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A aula começou com uma revisão dos conteúdos abordados nas últimas aulas, sobre
a filosofia de Thomas Kuhn:
Segundo Kuhn, o sujeito não é neutro, isolado, vive numa contextualização ideológica
e social. Este é um problema que afeta as ciências humanas e as ciências exatas. Para
demonstrar este conceito, recorreu-se a um exemplo atual: um grupo de paleontólogos na
Alemanha, querem alterar o nome de oitenta e nove dinossauros, devido ao sexismo,
racismo e origens coloniais presentes nestes. Assim, pudemos concluir de que forma que o
cientista tem um quadro ideológico e conceptual que pode interferir com a sua prática
científica.
Para além disso, ao contrário de Popper, para Kuhn a ciência não é um processo
cumulativo, mas é feito através de rupturas, que trazem uma nova forma de observar a
realidade, não sendo esta melhor nem pior que a anterior.
Recordou-se, também, a noção de paradigma como modelo explicativo defendido por
Kuhn, dentro do qual é realizada a investigação científica, bem como o que essa
investigação implica, como os instrumentos, metodologias, leis e teorias. De seguida,
abordou-se a forma como a ciência evolui:
Inicialmente, existe um período de Pré-ciência, onde não há acordo, nem comunidade
científica, havendo por isso tantas teorias quanto investigadores, estando estes num debate
permanente; de seguida, vai-se formando o paradigma, numa etapa a que chamamos
Emergência paradigmática. Nesta, a comunidade científica vai-se formando, passando a
haver acordo acerca das teorias, leis, e instrumentos a aplicar na investigação, até surgir,
definitivamente, o paradigma; O período de ciência normal é definido pela aplicação do
paradigma, dentro do qual se realiza toda a investigação; Kuhn, prevê que, com o tempo,
haja um surgimento de anomalias no paradigma estabelecido no período de ciência normal.
Com a pouca capacidade de resposta do paradigma às anomalias que vão surgindo,
Francisco Batalha
N11 11CT3