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PROFISSIONAL
Helena Carvalho
OBJETIVOS
• Cerca de 4 em cada 10 trabalhadores sente que o stress não é um tema devidamente abordado no
seu local de trabalho.
Fonte: https://www.apsei.org.pt/
Do ponto de vista da saúde no trabalho, muito embora em Portugal não sejam incluídas na Lista de
Doenças Profissionais, a OIT incluiu em 2010 perturbações de foro mental e comportamental na sua Lista
de Doenças Profissionais, diferenciando-as em dois pontos:
• Distress - as exigências são intensas, excessivas, prolongadas, imprevisíveis, ou o sujeito não possui as
competências apropriadas para lidar com elas.
7229 – GESTÃO DO STRESS DO
PROFISSIONAL
Trânsito…
Problemas financeiros…
O QUE É O STRESS?
Momento 2:
Ruminação (e se eu?)
Momento 1:
E -> R (fuga/luta/congelamento)
Momento 2:
Sem influência
Uma situação de stress, vai gerar ainda mais energia para que
possamos fugir ou lutar, aumentando o nível de açúcar no
sangue.
desordens alimentares
obstipação ou diarreia
depressão
acne
fadiga crónica
privação do sono
hipertensão arterial
enxaquecas
(...)
O STRESSE NÃO AFETA TODOS DE
FORMA IGUAL. MODELO
EXPLICATIVO DO STRESS
FATORES DE RISCO
•Doença/Luto;
•Desequilíbrio entre trabalho e vida familiar e pessoal;
•Finanças;
•Principais acontecimentos da vida, p. ex. casamento, gravidez e cuidar de crianças, divórcio,
mudança de casa, entre outros;
•Questões relacionadas com as condições em que vive ou estilo de vida, hábitos – álcool, drogas,
entre outros;
•Relacionamentos pessoais.
SÍNTESE
Gatilho
Situação, pensamento (memória ou projeção), emoção, sensação
Alerta no organismo
Resposta emocional = raiva, ansiedade ou depressão
Resposta comportamental = luta, fuga ou congelamento
Resposta fisiológica = aumento da tensão arterial e frequência do
batimento cardíaco (excitação) ou cansaço e diminuição do nível
de energia disponível (stress crónico)
Autocrítica/Ruminação
Pelo gatilho Pela nossa resposta ao gatilho
Consequências
O organismo mantém-se no estado de excitação.
As respostas emocionais, comportamentais e fisiológicas mantêm-se.
Ficamos presos num ciclo de autocrítica.
- EXPLICAR O QUE É E
DAR DOIS EXEMPLOS
DE VIDA DIÁRIA
MEDITAÇÃO GUIADA – NATUREZA (25
MIN)
EXERCÍCIO –
COMPLETAR A
“SUA TABELA”
(20 MIN)
MEDITAÇÃO GUIADA – NUVENS (15
MIN)
MINDFULNESS SELF-COMPASSION - METTA
A palavra metta significa amor-bondade ou amor compassivo e refere-se ao desejo de que todos os seres
sejam felizes, um amor universal, ilimitado, que transcenda todo o tipo de barreiras.
Também ajuda a promover paciência, tolerância, gratidão e acima de tudo o perdão. O perdão é um
fator de suma importância na libertação de bloqueios emocionais, tais como os rancores e os remorsos.
7229 – GESTÃO DO STRESS DO
PROFISSIONAL
Promover a sensibilização no local de trabalho, com vista a trabalhar por um entendimento comum
do stress:
• Promover uma postura de abertura tanto por parte dos trabalhadores, como das organizações;
• Ganhar o compromisso com a gestão do stress (liderança das organizações);
• Promoção da resiliência da equipa através de uma boa gestão;
• Organizar atividades para os trabalhadores que promovam a diminuição de fatores de stress
organizacionais;
• Formar/Informar os trabalhadores para a temática.
• Promover a resiliência pessoal e, consequentemente, da
equipa e da empresa;
• Promover a saúde e bem-estar dos trabalhadores (influência
de fatores como alimentação saudável e atividade física);
• Desenvolvimento de capacidades como gestão de tempo ou
resolução de conflitos;
• Intervir e apoiar quando se identificar uma situação
relacionada com problemas de saúde e bem-estar
relacionados com stress, envolvendo a medicina do trabalho
sempre que necessário.
ESTRATÉGIAS PROMOTORAS DE BEM -ESTAR
• Pratique ouvir sem fazer julgamentos. Note o quanto a mente julga e critica constantemente.
• Note o que está a fazer, e como o está a fazer, use os seus sentidos.
• Não pense tanto no destino da sua caminhada.
• Reconheça que pensamentos são apenas pensamentos;
• Não leve tudo muito a sério.
• Passe mais tempo em contacto com a natureza.
• Quando notar que o seu coração está a ficar mais acelerado, por exemplo, antes
de fazer uma apresentação oral, aperceba-se que o seu corpo está a tentar dar-
lhe mais energia e tente tirar o máximo proveito dessa energia.
1. Observe apenas os pensamentos a passar (a chegar e a ir), sem sentir que tem de os seguir.
2. Veja os pensamentos como uma produção mental e não como um facto. Pode acontecer que tal produção mental
ocorra com outras sensações e emoções. Compete-lhe decidir quando é que o pensamento é verdadeiro ou não e como
pretende lidar com ele.
3. Escreva os pensamentos num caderno ou papel. Isto permite-lhe criar alguma distância emocional para além de, na
pausa entre o pensamento e a escrita, poder refletir no significado do pensamento.
4. Pergunte-se: este pensamento disparou automaticamente na minha cabeça? Está associado a esta situação? Há
alguma coisa mais que eu possa investigar? De que forma pensei nisto, com outro humor e numa outra altura? Há
alternativas?
5. Perante pensamentos mais difíceis pode ajudar olhar para eles intencionalmente e de forma aberta e torná-los parte
integrante da prática, deixando que a mente lhe dê outra perspetiva.
EXERCÍCIO: MINDFULNESS E
RESILIÊNCIA (20 MIN)
Recursos:
2º Feche o punho esquerdo com força durante cinco segundos, dirigindo a atenção para os punhos.
Depois, abra a mão e relaxe durante dez a quinze segundos. Repita.
4º “Faça músculo” com força no braço esquerdo durante cinco segundos, com a atenção focada no
braço. Depois, relaxe o músculo durante dez a quinze segundos e observe as sensações físicas no
braço.
yoga
relaxamento
muscular progressivo
meditação (guiada)
exercícios aeróbicos
escuta de música
“especial”
biofeedback
QUE AJUDA E O
QUE ATRAPALHA? Falar com outras pessoas.
Culpar os outros.
Chorar.
PARA… O QUE
PODEMOS FAZER?
• Ansiedade – calma
• Caos – estrutura
• Emoções – pensar
• Frustração – catarse
• Perda de controlo – informação
• Alienação – aceitação e suporte
social
• Falta de esperança - ação
Algumas pessoas precisam de acompanhamento psicológico para conseguir gerir a ansiedade e lidar
com os ataques de pânico. Este pode ser o seu caso se:
• Está ansioso a maior parte do tempo ou tem ataques de pânico frequentemente;
• Sentir que a sua vida pessoal e profissional está a ser afetada;
• Tem muita dificuldade em gerir a ansiedade;
• Evitar determinadas situações ou locais por ter medo de ter um ataque de pânico.
7229 – GESTÃO DO STRESS DO
PROFISSIONAL
Módulo nº.3: Emoções
Conceito;
Características fisiológicas, cognitivas e comportamentais;
Estratégias de gestão das emoções.
EMOÇÃO
E+MOVERE
“MOVER
PARA FORA”
“SAIR DE SI”
Definição de Damásio (2003)
• Variação psíquica e física,
desencadeada por um estímulo,
subjetivamente experimentada
e automática e que coloca num
estado de resposta ao estímulo
• Meio natural de avaliar o
ambiente que nos rodeia e de
reagir de forma adaptativa.
“ Sem qualquer exceção, homens e mulheres de todas as idades, de todas as culturas, de todos os graus
de instrução e de todos os níveis económicos têm emoções, estão atentos às emoções dos outros,
cultivam passatempos que manipulam as suas próprias emoções, e governam as suas vidas, em grande
parte, pela procura de uma emoção, a felicidade, e pelo evitar das emoções desagradáveis” (Damásio,
2000)
Ainda segundo o mesmo autor, “pensamos com o nosso corpo e com as nossas emoções,
não existindo razão pura”.
EMOÇÕES BÁSICAS
As emoções agradáveis motivam-nos para explorar o mundo que nos rodeia de forma proactiva e
restituem o equilíbrio depois de experiências emocionais desagradáveis;
A surpresa pode ser definida como uma reação causada por algo imprevisto, inédito ou estranho.
A vivência subjetiva que a acompanha é uma sensação de incerteza junto a um estado em que a pessoa
tem a sensação de ter a mente em branco.
Com respeito às reações fisiológicas, deparamo-nos com uma desaceleração da frequência cardíaca e
um aumento do tónus muscular e da amplitude respiratória. Além disso, aparece um tom de voz alto,
junto a vocalizações espontâneas.
A função da surpresa é esvaziar a memória de trabalho de toda a atividade residual para lidar com o
estímulo imprevisto. Portanto, esse estado ativa os processos de atenção, juntamente com a conduta
de exploração e a curiosidade.
Esta emoção é frequentemente seguida por outra emoção que vai depender da qualidade do estímulo
imprevisto, mostrando assim sua positividade (alegria) ou negatividade (raiva).
NOJO
O nojo é uma das emoções básicas conhecidas desde os trabalhos de Darwin sobre a emoção animal.
Caracteriza-se por uma sensação de repulsa ou de evitar algo diante da possibilidade, real ou imaginária,
de ingerir uma substância nociva, que tenha propriedades contaminantes.
A função adaptativa que o nojo cumpre é rejeitar todos os estímulos que podem provocar uma
intoxicação. As náuseas e o mal-estar contribuem para evitar qualquer ingestão danosa para o corpo. Além
disso, com o tempo, esta emoção tem começado a ganhar um caráter social de rejeitar os estímulos
sociais tóxicos para nós.
MEDO
O medo é um estado emocional negativo ou aversivo com uma ativação muito elevada que incita o ato de
evitar e de escapar de situações perigosas.
A vivência desta emoção provoca uma sensação de grande tensão junto a uma preocupação pela própria
segurança e saúde.
Os correlatos fisiológicos mostram uma elevação rápida da ativação e uma preparação para a fuga. A
atividade cardíaca dispara e a atividade respiratória acelera, causando uma respiração superficial e
irregular.
O medo é um legado evolutivo que tem um valor de sobrevivência óbvio. A emoção é útil para preparar o
corpo e gerar condutas de fuga ou luta face a estímulos potencialmente perigosos. Além disso, facilita a
aprendizagem de novas respostas que afastam a pessoa do perigo.
ALEGRIA
A alegria é, de todas as emoções básicas, talvez a mais positiva: está associada de forma direta com o
prazer e a felicidade. Ela aparece, por exemplo, em resposta à conquista de alguma meta pessoal ou
frente à atenuação de um estado de mal-estar.
Pela forma como a manifestamos, pode parecer que ela não tem nenhuma função para a nossa
sobrevivência, além de ser um mero reflexo do nosso estado interno.
No entanto, a alegria é um dos sistemas que o corpo tem para incentivar a ação. Além disso, serve
como recompensa para aquelas condutas benéficas para si mesmo.
A alegria dispara quando realizamos uma ação que alcança uma meta, e graças a isso, essa conduta
repetir-se-á para que voltemos a vivenciar essa sensação de prazer. É, talvez, o reforço mais natural
com o qual contamos.
Esta emoção caracteriza-se por uma queda de ânimo e uma redução significativa no nível de atividade
cognitiva e de conduta. Apesar da má fama que esta emoção tem associada, ela cumpre funções iguais
ou mais importantes que as demais emoções básicas.
A função da tristeza é atuar em situações onde o sujeito se encontra impotente ou não pode dar
continuidade a nenhuma ação direta para solucionar o que lhe traz sofrimento, como o falecimento de
uma pessoa querida. Por isso, a tristeza reduz o nível de atividade, com o objetivo de economizar
recursos e evitar que façamos esforços desnecessários.
Atua de maneira autoprotetora, gerando um filtro percetivo que centra a atenção na própria pessoa no
lugar de um estímulo aversivo.
E o mais importante, instiga a busca do apoio social que facilita a fuga de uma situação depressiva.
RAIVA
A raiva emerge quando a pessoa se vê submetida a situações que causam frustração ou que são hostis. A
vivência que surge desta emoção é desagradável, junto a uma sensação de tensão que nos motiva a agir.
É uma emoção de muitas faces e, em muitos casos, ambígua, pois dependendo da situação pode ser vista
como mais ou menos justificada.
A nível fisiológico, identificamos no corpo um aumento excessivo da ativação e uma preparação para a
ação. Observamos um aumento da atividade cardíaca, no tónus muscular e na amplitude respiratória. Além
disso, observa-se um aumento significativo da adrenalina no sangue que, por sua vez, aumentará a tensão
cognitiva.
A raiva tem uma função evolutiva clara, fornecendo recursos necessários para enfrentar uma situação
frustrante. Quando temos que enfrentar algum perigo ou superar um desafio, esse gasto de recursos para
aumentar a ativação nos ajuda a ter sucesso.
Se mesmo com a raiva ainda não se consegue alcançar o objetivo, surge a tristeza; para solucionar o
problema através de outras ferramentas.
Sejam de valência positiva, negativa ou neutra, o certo é que
todas as emoções cumprem funções que favorecem nossa
sobrevivência. Por outro lado, também trazem o perigo de, pela
CONCLUSÃO sua intensidade, se dominarem a nossa conduta. É nestes casos
que a regulação emocional é especialmente importante, já que é
ela que pode afastar o lado negativo dessa manipulação emocional
das rédeas da nossa vida.
MEDITAÇÃO DAS MARGARIDAS (15
MIN)
TENDEMOS A EVITAR OU FUGIR DE
DETERMINADAS SITUAÇÕES, PENSAMENTOS
OU EMOÇÕES.
Não podemos escolher o que sentimos, mas podemos decidir o que fazemos quanto a isso.
NÃO POSSO
ENTENDER A
FUNÇÃO, SEM
O CONTEXTO.
O Zé anda sempre mal disposto no trabalho e às
vezes tenho de lidar com ele.
• O que deve o Zé fazer?
• O que posso fazer?
Obrigada!