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GESTÃO DO STRESS

Formadora: Daniela Cerqueira


Psicóloga Clínica e Educacional

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Índice
ÍNDICE

1. Inteligência Emocional
1.1 Processos da inteligência emocional
1.2 Níveis da inteligência emocional
1.3 Autorregulação emocional

2. Stress
2.1 Conceito de Stress
2.2 Fatores de risco

3. Consequências negativas do Stress

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Índice
ÍNDICE

4. Medidas preventivas

5. Técnicas de controlo e gestão do stress

6. Estratégias para lidar com o Stress


6.1 Estratégias para lidar com o stress focadas no problema
6.2 Estratégias para ligar com o problema focadas na emoção
6.3 Estratégias para lidar com o stress focadas na interação social

7. Técnicas de autoproteção

3
“A chave para tomar boas
decisões pessoais é ouvir os
sentimentos”. Daniel Goleman

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“A chave para tomar boas
decisões pessoais é ouvir os
sentimentos”. Daniel Goleman

- De que se trata ?

- O que entende desta frase?


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1. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
1.1 Processos da inteligência emocional
1.2 Níveis da inteligência emocional
1.3 Autorregulação emocional

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O Conceito 1. Inteligência Emocional

Define IE como a capacidade de


reconhecermos os nossos sentimentos, bem
como os dos outros, de nos motivarmos e
de lidarmos adequadamente com as nossas
emoções e relações interpessoais.

A inteligência emocional alia o aspeto:


- intrapessoal (a relação com o próprio) e o,
- interpessoal (a relação com os outros).
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O Conceito 1. Inteligência Emocional

A inteligência emocional é, então, a capacidade de administrar


as emoções para alcançar objetivos pessoais. Assim:

Agir com inteligência emocional é saber lidar


adequadamente com medos, inseguranças,
insatisfações, etc.

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O Conceito 1. Inteligência Emocional

Esta competência, que cada vez mais tem o papel de diferenciar


os sujeitos, permite desenvolver um ambiente harmonioso e,
ao mesmo tempo, ser produtivo em ideias e resultados.

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Inteligência Emocional 1. Inteligência Emocional

A pedra basilar da inteligência emocional é a


autoconsciência,
autoconsciência ou seja, reconhecer a presença de
um sentimento na altura em que esse ocorre.

As emoções orientam o nosso processo de tomada de decisão.

“A chave para tomar boas decisões pessoais é ouvir os


sentimentos”.
Daniel Goleman

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Inteligência Emocional 1. Inteligência Emocional
1.1 Processos da inteligência emocional

É uma habilidade que implica três processos:

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1. Inteligência Emocional
1.2 Níveis da inteligência emocional

Daniel Goleman apresenta cinco níveis de IE:

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1. Inteligência Emocional
1.2 Níveis da inteligência emocional

Estas competências são muito úteis para áreas fundamentais da


vida humana:

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1. Inteligência Emocional
1.3 Autorregulação emocional

A autorregulação emocional

é considerada um componente da inteligência emocional,

Diz respeito às habilidades que as pessoas


possuem de identificar, nomear e agir em
relação aos próprios sentimentos e aos de
outras pessoas.
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1. Inteligência Emocional
1.3 Autorregulação emocional

https://www.youtube.com/watch?v=M3wnoxF9Z3Q&ab_channel=IPAV

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1. Inteligência Emocional
1.3 Autorregulação emocional

Atividade:

Teste de Autodiagnóstico

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2. STRESS
2.1 Conceito de Stress
2.2 Fatores de risco
2.3 Sinais e Sintomas
2.4 Causas do Stress

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2. Stress
2.1 Conceito de Stress

Lazarus, na década de 60, retiraram


dois pressupostos que servem de base
no entendimento sobre o stress:

1) Não há nenhuma situação que, por si só, possa ser


reconhecida como geradora (indutora) de stress;
2) O fator decisivo que leva um indivíduo a sentir-se ou não
em stress depende da avaliação que faz da situação.

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2. Stress
2.1 Conceito de Stress

Desta forma, podemos definir o stress como:


como

uma tensão física ou psicológica fora do habitual,


que provoca um estado ansioso no organismo
(Vaz Serra, 2007)

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2. Stress
2.1 Conceito de Stress

O stress no trabalho (organizacional) define-se como:

“interação das condições de trabalho com características


do trabalhador de tal modo que as exigências que lhe são
criadas ultrapassam a sua capacidade de lidar com elas.”

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2. Stress
2.1 Conceito de Stress

Em determinadas circunstâncias o stress é útil porque

cria um impulso que faz o indivíduo tomar decisões


e resolver problemas, ajudando-o a melhorar o seu
funcionamento e a as suas aptidões/capacidades.

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

FATORES DE RISCO: EMOCIONAIS, SOCIAIS, ORGANIZACIONAIS

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Emocionais

 Acontecimentos traumáticos: correspondem a situações graves.


Exemplos: ameaças de morte, espancamento, ser vítima de um
incêndio, naufrágio, etc.

 Acontecimentos significativos da vida: simbolizam uma


“martelada” que, de repente, ocorre na vida de uma pessoa.
Exemplos: separação/divórcio, a saída de um filho de casa, morte de
um cônjuge, perda de um emprego que considerava estável.
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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Emocionais
Emocionais Relativos à própria pessoa

 Situações crónicas indutores de stress: referem-se a problemas


perturbadores regulares/constantes no desempenho dos papéis e
atividades diárias do indivíduo.
Exemplos: ter frequentemente tarefas com prazos limite, ter
demasiadas solicitações para cumprir ao mesmo tempo, ter conflitos
frequentes com os cônjuges, familiares ou colegas de trabalho.
Como que um processo lento de envenenamento, em sentido figurado, que
ocorre na vida de um indivíduo.
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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Emocionais
Emocionais Relativos à própria pessoa

 Micro indutores de stress: pequenos acontecimentos


perturbadores do dia-a-dia que se acumulam.
Exemplos: andar diariamente de automóvel em zonas de muito
transito, estar exposto ao fumo do tabaco se é um não fumador, ter
vizinhos que incomodam, realizar tarefas, nas quais, não nos
sentimos à vontade.

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Emocionais
Emocionais Relativos à própria pessoa

 Acontecimentos desejados que não ocorrem: representam um


desejo, objetivo que tarda em concretizar-se.
Exemplos: tentativas de engravidar por anos a fio sem sucesso,
promoção na carreira que não acontece, as pazes com um familiar
que nunca mais surgem.

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Emocionais
Emocionais Relativos à própria pessoa

 Traumas ocorridos no desenvolvimento: os acontecimentos


traumáticos que ocorrem na infância podem ter consequências
graves na vida.
Exemplo: Crianças que viveram em clima de violência ou negligência
podem ter dificuldades de vinculação com as outras pessoas.

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Sociais

 Condições físicas da Unidade ou Serviço;


 Estado dos pacientes ou tipo de cuidados;
 Perigos físicos (contágio, produtos medicinais)
 Exigência de formação;
 Escassos recursos materiais disponíveis.

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Sociais

 Más relações com superiores, colegas e subordinados;


 Receber ordens contraditórias;
 Falta de confiança e restrição da autonomia;
 Falta de informação médica.

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Organizacionais

 Má organização na distribuição de tarefas;


 Horários sobrecarregados;
 Aumento da responsabilidade administrativa;
 Falta de recompensas administrativas.

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Organizacionais

 Noção de baixo nível de formação;


 Medo da morte;
 Contacto com utentes agressivos e não colaborantes;
 Tarefas ingratas, repetitivas e pesadas;
 Ambições pessoais frustradas;
 Baixo salários.

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2. Stress
2.2 Fatores de risco

Organizacionais

 Escassez de colaboradores;
 Solicitações para estar em vários locais ao mesmo tempo;

 Imposição de prazos por outras pessoas;


 Cumprir ordens por duas ou mais pessoas em simultâneo;

 Necessidades e exigências dos familiares.

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Qual a diferença
entre sinais e
sintomas de
Stress?

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Os sinais são alterações do organismo de uma pessoa que


podem ser percebidas através do exame médico ou
medidas em exames.

Os sintomas são alterações do organismo apenas


percebidas e relatadas pela própria pessoa, não sendo
possível a outra pessoa diagnosticar.

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas de stress variam de pessoa para pessoa.

As manifestações que poderão existir, têm a influência dos


aspetos culturais,
culturais o tipo de situação que desencadeia o
stress,
stress a personalidade do indivíduo,
indivíduo a manutenção,
manutenção a
sensação ou não de controlo e, do organismo de cada ser
humano que ativa certos órgãos do corpo e não outros.

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Sinais e sintomas de stress diferenciados pelas várias vertentes


do ser humano:

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Físico

• Aumento da pressão arterial;


• Palpitações, dores de cabeça, pescoço, ombros ou costas;
• Alteração do sono (insónias ou hipersónias);
• Alteração do peso (comer exageradamente ou falta de
apetite);
• Indigestão e náuseas;
• Fadiga.

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Cognitivo

• Dificuldades de concentração;
• Problemas de memória;
• Confusão mental;
• Dificuldade em tomar decisões;
• Auto- conservação negativa.

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Emocional

• Alteração do humor; • Desamparo;


• Irritabilidade; • Ideação suicida;
• Perda de controlo; • Baixa autoestima;
• Sensação de sufoco/incerteza; • Labilidade emocional.

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Comportamental

• Perda de interesse no trabalho e atividades sociais;


• Consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas;
• Afastamento social (da família e amigos);
• Desinteresse sexual;
• Posição de conflito constante com os outros.

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2. Stress
2.3 Sinais e Sintomas

Espiritual

• Descrença em questões de fé;


• Sensação de vazio;
• Dúvida;
• Sensação de desnorte.

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ATIVIDADE DINÂMICA

Questionário:

“Como me costumo sentir fisicamente”

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2. Stress

Causas do Stress (possíveis)

43
2. Stress
2.4 Causas do Stress

44
2. Stress
2.4 Causas do Stress

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3. CONSEQUÊNCIAS
NEGATIVAS DO STRESS

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3. Consequências negativas do Stress

O stress excessivo torna-se prejudicial porque


pode:
1. Evocar emoções negativas fortes que são perturbadoras;
2. Levar ao desenvolvimento ou agravamento de uma doença
física e/ou psíquica;
3. Ter influência negativa na família, trabalho e vida social;
4. Ocasionar maior número de acidentes de trabalho ou
rodoviário;

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3. Consequências negativas do Stress

O stress excessivo torna-se prejudicial porque


pode:

5. Prejudicar os processos de tomada de decisão;


6. Ter efeitos negativos em aspetos de natureza económica;
7. Provocar alterações do sono, vida sexual, metabolismo, e
sistema imunitário.

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3. Consequências negativas do Stress

Para além das consequências negativas, o stress pode


levar ao CONFLITO !

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3. Consequências negativas do Stress

O conceito de conflito consiste numa situação que envolve


um problema, uma dificuldade e pode resultar
posteriormente em confrontos, geralmente entre duas
partes ou mais, cujos interesses, valores e pensamentos
observam posições absolutamente diferentes e opostas.
opostas

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3. Consequências negativas do Stress

O conflito pode ser individual, ou seja, consigo mesmo.

Exemplo: quando nos é apresentado uma oportunidade de


mudar de emprego por outro que nos oferece uma melhor
remuneração.

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3. Consequências negativas do Stress

TIPOS DE CONFLITO

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3. Consequências negativas do Stress

Conflito Assumido: os envolvidos reconhecem e assumem as


diferenças e manifestam-se abertamente.

Conflito Omitido: os envolvidos optam por fazer de conta


que ele não existe, preferindo ignorá-lo.

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3. Consequências negativas do Stress

Conflito Sentido: os envolvidos sofrem em decorrência das


emoções e dos sentimentos negativos gerados por suas
diferenças. Não há dialogo aberto, os ressentimentos são
percebidos nas entrelinhas e nos sinais. Cada um acredita
que sofre mais do que o outro.

Conflito Generalizado: as partes conquistam adeptos. O


envolvimento de terceiros torna o conflito mais amplo e
complexo.
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3. Consequências negativas do Stress

Fases
Do
Conflito

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3. Consequências negativas do Stress

Fases do Conflito:

É a etapa inicial, caracteriza-se normalmente


pela cordialidade e racionalidade.

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3. Consequências negativas do Stress

Fases do Conflito:

As diferenças começam a ser percebidas e os


argumentos começam a ser consistentemente
apresentados com o objetivo de se chegar a uma
conclusão.

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3. Consequências negativas do Stress

Fases do Conflito:

Diminui a qualidade dos argumentos, enquanto a


quantidade aumenta. As generalizações
aparecem e a objetividade existente começa a
diminuir. As diferenças se tornam evidentes.

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3. Consequências negativas do Stress

Fases do Conflito:

As partes envolvidas passam a não ouvir nem


considerar os argumentos do outro, adotam uma
postura de resistência demonstrando muita
convicção no que pensam.
Nesta etapa os envolvidos não admitem retroceder,
pois significaria perder a luta.
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3. Consequências negativas do Stress

Fases do Conflito:

Adotando uma postura inflexível as partes


apresentam argumentos emocionais e preposições
ofensivas. O tom de voz aumenta, as pessoas se
alteram, o nervosismo toma conta do ambiente.

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3. Consequências negativas do Stress

Fases do Conflito:

Nesta etapa o único objetivo dos envolvidos é


derrotar ou prejudicar o outro. Não importa os
prejuízos que a derrota do outro possa gerar,
paga-se qualquer preço pela satisfação de ver o
outro liquidado.

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3. Consequências negativas do Stress

AS CAUSAS DOS CONFLITOS

As causas mais comuns são:


•Frustração de uma ou ambas as partes
•Impossibilidade de atingir os objetivos
•Diferenças de personalidade
•Diferenças de perceções e entendimento

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ATIVIDADE DINÂMICA

Questionário:

“Questionário de Stress”

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4. MEDIDAS PREVENTIVAS

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4. Medidas preventivas

Condições de prevenção necessárias para que não se


atinga situações de limite/stress:

 Avaliação apropriada dos riscos: utilização de


inquéritos e escalas de avaliação do stress para avaliar o
estado atual dos indivíduos/ trabalhadores e permitir
medidas de antecipação;

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4. Medidas preventivas

 Planificação e ajustamento gradual: os objetivos a atingir,


as tarefas a cumprir, as responsabilidades, os recursos
necessários devem ser planificados antes de início da
atividade/tarefa;

 As medidas devem ter sempre como alvo o grupo de


trabalho: as intervenções devem ser sempre dirigidas a
grupos de trabalho e apenas, se estritamente necessário,
a uma pessoa em particular;

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4. Medidas preventivas

 Inclusão da opinião dos trabalhadores: a experiencias


dos trabalhadores nas distintas atividades devem ser
levadas em conta para identificar problemas e possíveis
soluções;
 Intervenções efetuadas por profissionais
especializados: os planos de prevenção devem ser
elaborados por profissionais competentes nas áreas da
saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes
sociais);
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4. Medidas preventivas

 Gestão dos riscos pelas hierarquias superiores: compromisso


dos quadros superiores de colocar a gestão dos riscos como
uma prioridade. Num plano mais pessoal/individual, certas
condutas poderão ter efeitos preventivos, tais como:
• Encontrar ideias construtivas para resolver um problema;
• Estabelecer prioridades, avaliar o que é inadiável e o que
pode ser delegado;
• Comunicar aos superiores possíveis lacunas ou excessivo
volume de trabalho. Apresentar propostas de melhoria;

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4. Medidas preventivas

• Identificar novas tarefas que possam ser atribuídas;


• Seguir as políticas vigentes na entidade;
• Defender a responsabilidade para planear o trabalho;
• Em situação de assédio sexual, reportar imediatamente a
situação para os superiores hierárquicos;
• Pedir informações sobre inovações que serão implementadas;
• Aceitar e contribuir para uma avaliação de desempenho justa;
• Comprometimento em formação continua.

69
5. Técnicas de controlo e gestão
do stress

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5. Técnicas de controle e gestão de stress

Existe um termo inglês que não tem tradução fácil para o


português e que se designa por COPING.
Atualmente quando aplicamos o termo coping tem um
significado preciso: refere-se às estratégias para lidar com o
stress.

Assim, as estratégias de coping correspondem às


respostas da pessoa que tem como finalidade diminuir
a “carga” física, emocional e psicológica ligada aos
acontecimentos geradores de stress.
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5. Técnicas de controle e gestão de stress

 O coping passivo é o que envolve a “evitação” do


problema ou a redução da tensão por ele provocada.
Exemplo: consumo intenso do álcool ou de comida para
reduzir a ansiedade diante do acontecimento estressante.
 
O coping ativo é o que compreende as tentativas para
lidar diretamente com o evento gerador de estresse.

72
6. Estratégias para lidar com o Stress

73
6. Estratégias para lidar com o Stress

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NO PROBLEMA:

As estratégias focadas no problema procuram estabelecer


um plano de ação e segui-lo até eliminar o problema.

Um plano de ação passa por desenvolver várias etapas


intermédias até chegar à resolução do problema.

Vejamos um exemplo:

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NO PROBLEMA:

Numa instituição, duas pessoas que trabalham num


mesmo sector não conseguem dialogar e chegar a
entendimento sobre as tarefas e isso provoca um estado
de tensão constante.

Um plano de ação aconselhável seria:


1.primeiro alguém tomar a iniciativa de querer resolver o problema;
2.recorrer a alguém que possa mediar um diálogo entre ambas as
partes;

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NO PROBLEMA:

3. avaliarmos pontos divergentes;


4. reunir com o mediador e o/a colega de trabalho; debater
os pontos divergentes e tentar encontrar soluções e medidas
para que o trabalho possa fluir.

De qualquer forma, as estratégias focadas na resolução


do problema são as mais aconselhadas, pois, permitem
remover definitivamente as fontes de perturbação.

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NO PROBLEMA:

As estratégias de coping que levam à procura de informação


e resolução do problema têm efeitos benéficos sobre o
funcionamento psicológico e, permitem reduzir a influência
adversa das mudanças negativas e das situações de pressão
que reaparecem no tempo.

As pessoas com tendência a usar estratégias de


resolução de problemas têm menos propensão
do que as outras de ficarem deprimidas.

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA EMOÇÃO:

Quando o stress é sentido como mais grave, o foco é mais


orientado para o controlo das emoções.

Quando atingem uma intensidade grave são difíceis de tolerar e


afetam as rotinas e interferem largamente com o seu bem-
estar. Por vezes, tentamos fugir das situações que nos causam
demasiada tensão, fugimos de forma real ou imaginada da
situação desagradável em que vivemos.

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA EMOÇÃO:

Os mecanismos que reduzem os estados de tensão têm


diferentes finalidades. Algumas são uteis, onde a pessoa
apenas busca uma forma imediata para reduzir as emoções
desagraváveis, no entanto, ajuda a uma análise posterior
mais objetiva:
• Ouvir musica, ver um filme;
• Praticar Ioga ou relaxamento;

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA EMOÇÃO:

• Fazer exercício físico;


• Distanciar-se do problema para vê-lo de uma
forma/perspetiva diferente;
• Comparar os problemas com outros potencialmente mais
graves (relativizar a situação);
• Canalizar a energias para outros objetivos
prioritários/importantes.

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA EMOÇÃO:

Outras são prejudiciais na medida em que adiamos


indefinidamente a resolução do problema e apenas adiamos a
dor moral, tais medidas poderão ser:
 
• Ficar na cama durante dias seguidos;
• Pensar como que o problema não existisse;
• Consumir drogas ilícitas e automedicação;
• Beber ou comer em excesso.

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:

Estes tipos de estratégias estão associadas à forma como


lidamos e mantemos o relacionamento com outras
pessoas em situação de stress.

83
6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:

A pessoa que dá apoio manifesta uma relação empática.

Se souber ter o dom para observar a situação na


perspetiva/ponto de vista de quem o solicita, se souber evitar
o juízo de valor e, compreender o que a pessoa diz em
linguagem verbal e não-verbal, tende a ser procurada, pelos
outros, para ser um apoio na resolução do problema e
redução da sensação de stress.
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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:

Aqueles que prestam cuidados a terceiros tendem a ser os


mais compreensivos e genuinamente empáticos e
desenvolvem mais facilmente planos de ação para a resolução
dos problemas.
A procura de apoio emocional tende a recair para alguém com
quem se possa desabafar, contar os problemas e encontrar
compreensão.

85
6. Estratégias para lidar com o Stress

Como lidar com situações de agonia e sofrimento

A psicoterapia é um meio para a mudança e para o


restabelecimento emocional.

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6. Estratégias para lidar com o Stress

Como lidar com situações de agonia e sofrimento

Não podemos descurar a ajuda de profissionais quando


deixamos de ser capazes de gerir emocionalmente o que nos
preocupa, nos bloqueia, nos retira o bem-estar necessário para
uma vida saudável. Recorrer a técnicos especializados
(psiquiatras, psicólogos) pode ser o caminho mais rápido para a
recuperação e evitamento de recaídas.

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:


Como lidar com situações de agonia e sofrimento

A forma como nos colocamos perante uma situação


desagradável poderá aumentar ou diminuir o foco de tensão,
assim como a dor ou sofrimento. Desta forma, quando estamos
associados (associação) numa dada situação, estamos no aqui e
no agora, absorvidos no presente, damos muita importâncias a
sensações vividas, assim, tendemos a aumentar o grau de
agonia, de sofrimento pois estamos a viver a situação na
primeira pessoa.
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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:


Como lidar com situações de agonia e sofrimento

Todavia, se conseguirmos distanciar-nos da situação


(dissociação), no plano de pensamento, da imaginação, podemos
afastar das sensações corporais e vivemos a situação na terceira
pessoa. A dissociação permite gerir, reduzir o grau de
desconforto e sofrimento e distanciar-se de situações
desagradáveis.

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:


Como lidar com situações de agonia e sofrimento

As técnicas de relaxamento e de indução de pensamento


permitem adquirir e desenvolver a capacidade de dissociação
cognitiva (O’Connor, 2001).
O processo de luto (perda) poderá significar a morte de um
familiar, amigo, ou pessoa ao seu cuidado, mas também outro
tipo de perdas, tais como: emprego, divórcio ou mudança de
residência. Existe uma sensação de desmoronamento, agonia e
tristeza profunda.
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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:


Como lidar com situações de agonia e sofrimento

Desde o momento da perda até ao total restabelecimento


emocional será necessário passar por várias etapas. Não
poderemos passar para a etapa seguinte sem resolver
completamente anterior (Worden, 1991):

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6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:


Como lidar com situações de agonia e sofrimento

I. Aceitar a realidade da perda: A primeira tarefa é aceitar que a


pessoa não voltará. Se no seu íntimo não deixa a pessoa partir,
pois assume nas suas vivências como se ela estivesse presente no
dia-a-dia criará resistências à aceitação natural. Desprender-se
da maioria dos objetos ou recordações e no discurso usar os
verbos no passado “ ele/ela foi, esteve, gostava…” será um meio
para a aceitação.

92
6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:


Como lidar com situações de agonia e sofrimento

II. Elaborar a dor da perda: É necessário que a pessoa em luto


passe e assuma a dor, não deve evitar ou suprimir a dor da
perda. Não elaborar a dor é não sentir e prolongar no tempo o
sentimento de agonia, sendo então fulcral uma terapia do luto.

93
6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:


Como lidar com situações de agonia e sofrimento

III. Ajustar-se ao ambiente diário sem presença da pessoa: A


perda significa um vazio criado, novos papéis a assumir, reajustar
as tarefas do dia-a-dia de forma diferente, pois quem estava já
não está. Torna-se importante adaptar as novas rotinas e
encontrar motivação para os novos desafios/compromissos.

94
6. Estratégias para lidar com o Stress

FOCADAS NA INTERAÇÃO SOCIAL:


Como lidar com situações de agonia e sofrimento

IV. Reposicionar em termos emocionais : O importante não é


esquecer o problema mas sim colocar o problema num local
adequado para que se possa estar disponível para as novas
experiencias/vivencias e continuar a viver com motivação e
interesse.

95
7. Técnicas de Autoproteção

96
7. Técnicas de Autoproteção

As pressões diárias, na vida pessoal e profissional, a que a


pessoa está sujeita envolvem circunstâncias desagradáveis
que podem torná-la vulnerável. Modificar as vulnerabilidades
pode diminuir o stress.
De seguida serão abordadas as modificações que permitem
reduzir a vulnerabilidade da pessoa (Vaz Serra, 2007):

97
7. Técnicas de Autoproteção

• Não se expor a situação de stress: Para conservar a


sua saúde e energia, não pode dizer sim a tudo quanto lhe
pedem; delegar tarefas reduz o volume de situações
potencialmente stressantes; é útil utilizar os dias de férias,
feriados e fins-de-semana para descansar e realizar
atividades que conceda satisfação pessoal.

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7. Técnicas de Autoproteção

• Aprender a resolver problemas: A resolução adequada de


um problema elimina, ou pelo menos modifica de forma
substancial a fonte de stress. A resolução adequada passa
por 4 etapas:

1. Definição e formulação: reunir a maior quantidade de


informação para o problema passar de vago a concreto,
seguidamente, estabelecer objetivos realistas de
resolução;

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7. Técnicas de Autoproteção

2. Génese de soluções alternativas: passa por criar o maior


número possível de alternativas válidas;
3. Tomada de decisão: tem como propósito avaliar as várias
alternativas e escolher/aplicar/agir a que nos parece
mais indicada para resolver o problema/situação;
4. Implementação e verificação das soluções: avaliação dos
resultados após a ação realizada, ou seja perceber se foi
eficaz.

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7. Técnicas de Autoproteção

• Pensar com lógica: A avaliação dos acontecimentos


nem sempre é realizada com lógica, é importante:

a) Não sustentar o pensamento com crenças irracionais;


b) Não atribuir arbitrariedade às causas das ocorrências;
c) Não utilizar deduções preconceituosas ao
comportamento de terceiros;
d) Não criar expectativas sem fundamentos;
e) Não discriminar inadequadamente as situações.

101
7. Técnicas de Autoproteção

• Melhorar a autoestima: Entre diversas mudanças


necessárias para melhorar a autoestima, uma delas é
aprender a: compreender, aceitar, perdoar a si mesmo
e aos outros. Outra consiste em criar objetivos de vida.

102
7. Técnicas de Autoproteção

• Modificar comportamentos: As mudanças podem ser


introduzidas percorrendo diversas etapas a seguir
indicadas:
a) Identificar sinais induzidos pelo stress;
b) Identificar os estímulos que dão origem ao
stress;
c) Envolver-se em atividades relaxantes;
d) Aprender a executar outras atividades para
além do trabalho.

103
7. Técnicas de Autoproteção

• Em contextos interpessoais (relação no trabalho, nos


grupos, com pares sociais) ser autoafirmativo permite,
embora respeitando os direitos dos outros, lutar pela
defesa dos seus próprios direitos. As aptidões de
autoafirmação estão ligadas a duas grandes classes
(Vaz Serra, 2007). Quando o próprio precisa responder
à iniciativa de alguém ou quando tem que tomar a
iniciativa em relação a outra pessoa.

104
7. Técnicas de Autoproteção

• Quando responde à iniciativa de alguém: há assinalar a


importância de dizer não, saber lidar com as críticas,
aceitar felicitações, saber manter conversas e
responder a solicitações para futuros encontros.

• Realizar críticas construtivas: não impor pontos de


vista. Serve para ajudar o próprio a criar perspetivas
diferentes sobre um dado problema.

105
7. Técnicas de Autoproteção

• Revelar preferências: demostrar o que agrada ou não e


mudar o assunto quando está desgastado ou a tornar-se
desagradável.

• Capacidade para tomar iniciativa: iniciar conversas,


terminar interações indesejáveis, aprender a discordar,
pedir favores, impedir que lhe interrompam o que está a
expor.

106
7. Técnicas de Autoproteção

Quando é necessário fazer uma crítica deve-se: começar e


terminar com uma referência positiva à outra pessoa,
exprimir o que sente em relação a determinada situação,
dirigir-se sobre os aspetos específicos do seu
comportamento, solicitar modificações concretas e, falar em
voz neutra e não zangada.

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7. Técnicas de Autoproteção

O relaxamento deriva da hipnose e produz modificações


físicas e psíquicas. Atua determinando uma resposta de
repouso. Esta prepara o organismo para um estado de calma,
inatividade do comportamento e o restauro das modificações
existentes. Com o relaxamento consegue-se a diminuição da
atividade fisiológica do indivíduo que é acompanhada de
uma sensação de bem-estar. Usualmente é utilizado como
meio de controlo da ansiedade. Nas pessoas muito emotivas,
predispostas a reagir de forma intensa perante um problema
menor pode ajuda-las a confrontar os acontecimentos de
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uma forma mais controlada. Varias são as disciplinas,
EXERCICIOS PRÁTICOS
ATIVIDADE DINÂMICA

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DÚVIDAS?

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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