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Decodificando

o
Apocalipse
( volume II )

Os sete selos

Anmyr Sutan

1
Indice

1) Processo decodificador ..................................................................................................... 3


2) O Cordeiro da Ciência ....................................................................................................... 6
3) O cavaleiro branco ........................................................................................................... 30

4) O cavaleiro vermelho ...................................................................................................... 34


5) O cavaleiro preto.............................................................................................................. 39

6) O cavaleiro amarelo ......................................................................................................... 44


7) As aparições ...................................................................................................................... 51

8) A queda dos Impérios ..................................................................................................... 56


9) O anjo do sol nascente .................................................................................................... 69

10) O Vaticano e os Judeus ................................................................................................. 77

2
Processo decodificador

Há dois mil anos, na ilha de Patmos, Turquia, São João recebeu uma série de
revelações que se transformariam em um dos livros mais estudados e temidos de toda
a história da humanidade: “Apocalipse”. O título carrega em si o peso da catástrofe,
porque lembra o pavoroso, o terrificante Fim do Mundo, o Juízo Final, o acerto de
contas, apesar de seu sentido literal significar “revelação”.
Um universo incontável de religiosos e de ateus dedicaram suas vidas em busca
de fórmulas, de meios que os permitissem entender esse misterioso livro. O grande
interesse se prende exatamente ao fato de ele prever a segunda vinda do Cristo, ou
seja, a missão do livro Apocalipse é mostrar o desenrolar dos fatos que irão preparar a
humanidade para a chegada do Salvador.
Desde épocas mais remotas, estudiosos do mundo inteiro preparam teses,
buscando prever esse momento, mas até hoje ninguém chegou a nenhuma conclusão.
É aí que se fixa nosso trabalho: queremos mostrar ao leitor um novo conceito
analítico, a partir de suposições, comparações que liguem as visões do Profeta aos
fatos atuais da nossa história.
Para isso é indispensável acreditar e aceitar que essas profecias tenham sido
escritas diretamente para os que iriam viver às vésperas da segunda vinda de Cristo,
porque apenas estes possuiriam as ferramentas, históricas e lingüísticas, para
interpretá-las. A partir daqui, convido o leitor a uma viagem pela história, bem como a
uma reflexão sobre os acontecimentos atuais e seu desenvolvimento.
Ao longo de todo o texto, o leitor perceberá a existência de algumas expressões
com sentido próprio como, por exemplo, a palavra “céu”, que nos conduzirá aos

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fatos ligados à Religião; “anjos” e “demônios”, querendo representar pessoas ou
países.
O ser humano, pela própria natureza, tem grande necessidade de comparar
fatos e pessoas com alguma situação. Você sabe, por exemplo, por que é branco o
cavalo de Napoleão? Por que a filosofia do Comunismo marxista é representada pela
cor vermelha? São poucos os que têm uma explicação plausível, mas a grande maioria
apenas aceita como a coisa mais normal do mundo o comunismo ser vermelho e a
imagem de Napoleão estar ligada a um “tal” cavalo branco.
São situações como estas que utilizaremos para apresentar ao leitor uma nova
forma de interpretar o Apocalipse, que também poderá se tornar inconsistente e cair
em descrédito. Porém, este novo método é único e revolucionário. A partir dele você
encontrará um processo de realizações cronológicas e de fácil assimilação.
A base deste estudo consiste na possibilidade da segunda vinda de Cristo.
Acredita-se que, para que o reino dos céus se materialize, a humanidade precisa passar
por inúmeras transformações, que garantam seu crescimento material e espiritual. E o
que é afinal esse reino dos céus na Terra senão um mundo perfeitamente equilibrado?
O livro do Apocalipse consiste em revelar quais são essas transformações
necessárias, inevitáveis. Nos últimos 400 anos a humanidade ficou perplexa diante de
inúmeras comprovações científicas. Algumas delas, como a descoberta da lei da
gravidade e a confirmação de que a terra não é o centro do universo viriam
demonstrar o poder criativo do Homem.
O mundo assistiu à revolução industrial e a todos os seus desdobramentos,
contendas territoriais sucessivas, que consolidaram a globalização. O leitor entrará a
partir de agora pela porta dos fundos das profecias e perceberá, em detalhes, a base
desse estudo interpretativo.

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A cada capítulo o leitor encontrará o texto original do Apocalipse, para que
possa ter as próprias interpretações. Ele será apresentado em seguida, frase a frase, e a
nossa interpretação respeitará uma ordem cronológica.

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O Cordeiro da Ciência

E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro


escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. E vi um anjo
forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de
desatar os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo
da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele; E eu chorava muito,
porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler,
nem de olhar para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis
aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o
livro e desatar os seus sete selos.

E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais


viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto,
e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus
enviados a toda a terra. E veio, e tomou o livro da destra do que
estava assentado no trono; e, havendo tomado o livro, os quatro
animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do
Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso,
que são as orações dos santos, e cantavam um novo cântico,
dizendo:

Digno és de tomar o livro,

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e de abrir os seus selos;

porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus

homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;

E para o nosso Deus os fizestes reis e sacerdotes;

e eles reinarão sobre a terra.

E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos


animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e
milhares de milhares, que com grande voz diziam:

Digno é o Cordeiro, que foi morto,

de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força,

e honra, e glória, e ações de graças.

E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da


terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer:

Ao que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro

sejam dadas ações de graças, e honra, e glória,

e poder para todo o sempre.

E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos


prostraram-se e adoraram ao que vive para todo o sempre.

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É importante ler todo o texto para que seja possível formar, pouco a pouco, a
sua própria base crítica. Os códigos irão surgindo gradativamente ao longo de cada
capítulo. Por isso, torna-se necessário que cada um deles seja lido na ordem correta.
Este livro tem como ponto de partida o Apocalipse 5. A partir dele os
acontecimentos seguirão uma ordem cronológica até a criação do reino dos céus na
terra. Entender o momento exato em que ele se realiza determinará o sucesso ou o
insucesso deste estudo.
O ser humano, para se sentir mais seguro, costuma aceitar apenas os conceitos
a que estão familiarizados. Essa atitude o leva a uma falsa sensação de controle e de
sintonia com o mundo. Cria-se aí uma certa barreira, que o impede de aceitar novas
verdades e o torna simples apreciador de pseudoverdades, impostas pelos diversos
sistemas sociais, econômicos e religiosos.
O famoso físico alemão Albert Einstein tem uma frase bastante interessante,
que diz assim: “A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu
tamanho original”. Você concorda com ele ou não?
Abra sua mente para uma nova idéia. Caso queira manter a mesma visão de
ontem, acredito que esta não seja uma boa leitura para você. A não ser que leia este
livro com os olhos céticos do mundo atual.
Boa viagem!

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“Vi, na destra...”

A primeira frase a ser decodificada, é curta, mas de conteúdo bem significativo.


Nela, a partir da palavra [destra], visualizam-se dois códigos “mão” e “direita”.
Mão – É costume utilizar as mãos para executar quase todas as atividades
humanas. Portanto, é coerente ligar esta palavra a realizações.
Direita – A filosofia oriental acredita que o lado direito representa a parte
material do indivíduo; e o esquerdo, a parte espiritual.
Portanto, a expressão destra nos conduz às realizações materiais [mão
direita]. O fato da palavra “destra” vir precedida do verbo “ver” [vi], nos leva a
imaginar que tenha ocorrido um fato de grande repercussão.

“... do que estava assentado sobre o trono...”

Na religião Católica Apostólica Romana há um trono, que representa a


vontade de Jesus Cristo na Terra. É a cadeira de Pedro, o trono papal que se
encontra no Vaticano. O fato de imaginar o Santo Papa com algo na mão direita
leva-nos a algumas análises interessantes:
- O último Papa a estender o território papal foi Urbano VIII, reconhecido
mais pelo equilíbrio e jogo político do que por reformas no âmbito do Cristianismo;
- Durante o pontificado de Urbano VIII, Galileu Galilei1 foi chamado a Roma
para se retratar das afirmações científicas que havia produzido em 1633.

1
Considerado o pai da Ciência moderna, ilustre físico, matemático e astrônomo italiano, nascido em Pisa, também
conhecido como fundador da Ciência experimental.

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- Dos inúmeros túmulos papais da Basílica de São Pedro, apenas dois estão na
abside2 à direita da cadeira de Pedro: um deles é de Urbano VIII com sua [destra]
levantada.

“... um livro escrito por dentro e por fora...”

Sabe-se de algumas personalidades na história da humanidade que receberam o


título de verdadeiros vilões do progresso científico e o papa Urbano VIII é um deles.
O mais interessante dessa conturbada aproximação da Religião com a Ciência é a
própria história. Isso porque, no início, Urbano VIII era amigo dos cientistas e os
defendia. Mais tarde, porém, o que o aproximou da Ciência transformou-se no seu
próprio martírio.

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Recinto abobadado, cuja planta é semicircular ou poligonal. Nas basílicas romanas, o nicho semicircular e
abobadado onde se achava o assento do juiz.

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As teorias de Copérnico, sobre o heliocentrismo, foram perseguidas e
condenadas pelo Papa Paulo V por heresia. Entretanto ainda no mandato de Paulo V,
um novo julgamento foi realizado. Nessa época, o ainda Cardeal Maffeo Barberini,
futuro Papa Urbano VIII, testemunhou a favor das obras de Copérnico, conseguindo
retirá-las do Index Librorum Prohibitorum3. Mais tarde o Cardeal veio a se tornar
amigo e admirador de Galileu. Este fato contribuiu para que o futuro Papa Urbano
VIII construísse o lado positivo de sua afinidade com Ciência.

Voltando um pouco na nossa análise, lembremos que Urbano VIII mostrava na


mão direita um livro. Foi exatamente esta profecia apocalíptica que tornou este
Papa um dos mais famosos de toda a história do cristianismo, infelizmente para o
Vaticano, não pela pregação da fé cristã.

A amizade que existia entre o Cardeal Maffeo Barberini e o físico Galileu


Galilei, motivou o cientista, que “sentindo-se a vontade” pediu ao seu “amigo”, agora
Papa Urbano VIII, permissão para escrever sobre o Heliocentrismo. Conseguiu do
Papa a autorização, porém, o Pontífice solicitou-lhe que o este estudo fosse realizado
a partir da comparação entre o heliocentrismo e o geocentrismo. E ainda que tudo
estivesse pautado de total imparcialidade. O Astrônomo, no entanto, não atendeu ao
desejo do amigo e escreveu um livro totalmente a favor do Heliocentrismo.
Galileu não só desrespeitou a solicitação do Papa como também o expôs ao
ridículo. Construiu a sua obra a partir de diálogos entre personagens a favor e contra a
teoria do Heliocentrismo. Um dos personagens mais simplórios de seu livro defendia
a teoria do geocentrismo, e algumas frases utilizadas por este personagem que se
recusava em aceitar a teoria de Copérnico, eram palavras ditas pelo próprio Papa
Urbano VIII, Tal atitude fez o pontífice sentirse traído. Galileu foi então chamado ao
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Índice dos Livros Proibidos.

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Vaticano para prestar esclarecimentos sobre a sua obra, o livro “Diálogo sobre os grandes
sistemas do Universo”.

Apesar de Urbano VIII haver testemunhado a favor do livro de Copérnico e


garantido a Galileu que a teoria heliocêntrica não voltaria a ser condenada por heresia,
levou-o a julgamento, obrigando Galileu a declarar-se culpado de heresia diante do
tribunal do Santo Ofício e a comprometer-se a jamais defender teses sobre o
heliocentrismo. Galileu além de ter a sua obra Proibida foi condenado à prisão
domiciliar perpétua e obrigado a renegar a certeza que a terra não estava imóvel no
espaço, foi forçado a dizer “abjuro, amaldiçôo e detesto os citados erros e heresias”.

Outro fato interessante sobre Urbano VII

Quase todas as imagens referentes a ele possuem um detalhe relacionado à sua


mão direita. E um dos quadros mais significativos sobre Urbano VIII foi pintado
por Miguel Ângelo Merisi, conhecido mundialmente por Caravaggio, pintor barroco
italiano. Em suas obras, obscuras e pesadas, costumava utilizar rostos de pessoas da
época para retratar cenas, e ou, personalidades bíblicas. Essa característica o deixou,
por diversas vezes, em situações difíceis. Uma delas foi a acusação de haver usado o
corpo de uma prostitua fisgada morta do Rio Tibre para pintar a morte da Virgem
Maria.

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O quadro abaixo apresenta o Papa Urbano VIII sentado, por trás de uma mesa,
tendo sob a mão direita um livro. Grande é o mistério dessa obra.

Repare o retângulo vermelho para destacar a parte do quadro ampliada. O Papa


tem a mão direita sobre um livro, por baixo deste há outro, grande e volumoso, como
as bíblias antigas. Na parte lateral dele há três traços quase imperceptíveis. Porém, ao
ampliar este detalhe, encontram-se três símbolos que se assemelham a três números:
1, 5 e 7.

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 Qual teria sido o objetivo do artista?

Levando-se em consideração as características artísticas do pintor italiano e


comparando-as ao livro do Apocalipse, esses três números ganham um profundo
significado.

 O Papa Urbano VII foi retratado neste capítulo como responsável pela
proibição das teorias heliocêntricas. Nicolau Copérnico apresentou pela
primeira vez, em 1530, num manuscrito chamado “Pequenos comentários de Nicolau
Copérnico”, após 157 anos, sua teoria seria novamente publicada e, finalmente
ratificada por outro cientista.
 Outra interpretação, destaca o número 5 como o foco principal [Apocalipse
5], uma vez que ele aparece entre o 1 e o 7, já os dois outros números
representariam os versículos 5.1 e 5.7.

5.1 E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um


livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.

5.7 E veio, e tomou o livro da destra do que estava assentado no


trono.

Os versículos definem o período em que as teorias heliocêntricas foram


proibidas. E por alguma razão, o quadro de Caravaggio desvenda esse mistério.

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“... selado com sete selos...”

O selo aqui se refere ao utilizado pelos Papas o qual é destruído por um cardeal
carmelengo4, após a confirmação do falecimento de um Pontífice. A teoria de Nicolau
Copérnico e os estudos de Galileu foram condenados pelo Papa Paulo V, que
comandou a Igreja Católica antes de Urbano VIII, colocando-os no INDEX.
Entretanto, em 1616, ainda no mandato de Paulo V, esses estudos foram retirados
do INDEX, após serem julgados pela Santa Inquisição.
O Papa Urbano VIII testemunhou, naquela época, em defesa dos estudos
matemáticos contidos no livro. O primeiro “selo” a condená-los foi o do Papa Paulo
V. Apesar de serem liberados mais tarde, ainda seria proibido [selado] por mais seis
Papas.

“E vi um anjo forte, bradando com grande voz, quem é digno de


abrir o livro e de desatar os seus selos?”

Carta de Galileu.
Eu, Galileu, filho do falecido Vincenzo Galilei, florentino, de 70 anos de
idade, intimado pessoalmente à presença deste Tribunal e ajoelhado diante de
vós, Eminentíssimos e Reverendíssimos Senhores Cardeais Inquisidores-
Gerais contra a gravidade herética em toda a comunidade cristã, tendo diante
dos olhos e tocando com as mãos os Santos Evangelhos, juro que sempre
acreditei, que acredito, e, mercê de Deus, acreditarei no futuro, em tudo
quanto é defendido, pregado e ensinado pela Santa Igreja Católica e

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Mordomo.

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Apostólica. Mas, considerando que
(...) escrevi e imprimi um livro no
qual discuto a nova doutrina (o
heliocentrismo) já condenada e
aduzo argumentos de grande força
em seu favor, sem apresentar
nenhuma solução para eles, fui, pelo
Santo Ofício, acusado
veementemente de suspeito de
heresia, isto é, de haver sustentado
e acreditado que o Sol está no
centro do mundo e imóvel, e que a
Terra não está no centro, mas se
move; desejando eliminar do
espírito de Vossas Eminências e de todos os cristãos fiéis essa veemente
suspeita concebida mui justamente contra mim, com sinceridade e fé
verdadeira, abjuro, amaldiçôo e detesto os citados erros e heresias, e em geral
qualquer outro erro, heresia e seita contrários à Santa Igreja, e juro que no
futuro nunca mais direi nem afirmarei, verbalmente nem por escrito, nada que
proporcione motivo para tal suspeita a meu respeito."

“E ninguém no céu nem na terra...”

A palavra [céu] como explicada no primeiro capítulo deste livro representa o


mundo religioso. Um dos primeiros filósofos a questionar o modelo geocêntrico do
mundo, foi Nicolau Copérnico, o conhecido astrônomo e matemático. O que poucos

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sabem, é que ele era cônego da Igreja Católica. Logo o substantivo Céu representa a
proibição dos estudos do religioso Copérnico [ninguém no céu].
Novo código é apresentado nesta frase à palavra terra, Nicolau Copérnico é
Polonês, pais de origem Eslava. Este povo ocupa a maior área territorial do mundo, se
o compararmos a qualquer outra raça do Planeta. Por isso, terra é o código do povo
eslavo.

“... nem debaixo da terra podia abrir o livro, nem olhar para ele...”

As teorias sobre o Heliocentrismo se mantiveram proibidas por longo tempo


em todo o território dominado pela Igreja Católica Apostólica Romana.

“... e eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de


abrir o livro...”

São João demonstra tristeza diante da fé [chorava muito], uma vez que, sem
poder abrir o livro, a missão de Cristo e a segunda vinda Dele estariam
comprometidas.

“...nem de o ler, nem de olhar para ele”

Por estarem proibidas as publicações dos estudos sobre o Heliocentrismo, não


havia como debruçar os olhos sobre elas.

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“E disse-me um dos anciãos...”

Entretanto, um dos que estão fazendo as revelações a São João diz: “não
chores; eis que o leão da tribo de Judá...”, referindo-se a Jesus Cristo, o Rei
[leão] dos judeus [tribo de Judá].

“... a raiz de David, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus
sete selos”

De acordo com a História Universal, Abraão teve dois filhos: um chamava-se


Ismael e o outro, Isaac. O primeiro é oriundo da relação de Abraão com a escrava
Agar; e o segundo, da relação com a esposa Sarah. Esse relacionamento deu origem à
linhagem de David. Quanto a Ismael, acredita-se que dele se originou a linhagem
árabe. Portanto, a raiz da linhagem dos judeus é Isaac.

Isaac Newton

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Se o livro de Galileu encontra-se na mão direita [destra] do Papa
Urbano VIII, cabe então, a outro cientista abri-lo. Que cientista seria esse? Por que
não Isaac Newton? Afinal de contas, foi ele quem abriu as portas da mente humana
para novas verdades e possibilitou o aprofundamento de um novo mundo. Ele
mesmo, Newton, o herdeiro das descobertas de Copérnico e Galileu.

“E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais


viventes e entre os anciãos...”

Alguns fatos precisariam acontecer na Inglaterra, terra de Isaac Newton, para


que ele não tivesse o mesmo fim de seus antecessores. Apesar da Inglaterra ser uma
nação tradicionalmente protestante, o que livraria o cientista das garras do Vaticano,
exatamente na época em que Isaac Newton trabalhava na teoria Gravitacional dos
Planetas, o então Rei Inglês Jaime II, converteu-se ao catolicismo, fazendo com que a
Igreja começasse a exercer influencia do dentro Império britânico.
Ao afirmar que Isaac Newton estaria no meio do trono ( nobreza) e entre
os anciãos (bispos e cardeais), São João confirma através desta frase a mudança que
estava por acontecer no cenário interno inglês, pois, diferentemente do ocorrido com
Galileu e Copérnico, nesse momento a Ciência estaria sendo aceita tanto pela Igreja
quanto pela nobreza.
Apesar dos estudos sobre o heliocentrismo estarem proibidos pelo INDEX de
serem publicados e da conversão do Rei Jaime II ao catolicismo, ainda assim os fatos
iriam conspirar a favor de Newton. E dessa vez, seriam os religiosos e os nobres a
viabilizarem, mesmo que indiretamente, a publicação dessas teorias.

“... um Cordeiro, como havendo sido morto”

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Nesta frase percebemos outra ligação entre Galileu e Newton, dois cientistas,
unidos não só pelas teorias que apresentaram ao mundo, mas também pela morte e
pela vida. Galileu morreu em 1642, ano de nascimento de Isaac Newton, pelo
calendário Juliano, adotado na época pela Inglaterra. É como se o Cordeiro da
Ciência morresse sem haver morrido [como havendo sido morto]. Como se
Newton herdasse os conhecimentos científicos de Galileu e continuasse as
descobertas que transformariam a humanidade.
A palavra cordeiro é uma indicação a Jesus Cristo, também representado na
frase “leão da tribo de Judá”. São João fez essas revelações para que
conseguíssemos efetivamente chegar até Isaac Newton, que tinha uma relação muito
forte com Jesus Cristo. Além de ambos terem revolucionado o mundo com novos
conceitos, por uma “sutil” coincidência, nasceram no mesmo dia [25] e mês
[dezembro], também respeitando o calendário Juliano.
Em 1687, 157 anos após ser publicado o manuscrito Pequenos comentários de
Nicolau Copérnico, Isaac Newton divulgou sua tese sobre a gravitação dos planetas em
torno do sol. Ficou, então, comprovada definitivamente a teoria do heliocentrismo
que apesar de incontestável, ainda se encontrava ameaçada pela Igreja Católica. Ao
escrever e publicar o “Principia”, o cientista deu prosseguimento às pesquisas de
Galileu.

“E tinha sete chifres...”

Os sete chifres representam de certa forma, uma das forças que


impulsionariam as transformações que estavam por ocorrer na Inglaterra. Jaime II,
buscando aumentar a influencia do Catolicismo, reeditou a Declaração de Indulgencia,

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que, apesar de ser apresentada com o objetivo de levar liberdade religiosa aos ingleses,
visava, na verdade, colocar em cargos governamentais importantes católicos ligados a
Roma, o que de fato ocorreu. O Rei aproveitou este processo para perseguir os Bispos
anticatólicos, acusou sete bispos anglicanos por “seditious libel” e mandou prendê-
los na torre de Londres.
Chifres têm nesta frase o sentido de
chefia, de poder. Logo os sete bispos seriam os
sete chifres, uma vez que a prisão desses
religiosos teve grande influência na mudança
política da Inglaterra, servindo inclusive de
estopim de um movimento que derrubaria o Rei
Jaime II. A este movimento se deu o nome de
Revolução Gloriosa.
A queda de Jaime II foi determinante na
concretização das profecias apocalípticas. Assim,
o fato do aprisionamento dos sete bispos servir
de estopim da revolução Gloriosa, confirma a decodificação anterior, que previu a
participação dos anciãos na transformação da Inglaterra.

“...e sete olhos...”

Os nobres também participariam ativamente da mudança no cenário político


britânico [no meio do trono]. A política pró-Vaticano, de Jaime II, criou na
nobreza tradicionalmente protestante um sentimento oposicionista. Com o
crescimento das perseguições aos bispos Anglicanos, essa resistência intensificou-se e

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levou um grupo de sete nobres dos dois partidos políticos – Whigs e Tories – a
incitar o Príncipe Guilherme de Orange a invadir Inglaterra e assumir o trono,
ocupado por Jaime II.
O Príncipe chegou a Inglaterra com seus exércitos em 5 de novembro de 1688.
O Rei desistiu de combater o invasor quando percebeu que muitos nobres apoiavam
Guilherme de Orange, inclusive a própria filha, a Princesa Ana. O Rei veio a refugiar-
se na França onde faleceu em 1701.

Guilherme III

Daí a crucial importância dos “sete nobres” na mudança da Inglaterra. Com a


fuga do Rei Jaime II, o parlamento declarou vago o trono da Inglaterra.
“... A coroa foi oferecida, conjuntamente, ao príncipe de Orange e à sua mulher, Maria de
Stuart, filha mais velha de Jaime II, após aceitarem, em sua integridade, uma Declaração de Direitos

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(Bill of Rights) votada pelo Parlamento, a qual passou a constituir uma das Leis Fundamentais do
reino (COMPARATO, 1999, P. 77-78).”
Os sete olhos representam os sete nobres, que rigorosamente se tornaram os
olhos do Príncipe Guilherme de Orange na Invasão da Inglaterra, indicando ao
futuro Rei os caminhos a serem percorridos até a tomada do poder.

“... que são os sete espíritos de Deus, enviados por toda a terra”

Esta frase é uma conclusão das análises anteriores. Indica que os sete chifres e
os sete olhos representam os sete espíritos de Deus. Ao afirmar que estes seriam
enviados por toda a terra [povo eslavo], São João fez uma analogia com os fatos
ocorridos na transição política da Inglaterra, quando as atuações dos nobres e da
religião foram indispensáveis para que os futuros soberanos assumissem o poder.

Czar Pedro I

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Em 1689, ano da coroação de Guilherme e Maria como regentes da Inglaterra,
a Rússia [terra] passava por um questionamento interno. Com a morte do Czar
Fiodor, seu irmão Ivan tinha por herança, direito ao trono. Porém, por ser deficiente
físico e mental, o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa [chifres] e a maioria da Duma
Boiarda, o conselho dos nobres [olhos], decidiram indicar Pedro, meio-irmão de
Ivan, como o novo Czar, gerando uma guerra entre as duas famílias, ao final o trono
de Czar ficou com a dinastia de Pedro I.
Pedro I, O Grande foi responsável pela modernização da Rússia. Muito ligado a
ciência ele criou a Academia de Ciência da Rússia. No início do século XVII, em
viagem a Europa Ocidental, trouxe alguns trabalhos científicos de Isaac Newton.
Concluindo, de certa forma os trabalhos de Copérnico voltaram às origens, o povo
Eslavo [terra].
O fato de São João interpretar as ações dos religiosos e dos nobres nas
mudanças de poder das duas nações como vontade Divina nos leva a refletir sobre a
influência da Rússia e da Inglaterra no processo apocalíptico.

“E veio e tomou o livro da destra do que estava assentado no


trono; havendo tomado o livro...”

Finalmente, chegou o momento de a teoria sobre o heliocentrismo, proibida a


partir dos sete selos, romper as barreiras impostas pelo Vaticano e ser divulgada
mundialmente.
Voltando ao início deste capítulo, o primeiro Papa a proibir a divulgação desta
teoria foi Paulo V. Deste até a publicação de Isaac Newton passaram-se mais sete
Papas:

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Gregório XV [1621 - 1623]
Urbano VIII [1623 – 1644]
Inocêncio X [1644 – 1655]
Alexandre VII [1655 – 1667]
Clemente IX [1667 – 1669]
Clemente X [1670 – 1676]
Inocêncio XI [1676 – 1689]

Por um “capricho do destino”, no papado de Gregório XV, que esteve


assentado na cadeira de Pedro, entre Paulo V e Urbano VIII, o livro esteve fora do
INDEX por ocasião do julgamento de 1616. Apesar dos oito Papas, apenas sete
conseguiram, com os seus selos, proibir a divulgação do heliocentrismo. A queda de
Jaime II liberta definitivamente Newton para desenvolver e difundir as suas
descobertas.

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O livro Principia

A própria frase do Apocalipse demonstra que, apesar de ainda estarem


proibidas pelo Vaticano as teorias de Copérnico e Galileu, Isaac Newton Tomou-as
das mãos do poderoso Vaticano.

“... os quatro animais...”

Em outra versão esta frase foi traduzida como “os quatro seres viventes”.
Três grandes cientistas, contemporâneos de Newton, tentaram, sem sucesso,
descobrir a influência gravitacional sobre os astros. Ao tomarem conhecimento dessa
teoria, curvaram-se a ela. São eles: Christiann Huygens, Giovanni Domenico Cassini e
Edmond Halley. O quarto personagem importante da época é o poeta Alexander
Pope.
 CHRISTIANN HUYGENS
Nasceu em 14 de abril de 1629, em The Hague, Holanda, e morreu em 8 de
julho de 1695. Foi o primeiro a usar relógio de pêndulo, patenteado por ele próprio
em 1656; concebeu a primeira hipótese das ondulações luminosas; imaginou a mola
espiral; descobriu o anel de Saturno etc.
 GIOVANNI DOMENICO CASSINI
Nasceu em 8 de junho de 1625, em Gênova, na Itália, e morreu em 14 de
setembro de 1712, em Paris, França. Organizou o Observatório de Paris; descobriu
quatro satélites de Saturno: Iapetus [1671], Thea [1672], Tethys e Fione [1684].
 EDMOND HALLEY
Nasceu em 8 de novembro de 1656, em Haggerston, Shoreditch, na Inglaterra,
e morreu em 14 de janeiro de 1742, em Greenwich, também na Inglaterra. Observou

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um cometa brilhante em novembro de 1681, em Londres, e especulou, sem sucesso, a
gravitação dos cometas. Foi ele quem custeou a publicação do “Principia”, de
Newton.
 ALEXANDER POPE
Considerado um dos maiores poetas britânicos do século XVIII, ele se referiu a
Newton da seguinte forma: “Nature and Nature‟s laws lay hid in night;
God said: let Newton be! And all was light” [A Natureza e as leis da
Natureza estavam escondidas na noite; Deus disse: que venha Newton! E tudo se
iluminou].

“... e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do


Cordeiro...”

Diferente de Galileu, que foi perseguido pela Igreja, Newton foi nomeado
representante parlamentar pela Universidade de Cambridge e recebeu o
reconhecimento dos 24 bispos que assentam na Câmara dos Lordes.

“... tendo todos eles harpas e salvas de ouro, cheias de incenso,


que são as orações dos santos...”

A vida de Newton se transformou completamente depois da publicação do


“Principia”. Foi abençoado com poder, dinheiro, fama e nobreza [harpas e
salvas de ouro, cheias de incenso]5.
5
Os incensos são fumaças purificadoras do ambiente.

27
“... e cantavam um cântico novo, dizendo...”

A partir daí, a Igreja adotou nova forma de lidar com os cientistas, antes
perseguidos, presos e queimados na fogueira da Inquisição.

“Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos; porque foste


morto e, com o teu sangue, compraste para Deus homens de toda
tribo e língua, e povo e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e
sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”

Ao escrever o “Principia”, Newton permitiu a concretização de novos


acontecimentos, fazendo a humanidade entrar numa fase em que as verdades tinham
que ser comprovadas pela Ciência.

“E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos


animais e dos anciãos; e era o número deles; eram milhões de
milhões, e milhares de milhares que, com grande voz, diziam:
Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber poder e riqueza, e
sabedoria e força, e honra e glória e louvor”

28
Isaac Newton morreu no dia 31 de março de 1727 e foi sepultado na Abadia de
Westminster, local onde até 1760 eram enterrados os monarcas ingleses. O funeral foi
recebido com honras atribuídas a chefes de Estado.

“E ouvi toda a criatura que está no céu e na terra, e debaixo da


terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao
que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro, sejam dadas ações
de graças e honra, e glória e poder para todo o sempre”

Até hoje o mausoléu de Isaac Newton é um dos mais visitados do mundo.

Mausoléu de Isaac Newton

29
O cavaleiro branco
E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um
dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem e vê.

E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre


ele tinha um arco; e foi-lhe dado uma coroa, e saiu vitorioso, e para
vencer

30
“E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos
quatro animais, que dizia como em voz de trovão:...”

O primeiro selo traz um indicativo importante da forma como deveremos


analisá-lo. A partir da frase “como em voz de trovão”, entende-se a necessidade
de decifrá-lo por meio de metáforas e comparações. Daí o pressuposto de que as
ferramentas lingüísticas da época não ofereciam a São João um vocabulário adequado
para uma apresentação literal do texto da revelação.

A palavra voz esta atrelada a uma mensagem a ser transmitida pelo som de um
trovão. Respeitando o momento cronológico das revelações, no final do século
XVIII e inicio do século XIX a Europa passou por um momento marcante em sua
história, a França expandia-se territorialmente através das intervenções napoleônicas,
levando uma mensagem da invencibilidade francesa aos demais países europeus.

Um ponto marcante nas vitórias de Napoleão eram os seus canhões, Napoleão


foi o primeiro a utilizar artilharia de grande calibre, colocando os exércitos franceses
em condições superiores aos de seus oponentes. Pode-se atribuir ao sucesso da França
dois fatores:

1) A capacidade particular de Napoleão.


2) A artilharia de grande calibre.

O barulho ensurdecedor do trovão remete facilmente a lembrança do som de


um canhão.

31
... e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele...

Fazendo uma pequena retrospectiva ao primeiro capítulo deste livro, por


alguma razão, certos fatos históricos tornaram-se famosos em todo o mundo por
frases ou palavras específicas.

Esta talvez seja a interpretação mais simples do Apocalipse, se identificarmos


neste trecho Napoleão Bonaparte em um de seus cavalos. Segundo alguns
historiadores, ele nunca teve um cavalo predileto. Usou diversas montarias em suas
conquistas militares. Donde se conclui que o trocadilho sobre “a cor do cavalo
branco de Napoleão” possa ter sido inspirado em uma das imagens mais famosas
do imperador francês: o quadro “Napoleão cruzando os Alpes”, do artista Jacques
Louis David. O objetivo da obra era ressaltar as virtudes militares na Batalha de

32
Marengo. O mais interessante é que alguns desses estudiosos afirmam que Napoleão
saiu desse conflito galopando no lombo de uma humilde mula.

“... tinha um arco...”

Com toda certeza, um dos mais importantes e significativos monumentos do


mundo é o Arco do Triunfo, na França. Idéia de Napoleão, que mandou construi-lo
para homenagear suas tropas, nas paredes internas do monumento estão registrados
os nomes dos 386 generais de Bonaparte e 96 de seus triunfos. O Arco do Triufo, no
entanto, foi concluído por Luís Felipe, em 1836.

“... e foi-lhe dado uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer”

Apesar de não descender de reis, Napoleão Bonaparte foi coroado


Imperador. Construiu o próprio império e venceu praticamente todas as batalhas
durante quase 20 anos.

33
O cavaleiro vermelho

E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal,


dizendo: Vem e vê. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava
assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se
matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.

34
“E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre
ele...”

Ao contrário do primeiro selo, neste a revelação apresenta-se de forma objetiva,


o que nos permite uma interpretação literal. Dando seqüência à ordem cronológica
dos fatos, logo após a morte de Napoleão, em meados do século XIX, um
acontecimento marcou a humanidade e deu início a uma profunda mudança de
paradigmas: o manifesto comunista, declaração escrita por Karl Marx, em 1848, que
influenciou grande parte dos povos.

A cor vermelha da bandeira do comunismo foi levantada pela primeira vez em


1871, com a fundação do primeiro governo operário da história, A Comuna de Paris.
A cor vermelha tornou-se então sinônimo do movimento comunista. Daí a associação
entre a cor vermelha e o Comunismo.

35
A Comuna de Paris foi o primeiro governo operário da História, fundado em
1871, por ocasião da resistência popular contra a invasão alemã. Acabou em dois meses
[26 de março a 28 de maio] e enfrentou não só o invasor alemão, mas também as tropas
francesas. A Comuna era um movimento revolucionário contra o armistício assinado
pelo Governo Nacional, transferido para Versalhes, após a derrota na guerra franco-
prussiana.

“... foi dado tirasse a paz da terra...”

Marx incentivou os operários a se unirem contra os patrões, criando rebeliões


pela Europa. Com o tempo, esses conflitos ficaram cada vez mais fortes na Rússia
[terra].
Esta frase trata de um assunto que viria a acontecer, [foi dado que tirasse
a paz da terra], através dela podemos tanto entender a ligação com o presente
através dos textos de Marx, como a futura situação que estava por se materializar na
Rússia [terra].

“... e que se matassem uns aos outros...”

O pensamento marxista dividiu o mundo, e os conflitos levaram à morte


dezenas de milhões de pessoas. Durante décadas, revoluções foram idealizadas em
busca de uma “sonhada” igualdade social.

36
O confronto entre o comunismo e seus opositores, fez com que os homens se
matassem uns aos outros.

“... e foi-lhe dada uma grande espada”

Engels, um dos fundadores do coletivismo alemão, amigo e colaborador de


Karl Marx, escreveu sobre a Revolução Civil na França, sobre a Comuna de Paris e
utilizou a parábola de Dâmocles para definir a incerteza que tomou conta da Europa,
quanto a uma possível grande guerra. A parábola é a seguinte:

Dâmocles, cortesão de Dionísio, o Antigo, de quem exaltava constantemente a


felicidade, dizia que, como um grande homem de poder e autoridade, Dionísio era
verdadeiramente afortunado. Dionísio, então, quis fazê-lo compreender quais os prazeres
da grandeza. Convidou-o a tomar o seu lugar em um festim e deu ordem aos servos que o
tratassem como se fosse ele próprio. Dâmocles adorou ser servido como um rei e julgou ser
o mais feliz dos homens. Foi aí que, ao erguer os olhos, viu suspensa de uma simples
crina de cavalo, por cima da sua cabeça, uma pesada e afiadíssima espada. O ingênuo
cortesão compreendeu, então, o que é a felicidade de um tirano. A espada de Dâmocles
passou a simbolizar o perigo que pode ameaçar um homem em plena prosperidade
aparente.

Os ideais comunistas de Marx e de Engels podem ser interpretados como a


espada de Dâmocles, apontada para as cabeças dos impérios, da burguesia e da

37
Religião. Uma poesia atribuída a Karl Marx descreve bem a relação dele com a
espada, deixando a cargo do leitor qualquer interpretação.
“Vapores infernais sobem e preenchem o meu cérebro

Até eu enlouquecer e o meu coração se transformar drasticamente

Vê esta espada?

Foi o Rei da escuridão

Quem me vendeu”.

***

38
O cavaleiro preto

E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal:


Vem e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava
assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos
quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro e
três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e
o vinho.

39
“... eis um cavalo preto...”

A economia mundial no século XIX começou a rever seus conceitos básicos. E


a razão principal disso foi a revolução industrial, que gerou uma grande dependência
ao carvão natural [preto]. Como nos selos anteriores, neste também a cor e o
cavaleiro associam-se a uma manifestação de força e poder, a um tipo de
“imperialismo”. Daí a identificação com a cor do cavalo, que pode ser
comparada com o ouro negro, uma vez que tanto o carvão mineral quanto o petróleo,
além de possuírem a mesma cor, são até hoje as duas matrizes energéticas mais
utilizadas no mundo.

“...e o que sobre ele estava assentado...”

A revolução industrial contribuiu, “e muito”, para a implantação de novos


sistemas econômicos. No Reino Unido, por exemplo, William Jevons ressaltou, em
1865, em seu livro “The Coal Question”, a importância da energia primária para o
desenvolvimento econômico e a sustentação do poder político. Jevons associou a
sustentabilidade do Império Britânico à disponibilidade de carvão mineral. Evidenciou
que, à medida que os estratos superficiais eram esgotados, a extração e a progressiva
profundidade determinavam a elevação do custo, o que ameaçaria o Império algum
tempo depois.

Nota-se aí uma referência ao carvão mineral e ao petróleo, um dos produtos


naturais mais disputados do mundo e que definem a economia a partir do século XIX.
Distribuídos de forma desigual e dois recursos não-renováveis, eles vêm causando
inúmeras crises nos governos, levando-os, em grande parte, às guerras.

40
William Jevons influenciou diretamente o inglês Alfred Marshall, um dos mais
importantes economistas da época. Em seu livro “Princípios de Economia”, publicado
em 1890 [Principles of Economie], ele reuniu teorias como: oferta e procura, utilidade
marginal e custos de produção, que se transformaram, por longo tempo, no manual
de economia mais usado na Inglaterra.

“... tinha uma balança na mão”

A partir do livro “Princípios de Economia”, Marshall aplicou o conceito do


equilíbrio geral [tinha uma balança na mão], para comprovar que os preços
eram determinados por fatores de custos e de demanda. Sua análise também
reconheceu as complexas interdependências existentes em um sistema de preços, com
a oferta e a procura de diversas mercadorias. As inovações de Marshall foram tão
significativas que ele recebeu o título de “fundador da profissão econômica”. Foram
seus alunos: John Maynard Keynes e Arthur Cecil Pigo.

“E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia:...”

Esta frase, ou melhor, “animais” pode querer representar as quatro pessoas


que mais influenciaram Alfred Marshall: John Stuart Mill, Adam Smith, David Ricardo
e William Stanley Jevons.

Marshall desenvolveu suas teses, tendo como ponto de partida as teorias


publicadas por estes quatro pensadores. A amplitude dos trabalhos publicados por
Marshall alcançou quase todos os aspectos econômicos, entretanto o seu caráter

41
perfeccionista não lhe permitiu concluir o segundo volume de sua obra principal,
Princípios de Economia, a qual abordava entre outros pontos, o comércio internacional.
A necessidade de ser manifestado por um dos “quatro animais”, uma mensagem
[que dizia] esta atrelado ao fato da não conclusão dos estudos de Marshall sobre o
comércio exterior.

“Uma medida de trigo por um dinheiro e três medidas de cevada


por um dinheiro...”

Percebe-se aqui uma comparação entre o trigo e a cevada: o primeiro valendo


mais que o segundo. Esta frase nos faz voltar a decodificação anterior, onde foi
apresentado que o comércio exterior seria conceituado por um dos quatro
animais. Vejamos por que: o economista em questão é David Ricardo, nascido em
Londres, considerado um dos principais representantes da economia política clássica,
escreveu um ensaio combatendo a “lei do trigo”, esta lei visava proteger os
agricultores ingleses, proibindo a entrada de produtos agrícolas de outros países a
preços menores dos determinados pelos agricultores da Inglaterra. Em virtude disso,
o preço do trigo era muito alto.

David Ricardo defendeu o livre comércio, no ensaio intitulado, “A Influência


do Baixo Preço do Cereal sobre o Lucro do Capital”, publicado em 1815. A lei do
trigo só veio ser extinta em 1846. A queda desta lei, fez da Inglaterra a primeira
nação a aceitar o livre-comércio internacional.

42
“... e não danifiques o azeite e o vinho”

No livro “The principle of political and taxation”, David Ricardo explicou a teoria da
vantagem comparativa. Usou como exemplo o Tratado de Methuen [1703]. Dois
países europeus, Inglaterra e Portugal, assinaram um acordo que viabilizava a venda
do vinho português no país britânico em troca da comercialização do tecido inglês,
sem que houvesse prejuízo entre as duas nações. O economista provou, a partir desse
tratado, que o comércio internacional poderia ser perfeitamente aplicado e bastante
lucrativo para os países com facilidade de produção.

Os conceitos sobre o livre-comércio e a vantagem comparativa, defendidos por


David Ricardo, foram aceitos inicialmente pela Inglaterra, posteriormente pelos
demais países do mundo. A presença de David Ricardo nesta parte do livro tornou-se
necessária na medida em que Alfred Marshall não concluíra a sua obra sobre comércio
internacional.

O azeite português é outro produto importado pela Inglaterra há séculos, não


danificar o azeite e ovinho, esta ligado a uma das primeiras relações de livre
comércio do mundo os quais serviram de base a implantação do sistema econômico
internacional vigente na humanidade

Graças ao modelo Ricardiano hoje nossas casas são abastecidas com produtos
de todas as partes do mundo. Podemos atrelar a estes acontecimentos, o surgimento
dos atuais impérios que impõe aos países de menor projeção econômica uma situação
por que não apelidada de apocalíptica.

Com estas informações chegamos à conclusão que o cavaleiro deste selo


seria a própria criação dos fundamentos básicos da economia Capitalista.

43
O cavaleiro amarelo

E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal,


que dizia: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava
assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-
lhes dado poder para matar a quarta parte da terra.

44
“...eis um cavalo amarelo...”

Os povos do leste asiático são reconhecidos mundialmente como a “raça


amarela”. No final do século XIX os asiáticos passaram por uma grande
transformação.

“... e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte e o
inferno o seguia...”

São João nos deixou um nome, um local e uma ação para que pudéssemos
decifrar a origem do quarto cavaleiro.

Nome – Morte

Local – Inferno

Ação – seguir

 Para os orientais a palavra morte tem o sentido de renovação,


renascimento.

 O local indicado é o inferno, que é dirigido por um anjo, expulso do


céu, chamado Lúcifer [estrela da manhã, o Iluminado].

 A ação – O inferno está submetido às ordens de Lúcifer, sendo assim,


é natural, que ele [o inferno], siga as ordens de Lúcifer.

45
Para decodificarmos esta frase, tornou-se necessário, correlacionar as
informações deixadas por São João com suas respectivas analises, traçando então uma
linha de raciocínio comparativo que nos permitirá decifrar, este, que é um dos mais
enigmáticos códigos deste livro.

Este cavaleiro deverá ser reconhecido por Renovação e ou Renascimento


[morte] – Lúcifer e ou Iluminado [inferno].
No final do século XIX e início do século XX, um país do extremo-oriente
passava por profunda renovação, que levaria aos demais países do leste asiático,
grandes conseqüências.

Imperado Meiji (literalmente o Imperador Iluminado)

46
O Japão era um país atrasado, dominado pelo feudalismo. A chegada do
Imperador Meiji, que significa O Imperador Iluminado, desmoronou o regime dos
Xoguns e seus exércitos. E o país se abriu para o mundo, expandindo cada vez mais
em busca de matéria-prima, para suprir as necessidades do seu povo. A partir daí, esse
governo ficou amplamente conhecido como o governo da renovação Meiji.

Nesse período [1905] o Japão entrou em guerra com a Rússia [terra], que
passava por um período conturbado politicamente e uma crescente insatisfação
popular. Dois fatores contribuíam bastante para o descontentamento dos russos:

- A fraca administração do Csar Nicolau II.

- Uma relevante desigualdade social, criando grandes revoltas entre as classes


operárias, que já se encontravam sob forte influência dos ideais marxistas.

Os idealistas marxistas aproveitaram a derrota da Rússia para o Japão e deram


início a um levante contra o império. Apesar da pressão interna que o Czar russo
vinha sofrendo, e ter se enfraquecido ao ser derrotado pelo Japão, ainda assim o
Império Russo entrou na Primeira Grande Guerra Mundial [1914-1918].

Em 15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição conseguiu


depor o czar Nicolau II, iniciando a Revolução Russa.

“... e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com
espada e com fome, e com peste e com as feras da terra”.

Esta frase nos faz compreender a importância do Japão na transformação que


estava por acontecer na Rússia. O fato de se ter dado ao Japão poder para matar
quarta parte da Rússia [terra] significa que o desenvolvimento japonês serviu

47
como estopim para o início da revolução soviética, desencadeando uma onda de fatos
que precipitaram os russos na fase mais sombria de sua história.

Em 1914 a Rússia possuía 171 milhões de habitantes. Em 1921 esse

número caiu para 132 milhões de habitantes6.

São três os fatores determinantes dessa queda populacional:

[feras da terra] - Uma referência aos soldados mortos na Primeira Grande


Guerra Mundial.

[com a espada] - Esta frase nos transporta ao segundo selo.


O qual afirma que seria dada uma grande espada àquele que estava
assentado sobre o cavalo vermelho. Durante a Revolução Russa, os bolcheviques
colocaram sobre a cabeça do czar Nicolau II a “espada de Dâmocles” e cortaram o fio
de cabelo do cavalo fuzilando o czar e toda a família, na cidade de Yekaterinburg, em
17 de julho de 1918. A revolução russa tirou a vida de milhões de pessoas.

6 http://www.vestigios.hpg.ig.com.br/revolucaorussa.htm).

48
Czar trNicolau II

[peste] - Nessa mesma época [1918 - 1919] houve a gripe espanhola.

A quarta parte de 171 milhões seria, em torno de 43.000.000, perceber-se uma


queda populacional na Rússia de 39.000.000 de habitantes até 1921. Em 1922
morreram de fome nesse país 5.000.000 (cinco milhões) de pessoa, em virtude das

49
decisões equivocadas de Lênin, no processo agrônomo do país. Ou seja, ¼ da
população russa foi morta em apenas oito anos.

50
As aparições

E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas


dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do
testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até
quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o
nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada
um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda
um pouco de tempo, até que também se completasse o número de
seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles
foram.

51
“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos
que foram mortos por amor da palavra de Deus...”

O quinto selo dá continuidade ao anterior, que narra o processo da


Revolução Russa e as perseguições ocorridas naquele país. Os revolucionários
soviéticos colocaram a Igreja Ortodoxa na condição de “cabeça do inimigo” e por
essa razão, precisava ser destruída. Lênin declarou que a fome podia e devia servir
para dar um golpe mortal na cabeça do inimigo. Também disse que a eletricidade
substituiria Deus: “Deixem o camponês rezar pela eletricidade e ele sentirá que o poder das
autoridades é bem maior do que o dos céus”.

“...e por amor do testemunho que deram”

Apesar dos decretos de Lênin, proibindo a manifestação religiosa, os sacerdotes


continuaram a exercer suas missões, colocando-se contra o poder bolchevista. Com
isso, a perseguição ao clero tornou-se bastante violenta e levou grande número de
sacerdotes à execução [foram mortos por amor da palavra de Deus e por
amor do testemunho que deram], ao exílio e à prisão.

Vladimir Llitch Lenin

52
“E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro
e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra?”

Há dois momentos na História que podem ilustrar bem este trecho do


Apocalipse: o primeiro se refere às perseguições religiosas, que vinham acontecendo
na Rússia [terra]; o segundo, uma manifestação espiritual ocorrida em Portugal,
ligada também a Rússia.

 Na Rússia [terra] – as perseguições religiosas causaram indignação ao


povo, que não temia arriscar a própria vida para manifestar o
descontentamento contra o poder bolchevista.
 Em Portugal – Em 1917, na Cova da Iria, três crianças – Jacinta Marta,
Francisco Marta e Lúcia de Jesus, mundialmente conhecidas como “os três
pastorinhos” – presenciaram várias aparições de Nossa Senhora de Fátima. De
acordo com elas, a Santa fez revelações sobre a Rússia, diretamente ligadas
às perseguições aos cristãos.

Algumas passagens das revelações de Nossa Senhora,


ligadas ao Apocalipse
1. “Para impedir a guerra, virei pedir a consagração da Rússia a meu imaculado
coração e a comunhão reparadora no primeiro sábado de cada mês. Se atenderem
aos meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz”.
2. “Mas, se não deixarem de ofender a Deus no pontificado do Papa Pio XI,
começará outra pior”.

53
3. “Senão espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à
Igreja. Os bons serão martirizados. O Santo Padre terá muito que sofrer. Várias
nações serão aniquiladas”.

Reparem no final desta frase:

“... não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a
terra?
Este trecho pode ser entendido como se fosse o próprio Lênin e seus
seguidores colocando a Rússia [terra] sob suas próprias verdades. Como se os
espíritos dos religiosos mortos naquele país perguntassem ao Papa [ó verdadeiro e
santo Dominador], quanto tempo ainda duraria aquele massacre [até quando?]
para, finalmente, consagrar a Rússia ao Imaculado Coração de Maria [não julgas e
vingas o nosso sangue], conforme foi revelado aos pastorinhos.

“E foram dadas a cada um compridas vestes brancas...”

Notamos nesta frase a apresentação de uma forma de tortura utilizada pelos


soviéticos na perseguição aos religiosos, a Santa Igreja Universal Apostólica Ortodoxa
admite o casamento dos clérigos, exceto dos bispos. Aos casados deu-se o nome de
“clero branco”, e aos não casados, o nome de “clero preto”. O governo soviético
obrigou os “clérigos pretos” se casarem.

54
“... e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo...”

A perseguição continuaria por algum tempo, até que o Santo Papa


consagrasse a Rússia ao Imaculado Coração de Maria.

“... até que também se completasse o número de seus conservos e


seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram”.

Os religiosos mais atuantes foram mandados para os campos de concentração e


executados, bem como as famílias deles e de outros [de seus conservos e seus
irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram].

55
A queda dos Impérios

E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um


grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício,
e a lua tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a
terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes,
abalada por um vento forte, e o céu retirou-se como um livro que se
enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.

E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os


poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas
e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos:
Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado
sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da
sua ira; e quem poderá subsistir?

56
“...e eis que houve um grande tremor de terra.”

Diferentemente dos selos anteriores, a abertura deste, procura nos fixar no


tempo, a partir de uma catástrofe natural, ou seja, de um grande terremoto.
Sendo assim, precisamos, antes de qualquer coisa, nos basear nas informações
existentes no final do quinto selo e aí, buscar a época aproximada desse
terremoto.
O selo anterior refere-se ao período revolucionário russo, o qual finalizou-se
com a fundação da URSS, União das Repúblicas Soviéticas Socialistas, em 30 de
dezembro de 1922. Este grande tremor de terra terá que ter corrido após a
implantação da URSS.

“e o sol tornou-se negro como saco de cilício...”

Por ser profetizado um terremoto como o fator representativo do início


cronológico do sexto selo, faz-se necessário, a apresentação de outras informações
que nos possibilitasse confirmar a exatidão desta decodificação, em vista que,
grandes tremores de terra vêm ocorrendo ao longo do tempo, nos quatro
cantos do mundo.

São João apresenta-nos um novo código: a palavra sol, como mais uma
ferramenta para auxiliar na decodificação da frase anterior. Vejamos: todas as nações
possuem símbolos que as representam. Dentre eles, os mais perceptíveis são: o nome
do país e a bandeira que o simboliza. De acordo com a interpretação anterior, esse

57
terremoto teria ocorrido após o dia 30 de dezembro de 1922, o primeiro grande
terremoto pós fundação da URSS, aconteceu no Japão e ficou conhecido como
grande terremoto de Kanto, causando morte de 140 mil pessoas.

Como explicado anteriormente à palavra sol veio como mais uma ferramenta
para auxiliar na exatidão da decodificação. A Palavra Japão, em português, significa
“sol nascente”. A bandeira japonesa como podemos perceber na imagem abaixo, é
formada por um círculo vermelho no centro sobre um fundo branco. O círculo
vermelho representa o sol. Donde se conclui ser o sol um dos códigos do Japão,
tornando o grande terremoto de Kanto o previsto no Apocalipse.

58
Bandeira do Japão

O terremoto de 1923 provocou um grande incêndio. O fogo espalhou-se


rapidamente em virtude do vento forte. A frase “O sol se tornou negro” pode
tanto significar a grande nuvem de fumaça formada pelo incêndio que destruiu mais
de duzentas mil casas, como uma alusão ao sentimento de luto da nação japonesa.

Incêndio Provocado Pelo Grande Terremoto de Kanto

59
“...e a lua tornou-se como sangue...”

Esta frase ganha profundo significado ao sermos conduzidos a 1923, ano do


grande terremoto de Kanto. O fato de São João afirmar que a lua assumiu
características iguais ao sangue nos indica a necessidade de uma comparação
subjetiva.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os vencedores trataram de refazer o


mapa do mundo, principalmente em relação ao Império Turco-Otomano, que não
resistiu aos conflitos e teve o seu território reduzido à atual Turquia. A perda mais
sentida pelos turcos foi Esmirna, ocupada pelos gregos, em maio de 1919, em
concordância com o tratado de Sèvres7, ferindo assim o sentimento nacionalista turco.

A conseqüência da ocupação grega da cidade de Esmirna, com o apoio dos


Aliados, resultou em um movimento nacionalista turco [Guerra de Independência
Turca]. A mobilização da sociedade turca nessa guerra, fez com que os exércitos
invasores fossem expulsos em setembro de 1922. No dia 29 de outubro do ano
seguinte foi fundada a República da Turquia, tendo como primeiro presidente Mustafá
Kemal Pasha, conhecido como Atatürk, o pai dos turcos.

A lua e a estrela são os símbolos máximos da Turquia, os quais coexistem


há séculos com a história deste povo, estes mesmos símbolos hoje fazem parte da
bandeira de vários países que outrora estiveram sobre influencia do Império
Otomano. Várias lendas acompanham a criação da bandeira da Turquia, podemos

7
Tratado assinado em 1920 entre a Turquia e os Aliados, que reduz singularmente a superfície do Império Turco. Apesar de o
sultão haver assinado esse tratado, o Parlamento Turco não o ratificou. Em 1923, foi assinado um tratado de paz [Tratado de
Lausane] entre os Aliados e a Turquia, referente ao regime dos estreitos e ao das capitulações.

60
citar duas como as mais aceitas, uma referente ao inicio do Império Otomano e a
segunda relacionada à criação da atual República da Turquia:

1) O primeiro líder otomano, a ser nomeado imperador, sonhou com uma

lua crescente e uma estrela brotando de seu peito, anunciando o desenvolvimento e a

influência que o grande Império Turco-Otomano viria conquistar, como de fato

aconteceu. No século XVII, o Império Otomano atingiu o seu auge, o seu território

chegou a possuir uma área de 11.955.000 km², 15 vezes maior do que a atual Turquia.

2) Com a queda do Império Otomano e a fundação da Turquia, o primeiro

presidente decidiu fazer uma pequena mudança na bandeira nacional. A teoria mais

aceita é a de que, Atatürk, o grande articulador e fundador da moderna Turquia, numa

noite após uma vitória expressiva em Sakarya , teve uma intuição enquanto andava no

campo de batalha, ao ver o reflexo da lua crescente e da estrela numa

grande poça de sangue derramada pelos soldados.

61
E então, a partir daí, foi criada a atual bandeira da Turquia, mantendo-se a lua
e a estrela, sobre um fundo vermelho, para lembrar o sangue derramado pelos
soldados mortos na guerra de independência turca. Dessa forma, a antiga bandeira
otomana, ao se transformar na bandeira da Turquia, tornou-se vermelha como
sangue.

“... as estrelas do céu caíram sobre a terra como quando a figueira


lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte..”

As palavras: estrelas e céu, no início do parágrafo, nos levam à seguinte


interpretação:

Estrelas = sacerdotes

Céu = religião

A partir da seguinte frase: caíram sobre a terra, começa o processo


comparativo do texto que confirma o sentido das duas palavras iniciais. A metáfora
utilizada nesta parte do Apocalipse nos leva a perceber uma sutil semelhança com a
perseguição comunista aos sacerdotes religiosos por ocasião da revolução russa
[terra].
O objetivo dessa revelação é comparar a queda do Czar e a perda do poder
religioso na Rússia com outro fato ocorrido. E São João utilizou-se da conjunção
como para mostrar essa semelhança.

62
A comparação apresenta-se por meio da frase “figueira que lança de si
os seus figos verdes”. Partindo do princípio que a figueira é o sujeito da
comparação, ela serve também de ponto de referência.

A Turquia é o maior produtor de figo do mundo. As regiões de Aydin, Esmirna

e Mugla são as maiores produtoras. Aydin e Esmirna são também as que mais sofreram

na guerra da independência turca.

Continuando a frase: “quando abalada por ventos fortes”. Indica o


momento em que a Grécia ocupou a cidade de Esmirna, incitando a Turquia a lutar
pela independência. Os figos verdes podem também significar aí os jovens mortos
nessa guerra.

Esses fatos nos permitem entender o objetivo da comparação proposta no


Apocalipse. Nos dois impérios a religião exercia grande poder nas decisões políticas.
Porém, após a entrada dos comunistas e a criação da República Turca, os religiosos
perderam essa influência. Sobre a Rússia, já abordamos neste livro. No caso da
Turquia, onde o Imperador era chamado de Califa8, com a criação de um estado laico,
o imperador foi deposto e, conseqüentemente, o título de Califa deixou de existir.

8
Termo em português para a palavra árabe “khalifa”, que é uma abreviação de khalifatu rasulil-lah

e que significa “Sucessor do mensageiro de Deus”, o Profeta Mohammad (saw). Esse título foi usado pela

primeira vez para Abu Bakr, eleito chefe da comunidade muçulmana, logo após a morte do Profeta.

63
“...e o céu retirou-se como um livro que se enrola”

Com a queda dos dois impérios, a Religião [céu] Islâmica e ortodoxa


perderam o poder. Coube então ao Estado o direito sobre as leis da Nação. O sultão
e o Czar foram depostos, a história destes dois impérios terminou, recolheu-se, como
um pergaminho [um livro que se enrola].

“e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.”

Percebe-se aqui uma relação entre este selo e o fim da Primeira Guerra
Mundial com suas conseqüências. Naturalmente porque, a partir do tratado de Sèvres,
houve uma radical transformação no mundo. Transformação esta que definiu as
fronteiras do pós-guerra, não sendo este o caso da Turquia.

Em 1923, com o Tratado de Lausane [Tratado de Paz], a Turquia recuperou boa


parte dos territórios perdidos. Fronteiras foram deslocadas em quase todos os continentes
e, finalmente, o mapa do mundo foi retificado [os montes e ilhas foram
movidos do seu lugar].

“E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os


poderosos, e todo o servo, e todo o livre...”

[E os reis da terra] – Quem eles representam? A nobreza do extinto


Império Russo. Com a morte de Lênin, em 1924, Stálin tornou-se o mandatário da
Rússia, continuou com a implantação do marxismo leninista e impôs um tratamento

64
extremamente enérgico aos que, para ele, “tramavam” contra o Estado soviético. No
final de 1930, ele criou um decreto que atingiu desde a antiga nobreza até os cidadãos
mais comuns.

[...] Um decreto de 12 de dezembro de 1930 recenseou mais de 30


categorias de lichentsy [pessoas privadas de direitos civis], “ex-
proprietários de terra”, “ex-comerciantes”, “ex-nobres”, “ex-policiais”, “ex-
funcionários czaristas”, “ex-kulaks”, “ex-locatários ou proprietários de
empresas privadas”, “ex-oficiais brancos”, servidores, monges, freiras, “ex-
membros de partidos políticos” etc...[....].

- Extraído do Livro Negro do Comunismo.

“... se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas...”

Esta frase nos permite identificá-la com os referidos “lichentsy”, que fugiram
para não serem apanhados pelo governo soviético. Vale lembrar que esta perseguição
causou a morte de muitos dos “lichentsy”.

Há ainda outro fato que representa bem esta frase. São os fiéis da “Verdadeira
Igreja Ortodoxa”, também conhecida “Igreja do deserto”, como não possuíam locais
próprios para realizarem os cultos, reuniam-se nos mais diferentes lugares [grotas e
demais locais afastados] para pregarem as palavras de Cristo.

65
“...e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-
nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do
Cordeiro...”

Em outra versão da bíblia este parágrafo apresenta maior clareza, maior


significado.

“assentado sobre o trono da ira do cordeiro”

Josef Stalin

Os cristãos foram perseguidos em vários momentos de sua história, todavia


nenhuma se comparou a ocorrida na Rússia no governo de Stalin, as atrocidades
cometidas por este ditador, o tornou, maior genocida de todos os tempos, não há
registros na história humana de tamanha atrocidade. Quem mais poderia estar

66
assentado no trono da ira de Jesus [cordeiro] do que Stalin, o maior algoz da
comunidade Cristã.

“... porque é vindo o grande dia da sua ira ...”

O mundo estava à beira de um grande conflito, previsto por Nossa Senhora de


Fátima aos “pastorinhos” em Portugal. Também nesse país uma beata recebeu
mensagens de Jesus Cristo, como esta que reproduzimos a seguir:

Carta escrita ao padre Pinho, em 28 de novembro de 1933, pela beata


Alexandrina de Balazar:

“Senhor Padre Pinho, desta vez não assino só o nome. É pouco,


porque não posso, mas queria-lhe pedir explicação destas palavras
que lhe vou dizer, porque não me lembrei quando me perguntava o
que Nosso Senhor me dizia. Muitas vezes me lembro de dizer assim:
„Ó, meu Jesus, que quereis que eu faça?‟ E sempre que digo isto não
ouço senão estas palavras: „Sofrer, amar e reparar‟”.
No capítulo o sétimo selo, detalharemos melhor este trecho do Apocalipse.

“... e quem poderá subsistir?”


Esta frase apresenta um dos períodos mais horripilantes da URSS, Stálin
visando destruir a elite social da Ucrânia e dominar os seus camponeses que

67
representavam 80% da população Ucraniana, organizou uma guerra diferenciada, a
qual ficou conhecida por Holodomor, morte por fome.

Foto de corpos abandonados em um cemitério ucraniano

No período entre 1931 -1933. Stalin tomou uma série de decisões que
precipitaram propositalmente a Ucrânia a um quadro de extermínio em massa.
Segundo historiadores, as decisões de Stalin levaram a morte por fome mais de cinco
milhões de pessoas, somente neste período. E quem poderá subsistir?

68
O anjo do sol nascente

E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro


cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento
soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi
outro anjo subir do lado do sol nascente e que tinha o selo do Deus vivo; e
clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de
danificar a terra e o mar, dizendo: não danifiqueis a terra, nem o mar, nem
as árvores até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso
Deus. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro
mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.

 Da tribo de Judá foram selados 12.000

 Da tribo de Rubem foram selados 12.000

 Da tribo de Gade foram 12.000

 Da tribo de Aser foram 12.000

 Da tribo de Naftali foram 12.000

 Da tribo de Manasés foram 12.000

69
 Da tribo de Simeão foram 12.000

 Da tribo de Levi foram 12.000

 Da tribo de Issacar foram 12.000

 Da tribo de Zebulon foram 12.000

 Da tribo de José foram 12.000

 Da tribo de Benjamim foram selados 12.000.

70
“E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os
quatro cantos da terra...”

Com o fim da Primeira Grande Guerra [e depois destas coisas], um


novo cenário começava a surgir no mundo. Quatro grandes líderes [quatro anjos]
possuíam objetivos distintos em relação à Rússia [terra].

Na segunda metade da década de 30, com o propósito de se defenderem da


atitude expansionista dos soviéticos, dois países, Alemanha e Japão, se aliaram. A esta
aliança deu-se o nome de Pacto Anti-Komintern [anticomunista]. Entretanto, por trás
desse acordo havia outros interesses, que orientavam as ações dos dois países.

Alemanha e Japão também queriam expandir seus territórios em direção à


Rússia, para explorarem os recursos energéticos e a matéria-prima deste país. O
terceiro líder mundial a entrar nessa aliança foi Benito Mussolini, concluindo assim
a tríplice aliança.

A Espanha [quarto líder] tinha um ritmo histórico diferente do resto da


Europa. Não participou da Primeira Guerra Mundial. Entretanto, prestes a se tornar
uma nação socialista, após a vitória da esquerda nas eleições de 1936, em 18 de julho
do mesmo ano, o general Franco realizou um pronunciamento no rádio, conclamando
a sociedade e os militares a se erguerem contra o regime. Foi o início da Guerra Civil
da Espanha.

Os esquerdistas receberam apoio da União Soviética [terra], enquanto os


rebeldes receberam proteção da Itália, Alemanha e Portugal, além de outros países. O
Vaticano também apoiou a Revolução. E a Espanha assinou o tratado Anti-
Komintern após a vitória de Franco sobre o regime republicano.

71
“...retendo os quatro ventos da terra...”

O substantivo vento parece representar um papel bem definido nesta frase,


quando é retido por quatro líderes [quatro anjos[. Esta interpretação nos leva
mais uma vez ao Pacto Anti-Komintern, cuja meta era combater o comunismo que
ganhava impulso internacional e tinha como principal liderança a União Soviética
[terra]. No caso da Espanha, ela literalmente reteve a expansão territorial da
URSS no continente europeu.

“...para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o


mar, nem contra árvore alguma.”

Entretanto, neste período, entende-se que os soviéticos poderiam sofrer uma


ameaça dentro do próprio território [sobre a terra].

As relações diplomáticas entre a Alemanha e a União Soviética foram subitamente rompidas


quando, durante a Segunda Grande Guerra, milhões de soldados nazistas invadiram o território
inimigo com o objetivo de ocupá-lo, na chamada Operação Barbarossa. O ataque acabou com o
período de neutralidade garantido pelo pacto de não-agressão mútua, em 1939.

Com a aproximação do exército alemão a Moscou, outra manobra foi


organizada: a Operação Typhoon , com objetivo de conquistar a capital russa. Donde,
9

deduz-se que o vento que sopraria sobre a terra poderia ser a tentativa da
conquista de Moscou.

9
Typhoon significa tufão, vento fortíssimo e tempestuoso; vendaval.

72
O substantivo mar [nem sobre o mar] pode ser interpretado neste trecho
como o ataque japonês a Pearl Harbor, no Havaí, conhecido como uma das mais
ousadas e bem planejadas operações aeronavais da Segunda Guerra Mundial.

“E vi outro anjo subir do lado do sol nascente e que tinha o selo


do Deus vivo...”

 Mateus 24:27 Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até no
Ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.

Este ponto do Apocalipse destaca um dos mais importantes momentos da


atualidade. Outro líder ganharia progressiva projeção mundial. Percebe-se bem isso
nos verbos [Vi/subir]. Ele vem com uma missão privilegiada, uma vez que não se
apresenta junto com os outros quatro anjos. E a continuação da frase nos permite
reconhecer a origem deste anjo. Já apresentamos a tradução literal da palavra Japão,
agora mostraremos como ela é constituída. A palavra Japão escreve-se desta forma:

NIHON: NI = Sol

HON = Nascente, origem.


Logo, pode-se dizer que a origem desse anjo é o Japão. E que a missão dele se
identifica na frase “que tinha o selo de Deus vivo”, ou seja, que esse líder é
uma entidade espiritual de grande poder, vindo a terra com a força do próprio Deus
Supremo. Portanto, não é exagero dizer que o anúncio da vinda desse anjo é uma
referência à chegada do tão esperado Messias.

73
Durante a década de 30 inúmeras religiões surgiram no Japão. Fato semelhante
ocorreu no Oriente Médio quando Jesus Cristo começou a pregar o Evangelho.
Vários contemporâneos dele também se sentiram portadores da missão de Redentor.
No entanto, com o passar do tempo, ficou nítida a missão ser de Cristo.

A maioria dos movimentos religiosos surgidos no Japão, na década de 30,


apresentaram-se como os construtores de uma nova cultura mundial. Acreditamos,
porém, que só o tempo nos revelará quem é o verdadeiro Messias, aquele que nos
guiará a essa nova cultura e que terá o poder de unir a humanidade. Esse líder se
apresentará como Deus encarnado [tinha o selo de Deus vivo].

“... e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora
dado o poder de danificar a terra e o mar, dizendo: Não
danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores até que hajamos
assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus”.

De acordo com a profecia, na segunda metade da década de trinta haverá uma


seleção étnica, ou melhor, um grupo específico de pessoas, dentro de uma
determinada sociedade, deverá ser escolhido. Esse mesmo grupo deverá ter ligação
direta com o início da Segunda Grande Guerra, pois os combates só poderão ter
início após serem definidos os escolhidos. [Não danifiqueis a terra, nem o mar,
nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos
do nosso Deus].
Esta decodificação apresenta a Segunda Grande Guerra e esta perseguição
étnica como fatores preparatórios para a concretização da missão do Messias.

74
Realmente antes de ter início a Segunda Grande Guerra a etnia judaica sofreu
forte perseguição na Alemanha Nazista. Em 15 de setembro de 1935, com as leis anti-
semitas de Nuremberg, os judeus perderam a cidadania e os direitos civis. Milhares
deles foram mandados para os campos de concentração. Crianças judias foram
expulsas da escola. Propriedades e negócios judeus foram expropriados.

Em 1937 o Papa Pio XI, por meio da encíclica Mit brennender Sorge,
condenou a perseguição aos judeus e, no dia 21 de março do mesmo ano, fez com que
ela fosse lida em todas as igrejas da Alemanha.

O objetivo do Vaticano era claro: alertar os alemães sobre a postura


discriminatória do governante daquele país, abominando todas as práticas nazistas e
expondo claramente a situação vergonhosa e humilhante imposta aos judeus. No ano
seguinte, quase mil e quatrocentas sinagogas foram incendiadas e destruídas; centenas
de milhares de cacos de vidro foram espalhados pelo chão; cerca de 100 judeus foram
mortos; milhares ficaram feridos, centenas desabrigados, perto de 30 mil judeus foram
presos e mandados para os campos de concentração de Dachau, Buchenwald e
Sachsenhausen.

“E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e


quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.”

Acreditamos que esse número esteja ligado ao período correspondente a


implantação da Lei de Nurember em setembro de 1935 até o início da Segunda
Grande Guerra Mundial, com a invasão alemã sobre a Polônia em setembro de 1939.
Neste período, a Palestina recebeu a mais ou menos 144 mil Judeus. Após o início da
Segunda Grande Guerra, tornou-se praticamente impossível a fuga de algum judeu

75
das garras do Nazismo. Eles só voltaram a ter liberdade com o fim da Segunda Guerra
e a derrota do Eixo.

Imigrantes Judeus para a Palestina

1935 – 66.472

1936 – 29.595

1937 – 10.629

1938 – 14.675

1939 – 31.195

Total – 152. 566

Obs: Os valores representam o quantitativo anual do processo migratório na


Palestina, sendo assim as 152.566 pessoas que aparecem no quadro acima não
equivalem ao período analisado no texto, pois os números equivalem ao ano inteiro.
Como a Lei de nurenberg é de setembro de 1935 e a guerra começou em setembro de
1939, teríamos que extrai deste quadro os oito primeiros meses de 1935 e os três
últimos meses de 1939.

76
O Vaticano e os Judeus

Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão a qual


ninguém podia contar, de todas as nações e tribos, e povos e línguas,
que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes
brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz,
dizendo:
“Salvação ao nosso Deus,

que está assentado no trono,


e ao Cordeiro.”
E todos os anjos estavam ao redor do trono e dos anciãos e dos
quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos e
adoraram a Deus, dizendo:
Amém. Louvor e glória,
e sabedoria e ação de graças,
e honra e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre.
Amém.
E um dos anciãos me falou, dizendo:
Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde
vieram?

77
E eu disse-lhe:
Senhor, tu sabes.
E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação e
lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por
isso estão diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no
seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com
a sua sombra. Nunca mais terão fome; nunca mais terão sede; nem
sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está
no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes
das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima.

78
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual
ninguém podia contar...”

Este capítulo nos direciona cronologicamente a partir de dois fatores: o


primeiro deles seria um evento que reuniria uma multidão, a qual ninguém
podia contar. O segundo seria o local, uma vez que o próprio texto [eis aqui]
nos conduz a ele.

O Apocalipse fala do Juízo Final cristão. Donde conclui-se que, quando São
João profetizou que este fato aconteceria aqui, estava se referindo ao Vaticano, local
de máxima representatividade do desejo cristão no mundo, ou melhor, o local desse
evento.

“... de todas as nações e tribos, e povos e línguas...”

Significa que o Vaticano receberia pessoas de todas as partes do mundo, como


realmente aconteceu no início de 1939.

“...estavam diante do trono e perante o Cordeiro...”

O cordeiro refere-se a Jesus Cristo; e o trono, à cadeira de Pedro, ou seja, o


trono papal, no Vaticano. Esta conclusão ratifica a interpretação anterior, que
identifica o local do acontecimento [Vaticano], que reuniria esta multidão. Esta
frase contém duas informações aparentemente complementares, mas que, ao serem
analisadas mais de perto, mostra-nos que as situações são ambíguas. Vejamos por que:

79
quando decodificamos o Cordeiro como sendo Jesus Cristo, e o trono, como a
cadeira do Pontífice, que representa a vontade de Jesus na terra, concluímos que o
corpo de Cristo no mundo material é o próprio Papa.

A partir dessas informações podemos reavaliar a frase anterior. São João


apresenta Jesus e o Papa em situações distintas [diante do trono e perante o
Cordeiro]. O que nos faz pensar que, mesmo que a multidão estivesse diante do
trono, ela não reconhecia Jesus na pessoa do Papa. Seria necessário estar perante o
Cordeiro. Isto é, a multidão estava diante de um trono vazio, porque buscava única
e exclusivamente Jesus.

“...trajando vestes brancas...”

As vestes brancas referem-se às perseguições religiosas que vinham


ocorrendo em várias partes do mundo e que foram fortemente combatidas por Pio
XI, por meio de duas Encíclicas Divini Redemptoris e a Mit Brennender Sorge.

Apresentamos a seguir trechos das duas encíclicas, para que o leitor possa ter
uma ligeira noção da importância deste Pontífice no combate às perseguições
comunistas e nazistas.

(Divini Redemptoris)

80
Tópico 8
“A doutrina comunista, que em nossos dias se apregoa, de modo muito mais acentuado que
outros sistemas semelhantes do passado, apresenta-se sob a máscara de redenção dos humildes. E um
pseudo-ideal de justiça, de igualdade e de fraternidade universal no trabalho de tal modo impregna
toda a sua doutrina e toda a sua atividade de um misticismo hipócrita que as multidões seduzidas por
promessas falazes e como que estimuladas por um contágio violentíssimo lhes comunica um ardor e
entusiasmo irreprimível, o que é muito mais fácil em nossos dias, em que a pouco eqüitativa repartição
dos bens deste mundo dá como conseqüência a miséria anormal de muitos”.

Tópico 9

“Ora, a doutrina que os comunistas em nossos dias espalham, proposta muitas vezes sob
aparências capciosas e sedutoras, funda-se de fato nos princípios do materialismo chamado dialético e
histórico, ensinado por Karl Marx, de que os teóricos do bolchevismo se gloriam de possuir a única
interpretação genuína. Essa doutrina proclama que não há mais que uma só realidade universal, a
matéria, formada por forças cegas e ocultas que, através da sua evolução natural, se vai
transformando em planta, em animal, em homem. Do mesmo modo, a sociedade humana, dizem, não
é outra coisa mais do que uma aparência ou forma da matéria, que vai evolucionando, como fica dito,
e por uma necessidade inelutável e um perpétuo conflito de forças, vai pendendo para a síntese final:
uma sociedade sem classes. É, pois, evidente que neste sistema não há lugar sequer para a idéia de
Deus; é evidente que entre espírito e matéria, entre alma e corpo não há diferença alguma; que a alma
não sobrevive depois da morte, nem há outra vida depois desta. Além disso, os comunistas, insistindo
no método dialético do seu materialismo, pretendem que o conflito a que acima nos referimos, o qual
levará a natureza à síntese final, pode ser acelerado pelos homens.”

“É por isso que se esforçam por tornarem mais agudos os antagonismos que surgem entre as
várias classes, da sociedade, porfiando porque a luta de classes, tão cheia, infelizmente, de ódios e de

81
ruínas, tome o aspecto de uma guerra santa em prol do progresso da Humanidade; e até mesmo
porque todas as barreiras que se opõem a essas sistemáticas violências sejam completamente
destruídas, como inimigas do gênero humano”.

Tópico 80

“Mas não podemos pôr termo a esta Carta Encíclica sem dirigir uma palavra àqueles
mesmos filhos. Nossos que estão já contagiados ou tocados do mal comunista. Exortamo-los
vivamente a que ouçam a voz do Pai que os ama; e rogamos ao Senhor que os ilumine, para que
deixem o caminho que os despenha a todos numa imensa e catastrófica ruína e reconheçam também
eles que o único Salvador é Jesus Cristo Senhor Nosso: porque não há sob o céu nenhum outro nome
dado aos homens, pelo qual possamos esperar ser salvos” [At. 4, 12]. Pertence à salvação

(Mit Brennender Sorge )

[...]

“Em uma hora, quando sua fé, como o ouro, está sendo testada no fogo da tribulação e da
perseguição, quando sua liberdade religiosa foi jogada para todos os lados, quando a falta do ensino
religioso e da defesa normal pesa pesadamente em você, você tem direito às palavras da verdade e do
conforto espiritual dele, de quem ouviu do primeiro ancestral estas palavras do Senhor”.

“Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os
teus irmãos” [Lucas 22:32].

“... com palmas nas suas mãos...”

82
Mundialmente as palmas são utilizadas como forma da manifestação de
gratidão por algum trabalho realizado, o que nos leva a acreditar que, de alguma
forma, os trabalhos de Pio XI estariam concluídos e sendo merecedores de profunda
gratidão dos perseguidos.

“... e clamavam com grande voz, dizendo salvação ao nosso


Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro...”

Extremução do Papa PioXI

Há certa incoerência nesta frase [salvação ao nosso Deus, que está


assentado no trono]. Isto porque Deus não precisa ser salvo. Não fosse
assim, não seria Deus. Nós é que devemos pedir-Lhe salvação. Na verdade, o pedido
aí está sendo direcionado para a salvação de uma determinada pessoa, que deveria
estar assentada no trono do Vaticano. Para os cristãos, a verdadeira salvação é a
morte, pois a partir dela o homem estará apto a viver a vida eterna. O Papa Pio XI
falece em 10 de fevereiro de 1939.

“E todos os anjos estavam ao redor do trono...”

83
Na Bíblia Almeida, revisada e atualizada, esta frase foi traduzida da seguinte
forma: Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono.

A frase define bem o momento do velório. Quando o corpo do Pontífice


estava sendo velado, religiosos [anjos] estavam de pé, ao redor do corpo [do
trono], prestando as últimas homenagens.

“...e dos anciãos e dos quatro animais...”

Mais uma vez nos valemos do texto da Bíblia Almeida revista e atualizada para
melhor compreensão da frase:

os anciãos e os quatros seres viventes


Reconhecemos aqui os anciãos como sendo os cardeais que também prestavam as
últimas homenagens ao Pontífice.

“...e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos...”

e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto....


[Almeida revista e atualizada]

A distinção entre uma frase e outra é de total importância, pois na primeira,


eles [os anjos], prostraram-se sobre os rostos dos anciãos, de quem assentado
sobre o trono, e dos quatros animais.

84
De acordo com a segunda tradução, da Bíblia Almeida revista e atualizada, os
anjos, os anciãos e os quatro seres viventes estão de pé, prostrados sobre o
rosto de quem estava assentado no trono.

Velório do Papa Pio Xi

A interpretação baseia-se na segunda tradução, que nos permite concluir que só


é possível prostrar-se sobre o rosto de alguém se este alguém estiver deitado. E como
na frase está claro que este alguém se encontra no trono, deduz-se que seja o velório
do Papa Pio XI.

“... e adoraram a Deus, dizendo: Amém. Louvor e glória, e


sabedoria e ação de graças, e honra e poder, e força ao nosso
Deus, para todo o sempre. Amém...”
Nova oração é feita a Deus. Porém, nesta notam-se dois pontos que a
diferenciam da primeira:

1. Na primeira, a multidão fazia parte da prece. Nesta destacam-se os anjos,


os anciãos e os quatro seres viventes.

85
2. A oração feita ao Papa Pio XI [nosso Deus] roga por sua salvação. Nesta
pede-se que o Santo Padre tenha qualidades próprias de um Pontífice pronto a
exercer suas funções [Louvor e glória, e sabedoria e ação de graças,
e honra e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre.
Amém]

“E um dos anciãos me falou, dizendo: ...”

Um dos anciãos tomou a palavra dizendo:...


[Bíblia Almeida revista e atualizada]

Com o falecimento do Papa Pio XI, houve um novo conclave, elegendo o


cardeal Eugênio Maria Giuseppe Pacelli, como pontífice, o qual intitulou-se Pio XII.

Coroação do Papa Pio XII

“Estes, que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de


onde vieram?”

86
Após as perseguições aos cristãos, pelos comunistas e pelos anarquistas,
começou a perseguição aos judeus. É, portanto, natural a pergunta do Santo Padre
sobre a origem dos novos perseguidos.

“E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me:...”

O Papa estava ciente da perseguição aos judeus na Alemanha de Hitler, uma


vez que o próprio Pio XI já havia condenado, em 1937, a ideologia racista do ditador
na Encíclica Mit Brennender Sorge.

Mesmo assim, Pio XII reatou relações com o nazista no início do seu
pontificado, enviou inclusive uma carta a ele, na qual demonstrava interesse em
estabelecer acordo entre o Vaticano e a Alemanha:

“Ao ilustre, Her Adolf Hitler, Führer e Chanceler do Reich Alemão!

Aqui, no início de nosso pontificado, desejamos assegurá-lo de que permanecemos


dedicados ao bem-estar espiritual do povo alemão, confiado à sua liderança. Imploramos
que o Deus Todo-Poderoso conceda a eles aquela verdadeira felicidade que advém da
Religião.

Recordamos com grande prazer os muitos anos que passamos na Alemanha como
Núncio Apostólico, quando fizemos tudo que estava ao nosso alcance para estabelecer
relações harmoniosas entre a Igreja e o Estado. Agora que as responsabilidades de nossa

87
função pastoral aumentaram nossas oportunidades, muito mais ardente oramos para
alcançar este objetivo.

Que a prosperidade do povo alemão e seu progresso e cada parte venha, com a
ajuda de Deus, fruir!

Neste dia 6 de março de 1939. Em Roma, na Basílica de São Pedro, no


primeiro ano do nosso pontificado.

Papa Pio XII

Esta carta contraria a Encíclica de Pio XI, que denunciou a perseguição do


governo de Hitler aos judeus. A total consciência da perseguição judaica pelo Papa Pio
XII [tu sabes], encontra-se na encíclica de Pio XI.

Outro fato bem interessante é a análise da frase seguinte, em que o termo


utilizado na Encíclica de Pio XI é semelhante ao empregado no Apocalipse, com o
objetivo de denunciar as atrocidades nazistas, indicando também a possibilidade do
Papa Pio XI estar consciente do momento apocalíptico que estava vivendo.

“Estes são os que vieram da grande tribulação...”

 Mateus 24:21 Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do
mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.

88
Aqui se descreve o momento em que vivem os perseguidos, exatamente como
consta no Apocalipse. Analise as palavras do Santo Padre, o papa Pio XI:

“Em uma hora, quando sua fé, como o ouro, está sendo testada no fogo da tribulação.

“...e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do


Cordeiro”

Este trecho refere-se ao início da perseguição aos judeus, quando muitos se


converteram para fugir das maldades impostas ao grupo. Por isso, lavaram as suas
vestes, tornando-se cristãos [no sangue do Cordeiro].

“Por isso estão diante do trono de Deus...”

Em 1939 o papa Pio XII se esforçou para conseguir imigrar os judeus em


outros países por intermédio dos núncios apostólicos. Apesar do esforço diplomático
do Vaticano, não foi possível um grande resultado, embora tenha conseguido salvar
milhares de famílias. As solicitações de cidadania feitas pelos judeus convertidos são
facilmente reconhecidas no trecho: “...diante do trono de Deus”

“... e o servem de dia e de noite no seu templo...”

Aqui se confirma a questão dos judeus convertidos, que durante um período


conseguem manter-se seguros, demonstrando-se fiéis ao Cristianismo e servindo à
Igreja Católica na Alemanha. No entanto, entre novembro de 1938 e setembro de

89
1939, cerca de 180 mil judeus fugiram daquele país, o que nos leva a avaliar a extensão
do extermínio étnico ocorrido na região.

“...e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a


sua sombra”

Neste parágrafo percebe-se uma previsão, uma vez que o verbo “cobrir”
encontra-se no futuro. Coincidência ou não, quatro anos mais tarde [1943] o Papa
[aquele que está assentado sobre o trono] concedeu cidadania a mais ou
menos um milhão e quinhentas mil pessoas, após a Alemanha invadir a cidade de
Roma.
Pio XII determinou, então, que o Clero se esforçasse para salvar vidas e,
imediatamente, as portas das instituições católicas italianas se abriram para esconder
os judeus foragidos [os cobrirá com a sua sombra].
Cento e cinqüenta conventos e mosteiros de Roma ofereceram asilo a
aproximadamente cinco mil judeus. Três mil judeus refugiaram-se na residência de
verão do Papa, em Castelgandolfo. Sessenta judeus viveram nove meses dentro da
Universidade Gregoriana. Oitocentos judeus foram salvos pelo cardeal Boeto de
Gênova. Trezentos judeus ficaram escondidos por mais de dois anos, apoiados pelo
bispo de Assis. Novecentos e sessenta e um judeus foram salvos pelo bispo de
Campânia e dois de seus parentes. Muitos foram escondidos no subsolo do Pontifício
Instituto Bíblico.

90
“Nunca mais terão fome...”

Em virtude da perseguição aos judeus, estes ficaram sem condições mínimas de


sobrevivência e muitos morreram de inanição. Entretanto, com a proteção católica, o
desespero da fome desapareceu e, como previsto no Novo Testamento, nunca mais
haverá uma tribulação como esta.

“...nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá
sobre eles...”

A descrição anterior refere-se inclusive a este ponto, dispensando mais


explicações.

“...pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará...”

Com a determinação do Santo Papa [no meio do trono], de abrir as


instituições católicas para receber os judeus, eles se livraram das perseguições nazistas
[os apascentará] e adquiriram segurança para continuarem as próprias existências.

Enquanto 80% dos judeus da Europa foram mortos

80% dos judeus italianos sobreviveram ao nazismo.

91
“...e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida”

O papa Pio XII conseguiu conduzir vários judeus para a América Latina. As
fontes da água da vida podem ser interpretadas como as águas do rio Amazonas,
um rio sul-americano, considerado o maior do mundo, com vários afluentes [fontes]
em vários países da América do Sul.

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima”

É possível sentir nesta frase a manifestação do amor de Deus aos que


conseguiram imigrar para o continente latino-americano e construir nova história de
vida. Deus, portanto, aliviou-lhes o sofrimento.

92
Os sete anjos com as suas trombetas

E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu


quase por meia hora. E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus,
e foram-lhes dadas sete trombetas.

E veio outro anjo e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário


de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de
todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono, e a
fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do
anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o incensário e o encheu do
fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes e
trovões, e relâmpagos e terremotos. E os sete anjos, que tinham as
sete trombetas, prepararam-se para tocá-las.

93
“E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase
por meia hora”

Este selo anuncia a chegada da Segunda Guerra Mundial, um dos momentos


mais aterrorizantes já vividos pela raça humana. O silêncio que se fez no céu
[Religião] pode ser visto como o do Vaticano, que se calou durante os três
primeiros anos de guerra. Se interpretarmos o período que durou a Segunda Grande
Guerra [01.09.39 – 15.08.45] como uma hora completa, a metade dela equivalerá a
três anos.

A primeira vez que o Santo Papa se pronunciou foi no dia 31 de outubro de


1942, mais ou menos três anos após o início da guerra. Logo, durante quase meia
hora, ou melhor, durante mais ou menos metade da guerra o Vaticano [Céu] se
calou [fez-se silêncio].

“E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes


dadas sete trombetas.”

 Mateus 24:31 E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os
quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos
céus.

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O fato das trombetas poderem ser identificadas como o momento da Segunda
Grande Guerra, implica concluir que, por alguma razão não compreendida por nós,
seres humanos, todo esse massacre fazia parte dos planos divinos [diante de
Deus].

“E veio outro anjo e pôs-se junto ao altar...”

Esta frase apresenta uma intrigante revelação: a frase acima liga diretamente a
quebra do silêncio do Vaticano a esse outro anjo, que se põe junto ao altar.
Entre os anos de 1936 e 1942, ocorreram várias manifestações espirituais em
Portugal, as quais influenciaram diretamente o Papa Pio XII. Além das aparições da
Virgem Maria aos pastorinhos, uma nova manifestação espiritual começou chamar a
atenção do Vaticano. A Beata Alexandrina de Balazar recebeu de Jesus Cristo
orientações sobre a necessidade da consagração do mundo ao Imaculado Coração de
Sua Mãe Maria.

“... tendo um incensário de ouro...”

Visita dos magos


[...]
 Mateus 2:9 Depois de ouvirem o rei, partiram: e eis que a estrela que viram do
Oriente os procedia até que, chegando, parou sobre onde estava o menino.

 Mateus 2:10 E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo.

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 Mateus 2:11 Entrando na casa viram o menino com Maria, sua mãe.
Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas:
ouro, incenso e mirra.
[...]

De acordo com o Novo Testamento, Nossa Senhora e Jesus Cristo receberam


incenso, ouro e mirra [incensário de ouro].

“... e foi-lhe dado muito incenso...”

A Beata Alexandrina recebeu de Cristo em 1939 a mensagem de que a Segunda


Guerra viria como forma de castigo pelos graves pecados da Humanidade. E que não
bastava a conversão da Rússia, mas do mundo inteiro [dado muito incenso], ou
seja, era necessário surgir outro anjo, a Beata Alexandrina, uma vez que a Virgem
Maria, quando apareceu para os três pastorinhos, visava impedir a guerra. Não
conseguindo evitá-la, nova seqüência de aparições se fez necessária.
Jesus Cristo também declarou por intermédio de Alexandrina, referindo-se ao
novo Pontífice Pio XII:

“É este Papa que consagrará o mundo ao Coração Imaculado


de Minha Mãe”.

“... para o pôr com as orações de todos os santos...”


Esta frase indica que as mensagens de Jesus Cristo deveriam ser atreladas a
outra [para o pôr com], a seqüência da frase torna esta decodificação ainda mais

96
misteriosa, pois nesta mesma época Nossa Senhora pede à Irmã Lúcia que a
consagração do mundo ao seu imaculado coração [as orações] fosse feita com a
comunhão de todos os bispos do mundo [todos os santos].

“... sobre o altar de ouro, que está diante do trono”

O altar de ouro é uma referência à Basílica de São Pedro, centro mundial da fé


católica romana. Local onde seria realizada a consagração do mundo ao Imaculado
Coração de Maria.

Esta igreja foi erguida sobre o local onde acreditavam ser o túmulo de São
Pedro.

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“... e a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos
desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o
incensário e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra”

Este trecho refere-se à Irmã Lúcia, que uniu as aparições de Cristo e da Virgem
Maria, acrescentou a importância de consagrar a Rússia, elaborou um documento e o
enviou ao papa Pio XII com todas essas informações.

“... e houve depois vozes...”

Conforme revelado por Jesus Cristo a Alexandrina de Balazr, o Papa Pio XII
quebrou o silêncio do Vaticano [vozes], ao consagrar o mundo, por mais de uma
vez, ao Imaculado Coração de Maria. Esta é a razão da palavra estar no plural. Neste
mesmo período o Pontífice realizou outro pronunciamento, dessa vez referindo-se
aos judeus.

Papa Pio XII

98
Os três momentos dos pronunciamentos do Papa
e
as implicações na Guerra

Primeiro momento - O Santo Padre consagrou o mundo ao Imaculado Coração


de Maria na rádio do Vaticano, em português, no dia 31 de outubro de 1942. No mês
seguinte, misteriosamente, os soviéticos iniciaram um contra-ataque, batizado de Operação
Urano, com o objetivo de envolver as divisões alemãs em Stalingrado. No dia 19 desse mesmo
mês, as tropas do general Vatutin irromperam contra o flanco dos exércitos do Eixo, enquanto
ao sul as tropas de Rokossovsky faziam a mesma coisa. Os alemães foram cercados pelo
Exército Vermelho e as tentativas de abastecê os exércitos do Eixo através de uma ponte
aérea não obtiveram sucesso, iniciando a recuperação da União Soviética pelas Forças
Aliadas.
Segundo momento – O Papa fez novo pronunciamento, este realizado na
Basílica de São Pedro, no dia 8 de dezembro de 1942 e consagrou mais uma vez o mundo ao
Imaculado Coração de Maria, com menção velada da Rússia.
Em janeiro de 1943, Marrocos foi palco da conferência de Casablanca entre o
presidente norte-americano Franklim Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston
Churchill. Esta conferência definiu o desembarque na Sicília e provocou a queda de Mussolini.
Terceiro momento – Em seu famoso discurso natalino de 1942, o Papa
condenou a perseguição nazista contra os judeus. E, a partir do início de 1943, apesar de
vários campos de concentração estarem sendo construídos outros começaram a ser fechados na
Europa.

99
“... e trovões e relâmpagos....”

São João vincula estes fenômenos da natureza [trovões e relâmpagos] ao


ato do Santo Papa. Com isso, ele nos mune de informações que vêm comprovar a
ligação deste sétimo selo com os acontecimentos que marcaram a Segunda Guerra
Mundial.
Após os pronunciamentos do Pontífice, a guerra tomou novo rumo. O Eixo se
viu forçado a buscar opções para romper o bloqueio russo, uma delas foi a Operação
Tempestade de Inverno [trovões e relâmpagos]. No entanto, no dia 2 de
fevereiro de 1943, os soldados alemães se renderam, terminando assim um dos
capítulos mais conhecidos da Segunda Guerra Mundial, as batalhas na URSS são
considerada as mais sangrentas da história da humanidade.

“...e terremoto”

No dia 22 de fevereiro de 1943 houve um terremoto de 7,5 graus na escala


Richter em Acapulco, México.

“E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se


para tocá-las.”

A interpretação das sete trombetas poderá ser lida no terceiro volume desta
coleção “Decodificando o Apocalipse – As Sete Trombetas”.

100
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