumbo, crômio, manganês, sódio, cádmio, mercúrio e arsênio.

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(Adaptado. Disponível em: . Acesso em: 26 abr 2017.)


Dados: Massas atômicas de: Fe = 56 u; O = 16 u; Si = 28 u; Al = 27 u; H = 1 u.
Se a Caulinita possui um teor de 21,7% de silício, assinale a alternativa que apresenta, corretamente,
a porcentagem total de silício no resíduo sólido da barragem.
A) 1,1
B) 2,5
C) 3,4
D) 5,0
E) 6,4
Comentários: precisamos encontrar a porcentagem total de silício (Si) no resíduo sólido da
barragem. É importante notar que o Si está presente em apenas duas substâncias do resíduo:
Quartzo (SiO2) 11,0%, Caulinita Al2Si2O5(OH)4 5,9%. Sendo assim, se encontrarmos a fração (massa
de silício ÷ massa total da substância) e a multiplicarmos pelo percentual que cada uma delas se
apresenta no resíduo, obteremos como resultado a porcentagem de silício no resíduo. Ficou meio
abstrato não né mesmo? Vamos aos cálculos que isso fará mais sentido:
Para a Caulinita Al2Si2O5(OH)4 (5,9% do resíduo): a massa molecular da caulinita é de 258 g/mol.
Essa molécula apresenta 2 átomos de Si, portanto a massa de Si na substância é de 2x28 = 56 g.
Desta forma, a fração de Silício nessa substância é 56/258. Se multiplicarmos essa fração pelo
percentual de caulinita no resíduo, vamos obter o percentual do Si, vindo da caulinita, no resíduo:
m Si 56 g
% Si = x 5,9 %  % Si  x 5,9 = 1,28% de Si
m Al2Si2O5(OH) 258 g
Para o Quartzo (SiO2): a massa molecular do quartzo é de 60 g/mol. Essa molécula apresenta 2
átomos de Si, portanto a massa de Si na substância é de 28 g. Assim,
m Si 28 g
% Si = x 11 %  % Si  x 11 = 5,13% de Si
m SiO2 60 g
Somando 1,28 % + 5,13 %, obtemos 6,4% de silício no resíduo sólido da barragem.
Resposta: letra E

16. (CESGRANRIO - Técnico em Regulação de Petróleo e Derivados - ANP - 2016) Considere um gás
ideal que passa por uma transformação durante a qual sua pressão e o volume que ocupa podem
variar, mas sua temperatura é sempre mantida constante. A Lei de Boyle-Mariotte garante que,
nessas circunstâncias, o produto entre a pressão P e o volume V ocupado pelo gás é constante.
Quando o gás considerado ocupa o volume correspondente a 18 mL, a sua pressão é de 3 atm
(atmosferas).
Se a medida do volume ocupado pelo gás for de 2,25ml, então, sua pressão, em atmosferas, medirá
a) 33,75
b) 31,50

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c) 24,00
d) 13,50
e) 12,00
Comentários: como dito no enunciado, o experimento de Boyle comprovou que o produto PV é igual
uma constante. Desta forma, mesmo que a pressão e o volume variem após uma transformação, o
produto permanece o mesmo. Dito isto, podemos escrever a seguinte relação:

1 1  PV
PV 2 2

Na qual,
P1 = 3 atm
V1 = 18 mL
V2 = 2,25 mL
Substituindo esses valores, na fórmula acima, temos:
3atm 18mL
P2   24atm
2, 25mL
Assim, temos que P2 equivale a 24 atm.
Observação: Note que não é necessário converter mL para L já que as unidades de volume presentes
no numerador e denominador se anulam. Poupando, desta forma, um tempinho e facilitando os
cálculos.
Resposta: letra C

17. (FPM 2014) O carbonato de cálcio é um agente muito usado como antiácido e como suplemento
de cálcio ao organismo. Como fontes desse sólido, temos as conchas de moluscos e o esqueleto de
corais, por exemplo, além de ser encontrado no giz usado em sala de aula. Se aquecido a altas
temperaturas, o carbonato de cálcio se decompõe, ou sofre um processo de calcinação, produzindo
cal virgem.
O(s) produto(s) da reação de decomposição térmica do carbonato de cálcio é(são):
A) CaCO3
B) Ca(HCO3)2
C) CaO + CO2(g)
D) Ca(OH)2 + CO2
E) CaCl2(aq) + CO2(g) + H2O(l)
Comentários: a decomposição térmica ou pirólise do carbonato de cálcio CaCO3 está representada
a seguir:

CaCO3   CaO + CO2

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Nas reações de decomposição temos a formação de dois ou mais produtos a partir de um único
reagente. Como se vê, temos como produtos dessa reação: óxido de cálcio (CaO) e o dióxido de
carbono (CO2).
Reposta: letra C

18. (UFMT - Técnico de laboratório - Química - UFSBA - 2017) O volume molar dos gases a 25 °C e 1
atm é igual a 24,5 L. Nessas condições de pressão e temperatura, o volume ocupado, em litros, por
168 g de gás ozônio (O₃) será:
Dado: Massa molar do O3 = 48 g/mol
a) 128,6.
b) 85,00.
c) 128.
d) 85,75.
Comentários:p resolver este exercício a partir de algumas regras de três. A primeira delas é para a
conversão da massa de gás ozônio para números de mols:
48 g de O3 _________________________ 1 mol de O3
168 g de O3 _________________________ X
X= 3,5 mols de O3

A segunda, é para relacionarmos o número de mol com o volume:


1 mol _________________________ 24,5 L
3,5 mols de O3 _________________________ X
X= 85,75 L
Resposta: letra D

19. (UNISC 2012) Assinale a reação que pode ser classificada, simultaneamente, como de
deslocamento e de oxi-redução.
A) CaCO3 → CaO + CO2
B) Zn + NiSO4 → Ni + ZnSO4
C) 2 SO2 + O2 → 2 SO3
D) 2 Fe(OH)3 + 3 H2SO4 → Fe2(SO4)3 + 6 H2O
E) NaCl + AgNO3 → NaNO3 + AgCl
Comentários: a única reação de descolamento presente nas alternativas está exemplificada na
opção B. Essa reação também pode ser classificada como uma reação de oxi-redução, pois ocorre a
mudança no número de oxidação do Zn e do Níquel, tema que vamos explorar melhor em outro
encontro.

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Letra A: reação de decomposição.


Letra C: reação de síntese.
Letras D e E: reações de dupla troca.
Reposta: letra B

20. (CESGRANRIO – Operador Jr - PETROQUÍMICA SUAPE - 2011) Um gás ideal é submetido a um


processo térmico no qual recebe calor a volume constante. Nesse processo, a temperatura final do
gás é 3 vezes maior do que a temperatura inicial. Sabendo-se que a pressão inicial do gás é 1,0 atm,
qual a pressão final do gás, em atm, ao final desse processo?
a) 9
b) 6
c) 3
d) 3/2
e) 1/3
Comentários: aqui temos um processo isovolumétrico (Vf = Vi), ou seja, o volume se mantém
constante durante a transformação gasosa. Assim, podemos traçar o seguinte paralelo:

Vi  V f
nRTi nRT f
Vi  V f  
Pi Pf
nRTi nRT f

Pi Pf
Para visualizarmos bem os dados fornecidos, vamos listá-los abaixo:
Tf = 3Ti
Pi = 1,0 atm
Pf =?
Agora podemos substituir o Pi =1 e Tf = 3Ti para que tenhamos tudo nas condições iniciais:

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3Ti
Ti   Pf  3atm
Pf
Resposta: letra C

21. (ENEM 2015) Para proteger estruturas de aço da corrosão, a indústria utiliza uma técnica
chamada galvanização. Um metal bastante utilizado nesse processo é o zinco, que pode ser obtido
a partir de um minério denominado esfalerita (ZnS), de pureza 75%. Considere que a conversão do
minério em zinco metálico tem rendimento de 80% nesta sequência de equações químicas:
2 ZnS + 3 O2  2 ZnO + 2 SO2
ZnO + CO  Zn + CO2
Considere as massas molares: ZnS (97 g/mol); O2 (32 g/mol); ZnO (81 g/mol); SO2 (64 g/mol); CO (28
g/mol); CO2 (44 g/mol); e Zn (65 g/mol).
Que valor mais próximo de massa de zinco metálico, em quilogramas, será produzido a partir de 100
kg de esfalerita?
A) 25
B) 33
C) 40
D) 50
E) 54
Comentários: iremos resolver essa questão por etapas para sua melhor compreensão.
Etapa 1: equação global.
A questão menciona a obtenção de zinco metálico por meio de uma reação que ocorre em
dois processos. Precisamos, nesse caso, encontrar uma equação global da reação que englobe os
dois processos.
Em termoquímica e eletroquímica iremos explorar melhor a soma de reações. Por enquanto,
adianto-lhe que podemos somar as reações parciais para obter a reação global. As substâncias que
estão em lados opostos se anulam para formação da reação global, conforme veremos nesse caso.
Para que possamos anular o ZnO, devemos multiplicar a segunda equação por 2. Assim, temos:

2 ZnS + 3 O2  2 ZnO + 2 SO2 equação 1

2 ZnO + 2 CO  2 Zn + 2 CO2 equação 2

2 ZnS + 3 O2 + 2 CO  2 Zn + 2 SO2 + 2 CO2 equação global

Etapa 2: Pureza da esfarelita.


É informado que a esfarelita (ZnS) apresenta 75% de pureza. Dessa forma, apenas 75% das
100 kg de esfarelita irão reagir para formação do zinco metálico (Zn).

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Esse cálculo é bem simples:

100 kg de ZnS __________________ 100%


x __________________ 75%
x = 75kg de ZnS

Etapa 3: valor teórico de Zn formado.


Agora, de acordo com a equação global, podemos calcular a massa de zinco metálico produzida.
Como apresentado pela questão:
M do ZnS = 97 g/mol. Multiplicando pelo coeficiente estequiométrico, temos: 2x97 = 194 g de ZnS.
M do Zn = 65 g/mol. Multiplicando pelo coeficiente estequiométrico, temos: 2x65 = 130 g de Zn.
2 ZnS + 3 O2 + 2 CO  2 Zn + 2 SO2 + 2 CO2
194 g ___________ 130 g
75 kg ___________ x
x = 50 kg de Zn
Etapa 4: cálculo do rendimento de ração.
Esse valor corresponde um rendimento de 100% da reação, entretanto, essa reação
apresenta rendimento de 80% apenas. Logo:
50 kg de Zn __________________ 100%
x __________________ 80%
x = 40,2 kg de Zn
Essa forma de cálculo é bastante detalhada e mais clara, porém, como se percebe, demanda
muito tempo. Existem formas mais diretas para respondermos esse tipo de questão.
Por exemplo, podemos passar da etapa 1 direto para etapa 4.
2 ZnS + 3 O2 + 2 CO  2 Zn + 2 SO2 + 2 CO2
2 mols de ZnS ___________ 2 mols de Zn ............(100%)
2 mols de ZnS ___________ 2x0,8 mol de Zn........(80%)

2 x 97 ___________ 2 x 65 x 0,8
75 kg ___________ x
X = 40,2 kg de Zn
Resposta: letra C

22. (UERJ - 2017) Um anel contém 15 gramas de ouro 16 quilates. Isso significa que o anel contém
10 g de ouro puro e 5 g de uma liga metálica. Sabe-se que o ouro é considerado 18 quilates se há a
proporção de 3 g de ouro puro para 1 g de liga metálica.
Para transformar esse anel de ouro 16 quilates em outro de 18 quilates, é preciso acrescentar a
seguinte quantidade, em gramas, de ouro puro:

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A) 6
B) 5
C) 4
D) 3
Comentários: considero essa questão como um desafio para vocês. Não pelo os cálculos envolvidos,
mas pelo raciocínio necessário para responde-lo. Em suma, é pedido a massa de outro (Au) que deve
ser adicionada à 15 gramas de ouro 16 quilates para transformá-lo em ouro 18 quilates.
Uma boa estratégia de resolução é encontrarmos a fração mássica do Au (massa de ouro ÷
massa total) tanto para o ouro 16 quilates quanto para o ouro 18 quilates. Essas frações nos darão
embasamento para, em seguida, calcular o que é pedido no enunciado. Vamos então ao cálculo das
frações:
mAu 10 2
Ouro 16 quilates     0,67
m total 15 3
mAu 3
Ouro 18 quilates    0,75
m total 4
O que os resultados acima nos indicam? Embora não seja o foco da questão, é interessante
se despertar para o uso das frações. Essas frações, se multiplicadas por 100, nos indica a
porcentagem de ouro em cada um dos dois materiais. Sendo assim, 67% do o ouro 16 quilates é
ouro puro, ao passo que há 75% de ouro no ouro 18 quilates. O restante desses materiais é composto
por ligas metálicas. Ainda sobre o uso das frações, temos que ela pode variar entre 0 e 1, sendo 1 o
valor correspondente a 100%. Beleza?
Vamos agora voltar ao foco da questão. Precisamos encontrar qual a massa de ouro deve ser
adicionada a 15 g de Ouro 16 quilates para transformá-lo em 18 quilates. Vamos chama essa massa
que ainda não conhecemos de x e calcular uma nova fração, conforme apresentado abaixo. Vale
ressaltar que essa massa x aumentará tanto o numerador (mAu) quanto o denominador (mtotal).
m Au 10  x 3
Ouro 18 quilates   
m total 15  x 4
40  4 x  45  3x
x  5g
Resposta: letra B

23. (CESGRANRIO - Profissional de Vendas - Júnior - LIQUIGÁS - 2018) Um gás ideal, inicialmente
em (p0, V0, T0), passa por um processo termodinâmico constituído por duas etapas:
I) uma expansão isobárica até 2V0;
II) uma compressão isotérmica até V0.

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Sendo (pf ,Tf), respectivamente, a pressão e a temperatura ao fim do processo acima, podem ser
escritas essas duas grandezas, em função de (p0 ,T0 ), como:
a) (2p0, 2T0)
b) (2p0, T0)
c) (p0, T0)
d) (p0, 2T0)
e) (p0 /2, T0)
Comentários: devemos aplicar a equação “piviti=povoto” nas duas etapas, para encontrar a pressão
e temperatura finais, em termos de p0 e T0.
ETAPA I: uma expansão isobárica até 2V0
Pf  V f Po  Vo P  2Vo Po  Vo
  o 
Tf To Tf To

Tf  2To
O gás passará para segunda etapa apresentando 2To, 2Vo e Po.
ETAPA II: uma compressão isotérmica até V0
Pf  V f Po  2Vo Pf  Vo Po  2Vo
  
Tf 2To 2To 2To

Pf  2Po
Desta forma, ao final, o gás apresentará 2To, Vo e 2Po.
Resposta: letra A

24. (FAGOC-2015) “Após um vazamento de etanol, percebeu‐se que 100 L deste sofreram uma
reação de combustão. Sabe‐se que a reação de combustão do etanol libera gás carbônico e água.”
(Considere que: detanol = 0,789g/cm3; volume molar = 22,4 L, número de Avogadro = 6 x 10 23)
Qual e o volume molar de gás carbônico, aproximadamente, liberado no vazamento?
A) 76832.
B) 76,832.
C) 7683,2.
D) 7,6832 x 102.
Comentários: precisamos encontrar a massa em gramas presente em 100 L de etanol, volume que
corresponde a 100.103mL. A densidade do etanol fornecida no enunciado é igual a 0,789g/cm3 ou

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0,789g.mL-1. Para obtermos a massa em gramas de etanol , basta aplicarmos os dados na fórmula da
densidade.
m
d=  m = d.V  m = 0,789g.mL1100.103 mL
V
m = 78900 g de etanol
Agora que já sabemos a massa de etanol presente em 100 L, precisamos estruturar a reação
de combustão e balanceá-la corretamente, conforme apresentado abaixo. A massa molar do etanol,
C2H6O, é igual a 46 g/mol.
Após obtermos a equação balanceada podemos estabelecer as relações com o volume molar
de CO2 produzido da seguinte forma.
C2H6O(l) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(l)
46 g __________2.22,4 L
78900 g __________x
x = 76841 L de CO2
O valor que mais se aproxima a este, estão exemplificado na opção A, sendo esta a verdadeira.
Reposta: letra A

25. (CS-UFG - Técnico de Laboratório - Química - UFG - 2017) A análise elementar de um composto
orgânico resultou em 48,63% de carbono, 43,19% de oxigênio e 8,18% de H. Sabendo-se que o peso
molecular desse composto é 222,3 g.mol-1, sua fórmula molecular é:
a) C8H14O7
b) C9H18O6
c) C10H22O5
d) C11H10O5
Comentários: Seguindo as etapas sugeridas no quadro em destaque, para se determinar a fórmula
molecular de uma substância, temos:
1ª etapa - Encontre o número de gramas de cada elemento em cada 100g da substância de interesse,
substituindo, na composição percentual, % por gramas (g)
C: 48,63 %  48,63 g
H: 8,18 %  8,18 g
O: 43,19 %  43,19 g
2ª etapa - Converta massa em número de mols, dividindo a massa de cada elemento, obtidas na
etapa anterior, pelas respectivas massas atômicas
C: 48,63 g / (12 g.mol-1) = 4,1 mol
H: 8,18 g / (1 g.mol-1) = 8,2 mol

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O: 43,19 g / (16 g.mol-1) = 2,7 mol


3ª etapa - Obtenha a fórmula mínima dividindo todos os números de mols pelo menor valor
encontrado na fase anterior
C: 4,1 / 2,7 = 1,5
H: 8,2 / 2,7 = 3,0
O: 2,7 / 2,7 = 1,0
Nesse caso, como o resultado para o número de átomos de C não é inteiro, podemos multiplicar
todos resultados por 2 para obtenção da fórmula mínima. Essa multiplicação manterá a mesma
proporção entre os átomos, encontrando, dessa maneira, os menores números inteiros para C O e H.
C: 1,5 ∙ 2 = 3,0
H: 3,0 ∙ 2 = 6,0
O: 1,0 ∙ 2 = 2,0
Fórmula empírica obtida: C3H6O2
4ª etapa - Obtenha o número (n) que relaciona fórmula mínima e fórmula molecular. Resolva a
equação MM(fórmula mínima) . n = MM(substância de interesse), em que MM é massa molar (MM(substância de interesse)
foi fornecida no enunciado, 222,3 g.mol-1)
Calculando a MM da fórmula mínima:
MM(C3H6O2) = 3 ∙ 12 + 6 ∙ 1 + 2 ∙ 16 = 74 g.mol-1
Relacionando MM da fórmula mínima e da fórmula molecular para obter n:
MM(C3H6O2) ∙ n = MM(substância de interesse)
74 g.mol-1 ∙ n = 222,3 g.mol-1
n=3
5ª etapa - Obtenha a fórmula molecular, multiplicando n, da etapa anterior, pelos números
subscritos da fórmula mínima.
(C3H6O2) ∙ 3  C9H18O6 (fórmula molecular)
Resposta: letra B

26. (Unifenas 2019) O fosfato de sódio pode ser produzido pela reação entre soda cáustica e ácido
fosfórico, segundo a equação não balanceada
NaOH + H3PO4 → Na3PO4 + H2O
Considere a mistura de 10 mols de hidróxido de sódio com 2,5 mols de ácido fosfórico. Marque a
alternativa que contenha a massa em gramas do reagente que sobrará após o término da reação, o
reagente limitante e o número de mols do fosfato de sódio formado. Dados: Na=23g/mol O=16g/mol
H=1g/mol P=31g/mol
A) 100g, NaOH e 410 mol.

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B) 7,5g, NaOH e 164 mol.


C) 300g, H3PO4 e 2,5 mol.
D) 100g, H3PO4 e 2,5 mol.
E) 300g, NaOH e 7,5 mol.
Comentários: ao balancear a equação obtemos os seguintes coeficientes estequiométricos.
3 NaOH + 1 H3PO4 → 1 Na3PO4 + 3 H2O
Para resolução desse exercício precisamos encontrar o reagente limitante para podermos
montar as proporções de massas como já sabemos, podemos fazer isso por meio das proporções de
massas entre os regentes.
NaOH
M = 23+16+1 = 40 g/mol
H3PO4
M = (1.3)+31+(16.4) = 98 g/mol

3 NaOH + 1 H3PO4 → 1 Na3PO4 + 3 H2O


3x40 g 98 g
10x40 2,5x98
39 200 29 400
Excesso Limitante
Já descobrimos que o ácido fosfórico H3PO4 é o reagente limitante. Devemos agora calcular a
quantidade de matéria de fosfato de sódio (Na3PO4) formada a partir de 2,5 mols de H3PO4. Por meio
da equação balanceada, percebemos que a proporção entre o (H3PO4) e o produto (Na3PO4) é de
1:1. Isso significa que ao utilizarmos 2,5 de reagente, obteremos 2,5 mols de produto. A massa do
reagente que não reage pode ser calculada da seguinte forma.

3 NaOH + 1 H3PO4 → 1 Na3PO4 + 3 H2O


3 mols______ 1 mol
X______ 2,5 mols
X = 7,5 mols de NaOH que reagiram.

Subtraindo 7,5 mols dos 10 mols de NaOH fornecidos, temos que 2,5 mols dessa substância
estavam em excesso. Podemos finalmente calcular a massa de NaOH correspondentes a 2,5 mols.
1 mol de NaOH _______ 40 g
2,5 mols _______ X
X = 100 g de NaOH
Resposta: letra D

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27. (CESGRANRIO - Técnico de Operação Júnior - Petrobras - 2014) Uma mistura gasosa, constituída
por 112 g de nitrogênio e 16 g de metano, encontra-se em um recipiente de 30 L a uma pressão de
4 atm.
Considerando-se comportamento ideal para os gases, o valor de PCH4 / PN2, isto é, a razão entre as
pressões parciais de CH4 e N2 é
a) 0,25
b) 0,50
c) 1,00
d) 2,00
e) 4,00
Comentários: para resolvermos essa questão de mistura de gases, primeiro temos que determinar
o número de mols das substâncias presentes.
N 2:
28 g de N2 _________________________ 1 mol de N2
112 g de N2 _________________________ X
X= 4 mols de N2

Já a conversão da massa de CH4 para número de mols é simples, pois temos 16 g e a massa
molar é 16 g mol-1, logo, temos 1 mol de CH4. Sabemos que a pressão parcial de um gás é dada por:

n 
Pi   i   Pt
 nt 
Como foi pedido a relação entre a pressão dos dois gases presentes, podemos estruturar a
seguinte equação:

 nCH 4 
PCH 4    Pt
 t 
n
PN 2  nN 2 
   Pt
 t 
n
PCH 4 nCH 4 PCH 4 1
    0,25
PN2 nN 2 PN2 4
Resposta: letra A

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28. (UNESP 2018/2) O cloreto de cobalto(II) anidro, CoCl2, é um sal de cor azul, que pode ser utilizado
como indicador de umidade, pois torna-se rosa em presença de água. Obtém-se esse sal pelo
aquecimento do cloreto de cobalto(II) hexa-hidratado, CoCl2.6H2O, de cor rosa, com liberação de
vapor de água.

A massa de sal anidro obtida pela desidratação completa de 0,1 mol de sal hidratado é,
aproximadamente
A) 11 g.
B) 13 g.
C) 24 g.
D) 130 g.
E) 240 g.
Comentários: sais hidratados apresentem moléculas de água em seu retículo cristalino. Nesse
sentido, 1 mol de cloreto de cobalto(II) hexa-hidratado, CoCl2.6H2O, apresenta os seguintes
componentes:
 1 mol de cátion cobalto II (Co2+);
 1 mol de aânion cloreto (Cl-); e
 6 mols de H2O.
A massa do sal anidro, é a massa do composto iônico sem a massa da água, pois material passou
pelo processo de desidratação, expulsando as moléculas de água do seu retículo cristalino. Dessa
forma, basta calcular a massa contida em 0,1 mol de composto.
CoCl2.6H2O = 238 g/mol  (CoCl2 = 130 g/mol) + (6H2O = 6x18g/mol)
Utilizando apenas a massa do sal anidro (CoCl2, sem moléculas de água), temos:
1 mol de CoCl2 __________________ 130 g
0,1 mol __________________ x
x = 13 g de sal anidro.
Resposta: letra B

29. (UFRR 2018) Sabendo que o CO2 é um dos produtos da reação de combustão de compostos
orgânicos, o número de moléculas de CO2 produzidas quando da combustão de 116g de butano
(C4H10) é aproximadamente:
A) 4,8 x 1024
B) 1,2 x 1024
C) 3,6 x 1024
D) 2,4 x 1024
E) 9,6 x 1024

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Comentários: de início, devemos escrever e balancear a equação de combustão total do butano,


como segue:
2 C4H10 + 13 O2(g) → 8 CO2(g) + 10 H2O(l)
A partir dessa reação, podemos relacionar a massa de butano utilizada na reação com a
quantidade de matéria de CO2 formada. De acordo com a reação, 2 mol de gás butano (C4H10 = 58
g/mol) formam 8 mols de dióxido de carbono. Conforme o esquema abaixo.
2 C4H10 + 13 O2(g) → 8 CO2(g) + 10 H2O(l)
2 mols 8 mols
2 (58 g) 8 mols de CO2(g)
116 g ________ 8 mols de CO2(g)
Por fim, devemos calcular o número de moléculas em 8 mols de CO2, como segue:
1 mol ________ 6x1023 moléculas
8 mols ________ x
x = 4,8x1024 moléculas
Resposta: letra A

30. (CESGRANRIO - Técnico Químico - LIQUIGÁS - 2018) Dada a lista de elementos: silício, alumínio,
rubídio, radônio e escândio, constata-se que há nessa lista
a) dois metais, um semimetal e dois não metais
b) dois metais, um semimetal e dois gases
c) dois elementos representativos, dois metais de transição externa e um lantanídeo
d) três metais, um semimetal e um gás
e) três elementos representativos e dois elementos de transição externa
Comentários:
Letra D: Correta. Geralmente a prova contém uma tabela periódica para que a posição de cada um
dos elementos seja consultada. Assim, podemos observar que o silício se localiza logo abaixo do
carbono, na zona dos semimetais. Enquanto o alumínio é um metal bem conhecido por nós. O
rubídio encontra-se na família 1, onde todos são metais. O radônio encontra-se na família 18 e,
assim, trata-se de um gás nobre. E, por último, o escândio que se localiza na zona dos metais de
transição.
Resumindo: temos três metais (alumínio, rubídio e escândio), um semimetal (silício) e um gás
(radônio).
Letra A, B, C e E: Incorreta. Na verdade, temos três elementos representativos (silício, alumínio e
rubídio), um gás nobre (radônio) e um elemento de transição externa (escândio).
Resposta: letra D

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31. (UERJ 2017/2) Durante a Segunda Guerra Mundial, um cientista dissolveu duas medalhas de
ouro para evitar que fossem confiscadas pelo exército nazista. Posteriormente, o ouro foi
recuperado e as medalhas novamente confeccionadas.
As equações balanceadas a seguir representam os processos de dissolução e de recuperação das
medalhas.
Dissolução
Au (s) +3 HNO3 (aq) + 4 HCl (aq) → HAuCl4 (aq) + 3 H2O (l) + 3 NO2 (g)
Recuperação
3 NaHSO3 (aq) + 2 HAuCl4 (aq) + 3 H2O (l) → 3 NaHSO4 (aq) + 8 HCl (aq) + 2 Au (s)
Admita que foram consumidos 252 g de HNO3 para a completa dissolução das medalhas.
Nesse caso, a massa, de NaHSO3, em gramas, necessária para a recuperação de todo o ouro
corresponde a:
A) 104
B) 126
C) 208
D) 252
Comentários: o exercício apresenta duas reações, uma corresponde ao processo de dissolução do
ouro de medalhas e a outra apresenta o processo de recuperação. Os principais agentes para
dissolução e recuperação do ouro são as substâncias HNO3 e NaHSO3, respectivamente.
Precisamos encontrar a equação global do processo para, a partir das relações
estequiométricas, descobrirmos a massa de NaHSO3, em gramas, necessária para a recuperação de
ouro, quando é utilizado 252 g de HNO3 para dissolução das medalhas.
Para tanto, de início, vamos calcular a massa molar de HNO3 e NaHSO3.
HNO3
M = 1+14+(3x16) = 63 g/mol
NaHSO3
M = 23+1+32+(3x16) = 104 g/mol
Para obtermos a reação global por meio de reações consecutivas (em etapas), devemos
eliminar o intermediário da reação (espécie produzida da primeira etapa e consumida na segunda
etapa). Nesse caso, o intermediário da reação é a espécie HAuCl. Para eliminarmos essa espécie da
equação global, devemos igualar os coeficiente estequiométrico HAuCl nas duas reações. Para tanto,
iremos multiplicar a primeira reação por 2.
Podemos obter a reação global da seguinte forma:

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2 Au (s) + 6 HNO3 (aq) + 8 HCl (aq) → 2 HAuCl4 (aq) + 6 H2O (l) + 6 NO2 (g) Etapa 1 (x2)

3 NaHSO3 (aq) + 2 HAuCl4 (aq) + 3 H2O (l) → 3 NaHSO4 (aq) + 8 HCl (aq) + 2 Au (s) Etapa 2.
3 NaHSO3 (aq) + 6 HNO3 (aq) → 3 NaHSO4 (aq) + 3 H2O (l) + 6 NO2 (g) Reação global

Antes de relacionarmos quantidades de NaHSO3 e HNO3, devemos transformar os da 252 g


de HNO3 utilizados em número de mols, conforme apresentado abaixo:
1 mol HNO3 ________________ 63 g
x ________________ 252 g
x = 4 mols de HNO3
Agora, com base nesse número de mols e na relação fornecida pela equação global, em que
3 mols NaHSO3 reagem com 6 mols de HNO3, podemos estruturar uma regra de três para calcular a
massa de NaHSO3 necessária para recuperação do ouro.
3 mols NaHSO3 __________________ 6 mol HNO3 (aq)
3 x 104g NaHSO3 ________________ 6 mols de HNO3
x ________________ 4 mols
x = 208 g de NaHSO3
Resposta: letra C

Finalizamos aqui nossa aula. Espero que estejam gostando do curso. A seguir, temos a lista de
enunciados de todos os exercícios dessa aula, os quais você poderá utilizar para treinar seus conhecimentos.
Ao final desta aula, apresento os principais pontos do que estudamos hoje. Bons estudos e até o nosso
próximo encontro!
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5- LISTA DE QUESTÕES DA AULA


01. (IF-SP - Professor - Química - IF-SP - 2011) Fósforo branco, que possui fórmula molecular P4,
queima na presença do ar atmosférico para dar o composto A, no qual a porcentagem em massa de
oxigênio é de 56,4%. O espectro de massa fornece a massa de A igual a 284 g.mol -1. Assinale a
alternativa que contém a correta fórmula molecular de A.
Dados: P = 31 g.mol-1; O = 16 g∙mol-1.
a) P2O3
b) P2O7
c) P3O5
d) P4O10
e) P5O10.

02. (COSEAC - Técnico de Laboratório - UFF - 2015) Um composto é formado por 92,32 % de carbono
e 7,68 % de hidrogênio. Nas condições normais de pressão e temperatura, 11,2 litros de seu vapor
pesam 39 g. A fórmula molecular desse composto é:
(Dado C= 12 g.mol-1 e H = 1 g.mol-1)
a) C6H6
b) C6H12
c) C5H10
d) C5H12
e) C4H10

03. (CEPERJ - Operador de Tratamento de Água - CEDAE-RJ - 2012) Uma das reações químicas
observadas no processo de desinfecção com o cloro pode ser demonstrada através da seguinte
equação:
H2S + Cl2 + H2O → H2SO4 + HCℓ
A quantidade mínima de moléculas de cloro para equilibrar essa reação, obedecendo às leis
estequiométricas, é igual a:
a) uma
b) duas
c) três
d) quatro
e) oito

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04. (CESGRANRIO - Operador Sênior - Petroquímica Suape - 2011) A equação abaixo deve ser
balanceada.
KMnO4(aq) + FeCℓ2(aq) + HCℓ(aq) → MnCℓ2(aq) + FeCℓ3(aq) + KCℓ(aq) + H2O(l)
Com base nos coeficientes da equação balanceada, a proporção estequiométrica de reação entre as
espécies KMnO4 e FeCℓ2 é:
a) 1:2
b) 1:3
c) 1:5
d) 2:3
e) 2:5

05. (CESMAC 2018/2) Um recente estudo aponta que refrigerantes do tipo cola aumentam o risco
de osteoporose. Segundo o estudo, o risco está vinculado à presença do ácido fosfórico na
formulação do refrigerante. Uma das formas de obtenção do ácido fosfórico ocorre de acordo com
a reação não balanceada abaixo:
w Ca3(PO4)2(aq) + x H2SO4(aq) → y H3PO4(aq) + z Ca(SO4)(aq)
Se utilizarmos 50 g de Ca3(PO4)2 e ácido sulfúrico em excesso, quantos gramas de ácido fosfórico
podem ser obtidos através dessa reação?
Dados: massas moleculares em g.mol-1: Ca3(PO4)2 = 310; H3PO4 = 98.
A) 31 g
B) 62 g
C) 16 g
D) 8 g
E) 124 g

06. (ENEM 2016) A minimização do tempo e custo de uma reação química, bem como o aumento na
sua taxa de conversão, caracterizam a eficiência de um processo químico. Como consequência,
produtos podem chegar ao consumidor mais baratos. Um dos parâmetros que mede a eficiência de
uma reação química é o seu rendimento molar (R, em %) definido como

em que n corresponde ao número de mols. O metanol pode ser obtido pela reação entre brometo
de metila e hidróxido de sódio, conforme a equação química:

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As massas molares (em g/mol) desses elementos são: H = 1; C = 12; O = 16; Na = 23; Br = 80.
O rendimento molar da reação, em que 32 g de metanol foram obtidos a partir de 142,5 g de
brometo de metila e 80 g de hidróxido de sódio, é mais próximo de
A) 22%.
B) 40%.
C) 50%.
D) 67%.
E) 75%.

07. (ENEM 2014 – PPL) O bisfenol-A é um composto que serve de matéria-prima para a fabricação
de polímeros utilizados em embalagens plásticas de alimentos, em mamadeiras e no revestimento
interno de latas. Esse composto está sendo banido em diversos países, incluindo o Brasil,
principalmente por ser um mimetizador de estrógenos (hormônios) que, atuando como tal no
organismo, pode causar infertilidade na vida adulta. O bisfenol-A (massa molar igual a 228 g/mol) é
preparado pela condensação da propanona (massa molar igual a 58 g/mol) com fenol (massa molar
igual a 94 g/mol), em meio ácido, conforme apresentado na equação química.

PASTORE, M. Anvisa proíbe mamadeiras com bisfenol-A no Brasil. Folha de S.


Paulo, 15 set. 2011 (adaptado).
Considerando que, ao reagir 580 g de propanona com 3 760 g de fenol, obteve-se 1,14 kg de bisfenol-
A, de acordo
com a reação descrita, o rendimento real do processo foi de
A) 0,025%.
B) 0,05%.
C) 12,5%.
D) 25%.
E) 50%.

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08. (CESGRANRIO - Operador Júnior - Petroquímica Suape - 2011) O primeiro explosivo utilizado em
larga escala foi a nitroglicerina. Pela estequiometria da reação representada abaixo, um mol de
nitroglicerina pode gerar quase 300 litros de gás nas condições normais de temperatura e pressão.
C3H5(NO3)3(l) → 7 H2(g) + 3 NO2(g) + 3 CO(g)
Essa reação química é identificada como:
a) dupla-troca
b) simples-troca
c) combustão
d) adição
e) decomposição

09. (UNISINOS 2016)


QUÍMICA É VIDA
Há muitos séculos, o homem começou a estudar os fenômenos químicos. Os alquimistas podiam
buscar a transmutação de metais, enquanto outros buscavam o elixir da longa vida. Mas o fato é
que, ao misturarem extratos de plantas e substâncias retiradas de animais, nossos primeiros
químicos também já estavam procurando encontrar poções que curassem doenças ou que, pelo
menos, aliviassem as dores dos pobres mortais. Com seus experimentos, eles davam início a uma
ciência que amplia constantemente os horizontes do homem. Com o tempo, foram sendo
descobertos novos produtos, novas aplicações, novas substâncias. O homem foi aprendendo a
sintetizar elementos presentes na natureza, a desenvolver novas moléculas, a modificar a
composição de materiais. A química foi se tornando mais e mais importante até ter uma presença
tão grande em nosso dia a dia, que nós nem nos damos mais conta do que é ou não é química. O
que sabemos, no entanto, é que, sem a química, a civilização não teria atingido o atual estágio
científico e tecnológico que permite ao homem sondar as fronteiras do universo, deslocar-se à
velocidade do som, produzir alimentos em pleno deserto, tornar potável a água do mar, desenvolver
medicamentos para doenças antes consideradas incuráveis e multiplicar bens e produtos cujo
acesso era restrito a poucos privilegiados. Tudo isso porque QUÍMICA É VIDA.
Adaptado de <http://abiquim.org.br/.> Acesso em: 04 maio 2016.

Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, que mostra algumas reações do cotidiano:
(1) Al2(SO4)3 + 6 NaOH → 2 Al(OH)3 + 3 Na2SO4
(2) Zn + 2 HCl → ZnCl2 + H2
(3) 2 Mg + O2 → 2 MgO
(4) 2 H2O → 2 H2 + O2
( ) Reação de análise

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( ) Reação de síntese
( ) Reação de simples troca
( ) Reação de dupla troca
A numeração correta, de cima para baixo, é:
A) 1 – 2 – 3 – 4
B) 2 – 1 – 4 – 3
C) 4 – 3 – 2 – 1
D) 3 – 4 – 2 – 1
E) 1 – 2 – 4 – 3

10. (UNISINOS 2015) Assinale a alternativa correta.


A) O magnésio queima com uma chama branca muito intensa, através da reação: Mg + O 2 → MgO2.
B) A reação CaF2 + H2SO4 → CaSO4 + 2 HF é uma reação de dupla troca.
C) Quando uma lâmina de zinco é introduzida numa solução aquosa de Cu SO4, ocorre uma reação de
dupla troca, com formação de sulfato de zinco, que fica na solução, e liberação de cobre metálico,
que se deposita sobre a lâmina.
D) A seguinte reação: NaCl(aq) + AgNO3(aq) → AgCl(s) + NaNO3(aq) é um exemplo de reação de oxidação-
redução.
E) Na natureza, não existe cal virgem (CaO), mas há muito calcário (CaCO 3). A cal virgem é fabricada
por pirólise do calcário, em fornos especiais, através da seguinte reação de adição: CaCO3 Δ CaO +
CO2.

11. (FUNDATEC - Perito Criminal - Química/Eng. Química - IGP-RS - 2017) Qual das seguintes
medidas aumentará o volume de um gás real por quatro vezes?
a) Duplicando a temperatura absoluta, bem como a pressão do gás.
b) Duplicando a pressão absoluta, mas não alterando a temperatura.
c) Reduzindo a pressão para um quarto à temperatura constante.
d) Reduzindo a temperatura para um quarto à pressão constante.
e) Reduzindo a temperatura para metade e dobrando a pressão.

12. (IF-TO - Técnico de Laboratório - Química - IF-TO - 2018) Um técnico do laboratório de Química
do IFTO deseja identificar o conteúdo de um cilindro contendo um gás monoatômico puro. Para isso,
coletou uma amostra do gás e determinou sua densidade (d = 5 g∙L-1), a 27 °C e 1 atm. Assumindo o

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modelo do gás ideal e empregando as informações anteriores, é possível estimar que a massa molar
do gás vale:
Adotar nessa questão: R = 0,082 atm∙L∙mol-1∙K-1; T(K) = 273 + T(°C)
a) 150 g/mol
b) 123 g/mol
c) 82 g/mol
d) 137 g/mol
e) 99 g/mol

13. (CESGRANRIO - Técnico Químico - LIQUIGÁS - 2018) Uma mistura gasosa contém H2 e Ne,
exercendo pressão total de 5 atm, sob condições ideais.
Sabendo-se que a massa de Ne na mistura é 4 vezes maior que a massa de H 2, a pressão parcial do
H2, em atm, teria um valor mais próximo de
Dado M (H2) = 2 g mol-1 M (Ne) = 20 g mol-1 (RT/V) = 1 atm mol-1
a) 2,5
b) 3,6
c) 4,2
d) 5,0
e) 5,8

14. (FCM-PB 2015/2) Uma mistura de 3,0 mol de CO2(g), 3,0.1023 moléculas de CO(g) e 84,0 g de N2(g)
contida em um balão fechado de 0,05 m3 de capacidade se encontra na temperatura de 27oC. Com
relação a este sistema, assinale a alternativa correta.
A) Dentro do recipiente, a pressão parcial do N2 é maior que a do CO2.
B) A pressão parcial do CO(g) na mistura é de 0,12 atm.
C) O número total de mol de gases no sistema é igual a 65.
D) A pressão total da mistura no sistema é 3,2 atm.
E) O número de átomos no sistema é igual 3,9.1024.

15. (UEL 2018) O rompimento da barragem da Samarco em novembro de 2015 em Mariana (MG) é
um dos maiores desastres do século XXI, considerando o volume de rejeitos despejados no meio
ambiente. Pesquisadores apontam que o resíduo sólido da barragem é constituído por Goethita
60%, Hematita (óxido de ferro) 23%, Quartzo (SiO2) 11,0%, Caulinita Al2Si2O5(OH)4 5,9% e alguns
metais, tais como bário, chumbo, crômio, manganês, sódio, cádmio, mercúrio e arsênio.
(Adaptado. Disponível em: . Acesso em: 26 abr 2017.)

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Dados: Massas atômicas de: Fe = 56 u; O = 16 u; Si = 28 u; Al = 27 u; H = 1 u.


Se a Caulinita possui um teor de 21,7% de silício, assinale a alternativa que apresenta, corretamente,
a porcentagem total de silício no resíduo sólido da barragem.
A) 1,1
B) 2,5
C) 3,4
D) 5,0
E) 6,4

16. (CESGRANRIO - Técnico em Regulação de Petróleo e Derivados - ANP - 2016) Considere um gás
ideal que passa por uma transformação durante a qual sua pressão e o volume que ocupa podem
variar, mas sua temperatura é sempre mantida constante. A Lei de Boyle-Mariotte garante que,
nessas circunstâncias, o produto entre a pressão P e o volume V ocupado pelo gás é constante.
Quando o gás considerado ocupa o volume correspondente a 18 mL, a sua pressão é de 3 atm
(atmosferas).
Se a medida do volume ocupado pelo gás for de 2,25ml, então, sua pressão, em atmosferas, medirá
a) 33,75
b) 31,50
c) 24,00
d) 13,50
e) 12,00

17. (FPM 2014) O carbonato de cálcio é um agente muito usado como antiácido e como suplemento
de cálcio ao organismo. Como fontes desse sólido, temos as conchas de moluscos e o esqueleto de
corais, por exemplo, além de ser encontrado no giz usado em sala de aula. Se aquecido a altas
temperaturas, o carbonato de cálcio se decompõe, ou sofre um processo de calcinação, produzindo
cal virgem.
O(s) produto(s) da reação de decomposição térmica do carbonato de cálcio é(são):
A) CaCO3
B) Ca(HCO3)2
C) CaO + CO2(g)
D) Ca(OH)2 + CO2
E) CaCl2(aq) + CO2(g) + H2O(l)

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18. (UFMT - Técnico de laboratório - Química - UFSBA - 2017) O volume molar dos gases a 25 °C e 1
atm é igual a 24,5 L. Nessas condições de pressão e temperatura, o volume ocupado, em litros, por
168 g de gás ozônio (O₃) será:
Dado: Massa molar do O3 = 48 g/mol
a) 128,6.
b) 85,00.
c) 128.
d) 85,75.

19. (UNISC 2012) Assinale a reação que pode ser classificada, simultaneamente, como de
deslocamento e de oxi-redução.
A) CaCO3 → CaO + CO2
B) Zn + NiSO4 → Ni + ZnSO4
C) 2 SO2 + O2 → 2 SO3
D) 2 Fe(OH)3 + 3 H2SO4 → Fe2(SO4)3 + 6 H2O
E) NaCl + AgNO3 → NaNO3 + AgCl

20. (CESGRANRIO – Operador Jr - PETROQUÍMICA SUAPE - 2011) Um gás ideal é submetido a um


processo térmico no qual recebe calor a volume constante. Nesse processo, a temperatura final do
gás é 3 vezes maior do que a temperatura inicial. Sabendo-se que a pressão inicial do gás é 1,0 atm,
qual a pressão final do gás, em atm, ao final desse processo?
a) 9
b) 6
c) 3
d) 3/2
e) 1/3

21. (ENEM 2015) Para proteger estruturas de aço da corrosão, a indústria utiliza uma técnica
chamada galvanização. Um metal bastante utilizado nesse processo é o zinco, que pode ser obtido
a partir de um minério denominado esfalerita (ZnS), de pureza 75%. Considere que a conversão do
minério em zinco metálico tem rendimento de 80% nesta sequência de equações químicas:
2 ZnS + 3 O2  2 ZnO + 2 SO2
ZnO + CO  Zn + CO2

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Considere as massas molares: ZnS (97 g/mol); O2 (32 g/mol); ZnO (81 g/mol); SO2 (64 g/mol); CO (28
g/mol); CO2 (44 g/mol); e Zn (65 g/mol).
Que valor mais próximo de massa de zinco metálico, em quilogramas, será produzido a partir de 100
kg de esfalerita?
A) 25
B) 33
C) 40
D) 50
E) 54

22. (UERJ - 2017) Um anel contém 15 gramas de ouro 16 quilates. Isso significa que o anel contém
10 g de ouro puro e 5 g de uma liga metálica. Sabe-se que o ouro é considerado 18 quilates se há a
proporção de 3 g de ouro puro para 1 g de liga metálica.
Para transformar esse anel de ouro 16 quilates em outro de 18 quilates, é preciso acrescentar a
seguinte quantidade, em gramas, de ouro puro:
A) 6
B) 5
C) 4
D) 3

23. (CESGRANRIO - Profissional de Vendas - Júnior - LIQUIGÁS - 2018) Um gás ideal, inicialmente
em (p0, V0, T0), passa por um processo termodinâmico constituído por duas etapas:
I) uma expansão isobárica até 2V0;
II) uma compressão isotérmica até V0.
Sendo (pf ,Tf), respectivamente, a pressão e a temperatura ao fim do processo acima, podem ser
escritas essas duas grandezas, em função de (p0 ,T0 ), como:
a) (2p0, 2T0)
b) (2p0, T0)
c) (p0, T0)
d) (p0, 2T0)
e) (p0 /2, T0)

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24. (FAGOC-2015) “Após um vazamento de etanol, percebeu‐se que 100 L deste sofreram uma
reação de combustão. Sabe‐se que a reação de combustão do etanol libera gás carbônico e água.”
(Considere que: detanol = 0,789g/cm3; volume molar = 22,4 L, número de Avogadro = 6 x 10 23)
Qual e o volume molar de gás carbônico, aproximadamente, liberado no vazamento?
A) 76832.
B) 76,832.
C) 7683,2.
D) 7,6832 x 102.

25. (CS-UFG - Técnico de Laboratório - Química - UFG - 2017) A análise elementar de um composto
orgânico resultou em 48,63% de carbono, 43,19% de oxigênio e 8,18% de H. Sabendo-se que o peso
molecular desse composto é 222,3 g.mol-1, sua fórmula molecular é:
a) C8H14O7
b) C9H18O6
c) C10H22O5
d) C11H10O5

26. (Unifenas 2019) O fosfato de sódio pode ser produzido pela reação entre soda cáustica e ácido
fosfórico, segundo a equação não balanceada
NaOH + H3PO4 → Na3PO4 + H2O
Considere a mistura de 10 mols de hidróxido de sódio com 2,5 mols de ácido fosfórico. Marque a
alternativa que contenha a massa em gramas do reagente que sobrará após o término da reação, o
reagente limitante e o número de mols do fosfato de sódio formado. Dados: Na=23g/mol O=16g/mol
H=1g/mol P=31g/mol
A) 100g, NaOH e 410 mol.
B) 7,5g, NaOH e 164 mol.
C) 300g, H3PO4 e 2,5 mol.
D) 100g, H3PO4 e 2,5 mol.
E) 300g, NaOH e 7,5 mol.

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27. (CESGRANRIO - Técnico de Operação Júnior - Petrobras - 2014) Uma mistura gasosa, constituída
por 112 g de nitrogênio e 16 g de metano, encontra-se em um recipiente de 30 L a uma pressão de
4 atm.
Considerando-se comportamento ideal para os gases, o valor de PCH4 / PN2, isto é, a razão entre as
pressões parciais de CH4 e N2 é
a) 0,25
b) 0,50
c) 1,00
d) 2,00
e) 4,00

28. (UNESP 2018/2) O cloreto de cobalto(II) anidro, CoCl2, é um sal de cor azul, que pode ser utilizado
como indicador de umidade, pois torna-se rosa em presença de água. Obtém-se esse sal pelo
aquecimento do cloreto de cobalto(II) hexa-hidratado, CoCl2.6H2O, de cor rosa, com liberação de
vapor de água.

A massa de sal anidro obtida pela desidratação completa de 0,1 mol de sal hidratado é,
aproximadamente
A) 11 g.
B) 13 g.
C) 24 g.
D) 130 g.
E) 240 g.

29. (UFRR 2018) Sabendo que o CO2 é um dos produtos da reação de combustão de compostos
orgânicos, o número de moléculas de CO2 produzidas quando da combustão de 116g de butano
(C4H10) é aproximadamente:
A) 4,8 x 1024
B) 1,2 x 1024
C) 3,6 x 1024
D) 2,4 x 1024
E) 9,6 x 1024

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30. (CESGRANRIO - Técnico Químico - LIQUIGÁS - 2018) Dada a lista de elementos: silício, alumínio,
rubídio, radônio e escândio, constata-se que há nessa lista
a) dois metais, um semimetal e dois não metais
b) dois metais, um semimetal e dois gases
c) dois elementos representativos, dois metais de transição externa e um lantanídeo
d) três metais, um semimetal e um gás
e) três elementos representativos e dois elementos de transição externa

31. (UERJ 2017/2) Durante a Segunda Guerra Mundial, um cientista dissolveu duas medalhas de
ouro para evitar que fossem confiscadas pelo exército nazista. Posteriormente, o ouro foi
recuperado e as medalhas novamente confeccionadas.
As equações balanceadas a seguir representam os processos de dissolução e de recuperação das
medalhas.
Dissolução
Au (s) +3 HNO3 (aq) + 4 HCl (aq) → HAuCl4 (aq) + 3 H2O (l) + 3 NO2 (g)
Recuperação
3 NaHSO3 (aq) + 2 HAuCl4 (aq) + 3 H2O (l) → 3 NaHSO4 (aq) + 8 HCl (aq) + 2 Au (s)
Admita que foram consumidos 252 g de HNO3 para a completa dissolução das medalhas.
Nesse caso, a massa, de NaHSO3, em gramas, necessária para a recuperação de todo o ouro
corresponde a:
A) 104
B) 126
C) 208
D) 252

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6- PRINCIPAIS PONTOS DA AULA

COMO DETERMINAR A FÓRMULA MOLECULAR

Conceitos prévios:
 Fórmula molecular: corresponde a indicação de quais elementos e quais quantidades de
átomos de cada um desses elementos que compõem a molécula ou composto.
 Fórmula mínima ou empírica: corresponde a indicação de quais elementos compõem a
molécula, representando a proporção de cada um por meio dos menores números inteiros
possíveis.
Ex:

Ácido acético: fórmula molecular C2H4O2 (÷2)  fórmula mínima CH2O


Acetileno: fórmula molecular: C2H2 (÷2)  fórmula mínima: CH

Composição percentual ou composição centesimal: porcentagem em massa de cada


elemento que compõe uma dada substância.

A molécula glicose, por exemplo, é constituída de 40,00% de carbono, 6,67% de hidrogênio


e 53,33% de oxigênio. Essa composição percentual indica que, para cada 100g da substância,
teremos 40g de carbono, 6,67g de hidrogênio e 53,33g de oxigênio.

Estratégia para se determinar a fórmula molecular de uma substância

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BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES QUÍMICAS

Regra do MACHO: o termo MACHO é apenas um macete para você se lembrar que na hora de
balancear os átomos você seguir a seguinte ordem de prioridade: Metal, Ametal, Carbono,
Hidrogênio e Oxigênio.

Método das tentativas. Consiste em quatro etapas:


1. Procure os elementos que aparecem apenas uma vez em cada lado da reação, ou seja, em
apenas um composto do lado esquerdo e em apenas um do lado direito;
2. Caso haja mais de um elemento que respeite a condição do item anterior (1), escolha aquele
de maior atomicidade (subíndices, aqueles número que aparece em baixo do lado direito do
átomo);
3. Uma vez escolhido primeiro elemento, transpor suas atomicidades de um lado para o outro,
utilizando-os como coeficientes estequiométricos;
4. Finalizar o balanceamento dos demais elementos químicos

Quando for pedido, no enunciado do exercício, a soma dos coeficientes estequiométricos. Lembre-
se:

A soma dos coeficientes estequiométricos correspondentes aos menores números


inteiros possíveis, ou seja, não se deve utilizar coeficientes fracionários (“quebrados”).

SISTEMAS GASOSOS

Estado físico Sólido Líquido Gasoso


Forma Fixa Variável Variável
Volume Fixo Fixo Variável
Sem contanto e em
Posição
Em contato em locais fixos Em contato e sem local posições aleatórias
relativa das
do espaço fixo (permite movimento) (partículas em alta
partículas
velocidade no espaço.

3 Fonte: Solids, Liquids, and Gases. Disponível em:


https://chem.libretexts.org/Courses/Sacramento_City_College/SCC%3A_Chem_309_-
_General%2C_Organic_and_Biochemistry_(Bennett)/Chapters/07._States_of_Matter_and_the_Gas_Laws/7.2%3A
_Solids%2C_Liquids%2C_and_Gases. Acesso: 13 jan. 2019.

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Três características importantes dos gases:


 Suas partículas estão muito afastadas;
 Suas partículas estão em constante movimento;
 Os gases se expandem e também podem ser comprimidos.

Conversões importantes:
Pa atm mmHg Torr
101325 1 760 ≌ 760

Kelvin e Celsius Celsius e Fahrenheit


TC TF  32
TK  TC  273 
5 9

1 m3 = 1000 dm3 (decímetro cúbico) = 1000 L (litro)

1 dm3 = 1 L = 1000 cm3 (centímetro cúbico) = 1000 mL

1 cm3 = 1 mL = 1000 μL (microlitro)

Transformações isotérmica e a Lei de Boyle

Em um sistema fechado (aquele que não troca matéria ou massa fixa de gás), no qual a
temperatura é mantida constante (transformação isotérmica), o volume (V) de um gás é
inversamente proporcional à pressão (P). Ou seja, quando um aumenta o outro diminui.

Essa relação pode ser expressa da seguinte forma:

1 k
P ou P
V V

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Transformações isobáricas e a Lei de Charles

Em um sistema fechado (aquele que não troca matéria ou massa fixa de gás), no qual a
pressão é mantida constante, o volume de um gás é diretamente proporcional à
temperatura. Ou seja, quando um aumenta, o outro aumenta proporcionalmente.

V T ou V  kT

Transformação isovolumétrica (iscórica ou isométrica)

Em um sistema fechado (aquele que não troca matéria ou massa fixa de gás), no qual o
volume é mantido constante, a pressão de um gás é diretamente proporcional à
temperatura. Ou seja, quando um aumenta, o outro aumenta proporcionalmente.

P T ou P  kT

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Equação Piviti Povotó

P1  V1 P2  V2

T1 T2
Lei dos gases ideais ou equação de Clapeyron

PV  nRT
m
PV  RT
M
Lei de Dalton ou lei das pressões parciais

A pressão total exercida por uma mistura de gases ideais corresponde à soma das
pressões parciais de cada gás que a compõe.

RT
P  (nA  nB  nB )
V

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7- GABARITO

1 D 17 C

2 A 18 D

3 D 19 B

4 C 20 C

5 A 21 C

6 D 22 B

7 E 23 A

8 E 24 A

9 C 25 B

10 B 26 D

11 C 27 A

12 B 28 B

13 B 29 A

14 D 30 D

15 E 31 C

16 C

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