Você está na página 1de 13

Filosofia da

Ciência
As Teorias Ciêntificas são objetivamente
verdadeiras?

Trabalho realizado por:


Clara Mendes nº1
Lohanne de Sousa nº9
Rui Costa nº18
Índice

1. Filosofia da Ciência
2. Método científico segundo a perspetiva indutivista
3. Objeções ao indutivismo
4. O falsificacionismo de Popper- método das conjeturas e refutações
5. Diferença entre a Teoria falsificável e a teoria Falsificada
6. Objeções ao falsificacionismo de popper
7. A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E A QUESTÃO DA OBJETIVIDADE – O PROBLEMA
DA EVOLUÇÃO E DA OBJETIVIDADE DA CIÊNCIA
8. A PERSPETIVA DE KUHN: A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS
9.  Conclusão
O que é a Filosofia da
Ciência
A Filosofia da Ciência é uma disciplina que investiga as basas teóricas, os
métodos e os pressupostos da ciência.
A filosofia da Ciência aborda diferentes problemas tais como:
• O problema da demarcação- oque distingue as teorias científicas das
teorias não científicas?
• O problema da evolução da ciência – há progresso científico?
• O problema da objectividade da ciência – será a ciência objetiva?
Como resposta ao problema da evolução e da objectividade da ciência,
comparamos a perspetiva acerca do movimento científico de Thomas
kuhn com a proposta metodológica de Popper.
Método científico segundo a perspetiva
indutivista
O método indutivo envolve os seguintes passos básicos:
 
• Observação : observação de fatos de forma rigorosa e imparcial. Registo e classificação de fatos empírico.
EX: Observa-se que a água ferve a uma certa temperatura.
•  Formulação de hipóteses:Obtenção da teoria por generalização indutiva: a partir de enunciados singulares são
inferidos enunciados gerais (leis ou teorias).

A generalização indutiva tem de satisfazer condições:

 O número de observações/ enunciados singulares deve ser grande


 As observações devem-se repetir em múltiplas circunstâncias ·
 Nenhum enunciado singular deve entrar em contradição com a lei derivada
EX: Formula-se a hipótese que a água ferve a 100 graus Celcius

 Verificação experimental: A partir das teorias, os cientistas deduzem previsões e explicações que possam ser
confirmadas
 Ex: Extrai-se a consequência de que a água que se encontra num recipiente irá ferver quando atingir 100 graus
Celcius.
Objeções ao indutivismo
A observação não é o ponto de partida para a investigação científica
 
As leis da natureza exprimem-se em frases universais, mas não é possível estabelecer a
verdade das leis da natureza através da observação.
Ex: “Todo o cobre dilata quando é aquecido.”

Algumas teorias científicas referem-se a aspetos inobserváveis


 
Em muitos casos as teorias não podem ser induzidas a partir de observações
Ex: “Os nativos do signo Carneiro têm tendência a ser bastante impulsivos.”
 
As inferências dedutivas são racionalmente injustificáveis – problema da indução
Não são dedutivamente demonstradas
Não podemos recorrer à indução para justificar a indução
O falsificacionismo de Popper- método das conjeturas e
refutações
O falsificacionismo de Popper, também conhecido como método das
conjeturas e refutações, é uma abordagem filosófica proposta por Karl Popper.
Segundo essa abordagem, a validade cientifica não pode ser estabelecida pela
confirmação, mas sim pela refutação das teorias. Popper defende que as teorias
científicas devem ser falsificáveis, ou seja, passíveis de serem refutadas por
observações ou experimentos. Ele argumenta que a ciência avança quando os
cientistas buscam ativamente refutar suas teorias. Popper também diferencia ciência
de pseudociência com base na falsificabilidade das teorias. No entanto, ele
reconhece a importância das evidências na ciência, enfatizando que a validade
científica não é alcançada apenas pela confirmação, mas sim pela capacidade de
resistir à refutação.
 
Diferença entre a Teoria falsificável e a
teoria Falsificada
Para Popper, uma teoria científica não tem de ser falsificada, mas tem de ser falsificável
EX: “Os nativos do signo Carneiro têm tendência a ser bastante impulsivos.”
A astrologia não é falsificável, portanto não é uma teoria científica.
 
Karl Popper diz que “Uma teoria que não seja falsificável nada diz sobre o mundo!”
Uma afirmação pode ser mais falsificável que outra: há diferentes graus de falsificabilidade.
EX: Todo o cobre dilata quando é aquecido. -Informativa
Todo o metal dilata quando é aquecido. +informativa
Ambas seriam refutadas se observássemos um pedaço de cobre que não delatasse ao ser aquecido.
A observação de um pedaço de ferro que não dilatasse ao ser aquecido refutaria a segunda afirmação, mas
não refutaria a primeira.
Portanto, segunda tem um grau de falsificabilidade.
O método falsificacionista de Popper apresenta três etapas

01
  02 03

1ª etapa: o problema  2ª etapa: a conjetura 


3ª etapa:  a refutação 

O ponto de partida para a


investigação científica não é a Perante o problema, o Resta ao cientista testar a sua
observação pura e imparcial dos investigador conjetura uma hipótese, recorrendo aos
factos, mas sim possível explicação (hipótese testes experimentais, não para
um problema levantado por uma ou teoria) para os factos confirmar uma hipótese, mas
observação, que entra em confronto observados, baseado na sua para tentar provar a sua
com as teorias e expectativas experiência passada.​ falsidade, ou seja, para tentar
prévias de que já dispomos.​ ​ refutá-la.​
 
Objeções ao falsificacionismo de Popper
 
• A falsificabilidade não constitui uma condição necessária para que uma teoria seja
vcientífica.
Há teoria científicas que se referem a coisas que não são observáveis (neutrões,protões, etc)
O papel delas no desenvolvimento científico faz com que seja implausível classificá-las como não
científicas

• O critério não está de acordo com a prática científica


EX: “Será que o teste foi bem feito?
Os cientistas trabalham de forma a confirmar as suas teorias para continuar a sustentá-las mesmo
quando as previsões não se confirmam.
A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E A
QUESTÃO DA OBJETIVIDADE – O PROBLEMA
DA EVOLUÇÃO E DA OBJETIVIDADE DA
CIÊNCIAPopper argumenta que a ciência progride através do processo de afastamento progressivo
do erro e aproximação da verdade. Uma teoria científica é considerada um avanço
em relação às suas predecessoras se ela puder explicar um maior número de
fenômenos naturais e ao mesmo tempo implicar um menor número de falsidades, ou
seja, se por mais plausível.
Segundo Popper, a ciência é objetiva, pois quando falsificamos uma conjectura,
ampliamos nossa compreensão do que a realidade objetivamente não é e nos
aproximamos da maneira como ela objetivamente é.
Por outro lado, Kuhn argumenta que a ciência não é completamente objetiva, uma vez
que ela é influenciada não apenas por fatores objetivos, mas também por fatores
subjetivos inerentes aos próprios cidadãos. Isso impede que a escolha entre
paradigmas científicos seja suficientemente objetiva.
PERSPETIVA DE KUHN: A ESTRUTURA
DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS
Segundo Kuhn, o desenvolvimento da ciência ocorre por meio de uma sucessão
descontínua e não cumulativa de períodos de relativa estabilidade interrompida por
processos revolucionários. Os principais aspectos dessa concepção do desenvolvimento
científico são os seguintes:

"ciência normal" ou "ciência


Pré-ciência Paradigma paradigmática

Fase de "ciência
Crise extraordinária"
Revolução científica

Incomensurabilidade
Objecções à Perspetiva
de Kuhn
• Objeção baseada na resolução de anomalias
• Objeção baseada no crescente sucesso da ciência
 
FIM

Você também pode gostar