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Faculdade Pitágoras

Engenharia Elétrica - 1º Período

Alunos:
Dario Melo
Deusevaneto Junior Vieira
Elyelson Torres Barbosa
Jaime Lica
Joberth Silva Costa
Jonatas de Sousa Santiago

Relatório de Laboratório
-Teste de Chamas-

São Luís 2014


Introdução

Os laboratórios de Química nas universidades exercem papel fundamental na


aprendizagem acadêmica dos alunos, pois com eles é possível vivenciar experiências nunca
antes vistas na maioria das escolas de ensino fundamental e com este recurso podemos ter
idéia na prática tudo aquilo aprendido na teoria.
Neste trabalho iremos demonstrar experimento realizado no laboratório da
faculdade utilizando métodos simples de teste de chamas em elementos metálicos fim de se
observar as cores por eles irradiadas a partir da elevação da energia calorífica, bem como
identificar suas características. A princípio selecionamos vários tipos de elementos na qual os
inserimos em uma fonte de calor (chama) e observamos o resultado do efeito da elevação de
temperatura dos elementos.
Objetivo

Este relatório tem como objetivo descrever os resultados de experimentos


realizados dentro de um laboratório da faculdade envolvendo diferentes elementos sob
elevação de temperatura de forma a serem observados os resultados obtidos bem como suas
características.

Conceitos
O teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado
em Química para detectar a presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de
emissão característico para cada elemento.
O teste envolve a introdução da amostra em uma chama e a observação
da cor resultante. As amostras geralmente são manuseadas com um fio de platina previamente
limpo com ácido clorídrico para retirar resíduos de análises anteriores.
A temperatura da chama do bico de Bünsen é suficiente para excitar uma
quantidade de elétrons de certos elementos que emitem luz ao retornarem ao estado
fundamental de cor e intensidade, que podem ser detectados com considerável certeza e
sensibilidade através da observação visual da chama.
O teste de chama é rápido e fácil de ser feito, e não requer nenhum
equipamento que não seja encontrado normalmente num laboratório de química. Porém, a
quantidade de elementos detectáveis é pequena e existe uma dificuldade em
detectar concentrações baixas de alguns elementos, enquanto que outros elementos produzem
cores muito fortes que tendem a mascarar sinais mais fracos.
O sódio, que é um componente ou contaminante comum em muitos compostos,
produz uma cor amarela intensa no teste de chama que tende a dominar sobre as outras cores.
Por isso, a cor da chama geralmente é observada através de um vidro de cobalto azul para
filtrar o amarelo produzido pelo sódio e permitir a visualização de cores produzidas por outros
íons metálicos.
O teste de chama apenas fornece informação qualitativa. Dados quantitativos,
sobre a proporção dos elementos na amostra, podem ser obtidos por técnicas relacionadas a
fotometria de chama ou espectroscopia de emissão.

Fonte: Wikipédia
Materiais

Para o experimento realizado no laboratório, foram utilizados os seguintes materiais:


1. 1-Becker
2. 1-Espátula
3. 1-Bastão de vidro
4. 1-Bico de Bunsen
5. 1-Isqueiro
6. Cloreto de sódio
7. Cloreto de cálcio
8. Sulfato de cobre
9. Cloreto de cobre
10. Cloreto de potássio
11. Magnésio metálico

A seguir conheceremos as características de material utilizado no experimento:


1 – Becker

É um recipiente simples utilizado em laboratório. Os béqueres são geralmente


de formato cilíndrico com fundo reto e um bico em sua parte superior. Eles são graduados,
oferecendo medidas pouco precisas. Não há um tamanho padrão para esses materiais,
podendo medir volumes bem pequenos, de poucos mililitros, até volumes maiores, com
vários com litros.

2 – Espátula

É um utensílio de extremidade larga e plana geralmente com um cabo de


madeira que é utilizado para mexer e misturar substâncias pastosas e outros materiais. Em
laboratório, é usada para transferir substâncias sólidas, especialmente em pesagens. Pode ser
fabricada em aço inoxidável, madeira, porcelana e plástico de diversos tamanhos e formas.

3 – Bastão de vidro

É um instrumento feito em vidro alcalino, maciço, utilizado em


transportes de líquidos e agitação de soluções. Geralmente usado em conjunto com o béquer.

4 – Bico de Busen

É um dispositivo usado para efetuar aquecimento


de soluções em laboratório. Este queimador, muito usado no laboratório, é formado por um
tubo com orifícios laterais, na base, por onde entra o ar, o qual se vai misturar com o gás que
entra através do tubo de borracha. O bico de Bunsen queima em segurança um fluxo contínuo
de gás sem haver o risco da chama se propagar pelo tubo até o depósito de gás que o alimenta.
Normalmente o bico de Bunsen queima gás natural, ou alternativamente um GPL, tal
como propano ou butano, ou uma mistura de ambos. (O gás natural é
basicamente metano com uma reduzida quantidade de propano e butano).

5 – Isqueiro

É um dispositivo utilizado para gerar fogo, ou seja, ignição. Com


uma roldana de metal rugoso, roda sobre uma pedra, pressionada contra a roldana por meio de
uma mola, para gerar faísca. Com o polegar, num movimento rápido, o utilizador aciona a
roldana contra a pedra, deixando cair o dedo sobre uma válvula de gás propano, criando a
chama.
6 – Cloreto de sódio

O cloreto de sódio,geralmente conhecido como sal ou sal de cozinha, é


uma substância largamente utilizada, formada na proporção de um átomo de cloro para cada
átomo de sódio. A sua fórmula química é NaCl. O sal é essencial para a vida animal e é
também um importante conservante de alimentos e um popular tempero. O sal é produzido em
diversas formas: sal não refinado (como o sal marinho), sal refinado (sal de cozinha), e sal
iodado. É um sólido cristalino e branco nas condições normais. Cloreto de sódio e íons são os
dois principais componentes do sal.

7 – Cloreto de cálcio

É um composto químico formado por cálcio e cloro CaCL2. É


extremamente solúvel em água. É um sal que se apresenta no estado sólido à temperatura
ambiente e comporta-se como um típico haleto iônico. Tem muitas aplicações comuns como
em salmoura para máquinas de refrigeração, controle de pó e gelo nas estradas, em queijo e
no cimento. Pode ser produzido diretamente a partir da pedra calcária, mas grandes
quantidades são também produzidas como produto do processo Solvay. Por causa de sua
natureza higroscópica, deve ser mantido em contêineres bem selados.

8 – Sulfato de cobre

É um composto químico cuja fórmula molecular CuSO4.


Este sal existe sob algumas formas, que se diferem por seu grau de hidratação. Na sua
forma anidra ele se apresenta como um pó de coloração verde opaca ou cinzento, enquanto na
sua forma penta-hidratada (CuSO4.5H2O), a forma no qual é mais encontrado, ele é azul
brilhante. A forma anidra ocorre sob a forma de um mineral raro chamado de calcocianita. A
forma hidratada ocorre na natureza como calcantita (penta-hidratado).

9 – Cloreto de cobre

É um composto químico inorgânico de fórmula CuCl2.


Apresenta-se como um sólido amarelo acastanhado quando anidro e esverdeado
quando hidratado. É utilizado na produção laboratorial do cobre metálico. Pode ser
vulgarmente obtido mergulhando-se cobre metálico em uma solução de ácido clorídrico e
peróxido de hidrogênio (para oxidar o cobre).

10 – Cloreto de potássio

É um sal metálico e de haleto formado pelo cloreto e o potássio. O


uso do cloreto de potássio é amplamente difundido no meio médico, como repositor desse
eletrólito no organismo. É usado em infusão venosa a 10% (KCl a 10%), diluído em solução
fisiológica (SF 0,9%) ou em solução glicosada (SG 5%). Pode também ser encontrado na
forma de comprimidos (Slow-K) para o mesmo fim. O cloreto de potássio também é usado
na culinária. Junto com o cloreto de sódio é vendido comercialmente como sal light, com
baixo teor de sódio. A primeira extração comercial deste produto no Brasil foi feita pela
extinta empresa estatal Petromisa nos anos 1970[carece de fontes]. No mundo, mais de 95%
do cloreto de potássio é usado como adubo químico
11-Magnésio metálico

É um elemento químico de símbolo Mg de número atômico 12


(12 prótons e 12 elétrons) com massa atômica 24 u. É um metal alcalino-terroso, pertencente
ao grupo (ou família) 2 (anteriormente chamada IIA), sólido nas condições ambientais. É o
sétimo elemento mais abundante na crosta terrestre, onde constitui cerca de 2% da sua
massa, e o nono no Universo conhecido, no seu todo. Esta abundância do magnésio está
relacionada com o fato de se formar facilmente em super novas através da adição seqüencial
de três núcleos de hélio ao carbono (que é, por sua vez, feito de três núcleos de hélio). A
alta solubilidade dos iões de magnésio na água assegura- lhe a posição como terceiro elemento
mais abundante na água do mar.

É empregado principalmente como elemento de liga com o alumínio. Outros usos


incluem flashes fotográficos,pirotecnia e bombas incendiárias. O magnésio é um metal
alinhado bastante resistente e leve, aproximadamente 30% menos denso que o alumínio.
Possui coloração prateada, perdendo seu brilho quando exposto ao ar, por formar óxido de
magnésio. Quando pulverizado e exposto ao ar se inflama produzindo uma chama branca.
Reage com a água somente se esta estiver em ebulição, formando hidróxido de magnésio e
liberando hidrogênio.
Método

O experimento envolveu 6 alunos, todos do 1º período de Engenharia Elétrica


do ano de 2014 da Faculdade Pitágoras situada na Av. São Luis Rei de França. Toda a
metodologia foi aplicada e orientada pelo professor, na qual foi utilizada uma fonte de calor
(bico de Bursen) para demonstração da atividade, um bastão maciço de vidro e os elementos
químicos citados na lista de materiais. A visualização se dá a partir da inserção de cada
elemento por vez na chama do bico de Bunsen e assim conseguir distinguir as cores das
chamas geradas por cada elemento.
Temos então ordenadamente os passos seguidos:
1º. Dispor de um isqueiro;
2º. Preparamos a chama de um bico de Bursen de forma que primeiro se acende o fogo do
isqueiro para então abrir levemente a válvula do bico de Bursen, liberando o gás butano, até
que o mesmo entre em ignição;
3º. Chama acesa e ajustada é hora de iniciar os testes através de um bastão de vidro para pegar os
elementos em cada recipiente e inserir na chama, no caso sempre na região mais
quente(redutora) da chama;
4º. O primeiro elemento a ser testado será o cloreto de sódio, assim, sujamos uma das
extremidades do bastão de vidro com o elemento e a inserimos levemente na chama, para
observar qual a cor será gerada;
5º. Em seguida efetuamos a limpeza da ponta do bastão, sujamos a mesma extremidade antes
utilizada, agora no elemento cloreto de cálcio e inserimos na chama;
6º. Após teste e nova limpeza do bastão, momento de sujar então com sulfato de cobre e inserir
na chama;
7º. O mesmo procedimento é realizado agora com o cloreto de cobre, sujamos o bastão e
inserimos na chama;
8º. O próximo elemento será o cloreto de potássio, sujamos o bastão e inserimos na chama;
9º. Por fim agora sujamos o bastão com magnésio metálico e inserimos na chama.
Resultado e Discussão

Temos como resultado, após o experimento realizado e depois de cada item


adicionado em uma ordem pré estabelecida, observamos que foi gerado uma variedade de
cores para cada elemento químico da lista quando inserida sob temperatura elevada.
Analisamos do por que este evento ocorreu e identificamos que o teste de chama é baseado no
fato de que quando certa quantidade de energia é fornecida a um determinado elemento
químico (no caso da chama, energia em forma de calor), alguns elétrons da última camada de
valência absorvem esta energia passando para um nível de energia mais elevado, produzindo
o que chamamos de estado excitado. Quando um desses elétrons excitados retorna ao estado
fundamental, ele libera a energia recebida anteriormente em forma de radiação. Cada
elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico, pois a quantidade de
energia necessária para excitar um elétron é única para cada elemento. A radiação liberada por
alguns elementos possui comprimento de onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho
humano é capaz de enxergá- las através de cores. Assim, é possível identificar a presença de
certos elementos devido à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa chama.
Depois de concluído o experimento em laboratório e constatado que não houve
um resultado de um único produto, verificamos então em sua ordem de adicionamento na
proveta a densidade de cada elemento como pode ser visualizado na tabela a seguir:
ELEMENTO FÓRMULA COR DA CHAMA
Cloreto de sódio NaCl Laranja
Cloreto de cálcio CaCl2 Vermelho tijolo
Sulfato de cobre CuSO4 Verde
Cloreto de cobre CuCl2 Verde
Cloreto de potássio KCl Violeta
Mg
Magnésio metálico Branco brilhante

Visualização do teste de chamas:

Gás NaCl CaCl2 CuSO4 CuCl2 KCl Mg


O teste de chama foi baseado na teoria atômica de Niels Bohr, quando ela
conseguiu explicar perfeitamente o espectro do átomo de hidrogênio, que a teoria de
Rutherford não conseguia explicar. Para isto, Bohr aceitou o modelo dinâmico de Rutherford
com três postulados.
1- Os elétrons giram ao redor do núcleo em orbitas circulares (modelo de Rutherford), porem
sem emitir energia radiante (estado estacionário).
2- Um átomo emite energia sob a forma de luz somente quando um elétron pula de um orbital
de maior energia para um orbital de menor energia. ΔE = h.f, a energia emitida e igual a
diferença de energia dos dois orbitais envolvidos no salto.
3- As órbitas possíveis são aquelas em que o elétron possui um momento angular múltiplo
inteiro de h/2π. Desta forma, o terceiro postulado nos indica que o elétron não pode estar a
qualquer distancia do núcleo, porém ele fica limitado a poucas órbitas possíveis, as quais são
definidas por um parâmetro denominado numero quântico principal n.
n = 1,2,3,4,5,6,....∞

No modelo atômico de Bohr, notamos que:


1- O modelo atômico de Bohr explica o espectro principal do átomo de hidrogênio e de
átomos hidrogenoides (com apenas um elétron).
2- Permite calcular raios e velocidade para o Hidrogênio e átomos hidrogenoides (com apenas
um elétron).
3- Não explica o espectro fino.
4- Cálculos de raios e velocidade para H e átomos hidrogenoides para valores altos de n e de
Z perdem o significado.
5- Para átomos multieletronicos, as idéias de raio e velocidade perdem o significado.
6- Velocidade descontinua, em pulsos, pacotes ou quanta.
7- Raio descontinuo, em saltos ou pulsos.
Conclusão
Após a aplicação dos conceitos de teste de chamas, conclui- se que a
experiência vivenciada oportunizou a utilização de uma estratégia de ensino diferenciada.
Além disso, ressaltamos que podemos utilizar este processo há vários outros tipos de
elementos existente na natureza e obter inúmeros resultados.
Os alunos se envolveram na atividade proposta e estes contribuíram para a
construção dos conceitos de do teste de chamas baseado no modelo atômico de Niels Bohr,
quando aprova a divisibilidade do átomo a partir da sua mudança de energia, no caso a
térmica. O professor de química da turma envolvida permanece u no laboratório durante todas
as atividades desenvolvidas permitindo assim a nossa capacitação in loco, visto que todo o
manuseio dos materiais e demonstração dos resultados foi aplicado pelo mesmo.
Referências

Introdução Clássica a Química Geral. |por| Luis Alcides Brandini De Boni e Eduardo Goldani. Porto
Alegre, Ed. Tche Química Cons. Educ. LTDA, 2007. 9p.

Teste de chamas. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki

Becker. Espátula. Bastão de vidro. Bico de Bunsen. Isqueiro. Cloreto de sódio. Cloreto de
cálcio. Sulfato de cobre, Cloreto de cobre. Cloreto de potássio. Magnésio metálico. Disponível
em: http://pt.wikipedia.org/wiki

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