Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CIRCULO DE VIENA= O positivismo lógico dos pensadores do Círculo de Viena postulava que,
para uma teoria ser considerada “ciência”, ela deveria ser unificada em linguagem e fatos que a
fundamentassem. As proposições científicas, assim, são apenas aquelas que se referem à
experiência e podem ser verificadas.
O papel da Filosofia seria interpretar as proposições científicas – ou seja, a Filosofia deveria ser
uma “Filosofia da Ciência”, que, inclinada para a objetividade e mediada por uma linguagem provida
de sentido, encerraria os debates metafísicos e a atenção a proposições não passíveis de
verificação.
THOMAS KUHN
O filósofo da ciência Thomas Samuel Kuhn em sua obra “A estrutura das Revoluções Científicas”,
de 1962 causou grande impacto afirmando que a ciência é produto de um contexto histórico,
social e político.
Kuhn defende que a ciência progride guiada pela tradição intelectual e pela visão de mundo
assumida pela comunidade científica, a qual fornece problemas e soluções exemplares para a
pesquisa futura. Defendeu o contexto de descoberta, o qual privilegia os aspectos psicológicos,
sociológicos e históricos como relevantes para a fundamentação e a evolução da ciência.
PARADIGMAS
Kuhn investigou os mecanismos internos das ciências e entendeu que ela evolui por meio de
paradigmas. Para o autor, os “paradigmas são as realizações científicas universalmente
reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma
comunidade de praticantes de uma ciência” (Kuhn, 1991).
Paradigmas são práticas aceitas na comunidade científica, podem ser leis, teorias, aplicações,
instrumentações e etc.
Quando estamos falando da “Física de Newton” ou a “Teoria da Relatividade de Einstein” estamos
nos referindo a paradigmas.
O estudo de paradigmas é o que prepara o estudante para entrar na comunidade científica, são
eles que aprendemos na escola.
EXEMPLO: O Geocentrismo foi um paradigma vigente até ser superado pelo Heliocentrismo.
A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
Kuhn distingue os seguintes três momentos: o período pré-paradigmático, a ciência normal e a
crise.
No período pré-paradigmático ou imaturo, os problemas originados no cotidiano pedem
explicações que não apresentam ainda o consenso a respeito dos compromissos básicos. Quando
é alcançado o consenso, temos a ciência normal, em que o trabalho científico se desenvolve com
base no paradigma adotado, que dirige a resolução dos problemas e a acumulação de descobertas.
Chega, porém, o momento de crise, em que o paradigma é questionado porque já não resolve uma
série de anomalias acumuladas, processo que pode levar à revolução científica. Por exemplo:
até Copérnico era aceito o paradigma ptolomaico; até a teoria da relatividade, a ciência normal se
sustentava pelo paradigma newtoniano.
EXEMPLO: Em 2006 a União Astronômica Internacional criou uma definição formal do termo
"planeta", que fez Plutão deixar de ser planeta e ganhar a nova classificação de planeta anão.
Podemos observar que nesse caso houve uma mudança de paradigma.