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Aula 14 – Sistema digestivo

As funções de todas as células do organismo dependem de um aporte de nutrientes


e de água, que atuam como substrato de todos os processos metabólicos. As reações
químicas que se processam no interior das células envolvem o consumo de substâncias
que, por isto, necessitam ser respostas pela ingestão alimentar, como ocorre com a glicose
e as proteínas, por exemplo.

Sistema digestório

 Boca
o Língua
o Glândulas Salivares
 Parótidas;
 Sublinguais;
 Submandibulares.
 Faringe
 Esôfago
 Estomago
 Fígado
 Vesícula biliar
 Pâncreas
 Intestino Delgado
o Duodeno;
o Jejuno;
o Íleo.
 Intestino Grosso:
o Reto;
o Ânus.

Questão 1. Como a bile é essencial na digestão dos lipídios, o que a ausência dessa secreção
provocaria na digestão e na absorção lipídica?

Os lipídios não seriam absorvidos pela mucosa intestinal, fazendo com que os lipídios
não absorvidos fossem eliminados nas fezes.

Tubo digestivo
 É constituído por três camadas (ou estratos), com suas subdivisões: mucosa, submucosa e
muscular. Cada uma delas mostra particularidades, de acordo com o segmento estudados.
 A mucosa digestiva não é lisa, possuindo uma série de pregueamentos em sua estrutura;
o Os pregueamentos servem para a absorção.
o Se ampliarmos a mucosa veremos a presença de vilosidades ou vilos, que são
projeções menores a partir de cada uma das pregas. Essas vilosidades dão à
mucosa um aspecto aveludado;
o Se ampliarmos ainda mais notaremos a presença de microdesdobramentos nas
bordas de cada célula do epitélio. Trata-se das microvilosidades, ou microvilos.
 Na mucosa e, especialmente na submucosa, encontramos uma rica rede vascular e
nervosa. Os vasos sanguíneos e linfáticos suprem o tubo digestivo, principalmente nos
segmentos envolvidos com a absorção.
 Examinando a maior parte dos segmentos do sistema digestivo, presente na cavidade
abdominal (Esôfago, estômago, intestinos e pâncreas), podemos ver a existência de um
sistema venoso especial denominado sistema porta do fígado.
o Trata-se de um sistema composto por uma série de veias interpostas entre duas
redes capilares;
o A primeira rede está situada na parede do tubo digestivo e a segunda, no interior
do fígado;
o As substâncias (alimentos, drogas, toxinas) absorvidas no tubo digestivo, na
primeira rede capilar, são conduzidas pelas veias do sistema porta até o interior
do fígado (segunda rede capilar), onde entrarão em contato com as células
hepáticas.
 Veias mesentéricas superior (VMS), veias mesentéricas inferior (VMI)
– trazem o sangue venoso, com os nutrientes absorvidos no tubo
gastrointestinal;
 Veia esplênica (VE) – drena substâncias do pâncreas e do baço;
 Essas três veias se unem até o fígado, onde serão metabolizadas pelas
células hepáticas.

A quantidade de vasos sanguíneos na parede do tubo digestivo é um indicador anatômico


importante do poder de absorção que cada segmento apresenta. Assim, existe uma relação estreita
entre densidade de vasos sanguíneos (e linfáticos) e a capacidade absortiva dos segmentos
digestivos.

A camada muscular
 O conteúdo do tubo digestivo é impulsionado, triturado e misturado por uma atividade
motora (músculos esqueléticos e lisos), correspondendo a mastigação, deglutição,
peristaltismo, ação esfinctérica e defecação.
 Assim, o tubo digestivo é dotado de uma grande quantidade de músculos esqueléticos e
lisos em suas paredes.
 O movimento do alimento, da água, dos gases e das fezes, ao longo do tubo digestivo,
tem um tempo determinado para ocorrer. Esse deslocamento é conhecido como trânsito
intestinal e depende do grau de motilidade dos músculos digestivos.
 O trânsito intestinal funciona assim: qualquer retardo ou aceleração exagerada do tempo
de trânsito causará distúrbios na atividade digestiva.
 Os músculos promovem a evolução do conteúdo gastrintestinal ao longo do tubo, a
musculatura esquelética pode ser controlada pela nossa vontade (existem músculos
esqueléticos na boca, na faringe, no terço superior do esôfago e no canal anal), embora,
também possa ser acionada por mecanismos de reflexos. Já os músculos lisos estão
relacionados, exclusivamente, com os movimentos reflexos (nos segmentos restantes do
tubo digestivo.
 Esfíncteres
o As zonas dotadas de função esfinctericas apresentam uma pressão elevada no
interior da luz do tubo em condições de repouso, ou seja, nos momentos que não
há qualquer substância presente (alimentos ou fezes) presentes em sua
proximidade;
o O esfíncter é responsável pelo controle do esvaziamento de determinado
segmento gastrintestinal e impede que o material impulsionado retorne;
o Também estão presentes na desembocadura dos dutos excretores das glândulas
exócrinas e, nesses casos exercem um controle na ejeção dos sucos digestivos na
luz intestinal.
 Nas áreas onde a força de contração é maior, a musculatura lisa é mais desenvolvida.

Hormônio e neurônios

 Os músculos esqueléticos são controlados pelo sistema nervoso;


 Os músculos lisos além de serem controlados pelo sistema nervoso, eles podem ser
coordenados pela atividade de hormônios produzidos por células endócrinas do sistema
digestivo;
o Estas células endócrinas produzem hormônios gastrintestinais (como gastrina),
que agem no próprio local de secreção, coordenando grande parte da atividade
do sistema.
o Assim, tanto o controle das atividades motoras quanto o das secreções digestivas
é exercido por uma ação neuroendócrina.
 O tubo digestivo e as glândulas exócrinas são supridos por terminações nervosas
simpáticas e parassimpáticas.
o Os neurônios simpáticos são provenientes da medula torácica e lombar, e o
parassimpático emerge no encéfalo (pelo nervo vago) e da medula sacral.
o O parassimpático provoca um aumento na contração da musculatura lisa do tubo
digestivo, um relaxamento esfinctérico e um aumento da secreção das glândulas
exócrinas.
o O simpático exerce um efeito oposto.
o Esses neurônios são eferentes, ou seja, trazem informações do SNC para o
sistema digestivo, dentre outros.
o As estruturas suprimidas por esses neurônios autônomos, são os músculos lisos
e nas glândulas secretoras. Assim, movimentos e secreções são comandados pelo
SNC.
o Também possuímos neurônios aferantes (sensitivos) que levam informações do
tubo digestivo para o SNC, por exemplo, esses neurônios que informam o SNC
que devemos ir ao banheiro.
o Mas vale lembrar, que a maior parte das sensações originárias do sistema
digestivo é inconsciente. Assim, sinais nervosos vão e vem do sistema digestivo,
interligando suas partes ao SNC.
 Os neurônios que chegam ao tubo digestivo (eferentes), não fazem contato direto com o
músculo liso ou as glândulas.
o Um tipo de rede está localizado na camada submucosa (plexo submucoso) e outro
na camada muscular (plexo miontérico);
o São esses neurônios dos plexos intramurais que estabelecem contato funcional
com as estruturas do tubo digestivo;
o Os plexos intramurais estão envolvidos com a chegada de estímulos para a
musculatura lisa e glândulas, e com a aferência de sinais originados nos
receptores mecânicos (pressão e estiramento) e químicos (substâncias ´presentes
na luz do tubo digestivo).
o Assim, no estudo de inervação do tubo digestivo, temos de considerar a inervação
extrínseca (simpática ou parassimpática) , cujos neurônios vêm do sistema
nervoso, e a intrínseca, representada por essa rede de neurônios que compõem o
sistema nervoso entérico.

Manto protetor sobre as vísceras abdominais


 Na cavidade abdominal, o tubo digestivo é revestido por uma serosa denominada
peritônio.
o O peritônio é constituído por uma dupla membrana que reveste internamente a
cavidade abdominal (folheto parietal) e envolve grande parte dos órgãos ai
situados (folheto visceral).
 Essas membranas delimitam uma cavidade de espessura capilar (
cavidade peritoneal) preenchida pelo líquido peritoneal;
 Está cavidade é parte do celoma intra-embrionário, sendo uma estrutura
ricamente vascularizada e que, pela existência de dobras, apresenta uma
grande área de trocas metabólicas entre o sangue e a cavidade;
 Dentre suas funções, destacamos a fixação das vísceras, a proteção e a
absorção de substâncias;
 As pregas peritoniais são ricas em vasos sanguíneos que, como você
sabe, conduzem, dentre outros elementos, células de defesa;
 As dobras peritoniais se movem livremente pela cavidade e, quando
ocorre alguma agressão aos órgãos abdominais, este mando peritoneal
recobre a área acometida e bloqueia o processo inflamatório.

AULA 15 – Mastigação e a deglutição

O que é deglutinação?

 É o ato de engolir alimentos ou líquidos;


 É dividida em três fases: a fase oral, a fase faríngea e a fase esofágica;
o Fase oral – alimento é mastigado e misturado com saliva para formar o bolo
alimentar;
o Fase Faríngea – o bolo alimentar é empurrado para a faringe e a laringe é fechada
para evitar que o alimento entre nas vias respiratórias;
o Fase esofágica – o bolo alimentar é empurrado para o esôfago e, em seguida, para
o estômago através de contrações musculares rítmicas chamadas ondas
peristálticas.

O que impede o alimento de seguir o caminho errado?

 Existem mecanismos de proteção na faringe, durante a fase faringiana, a epiglote se fecha


para impedir que o alimento entre na traqueia e os músculos da faringe se contraem para
empurrar o alimento em direção ao esôfago;
 Além disso, o reflexo da tosse é acionado se o alimento entrar na traqueia, o que ajuda a
expelir o alimento e evitar a aspiração.
Como ocorre a mastigação e qual é a sua importância no processo digestivo?

 A mastigação é o processo de triturar os alimentos com os dentes e mistura-los com a


saliva pra formar o bolo alimentar;
 A mastigação é importante por que ajuda a quebrar os alimentos em pedaços menores, o
que facilita a digestão e a absorção de nutrientes pelo organismo;
 Além disso, a mastigação estimula a produção de saliva que contém enzimas digestivas
que começam a quebrar os carboidratos presentes nos alimentos;
 A mastigação também ajuda a misturar os alimentos com a saliva, que contém muco e
outras substâncias que ajudam a lubrificar o bolo alimentar e facilitar a sua passagem pelo
trato gastrointestinal.

Quais são as partes componentes dos dentes e quais suas principais características?

 São compostos por três partes principais: a coroa, a raiz e o colo;


o A coroa – é a parte visível do dente na boca e é composta por duas camadas: o
esmalte, que é a camada mais externa e dura do dente, e a dentina, que é a camada
mais interna e menos dura que o esmalte.
o A raiz- é parte do dente que fica abaixo da gengiva e é fixada no osso alveolar
por meio de fibras periodontais;
 A raiz é coberta por uma camada de cemento, que é menos dura que o
esmalte.
o O colo – é a junção entre a coroa e a raiz do dente.
 Os dentes também possuem diferentes tipos de superfícies, como as superfícies oclusais,
que são as superfícies de mastigação dos dentes posteriores, e as superfícies proximais,
que são as superfícies que entram em contato com os dentes adjacentes;
 Cada dente possui uma forma e função específica na mastigação e na digestão do
alimento:
o Incisivos – para cortar;
o Caninos – para perfurar;
o Pré-molares – triturar.

Onde estão localizadas as glândulas salivares e qual é a importância da saliva no processo


digestivo?

 Estão localizadas na cavidade oral e produzem saliva;


 Existem três pares de glândulas salivares principais: a parótida, a submandibular e a
sublingual;
o A parótida está localizada na frente das orelhas;
o As outras duas fica bem explicito onde estão localizadas.
 A saliva é composta principalmente de água, eletrólitos, muco e enzimas, como a amilase
salivar, que ajuda a quebrar os carboidratos presentes nos alimentos;
 A saliva também contém lisozima, que é uma enzima que ajuda a prevenir a proliferação
de bactérias na boca, e outras substâncias de defesa, como a imunoglobina A e a
lactoferrina;
 A saliva ajuda a lubrificar o bolo alimentar e facilitar sua passagem pelo trato
gastrointestinal;
 Resumindo é importante no processo digestivo e na manutenção da saúde bucal.

Como a salivação é controlada neuralmente?

 A salivação é controlada neuralmente por meio da inervação autônoma parassimpática,


que é estimulada pela presença física do alimento na boca;
 Quando o alimento é colocado na boca, receptores na mucosa são estimulados e
informações aferentes são levadas aos núcleos salivatórios, no tronco encefálico, que
emitem sinais eferentes para as glândulas salivares secretarem;
 Assim, a salivação é um processo reflexo e integrado no tronco encefálico.

Quais as principais características das camadas da parede do esôfago?

 A parede do esôfago é composta por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e


adventícia;
o Camada mucosa – é revestida por um epitélio estratificado e apresenta papilas
e criptas;
 Este tipo de epitélio estratificado é estratégico nos segmentos oral,
faringiano e esofagiano, pois, nestas regiões, o alimento ainda é
relativamente consistente e produz atrito;
 Assim, com a passagem do bolo alimentar, as camadas mais superficiais
do epitélio esofagiano vão descamando e são prontamente repostas pela
atividade proliferativa das camadas germinativas, mais profundas;
 Além disso, a camada mucosa contém glândulas secretoras de muco, que
revestem e protegem mecanicamente a mucosa contra desgaste;
 A ausência do muco poderia permitir maior descamação das camadas de
células do epitélio e provocar erosões com sangramento.
o Camada submucosa – é composta por tecido conjuntivo frouxo, vasos
sanguíneos, linfáticos e glândulas secretoras de muco;
 As glândulas secretoras de muco produzem uma secreção que reveste e
protege mecanicamente a mucosa contra desgastes;
 Além disso, a camada submucosa contém vasos sanguíneos e linfáticos
que são importantes para a nutrição e drenagem linfática da parede do
esôfago.
o Camada muscular – é formada por duas camadas de músculo liso: uma camada
circular interna e uma camada longitudinal externa;
 Esta organização muscular em duas camadas permite que o esôfago seja
contraído e alongado, acomodando o alimento e impulsionando-o para
os segmentos mais inferiores, no sentido do estômago;
 A camada muscular é responsável pelo peristaltismo esofágico, que é o
movimento coordenado e rítmico da parede muscular que empurra o
alimento em direção ao estômago;
 Além disso, essa camada é importante para a proteção da parede do
esôfago contra o refluxo do conteúdo gástrico, que pode causar lesões e
inflamações.
o Camada adventícia – composta por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo e
é responsável pela fixação do esôfago às estruturas adjacentes.

Qual a relação da drenagem venosa do esôfago com o sistema porta do fígado?

 O sangue venoso do esôfago drena para o sistema porta do fígado, que é um sistema de
vasos sanguíneos que leva o sangue dos órgãos abdominais para o fígado;
 Isso significa que o sangue venoso do esôfago passa pelo fígado antes de retornar ao
coração;
 Essa relação é importante porque o fígado é responsável por filtrar e processar muitas
substâncias que são absorvidas pelo trato gastrointestinal, incluindo nutrientes,
medicamentos e toxinas;
 Portanto, a drenagem venosa do esôfago para o sistema porta do fígado é uma parte
importante da dinâmica circulatória do trato gastroinstestinal.

Existe alguma relação entre a chegada de sinais visuais, auditivos, olfativos ao córtex ou
apenas da evocação cortical de memória armazenada e aumento da produção de saliva?

 A produção de saliva pode ser acionada por esses estímulos, que levam ao córtex cerebral
e, daí, aos centros salivatórios;
 Além disso, a simples lembrança de alimentos pode provocar salivação intensa, o que
sugere que a evocação cortical de memória armazenada também pode aumentar a
produção de saliva;
 É importante ressaltar que a produção de saliva é principalmente controlada por reflexos
envolvendo uma integração no tronco encefálico, e que a participação do córtex cerebral
na produção de saliva é secundária.

AULA 16 – O estômago na digestão.


Defina a atividade motora do estomago.

 A atividade motora do estômago é definida como a contração e relaxamento da


musculatura lisa presente em sua parede, que tem como objetivo misturar e triturar os
alimentos para facilitar a digestão e absorção dos nutrientes;
 Essa atividade é controlada por mecanismos neurais e hormonais, como reflexo
vagovagal e liberação de substâncias como a acetilcolina, VIP e NO.

O que é o reflexo vagovagal?

 É um mecanismo de reflexo que envolve os nervos vagos e é responsável por regular a


atividade motora do estômago;
 É desencadeado quando há a entrada de alimentos no estomago, que estimula neurônios
aferentes que seguem pelos nervos vagos até o tronco encefálico;
 Em resposta, o tronco encefálico envia sinais de volta para o estômago por meio das fibras
eferentes dos nervos vagos, promovendo o relaxamento da musculatura lisa do estômago
e acomodando a carga de alimentos;
 É denominado vagovagal por envolver as vias sensitivas e motoras dos nervos vagos.

Caracterize a relação entre as ondas lentas, os potenciais de ação (PA) e a contração das
células musculares lisas do estômago.

 As ondas lentas são produzidas pelas células marca-passo do estômago e geram um ritmo
elétrico básico que percorre todo o órgão;
 Quando atinge um determinado valor crítico (limiar), ocorre o disparo de uma salva de
potenciais de ação (PA) que provoca contrações mais fortes na musculatura lisa do
estômago;
 Essas contrações são responsáveis pela mistura e trituração dos alimentos.

Como ocorre a secreção gástrica e qual é o seu controle?

 A secreção gástrica é composta por ácido clorídrico, pepsinogênio e muco, e é produzida


pelas células parietais, células principais e células mucosas do estômago;
 É controlada por mecanismos neurais e hormonais, que são divididos em três fases:
cefálica, gástrica e intestinal;
o Na fase cefálica, a visão, olfato, o paladar e a mastigação dos alimentos
estimulam o nervo vago, que libera acetilcolina e gastrina, aumentando a
secreção gástrica;
o Na fase gástrica, a presença de alimentos no estômago estimula a liberação de
gastrina pelas células G do antro gástrico, que aumenta a secreção de ácido
clorídrico pelas células parietais. A distensão do estômago também estimula a
liberação de gastrina e a secreção gástrica;
o Na fase intestinal, a presença de alimentos no intestino delgado estimula a
liberação de secretina e colecistocinina (CCK), que inibem a secreção gástrica e
a motilidade do estômago.
 Motilidade – capacidade de um órgão ou tecido de se mover ou contrair.
o Além disso, a secreção gástrica é controlada por mecanismos locais, como a
presença de peptídeos e aminoácidos no estômago, que estimulam as células G e
a liberação de gastrina, e a presença de ácido clorídrico, que inibe a secreção
gástrica.

Quais os processos de proteção da mucosa do estômago contra a ação do ácido clorídrico?

 Existem pelo menos quatro mecanismo de proteção da mucosa do estômago contra a ação
do ácido clorídrico, que são:
o As células epiteliais apresentam especializações de membrana (junções
oclusivas) que impedem que o ácido penetre entre elas;
o O muco produzido pelas células mucosas forma uma camada protetora sobre a
mucosa gástrica, impedindo o contato direto do ácido clorídrico com as células
epiteliais;
o As células mucosas também produzem bicarbonato, que neutraliza o ácido
clorídrico presente na luz do estômago elevando o pH e reduzindo a sua ação
corrosiva;
o As prostagladinas, que são substâncias produzidas pelas células mucosas,
estimulam a produção de muco e bicabornato, além de aumentar o fluxo
sanguíneo na mucosa gástrica, favorecendo a sua regeneração e reparação.
 Esses mecanismos de proteção da mucosa gástrica são essenciais para evitar lesões e
úlceras no estômago, garantindo o seu bom funcionamento e a integridade do trato
gastrointestinal.

Análise o processo da digestão de proteínas e a participação da mucosa gástrica na absorção.

 Começa no estômago, onde o alimento é misturado com o suco gástrico, que contém
ácido clorídrico e pepsinogênio;
 O ácido clorídrico ajuda a desnaturar as proteínas, enquanto o pepsinogênio é convertido
em pepsina, uma enzima que quebra as proteínas em peptídeos menores;
 A pepsina é ativada pelo ambiente ácido do estomago, que é mantido pela secreção de
ácido clorídrico pelas células parietais;
 A mucosa gástrica não participa diretamente da absorção de proteínas, mas tem um papel
importante na absorção de outros nutrientes, como a vitamina B12 e o ferro;
 A vitamina B12 é absorvida no íleo, a porção final do intestino delgado, e a sua absorção
depende da presença do fator intrínseco, uma proteína produzida pelas células parietais d
estômago;
 O ferro é absorvido no duodeno e no jejuno, as porções iniciais do intestino delgado, e
sua absorção é facilitada pela presença de ácido clorídrico e pala ação da enzima
ferroportina, que transporta o ferro para o interior das células intestinais;

Descreva as bases de controle da fome e da saciedade a partir dos estímulos do estômago.

 O centro da fome e da saciedade são ativados por meio das vias aferentes vagais que,
estimuladas por receptores mecânicos na mucosa gástrica, ascendem até o hipotálamo;
 Além disso, as ações de hormônios entéricos como a colecistocinina (CCK) na indução
de saciedade. A CCK é produzida pelas células I do duodeno e jejuno em resposta a
presença de gorduras e proteínas na luz intestinal;
o A CCK atua no sistema nervoso central, inibindo o centro da fome e estimulando
o centro da saciedade, além de reduzi a motilidade gástrica e aumentar a secreção
de enzimas pancreáticas e bile.
 Em resumo, o estômago participa do controle da fome e da saciedade por meio da
distensão da mucosa gástrica, que ativa as vias aferantes vagais e inibe o centro da fome,
e pela produção de hormônios entéricos, como CCK, que estimula o centro da saciedade
e reduzem a ingestão de alimentos.

Caracterize o processo do vômito em relação ao esvaziamento gástrico e suas consequências.

 O vômito é um reflexo que envolve a contração da musculatura duodenal e gástrica, o


relaxamento dos esfíncteres, o aumento da salivação e a contração dos músculos da
parede abdominal;
 Esse processo é desencadeado por estímulos que chegam ao centro do vômito, localizado
na formação reticular do tronco encefálico, a partir de diferentes partes do copo, como o
estomago, intestino e o cérebro;
 O vômito é um mecanismo de defesa do organismo que permite a eliminação rápida e
substâncias tóxicas ou indesejáveis presentes no estômago;
 No entanto, o vômito frequente pode levar a uma perda significativa de líquidos e
eletrólitos pela boca, o que pode levar a um quadro de desidratação e alterações na
composição eletrolítica do organismo;
 Além disso, o suco gástrico, passando variadas vezes pelo esôfago, no ato de vomitar
frequentemente, pode provocar lesões na mucosa esofágica;
 O vômito também pode causar sinais de esforço cardiovascular, como aumento da
frequência cardíaca e da pressão arterial.

AULA 17 – A bile e o suco pancreático no duodeno


Descreva as características estruturais do duodeno, em relação a atividade motora secretora
e absortiva.

 O duodeno é dividido em quatro porções: superior, descendente, horizontal e ascendente;


 A atividade motora do duodeno é coordenada pela ação de neurônios e de hormônios
produzidos pelas próprias células da mucosa intestinal;
 A parede duodenal apresenta duas camadas de músculo liso: longitudinal e circula, que
são responsáveis pela movimentação do conteúdo intestinal;
 O duodeno recebe o quimo do estômago, a bile (produzida no fígado) e as enzimas
pancreáticas, que são misturadas pela atividade motora do duodeno;
 A mucosa do duodeno apresenta uma série de desdobramentos que aumentam a superfície
de absorção alimentar, como pregas circulares conhecidas com válvulas de Kerkring,
exceto na porção superior do duodeno;
o Essas pregas são formadas por elevações da mucosa de da submucosa,
aumentando a área de superfície, estima-se que essa área seja da ordem de 250m2;
 Na microestrutura da mucosa duodenal temos: criptas duodenais de Lieberkuhn, que são
glândulas tubulares simples que se estendem da lâmina própria até a muscularis mucosae;
o Essas criptas são responsáveis pela produção de muco, enzimas e hormônios que
participam do processo digestivo.

Descreva o papel da musculatura duodenal e o controle motor no recebimento do quimo e


no tratamento do conteúdo.

 Quando o quimo é enviado ao duodeno, ele produz estímulos mecânicos (distensão) e


químicos (osmolaridade e acidez). Tais estímulos são captados por receptores da mucosa
duodenal e, assim, sinais serão enviados ao estômago;
 Esta é a base do reflexo enterogástrico, esse reflexo é responsável por regular a motilidade
gástrica e a secreção de ácido clorídrico, de modo a garantir que o conteúdo do estômago
seja liberado de forma adequada para o duodeno;
 A atividade motora do duodeno é responsável por misturar o quimo com a bile e as
enzimas pancreáticas, de modo a permitir que o conteúdo sofra um tratamento enzimático
adequado;
 A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, sendo lançada no duodeno
para emulsificar as gorduras e facilitar sua digestão;
 As enzimas pancreáticas são produzidas pelo pâncreas e lançadas no duodeno para digerir
proteínas, carboidratos e gorduras.

Descreva a estrutura interna do fígado e suas relações com o sangue portal e com as vias
excretoras.

 O fígado é um órgão glandular;


 É dividido em quatro lobos: lobo direito, lobo esquerdo, lobo caudado e lobo quadrado;
 O fígado é envolvido por uma capsula fibrosa e é irrigado por uma artéria hepática e uma
veia porta;
 A artéria hepática leva sangue arterial rico em oxigênio para o fígado, enquanto a veia
porta leva sangue venoso rico em nutrientes e produtos de digestão do trato
gastrointestinal para o fígado;
 O sangue que entra pela veia porta segue por uma densa rede de veias cada vez menores
e, finalmente, chega aos capilares (sinusoides) que estão presentes no interior do fígado;
 Os hepatócitos, que são as células funcionais do fígado, estão em contato direto com esses
sinusoides, permitindo que eles recebam as substâncias que chegam pelo sangue portal;
 O fígado também possui um sistema de vias excretoras que se inicia nos hepatócitos e
termina no ductor biliar comum. Os hepatócitos produzem a bile, que é armazenada na
vesícula biliar e lançada no duodeno para emulsificar as gorduras e facilitar sua digestão;
o A bile é secretada pelos hepatócitos nos canalículos biliares, que se unem para
formar os ductos biliares intra-hepáticos. Esses ductos se unem para formar o
ducto biliar comum, que leva a bile até o duodeno.

Descreva a composição e a excreção da bile, assim como a sua ação função no processo
digestivo.

 A bile é composta por água, sais biliares, colesterol, bilirrubina e fosfolipídios;


o Os sais biliares são os principais componentes da bile e são produzidos a partir
do colesterol pelo fígado. Eles têm a capacidade de emulsificar as gorduras, ou
seja, quebrar as gotículas de gordura em partículas menores facilitando a ação
das enzimas lipolíticas.
o A bilirrubina é um pigmento amarelo que é produzido pela degradação da
hemoglobina, que é a proteína presente nos glóbulos vermelhos. A bile é o
principal meio de excreção da bilurrubina, que é eliminada nas fezes.
 A bile é liberada no duodeno através do ducto biliar comum, que se une ao ducto
pancreático para formar o ampola hepatopancreático (ampola de Vater).
 A bile é lançada no duodeno em resposta à presença de alimentos, especialmente
gorduras, no intestino delgado;
 A bile ao quebrar as gotículas de gordura em partículas menores, facilita a ação das
enzimas lipolíticas. Isso aumenta a superfície de contato entre as gorduras e as enzimas,
permitindo que as enzimas possam agir mais eficientemente;
 Além disso, os sais biliares tem a capacidade de solubilizar as vitaminas lipossolúveis (A,
D, E e K), permitindo que elas sejam absorvidas pelo intestino delgado.

Explique as origens do colesterol e suas formas de transporte no sangue, assim como suas
funções.

 O colesterol é uma substância oleosa e insolúvel em água que é produzida pelo fígado e
também pode ser obtida através da dieta. Cerca de 80% do colesterol presente no
organismo é produzido pelo fígado, enquanto 20% são provenientes da dieta;
 O colesterol é transportado no sangue associado a duas proteínas conhecidas como
lipoproteínas: as de baixa densidade (LDL) e as de alta densidade (HDL);
o As LDL são responsáveis por transportar o colesterol do fígado para os tecidos
periféricos, onde ele é utilizado para a síntese de membranas celulares e
hormônios esteroides;
 No entanto, quando há um excesso de colesterol circulando no sangue,
as LDL podem se depositar nas paredes arteriais, formando placas de
gordura que podem levar o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. Por isso, as LDL são conhecidas como “mau
colesterol”.
 Já as HDL são responsáveis por transportar o colesterol dos tecidos
periféricos de volta para o fígado, onde ele é metabolizado e excretado
na bile. Por isso, as HDL são conhecidas como “bom colesterol”.
o O colesterol tem diversas funções no organismo, sendo componente importante
das membranas celulares e um percurso de hormônios esteroides, como os
hormônios sexuais e os hormônios produzidos pelas glândulas suprarrenais;
o Além disso, o colesterol é necessário para a produção da bile.

Explique a estrutura do pâncreas exócrino, as enzimas produzidas e como são ativadas.


 O pâncreas exócrino é formado por ácinos pancreáticos,que ~soa células secretoras de
enzimas digestivas, Essas enzimas são produzidas na forma de zimogênios, que são
formas inativas das enzimas, e são armazenadas nos grânulos de zimogênio no interior
dos ácidos;
 As principais enzimas produzidas pelo pâncreas exócrino são as proteases, que são
enzimas que atuam na digestão de proteínas;
o As proteases são produzidas na forma de zimogênios, como tripsinogênio, a
quimotripsinogênio e a pró-carboxipeptidase, e são ativadas no duodeno por
outras enzimas, como enteropeptidase e a tripsina.
 Além das proteases, o pâncreas exócrino também produz outras enzimas digestivas, como
a amilase pancreática, que atua na digestão de carboidratos, e alipase pancreática, que
atua na digestão de gorduras. Também são produzidas na forma de zimogênio e são
ativadas no duodene;
 A ativação das enzimas pancreáticas ocorre no duodeno, onde as enzimas são expostas a
outras enzimas que são capazes de quebrar as ligações peptídicas dos zimogênios,
convertendo-os em suas formas ativas;
o A enteropeptidase é uma enzima produzida pelas células da mucosa duodenal
que é responsável por ativar o tripsinogênio, convertendo-o em tipsina.
o A tripsina, por sua vez, é capaz de ativar os outros zimogênios das proteases,
além de ativar a própria tripsina.
 Portanto, a estrutura do pâncreas exócrino é formada por ácinos pancreáticos, que são
células secretores de enzims digestivas. As principais enzimas produzidas são as
proteases, a amilase pancreática e a lipase pancreática.

Descreva a regulação neural e hormonal da motricidade duodenal, da ejeção da bile e da


secreção do suco pancreático.

 A motricidade duodenal, a ejeção da bile e a secreção do suco pancreático são controladas


pela ação de neurônios e de hormônios gastrointestinais.
 A regulação neural da motricidade duodenal é realizada pelo sistema nervoso entérico,
que é um sistema nervoso autônomo presente no trato gastrointestinal;
o O sistema nervoso entérico (SNE) é capaz de controlar a motilidade intestinal
através da atuação de neurônios excitatórios e inibitórios que regulam a contração
da musculatura lisa do intestino;
o O SNE também é capaz de controlar a secreção de muco e de enzimas digestivas
pelas células da mucosa intestinal.
 A regulação hormonal da motricidade duodenal, da ejeção da bile e da secreção do suco
pancreático é realizada por diversos hormônios gastrointestinais, como a colecistocinina
(CCK), peptídeo inibitório gástrico (GIP), a secretina e o polipeptídio pancreático (PP);
o A CCK é produzida pelas células mucosas do duodeno e é liberada na presença
de alimentos ricos em gordura e proteína. A CCK estimula a contração da
vesícula biliar, promovendo a ejeção da bile no duodeno, e também estimula a
secreção do suco pancreático rico em enzimas digestivas.
o O GIP é produzido pelas células da mucosa do duodeno e do jejuno e é liberado
na presença de alimentos ricos em carboidratos. O GIP estimula a secreção de
insulina pelo pâncreas endócrino e também inibe a motilidade gástrica.
o A Secretina é produzida pelas células da mucosa do duodeno e é liberada na
presença de alimentos ácidos. A secretina estimula a secreção de bicarbonato
pelo pâncreas exócrino, neutralizando a acidez do quimo proveniente do
estômago, e também inibe a secreção gástrica.

AULA 18 – Sete metros de intestino

Caracterize a disposição e a organização estrutural do intestino delgado.

 É composto por três partes: Duodeno, o jejuno e o íleo;


 É caracterizado por apresentar uma grande superfície de absorção, graças à presença de
vilosidades intestinais e criptas de Lieberkuhn;
 O intestino delgado possui uma parede muscular composta por duas camadas:
o Uma camada circular interna;
o E uma camada longitudinal externa.

Caracterize a disposição e a organização estrutural do intestino Grosso.

 É a última porção do trato gastrointestinal e é composto por ceco, cólon, reto e canal anal;
 É caracterizado por parede mais espessa e uma menor superfície de absorção;
 Possui uma parede muscular composta por uma camada circular interna e uma camada
longitudinal externa;
 Apresenta uma série de pregas e bolsas chamadas haustrações;
 Sendo fundamental para realizar absorção de água e eletrólitos, bem como a eliminação
de resíduos sólidos do organismo.

Defina a distribuição dos vasos e nervos intestinais.

 A rede arterial do tubo intestinal é segmentar, ou seja, cada segmento do intestino é


suprido por uma arterial específica;
 Essas artérias se unem em zonas limites, permitindo que o sangue seja distribuído de
forma mais ampla;
 Já o sangue venoso da maior parte do sistema digestivo drena para o sistema porta do
fígado, enquanto a linfa proveniente do intestino é drenada por ductos linfáticos que
penetram no fígado;
 Em relação a inervação, existe uma grande rede de neurônios que se distribuem
amplamente em todo o trajeto intestinal, sendo essencial no controle das funções motora
e secretora pelo sistema nervoso;

Qual a influência dos fatores neuro-hormonais da motilidade intestinal?

 A motilidade intestinal é controlada por sinais excitatórios e inibitórios, originados pelo


sistema nervoso entérico e por hormônios gastrointestinais.
o A CCK tem um efeito de acelerar o trânsito intestinal, incluindo a atividade
motora do colo, enquanto o VIP retarda;
o O VIP tem efeito de duas formas:
 Diretamente na musculatura lisa e por meio dos plexos intramurais.
o Sinais inibitórios dos neurônios intrínsecos derivam de variados transmissores,
como óxido nitroso (NO), o ATP e o VIP, mas os dados fazem acreditar que o
NO seja o transmissor inibidor mais importante;
 Os fatores neuro-hormonais têm uma influência importante na motilidade intestinal,
regulando a velocidade e a intensidade das contrações musculares que movem o conteúdo
intestinal ao longo do trato gastrointestinal.

Qual os padrões de motilidade dos intestinos delgado e grosso?

 Intestino delgado
o incluem as contrações segmentares, que são contrações circulares que se
propagam por uma curta distância;
o E as contrações peristálticas, que são ondas de contração que se propagam ao
longo do intestino, impulsionando o conteúdo intestinal em direção ao cólon.
 Intestino grosso
o As contrações são mais lentas e menos frequentes, e são responsáveis
principalmente pela mistura e armazenamento do conteúdo fecal;
o No cólon as contrações ocorrem em resposta a estímulos como a distensão do
cólon e a presença de alimentos no estômago e no intestino delgado;
o O esfíncter ileocecal que separa os dois intestinos, tem um papel importante na
regulação do fluxo de conteúdo intestinal entre os dois órgãos.
Qual os padrões de motilidade do esfíncter ileocecal?

 O esfíncter ileocecal é um componente especial da musculatura lisa intestinal, cujo


funcionamento é mediado por reflexos locais, especialmente provocados pela distensão
das paredes do íleo ou do colo;
 A distensão do íleo provoca abertura do esfíncter ileocecal, enquanto a distensão do ceco
ou do colo ascendente estimula a contração esfinctérica;
 Por isso, o papel do esfíncter I. é importante na regulação do fluxo do conteúdo intestinal
entre o intestino delgado e o intestino grosso, abrindo-se para permitir a passagem do
conteúdo do íleo para o ceco e contraindo-se para evitar o refluxo do conteúdo do ceco
para o íleo.

Defina como ocorre o processo de digestão de carboidratos, proteínas e lipídios no interior


do intestino.

 No intestino delgado, a amilase pancreática continua a digestão do carboidrato,


produzindo maltose, maltotriose e dextrinas, essas moléculas são então quebradas pelas
enzimas dissacaridases da borda em escova da mucosa intestinal, produzindo glicose,
galactose e frutose, que são absorvidas pelas células da mucosa intestinal e transportadas
para a corrente sanguínea.
 No intestino delgado as proteínas são digeridas pelas enzimas pancreáticas, como a
tripsina, a quimotripsina e a carboxipeptidase, produzindo peptídeos menores e
aminoácidos. Essas moléculas são quebradas pelas enzimas peptidases da borda em
escova da mucosa intestinal, produzindo aminoácidos livres, que são absorvidos pelas
células da mucosa intestinal e transportados para a corrente sanguínea.
 A digestão de lipídios começa no intestino delgado, com a ação da bile, que emulsifica
os lipídios, aumentando a área de superfície disponível para a ação das enzimas
lipolíticas. As enzimas lipolíticas pancreáticas, como a lipase, quebram os triglicerídeos
em ácidos graxos e glicerol. Essas moléculas são então absorvidas pelas células da
mucosa intestinal e reconstituídas em triglicerídeos, que são embalados em quilomícrons
e transportados para a corrente linfática.

Caracterize os processos de absorção de água, eletrólitos e nutrientes (glicídios, aminoácidos


e peptídeos), através do epitélio intestinal.

 A absorção de água e eletrólitos e nutrientes ocorre principalmente no intestino delgado,


por meio de diferentes mecanismos.
o A água é absorvida por osmose, seguindo o gradiente de concentração de solutos
no lúmen intestinal e nas células da mucosa;
o Os eletrólitos, como sódio, potássio, cálcio e magnésio, são absorvidos por
transporte ativo ou passivo, dependendo do gradiente de concentração e da
presença de transportadores específicos na membrana celular.
o Os glicídios são absorvidos por transporte ativo ou passivo, dependendo do tipo
de açúcar e da presença de transportadores específicos na membrana celular.
o Os aminoácidos e peptídeos são absorvidos por transporte ativo, mediado por
transportadores específicos na membrana celular. Após a absorção, esses
nutrientes são transportados pelas células da mucosa intestinal para os capilares
sanguíneos ou linfáticos, dependendo do tipo de nutriente e da localização da
absorção.

Descreva a participação da flora bacteriana do intestino na digestão e no processo de


formação de gases.

 A flora bacteriana tem importante participação na digestão e no processo de formação de


gases;
 As bactérias intestinais são capazes de fermentar os resíduos da dieta que não foram
digeridos pelas enzimas do trato gastrointestinal, produzindo ácidos graxos de cadeia
curta (AGCCs), como o acetato, o propionato e o butirato. Esses AGCCs são absorvidos
pelas células da mucosa intestinal e utilizados como fonte de energia pelas células do
intestino e do fígado.
 A fermentação bacteriana também produz substâncias gasosas, como nitrogênio, o
metano, o hidrogênio e o CO2.
o O nitrogênio é o gás que predomina na mistura. Esses gases podem ser absorvidos
pela mucosa do intestino grosso, por difusão, como ocorre com o CO2e com o
nitrogênio ou, eliminados pelo ânus, como flatos.
 As bactérias intestinais também têm um papel importante na proteção contra a
colonização e invasão de microrganismos estranhos e nocivos no desenvolvimento e
estimulação da defesa imune.
 As bactérias intestinais podem metabolizar a bilirrubina, permitindo o seu
reaproveitamento e a formação de pigmentos;
 As bactérias intestinais também podem sintetizar várias vitaminas do complexo B ea
vitamina K, que são absorvidas no ceco e no colo ascendente e favorecem a recuperação
e a absorção de íons como o cálcio, o ferro e o magnésio.

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