Você está na página 1de 4

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA


PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
PLANO DE ENSINO
I- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Curso: [ ] Licenciatura [ ] Bacharelado
Modalidade: [ X ] presencial [ ] Semi-Presencial [ ] à Distância
Código: CLF
Turnos: [ ] Matutino [ X ] Vespertino [ X ] Noturno
Unidade Acadêmica:
Semestre: 2020.2
Disciplina: Iniciação ao Pensamento Cientifico Código:
Carga horária:45h
Distribuição da carga horária: [45h ] Aulas teóricas [h] Aulas práticas
Caráter da oferta da disciplina: [ X ] Obrigatória [ ] Optativa [ ] Eletiva
Docente: Luís Carlos Silva de Sousa
II- DADOS ACADÊMICOS
Ementa da disciplina:
A especificidade do conhecimento científico. Introdução ao pensamento histórico-filosófico
relacionado à ciência. Origens do conhecimento, epistemologia e paradigmas científicos. A
barreira científica e a representação do outro. O silenciamento da história e do protagonismo
do Outro: bárbaros, asiáticos, africanos, americanos, Subaltern Studies. Novas episteme da
ciência: visibilidade, problematização e conceitualização em pesquisas interdisciplinares. Do
lusotropicalismo à lusofonia.
Objetivos e conteúdos
Objetivo Geral: O curso apresenta uma
Análise de questões interdisciplinares nos âmbitos discussão sobre a Revolução
da Epistemologia e História da Ciência, acerca da Copernicano-Galileana e suas
Revolução Copernicano-Galileana, em dois raízes na Astronomia e na
aspectos: (1) sobre as raízes antigas e medievais Cosmologia clássicas, de um
da Astronomia, com ênfase na influência de ponto de vista analítico e
Cláudio Ptolomeu (Ptolemaida Hérmia, Egito, ca. histórico. Análise da Revolução
90 d.C.- Canopo, Egito, ca. 168 d. C.) para a Copernicana em Astronomia.
História da Astronomia. (2) Sobre o nascimento Sobre o problema do
da Astronomia Moderna, a partir de Nicolau movimento na cosmologia
Copérnico (1473-1543), e impactos na filosofia medieval e moderna. Análise do
natural e na epistemologia de Galileu Galilei problema da matematização da
(1564-1642). ciência da natureza, na
transição entre a Idade Média
tardia e a Idade Moderna. De
modo especial, pergunta-se pela
continuidade ou
descontinuidade sobre a teoria
astronômica entre o medievo
(sobretudo séc. XIII-XIV) e a
Revolução Científica (XVI-
XVII), com ênfase no modelo
geocêntrico do astrônomo
Cláudio Ptolomeu (nascido no
Egito, África, sob domínio
romano). Análise da obra de
Galileu Galilei sobre os dois
Sistemas de Mundo: ptolomaico
e copernicano.
Objetivos Específicos: 1. Fornecer uma análise
conceitual e histórica sobre o
1. Posturas Epistemológicas. desenvolvimento da noção de
ciência, em particular no que se
2. Sistemas de Mundo. refere à cosmologia e à astronomia.
2. Diferenciar o uso do
3. Astronomia e Cultura: EtnoAstronomia. método em física nas cosmologias
de Aristóteles e Galileu.
3. Considerar a perspectiva
instrumentalista da astronomia
medieval.
4. Considerar a perspectiva
realista (essencialista) de Galileu
em torno de sua recepção do
copernicanismo.
5. Examinar como Galileu
procura compatibilizar o
copernicanismo com as Sagradas
Escrituras.
6. Examinar a contribuição da
Astronomia Afro-Indígena
(EtnoAstronomia).
7. Analisar a importância de
árabes e judeus nas Grandes
Navegações, em especial a
contribuição portuguesa à
astronomia náutica, no período
anterior ao copernicanismo (sécs.
XV e XVI).

Metodologias de Ensino:
Aulas expositivas.
Análise de textos.

Recursos didáticos:
Imagens.
Filmes.

Avaliação da aprendizagem:
Escrita; Oral; Apresentações; Artigo.

Bibliografia da disciplina:
Bibliografia básica:
AFONSO, Germano. Relações Afro-Indígenas. Scientific American Brasil (Edição Especial:
EtnoAstronomia), São Paulo, n. 14, p. 72-79, 2006.
COPÉRNICO, Nicolau. A Revoluções dos Orbes Celestes. Trad. A. Dias Gomes e Gabriel Domingues. 3ª
Ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2014.
GALILEU. Diálogo sobre os Dois Máximos Sistemas do Mundo: ptolomaico & copernicano. São Paulo:
Discurso Editorial, 2004.
_____. Ciência e Fé: Cartas de Galileu Galilei sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia, Ed.
Unesp, São Paulo, 2009.
KUHN, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo, Perspectiva, 2006.
PTOLEMY, Claudius. The Almagest. Translated by R. Catesby Taliaferro. In: Great Books of the
Western World. v. 16. Chicago: Encyclopedia Britannica, Inc., 1952, pp. 1-495.
SOUSA, Luís Carlos Silva de. A Revolução Copernicano-Galileana. Apostila.

Bibliografia Complementar:
BHABHA, Homi K. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.
CHALMERS, Alan .F. O que é Ciência, Afinal? Trad. Raul Fiker. São Paulo: Editora Brasiliense, 1993.
EVANGELISTA, Luiz Roberto. Perspectivas em História da Física: Dos babilônios à síntese
newtoniana, v. 1. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2011.
HOLBROOK, Jarita C.; URAMA, Johnson O.; MEDUPE, R. Thebe (Editors.). African Cultural
Astronomy: Current Archaeoastronomy and Ethnoastronomy Research in Africa. Berlin: Springer, 2008.
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. A Astronomia na Época dos Descobrimentos: A importância
dos árabes e judeus nas descobertas. Rio de Janeiro, RJ: Lacerda Ed., 2000.
_____. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astrofísica. 2ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova
Fronteira, 1995.
KUHN, Thomas. A Revolução Copernicana. Trad. Marília Costa Fontes. Lisboa: Edições 70, 2002.
RUGGLES, Clive L. N (Ed.). Handbook of Archaeoastronomy and Ethnoastronomy. Berlin: Springer,
2015.

Aprovação pelo Colegiado do Curso:

Nº da ata da Reunião: ____/______ Data de Aprovação: _____/______

__________________________________________
Coordenador do Curso
Portaria N°
(Assinatura e carimbo)

Você também pode gostar