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Alterações da Hipófise
Alterações do Desenvolvimento: Nanismo Hipofisário: a hipófise não produz GH,
então o animal não cresce. Este é o tipo de nanismo que ocorre em animais, mas não é
muito comum.
Neoplasias da Adenoipófise:Adenomas Funcionais: são neoplasia que podem
crescer e afetar outras estruturas, como o nervo óptico, que fica localizado perto da
hipófise. Adenoma Secretor de ACTH: o ACTH é um hormônio
adrenocorticotrófico, ou seja, estimula a porção cortical das glândulas adrenais. Se o
ACTH fica em excesso, vai haver excesso de estimulação das adrenais, gerando uma
produção excessiva de corticoides, levando a um quadro de hiperadrenocorticismo.
Alterações da Neuroipófise:
Diabetes Insipidus: ocorre pela deficiência do ADH, que é produzido na neuroipófise.
Sem ADH, não há concentração da urina, e esta fica diluída, levando o animal a ter
poliúria, com isso o animal perde mais líquido do que deveria, portanto vai beber mais
água para repor o líquido perdido, ficando com polidipsia.A interrupção da síntese, ou da
secreção de ADH pode ser causada por uma grande neoplasia hipofisária, por um cisto,
por um granuloma inflamatório, ou por uma ferida traumática no crânio com hemorragia
no tecido neuro-hipofisário.
Alterações da Córtex Adrenal
Morfologia da Córtex Adrenal
Porção Cortical:
Zona Glomerulosa: é a porção mais externa da cortical, responsável pela
síntese de Aldosterona.
Zona Fasciculada: é responsável pela produção de glicocorticoides.
Zona Reticulada: responsável pela produção de andrógenos.
Alterações Degenerativas e Inflamatórias:
Amiloidose: é uma degeneração amilóide. O amilóide é uma proteína não
funcional ao organismo, que não tem nenhuma utilidade, esta se deposita em
qualquer lugar do corpo e não é degradada.
Adrenalite: é a inflamação das glândulas adrenais. Agentes bacterianos e
parasitários alojam-se com frequência nas glândulas adrenais, causando
diferentes graus de inflamação e necrose.
Hiperadrenocorticismo ou Hipercortisolismo
Também chamado de Síndrome de Cushing, ocorre pelo excesso de cortisol no
organismo.
As manifestações clínicas e as lesões características da síndrome, resultam
principalmente da superprodução crônica de cortisol por células hiperativas do
córtex adrenal. A causa mais comum da Síndrome de Cushing, é a doença de
Cushing, onde um adenoma funcional da hipófise, secreta ACTH, provocando
hipertrofia e hiperplasia bilaterais do córtex adrenal, e este córtex adrenal
hiperplásico, secretará muito cortisol, levando ao hiperadrenocorticismo.
Outra causa comum em cães é a administração em excesso de corticoides,
que provocam os mesmos sintomas da Síndrome de Cushing pelo excesso de
cortisol.
Hipertireoidismo
É o aumento de T3 e T4 na circulação. Comum ocorrer principalmente em felinos idosos,
causando uma hiperplasia nodular, mas em cães é raro.
Em gatos está associado a lesões proliferativas funcionais, como por neoplasias
(adenomas) e hiperplasia multinodular. Em cães ocorre mais relacionado a neoplasias
(adenomas ou adenocarcinomas). As neoplasias aumentam a função da glândula, que
vai aumentar a produção de T3 e T4.
Os animais com hipertireoidismo apresentam poliúria, polidipsia, perda de peso mesmo
com apetite, fraqueza e cansaço, nervosismo ou hiperexcitabilidade, hipertermia,
intolerância ao calor, taquicardia e arritmias.
Hipotireoidismo
Hipotireoidismo primário: o problema está na própria glândula tireóide. Pode ocorrer
por atrofia folicular, por tireoidite linfocítica (por uma destruição no parênquima), ou pode
ser congênita.
Hipotireoidismo secundário: pode estar relacionado a neoplasias ou a cistos de Rathke
na fenda de Rathke na sela turca (estes cistos comprometem a hipófise, que não vai
mais produzir TSH, então não haverá estimulação da tireoide para produzir T3 e T4).
O hipotireoidismo ocorre principalmente em animais de 4 a 10 anos, e as raças mais
predispostas são: Doberman Pinscher, Setter Irlandês, Schnauzer, Cocker Spaniel,
Dinamarqueses, Pastor Inglês, Beagle, Labradores.
No hipotireoidismo, há um comprometimento de 75 a 80% da tireoide, e ocorre
diminuição da síntese de T3 e T4.
Cerca de 60% dos cães com hipotireoidismo apresentam dermatopatias, com alopecia,
queda na qualidade da pele e do pelo e o animal fica com expressão de medo (facis
trágica).
Neoplasias
Não é muito comum. Quando há neoplasia, ocorre um aumento unilateral, não
homogêneo da glândula tireoide.
Adenoma das Células Foliculares: é uma neoplasia benigna, e estas células
são produtoras de T3 e T4. São normalmente nódulos sólidos, pequenos,
brancos a marrom claros, e geralmente há apenas um nódulo em um lobo da
tireoide.
Carcinoma das Células Foliculares: neoplasia maligna. São massas firmes
que crescem rapidamente e invadem estruturas adjacentes como traqueia
(causando dificuldade respiratória), esôfago e laringe. Normalmente fazem
metástase para o pulmão.
Adenoma das Células C: neoplasia benigna, e estas células são produtoras
de calcitonina (hormônio que estimula a deposição de cálcio nos ossos).
Apresentam-se como nódulos esparsos, isolados ou múltiplos, cinza a marrom-
claros em um ou nos dois lobos da tireoide.
Carcinoma das Células C: neoplasia maligna. Provocam um extenso aumento
de volume multinodular em um ou nos dois lobos da tireoide, são maiores que
os adenomas, podendo até ocupar a glândula tireoide inteira.
Diabetes mellitus
Ocorre por lesões Pancreáticas e Extra pancreáticas, normalmente relacionadas a
autoimunidade, pancreatite e deficiência de células.
O pâncreas pode exibir graus variáveis de lesões ou mesmo nem exibi-las, como
na Diabetes não-insulino dependente, que ocorre sem o pâncreas ter nenhuma
lesão.
A Diabetes leva a lesões como:
Alterações arteriais (doença macrovascular): compromete a parede
vascular e a elasticidade dos vasos.
Microangiopatia: compromete o sistema vascular
Nefropatia diabética: ocorre uma sobrecarga renal, pois o rim tenta
recuperar o excesso de glicose que passou pelo filtrado glomerular.
Retinopatia: relacionada ao comprometimento vascular na retina, que a
lesiona.
Neuropatia: há perda da sensibilidade nas extremidades, devido ao
comprometimento vascular.
Hiperfunção
Ocorre relacionada à neoplasias, mas é raro. As neoplasias no pâncreas, podem
causar:
Hiperfunção de Células α, que são secretoras de Glucagon.
Hiperfunção de Células β, que são secretoras de Insulina.
Hiperfunção de Células δ, que são secretoras de Somatostatina.
Hiperfunção de Células F (ou P), que são secretoras do Polipeptídeo
Pancreático.