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Resumo Tema: Obtenção de materia pelos seres vivos e Transporte

06/03/2020

Digestão Intracelular
Exocitose e Endocitose
O transporte de macromoléculas para o interior da célula por invaginação da membrana chama-se
endocitose:

· Fagocitose – A célula emite prolongamentos, denominados pseudópodes, que englobam a


partícula, formando um vesicula fagocítica, que se funde depois com os lisossomas dando origem a
vacúolos digestivos, onde se dá a digestão intracelular da substância fagocitada.

· Pinocitose – Processo semelhante no qual as substancias absorvidas são menores ou são


fluídos.

· Endocitose mediada por um recetor – ocorre com um mediador, que no caso, é um constituinte
específico da membrana das vesículas digestivas, que acaba ligando-se à substância que será
ingerida.

O transporte de substancias armazenadas em vesiculas para o exterior da célula chama-se exocitose: as


vesiculas de secreção fundem-se com a membrana plasmática, libertando o conteúdo para o MEC.

Importância do sistema endomembranar


O sistema endomembranar é constituído pelas membranas do núcleo, reticulo endoplasmático e
complexo de Golgi e, está relacionado com processos de digestão celular.

Retículo endoplasmático

Sistema de sáculos, vesiculas que envolve o involucro nuclear. Existem dois tipos:

· (REL) Reticulo endoplasmático liso – síntese de fosfolípidos (novas membranas).

· (RER) Reticulo endoplasmático rugoso – (ribossomas) síntese de proteínas (enzimas).

Complexo de Golgi

Conjunto de dictiossomas que têm uma face de formação, virada para o RE, e uma face de maturação,
virada para a membrana plasmática. Na fase de formação, os dictiossomas recebem as proteínas vindas
do RE e na fase de maturação, as vesículas vão sendo substituídas por novas vesículas, que darão origem

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a vesículas de secreção. As proteínas que vão passando do RE para o C.G. vão sofrendo transformações,
como por exemplo: enzimas ficam ativas.

No complexo de Golgi estão também envolvidos processos de síntese de glicoproteínas e


polissacarídeos.

Lisossomas

Lisossomas são vesículas delimitadas por uma membrana e que contém enzimas. Forma-se na fase de
maturação do complexo de Golgi.

· Podem unir-se a vesículas de endocitose e originam um vacúolo digestivo, dando-se a digestão


da substancia endocitada – Heterofagia.

· Também participam na digestão de organelos que necessitam de ser renovados, formando um


vacúolo autofágico - Autofagia.

Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos


multicelulares.
Conjunto de processos realizados nos sistemas digestivos:

1. Ingestão – entrada dos alimentos para o organismo.

2. Digestão – transformação de moléculas complexas dos alimentos em moléculas simples.

3. Absorção – passagem dos nutrientes para o meio interno.

Na maioria dos heterotróficos mais complexos a digestão é feita fora das células, extracelular, sendo
que há seres em que a digestão é fora do corpo (extracorporal), como em alguns fungos.

Conforme a complexidade do ser vai aumentando, também os sistemas digestivos vão evoluindo de
forma a um maior aproveitamento dos alimentos. Os sistemas digestivos podem ser:

· Incompletos (hidra e planária), têm apenas uma abertura por onde entram os alimentos e por
onde sai o que não foi digerido.

· Completos, têm duas aberturas (uma é a boca e outra é o ânus).

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1. Sistema digestivo incompleto:

Hidra

Têm sistema digestivo incompleto, ocorrendo desta maneira:

1. Digestão extracelular –na cavidade gastrovascular, devido às enzimas digestivas, exocitadas


pelos lisossomas das células da gastroderme, as partículas são parcialmente digeridas.

2. Digestão intracelular – as partículas semidigeridas são fagocitadas e de seguida, nos vacúolos


digestivos das células da gastroderme, a digestão completa-se. Os produtos dessa digestão, chegam
a todas as outras as células por difusão simples.

Planária

Têm sistema digestivo incompleto, ocorrendo desta maneira:

1. Digestão extracelular –na cavidade gastrovascular muito ramificada, devido às enzimas


digestivas, exocitadas pelos lisossomas, as partículas são parcialmente digeridas.

2. Digestão intracelular – as partículas semidigeridas são fagocitadas e de seguida, nos vacúolos


digestivos das células da parede, a digestão completa-se. A chegada dos nutrientes às células é
muito mais rápida e eficaz, ocorrendo por difusão simples.

Sistemas digestivos completos (digestão exclusivamente


extracelular):
Os seres que possuem sistemas digestivos completos têm vantagens:

· O percurso dos alimentos ocorre num só sentido aumentando a eficiência da digestão e


absorção;

· A digestão pode ocorrer em vários órgãos especializados para a digestão específica de


determinados nutrientes;

· A absorção ao dar-se num tubo é mais eficiente e os produtos de excreção são expulsos por
um outro orifício (o ânus).

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Minhoca

A captura dos alimentos processa-se através de um mecanismo de sucção devido à contração dos
músculos da faringe. Depois os alimentos passam para o esófago e são armazenados no papo. De
seguida deslocam-se para a moela onde são triturados devido à contração das paredes. No intestino a
ação enzimática faz com que haja a digestão ao longo do intestino, onde a minhoca tem uma prega
dorsal, o tiflosole, que permite aumentar a superfície de absorção. Os produtos a excretar saem, depois,
pelo ânus.

Vertebrados

Os vertebrados são os seres mais complexos. Todos apresentam 2 órgãos anexos (Fígado e Pâncreas),
produtores de substâncias que são lançadas no intestino (bílis do fígado e enzimas do Pâncreas) e
misturadas com os produtos alimentares.

Humanos

Durante a digestão no tubo digestivo com cerca de 9 metros, ocorre:

● Digestão mecânica é a quebra física dos alimentos através da mastigação e dos movimentos
peristálticos.
● Digestão química é a transformação das moléculas mais complexas em moléculas mais simples
através da ação dos sucos digestivos. Implica a existência de enzimas, presentes nas glândulas
anexas ou no tubo digestivo.

Boca e esófago -

A digestão inicia-se na boca. Na boca ocorre a mastigação dos alimentos pelos dentes, que fragmentam
os pedaços grandes, a língua também ajuda nesta digestão física.

A mistura dos alimentos com a amílase salivar, uma enzima presente na saliva que que é produzida
pelas glândulas salivares, permite a digestão química de glícidos, quando o ph de atuação do meio é =7
ou neutro.

Da digestão química e física resulta o bolo alimentar.

O bolo alimentar passa para o esófago e, a contração dos tecidos em redor deste gera movimentos
peristálticos, que transportam o bolo até ao estômago.

Estômago -

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O seu revestimento é enrugado para aumentar a superfície que permite a digestão dos alimentos.

As glândulas gástricas que revestem o seu interior produzem suco gástrico, que ao misturar-se com os
alimentos, forma o quimo. O suco gástrico caracteriza-se por:

● Apresentar um Ph ácido – o acido clorídrico produzido pelo estomago baixa o Ph para menor
que 7, tornando-o extremamente ácido, para que a protéase possa digerir proteína.
● Conter enzimas – a protéase gástrica contida no suco gástrico inicia a digestão de proteínas em
peptídeos (protéase).

No final da digestão as contrações do estomago enviam o quimo para o inicio do intestino delgado.

Intestino –

· Delgado - onde ocorre a digestão física e química de glícidos, proteínas e dos lípidos. É aqui que
ocorre maior parte da digestão e da absorção.

Formado por 2 secções:

· Duodeno – secção inicial onde são libertados os sucos pancreáticos e a bílis.

· Jejuno-íleo – Jejuno é a zona central, e o íleo a zona mais perto do intestino grosso.

· Intestino grosso, este finaliza-se no reto, que abre para o exterior ao nível do ânus.

O fígado e o pâncreas –

São glândulas anexas que produzem enzimas que atuam na digestão no intestino delgado.

· Fígado - atua na digestão, produzindo 1 litro de bílis por dia. Esta é encaminhada para a
vesícula biliar, que funciona como um saco. A bílis hidrolisa os lípidos.

· Pâncreas - produz o suco pancreático, rico em bicarbonato de sódio, que ajuda a neutralizar a
acidez do quimo ph para mais 7. Contem também amílase pancreática, uma enzima que serve
para partir e digerir polissacarídeos.

Obtenção de matéria pelos seres autotróficos.


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ATP – Trifosfato de Adenosina


O alimento é denominado de glicose, uma substancia rica em energia química - ATP - que é a fonte de
energia de cada célula.

1. Os eletrões ao passarem na cadeia transportadora libertam energia.

2. Essa energia é utilizada no transporte ativo de H+ do estroma para o interior dos tilacoides.

3. Acumulam-se H+ no interior dos tilacoides, mas estes passam por difusão facilitada para o
estroma através das ATPases, cedendo a energia à fotofosforilação do ADP para formar ATP.

Cloroplasto – células eucarióticas vegetais.


§ Os pigmentos fotossintéticos, a clorofila, estão dispostos nas bicamadas de fosfolípidos das
membranas dos tilacoides.

§ Cada tilacoide chama-se granum, o plural é grana.

§ O Interior do cloroplasto é constituído por um fluido, o estroma.

§ Existem 2 fotossistemas, cada um constituído por um complexo antena (diversas clorofilas) e um


centro de reação (clorofila oxidada).

§ Fotossistema I – P700 - absorve fotões com um comprimento de onda de 680 nm.

§ Fotossistema II – P680 - absorve fotões com um comprimento de onda de 680 nm.

Fotossíntese

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Fase Fotoquímica

1. A luz solar incide nas folhas e é absorvida pela clorofila, constituindo a fonte energética inicial.
A clorofila do fotossistema II fica excitada e perde 2 eletrões que vão formar um fluxo de eletrões e
que serão transportados até ao fotossistema I.

2. Os eletrões que a clorofila perdeu acabam por ser repostos pela fotólise da água.

3. O Fotossistema I após captar a energia luminosa, reencaminha os eletrões para o estroma e em


conjunto com os protões da água, vão ser cedidos a uma molécula chamada de NADP reduzindo-a e
transformando-a em NADPH + H+.

§ Oxidação da clorofila – Clorofila + Luz – Clorofila Oxidada + 2 eletrões.

§ Fotólise da água – H20 + Luz – 2 eletrões + 2 H+ + ½ O2.

§ Fosforilação – ADP + Pi + Energia – ATP + H20.

§ Redução do NADP – NADP + 2 eletrões + 2 H+ - NADPH + H+.

Fase química (Ciclo de Calvin)

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1. O estroma absorve o CO2 que vai reagir com o RuDP, originando o PGA.

2. O PGA é fosforilado e reduzido, dando originem a 12 PGAL.

a. Desfosforilação do ATP em ADP + Pi.

b. Oxidação do NADPH + H+ em NADP+.

3. 2 desse PGAL serve para formar a glicose e 10 PGAL servem para a regeneração do RuDP, pois
este nunca pode parar de existir, sendo assim um gasto bastante sustentável.

4. 1 molécula de Glicose apenas se forma quando são completados 6 ciclos, dando entrada de 6 C.

Quimiossíntese
Os seres Quimioautotróficos (grupo de bactérias extremófilas), são os protagonistas deste processo.
Sintetizam matéria orgânica a partir da oxidação de compostos inorgânicos.

Não possuem clorofilas, em vez disso têm compostos inorgânicos, assim, não há precisa de água, e não
irá libertar oxigénio, mas sim gases tóxicos.

Transporte nas plantas.


O movimento da água e de outros solutos no interior da planta ocorre através dos seguintes tecidos
condutores:

XILEMA
O xilema é responsável pela condução de água e sais minerais - seiva bruta / xilémica - das raízes até às
folhas. Os vasos xilémicos são formados por células mortas e são eles os traqueídos e os elementos de
vaso.

Os iões e a água vão chegar ao xilema e constituir a seiva xilémica, mas como é possível contrariar a lei
da gravidade?

Hipótese da pressão radicular:

1. A contínua acumulação dos sais da raiz provoca a entrada de água por osmose.

2. A continua pressão osmótica força a subida da água pelos vasos xilémicos.

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O efeito da pressão radicular pode ser observado pela exsudação (transpiração). Quando a pressão
radicular é muito elevada a água sai através da gutação (gotas de água que saem pelas folhas).

Hipótese da TENSÃ0-COESÃO-ADESÃO

1. O vapor de água sai através dos estomas devido à transpiração, pois a há menor concentração
de vapor de água na atmosfera.

2. A saída de água aumenta a pressão osmótica no mesófilo que puxa a água do xilema, fazendo-a
subir desde a raiz.

3. As moléculas de água mantêm-se unidas por pontes de hidrogénio – coesão – e aderem às


paredes dos vasos, formando uma coluna de água continua - adesão.

FLOEMA
O floema, conduz a seiva elaborada – água e compostos orgânicos (Sacarose) - das folhas às outras
regiões da planta.

Os vasos do floema são: os tubos crivosos e as células companhia. Todas estas células são constituídas
por células vivas.

Nos tubos crivosos - as células são alongadas e as paredes transversais possuem vários poros, formando
a placa crivosa, por onde passa a seiva elaborada de uma célula para outra.

As células companhia estão ligadas às células dos tubos crivosos e fornecem energia a estas células.

Teoria do fluxo de massa

1. A glicose elaborada nas folhas é convertida em sacarose.

2. A sacarose passa por transporte ativo para o floema, pelas células de companhia, geando uma
elevada pressão osmótica nos tubos crivosos.

3. A água sai do xilema para o floema por osmose, fazendo com que o floema fique turgido.

4. A pressão de turgência força a passagem da solução para o tubo crivoso seguinte, por difusão
simples.

5. A sacarose sai do floema por transporte ativo, através das células de companhia para os órgãos.

6. Ao diminuir a sacarose no floema, diminui a pressão osmótica, fazendo com que a água
regresse ao xilema por osmose.

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Transporte nos animais.


Serve para levar a glicose e o oxigénio às células para que obtenham energia - sistema circulatório.

§ Hidra
§ Não existe sistema de transporte especializado.

§ O oxigénio difunde-se de forma direta da água para as células.

§ Os nutrientes difundem-se da cavidade gastrovascular para todas as células.

§ Os produtos de excreção são lançados no meio por difusão direta.

§ Planária
§ Não existe sistema de transporte especializado.

§ O O2 e o CO2 difundem-se de forma direta entre a cavidade gastrovascular e as

células.

§ Os nutrientes difundem-se da cavidade gastrovascular para as células.

§ Os produtos de excreção são lançados para a cavidade por difusão direta.

§ A ramificação da cavidade e o corpo achatado facilita a distribuição dos nutrientes pelo


corpo.

Sistema circulatório aberto – artrópodes terrestres.


O fluido circulante – hemolinfa – abandona os vasos e vai diretamente para as lacunas – hemocélio,
banhando diretamente as células.

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1. Quando o vaso dorsal contrai os ostíolos estão fechados e a hemolinfa é impulsionada para as
artérias que a conduzem até às lacunas.

2. Quando o vaso dorsal relaxa, cria-se uma força de sucção e a hemolinfa regressa das lacunas ao
vaso através dos ostíolos.

Sistema circulatório fechado – todos os vertebrados.


O líquido que circula nos vasos sanguíneos é o sangue e o que circunda os tecidos é a linfa. O sangue
circula em vasos de diferentes calibres desde os maiores que são as artérias e veias, depois arteríolas e
vénulas, até aos de menor calibre, os capilares que são constituídos por apenas uma camada de células
e que envolvem, praticamente todas as células. As trocas realizam-se entre o capilar e a linfa intersticial
(o sangue fornece o oxigénio e nutrientes e recebe os produtos excretados da atividade celular).

Este tipo de sistemas é muito mais eficaz que o aberto, pois a velocidade da troca entre substâncias é
mais rápida no fechado que no aberto. Os animais com sistema aberto, têm por esta razão movimentos
lentos e taxas metabólicas baixas.

§ Circulação simples – o sangue passa apenas 1 vez no coração antes de ir para as células – peixes.

§ Circulação dupla – o sangue passa 2 vezes no coração antes de ir para as células.

§ Incompleta – Há mistura de sangue arterial com sangue venoso – anfíbios e répteis.

§ Completa – Não há mistura de sangue arterial com sangue venoso – aves e


mamíferos.

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