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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS DE IMPERATRIZ – CCIM

CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

DISCIPLINA: QUÍMICA EXPERIMENTAL I

DOCENTE: PROF. ALAN BEZERRA

ALINE CRISTINE DA SILVA CUNHA

PRÁTICA 5: REAÇÃO DE OXIRREDUÇÃO

IMPERATRIZ – MA

2022
ALINE CRISTINE DA SILVA CUNHA

PRÁTICA 5: REAÇÃO DE OXIRREDUÇÃO

Relatório apresentado à disciplina de


Química Experimental I do curso de
Engenharia de Alimentos – UFMA, como
requisito parcial para obtenção de nota.

Orientador: Prof. Alan Bezerra.

IMPERATRIZ – MA

2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4

2 OBJETIVO ............................................................................................................................ 5

3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................. 5

3.1 MATERIAIS ....................................................................................................................... 5

3.2 MÉTODOS .......................................................................................................................... 6

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 6

CONCLUSÃO........................................................................................................................... 7

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 8

ANEXOS ................................................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO
Os termos “oxidação” e “redução” vêm de reações que são conhecidas há séculos. As
civilizações antigas aprenderam a transformar óxidos e sulfetos metálicos em metais, isto é, a
“reduzir” o minério ao metal. A eletroquímica é o estudo das reações químicas nas quais
partículas carregadas (íons ou elétrons) atravessam a interface entre duas fases da matéria,
tipicamente uma fase metálica (o eletrodo) e uma fase líquida de solução condutora, ou
eletrólito.

Os processos de oxidação e redução estão envolvidos no estudo da eletroquímica, onde


as reações químicas ocorrem com o envolvimento de transferência de elétrons de um reagente
para outro. Os dois processos ocorrem simultaneamente e não podem coexistir
independentemente.

A redução ocorre quando um reagente ganha elétrons e vai para um estado de oxidação
mais negativo. Ignorando as cargas, isto é, exemplificando pelo caso geral:

𝐴𝑜𝑥 + 𝑛𝑒 − → 𝐴𝑟𝑒𝑑 (1)

onde, Aox e Ared se referem as formas oxidadas e reduzidas do elemento A, respectivamente.

Inversamente, durante a oxidação, um reagente perde elétrons e vai para um estado de


oxidação mais positivo. O caso geral pode ser representado como

𝐵𝑟𝑒𝑑 → 𝐵𝑜𝑥 + 𝑛𝑒 − (2)

Onde, novamente Box e Bred se referem as formas oxidadas e reduzidas do elemento B,


respectivamente.

Cada expressão geral acima é denominada uma meio reação ou meia célula. Isto é em
reconhecimento de que nenhum dos processos pode ocorrer independentemente. Redução e
oxidação ocorrem concomitantemente, e duas meias reações se combinam para dar uma
oxirredução (dupla redox). Para o caso geral, a oxirredução é dada como:

Meia reação de redução: 𝐴𝑜𝑥 + 𝑛𝑒 − → 𝐴𝑟𝑒𝑑

Meia reação de oxidação: 𝐵𝑟𝑒𝑑 → 𝐵𝑜𝑥 + 𝑛𝑒 −

Reação de oxirredução: 𝐴𝑜𝑥 + 𝐵𝑟𝑒𝑑 ←→ 𝐴𝑟𝑒𝑑 + 𝐵𝑜𝑥


Assim, uma reação de oxirredução envolve a reação de um redutor (Bred) com um
oxidante (Aox). O redutor ou agente redutor é o reagente que perde elétrons e então é oxidado.
O oxidante ou agente oxidante ganha elétrons e então é reduzido.

Os metais, em forma elementar ou reduzida, têm uma maior predisposição em ceder


elétrons (oxidação) para outras espécies químicas que ao recebe-los se reduzem. Por outro lado,
os metais em suas formas catiônicas ou formas já oxidadas, pelo fato de terem cedido elétrons
e ficado com carga positiva, tem mais tendência a receberem elétrons (redução) e atuarem como
agentes oxidantes, ao induzirem que outras espécies químicas se oxidem e cedam elétrons para
eles.

Um exemplo moderno é a redução do óxido de ferro (III) com o monóxido de carbono


para formar o ferro metálico.

Fe2O3(s) perde oxigênio e é reduzido.

𝐹𝑒2 𝑂3 (𝑠) + 3 𝐶𝑂(𝑔) → 2𝐹𝑒(𝑠) + 𝐶𝑂2 (𝑔)

CO é agente de oxidação. Ele ganha oxigênio e é oxidado.

Quando Fe2O3 é reduzido pelo monóxido de carbono, o oxigênio é removido do minério de


ferro e adicionado ao monóxido de carbono, que é “oxidado” pela adição do oxigênio para
formar o dióxido de carbono.

2 OBJETIVO
Observar a formação de cristais de prata através de uma reação de oxirredução entre
uma solução aquosa de nitrato de prata 5% e cobre metálico.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS
• 2 tubos de ensaio;
• Solução aquosa de nitrato de prata AgNO3 5%;
• Fios de cobre não encapado e não esmaltado;
• Becker de 50,00 mL;
• Proveta de 10,00 mL.
3.2 MÉTODOS
Com auxilio de uma proveta foi retirado 5,00 mL da solução de nitrato de prata AgNO3
5% e transferida para um tubo de ensaio. Em seguida foi mergulhado na solução um fio de
cobre em formato de espiral (O procedimento foi realizado nos dois tubos igualmente). Após a
adição do fio de cobre na solução imediatamente foi possível observar o inicio da deposição da
prata sólida sobre o fio de cobre e a mudança de cor da solução se deuo de nitrato que passou
de incolor para azul.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No tubo 1, foi possível observar uma resistência (até certo ponto) do cobre em reagir
com a solução de nitrato de prata, isto pode ter sucedido provavelmente por conta do fio de
cobre que estaria com alguma esmaltação que protegeu o cobre a oxirredução.

Já no tubo 2, ao mergulhar o fio de cobre metálico em uma solução de nitrato de prata,


notamos que, com o passar do tempo, formou-se uma camada cinza sobre o cobre, e a solução,
que inicialmente era incolor, ao passar do tempo tornou-se azul. Isso ocorreu, porque na
equação iônica para a reação de um sal de prata com cobre metálico, os íons Ag+ carregados
positivamente são reduzidos a átomos de prata não carregados quando aceitam elétrons do cobre
metálico.

• O Cu doa elétrons ao Ag+ e é oxidado a Cu2+.


• O Cu é o agente redutor.
𝐶𝑢0 (𝑠) → 𝐶𝑢2+ (𝑎𝑞) + 2𝑒 −

𝐶𝑢0 + 𝐴𝑔+1 𝑁𝑂3 → 𝐶𝑢2+ (𝑁𝑂3 )2 + 𝐴𝑔0

2 𝐴𝑔+ (𝑎𝑞) + 2 𝑒 − → 2 𝐴𝑔0 (𝑠)

• O Ag+ aceita elétrons do Cu e é reduzido a Ag.


• O Ag+ é o agente oxidante.
Imagem 1: formação de cristais de prata.

Fonte: próprio autor, 2022.

CONCLUSÃO
Neste experimente, um fio de cobre foi colocado em sua solução de nitrato de prata,
AgNO3 5%. Com o passar do tempo foi possível observar, a olho nu, o cobre reduzir os íons
Ag+, formando cristais de prata, e o cobre metálico sendo oxidado a íons Cu2+, sendo a
coloração final azul da solução o indicativo da presença de íons cobre (II) em solução. Em
outras palavras, o cobre liberou elétrons ao passar para Cu2+, portanto o metal foi oxidado. O
Ag+ foi o receptor desses elétrons, e sua carga foi reduzida a zero na prata metálica, assim a
prata se tornou a agente que causou a oxidação do cobre metálico, ou seja, a prata atuou como
agente oxidante. Assim, os íons Ag+ presentes na solução, ao sofrerem redução se depositaram-
se em forma de prata metálica sobre o fio de cobre e os íons Cu2+ ficaram em solução, detectado
pelo aparecimento da coloração azul (cor do cobre hidratado) que quanto maior sua intensidade,
maior será a concentração de íons cobre na solução e consequentemente menor será a
concentração de íons de prata na forma aquosa.
REFERÊNCIAS

ARQUIMEDES LAVORENTI. Equilíbrio da oxidação e redução. Professor Associado do


Depto. de Ciências Exatas, ESALQ/USP, Caixa Postal 9, 13418-900 – Piracicaba – SP. E-mail:
alavoren@carpa.ciagri.usp.br – Publicação Destinada ao Ensino de Ciências - Química -
28/3/2002. Disponível em: http://www.esalq.usp.br/lepse/imgs/conteudo_thumb/Equil-brio-
da-oxida--o-e-redu--o.pdf. Acesso em: 27 de nov. de 2022.

KOTZ, C. J. TREICHEL, M. P. TOWNSEND. R. J. TREICHEL, A. D. Química Geral e


Reações Químicas Volume 1. Tradução Noveritis do Brasil; revisores técnicos Eduardo Codaro
e Heloisa Oceiari. 1ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015. 864 p. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5362401/mod_resource/content/1/Material%20guia%203%20redox%20Kotz%206a

%20ed.pdf. Acesso em: 27 de nov. de 2022.

PROJETO LUMINI PESQUISA. Experimento Do Nitrato De Prata. Disponível em:


<http://fap.if.usp.br/~lumini/f_bativ/f2expco/nitrato_sh.htm>. Acesso em: 27 nov. 2022.

RUSSELL, Jonh B. Química geral. 2ª ed. São Paulo: Perarson Makron Books, 1994. Volume
1.

THEODORE L. BROWN, H. EUGENE LeMay Jr., BRUCE E. BURSTEN. Química: A


Ciência Central, 9ª ed. 2005. Disponível em:<
https://archive.org/details/9788587918420/mode/1up?q=redu%C3%A7%C3%A3o>. Acesso
em: 27 de nov. de 2022.
ANEXOS

Imagem 2: Solução AgNO3 5% utilizada.


Fonte: próprio autor,2022.

Imagem 3: Quadro explicativo da reação dado em aula.


Fonte: próprio autor, 2022.

Imagem 4: Cristais de Ag+


Fonte: próprio autor, 2022.

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