QUESTIONÁRIO (Continuação)

Apostila: A Revolução Copernicano-Galileana

Aluno: Ulisses Lima Do Nascimento

Questão 1. Após a leitura do texto da AULA II, responda: com base no problema do
movimento, quais as características da “tradição crítica da racionalidade” entre os
pré-socráticos?
R = A "tradição crítica da racionalidade" entre os pré-socráticos baseia-se no
problema do movimento, ou seja, como explicar o movimento e a mudança na
natureza. Os filósofos pré-socráticos que fazem parte dessa tradição criticam a
visão tradicional da natureza e buscam explicações racionais e naturais para os
fenômenos.

Questão 2. Qual o papel dos atomistas na crítica à teoria de Parmênides?

R = Os filósofos atomistas, como Demócrito e Leucipo, criticaram a teoria de
Parmênides de que a realidade é uma unidade indivisível e eterna. Eles
argumentaram que a realidade é composta de pequenos indivíveis, os átomos, que
são eternos e indestrutíveis, mas que se combinam para formar tudo o que existe. A
partir desta teoria eles explicavam a mudança, a geração e a destruição de tudo o
que existe, negando a noção de que existe uma única realidade eterna e imutável

Questão 3. Descreva os pontos principais da epistemologia de Xenófanes, segundo

K. Popper.
R = Segundo Karl Popper, a epistemologia de Xenófanes, um filósofo pré-socrático,
é caracterizada por três pontos principais:

Crítica às opiniões humanas e aos mitos: Xenófanes criticou a crença popular em

deuses e mitos, argumentando que eles eram criações humanas baseadas em
opiniões e superstições, e não em conhecimento verdadeiro. Ele defendia que a
verdade só pode ser alcançada através do raciocínio e da razão.

Defesa da busca pelo conhecimento verdadeiro: Xenófanes defendia a importância

da busca pelo conhecimento verdadeiro, argumentando que a ignorância é a
principal causa dos erros humanos. Ele acreditava que o conhecimento verdadeiro é
alcançado através da crítica e da autocrítica constantes.

Concepção científica da realidade: Xenófanes defendia uma concepção científica da

realidade, argumentando que a natureza é governada por leis naturais que podem
ser compreendidas através do estudo e da observação. Ele também defendia que a
natureza é composta por elementos simples e indestrutíveis.

Esses três pontos principais da epistemologia de Xenófanes, segundo Popper, são

característicos do pensamento científico, onde a verdade é alcançada através da
crítica, da observação e da razão.
Questão 4. Quais os representantes dos dois sistemas astronômicos na
antiguidade, anteriores a Ptolomeu?
R = Na antiguidade, antes do sistema astronômico de Ptolomeu, haviam dois
sistemas principais que eram amplamente aceitos: o sistema de Ptolomeu e o
sistema de Aristarco de Samos.

O sistema de Ptolomeu, também conhecido como geocentrismo, colocava a Terra

no centro do universo e todos os outros corpos celestes orbitavam ao redor dela.

Já o sistema de Aristarco de Samos, conhecido como heliocentrismo, colocava o

Sol no centro do universo e todos os outros corpos celestes orbitavam ao redor
dele, incluindo a Terra.

Questão 5. Após a leitura do texto da AULA III, responda: em que consiste a

expressão platônica “salvar os fenômenos”?
R = A expressão platônica "salvar os fenômenos" se refere à ideia de que as teorias
científicas devem ser capazes de explicar e prever os fenômenos observados na
natureza, sem se preocupar necessariamente com a verdade ontológica dessas
teorias. Platão argumentava que a verdade ontológica é alcançada através da
contemplação das formas, enquanto que a ciência é responsável por explicar os
fenômenos e fornecer uma descrição precisa da realidade. Então, a expressão
"salvar os fenômenos" significa que as teorias científicas devem ser capazes de
explicar satisfatoriamente os fenômenos observados, mesmo que as teorias não
sejam necessariamente verdadeiras ontologicamente.

Questão 6. Por que a física de Aristóteles não era matematizada e em que consiste
a metábais?
R = A física de Aristóteles não era matematizada porque acreditava que a natureza
era governada por princípios lógicos e causais, e não por leis matemáticas. Ele
acreditava que os objetos tinham uma essência natural e que seu movimento era
determinado por sua essência e por sua posição no universo.

Metábasis é a transição de um estado para outro. Aristóteles acreditava que tudo o

que existe tem uma metábasis, uma transição de um estado para outro e que essa
transição é governada por causas naturais. O movimento, seja natural ou violento, é
uma metábasis de um objeto de um estado para outro, e essa metábasis é
governada por causas naturais. Essa visão de mundo de Aristóteles é muito
diferente da visão matematizada da física moderna, que é baseada em leis
matemáticas precisas e universais.

Questão 7. Após a leitura do texto da AULA IV, responda: como os medievais

latinos interpretaram o sistema astronômico de Ptolomeu?
R = Os medievais latinos interpretaram o sistema astronômico de Ptolomeu como
uma descrição precisa da ordem do universo. Eles acreditavam que o sistema de
Ptolomeu fornecia uma explicação completa e precisa dos movimentos dos planetas
e das estrelas e que era uma descrição precisa da ordem cósmica. Eles também
acreditavam que o sistema de Ptolomeu era uma expressão da sabedoria divina e
que refletia a perfeição e a ordem do universo criado por Deus. A teologia cristã, o
sistema de Ptolomeu foi visto como a descrição precisa da ordem cósmica criada
por Deus, e foi amplamente aceito e utilizado como base para a astronomia e a
cosmologia cristã.

Questão 8. Após a leitura da AULA V, responda: por que a Revolução Copernicana

não se restringiu à história da astronomia?
R = A Revolução Copernicana não se restringiu à história da astronomia, pois ela
teve um impacto significativo em várias áreas do conhecimento e da sociedade.

Questão 9. Quais as características básicas da Revolução Copernicana?

R = A Revolução Copernicana foi marcada por um conjunto de características
básicas, entre elas:

Heliocentrismo: A proposta central da Revolução Copernicana foi o heliocentrismo,

ou seja, a ideia de que o Sol é o centro do universo e que todos os outros corpos
celestes, incluindo a Terra, orbitam ao redor dele.

Mudança de perspectiva: A proposta de Copérnico mudou a forma como as pessoas

pensavam sobre o universo e o lugar da Terra nele, antes disso a Terra era
considerada o centro do universo.

Observações: A proposta de Copérnico foi baseada nas observações que ele fez do
céu, e não em argumentos filosóficos ou teológicos.

Simplificação: O sistema heliocêntrico proposto por Copérnico simplificou a

descrição dos movimentos dos planetas, comparando ao sistema geocêntrico de
Ptolomeu, que era bastante complexo e requeria muitos movimentos fictícios para
explicar os fenômenos observados.

Matematização: O sistema heliocêntrico proposto por Copérnico era

matematicamente simples e preciso, e isso permitiu aos cientistas fazer previsões
precisas dos movimentos dos planetas e outros fenômenos celestes.

Implicações filosóficas e teológicas: A proposta de Copérnico questionou algumas

das crenças filosóficas e teológicas da época, levando a uma reavaliação das
noções de ordem e perfeição no universo.
Mudança no método científico: A Revolução Copernicana marcou o início da
mudança na forma de se fazer ciência, baseado em observações e
experimentações, e não mais em argumentos filosóficos e teológicos.

Questão 10. Qual a importância da obra “Das Revoluções dos Orbes Celestes”
(1543), no contexto da Revolução Copernicana?
R = A obra "Das Revoluções dos Orbes Celestes" (1543), escrita por Nicolau
Copérnico, é considerada um marco importante na história da ciência e um dos
principais textos da Revolução Copernicana. A importância da obra está relacionada
a vários aspectos, alguns deles são:

Proposta do heliocentrismo: A obra apresenta a proposta do sistema heliocêntrico,

no qual o Sol é colocado no centro do universo e todos os outros corpos celestes
orbitam ao redor dele, incluindo a Terra. Isso representou uma mudança radical na
forma como as pessoas pensavam sobre o universo.

Observações e análise matemática: A obra baseia-se nas observações e análise

matemática de Copérnico, o que permitiu que ele desenvolvesse seu sistema de
forma precisa e convincente.

Simplificação: A obra também apresenta uma simplificação significativa dos

movimentos dos planetas, comparando com o sistema geocêntrico de Ptolomeu,
que era bastante complexo e requeria muitos movimentos fictícios para explicar os
fenômenos observados.

Implicações filosóficas e teológicas: A obra de Copérnico questionou algumas das

crenças filosóficas e teológicas da época, levando a uma reavaliação das noções de
ordem e perfeição no universo.

Mudança no método científico: A obra de Copérnico marcou o início da mudança na

forma de se fazer ciência, baseado em observações e experimentações, e não mais
em argumentos filosóficos e teológicos.

Início da Revolução Científica: A obra de Copérnico é considerada como o início da

Revolução Científica, que viu uma mudança radical na forma como a ciência é feita
e na compreensão do mundo natural.

Questão 11. Após a leitura do texto da AULA VI, responda: quais as características
do método científico moderno?
R = As características do método científico moderno são:

Observação: O método científico moderno é baseado na observação, ou seja, a

coleta de dados e informações a partir de experimentos e observações.
Hipótese: A partir das observações, é proposto uma hipótese, que é uma explicação
provisória para os dados coletados.

Experimentação: A hipótese é testada através de experimentos controlados e

repetíveis, para verificar se ela é válida ou não.

Análise de Dados: Os resultados dos experimentos são analisados ​e interpretados

para determinar se a hipótese é aceitável ou não.

Repetibilidade: Os experimentos são repetidos por outros cientistas para verificar se

os resultados são consistentes.

Verificação: A hipótese é verificada através de experimentos e observações, e se

ela não for comprovada, é necessário rejeitá-la ou reformulá-la.

Objectividade: O método científico é imparcial, e busca evitar viés e preconceitos.

Interdisciplinariedade: O método científico moderno é interdisciplinar, ou seja, se

utiliza de diferentes áreas do conhecimento para alcançar um objetivo.

Progresso: O método científico é progressivo, ou seja, as descobertas científicas

são construídas sobre as anteriores, permitindo o avanço do conhecimento.

Questão 12. Quais os dois principais problemas analisados na relação entre Galileu
e o copernicanismo?
R = Os dois principais problemas analisados na relação entre Galileu e o
copernicanismo são a questão científica e a questão religiosa. A questão científica
diz respeito às evidências empíricas e teóricas que Galileo apresentou em apoio à
teoria heliocêntrica de Copérnico, e a questão religiosa diz respeito às crenças
religiosas da época, que colocavam a Terra no centro do universo.

Questão 13. Qual a diferença entre as posturas epistemológicas: instrumentalismo

e realismo?
R = O instrumentalismo é uma postura epistemológica que afirma que as teorias
científicas são instrumentos úteis para explicar e prever fenômenos, mas não
necessariamente refletem a realidade. Isso significa que as teorias científicas são
vistas como ferramentas úteis para entender o mundo, mas não necessariamente
representam a verdade absoluta sobre ele.

Por outro lado, o realismo é uma postura epistemológica que afirma que as teorias
científicas refletem a realidade e que é possível conhecer a verdade objetiva sobre o
mundo. Isso significa que as teorias científicas são vistas como descrições precisas
e precisas da realidade subjacente.
Resumidamente, o instrumentalismo enxerga as teorias científicas como
ferramentas úteis para entender o mundo, mas não necessariamente refletindo a
realidade, enquanto o realismo entende que as teorias científicas representam a
verdade objetiva sobre o mundo.

Questão 14. Em que sentido podemos falar em raízes medievais da ciência

moderna?
R = As raízes medievais da ciência moderna podem ser vistas em vários aspectos,
incluindo a herança intelectual, metodológica e institucional.

Herança intelectual: A ciência moderna tem raízes medievais nas tradições

filosóficas e científicas da Grécia Antiga e da Idade Média. Os filósofos medievais,
como Santo Tomás de Aquino e Roger Bacon, desenvolveram uma sólida base
teórica para a ciência, incluindo a noção de causas formais e finais, a noção de
método científico e a noção de experimentação.

Herança metodológica: A ciência moderna também tem raízes medievais em sua

metodologia. Os métodos de observação, experimentação e dedução lógica
desenvolvidos pelos cientistas medievais, como os alquimistas e os astrônomos,
foram fundamentais para o desenvolvimento da ciência moderna.

Herança institucional: A ciência moderna também tem raízes medievais nas

instituições científicas da Idade Média, como as universidades e as escolas de
medicina. Essas instituições forneceram os meios para a pesquisa científica, a
formação de cientistas e a disseminação do conhecimento científico.

Questão 15. Qual a estratégia de Galileu para compatibilizar copernicanismo e

Sagrada Escritura?
R = Galileo Galilei utilizou uma estratégia chamada "dissimulação" para
compatibilizar o copernicanismo (a teoria heliocêntrica de Copérnico) com a
Sagrada Escritura. Essa estratégia consistia em apresentar as teorias copernicanas
como hipóteses científicas, sem se comprometer com sua verdade absoluta, e
evitando confrontar abertamente com a interpretação tradicional das Escrituras. Ele
argumentava que a Bíblia não se propunha a ser um livro científico e, portanto, não
poderia ser usada para provar ou refutar teorias científicas. Ele também
argumentava que as passagens bíblicas que pareciam contrariar as teorias
copernicanas deveriam ser interpretadas de forma figurativa e não literal. Ele
também se baseou em argumentos científicos, como a observação das fases da lua
e a existência de satélites ao redor de Júpiter, para defender as teorias de
Copérnico.