O corpo precisa se abastecido constantemente por nutrientes, portanto o trato
alimentas supre essa necessidade digerindo e absorvendo água, eletrólitos, vitaminas e nutrientes. Sendo necessário sistemas como a movimentação de alimentos pelo trato alimentas, secreção de soluções digestivas e digestão dos alimentos, absorção de água, diversos eletrólitos, vitaminas e produtos da digestão, circulação de sangue pelos órgãos gastrointestinais para transporte das substâncias absorvidas, e controle de todas essas funções pelos sistemas nervoso e hormonal locais.
Sistema Nervoso Entérico
O sistema gastrointestinal possui um sistema nervoso próprio, o sistema nervoso entérico, que tem função da regulação das funções gastrointestinais. Localiza-se na parede intestinal do esôfago até o ânus. É tão importante que é considerado com o segundo cérebro, possuindo aproximadamente 100 milhões de neurônios, sendo bem desenvolvido capaz de agir de forma independente do cérebro, com um importante papel no controle dos movimentos da secreção gastrointestinal. O sistema entérico pode ser dividido em dois plexos: Plexo Externo, denominado de plexo mioentérico, dispostos entre as camadas musculares longitudinal e circular. Esse plexo controla quase todos os movimentos gastrointestinais. Enquanto o plexo Interno, denominado de plexo de Meissner, localizado na submucosa, controla basicamente a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local. Além dos plexos nervosos entéricos maiores, existem plexos menores embaixo da serosa, dentro do músculo liso circular e na mucosa. As fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas se conectam com o plexo mioentérico e com o submucoso. Embora o sistema nervoso entérico possa funcionar, independentemente, desses nervos extrínsecos, a estimulação pelos sistemas parassimpático e simpático pode intensificar muito ou inibir as funções gastrointestinais, conforme discutiremos posteriormente.
Tipos de Neurotransmissores Secretados por Neurônios Entéricos
Dentro dos plexos entéricos existem três tipos de neurônios os quais são multipolares em sua maioria:
Os neurônios sensoriais, os neurônios motores e os neurônios internos. São a
acetilcolina e a norepinefrina. Outras são trifosfato de adenosina, serotonina, dopamina, colecistocinina, substância P, polipeptídeo intestinal vasoativo, somatostatina, leuencefalina, metencefalina e bombesina. Peptídeos gastrointestinais, hormônios e citocinas
Os hormônios gastrointestinais são liberados na circulação porta e exercem as ações
fisiológicas em células- alvo, com receptores específicos para o hormônio. Possuem extrema importância de diversos hormônios no controle da secreção gastrointestinal. Muitos desses hormônios também afetam a motilidade em algumas partes do trato gastrointestinal, alguns dos mais importantes são os seguintes. A gastrina é secretada pelas células “G” do antro do estômago em resposta a estímulos associados à ingestão de refeição, tais como a distensão do estômago, os produtos da digestão das proteínas e o peptídeo liberador de gastrina, que é liberado pelos nervos da mucosa gástrica, durante a estimulação vagai. As ações primárias da gastrina são estimulação da secreção gástrica de ácido e estimulação do crescimento da mucosa gástrica. A colecistocinina (CCK) é secretada pelas células “I” da mucosa do duodeno e do jejuno, em especial em resposta aos produtos da digestão de gordura, ácidos graxos e monoglicerídeos nos conteúdos intestinais. A secretina é secretada pelas células “S” da mucosa do duodeno, em resposta ao conteúdo gástrico ácido que é transferido do estômago ao duodeno pelo piloro. A secretina tem pequeno efeito na motilidade do trato gastrointestinal e promove a secreção pancreática de bicarbonato que, por sua vez, contribui para a neutralização do ácido no intestino delgado. O peptídeo inibidor gástrico (GIP) é secretado pela mucosa do intestino delgado superior, principalmente, em resposta a ácidos graxos e aminoácidos, mas, em menor extensão, em resposta aos carboidratos. Exerce efeito moderado na diminuição da atividade motora do estômago e, assim, retarda o esvaziamento do conteúdo gástrico no duodeno, quando o intestino delgado superior já está sobrecarregado com produtos alimentares. A motilina é secretada pelo estômago e pelo duodeno superior durante o jejum, e sua única função conhecida é a de aumentar a motilidade gastrointestinal. A motilina é liberada, ciclicamente, e estimula as ondas da motilidadegastrointestinal denominadas complexos mioelétricos interdigestivos que se propagam pelo estômago e pelo intestino delgado. Glândulas endócrinas envolvidas na digestão
As glândulas são estruturas responsáveis pela secreção de substâncias. Podemos
classificar as glândulas em endócrinas, exócrinas e mistas. Em todo o trato gastrointestinal as glândulas secretoras servem a duas funções primárias: Primeira, enzimas digestivas são secretadas na maioria das áreas do tratoalimentar, desde a boca até a extremidade distai do íleo. Em segundo lugar, glândulas mucosas, desde a boca até o ânus, proveem muco para lubrificar e proteger todas as partes do trato alimentar. Células mucosas ou células caliciformes. Atuam, em grande parte, em resposta à irritação local do epitélio: secretam muco, diretamente na superfície epitelial, agindo como lubrificante para proteger a superfície da escoriação e da digestão. No intestino delgado, invaginações, denominadas criptas de Lieberkühn, são profundas e contêm células secretoras especializadas. No estômago e no duodeno superior, existe grande número de glândulas tubulares profundas. A glândula tubular típica, a glândula secretora de ácido e de pepsinogênio no estômago (glândula oxíntica). Glândulas complexas, também, associadas ao trato alimentar as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado, que produzem secreções para a digestão e emulsificação dos alimentos. O fígado tem estrutura muito especializada. As glândulas salivares e o pâncreas são glândulas acinares compostas. Essas glândulas se situam fora das paredes do trato alimentar e, neste ponto, diferem de todas as outras glândulas alimentares. Elas contêm milhões de ácinos revestidos com células glandulares secretoras. Esses ácinos abastecem o sistema de duetos que, finalmente, desembocam no próprio trato alimentar.