Você está na página 1de 20

ESTÔMAGO

HISTOLOGIA

A fome é induzida pelo hormônio grelina, liberado pelas células do sistema


neuroendócrino difuso

Grelina também modula o relaxamento receptivo das fibras musculares lisas


da túnica muscular externa do estômago, fazendo com que ele se expanda
e tenha sua pressão intraluminal constante

Além disso, o nervo vago realiza o reflexo vagovagal, para manter a


musculatura relaxada

A região do corpo e fundo são idênticas e juntas são chamados de região


fúndica

1. Mucosa fúndica

Possui um epitélio simples cilíndrico, que contém células mucosas de


revestimento, cél. regenerativas e cél. sensoriais

ESTÔMAGO 1
As células mucosas são responsáveis pela secreção do muco visível que
protege o estômago da autodigestão

Esse muco faz com que HCO3- fique preso e contribui na manutenção de
um pH neutro das células que fazem interface com o lúmen gástrico

A superfície dessas células possuem microvilosidades curtas cobertas por


glicocálice, além de que estão aderidas entre si através de zônulas de
oclusão e adesão

As células sensoriais detectam os sabores de forma semelhante às papilas


gustativas

A lâmina própria da mucosa é altamente vascularizada, possui fibroblastos,


plasmócitos, linfócitos, mastócitos e componentes adicionais do GALT, bem
como células musculares lisas ocasionais

As glândulas gástricas (glândulas fúndicas/oxínticas) estão localizadas na


lâmina própria, sendo compostas por seios tipos de células:

Células mucosas de revestimento;

Células mucosas do colo que possuem grânulos com muco solúvel,


responsável pelo revestimento do estômago e redução da fricção com o
quimo

Células regenerativas (células-tronco) são responsáveis pela substituições


de todos os tipos celulares que revestem as glândulas, fossetas gástricas e
superfície

Células parietais (oxínticas) são responsáveis pela produção do HCl e fator


intrínseco

O fator intrínseco é uma glicoproteína necessária para a absorção da


vitamina B12 pelo íleo

Essas células possuem canalículos intracelulares (invaginações na


membrana apical) que são revestidos por microvilosidades, sendo que o
citoplasma ao redor desses canalículos é rico em vesículas; a junção
dos canalículos e essas vesículas forma o sistema tubulovesicular

Quanto maior a produção de HCl, menor o númeor de vesículas do


sistema tubulovesicular e maior a quantidade de microvilosidades - isso
aumenta a área de superfície celular de 4 a 5 vezes

ESTÔMAGO 2
Células principais (zimogênicas) são a maioria na base das glândulas
fúndicas, possuem curtas microvilosidades que são cobertas por glicocálice
na parte apical, além de possuem grânulos que abrigam pepsinogênio,
renina e lipase gástrica

O pepisnogênio é exocitado através do estímulo do nervo vago e da


ligação do hormônio secretina nos receptores da membrana

Essas células também produzem a leptina, que atua no hipotálamo


inibindo a sensação da fome

Células SNED (sistema nervoso neuroendócrino difuso) podem ser do tipo


aberto ou fechado; o aberto possuem longas microvilosidades que
monitoram o conteúdo do lúmen gástrico e os fechados não conseguem
realizar esse monitoramento

2. Túnica muscular externa

ESTÔMAGO 3
Existem 3 camadas de musculatura lisa que compõem essa túnica

Camada oblíqua interna

Camada circular média, sendo essa espessa na região onde forma o


esfincter pilórico

Camada muscular longitudinal externa, mais evidente na região da cárdia e


corpo

Entre as camadas circular média e longitudinal externa, existe o plexo


mioentérico

3. Submucosa

É constituída por um tecido conjuntivo denso são modelado, rico em fibras


colágenas e altamente vascularizado

ESTÔMAGO 4
4. Serosa

É constituída por um tecido conjuntivo frouxo subseroso e coberto por um


epitélio simples pavimentoso (mesotélio) que reveste toda a superfície externa
do estômago

Essa cobertura fornece uma proteção a fricção durante a agitação do estômago

Aproximadamente 3,5 litros de comida, bebida e saliva entram no fundo do


estômago a cada dia

Antes da chegada do alimento, a atividade digestória no estômago inicia com um


reflexo vagal longo da fase cefálica. Quando o bolo entra no estômago, então,
estímulos no lúmen gástrico iniciam uma série de reflexos curtos, que constituem a
fase gástrica da digestão.

Possui três funções gerais:

ESTÔMAGO 5
1. Armazenamento

Durante o relaxamento receptivo, a metade superior do estômago repousa e


recebe o bolo alimentar, enquanto que a parte inferior está ocupada com a
digestão

Na metade distal do estômago, uma série de ondas peristálticas empurra o bolo


alimentar para baixo, em direção ao piloro, misturando-o com o ácido e as
enzimas digestórias

Conforme acontece a quebra das grandes partículas, cada contração leva uma
pequena quantidade de quimo no duodeno através do piloro

Quando ingerimos mais do que necessitamos do ponto de vista nutricional, o


estômago precisa regular a velocidade na qual o quimo entra no intestino
delgado, pois, caso contrário, altas quantidades de quimo não seriam
absorvidas

2. Digestão

O epitélio do estômago possui aberturas de fovéolas (fossas) gástricas, que


levam à glândulas gástricas profundas dentro da camada mucosa

ESTÔMAGO 6
As glândulas gástricas possuem tipos celulares que produzem ácido gástrico
(HCl), enzimas, hormônios e moléculas parácrinas:

1. Células G são encontradas profundamente nas glândulas gástricas e secretam


o hormônio gastrina no sangue. Esse hormônio promove a liberação de ácido,
agindo nas células parietais e estimulando a liberação de histamina pelas
células tipo-enterocromafim (ECL). Essa liberação é estimulada pela presença
de aminoácidos e de peptídeos no estômago (peptídeo liberador de gastrina,
liberado pelos nervos da mucosa gástrica durante o estímulo vagal) e por
distensão do estômago

Proteínas presentes em alimentos estimulam as células G para liberarem a


gastrina, e essa é transportada para as ECL causando a liberação de
histamina, que estimula a secreção de HCl

2. Células parietais são encontradas profundamente nas glândulas gástricas e


secretam o fator intrínseco e ácido gástrico (HCl) no lúmen do estômago. Esse
ácido possui múltiplas funções, como:

Ativação da pepsina (enzima que digere proteínas)

Desnaturação proteica, facilitando a digestão pela pepsina

Inativa a amilase salivar, cessando a digestão de carboidratos que iniciou-se na


boca

Destrói bactérias e outros microorganismos

Liberação de somatostina

3. Secreção da enzima pepsina, responsável pela digestão inicial de proteínas. A


pepsina é secretada na forma de pepsinogênio pelas células principais das
glândulas gástricas, a partir do estímulo do HCl. O pepsinogênio é ativado
através da ação do H+

4. Secreção da lipase gástrica em conjunto com a da pepsina. A lipase é


responsável pela quebra de triacilgliceróis, mas, no estômago, a digestão de
gordura é pouca

5. Secreção de substância parácrinas, como:

>Histamina é um sinal parácrino secretado pelas células semelhantes às


enterocromafins (células ECL) em resposta à estimulação por gastrina ou por
acetilcolina. Essa substância vai estimular a secreção ácida nas células parietais, ao
se ligar nos receptores H2

ESTÔMAGO 7
>Fator intrínseco é uma proteína secretada pelas células parietais, a qual se
complexa com a vitamina B12 para contribuir na absorção da vitamina no intestino
>Somatostatina (hormônio inibidor do hormônio do crescimento) é secretada por
células D no estômago, sendo responsável por um sinal de retroalimentação
negativa com o objetivo de reduzir diretamente a secreção ácida direta e
indiretamente por diminuir a secreção de gastrina e histamina

3. Defesa

A autoproteção da mucosa gástrica é feita por meio de uma barreira muco-


bicarbonato, produzida por células mucosas na superfície luminal e no colo das

ESTÔMAGO 8
glândulas gástricas. Quando o alimento é ingerido, ocorre um aumento nas
taxas de secreção tanto de muco quanto de HCO3-

As secreções que contêm mucinas são viscosas e pegajosas, e são chamadas


de muco. O muco é armazenado em grandes grânulos, no citoplasma apical das
células mucosas do colo e das células epiteliais superficiais, e é liberado por
exocitose

A secreção de muco é estimulada por alguns dos mesmos estímulos que


aumentam as secreções ácidas e de pepsinogênios, especialmente pela
acetilcolina liberada pelas terminações nervosas parassimpáticas próximas às
glândulas gástricas

O muco forma uma barreira física, e o bicarbonato cria uma barreira tamponante
química subjacente ao muco

O suco gástrico é uma mistura das secreções das células epiteliais superficiais
e das secreções das glândulas gástricas, portanto, é composto por: HCl, os
sais, as pepsinas, o fator intrínseco, o muco e o HCO3-

Quanto maior a secreção do suco gástrico, maior a concentração de H+

TIPO CELULAR SECREÇÃO FUNÇÃO LOCAL

Mucosa
Muco Barreira física Superfície
superficial

Mucosa do colo Bicarbonato (HCO3-) Tampão Colo

Pepsinogênio e lipase Digestão de proteínas e


Principais Base
gástrica gorduras

Ativação da pepsina e
Parietais HCl e fator intrínseco Base
produção de vitamina B12

ECL Histamina Estimular a secreção de HCl Toda a glândula

G Gastrina Estimular a secreção de HCl Base

Inibir a secreção de histamina


D Somatostatina Base
e gastrina

SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO


Esse sistema é composto basicamente por dois plexos:

ESTÔMAGO 9
1. Plexo mioentérico (Auerbach)

Consiste em uma cadeia linear de neurônios interconectados

Realiza o controle dos movimentos gastrointestinais

Estende-se ao longo da parede intestinal, entre as camadas de musculo liso

É estimulado quando ocorre o aumento da contração tônica da parede intestinal,


da intensidade das contrações rítmicas, da taxa do ritmo de contração e da
velocidade de condução de ondas excitatórias ao longo da parede, que leva ao
aumento das ondas peristálticas

Alguns neurônios são inibitórios, e atuam através da liberação do peptídeo


intestinal vasoativo, e isso leva à inibição de músculos de esfíncteres presentes
pelo TGI, como o esfincter pilórico e o da válvula ileocecal

2. Plexo Submucoso (Meissner)

Realiza o controle da secreção gastrointestinal e fluxo sanguíneo local

Sinais sensoriais originam-se do epitélio e são integrados nesse plexo para que
este realiza o controle da secreção, absorção e contração da camada muscular
da submucosa

SUCO GÁSTRICO

ESTÔMAGO 10
1. Mecanismos celulares

As células parietais do estômago apresentam uma estrutura especializada, em


que há canalículos secretores com ramificações que atravessam o citoplasma e
se conectam a uma saída comum na superfície luminal da célula. As
microvilosidades revestem a superfície dos canalículos secretórios

O citoplasma das células parietais não estimuladas contém muitos túbulos e


vesículas que formam o chamado sistema tubulovesicular. As membranas das
tubulovesículas contêm proteínas de transporte que são responsáveis pela
secreção de H+ e Cl- para o lúmen da glândula.

Quando as células parietais são estimuladas a secretar HCl, as membranas


tubulovesiculares se fundem com a membrana plasmática dos canalículos
secretores. Essa fusão de membranas aumenta significativamente o número de
proteínas de antiporte H+/K+ na membrana plasmática dos canalículos

Quando as células parietais secretam ácido gástrico na taxa máxima, H+ é


bombeado contra um gradiente de concentração de cerca de 1 milhão de vezes.
Assim, o pH é 7 no citosol das células parietais e 1 no lúmen da glândula
gástrica

2. Mecanismo de secreção de HCl

ESTÔMAGO 11
H2O dentra da célula parietal dissocia-se em H+ e OH- no citoplasma, com isso,
H+ é secretado no canalículo em troca de K+ através da H+/K+ ATPase

K+ tende a vazar para o lúmen, entretanto é reciclado novamente pela mesma


bomba

A ação da H+/K+ ATPase reduz o gradiente eletroquímico do Na+ intracelular,


contribuindo com a reabsorção desse íon do lúmen do canalículo; isso faz com
que K+ e Na+ no canalículo seja reabsorvido e H+ o lugar

À medida que ocorre o bombeamento de H+ através da H+/K+ ATPase, OH- se


acumula na célula e isso contribui com a formação de HCO3-, a partir do CO2
que surge tanto do metabolismo celular quanto do sangue

Com isso, HCO3- é transportado para o líquido extracelular em troca de Cl- e


estes íons não secretados para o canalículo, contribuindo com uma solução
forte de HCl

ESTÔMAGO 12
A barreira gástrica, constituída pela formação de um muco alcalino e junções
oclusivas entre as células epiteliais, faz com que ocorra um refluxo ácido

O uso de AAS (AINE) ou álcool de forma excessiva faz com que o ácido
secretado naturalmente seja vazado por um gradiente eletroquímico,
causando danos na mucosa do estômago

3. Estimulação das glândulas do TGI

Além das células mucosas, o estômago possui dois tipos de glândulas:

Oxínticas (ou gástricas) estão localizadas na superfície interna do corpo e fundo

Pilóricas estão localizadas na porção do antro

3. Secreção de HCO3-

As células epiteliais superficiais secretam também um fluido aquoso que contém


Na+ e Cl- em concentrações semelhantes àquelas existentes no plasma, porém
K+ e HCO3- em concentrações maiores

O HCO3- fica retido no muco viscoso que recobre a superfície do estômago;


desse modo, o muco secretado pela mucosa em repouso reveste o estômago
com uma cobertura pegajosa e alcalina

ESTÔMAGO 13
4. Regulação da Secreção

A inervação parassimpática através do nervo vago é o estimulante mais forte da


secreção gástrica de H+, além de também resultar as secreções de
pepsinogênio, de muco, de HCO3- e de fator intrínseco

As fibras eferentes extrínsecas terminam em neurônios intrínsecos que inervam


as células parietais, as CSCEC e as células endócrinas, que secretam o
hormônio gastrina

A estimulação que ocorre nas fases cefálica e oral (antes do alimento alcançar o
estômago) resulta na estimulação das células parietais para secretar ácido e
das células principais para secretar pepsinogênio

Quando o alimento alcança o estômago, a digestão proteica é iniciada pela


produção de hidrolisados de proteína, que estimulam ainda mais a secreção de
gastrina pela mucosa do antro gástrico. Além disso, a distensão gástrica ativa
um reflexo vagovagal que estimula ainda mais o ácido gástrico e a secreção de
pepsinogênio

A ativação do pepsinogênio se dá quando ocorre sua secreção e posterior


contato como HCl, transformando-se em pepsina

A secreção do pepsinogênio ocorre em resposta a acetilcolina liberada dos


nervos vagos e de cascatas de reações geradas pelo HCl; por isso, a taxa
de secreção do precursor da pepsina é influenciada pela quantidade de
ácido no estômago

ESTÔMAGO 14
A estimulação da secreção gástrica ácida é um exemplo excelente de resposta
“feed-forward” (ou em cascata) que usa as vias endócrinas, parácrinas e neurais
A ativação do fluxo pré-ganglionar parassimpático vagal para o estômago atua de
três maneiras para estimular a secreção gástrica ácida:

Existe uma inervação neural direta, em que a ativação da célula parietal ocorre
por meio da liberação de acetilcolina (A) pelos neurônios entéricos, que atuam
na célula parietal através dos receptores muscarínicos

Além disso, a ativação neural das CSCEC (célula semelhante


à célula enterocromafim) estimula a liberação de histamina (H), que atua através
de uma via parácrina para estimular a célula parietal

Finalmente, as células G localizadas nas glândulas gástricas no antro gástrico


são ativadas pela liberação do peptídeo liberador de gastrina (GRP) dos
neurônios entéricos, que atua na célula G para estimular a liberação de gastrina
(G)

Desse modo, a gastrina e a atividade eferente vagal induzem a liberação de


histamina, que intensifica os efeitos tanto da gastrina quanto da acetilcolina nas
células parietais

Consequentemente, a ativação da descarga parassimpática (vagal) para o


estômago é muito eficiente na estimulação das células parietais para secretar

ESTÔMAGO 15
ácido

A acetilcolina liberada pela estimulação parassimpática excita a


secreção de pepsinogênio pelas células principais, de ácido
clorídrico pelas células parietais e de muco pelas células
mucosas. Em comparação, tanto a gastrina quanto a histamina
estimulam fortemente a secreção de ácido pelas células
parietais, mas têm pouco efeito nas outras células.

Existe também um importante mecanismo de retroalimentação negativo em que a


presença de ácido na parte distal do estômago (antro) induz uma alça de
retroalimentação para inibir a célula parietal de forma que a secreção de H+,
estimulada pelo alimento, não prossiga:

Quando a concentração de H+ no lúmen alcança um determinado limiar (abaixo


de pH 3), a somatostatina é liberada por células endócrinas na mucosa do antro

A somatostatina realiza uma ação parácrina sobre as células G vizinhas, o que


reduz a liberação de gastrina, diminuindo, consequentemente, a secreção
gástrica ácida

ESTÔMAGO 16
MOTILIDADE GASTRINTESTINAL
Os principais padrões da motilidade são os de mistura (segmentação) e de
propulsão (peristalse)

A musculatura lisa do TGI tem estrutura semelhante à de outros músculos lisos


no corpo; células fusiformes em formato de feixes, circundados por uma camada
de tecido conjuntivo, e com junções comunicantes que acoplam as células

Células intersticiais de Cajal (ICCs) são um grupo especializado na parede


intestinal que estão envolvidas na transmissão das informações dos neurônios
entéricos para as células musculares lisas

As ICCs também são consideradas um "marca-passo" pois possuem uma


atividade de ondas lentas, que é uma capacidade para gerar um ritmo elétrico
básico

Essas células estão localizadas em uma camada fina entre as camadas circular
e longitudinal da região muscular externa e em outros locais na parede do trato
GI

Seus longos processos formam junções comunicantes com as células da


musculatura lisa das camadas circulares e longitudinais; as junções

ESTÔMAGO 17
comunicantes possibilitam que as ondas lentas sejam conduzidas rapidamente
para ambas as camadas musculares

A frequência das ondas lentas é de 3 a 5 minutos no estômago e de cerca de 12


a 20 minutos no intestino delgado

A amplitude e, em menor extensão, a frequência das ondas lentas podem ser


moduladas pela atividade dos nervos intrínsecos e extrínsecos, e pelos
hormônios e substâncias parácrinas

As contrações gastrointestinais são ordenadas ritmicamente por ondas lentas;


estas não são potenciais de ação, e sim mudanças lentas no potencial de
membrana em repouso

As ICCs são a causa dessas ondas lentas, pois estas formam uma rede
interposta com a musculatura lisa e sofrem mudanças cíclicas no potencial
de membrana; canais de Na+ abrem-se peridiocamente e produzem
correntes elétricas internas que propagam-se através de junções
comunicantes até alcançar as fibras musculares

Potenciais de pico seriam os potenciais de ação; ocorrem automaticamente


quando a despolarização da membrana na onda lenta torna-se acima de -40mv

ESTÔMAGO 18
Quanto mais alto o potencial de onda lenta alcança, devido o ganho
progressivo de íons Na+, maior é a frequência dos potenciais de pico

Os potenciais de pico são causados devido canais de Ca2+ e Na+ que


abrem-se e fecham-se mais lentamente do que nas fibras nervosas; essa
lentidão é responsável pela longa duração dos potenciais de ação

As ondas lentas por si mesmas não geram a contração muscular, elas apenas
permitem a entrada de Na+ e, por isso, é durante os potenciais de pico que
ocorre o influxo de Ca2+ que permite a contração muscular (o “verdadeiro”
potencial de ação)

Fatores que fazem com que a membrana torne-se mais excitável e seja
despolarizada são: distensão do músculo liso, estimulação pela acetilcolina e
por hormônios gastrointestinais

Fator que faz com que a membrana seja menos excitável e torne-se
hiperpolarizada é a noradrenalina/adrenalina liberada pelas terminações
simpáticas

REGULAÇÃO DA FUNÇÃO GASTRINTESTINAL

Reflexos curtos são originados no sistema nervoso entérico sem sinais externos

ESTÔMAGO 19
O plexo submucoso contém neurônios sensoriais que recebem sinais do
lúmen do TGI. A rede do SNE integra esta informação sensorial e, então,
inicia a resposta

Com isso, o plexo submucoso controla a secreção pelas células epiteliais


GI. Os neurônios do plexo mioentérico na camada muscular externa
influenciam a motilidade

Reflexos longos são os reflexos integrados no SNC

O SNE recebe informações sensoriais do SNC e iniciam resposta


antecipatórias (essas respostas são decorrente de estímulos da visão,
cheiro, som e outros que preparam o TGI para o alimento) e reflexos
emocionais

Nesse tipo de reflexo, o músculo liso e as glândulas do TGI estão sob


controle do SNA

DRGE
hérnia hiatal

ESTÔMAGO 20

Você também pode gostar