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Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-

Brasileira

Letras - Lingua inglesa

Iniciação ao Pensamento Científico

Ensaio curricular
Rota para a Ciência Normal", de Thomas Kuhn “ e a perspectivas do linguista Noam
chomsky, tipos de conhecimento , Uma introdução a ciência Indígina e suas leis
naturais de de interdependência.

Aluno: Edgar Lucas Fernando Pereira

Professor: Prof. José Josberto Montenegro Sousa

Acarape, Ceará, 01 de Novembro de 2023.

UNILAB – CE.

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Introdução

Durante as aulas ministradas no corrente semestre, eu aprendi que ciência é uma fase
importante do progresso científico e que as ciências modernas são os tesouros
culturais e que estão entres as mais marcantes conquistas humas.

Dentre os vários campos do conhecimento, o campo científico são o que mais chamou
a minha atenção pelo seu aparente progresso e desenvolvimento. Boa parte desta
imagem que temos das ciências é ligada ao sucesso das ciências naturais que gozam
de grande respeito e admiração por parte do público leigo. A ciência é em si parte do
conhecimento e da vida humana, e como tal merece destaque no campo da filosofia
que lhe dedica uma de suas vertentes, a filosofia da ciência. O estudo filosófico do
trabalho científico é feito desde longa data e grandes nomes já dedicaram seu tempo e
esforço a esta atividade. A concepção de ciência historicamente orientada de Thomas
Kuhn vinculada a sua obra A Estrutura das Revoluções Científicas (KUHN, 2011). Tal
concepção foi pioneira no campo da filosofia da ciência por dar importante foco ao
papel da história na produção de uma imagem de ciência compatível com o trabalho
científico.

Durante o ensaio abordarei sobre “ A Rota para a Ciência Normal", de Thomas Kuhn “
e a perspectivas do linguista Noam chomsky, tipos de conhecimento , Uma introdução
a ciência Indígina e suas leis naturais de de interdependência.

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2. Concepção de Thomas Kuhn “ A rota para a ciencia normal”

2.0.1 Paradigmas segundo Thomas Kuhn

De acordo com Thomas Kuhn, nas ciências físicas um determinado ponto de vista é
comumente compartilhado pela maioria dos membros de uma ciência; em física ou
química, por exemplo, a maioria dos pesquisadores também compartilha um conjunto
comum de suposições ou crenças sobre sua área. Kuhn se refere a um ponto de vista
tão amplamente aceito como um paradigma.

Embora ele empregasse o termo paradigma de várias maneiras, a maioria das vezes
ele o define como “toda a constelação de crenças, valores, técnicas, etc.,
compartilhados pelos membros de uma determinada comunidade científica”. Para
aqueles cientistas que aceitam um paradigma, ele se torna a forma de olhar e analisar
o objeto de sua ciência.

2.0.2 Ciência normal

Os paradigmas orientam as pesquisas feitas no período de ciência normal. Depreende-


se deste fato que o termo ciência normal “significa a pesquisa firmemente baseada em
uma ou mais realizações científicas passadas” (KUHN, 2011, p. 29). Tendo como pano
de fundo o paradigma, durante o período de ciência normal o praticante de uma ciência
irá empenhar-se em articular o paradigma a condições novas e mais rigorosas. Este
trabalho de articulação do paradigma é o que caracteriza e define a ciência normal.

Uma vez aceito um paradigma, as atividades daqueles que o aceitam se tornam uma
questão de explorar as implicações desse paradigma. Kuhn se referiu a tais atividades
como Ciência Normal.

A ciência normal fornece o que Kuhn chamou de operação de limpeza do paradigma.


Ao seguir um paradigma, os cientistas exploram em profundidade os problemas
definidos pelo paradigma e utilizam as técnicas sugeridas pelo paradigma enquanto
exploram esses problema.

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Em seu ensaio "A Rota para a Ciência Normal", Thomas Kuhn argumenta que a ciência
normal, ou seja, a pesquisa científica que ocorre dentro de um paradigma
compartilhado, é caracterizada por uma série de características.

Em primeiro lugar, a ciência normal é uma atividade de resolução de quebra-cabeças.


Os quebra-cabeças são problemas que podem ser resolvidos usando as regras e
princípios do paradigma.

Em segundo lugar, a ciência normal é cumulativa. Os cientistas que trabalham dentro


de um paradigma geralmente estão comprometidos com a ideia de que o paradigma é
uma descrição verdadeira do mundo. Assim, eles buscam resolver quebra-cabeças
usando as regras e princípios do paradigma, e não desafiando o paradigma em si.

Em terceiro lugar, a ciência normal é consensual. Os cientistas que trabalham dentro


de um paradigma geralmente concordam sobre o que é um quebra-cabeça, como ele
deve ser resolvido e quais são os critérios para uma solução bem-sucedida.

Kuhn argumenta que essas características são necessárias para que a ciência normal
seja eficaz. Se a ciência normal não fosse uma atividade de resolução de quebra-
cabeças, os cientistas ficariam perdidos e sem rumo. Se a ciência normal não fosse
cumulativa, os cientistas estariam constantemente reinventando a roda. E se a ciência
normal não fosse consensual, a comunicação e a colaboração entre cientistas seriam
impossíveis.

Kuhn também argumenta que a ciência normal é uma fase necessária do progresso
científico. A ciência normal fornece um quadro estável dentro do qual os cientistas
podem resolver quebra-cabeças e fazer descobertas. É apenas quando um paradigma
se torna inadequado para resolver os quebra-cabeças que surge uma crise e a ciência
normal é substituída por uma revolução científica.

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2.0.3 principais características da ciência normal, de acordo
com Kuhn:

Um paradigma compartilhado: A ciência normal ocorre dentro de um paradigma


compartilhado, ou seja, um conjunto de crenças, valores e práticas que são aceitas
pela comunidade científica.

Resolução de quebra-cabeças: A ciência normal é uma atividade de resolução de


quebra-cabeças. Os quebra-cabeças são problemas que podem ser resolvidos usando
as regras e princípios do paradigma.

Cumulatividade: A ciência normal é cumulativa. Os cientistas que trabalham dentro


de um paradigma geralmente estão comprometidos com a ideia de que o paradigma é
uma descrição verdadeira do mundo.

Consenso: A ciência normal é consensual. Os cientistas que trabalham dentro de um


paradigma geralmente concordam sobre o que é um quebra-cabeça, como ele deve ser
resolvido e quais são os critérios para uma solução bem-sucedida.

Kuhn argumenta que essas características são necessárias para que a ciência normal
seja eficaz. Se a ciência normal não fosse uma atividade de resolução de quebra-
cabeças, os cientistas ficariam perdidos e sem rumo. Se a ciência normal não fosse
cumulativa, os cientistas estariam constantemente reinventando a roda. E se a ciência
normal não fosse consensual, a comunicação e a colaboração entre cientistas seriam
impossíveis.

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2.0.4 A visao do Linguista Noam Chomisky

Chomsky concorda com Thomas Kuhn que a ciência normal é uma fase importante do
progresso científico. No entanto, Chomsky oferece uma visão mais detalhada da
ciência normal, enfatizando o papel da criatividade e da inovação na pesquisa
científica.

Chomsky argumenta que a ciência normal não é simplesmente uma atividade de


resolução de quebra-cabeças. Os cientistas que trabalham dentro de um paradigma
também estão envolvidos em atividades criativas, como a formulação de novas
hipóteses e a construção de novos modelos. Essas atividades criativas são essenciais
para o progresso científico, pois permitem que os cientistas expandam o conhecimento
que já possuem.

Chomsky também argumenta que a ciência normal não é necessariamente cumulativa.


Os cientistas que trabalham dentro de um paradigma podem, na verdade, fazer
descobertas que são inconsistentes com o paradigma. Essas descobertas podem levar
a uma crise do paradigma e, eventualmente, a uma revolução científica.

3. Concepção dos tipos de conhecimentos

3.0.1 Senso comum

É um conhecimento que existe desde a época dos homens das cavernas. É um


conhecimento passado de geração em geração, e que, de certa forma, deu origem a
todos os outros tipos de conhecimento. A grande maioria dos fatos do nosso cotidiano
atual tiveram origem no senso comum, e muitas vezes, por mero acaso. A descoberta
do fogo, por exemplo, foi um dos maiores saltos tecnológicos experimentados pelos
homens daquela época. O homem deve ter conhecido o fogo por acaso, mas a partir
do momento que dominou a arte fazer o fogo, passou a ter, pela primeira vez, uma
possibilidade de dominar a natureza. Chassot (2004) acredita que a cocção de
alimentos foi uma provável conseqüência da descoberta do fogo. Cozinhar alimentos

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exigiu a utilização de utensílios impermeáveis e resistentes ao fogo (cerâmicas). A
partir dessa necessidade, foram surgindo outras utilizações, que levaram aos
processos de fermentação de sucos vegetais, curtição de peles, tingimento e
vitrificação.

3.0.2 Conhecimento Religioso

O conhecimento religioso talvez seja tão antigo quanto o conhecimento popular. Faz
parte da característica humana buscar explicações para suas dúvidas. Por exemplo, ter
a noção de que a fumaça indica a presença de fogo na mata admite uma explicação
natural. Em outras palavras, se existe fumaça, com certeza há algo queimando.
Entretanto, pode ter havido muitos casos em que o homem antigo deve ter se
perguntado sobre o porquê de determinado fenômeno (por exemplo, o que é, e porque
ocorre um eclipse lunar) e não tenha conseguido uma explicação natural. Assim, surgia
então uma explicação sobrenatural, um mito, que teria a função de tranqüilizar o
homem, porque esse mito forneceria a explicação necessária para a sua dúvida.

A função do conhecimento religioso é, como em qualquer tipo de conhecimento, o de


fornecer respostas para nossas perguntas. Neste caso, não são perguntas científicas,
mas perguntas relacionadas às nossas dúvidas existenciais, aos nossos anseios,
destinos e laços que nos remetem a uma entidade superior.

3.0.3 Conhecimento Cientifico

De acordo com Matallo Júnior (1989), o conhecimento científico começa a partir do


momento em que as explicações saem do campo da opinião (eu acho que) e entram no
mundo do método da ciência (eu sei que). O senso comum é um conjunto de
informações não sistematizadas, fragmentadas. A partir do momento em que essas
informações começam a ser justificadas por meio de argumentos aceitáveis, o senso
comum começa a evoluir em direção à ciência. Em outras palavras, o senso comum
trabalha com o juízo de valor, com o subjetivo. Assim, não há como determinar se uma
opinião é boa ou má, verdadeira ou falsa. O desenvolvimento científico leva esses

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comportamentos informais a um formalismo, um padrão aceitável pela maioria como
verdade. Assim, a ciência pode ser definida como um conjunto de proposições
coerentes, objetivas e desprovidas (até certo ponto) de valorações (MATALLO
JÙNIOR, 1989). O mesmo autor nos ensina que o conhecimento científico tem início
em problemas que visam solucionar questões práticas ou explicar irregularidades em
padrões da natureza. Esses problemas criam teorias que devem ser validadas por um
programa investigativo de pesquisa. Tais programas visam determinar leis que
explicam e permitem fazer previsões (nem sempre infalíveis). A ciência é
extremamente rigorosa em suas proposições, que, por sua vez, são fortemente
baseada em fatos verdadeiros.

4. Uma introdução a ciência Indígina

A ciência indígena é um sistema de conhecimento empírico e sistemático, desenvolvido


por povos originários e frequentemente apropriado pela ciência , Eles desenvolveram
sistemas de conhecimento sobre a medicina, a agricultura, a pesca, a meteorologia, a
astronomia e muitos outros aspectos do mundo natural. A ciência indígena é baseada
em uma compreensão holística do mundo, que inclui o mundo natural, o mundo
espiritual e o mundo social. Os povos indígenas acreditam que todos esses mundos
estão interconectados e que o conhecimento sobre um mundo pode levar a um
conhecimento sobre os outros.

A ciência indígena é transmitida oralmente de geração em geração. Os povos


indígenas têm uma rica tradição de storytelling, que é uma forma de transmitir
conhecimento e sabedoria. A ciência indígena é transmitida oralmente de geração em
geração. Os povos indígenas têm uma rica tradição de storytelling, que é uma forma de
transmitir conhecimento e sabedoria.

A ciência indígena é um importante patrimônio cultural dos povos indígenas. Ela


fornece um conhecimento valioso sobre o mundo natural e sobre as culturas indígenas.

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4.0. 1 Alguns exemplos de ciência indígena:

Medicina tradicional: Os povos indígenas desenvolveram sistemas de medicina


tradicionais que são baseados no conhecimento sobre as plantas e os animais.

Agricultura: Os povos indígenas desenvolveram técnicas de agricultura que são


adaptadas aos seus ambientes.

Pesca: Os povos indígenas desenvolveram técnicas de pesca que são sustentáveis e


que não prejudicam o meio ambiente.

Meteorologia: Os povos indígenas desenvolveram sistemas de previsão do tempo que


são baseados na observação do céu e dos fenômenos naturais.

Astronomia: Os povos indígenas desenvolveram sistemas de astronomia que são


baseados na observação dos corpos celestes.

Nas línguas indígenas não há palavra para “ciência”, nem para “filosofia”, “psicologia”
ou qualquer outro modo fundamental de vir a conhecer e compreender a natureza da
vida e nossas relações dentro dela. Não ter – ou, mais exatamente, não precisar de –
palavras para ciência, arte ou psicologia não diminui sua importância na vida nativa.
Para os povos nativos, a busca pela vida era a tarefa mais importante. Enquanto havia
especialistas tribais com conhecimento particular sobre tecnologias e rituais, cada
membro da tribo, em sua capacidade própria, era um cientista, um artista, um contador
de história e um participante da grande teia da vida.

Ciência indígena, ou nativa, é uma metáfora para uma ampla variedade de processos
tribais de percepção, pensamento, ação e o “vir a conhecer” que evoluíram através da
experiência humana em contato com o mundo natural. A ciência nativa nasceu de uma
participação vívida e histórica com a paisagem natural. Para se ter uma ideia do que
seja a ciência nativa, o ideal é participar do mundo natural.

A ciência indígena é mais relacionada ao que a ciência ocidental chama de ciência


ambiental ou ecologia. E se por um lado os povos nativos não têm uma palavra
específica para nenhum destes termos ocidentais, eles certamente têm um

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entendimento prático destas disciplinas da ciência ocidental em nível individual e
comunal. E portanto tal entendimento que os povos indígenas têm é fruto de um
relacionamento bastante particular e profundo com o mundo natural.

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5.Conclusao

Chegado ao fim deste ensaio, aprendi que ciência é uma fase importante do progresso
científico e que as ciências modernas são os tesouros culturais e que estão entres as
mais marcantes conquistas humanas e na perspectivas do linguista Noam Chomsky,
Chomsky concorda com Thomas Kuhn que a ciência normal é uma fase importante do
progresso científico. No entanto, Chomsky oferece uma visão mais detalhada da
ciência normal, enfatizando o papel da criatividade e da inovação na pesquisa
científica.

Ademais, os diferentes tipos de conhecimento são importantes para o desenvolvimento


humano de diversas maneiras. Eles nos permitem compreender o mundo ao nosso
redor, tomar decisões, resolver problemas e criar novas ideias .

Por fim, a ciência indígena pode contribuir para o desenvolvimento da ciência moderna.
Ela pode fornecer novas perspectivas e insights sobre o mundo natural. Além disso, a
ciência indígena é baseada em uma compreensão holística do mundo, que inclui o
mundo natural, o mundo espiritual e o mundo social. Os povos indígenas acreditam que
todos esses mundos estão interconectados e que o conhecimento sobre um mundo
pode levar a um conhecimento sobre os outros.

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6. Bibliográfia

POPPER, K. A Ciência Normal e seus Perigos. In: LAKATOS, IMRE; MUSGRAVE,


ALAN. (Org.). A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento. Tradução de Octavio
Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, 1979. p. 63 - 71.

FERNANDES, Vladimir. Mito e religião na filosofia de Cassirer e a moral religiosa.


Notandum. São Paulo, Centro de Estudos Medievais Oriente & Ocidente da Faculdade
de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), ano VII, n. 11, 2004. Disponível
em: < http://www.hottopos.com/notand11/ vladimir.htm >. Acesso em: 25 mar. 2009

Thomas Kuhn: paradigma e / ciência normal | Filosofia do Início (filosofiadoinicio.com)


filosofiadoinicio.com/thomas-kuhn

As transformações dos mitos através do tempo. São Paulo: Cultrix, 1993.

MASTERMAN, M. A Natureza do Paradigma. In: LAKATOS, IMRE; MUSGRAVE,


ALAN. (Org.). A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento. Tradução de Octavio
Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, 1979. p. 72 - 108.

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http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/ciencia.pdf > Acesso em: 01 de agosto
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CUPANI, A. A. A Objetividade Científica como Problema Filosófico. Caderno


Catarinense de Ensino da Física, 6, p. 18 – 29, 1989.

CAJETE, GREGORY. NATIVE SCIENCE: NATURAL LAWS OF INTERDEPENDENCE.


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Tipos DE Conhecimento - Trabalho para embasamento - Autor: Carlos José Giudice


dos Santos 1 TIPOS DE - Studocu. www.studocu.com/pt-br/document/instituto-federal-

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de-educacao-ciencia-e-tecnologia-do-ceara/metodologia-do-trabalho-cientifico/tipos-de-
conhecimento-trabalho-para-embasamento/5926110

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