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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL


INSTITUTO DE QUÍMICA E BIOTECNOLOGIA – IQB

LABORATÓRIO DE QUÍMICA INORGÂNICA

Grupo 13: Boro, Alumínio, Gálio, Índio e Tálio

Estephanny do Nascimento Costa


Isaac Rabin Angelo dos Santos

Maceió – AL
2023
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

INSTITUTO DE QUÍMICA E BIOTECNOLOGIA - IQB

LABORATÓRIO DE QUÍMICA INORGÂNICA

Grupo 13: Boro, Alumínio, Gálio, Índio e Tálio

Relatório referente a quarta prática


denominada Grupo 13: Boro, Alumínio,
Gálio, Índio e Tálio, orientada pelo
professor Mário Meneghetti, como requisito
para avaliação na disciplina de Laboratório
de Química Inorgânica.

Maceió – AL

2023
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SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO............................................................................................................................4
2 - OBJETIVOS GERAIS.................................................................................................................5
2.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................................5
3 - MATERIAIS E REAGENTES.....................................................................................................5
4 - METODOLOGIA..........................................................................................................................5
5 – RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................................5
6 - CONCLUSÃO..............................................................................................................................7
7 – BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................7
8 – ANEXOS.......................................................................................................................................7
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1 – INTRODUÇÃO

Os elementos do grupo 13 da tabela periódica que são o boro, alumínio, gálio, índio
e tálio apresentam uma grande variação de abundância na crosta terrestre, nos oceanos
e nas atmosferas (Weller et al.,2017), onde o alumínio entre todos do grupo é o mais
abundante. A baixa abundância dos membros mais pesados do grupo está de acordo com
o decréscimo progressivo na estabilidade nuclear dos elementos.
O boro ocorre na natureza como bórax (Na 2B4O7.10H2O) a partir do qual o
elemento impuro é obtido (Weller et al.,2017)
O alumínio ocorre em vários minerais aluminossilicatos e argilas, mas o mineral
comercialmente mais importante é a bauxita, uma mistura complexa de hidróxido de
alumínio, hidrato e oxido de alumínio. O oxido de gálio ocorre como uma impureza na
bauxita e geralmente é obtido como subproduto da fabricação do alumínio (Weller et
al.,2017) e o índio e tálio ocorrem em quantidades traço em minérios znz e pbs.
Os elementos do grupo 13 possuem diversidade quanto as suas propriedades
químicas, há um aumento no caráter metálico do Boro ao Tálio: o boro é um não metal, o
alumínio é essencialmente metálico, embora seja frequentemente classificado como
metaloide devido a seu caráter anfótero. Gálio, Índio e Tálio são metais. Essa tendencia,
ao descermos no grupo, está associada a predominância da ligação covalente ou iônica e
que pode ser interpretada em termos do aumento do raio atômico e a respectiva
diminuição da energia de ionização, uma vez que a energia de ionização dos elementos
mais pesados são baixas, os metais formam cátions mais facilmente à medida que
descemos no grupo (Weller et al.,2017).
O caráter ácido-base dos hidróxidos dos elementos deste grupo varia também de
acordo com o caráter iônico ou covalente do hidróxido: hidróxidos iônicos comporta-se
como base e hidróxidos covalentes comporta-se como ácidos, por exemplo: H 3BO3 possui
caráter ácido e Ti(OH)3 possui caráter básico.
O sal mais estável do boro é o tetraborato de sódio e quando fundido dissolve
óxidos metálicos formando metaboros os quais são sais que apresentam, em geral,
grande estabilidade térmica. Por exemplo, o óxido de cobalto(II) reage com o bórax
formando o metaboro de sódio e o metaboro de cobalto:
CoO + Na2B4O7 → 2NaBO2 + Co(BO2)2
Muitos metaboros são coloridos e esta propriedade é usada na obtenção de vidros
coloridos, ou as chamadas pérolas de bórax, que são aplicadas na química analítica
qualitativa.
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2 - OBJETIVOS GERAIS
 Estudo dos elementos do grupo 13 da tabela periódica

2.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Observar a reatividade dos compostos formados por elementos deste grupo

 Verificar as propriedades anfóteras do alumínio

 Observar as reações de hidrolise do tetraborato de sódio e de sais de alumínio

 Avaliar as reações do alumínio em meio ácido e básico


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3 - MATERIAIS E REAGENTES
Materiais
1. Béquer
2. Bastão de vidro
3. Papel tornassol
4. Papel alumínio
5. Tubos de ensaio
6. Papel de filtro
7. Espátula
Reagentes
1. Bórax anidro (Tetraborato de sódio)
2. Solução 1M de Nitrato de Mercúrio (Hg(NO 3)2)
3. Solução 6M de HCl
4. Solução 6M de NaOH
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4 - METODOLOGIA

Procedimento 01.
Colocar em um béquer 2 g de bórax anidro (tetraborato de sódio) e 20 ml de água
destilada. Com um bastão de vidro, agitar a solução até a completa dissolução do bórax
(se necessário, aqueça o béquer suavemente). Testar o caráter ácido-base da solução
com papel tornassol e explicar o resultado obtido através de reações químicas.

Procedimento 02.
Remover a camada oxidada de um fio ou um pedaço de alumínio com o auxílio de
uma lixa. Dobrar o alumínio e introduzir o pedaço em um béquer com água. Ocorre
desprendimento de hidrogênio?

Procedimento 03.
03 - 1) Em dois tubos de ensaio colocar 2 ml de solução 6M de HCl. Em seguida e
ao mesmo tempo adicionar a um dos tubos um pedaço de alumínio previamente lixado
(bem lixado!) e ao outro tubo um pedaço de alumínio com a superfície apassivada (não
lixe!). O que se observa?

03 - 2) Adicionar um pedaço de alumínio previamente lixado em um béquer


contendo solução de NaOH 6N. Verificar o que ocorre e escrever a equação da reação

Procedimento 04.
Colocar sobre uma placa de amianto 0,5 g de alumínio metálico em pó misturados
com 1 g de enxofre. Formar um montinho com a mistura e introduzir na mesma uma fita
de magnésio. Em seguida, levar o conjunto para a capela. Na capela, acender a fita de
magnésio com um fósforo. Após a reação, deixar esfriar o produto e, em seguida,
transferi-lo para um béquer pequeno ao qual são adicionados 3 ml de água deionizada.
Sentir o odor do gás que se desprende do béquer. O odor é característico de qual
composto? Escrever a equação da reação de formação do sulfeto de alumínio e de sua
hidrólise.
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5 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em um béquer, o tetraborato de sódio foi solubilizado em água, com o auxílio de


um bastão de vidro e leve aquecimento, representado nas equações a seguir:
Na2B4O7(s) → 2 Na+(aq) + B4O72-(aq)
B4O72-(aq) + 7 H2O(l) ⇌ 4 H3BO3(aq) + 2 OH-(aq)
H3BO3(aq) + OH-(aq) → B(OH)-(aq)
Após a solubilização, foi verificado o caráter ácido-base da solução, por meio do papel de
tornassol neutro, um dos mais antigos e utilizados indicadores ácido-base. Ao introduzir o
papel neutro na solução, instantaneamente, observamos a alteração da cor do papel para
azul, indicando pH básico, em torno de 12.
O tetraborato de sódio, também conhecido como “Bórax”,é um sal fraco e sofre hidrólise,
formando íons, Na+ e B4O72-, cátions de sódio e ânions tetraboratos, respectivamente. Os
ânions tetraboratos reagem com a água e produzem ácido bórico e ânions hidróxidos. O
ácido bórico reage com os ânions hidróxidos e produz um novo ânion, o
tetrahidroxiborato, a formação desse ânion caracteriza o pH em torno de 12 da solução.
O alumínio previamente lixado foi posto em contato com água reage prontamente,
formando hidróxido de alumínio e hidrogênio gasoso, representados a seguir:

2 Al3+(s) + 6 H2O(l) → 2 Al(OH)3(l) + 3 H(g)

A olho nu, não foi observada liberação significativa de hidrogênio gasoso. Essa
reação não acontece com forma assídua porque, ao ter primeiro contato com o oxigênio
gasoso, surge uma camada de óxido de alumínio que dificulta seu contato com a água.
Para que essa reação ocorra de maneira eficiente e constante, é preciso remover a
camada superior do óxido de alumínio e levar o metal novamente à água, evitando que
essa camada volte a se formar e não interrompa o processo de liberação do hidrogênio
durante a reação química.
Durante a reação entre o alumínio e o ácido clorídrico, observamos a liberação de
hidrogênio gasoso e formação de cloreto de alumínio, uma reação extremamente
exotérmica. Ao utilizarmos o alumínio não lixado, tivemos uma reação lenta e que demora
alguns segundos para ser iniciada, diferentemente do alumínio lixado previamente,
quando obtivemos uma reação rápida e que brevemente é encerrada, pois, a superfície
de contato entre os reagentes é maior. Essa reação é expressa a seguir:

2 Al3+(s) + 6 HCl(aq) → 2 AlCl3(aq)+ 3 H2(g)


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Já ao adicionarmos um pedaço de alumínio em uma solução de hidróxido de sódio,


observamos que a reação é prontamente iniciada e, mesmo após alguns minutos, a
reação se estende e continua. Essa reação lenta é expressa a seguir:

Al3+(s) + 3 NaOH(aq) → 3 Na+(aq) + Al(OH)3(aq)

O alumínio, por ser anfótero, comporta-se como base ou ácido, a depender do


meio, pode reagir tanto com um ácido quanto com uma base.
Ao acender uma fita de magnésio sobre uma mistura de alumínio metálico em pó e
enxofre, observamos a queima da fita e combustão da mistura. Após esfriar, o resíduo da
reação foi colocado em um béquer que continha água, e observado um odor forte,
semelhante ao odor de ovo podre. O odor expelido é característico do enxofre.

Al3+(s) + S2-(s) → Al2S3(s)


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6 - CONCLUSÃO

A partir das discussões levantadas acima e dos testes realizados, foi possível
verificar o caráter de reação de compostos formados por elementos do grupo 3. Os
mecanismos de manipulação utilizados nos procedimentos estiveram dentro resultado
esperado. Os conceitos teóricos puderam ser observados na prática a fim de que fossem
compreendidos da melhor forma pelos estudantes envolvidos no processo.
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7 – BIBLIOGRAFIA

https://www.teachengineering.org/activities/view/csu_polymer_lesson01_activity1
https://news.mit.edu/2021/using-aluminum-and-water-to-make-clean-hydrogen-fuel-0812

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