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Priscila Ferreira de Sales Amaral

Priscila Ferreira de Sales Amaral


DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO GERAL(DFG)

Nepomuceno 2023
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Unidade Nepomuceno
Direção geral
Tássio Spuri Barbosa
Direção adjunta
Luciano dos Reis Fabi
Coordenação do curso técnico integrado em Eletrotécnica
Israel Teodoro Mendes
Coordenação do curso técnico integrado em Mecatrônica
Jader Bosco Gomes
Coordenação do curso técnico integrado em Redes de Computadores
Gualberto Rabay Filho
Coordenação de Assuntos Acadêmicos
Cristhian Flamarion Gomes de Carvalho
Coordenação de Desenvolvimento Estudantil
Ana Flávia Martins da Mata
Projeto Gráfico e Diagramação
Pedro Godoy (CDCOA)
SUMÁRIO
Eixo Temático 1: 8
Noções de Estequiometria

Eixo Temático 2: 10
Fórmulas Químicas

Eixo Temático 3: 13
Cálculos Estequiométricos (Primeira parte)

Eixo Temático 4: 17
Cálculos Estequiométricos (Segunda parte)

Eixo Temático 5: 21
Reações nucleares

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APRESENTAÇÃO
Este material didático-pedagógico foi preparado com a finalidade de dar um
suporte sobre assuntos de Química e que são trabalhados ao longo do quarto
bimestre. Ele consiste de um e-book em formato digital que reúne conteúdos e
listas de exercícios. Ele surgiu da necessidade de adequação dos conteúdos ao
Novo Ensino Médio e na busca de se trabalhar diferentes temáticas sob
perspectivas contextualizadas e interdisciplinares. Para tanto, pensa-se em uma
fusão de conteúdos macroscópicos em uma visão microscópica.
Vale ressaltar que tudo que é proposto pode ser conduzido no ensino presencial
e no EnsinoRemoto Emergencial (ERE).
Espero que este material continue auxiliando a docente e os estudantes da área.
Deixo meu afetuoso abraço e disponibilidade para auxiliar no que for necessário
e sanar possíveis dúvidas que possam surgir ao longo do bimestre.

Cordialmente,
Priscila Ferreira de Sales Amaral
Eixo Temático 1:
Noções de estequiometria
Introdução:
A capoeira é uma manifestação cultural brasileira que envolve música, dança e luta. Ela foi criada pelos
africanos escravizados no Brasil como forma de preservar suas raízes e ancestralidade, bem como de lutar e
resistir à dominação e à escravidão. Em 2014, a prática foi declarada pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), patrimônio imaterial da humanidade e, a partir de 2016, passou a ser
considerada também um esporte, atualmente praticado em diversos países.
A energia requerida para o esforço muscular durante diferentes atividades físicas, como a capoeira, é
obtida pela hidrólise de ATP, uma molécula produzida pelo organismo a partir dos nutrientes dos alimentos.
Você faz ideia de quantas moléculas de ATP são necessárias para que o nosso organismo consiga realizar as
atividades diárias? Ou quantas vezes, em média, uma mesma molécula de ATP é convertida em ADP e esta,
novamente, em ATP? Objetos macroscópicos podem ser contados e, dessa forma, podemos falar, por exemplo, em
cinco moedas, um par de meias ou duas dúzias de bananas.
E contar átomos e moléculas, será possível? O que inviabiliza essa contagem de modo direto é que eles são
extremamente pequenos e isso dificulta visualizar e contar individualmente cada átomo de uma amostra
macroscópica que, por menor que seja, contém um número imenso de moléculas e átomos. Contudo, o trabalho de
diversos cientistas permitiu um meio indireto para realizar essa contagem.
Contar de modo indireto pode ser comparado a ter um grande lote de parafusos, todos de massa idêntica, e
desejar saber quantos há ao todo. Utilizando uma balança esse número pode ser determinado, concorda? Vamos
exemplificar o procedimento.
Digamos que uma fábrica produza parafusos de 5 g cada um. A produção mensal é de 100 kg de parafusos.
Contá-los individualmente até seria possível, mas há um modo bem mais rápido para saber quantos parafusos são
produzidos: 100 kg equivalem a 100.103 g, ou 1.105 g, isto é, 100.000 g (cem mil gramas). Dividindo pela massa de
cada parafuso, 5 g, determinamos a produção mensal: 2. 104, ou 20.000 (vinte mil) parafusos.
Nesta primeira aula, você aprenderá como consultar a tabela periódica para chegar ao valor da massa de
átomos, de moléculas e de íons e como usar medidas de massa para avaliar quantos átomos, moléculas ou íons há em
certa amostra de matéria. Aprenderá também o significado da grandeza quantidade de matéria e a utilidade da
constante de Avogadro.
Texto retirado da coleção adotada pelo CEFET/MG: MODERNA PLUS, Volume 3, página 37.

Fórmulas Químicas
As fórmulas e equações químicas possuem significado quantitativo.
Exemplo de uma fórmula química: H2O (fórmula química) – A molécula dessa substância contém exatamente 2
átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio.
Exemplo de uma equação química: C3H8(g) + 5 O2(g) → 3 CO2(g) + 4 H2O(g).
A combustão de um mol de moléculas de C3H8(g) necessita de 5 mols de moléculas de O2, formando 3 de
CO2(g) e 4 de H2O(g). Neste sentido, é necessário entender alguns conceitos considerados primordiais para o
entendimento dos cálculos estequiométricos.
A) A unidade de massa atômica (u): Na convenção da IUPAC (União Internacional de Química Pura e
Aplicada) realizada em 1961, adotou-se como unidade padrão para massa atômica o equivalente a 1/12 da massa do
isótopo 12 do elemento 12C, sendo considerada a massa de um átomo. Os cientistas escolheram um dos isótopos e
atribuíram a ele o valor 12 (exato) para comparar a massa dos átomos. Exemplo: F=19 u→ Os átomos do elemento
químico flúor tem massa que é 19 vezes maior que 1/12 da massa de um átomo de 12C. Vale ressaltar a notória
diferença entre massa atômica e número de massa, visto que a massa atômica, considera a contribuição dos
elétrons. Por curiosidade, é possível destacar que 1 u corresponde a 1,66x10-24 g.
B) Massa atômica de um elemento químico: Corresponde à massa média de seus átomos. Por conveniência,
essa grandeza é geralmente expressa em unidades de massa atômica.
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Exemplo 1: Consideremos uma amostra de 100 átomos do elemento químico boro (B), no qual há 20 átomos de Be
80 átomos de 11B. A massa media do átomo de boro será de 10,8 u.
35 37
Exemplo 2: Consideremos que o Cl tenha 75% de ocorrência e Cl com 25% de ocorrência. A média ponderada

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será de (0,75x35+ 0,25x37)= 35,5 u.
C) Peso molecular, peso fórmula ou massa molecular: Somatório das massas atômicas de todos os átomos.
Pela IUPAC, o termo mais correto é a massa molecular, pois peso consiste do produto da massa pela aceleração da
gravidade.
Exemplo: MM H2SO4= (2x1 + 1x32 + 4x 16) u = 98 u.
Quando a fórmula química corresponde à igualdade com o símbolo do elemento químico, a massa molecular é
igual à massa atômica.
Exemplo: MM Na= 23 u.
As substâncias iônicas são formadas por redes tridimensionais de íons, não podendo ser falado de moléculas
de NaCl e sim compostos de caráter iônico. É certo também dizer que a fórmula unitária corresponde à fórmula
química da substância. Exemplo: MM NaCl= (23+35,5) u.
D) A grandeza quantidade de matéria (mol) e a constante de Avogadro: Unidade de contagem especial
utilizado para descrever números grandes de átomos e de moléculas. Um mol corresponde à quantidade de matéria
que contém tantos objetos (átomos, moléculas ou o que consideramos) quantos números de átomos em exatamente
12 g de 12C isotopicamente puro.
Por meio de experimentos, foi verificado que 1 mol tem aproximadamente 6,02x10 23 átomos ou moléculas. O
número 6,02x1023 foi definido como o número de Avogadro, devido ao cientista italiano que realizou tal
experimentação.
Exemplos: 1 mol de átomos de 12C= 6,02x1023 átomos de 12
C; 1 mol de moléculas de H2O= 6,02x1023 moléculas de
H2O 1 mol de íons NO3-= 6,02x1023 íons NO3-.
E) Massa molar: É definida como a massa (em gramas) de 1 mol de uma determinada substância. É
numericamente igual à massa molecular, sendo apenas substituída a unidade: “u” por “g/mol”.
Exemplo: NaCl= 23+ 35,5= 58,5 g/mol.
F) Conversões entre massa, mols e número de partículas: Para converter gramas para mols ou vice-versa use a
massa molar. Para converter mols para fórmulas unitárias ou vice-versa, use o número de Avogadro.

APLICANDO CONHECIMENTOS:

Exercícios de Fixação da coleção de livros adotada pelo CEFET/MG- MODERNA PLUS, Capítulo 3, página 42.

1) O silício é utilizado na elaboração de componentes eletrônicos. Calcule quantos átomos há em um cristal de


56 mg de silício.
2) Além do silício, o germânio é outro elemento empregado em eletrônica. Para serem usados em determinados
componentes, cristais de germânio devem conter, para cada bilhão (109) de átomos de germânio, um átomo de
outro elemento químico propositalmente adicionado (chamado dopante). Faça uma estimativa de quantos átomos
dopantes há em um cristal de 73 mg de germânio.
3) O acetileno, C2H2, é um gás usado como combustível em maçaricos para soldar metal. Um serralheiro
comprou um botijão de acetileno, no qual há 13 kg dessa substância. Quantos mols de acetileno esse profissional
comprou? Quantas moléculas de acetileno há nessa quantidade de matéria?
4) Há mais moléculas dentro de um extintor de incêndio que contém 6 kg de CO2 ou de um garrafão de
bebedouro que contém 5 kg de água?

ATIVIDADE COMPLEMENTAR:

Acesse a simulação PhET “ Isótopos e massa atômica”, disponível em:


https://phet.colorado.edu/sims/html/isotopes-and-atomic-mass/latest/isotopes-and-atomic-mass_pt_BR.html
para visualizar em nível molecular os isótopos na natureza.

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Eixo Temático 2:
Fórmulas Químicas
Introdução:
As substâncias químicas são representadas por fórmulas, as quais são indicativos das respectivas
quantidades levando em consideração o número de elementos formadores através da realização de cálculos
matemáticos.
Para tanto, nesta aula serão abordados os seguintes tópicos de ensino:
❑ Fórmula molecular;
❑ Fórmula mínima (empírica);
❑ Fórmula percentual (centesimal);
❑ Passos para determinar a fórmula percentual a partir da fórmula molecular;
❑ Passos para determinar a fórmula mínima a partir da fórmula percentual;
❑ Passos para determinar a fórmula molecular a partir da fórmula percentual.

Fórmula Molecular
É a fórmula que indica o número de átomos de cada elemento em uma molécula da substância.
Exemplos:
1) Fórmula molecular do ozônio: O3. Essa fórmula indica que cada molécula de ozônio é formada por 3 átomos do
elemento oxigênio.
2) Fórmula molecular do ácido sulfúrico: H2SO4. Essa fórmula indica que em uma molécula de ácido sulfúrico
existem 2 átomos do elemento hidrogênio, 1 átomo do elemento enxofre e 4 átomos do elemento oxigênio.
3) Fórmula molecular do iso-octano: C8H18. De acordo com a representação, cada molécula de iso-octano apresenta
8 átomos do elemento carbono e 18 átomos do elemento hidrogênio.

Fórmula Mínima (empírica):


É a fórmula que indica a menor proporção entre o número de átomos de cada elemento formador da
substância. A fórmula mínima pode ser obtida pela simplificação dos índices encontrados na fórmula molecular:

A fórmula mínima em alguns casos é igual à fórmula molecular. Há casos em que há diversas substâncias com
a mesma fórmula mínima e diferentes fórmulas moleculares:

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Fórmula percentual (centesimal):
Indica as porcentagens, em massa, de cada elemento constituinte da substância.
Exemplo: Fórmula centesimal do metano = C75%H25%. Essa fórmula indica que, em cada 100 g de metano, temos 75 g
de C e 25 g de H. Em outras palavras, a contribuição percentual, em massa, de C e de H, para a formação da massa
molar do metano, é igual a 75% e a 25%, respectivamente.

Passos para determinar a fórmula percentual a partir da fórmula molecular:


Determinar a massa molar da substância;
Calcular o percentual em massa de cada elemento, a partir da expressão:

Exemplo: Determine a fórmula percentual do ácido sulfúrico (H2SO4)


Determinar a massa molar: 2*1+ 1*32+ 4*16= 98 g mol-1
% de H= (2/98) * 100= 2,04
% de S= (32/98)* 100= 32,65
% de O= (64/98)*100= 65,31

Resposta: H2,04%S32,65%O65,31%

Passos para determinar a fórmula mínima a partir da fórmula percentual:


❖ Obter a massa de cada elemento de acordo com a sua porcentagem;
❖ Definir o número de mols de cada elemento pela razão entre massa e massa molar;
❖ Dividir os resultados obtidos pelo menor valor encontrado (caso não encontre um valor inteiro, o resultado
obtido deve ser multiplicado por um número inteiro de modo a obter o mais próximo do número inteiro).

Exemplo de Fixação: A análise elementar de um composto orgânico identificou a seguinte composição percentual:
52,18% em carbono; 13,04% em hidrogênio e 34,78% de oxigênio. Determinar a fórmula mínima do composto em
questão.

Passos para determinar a fórmula molecular a partir da fórmula percentual:


❖ Obter a massa de cada elemento de acordo com a sua porcentagem;
❖ Definir o número de mols de cada elemento pela razão entre massa e massa molar;
❖ Dividir os resultados obtidos pelo menor valor encontrado (caso não encontre um valor inteiro, o resultado
obtido deve ser multiplicado por um número inteiro de modo a obter o mais próximo do número inteiro).
❖ Determinar a massa molar da fórmula mínima;
❖ Obter o valor de “n”→ número de vezes que a fórmula molecular multiplica a fórmula mínima
(n= MMfórmula molecular/ MMfórmula mínima)

Exemplo de Fixação: A limonina é uma substância de massa molecular 470 u. Ela está presente em alguns frutos
cítricos e é também responsável pelo sabor amargo desses frutos. Sabendo-se que sua fórmula centesimal é C
(66,38%), H (6,38%), O (27,23%), determine a sua fórmula molecular.

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Retirar os dados:
470 u→ Massa molar da fórmula molecular
Fórmula percentual: C66,38%H6,38%O27,23%

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Eixo Temático 3:
Cálculos estequiométricos
(Primeira parte):
Introdução:
Na panificação tradicional, que emprega fermento biológico, após a mistura dos ingredientes ocorre uma
reação de fermentação que produz dióxido de carbono dentro da massa. São as bolhas formadas por esse gás que
conferem textura porosa ao pão. Quando a massa vai ao forno, o aquecimento provoca a expansão dessas bolhas,
resultando naqueles buraquinhos no interior de um pão.
A levedura conhecida cientificamente como Saccharomyces cerevisiae é um fungo unicelular capaz de obter
energia por meio da respiração na presença de gás oxigênio ou a partir da fermentação na ausência desse gás.
Quando ela se encontra em ambientes onde o gás oxigênio não está presente, realiza a fermentação ao degradar
carboidratos como a glicose, a frutose e a sacarose, por meio de reações químicas que geram a energia necessária
à sua sobrevivência. Essas reações químicas, além de produzirem energia, que é armazenada pelas leveduras na
forma de ATP, levam à produção de etanol (álcool etílico) e gás carbônico. O etanol, produzido na fermentação,
evapora, principalmente enquanto o pão está sendo assado. Após preparar a massa do pão, é necessário aguardar
alguns minutos antes de assá-la, uma vez que na reação há formação de muitas minúsculas bolhas constituídas de
gás carbônico no interior da massa, conferindo-lhe textura porosa. A equação química da transformação do
carboidrato glicose (C6H12O6) em etanol (C2H6O) e dióxido de carbono (CO2) na fermentação alcoólica é:
C6H12O6(aq) → 2C2H6O(aq) + 2CO2(g)
Nessa equação química, o coeficiente da glicose é 1 (que é subentendido quando outro número não é
explicitado), o do etanol é 2 e o do dióxido de carbono também é 2. Esses coeficientes informam que existe uma
proporção: um mol de moléculas de glicose transforma-se em dois mols de moléculas de etanol e dois mols de
moléculas de dióxido de carbono. Não importa quantas moléculas de glicose reajam, o número de moléculas de
etanol produzidas será o dobro e o número de moléculas de dióxido de carbono produzidas também.
Em qualquer amostra macroscópica de substância química molecular, há uma quantidade imensa de moléculas.
Assim, embora os coeficientes informem a proporção entre as moléculas de reagentes e produtos envolvidas na
transformação, é útil considerar que eles também indicam a proporção entre as quantidades em mols, denominada
proporção estequiométrica. Para exemplificar, consideremos que 6·1023 moléculas de glicose (isto é, 1 mol de
glicose) reajam. Como a quantidade de 6·1023 moléculas é 1 mol de moléculas, concluímos que a proporção
estequiométrica dessa reação é: 1 mol de glicose se transforma em 2 mol de etanol e 2 mol de dióxido de carbono.
Vale salientar que por produzir etanol, esse processo também é conhecido como fermentação alcoólica.
Essas leveduras são comercializadas como fermento biológico, que pode ser usado na panificação ou no preparo de
pizzas. Elas também são empregadas em processos industriais que envolvem a obtenção de etanol a partir de
vegetais ricos em carboidratos, como cana-de-açúcar, milho, beterraba, batata, trigo e mandioca.
Quando uma reação química é realizada com quantidades conhecidas de reagentes, é possível prever a
quantidade de produtos que será formada? E, de modo inverso, é possível fazer uma estimativa da quantidade de
reagentes necessária para obter certa quantia de produtos? Como veremos ao longo da aula, a resposta para essas
duas perguntas é sim. A partir das massas atômicas, listadas na tabela periódica, podemos calcular as massas
molares de cada reagente ou produto de uma reação química. Conhecendo essas massas molares e a equação
química do processo, podemos estabelecer relações matemáticas entre as quantidades de reagentes e de produtos
e, com base nelas, fazer previsões. Esse cálculo é denominado estequiometria ou cálculo estequiométrico (do grego
stoikheîon, “princípio”, e métron, “medida”) e é o tema desta aula.
Texto retirado da coleção adotada pelo CEFET/MG: MODERNA PLUS, Volume 3, páginas 70 e 71.
Sendo assim, em suma, o cálculo estequiométrico consiste de uma operação que permite calcular a massa, a
quantidade de matéria e volume das substâncias envolvidas em uma reação química, levando em consideração a
proporção das mesmas que é obtida por meio dos coeficientes estequiométricos da reação química.
OBSERVAÇÃO: A base de se realizar esses cálculos consiste em estabelecer uma regra de três simples em que na
primeira linha são colocadas as substâncias de acordo com sua proporção na reação química balanceada e na
segunda linha, os dados referentes à substância e a incógnita x para a substância (simples ou composta) que se
quer achar.

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a) Proporção entre as quantidades de matéria: É a proporção estabelecida pelos próprios coeficientes
estequiométricos.
Exemplo 1: Calcule a quantidade de oxigênio (O2), em número de mols, que é formada quando 15 mols de dióxido
de carbono são consumidos na reação de fotossíntese.
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar CO2 e O2: 6 6
15 x
Resposta: x=15 mol de O2

Exemplo 2: Determine a quantidade necessária de dióxido de carbono, em quantidade de matéria, para produzir 5
mol de glicose (C6H12O6):
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar CO2 e C6H12O6: 6 1
x 5
Resposta: x= 30 mol de CO2

B) Proporção entre número de moléculas: Realiza-se o cálculo em termos da quantidade de matéria e depois é
feita a conversão.
Relembrando... 1 mol= 6x1023 u (átomos, moléculas, íons ou elétrons).
Exemplo 1: Calcule o número de moléculas de água consumidas na formação de 10 mol de oxigênio durante a
fotossíntese.
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar moléculas de H2O com mol de O2:
6x (6x1023) moléculas 6
x 10
Resposta: x=6,0x1024 moléculas de H2O

Exemplo 2: Quantas moléculas de dióxido de carbono são consumidas na formação de 18x10 23 moléculas de
glicose?
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar moléculas de dióxido de carbono e moléculas de glicose:
6x(6x1023) moléculas 1x(6x1023) moléculas
x 18x1023 moléculas
Resposta: x=108x10 moléculas x=1,08x1025 moléculas
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C) Proporção entre massa e quantidade de matéria: Conversão baseada nas massas molares.
Exemplo 1: Determine a massa de dióxido de carbono, em gramas, consumidas quando são formados 20 mol de
glicose.
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar massa de dióxido de carbono e número de mol de glicose:
6x (44) g 1 mol
x 20 mol
Resposta: x= 5280 g de dióxido de carbono

D) Proporção entre volumes de gases e quantidade de matéria:


1 mol -- Ocupa o volume de 25 L (CATP) -- 22,4 L (CNTP)
Exemplo 1: Calcule o volume de CO2 consumido nas CNTP, em litros, na formação de 5 mol de glicose.
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)

Relacionar volume de dióxido de carbono e número de mol de glicose:


6x (22,4) L 1
x 5
Resposta: x=672 L de CO2(g)

NA HORA DO ENEM

(ENEM-2010) O flúor é usado na forma ampla na prevenção de cáries. Para reagir com a hidroxiapatita
[Ca10(PO4)6(OH)2] presente nos esmaltes dos dentes, o flúor forma a fluorapatita [Ca 10(PO4)6F2], um mineral mais
resistente ao ataque ácido decorrente da ação de bactérias específicas presentes nos açúcares das placas que
aderem aos dentes.
Disponível em: http://www.odontologia.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).
A reação de dissolução de hidroxiapatita é:
[Ca10(PO4)6(OH)2](s) + 8H+(aq) → 10 Ca2+(aq) + 6HPO42-(aq) + 2 H2O(l)

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Dados: Massas molares em g/mol- [Ca10(PO4)6(OH)2]= 1004; HPO42-=96; Ca=40.
Supondo-se que o esmalte dentário seja constituído exclusivamente por hidroxiapatita, o ataque ácido que dissolve
completamente 1 mg desse material ocasiona a formação de, aproximadamente:
a) 0,14 mg de íons totais
b) 0,40 mg de íons totais
c) 0,58 mg de íons totais
d) 0,97 mg de íons totais
e) 1,01 mg de íons totais

Resolver os exercícios de 1 a 5 (volume 3) da página 73.

APLICANDO CONHECIMENTOS

1. O ácido fosfórico, H3PO4, empregado em alguns procedimentos odontológicos, pode ser produzido por meio
da reação entre ácido sulfúrico, H2SO4, e fosfato de cálcio, Ca3(PO4)2 (proveniente da rocha apatita), de acordo com
a reação assim equacionada:
3H2SO4(aq) + Ca3(PO4)2(aq) → 2H3PO4(aq) + 3CaSO4(s)
a) Que quantidades (em mol) de ácido sulfúrico e de fosfato de cálcio são necessárias para produzir 10 mol de
ácido fosfórico?
b) O sulfato de cálcio, CaSO4, outro produto da reação, é usado para fazer gesso, massa corrida e giz escolar.
Quantos mols de sulfato de cálcio são produzidos juntamente com 10 mol do ácido fosfórico?

2) A amônia, NH3, é um importante insumo para as indústrias químicas, sendo matéria-prima para a produção
de plásticos, fibras têxteis, corantes, ração para gado, fármacos, produtos de limpeza e espuma para colchões e
travesseiros. Determinada indústria de amônia produz 8,5 t diárias dessa substância, por meio da reação assim
equacionada:
N2(g) + 3H2 (g) → 2NH3(g)
a) Quantos mols de NH3 são produzidos por dia?
b) Estabeleça a proporção estequiométrica entre as quantidades (em mol) de reagentes e produto e utilize-a
para determinar as quantidades de reagentes utilizadas diariamente.

3) Um caminhão-tanque capotou na estrada, derramando nela 4,9 t de ácido sulfúrico, H2SO4. Os técnicos do
órgão de saneamento ambiental utilizaram cal viva, CaO, para neutralizar o ácido. Considerando a equação a seguir,
que representa a reação envolvida, determine a massa mínima de cal que deve ser empregada no processo.
CaO(s)+ H2SO4(l) → CaSO4(s)+ H2O(l)

4) O hipoclorito de sódio, NaClO, é uma substância comercializada, em solução aquosa, com o nome de água
sanitária, apresentando propriedades bactericidas e alvejantes. O sal é produzido por meio da reação química de
gás cloro, Cl2, com soda cáustica, NaOH, de acordo com a equação a seguir:
Cl2(g)+ 2NaOH(aq)→ NaCl(aq)+ NaClO(aq)+ H2O(l)
Quais são as massas de gás cloro e soda cáustica necessárias para a obtenção de 1,490 kg de hipoclorito de
sódio?

5) O manganês metálico pode, entre outras aplicações, ser usado para aumentar a resistência do aço, quando
incluído nessa liga. Pode-se obter manganês metálico por meio da reação entre dióxido de manganês, MnO 2
(proveniente do minério pirolusita), e alumínio metálico, segundo a equação:
3MnO2(s)+ 4Al(s)→ 2Al2O3(s)+ 3Mn(s)
Faça uma previsão da massa de MnO2 que precisa reagir para que sejam produzidas 5,0 t de manganês
metálico.

Exercícios retirados da coleção adotada pelo CEFET/MG: MODERNA PLUS, Volume 3, página 73.

Livro de referência:
Moderna plus: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. -- 1. ed. -- São Paulo: Moderna, 2020. Vários
autores. Obra em 6 v. Observação: Para a construção da aula, foi adotado o volume 3.

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
“ CÁLCULOS ESTEQUIOMÉTRICOS NAS RECEITAS”

Proposta de atividade desenvolvida por estudantes que atualmente estão no terceiro ano do Curso Técnico
em Redes de Computadores (PEDRO, A.C.; NETO, D.S.F.; TRINDADE, L.R. de O.; DE OLIVEIRA, M.L.; LOPES,
T.G).

Pão de beijo de frigideira


Ingredientes:
4 colheres de sopa de polvilho azedo;
2 colheres de farinha de arroz;
½ colher de sopa de fermento químico;
Temperos à gosto;
1 colher de sopa de azeite;
8 colheres de sopa de água

Utensílios:
Tigela;
Medidores;
Fuê ou colher;
Frigideira.

Modo de preparo:
Misture os ingredientes secos, exceto o fermento. Após isso, acrescente os ingredientes molhados e mexa bem.
Se precisar, acrescente mais água ou polvilho. Em seguida, coloque o fermento e misture devagar. Depois, despeje
a receita na frigideira, tampe e deixe cozinhar. Vire quando estiver pronto e espere cozinhar o outro lado
também. Pronto, agora é só servir!

PARA FIXAR NA RECEITA

1. Conforme a receita acima e a equação abaixo, calcule a quantidade de receita de pão de beijo (Pb)
formado quando são colocadas 6 colheres de polvilho azedo (Pa).

4Pa + 2Fa + ½ Fq + 1Az + 8Ag ---> Pb


Resposta = 1,5 pães de beijo

2. Quantas colheres de água (Ag) são essenciais para formar 7 receitas de pães de beijo (Pb)?

4Pa + 2Fa + ½ Fq + 1Az + 8Ag ---> Pb


Resposta = 56 colheres de água

3. Quantas moléculas de azeite (Az) são necessárias para formar 5 receitas de pães de beijo (Pb)?
Considere que em cada colher possui 6x1023 moléculas.

4Pa + 2Fa + ½ Fq + 1Az + 8Ag ---> Pb


Resposta = 3 x 1024 moléculas de azeite

4. Calcule a massa da farinha de arroz (Fa) gasta, em gramas, ao produzir 9 receitas de pães de beijo
(Pb). Considere que a farinha de arroz (Fa) possui 14 u.

4Pa + 2Fa + ½ Fq + 1Az + 8Ag ---> Pb


Resposta= 504 gramas de farinha de arroz

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Eixo Temático 4:
Cálculos Estequiométricos
(Segunda Parte)
Introdução:
Em uma indústria sucroalcooleira (que produz açúcar e etanol a partir da cana) de pequeno porte, químicos e
engenheiros estão testando o protótipo em tamanho reduzido de um novo reator (recipiente em que se realizam
reações químicas) para obter etanol. Atualmente, o rendimento da produção de etanol nessa indústria é 48,0%. O
novo equipamento operará em condições distintas das atuais, visando melhorar esse rendimento. A sequência de
reações será a mesma empregada hoje: (1) hidrólise da sacarose existente no caldo de cana (garapa), que produz
glicose e frutose; (2) fermentação alcoólica da glicose; (3) fermentação alcoólica da frutose. Essas reações
ocorrem na presença de enzimas da levedura Saccharomyces cerevisiae e são assim equacionadas:
(1) C12H22O11(aq) + H2O(l) → C6H12O6(aq) + C6H12O6(aq)
Sacarose Glicose Frutose
(2) C6H12O6(aq) → 2C2H6O(aq) + 2CO2(g)
Glicose Etanol
(3) C6H12O6(aq) → 2C2H6O(aq) + 2CO2(g)
Frutose Etanol
As equações (2) e (3) são iguais porque a glicose e a frutose, apesar de serem substâncias diferentes,
têm fórmulas moleculares iguais. Diferentemente das condições ideais consideradas no Item 1, na prática, as
reações químicas são influenciadas por fatores como impurezas dos reagentes, variações dos parâmetros
reacionais (temperatura, agitação etc.) e reações indesejadas.
Em razão dessas influências, o rendimento das reações geralmente não é total, ou seja, é inferior a
100%. No teste, os químicos e engenheiros introduziram no reator 10,0 L de caldo de cana, no qual a concentração
de sacarose é 171 g/L (isto é, em cada litro de solução estão dissolvidos 171 gramas de sacarose). Transcorrido o
tempo necessário para a ocorrência das reações, o etanol produzido foi separado do restante do meio aquoso (que
contém produtos indesejados e sacarose que não reagiu) usando um mesmo equipamento empregado atualmente
pela empresa, que fornece uma mistura contendo 92,0% (em massa) de etanol, sendo o restante água e pequena
porcentagem de outras substâncias. Foram obtidos 550 g da mistura. Como determinar se o rendimento do
processo nesse novo reator é maior que o atual? Vamos discutir como isso é feito, aproveitando para trabalhar
pureza e rendimento.
Texto retirado na íntegra da colecção Moderna Plus, adotada pelo CEFET/MG- Campus Nepomuceno: volume
3, página 74.

REAGENTES QUE CONTÊM IMPUREZAS (PUREZA DOS REAGENTES)


Quando nem toda a massa do material participa da reação desejada, diz-se que o reagente é impuro. Quando
afirmamos que uma amostra contém impurezas, isso não significa necessariamente que ela apresenta sujeiras ou
substâncias tóxicas (embora isso possa acontecer). Significa que a amostra contém, além da substância de
interesse, outras que não são úteis ou não são o foco de atenção imediata. Denominamos pureza de uma amostra o
porcentual de sua massa que corresponde à substância de interesse. No exemplo dado, a pureza do etanol obtido é
92,0%. Podemos determinar a massa obtida de etanol (mobtida) utilizando a massa total da mistura obtida (550 g) e
sua pureza (92,0%), conduzindo a um resultado de 506 gramas.
Texto retirado na íntegra da colecção Moderna Plus, adotada pelo CEFET/MG- Campus Nepomuceno: volume
3, página 74.

Exercícios para exemplo:


1) Podemos determinar, mediante uma regra de três, a quantidade de ar necessária para obter 6,1.106 L de gás
nitrogênio. Esse volume representa 78% do volume do ar necessário. Qual será o volume de toda a amostra?

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Resolução:
Volume ----- Porcentagem
6,1.106 ------ 78%
x -------- 100%
Resposta: x= 7,8.106 L

2) A reação de obtenção de alumínio através da eletrólise é representada pela equação:


2 Al2O3(s) → 4 Al(s) + 3O2(g)
Considerando que apenas 50% da massa de bauxita corresponde ao óxido de alumínio, pede-se a massa do minério,
em kg, necessária à obtenção de 1,35 kg de alumínio metálico. Dados: Massas molares (g/mol) = Al=27; O=16
Resposta: 5,10 kg

RENDIMENTO DE REAÇÃO
Vamos agora determinar a massa de etanol que seria teoricamente obtida se a reação tivesse rendimento
total (100%), ou seja, caso se completasse sem que reações concorrentes tenham também consumido a sacarose e
sem que quaisquer fatores tenham impedido o processo de prosseguir até que toda a sacarose se transformasse
em etanol e dióxido de carbono. Conforme será visto em sala de aula, a reação apresenta um rendimento de 55%.
Esse resultado revela que o protótipo em pequena escala do novo reator tem rendimento (55,0%) maior que o atual
(48,0%). Se, ao implementar esse protótipo em tamanho real, os químicos e engenheiros químicos conseguirem
fazer com que o processo no novo reator reproduza esse rendimento mais elevado, a mudança terá um impacto
positivo na produção de etanol dessa indústria.
Assim como nessa reação, na prática, em muitas reações químicas, os reagentes não são totalmente
transformados em produtos, ou seja, tais reações não apresentam rendimento 100%. Há vários motivos possíveis
para o rendimento de uma reação não ser total. Um dos mais importantes é o fato de as reações tenderem à
situação de equilíbrio químico. Quando se diz que o rendimento de uma reação é 55%, significa relatar que apenas
55% da quantidade que se esperava obter é de fato obtida na prática.
Em resumo, podemos relatar que um rendimento reacional de 100% representa um processo que ocorre sem
reações concorrentes e sem que quaisquer fatores impeçam o processo de prosseguir até que os reagentes se
convertam em produtos. Para a realização dos cálculos considera-se o resultado teórico como o máximo que
poderia ser obtido se as condições experimentais permitissem rendimento total e o resultado experimental é
denominado rendimento do processo.

Exercícios para exemplos:

1) O cromo é um metal empregado, entre outras finalidades, na produção de aço inox e no revestimento
(cromação) de algumas peças metálicas. Esse metal é produzido por meio de uma reação que pode ser assim
equacionada:
Cr2O3(s) + 2 Al(s) → 2 Cr(s) + Al2O3(s)
Numa indústria metalúrgica que produz cromo, esse processo ocorre com rendimento de 75%. Quantos mols de
cromo metálico podem ser obtidos a partir de 50 mols de trióxido de dicromo e 100 mol de alumínio?
Resposta: 75 mol

2) (ENEM) Fator de emissão (carbon footprint) é um termo utilizado para expressar a quantidade de gases que
contribuem para o aquecimento global, emitidos por uma fonte ou processo industrial específico. Pode se pensar na
quantidade de gases emitidos por uma indústria, uma cidade ou mesmo por uma pessoa. Para o gás CO 2, a relação
pode ser escrita:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑂2 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑂2 =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
O termo “quantidade de material” pode ser, por exemplo, a massa de material produzido em uma indústria
ou a quantidade de gasolina consumida por um carro em um determinado período. No caso da produção do cimento,
o primeiro passo é a obtenção do óxido de cálcio, a partir do aquecimento do calcário a altas temperaturas, de
acordo com a reação: CaCO3(s) → CaO(s)+ CO2(g). Uma vez processada essa reação, outros compostos inorgânicos são
adicionados ao óxido de cálcio, tendo o cimento formado 62% de CaO em sua composição.
Dados: Massas molares em g/mol: CO2= 44; CaCO3= 100; CaO=56.
Considerando as informações apresentadas no texto, qual é, aproximadamente, o fator de emissão de CO 2
quando 1 tonelada de cimento for produzida, levando se em consideração apenas a etapa de obtenção do óxido de
cálcio?
a) 4,9x10-4
b) 7,9x10-4

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c) 3,8x10-1
d) 4,9x10-1
e) 7,9x10-1

3) (ENEM-2015) O cobre presente nos fios elétricos e instrumentos musicais é obtido a partir da ustulação do
minério calcosita (Cu2S). Durante esse processo, ocorre o aquecimento desse sulfeto na presença de oxigênio, de
forma que o cobre fique “livre” e o enxofre se combine com o O2 produzindo SO2, conforme a equação química:


Cu2S(aq) + O2(g) → 2 Cu(l) + SO2(g)
As massas molares dos elementos Cu e S são, respectivamente, iguais a 63,5 g/mol e 32 g/mol.
CANTO, E.L. Minerais, minérios, metais: de onde vêm? Para onde vão?
São Paulo: Moderna, 1996 (adaptado).
Considerando que se queira obter 16 mols do metal em uma reação cujo rendimento é de 80%, a massa, em
gramas, do minério necessária para obtenção do cobre é igual a:
a) 955
b) 1018
c) 1590
d) 2035
e) 3180

REAGENTE LIMITANTE E REAGENTE EM EXCESSO

Se as quantidades em mols dos reagentes estiverem presentes exatamente na proporção estequiométrica,


então dizemos que não há excesso de nenhum deles. Contudo, se eles não estiverem presentes nessa proporção,
então um deles estará em excesso. Denomina-se reagente limitante o reagente consumido totalmente em uma
reação química. Após o consumo do reagente limitante não se pode formar mais produto na reação, ou seja, a
reação termina. Denomina-se reagente em excesso o reagente presente em uma quantidade superior à necessária
para reagir com a quantidade presente do reagente limitante.
Passos para se determinar o reagente limitante e o reagente em excesso:
1) Verificar se a equação química está balanceada;
2) Observar a estequiometria da reação;
3) Considerar a quantidade de um dos reagentes para se determinar a do outro reagente;
4) Verificar se o reagente no meio reacional está em uma quantidade superior ou inferior à estipulada no
cálculo estequiométrico:
Se a quantidade disposta no meio reacional é superior à estipulada no cálculo estequiométrico, o reagente
está em excesso.
Se a quantidade disposta no meio reacional é inferior à estipulada no cálculo estequiométrico, o reagente é
limitante.

Exercícios:
1) Suponha a reação entre: N2(g) + 3 H2(g) →NH3(g). Se forem colocados para reagir 10 mol de N2 e 40 mol de H2,
haverá excesso de 10 mol de H2. E, se forem colocados para reagir 20 mol de N2 e 30 mol de H2, haverá excesso
de 10 mol de N2.

2) O silício puro pode ser obtido por meio da reação: SiCl4(l) + 2 Mg(s) → Si(s) + 2 MgCl2(s). Considerando a reação
entre 510 gramas de SiCl4 e 150 gramas de Mg até que o reagente limitante seja totalmente consumido,
determine:
a) Reagente limitante
b) Reagente em excesso
c) Massa de silício formada no processo
d) Massa do reagente em excesso
Respostas: a) SiCl4; b) Mg; c) 84 gramas de silício; d) 6 gramas de magnésio Dados: Massas molares (g/mol):
Si=28; Cl=35,5; Mg= 24)

3) (PAS UFLA 2017) O esmalte dentário contém cristais de hidroxiapatita, um fosfato de cálcio, agrupado em
feixes de forma ordenada. Se o esmalte sofrer descalcificação devido a ácidos da placa bacteriana ou
refrigerantes, a hidroxiapatita desprenderá do esmalte, deixando-o quebradiço. Se flúor for adicionado à boca,
ele se ligará aos cristais, transformando-se em fluoropatita. Considere a reação completa entre 252 gramas de
fluoropatita [Ca5(PO4)3F] e 256 gramas de ácido sulfúrico [H2SO4], conforme a equação a seguir:
Ca5(PO4)3F + 5 H2SO4 → 3HPO4 + 5 CaSO4 + HF
A massa aproximada do reagente em excesso na reação será:

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a) 11 g
b) 49 g
c) 245 g
d) 207 g

ATIVIDADE COMPLEMENTAR:

Acesse a simulação PhET “ Reagentes, produtos e excesso”, disponível em:


https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/reactants-products-and-leftovers para visualizar em nível
molecular e no cotidiano os contéudos descritos na aula.

20
Eixo Temático 5:
Fenômenos Nucleares
Introdução:

Reações de Transmutação:
Tipos de Reações Nucleares:

Estabilidade Nuclear:

22
Observação:
Em alguns casos, o número
de prótons e de nêutrons é
tão alto que a força de ligação
nuclear não é suficiente para
mantê-los unidos. Nesses
casos, ocorre emissão alfa
para diminuir tanto o número QUÍMICA, volume 06. Editora; Bernoulli.
de nêutrons como o de Frente B. Capítulo 12.

prótons.
24
26
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R.; FERRARO, N.G.; PENTEADO, P.C.M.; TORRES, C.M.A.; SOARES, J.;
DO CANTO, E.L.; LEITE, L.C.C. O conhecimento científico. Moderna Plus: Ciências da natureza e suas
tecnologias. 1ª ed. Obra em 6 volumes. São Paulo: Moderna, 2020.

BROWN, T.L.; Jr., H.E.L.; Bursten, B.E.; Murphy, C.J.; Woodward, P.M.; Stolzfus, M.W. Química: A
ciência central. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 13 ed., 2016.

LISBOA, J. C. F. et al. (2016). Ser protagonista, 2º ano: ensino médio, 3ª ed., São Paulo: Edições SM.

LISBOA, J. C. F. et al. (2016). Ser protagonista, 1º ano: ensino médio, 3ª ed., São Paulo: Edições SM.

Moderna plus: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. -- 1. ed. -- São Paulo: Moderna, 2020. Vários autores.
Obra em 6 v. Observação: Para a construção da aula, foi adotado o volume 3.

SIMULAÇÃO PhET “Isótopos e massa atômica”. Disponível em:


https://phet.colorado.edu/sims/html/isotopes-and-atomic-mass/latest/isotopes-and-atomic-mass_pt_BR.html.
Acesso em: 11 fev. 2023.

SIMULAÇÃO PhET “ Reagentes, produtos e excesso”. Disponível em:


https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/reactants-products-and-leftovers. Acesso em: 11 fev.
2023.

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