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Livro Eletrônico

Aula 00

Farmacologia p/ EBSERH (Farmacêutico) - 2017


Professor: Marcela Conti

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Farmacologia aplicada a EBSERH
Teoria e exercícios comentados
Profa. Laís Eugênio Aula 00

AULA 00: Farmacologia Geral- introdução e conceitos

SUMÁRIO PÁGINA

Apresentação do curso 02

Cronograma 02

1. Introdução 04

2. Conceitos 05

3. Interações medicamentosas 0 12

3.1 Classificação das interações pelo tipo de resultado 19

3.2 Classificação das interações pela gravidade do efeito 27

3.3 Classificação geral das interações medicamentosas 28

4. Lista de questões apresentadas 32

5. Gabarito 43

REFERÊNCIAS 44

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Farmacologia aplicada a EBSERH
Teoria e exercícios comentados
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APRESENTAÇÃO DO CURSO

Olá pessoal! Sejam bem-vindos ao curso “Farmacologia aplicada


EBSERH”!
É um assunto vasto, cai em todos os concursos (da área policial aos
concursos de prefeituras!) e, representa uma boa parte dos pontos da
prova! Resumindo, são aquelas questões que todos os seus concorrentes
acertarão e você não pode deixar de pegar sua “fatia do bolo”, pois ela vai
fazer falta na contagem final de pontos!
Antes de começar com a apresentação do curso propriamente dito,
me apresentarei: meu nome é Laís Eugênio dos Santos, sou Farmacêutica
Clínica e Industrial, formada pela Universidade de Brasília- UnB (2010).
Iniciei minha vida de concurseira em 2010, sendo aprovada na Secretaria
de Saúde do Distrito Federal (2011), onde trabalho atualmente ocupando
o cargo de Especialista em Saúde Farmacêutico.
No nosso curso, além da teoria abordando os vários tópicos,
também trarei várias questões comentadas para você praticar e ver como
elas serão cobradas na sua prova.
Minha intenção neste curso é que você aprenda a matéria de
maneira prática e simples, objetivando a sua preparação para a aprovação.
Esse curso abordará todo o conteúdo abaixo descrito:

Farmacologia Geral- introdução, conceitos e


Aula 00
interações medicamentosas
Farmacodinâmica- receptores, mecanismo gerais de
Aula 01
ação e curva dose-efeito
Farmacologia do sistema nervoso autônomo-
Aula 02
acetilcolina e noradrenalina
Farmacologia sistema nervoso central e periférico-
Aula 03
somático, GABA e glutamato

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Farmacologia sistema nervoso central e periférico


Aula 04
(continuação)- dopamina e serotonina
Farmacologia sistema nervoso central e periférico
Aula 05
(continuação)- anestésicos
Aula 06 Farmacologia da dor e inflamação
Aula 07 Farmacologia do aparelho respiratório
Aula 08 Farmacologia do sistema gastrointestinal
Farmacologia do sistema cardiovascular -
Aula 09
hipertensão
Farmacologia do sistema cardiovascular
Aula 10
(continuação)- metabolismo dos lipídios
Farmacologia do sistema cardiovascular
Aula 11
(continuação)- disfunções cardíacas
Aula 12 Farmacologia dos antibióticos e antivirais - bactérias
Farmacologia dos antibióticos e antivirais
Aula 13
(continuação) – fungos e vírus
Aula 14 Farmacologia do sistema endócrino
Aula 15 Farmacologia do sistema endócrino (continuação)

Pessoal, qualquer dúvida, sugestão, reclamação, etc. recorram ao


FÓRUM, será um prazer atendê-los, ok?
Prontos? Então, vamos aos estudos!

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1. INTRODUÇÃO

Ao longo das nossas aulas nos aprofundaremos nas diversas classes


de medicamentos, estudando como se dá sua ação (Farmacodinâmica) e
qual a aplicação disso na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças.
Nessa aula iniciaremos com conceitos úteis e mecanismos de
funcionamento geral dos fármacos.
Substâncias são utilizadas com finalidade terapêutica, recreacional e
outras atividades há séculos, inicialmente apenas por observações
cotidianas do seu funcionamento para uma ou outra enfermidade (ópio,
contendo morfina para alívio e controle de disenterias), modificação ou
melhoramento de algum comportamento fisiológico (cafeína como um
estimulante/energético), ou até mesmo uso recreacional (a própria
morfina) ou usos diversos (curare usado pelos índios para paralisar e matar
sua caça).
No entanto, a partir do final do século XVIII houve a introdução da
farmacologia e fisiologia experimentais e com os avanços da química o
entendimento científico a respeito dos mecanismos de ação das substâncias
deixou de ficar apenas na observação e veio para o campo racional da
experimentação e testagem. A descoberta dos receptores dos fármacos e
a introdução dos estudos clínicos controlados levaram a farmacologia ao
seu desenvolvimento atual e com possibilidades de expansão do seu
crescimento, citando aqui a recente farmacogenética ou farmacogenômica
(estudo das variações genéticas que causam diferenças nas respostas
individuais aos fármacos).
Claude Bernard (1813-1878)
Médico e Farmacêutico

Deram o ponta pé inicial aos estudos


da Farmacologia e Fisiologia
experimental!

François Magendie (1783-1855)


Médico

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2. CONCEITOS

A farmacologia é a ciência que estudas as interações químicas entre as


substâncias e os organismos vivos, objetivando com isso empregar essas
substâncias de forma segura por meio da determinação de seus efeitos
terapêuticos e nocivos.
 Quando as substâncias interagem com os organismos vivos e
produzem um efeito clínico ou farmacológico elas são chamadas de
DROGAS.
o As Drogas que produzem efeitos benéficos/terapêuticos
(prevenir, diagnosticar, tratar) são chamadas de fármacos ou
medicamentos;
o As Drogas que produzem efeitos nocivos são chamadas de
tóxicos e estudadas pela Toxicologia.

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Conceitos úteis!

DROGA: substância química que interagindo com o organismo vivo é capaz


de causar efeito clínico ou farmacológico (ou seja, modificar funções
fisiológicas), podendo ser esse efeito benéfico ou nocivo ao organismo.

FÁRMACO: é uma DROGA cuja estrutura química é definida/conhecida e


que sua interação com o organismo vivo é benéfica (modificando uma
função fisiológica ou revertendo um estado patológico em benefício do
organismo).
MEDICAMENTO:Tem finalidade
produto de prevenir, diagnosticar,
farmacêutico que contém tratar.
um ou mais
FÁRMACOS e tem finalidade de prevenir, diagnosticar, tratar.

TÓXICO: é uma DROGA cuja interação com o organismo vivo é nociva,


alterando uma função de forma negativa ou mesmo levando a morte.

1. VICLAM - Pref. Guapiara/ SP– 2014

De acordo com a Farmacopeia Brasileira, o que é medicamento?


a) Substância ativa, droga, insumo farmacêutico ou matéria-prima
empregada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados
patológicos em benefício da pessoa à qual se administra.
b) Produto, preparado na farmácia, cuja prescrição estabelece composição,
a forma farmacêutica e a posologia.

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c) Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, que contém


um ou mais fármacos juntamente com outras substâncias, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
d) Nome químico da substância.
Comentários:
(a) conceito de insumo farmacêutico ativo da farmacopeia brasileira: ”é
uma substância química ativa, fármaco, droga ou matéria-prima que tenha
propriedades farmacológicas com finalidade medicamentosa, utilizada para
diagnóstico, alívio ou tratamento, empregada para modificar ou explorar
sistemas fisiológicos ou estados patológicos, em benefício da pessoa na
qual se administra;”
(b) conceito de preparações magistrais da ANVISA, RDC 33/2000:
“Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia para ser
dispensada atendendo a uma prescrição médica, que estabelece sua
composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar.”
(c) conceito de medicamento da Lei 5991/1973: “produto farmacêutico,
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa,
paliativa ou para fins de diagnóstico.”
Gabarito: Letra C.

Um fármaco pode se tornar um tóxico ou vice-versa, já que a dose


utilizada é um dos parâmetros que pode influenciar na ação das drogas
no organismo vivo. Caso clássico e exemplo disso é o medicamento
digoxina cujos efeitos adversos (comumente chamados de efeitos
colaterais) são dose-dependentes podendo levar o paciente a morte.
Essa ideia da relação dose-efeito foi primeiramente introduzida pelo
famoso Paracelso, conhecido como o Pai da Farmácia.

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“Todas as substâncias são venenos, não


existe nada que não seja veneno. Somente
a dose correta diferencia o veneno do
remédio.”

Mais conceitos importantes!

Farmacologia geral: estuda o entendimento geral do funcionamento


comum a todos os grupos de drogas.
Farmacologia clínica: estuda a aplicação clínica das drogas.
Farmacoterapia: escolha da melhor forma de tratamento para o
paciente.
Farmacodinâmica: estudo dos mecanismos de ação e efeitos das drogas
no corpo.
Farmacocinética: estudo da movimentação da droga pelo
corpo(processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção
dos fármacos).
Farmacognosia: estudo dos produtos de origem natural, sejam eles de
origem vegetal ou animal.
Farmacotécnica: estudo e desenvolvimento de formulações
farmacêuticas para o desenvolvimento da melhor apresentação para os
medicamentos.
Farmacogenética: estudo das variações genéticas que causam
diferenças nas respostas individuais aos fármacos.
Farmacoeconomia: determinação e análise dos custos de uma terapia.
Farmacovigilância: identificação e avaliação dos efeitos e dos riscos do
uso dos tratamentos farmacológicos na população por meio da detecção,
registro e avaliação das reações adversas aos medicamentos.
Farmacoepidemiologia: estudo do uso e dos efeitos dos medicamentos
na população.

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2. UPENET/IAUPE - SAD/SES - 2014


Assinale a alternativa que corresponde ao estudo da utilização de
drogas em uma população.
A) Farmacovigilância
B) Atenção farmacêutica
C) Farmacocinética
D) Farmacoepidemiologia
E) Farmácia clínica
Comentários:
O enunciado remete ao conceito de farmacoepidemiologia apresentado no
quadro resumo da página anterior.
Gabarito: Letra D.

3. ACP - Pref. Araguaiana/MT – 2014


Analise as afirmações abaixo a respeito de farmacovigilância:
I – É objetivo da farmacovigilância identificar e avaliar efeitos do uso de
tratamentos farmacológicos.
II – É objetivo da farmacovigilância melhorar o conhecimento do perfil de
segurança dos medicamentos disponíveis para comercialização.
III – Farmacovigilância é a ciência e as atividades relativas à detecção,
avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou qualquer outro
problema relacionado a medicamento.
IV – A farmacovigilância também tem por objetivo quantificar os riscos, a
incidência, a gravidade de tratamentos farmacológicos.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) Somente I, II e III estão corretas.
B) Todas estão incorretas.
C) Somente II, III e IV estão corretas.
D)Todas estão corretas.

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Comentários:
O enunciado remete ao conceito de farmacovigilância apresentado no
quadro resumo da página anterior.
Gabarito: Letra D.

4. IESES - Pref. Leoberto Leal/SC – 2014


É definida como o estudo quantitativo do desenvolvimento temporal dos
processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos
fármacos. Nestes estudos, os teores dos fármacos e seus metabólitos no
organismo são determinados, permitindo a obtenção de importantes dados
sobre estas substâncias. Referimo-nos a:
a) Farmacologia.
b) Farmacoterapia.
c) Farmacocinética.
d) Farmacodinâmica.
Comentários:
O enunciado remete ao conceito de farmacocinética apresentado no quadro
resumo da página anterior.
Gabarito: Letra C.

5. AOCP - EBSERH/HU-UFJF – 2015


A farmacologia é a ciência que estuda o processo de interação dos fármacos
com o organismo, a qual está dividida em farmacocinética e
farmacodinâmica. O farmacêutico, lendo a bula de um determinado
medicamento, pode encontrar nas informações farmacodinâmicas o
seguinte conteúdo descrito:
(A) metabolização do fármaco pelo citocromo P450.
(B) transferência do fármaco através das membranas.
(C) ligação do fármaco às proteínas plasmáticas.
(D) ligação do fármaco ao receptor, gerando um
potencial de ação.
(E) filtração glomerular do fármaco.

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Comentários:
Os processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos
fármacos (referentes as alternativas A- biotransformação, B- absorção, C-
distribuição, E- excreção) fazem parte da farmacocinética, já a ligação do
fármaco a um receptor e a resposta gerada que definirá o efeito desse
fármaco fazem parte dos estudos da farmacodinâmica.
Gabarito: Letra D.

6. IADES - EBSERH/HUPES – UFBA – 2014


Assinale a alternativa que indica a definição de farmacovigilância.
(A) É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da
assistência farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos,
comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na
prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma
integrada à equipe de saúde.
(B) É a ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção
dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a
medicamentos.
(C) É um conceito que engloba o conjunto de práticas voltadas à saúde
individual e coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, no ciclo
logístico (seleção, aquisição, programação, armazenamento, distribuição e
dispensação). É uma atividade multidisciplinar.
(D) É qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou
verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e (ou) outros
efeitos de produto(s) e (ou) identificar reações adversas ao produto(s) em
investigação, com o objetivo de averiguar sua segurança e (ou) eficácia.
(E) Pode ser definida como toda atividade executada pelo farmacêutico
voltada diretamente ao paciente através do contato direto com este ou
através da orientação a outros profissionais clínicos, como o médico e o
dentista. Esta área não é restrita somente aos hospitais, mas inclui também
as farmácias comunitárias, as clínicas privadas, os ambulatórios, as
unidades de saúde e os lares de longa permanência. Pode ser exercida em

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qualquer local que possua usuários de medicamentos expostos ao risco e


às consequências de seu uso.
Comentários:
A se refere ao conceito de atenção farmacêutica.
B se refere ao conceito de farmacovigilância, pois envolve
investigação/observação de efeitos adversos.
C se refere ao conceito de assistência farmacêutica.
D se refere ao conceito de estudo clínico.
E Novamente se refere ao conceito de atenção farmacêutica.
Gabarito: Letra B.

3. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interação medicamentosa é o evento clínico no qual os efeitos de um


fármaco são modificados pela presença de outro fármaco, alimentos,
bebidas ou algum outro agente químico ambiental.

O crescente envelhecimento da população


mundial, mudanças dos hábitos alimentares,
aumento dos hábitos sedentários de vida (prática
de pouca atividade física), longas jornadas de
trabalho e de deslocamento, trazemà tona as
“doenças da modernidade” como estresse,
obesidade, além de outras que sempre existiram,
mas que atingem níveis alarmantes como
hipertensão arterial, diabetes, entre outras doenças crônicas. Na maioria
das vezes essas doenças não se apresentam
isoladas, mas conjuntamenteno indivíduo, levando
a necessidade depoliterapia ou polifarmáciaque se
tornou a maior fonte de interações
medicamentosas e consequentemente da chance
de ocorrência de efeitos adversos.

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Nesse cenário surge a necessidade de maiores intervenções e


participação ativa do Farmacêutico na avaliação e ajuste das prescrições,
além da orientação ao próprio paciente visando diminuir e racionalizar a
automedicação desgovernada que cresce mais e mais a cada dia e que
influencia diretamente na possibilidade de ocorrência de interações
medicamentosas. Fomentar a visão holística (compreensão integral) da
terapia, sabendo que um simples chá, não mencionado pelo paciente
durante uma consulta, pode se tornar o pior vilão de um tratamento
malsucedido.

7. CESPE – SESA/ES – 2011


No que se refere a formas farmacêuticas e vias de administração de
medicamentos e a interações medicamentosas, julgue o próximo item.
As interações farmacológicas são uma das causas de reações adversas a
medicamentos.
Comentários:
Reveja o texto de apoio.
Gabarito: Certo.

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8. CESPE – PREFEITURA DE ARACAJU – 2004


O uso simultâneo de vários agentes terapêuticos tornou-se comum. Esse é
um dos fatores capazes de alterar a resposta a drogas. A combinação de
dois ou mais fármacos pode ocasionar redução da eficácia terapêutica e
exacerbação da toxicidade. Assim, é preciso sempre considerar as
propriedades dos medicamentos, como, por exemplo, o fato de que o
hidróxido de alumínio é um agente quelante e que o Hipericumperforatum
(erva de São João) é um indutor da atividade citocromo P450.
Considerando a importância das interações medicamentosas, julgue o itens
que se segue.

Uma mulher que usa anticoncepcional que contém estrogênio, que é


metabolizado pelo citocromo P450, e que utiliza erva de São João corre o
risco de engravidar.
Comentários:
A alternativa se encontra correta, pois a erva de são joão interfere nas
enzimas do citocromo P450 gerando problemas no funcionamento dos
anticoncepcionais.
Gabarito: Certo.

9. FUNIVERSA – PC/DF – 2012


Um juiz foi encontrado morto em sua casa, sem nenhum sinal de
agressão ou violação de sua residência. Durante a perícia no local, os
policiais encontraram medicamentos manipulados para insuficiência
cardíaca e antidepressivos. A análise pericial indicou a presença de
quantidade excessiva de digoxina no tecido cardíaco.
Considerando o texto e com relação a essa substância, assinale a
alternativa correta.

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a) Fármaco amplamente utilizado na terapêutica para tratamento de


patologias respiratórias.
b) Fármaco pertencente à classe dos glicosídeos cardiotônicos indicado
para tratamento de taquicardias ventriculares.
c) Seus efeitos são potencializados na presença de medicamentos à base
de Hypericum perforatum (erva de São João).
d) Fármaco que exibe ação inotrópica positiva, com baixo índice
terapêutico e que inibe a enzima adenosina trifosfatase.
e) A potência da digoxina é aumentada quando a concentração de
potássio extracelular é alta e há também hipercalemia.
Comentários:
A alternativa C se encontra errada porque a erva de são joão diminui os
níveis sanguíneos da digoxina, portanto diminui os efeitos do fármaco.
Gabarito: Letra D.

10. AOCP -EBSERH/MA – 2015


Sobre as interações medicamentosas, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) As interações medicamentosas positivas podem ser utilizadas para
aumentar os efeitos terapêuticos.
(B) A prescrição simultânea de vários fármacos não caracteriza um fator de
risco para a ocorrência de interações negativas.
(C) Os alimentos podem interferir na velocidade do esvaziamento gástrico,
afetando, assim, a ação do medicamento.
(D) Quanto maior o tempo de tratamento, maior a possibilidade de
interação, principalmente com medicamentos de uso contínuo.
(E) A quantidade de medicamento administrada determina a possibilidade
e a intensidade da interação.
Comentários:
A alternativa (B) está incorreta, pois como já havíamos citado no texto
acima a polifarmácia ou politerapia é uma das maiores causas de interações
medicamentosas.

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A alternativa D adiciona algo a mais a se pensar, pois cita


o fator tempo de exposição como sendo um influenciador da possibilidade
da ocorrência de interações e isso é bem verdade, pois quanto mais tempo
se utiliza um medicamento o organismo cria mais resistência, necessidade
de aumento da dose necessária para o efeito, adição de novos
medicamentos para se obter o mesmo efeito, mais chances de interação
com alimentos ou agentes ambientais que em tratamentos curtos.
Gabarito: Letra B.

11. ACP -Pref. Matupá/MT –2014


Analise as afirmativas abaixo, relacionadas aos problemas que podem ser
causados pelas interações medicamentosas:
I – Aumentam o nível plasmático, o que leva à melhor eficácia do
medicamento;
II – Dificultam o diagnóstico e desequilibram o paciente estabilizado;
III – Provocam reações adversas, geralmente relacionadas à toxicidade do
fármaco;
IV – Provocam o agravamento do quadro clínico do paciente.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) Somente I, II e III estão corretas.
B) Somente II, III e IV estão corretas.
C) Somente I, III e IV estão corretas.
D) Somente I, II e IV estão corretas.
Comentários:
(I) O aumento do nível plasmático pode também ter consequências
negativas, não sendo algo necessariamente positivo como a questão deixa
a entender.
(II, III, IV) São consequências reais das interações medicamentosas.
Gabarito: Letra B.
12. DIRECTA -Pref. Paranapanema/SP –2014

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Um bom atendimento ao paciente não se baseia apenas em um diagnóstico


correto, mas em uma terapêutica adequada. Não podemos afirmar
portanto que:
a) O reconhecimento das interações medicamentosas possibilita evitar
situações de insucesso terapêutico.
b) Minimizar o aparecimento de toxicidade medicamentosa pelo ajuste do
esquema posológico ou pelo uso de fármacos alternativos.
c) Conhecer a natureza, o risco e a gravidade potencial de se associar um
medicamento a outro pode ser viável na prescrição, dispensação e
administração dos medicamentos.
d) O farmacêutico "clínico" nunca poderá colaborar numa Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) junto àequipe multiprofissional, já que existem as
prescrições médicas previamente descritas e o profissional médico
habilitado para essa função.
Comentários:
A questão D está incorreta, pois ele não só pode como deve colaborar com
todas as questões que envolvem os medicamentos e que estão inclusive
citadas nas alternativas a, b e c.
Gabarito: Letra D.

13. CESPE – SEMAD/MA –2008


As reações adversas a medicamentos (RAM) e as interações
medicamentosas são problemas importantes na prática do profissional da
área de saúde. Elas são causas significativas de hospitalização, de aumento
de tempo de permanência hospitalar e, em alguns casos, podem ser fatais.
Portanto, torna-se imprescindível o conhecimento prévio de possíveis RAM
e interações a fim de serem minimizados os riscos. Acerca desse tema,
julgue o item a seguir.
Pacientes hospitalizados estão particularmente sujeitos a interações
medicamentosas, uma vez que recebem, em sua maioria, grande
quantidade e variedade de medicamentos no curso de uma internação.
Comentários:

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A quantidade e a variedade remetem ao conceito de polifarmácia que já


vimos que é uma das maiores causas de interações medicamentosas.
Gabarito: Certo.

3.1 Classificação das interações pelo tipo de resultado

Quando um fármaco interage com outro podem ocorrer três tipos de


efeito final ou resultado:

SINERGISMO DE ADIÇÃO: ocorre quando o efeito final ou resultado da


0
interação é igual à soma dos efeitos iguais dos fármacos isolados (1+1=2)
aumentando a resposta fisiológica.

 Esse tipo de situação é interessante, pois é possível reduzir a dose


dos fármacos mantendo o efeito desejado, mas diminuindo a chance
de efeitos adversos.

Exemplo: A associação do paracetamol com codeína para tratamento da


dor (ambos causam o mesmo efeito de inibir a dor) permite utilizar uma
dose menor de codeína que é um fármaco com efeitos adversos bastante
indesejáveis.

SINERGISMO DE POTENCIALIZAÇÃO: ocorre quando o efeito final ou


resultado da interação é maior que a soma dos efeitos individuais. Aqui os
efeitos individuais não são iguais, mas se complementam potencializando
o efeito final em conjunto.

 Normalmente os fármacos têm mecanismos de ação diferentes e um


deles altera a absorção, distribuição, biotransformação ou excreção
do fármaco efetor (aquele cuja ação é a desejada/esperada).

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Exemplo: A associação de amoxicilina com ácido clavulânico permite que a


amoxicilina que é um antibiótico de largo espectro, mas suscetível a
bactérias produtoras de beta-lactamases (enzimas capazes de destruir o
antibiótico), possa ampliar seu espectro de ação, já que o ácido clavulânico
que tem ação antimicrobiana fraca, mas consegue inativar as beta-
lactamases, protegendo a amoxicilina contra essas enzimas.

ANTAGONISMO: quando um fármaco diminui ou abole o efeito de outro.

 Tipos:
o Antagonismo fisiológico: ações fisiológicas contrárias
(antitussígenos- inibem a tosse x expectorantes- afinam o
muco para que o paciente possa expelir com mais facilidade por
meio da tosse; histamina x adrenalina nas crises anafiláticas-
histamina age em receptores h1 causando broncoconstrição e
a adrenalina age em receptores 2 causando broncodilatação
podendo ser usada como um antídoto na crise anafilática);
o Antagonismo químico: reações químicas reduzem os efeitos
de ambos os fármacos ou de um deles (tetraciclina quelatando
com leite ou antiácidos que contenham íons como Ca2+, Al3+,
Fe2+);
o Antagonismo de Adsorção: interação por mecanismo físico
(carvão ativado que age capturando outros compostos e
impedindo que cheguem a ser absorvidos no trato
gastrointestinal sendo utilizado para intoxicações orais)
o Antagonismo farmacocinético: uma droga interfere na
absorção, metabolismo ou excreção da outra (antibióticos
x anticoncepcionais orais- agentes antimicrobianos que
interferem/prejudicam os microorganismos da flora intestinal
que são responsáveis por parte dos processos de
biodisponibilidade de estrogênios por meio da recirculação

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êntero-hepática levam a redução dos níveis dos contraceptivos;


potentes indutores como a rifampicina podem aumentar o
metabolismo hepático de contraceptivos; vômitos e diarreias
causados por antibióticos podem reduzir a absorção dos
contraceptivos)
o Antagonismo farmacológico: duas drogas competem pelo
mesmo receptor [Morfina (agonista dos receptores opióides)
x Naloxona (antagonista dos receptores opióides)]

14. UNIUV - Pref. Sertaneja/PR – 2015


Durante a análise dos medicamentos utilizados pelos pacientes, podem ser
encontradas interações medicamentosas que podem ser benéficas, quando
melhoram a eficácia terapêutica ou reduzem os efeitos adversos, ou
prejudiciais, quando aumentam seus efeitos adversos ou anulam o efeito
terapêutico. A potencialização é um tipo de interação medicamentosa que:
A ( ) Resulta na precipitação de um dos fármacos no momento da
administração;
B ( ) Na associação de dois ou mais fármacos ocorre um efeito antagônico,
capaz de aumentar a potência;
C ( ) Resulta no aparecimento de reações adversas intensas;
D ( ) Na associação de dois ou mais fármacos ocorre um efeito final maior
do que a soma algébrica dos efeitos desses fármacos;
E ( ) Potencializa as reações idiossincráticas produzidas pelos fármacos
isoladamente.
Comentários:
(a) interação que será mencionada no próximo tópico chamada de
Interação farmacêutica, também chamada de incompatibilidade
medicamentosa.
(d) conceito de potencialização

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As demais alternativas estão erradas, pois a potencialização é uma espécie


de sinergismo e não de antagonismo de fármacos.
Gabarito: Letra D.

15. COTEC/UNIMONTES - Pref. Itacarambi/MG – 2014


Com frequência, o efeito de um fármaco é diminuído ou totalmente abolido
na presença de outro. As alternativas abaixo se referem a esse processo.
Analise-as e assinale a que REPRESENTA um antagonismo por bloqueio
dos receptores.
A) Dissociação muito lenta do antagonista dos receptores.
B) O uso de agentes quelantes.
C) Aumento da velocidade de degradação metabólica da substância ativa.
D) Interação de duas substâncias cujas ações opostas no organismo
tendem a anular uma à outra.
Comentários:
A é a alternativa correta, pois é a única que é causada por bloqueio de
receptor. A alternativa (b) é um antagonismo químico, a alternativa (c) se
trata de um antagonismo farmacocinético e a alternativa (d) é um
antagonismo fisiológico.
Gabarito: Letra A.

16. AMEOSC - Pref. Guarujá do Sul/SC – 2015


Antagonista fisiológico é uma expressão utilizada livremente para descrever
a interação entre dois fármacos cujas ações opostas no organismo tendem
a se anular mutuamente. Trata-se de:
A) Antagonismo químico.
B) Antagonismo farmacocinético.
C) Bloqueio da relação receptor-efetuador.
D) Antagonismo fisiológico.
Comentários:O próprio tipo de antagonista já se refere que tipo de
antagonismo está sendo mencionado. Questão de graça na prova!
Gabarito: Letra D.

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17. VUNESP – IAMSPE – 2012


Como resultado das interações medicamentosas, pode-se afirmar que:
(a) o efeito aditivo ocorre entre fármacos que atuam em diferentes
receptores farmacológicos.
(b) sinergismo é um tipo de resposta farmacológica obtida a partir da
associação de dois ou mais medicamentos cuja resultante é menos do que
a simples soma dos efeitos isolados de casa um deles.
(c) o antagonista químico é aquela substância que se liga ao fármaco
presente no organismo, inativando a ação terapêutica desse fármaco e/ou
sua toxicidade.
(d) o antagonismo fisiológico ou funcional ocorre quando dois (ou mais
fármacos) competem pelo mesmo receptor, diminuindo o efeito
farmacológico/toxicidade do fármaco que não se ligou ao receptor.
(e) antagonismo competitivo corresponde às ações opostas de dois
fármacos, tendendo a cancelar ou reduzir o efeito de um dos fármacos,
portanto, ocorre quando dois fármacos produzem efeitos opostos na
mesma função fisiológica.
Comentários:
(a) está errada, pois fármacos que atuam em um mesmo receptor também
podem sofrer sinergismo.
(b) está errado pela colocação da palavra menos invés da palavra mais.
Além disso seria necessário especificar que esse tipo de sinergismo é por
adição ou soma, fica vago falar apenas em sinergismo já que existe mais
de um tipo.
(c) conceito correto desse tipo de antagonismo.
(d) a esse tipo de antagonismo se dá o nome de farmacológico, não de
fisiológico.
(e) a esse tipo de antagonismo se dá o nome de fisiológico, não de
competitivo.
Gabarito: Letra C.

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18. CONSULPLAN - Prefeitura de Cascavel – PR - 2016


Assinale a alternativa que corresponde a uma interação farmacológica do
tipo sinergismo.
Parte superior do formulário
a) Álcool + cafeína.
b) Álcool + cocaína.
c) Álcool + sibutramina.
d) Álcool + fenobarbital.
e) Álcool + metilfenidato.
COMENTÁRIOS:
Os sinergismos tanto de adição quanto de potencialização são marcados
por um aumento da resposta ou efeito (que os fármacos teriam isolados)
com a utilização conjunta dos fármacos. Esse efeito somado final pode ser
tanto mais benéfico como mais maléfico ao corpo. A única dupla acima que
ambos têm efeitos sedativos, por exemplo, são o álcool e o fenobarbital,
então isso caracteriza um sinergismo. As outras duplas têm efeitos
contrários, sendo que o álcool tem efeitos sedativos e os outros têm efeitos
excitatórios.
GABARITO: Letra D.

19. CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - 2016


No organismo humano, a efedrina estimula receptores no músculo liso
brônquico e a teofilina inibe as fosfodiesterases. Sabendo que a ação de
ambos os fármacos ocasiona broncodilatação, assinale a opção correta.
a) A efedrina tem ação agonista, ao passo que a teofilina tem ação
antagonista.

b) Essa situação configura um exemplo de sinergismo aditivo.

c) A efedrina e a teofilina são antagonistas inversos.

d) Como a resposta final é a mesma, a associação desses fármacos é


perigosa, devido à somatização de seus efeitos colaterais.

e) A combinação desses compostos tem ação agonista competitiva.

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COMENTÁRIOS:
Se o resultado final é um efeito comum/igual ao dos dois fármacos
separados porém aumentado, isso caracteriza um sinergismo de adição.
GABARITO: Letra B.

20. AOCP – EBSERH (HUJB – UFCG) - 2017


Na prática clínica, quando se administra adrenalina para controlar os
problemas clínicos que oferecem riscos de morte e que são produzidos
por reações anafiláticas, tem-se um exemplo típico de
a) agonismo inverso.
b) antagonismo competitivo.
c) antagonismo metafinoide.
d) antagonismo funcional ou fisiológico.
e) antagonismo químico.
COMENTÁRIOS:
Como citamos na aula a crise anafilática é causada por uma estimulação
excessiva de receptores de histamina H1 e para contornar a situação
administra-se adrenalina que reverterá a situação pela estimulação de
outros tipos de receptores (por exemplo o 2 no pulmão causando
broncodilatação) causando eventos fisiológicos contrários ao da
histamina, caracterizando assim um antagonismo fisiológico ou de função.
GABARITO: Letra D.

21. IMPARH – CE - Prefeitura de Fortaleza – CE - 2016


Em alguns casos de atendimento de emergência, fármacos antagonistas
são empregados para reverter determinadas condições de risco à vida do
paciente. Ao se empregarem fármacos que podem, por exemplo, ter
cargas opostas ao agente que está promovendo algum efeito indesejado,
está-se referindo a um antagonismo:
a) químico
b) fisiológico.
c) irreversível.

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d) alostérico.
COMENTÁRIOS:
Quando o examinador fala de cargas opostas ele quer que você raciocine
que íons de cargas opostas se atraem e podem se anular ou reagir
quimicamente formando um composto inativo, por exemplo, o que torna
essa interação um antagonismo químico.
GABARITO: Letra A.

22. Prefeitura de Fortaleza – CE – CE - Prefeitura de Fortaleza – CE


- 2016
A associação dos antibióticos sulfametoxazol e trimetoprima é
extremamente eficaz e tende a superar a resistência de cepas bacterianas.
A esse tipo de associação dá-se o nome de:
(A) sinergismo.
(B) agonismo pleno.
(C) antagonismo sinérgico.
(D) agonismo inverso.
COMENTÁRIOS:
Se associou e teve um efeito maior que as substâncias isoladas, então estou
falando de sinergismo, nesse caso de sinergismo de potencialização, pois
eles agem em etapas diferentes da formação de metabólitos necessários a
sobrevivência do microorganismo, um potencializando o efeito do outro.
GABARITO: Letra A.

3.2 Classificação das interações pela gravidade do efeito

As interações podem ser classificadas de três formas dependendo da


gravidade do seu resultado:

LEVE: o efeito da interação não afeta de maneira considerável o efeito


clínico dos fármacos e não é preciso fazer alterações na terapia.

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Exemplo: Acetaminofeno (analgésico) pode reduzir os efeitos da


Furosemida (diurético).

MODERADA: o efeito da interação pode causar dano ao estado clínico do


paciente.

Exemplo: terapia combinada de rifampicina (antibiótico) com isoniazida


(antituberculoso) aumentando a incidência de hepatite.

GRAVE: a interação pode causar dano permanente ou morte.

Exemplo: arritmia cardíaca causada pela interação de terfenadina (anti-


histamínico) com cetoconazol (antifúngico).

23. CETRO – HCFMB – 2015


Leia o texto abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que
preenche corretamente a lacuna. O uso concomitante de digoxina com
____________ implica bradicardia, apresentando um grau de interação
moderada.
(A) ciclosporina
(B) atenolol
(C) propranolol
(D) diazepam
(E) clonazepam
Comentários:
Caberia recurso nessa questão porque propranolol e atenolol causam
bradicardia, pois são ambos da mesma classe farmacológica, então, as
letras B e C estariam corretas. A interação é moderada pois causa dano ao

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estado clínico do paciente causando bradicardia excessiva e possíveis


arritmias.
Gabarito: Letra C.

3.3 Classificação geral das interações medicamentosas

INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS: alteração da velocidade ou a extensão


de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco.

Podem acontecer na:


 Absorção: pela alteração do PH intestinal, adsorção, quelação ou
outros mecanismos de complexação, alteração da motilidade
gastrointestinal;
 Na distribuição: competição pela ligação a proteínas plasmáticas e
hemodiluição com redução de proteínas plasmáticas;
 Biotrasformação: indução enzimática (exp.:barbituratos,
carbamazepina, glutetimida, fenitoína, primidona, rifampicina e
tabaco) ou inibição enzimática (alopurinol, cloranfenicol, cimetidina,
ciprofloxacino, dextropropoxifeno, dissulfiram, eritromicina,
fluconazol, fluoxetina, idrocilamida, isoniazida, cetoconazol,
metronidazol, fenilbutazona e verapamil);
 Excreção: alteração de PH urinário, alteração de fluxo sanguíneo
renal, alteração na excreção ativa tubular renal, alteração na
excreção biliar e ciclo êntero-hepático.

INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS: ocorrem nos mecanismos de ação dos


fármacos envolvidos com o mesmo receptor ou enzima.

Exemplo: aumento do espectro bacteriano de trimetoprima e


sulfametoxazol que atuam em etapas diferentes de mesma
rota metabólica.

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INTERAÇÕES DE EFEITO: dois ou mais fármacos com ações farmacológicas


similares ou opostas, podendo produzir sinergias ou antagonismos.

Exemplo: álcool reforçando o efeito sedativo de hipnóticos e anti-


histamínicos.

INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS / INCOMPATIBILIDADE MEDICAMENTOSA:


ocorrem in vitro, ou seja, antes da administração dos fármacos no
organismo, quando se misturam dois ou mais deles numa mesma seringa,
equipo desoro ou outro recipiente.

Ocorrem por causa de reações físico-químicas que podem desencadear:


 Alterações organolépticas como mudanças de cor, consistência
(sólidos), opalescência, turvação, formação de cristais, floculação,
precipitação;
o São modificações que podem ou não ser associadas a mudança
da atividade farmacológica;
 Diminuição da atividade ou inativação de um ou mais fármacos;
 Formação de novo composto (ativo, inócuo, tóxico).
 Aumento da toxicidade;

24. AOCP - EBSERH/ HC-UFMG – 2014


Interações farmacocinéticas ocorrem quando um fármaco modifica o
processo pelo qual o outro é absorvido, distribuído, biotransformado ou
excretado. Não são facilmente previsíveis e podem gerar problemas
clinicamente relevantes. Com base nos processos farmacocinéticos e nas
interações farmacocinéticas, assinale a alternativa que aponta um
fator/alteração que NÃO se enquadra como um mecanismo de interação
farmacocinética relacionado à excreção.
(A) Alcalinização da urina.
(B) Hemodiluição com redução de proteínas plasmáticas.

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(C) Alteração na excreção ativa tubular renal.


(D) Aumento do fluxo sanguíneo renal.
(E) Alteração no ciclo êntero-hepático.
Comentários:
A alternativa (b)está errada, pois se encaixa em uma interação
farmacocinética na distribuição.
Gabarito: Letra B.

25. CONSULPAM - Pref. Apuiarés/CE – 2014


Sobre interações medicamentosas NÃO é correto afirmar:
a) A interação é um evento clínico na maioria das vezes indetectável que
influencia a magnitude ou a duração do efeito do medicamento,
modificando o rumo esperado da terapêutica.
b) Asinterações medicamentosas podem ser classificadas como:
incompatibilidades, interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
c) A interação que ocorre entre a naloxona e a morfina é devido a um
antagonismo por competição por receptor.
d) A conciliação medicamentosa, principalmente durante a internação
hospitalar, pode ajudar a identificar e prevenir interações.
Comentários:
A alternativa (a) está incorreta, pois as interações são na maioria das vezes
detectáveis.
A alternativa (c) foi citada como exemplo quando falamos de antagonismo
farmacodinâmico e, portanto está correta.
A alternativa (d) remete ao comentário sobre a necessidade de avaliação e
intervenção do farmacêutico na prevenção das interações.
Gabarito: Letra A.

26. UNIUV - Pref. Jaguariaíva/PR – 2015


As interações medicamentosas podem ser caracterizadas como
farmacocinéticas ou farmacodinâmicas, um exemplo de interação
farmacodinâmica é:

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A ( ) Interação que ocorre entre o medicamento e o alimento;


B ( ) Interferência na biotransformação de fármacos;
C ( ) Interferência na excreção de fármacos;
D ( ) Interferência na absorção de fármacos;
E ( ) Alteração de níveis eletrolíticos.
Comentários:
(a) farmacocinética na absorção
(b) farmacocinética na biotransformação
(c) farmacocinética na excreção
(d) farmacocinética na absorção
(e) essa alternativa está correta, pois alterações nos níveis de eletrólitos
podem levar a algum tipo de alteração do mecanismode ação
farmacológica. Um exemplo disso é a digoxina, se os níveis de potássio
estiverem diminuídos, a chamada hipocalemia, a potência da digoxina vai
ser aumentada, assim como se o contrário ocorrer, a chamada
hipercalemia, a potência vai estar diminuída.
Gabarito: Letra E.

27. CONSULPLAN - Prefeitura de Cascavel – PR - 2016


São interações farmacológicas farmacocinéticas, EXCETO:
a) Inibição enzimática.

b) Indução enzimática.

c) Antagonismo competitivo.
d) Deslocamento de proteínas plasmáticas.
e) Competição por transportadores no néfron.
COMENTÁRIOS:
O antagonismo competitivo ocorre a nível de receptores e, portanto é
considerado como uma interação farmacodinâmica.
GABARITO: Letra C.

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4. Lista de questões apresentadas

1. VICLAM - Pref. Guapiara/ SP– 2014


De acordo com a Farmacopeia Brasileira, o que é medicamento?
a) Substância ativa, droga, insumo farmacêutico ou matéria-prima
empregada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados
patológicos em benefício da pessoa à qual se administra.
b) Produto, preparado na farmácia, cuja prescrição estabelece composição,
a forma farmacêutica e a posologia.
c) Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, que contém
um ou mais fármacos juntamente com outras substâncias, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
d) Nome químico da substância.

2. UPENET/IAUPE - SAD/SES - 2014


Assinale a alternativa que corresponde ao estudo da utilização de
drogas em uma população.
A) Farmacovigilância
B) Atenção farmacêutica
C) Farmacocinética
D) Farmacoepidemiologia
E) Farmácia clínica

3. ACP - Pref. Araguaiana/MT – 2014


Analise as afirmações abaixo a respeito de farmacovigilância:
I – É objetivo da farmacovigilância identificar e avaliar efeitos do uso de
tratamentos farmacológicos.
II – É objetivo da farmacovigilância melhorar o conhecimento do perfil de
segurança dos medicamentos disponíveis para comercialização.

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III – Farmacovigilância é a ciência e as atividades relativas à detecção,


avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou qualquer outro
problema relacionado a medicamento.
IV – A farmacovigilância também tem por objetivo quantificar os riscos, a
incidência, a gravidade de tratamentos farmacológicos.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) Somente I, II e III estão corretas.
B) Todas estão incorretas.
C) Somente II, III e IV estão corretas.
D)Todas estão corretas.

4. IESES - Pref. Leoberto Leal/SC – 2014


É definida como o estudo quantitativo do desenvolvimento temporal dos
processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos
fármacos. Nestes estudos, os teores dos fármacos e seus metabólitos no
organismo são determinados, permitindo a obtenção de importantes dados
sobre estas substâncias. Referimo-nos a:
a) Farmacologia.
b) Farmacoterapia.
c) Farmacocinética.
d) Farmacodinâmica.

5. AOCP - EBSERH/HU-UFJF – 2015


A farmacologia é a ciência que estuda o processo de interação dos fármacos
com o organismo, a qual está dividida em farmacocinética e
farmacodinâmica. O farmacêutico, lendo a bula de um determinado
medicamento, pode encontrar nas informações farmacodinâmicas o
seguinte conteúdo descrito:
(A) metabolização do fármaco pelo citocromo P450.
(B) transferência do fármaco através das membranas.
(C) ligação do fármaco às proteínas plasmáticas.
(D) ligação do fármaco ao receptor, gerando um

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potencial de ação.
(E) filtração glomerular do fármaco.

6. IADES - EBSERH/HUPES – UFBA – 2014


Assinale a alternativa que indica a definição de farmacovigilância.
(A) É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da
assistência farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos,
comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na
prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma
integrada à equipe de saúde.
(B) É a ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção
dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a
medicamentos.
(C) É um conceito que engloba o conjunto de práticas voltadas à saúde
individual e coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, no ciclo
logístico (seleção, aquisição, programação, armazenamento, distribuição e
dispensação). É uma atividade multidisciplinar.
(D) É qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou
verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e (ou) outros
efeitos de produto(s) e (ou) identificar reações adversas ao produto(s) em
investigação, com o objetivo de averiguar sua segurança e (ou) eficácia.
(E) Pode ser definida como toda atividade executada pelo farmacêutico
voltada diretamente ao paciente através do contato direto com este ou
através da orientação a outros profissionais clínicos, como o médico e o
dentista. Esta área não é restrita somente aos hospitais, mas inclui também
as farmácias comunitárias, as clínicas privadas, os ambulatórios, as
unidades de saúde e os lares de longa permanência. Pode ser exercida em
qualquer local que possua usuários de medicamentos expostos ao risco e
às consequências de seu uso.

7. CESPE – SESA/ES – 2011

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No que se refere a formas farmacêuticas e vias de administração de


medicamentos e a interações medicamentosas, julgue o próximo item.
As interações farmacológicas são uma das causas de reações adversas a
medicamentos.
8. CESPE – PREFEITURA DE ARACAJU – 2004
O uso simultâneo de vários agentes terapêuticos tornou-se comum. Esse é
um dos fatores capazes de alterar a resposta a drogas. A combinação de
dois ou mais fármacos pode ocasionar redução da eficácia terapêutica e
exacerbação da toxicidade. Assim, é preciso sempre considerar as
propriedades dos medicamentos, como, por exemplo, o fato de que o
hidróxido de alumínio é um agente quelante e que o Hipericumperforatum
(erva de São João) é um indutor da atividade citocromo P450.
Considerando a importância das interações medicamentosas, julgue o itens
que se segue.
Uma mulher que usa anticoncepcional que contém estrogênio, que é
metabolizado pelo citocromo P450, e que utiliza erva de São João corre o
risco de engravidar.

9. FUNIVERSA – PC/DF – 2012


Um juiz foi encontrado morto em sua casa, sem nenhum sinal de
agressão ou violação de sua residência. Durante a perícia no local, os
policiais encontraram medicamentos manipulados para insuficiência
cardíaca e antidepressivos. A análise pericial indicou a presença de
quantidade excessiva de digoxina no tecido cardíaco.
Considerando o texto e com relação a essa substância, assinale a
alternativa correta.
a) Fármaco amplamente utilizado na terapêutica para tratamento de
patologias respiratórias.
b) Fármaco pertencente à classe dos glicosídeos cardiotônicos indicado
para tratamento de taquicardias ventriculares.
c) Seus efeitos são potencializados na presença de medicamentos à base
de Hypericum perforatum (erva de São João).

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d) Fármaco que exibe ação inotrópica positiva, com baixo índice


terapêutico e que inibe a enzima adenosina trifosfatase.
e) A potência da digoxina é aumentada quando a concentração de
potássio extracelular é alta e há também hipercalemia.
10. AOCP -EBSERH/MA – 2015
Sobre as interações medicamentosas, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) As interações medicamentosas positivas podem ser utilizadas para
aumentar os efeitos terapêuticos.
(B) A prescrição simultânea de vários fármacos não caracteriza um fator de
risco para a ocorrência de interações negativas.
(C) Os alimentos podem interferir na velocidade do esvaziamento gástrico,
afetando, assim, a ação do medicamento.
(D) Quanto maior o tempo de tratamento, maior a possibilidade de
interação, principalmente com medicamentos de uso contínuo.
(E) A quantidade de medicamento administrada determina a possibilidade
e a intensidade da interação.

11. ACP -Pref. Matupá/MT –2014


Analise as afirmativas abaixo, relacionadas aos problemas que podem ser
causados pelas interações medicamentosas:
I – Aumentam o nível plasmático, o que leva à melhor eficácia do
medicamento;
II – Dificultam o diagnóstico e desequilibram o paciente estabilizado;
III – Provocam reações adversas, geralmente relacionadas à toxicidade do
fármaco;
IV – Provocam o agravamento do quadro clínico do paciente.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) Somente I, II e III estão corretas.
B) Somente II, III e IV estão corretas.
C) Somente I, III e IV estão corretas.
D) Somente I, II e IV estão corretas.

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12. DIRECTA -Pref. Paranapanema/SP –2014


Um bom atendimento ao paciente não se baseia apenas em um diagnóstico
correto, mas em uma terapêutica adequada. Não podemos afirmar
portanto que:
a) O reconhecimento das interações medicamentosas possibilita evitar
situações de insucesso terapêutico.
b) Minimizar o aparecimento de toxicidade medicamentosa pelo ajuste do
esquema posológico ou pelo uso de fármacos alternativos.
c) Conhecer a natureza, o risco e a gravidade potencial de se associar um
medicamento a outro pode ser viável na prescrição, dispensação e
==0==

administração dos medicamentos.


d) O farmacêutico "clínico" nunca poderá colaborar numa Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) junto àequipe multiprofissional, já que existem as
prescrições médicas previamente descritas e o profissional médico
habilitado para essa função.

13. CESPE – SEMAD/MA –2008


As reações adversas a medicamentos (RAM) e as interações
medicamentosas são problemas importantes na prática do profissional da
área de saúde. Elas são causas significativas de hospitalização, de aumento
de tempo de permanência hospitalar e, em alguns casos, podem ser fatais.
Portanto, torna-se imprescindível o conhecimento prévio de possíveis RAM
e interações a fim de serem minimizados os riscos. Acerca desse tema,
julgue o item a seguir.
Pacientes hospitalizados estão particularmente sujeitos a interações
medicamentosas, uma vez que recebem, em sua maioria, grande
quantidade e variedade de medicamentos no curso de uma internação.

14. UNIUV - Pref. Sertaneja/PR – 2015


Durante a análise dos medicamentos utilizados pelos pacientes, podem ser
encontradas interações medicamentosas que podem ser benéficas, quando
melhoram a eficácia terapêutica ou reduzem os efeitos adversos, ou

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prejudiciais, quando aumentam seus efeitos adversos ou anulam o efeito


terapêutico. A potencialização é um tipo de interação medicamentosa que:
A ( ) Resulta na precipitação de um dos fármacos no momento da
administração;
B ( ) Na associação de dois ou mais fármacos ocorre um efeito antagônico,
capaz de aumentar a potência;
C ( ) Resulta no aparecimento de reações adversas intensas;
D ( ) Na associação de dois ou mais fármacos ocorre um efeito final maior
do que a soma algébrica dos efeitos desses fármacos;
E ( ) Potencializa as reações idiossincráticas produzidas pelos fármacos
isoladamente.

15. COTEC/UNIMONTES - Pref. Itacarambi/MG – 2014


Com frequência, o efeito de um fármaco é diminuído ou totalmente abolido
na presença de outro. As alternativas abaixo se referem a esse processo.
Analise-as e assinale a que REPRESENTA um antagonismo por bloqueio
dos receptores.
A) Dissociação muito lenta do antagonista dos receptores.
B) O uso de agentes quelantes.
C) Aumento da velocidade de degradação metabólica da substância ativa.
D) Interação de duas substâncias cujas ações opostas no organismo
tendem a anular uma à outra.

16. AMEOSC - Pref. Guarujá do Sul/SC – 2015


Antagonista fisiológico é uma expressão utilizada livremente para descrever
a interação entre dois fármacos cujas ações opostas no organismo tendem
a se anular mutuamente. Trata-se de:
A) Antagonismo químico.
B) Antagonismo farmacocinético.
C) Bloqueio da relação receptor-efetuador.
D) Antagonismo fisiológico.

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17. VUNESP – IAMSPE – 2012


Como resultado das interações medicamentosas, pode-se afirmar que:
(a) o efeito aditivo ocorre entre fármacos que atuam em diferentes
receptores farmacológicos.
(b) sinergismo é um tipo de resposta farmacológica obtida a partir da
associação de dois ou mais medicamentos cuja resultante é menos do que
a simples soma dos efeitos isolados de casa um deles.
(c) o antagonista químico é aquela substância que se liga ao fármaco
presente no organismo, inativando a ação terapêutica desse fármaco e/ou
sua toxicidade.
(d) o antagonismo fisiológico ou funcional ocorre quando dois (ou mais
fármacos) competem pelo mesmo receptor, diminuindo o efeito
farmacológico/toxicidade do fármaco que não se ligou ao receptor.
(e) antagonismo competitivo corresponde às ações opostas de dois
fármacos, tendendo a cancelar ou reduzir o efeito de um dos fármacos,
portanto, ocorre quando dois fármacos produzem efeitos opostos na
mesma função fisiológica.

18. CONSULPLAN - Prefeitura de Cascavel – PR - 2016


Assinale a alternativa que corresponde a uma interação farmacológica do
tipo sinergismo.
Parte superior do formulário
a) Álcool + cafeína.
b) Álcool + cocaína.
c) Álcool + sibutramina.
d) Álcool + fenobarbital.
e) Álcool + metilfenidato.

19. CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - 2016


No organismo humano, a efedrina estimula receptores no músculo liso
brônquico e a teofilina inibe as fosfodiesterases. Sabendo que a ação de
ambos os fármacos ocasiona broncodilatação, assinale a opção correta.

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a) A efedrina tem ação agonista, ao passo que a teofilina tem ação


antagonista.

b) Essa situação configura um exemplo de sinergismo aditivo.

c) A efedrina e a teofilina são antagonistas inversos.

d) Como a resposta final é a mesma, a associação desses fármacos é


perigosa, devido à somatização de seus efeitos colaterais.

e) A combinação desses compostos tem ação agonista competitiva.

20. AOCP – EBSERH (HUJB – UFCG) - 2017


Na prática clínica, quando se administra adrenalina para controlar os
problemas clínicos que oferecem riscos de morte e que são produzidos
por reações anafiláticas, tem-se um exemplo típico de
a) agonismo inverso.
b) antagonismo competitivo.
c) antagonismo metafinoide.
d) antagonismo funcional ou fisiológico.
e) antagonismo químico.

21. IMPARH – CE - Prefeitura de Fortaleza – CE - 2016


Em alguns casos de atendimento de emergência, fármacos antagonistas
são empregados para reverter determinadas condições de risco à vida do
paciente. Ao se empregarem fármacos que podem, por exemplo, ter
cargas opostas ao agente que está promovendo algum efeito indesejado,
está-se referindo a um antagonismo:
a) químico
b) fisiológico.
c) irreversível.
d) alostérico.

22. Prefeitura de Fortaleza – CE – CE - Prefeitura de Fortaleza – CE


- 2016

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A associação dos antibióticos sulfametoxazol e trimetoprima é


extremamente eficaz e tende a superar a resistência de cepas bacterianas.
A esse tipo de associação dá-se o nome de:
(A) sinergismo.
(B) agonismo pleno.
(C) antagonismo sinérgico.
(D) agonismo inverso.

23. CETRO – HCFMB – 2015


Leia o texto abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que
preenche corretamente a lacuna. O uso concomitante de digoxina com
____________ implica bradicardia, apresentando um grau de interação
moderada.
(A) ciclosporina
(B) atenolol
(C) propranolol
(D) diazepam
(E) clonazepam

24. AOCP - EBSERH/ HC-UFMG – 2014


Interações farmacocinéticas ocorrem quando um fármaco modifica o
processo pelo qual o outro é absorvido, distribuído, biotransformado ou
excretado. Não são facilmente previsíveis e podem gerar problemas
clinicamente relevantes. Com base nos processos farmacocinéticos e nas
interações farmacocinéticas, assinale a alternativa que aponta um
fator/alteração que NÃO se enquadra como um mecanismo de interação
farmacocinética relacionado à excreção.
(A) Alcalinização da urina.
(B) Hemodiluição com redução de proteínas plasmáticas.
(C) Alteração na excreção ativa tubular renal.
(D) Aumento do fluxo sanguíneo renal.
(E) Alteração no ciclo êntero-hepático.

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25. CONSULPAM - Pref. Apuiarés/CE – 2014


Sobre interações medicamentosas NÃO é correto afirmar:
a) A interação é um evento clínico na maioria das vezes indetectável que
influencia a magnitude ou a duração do efeito do medicamento,
modificando o rumo esperado da terapêutica.
b) Asinterações medicamentosas podem ser classificadas como:
incompatibilidades, interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
c) A interação que ocorre entre a naloxona e a morfina é devido a um
antagonismo por competição por receptor.
d) A conciliação medicamentosa, principalmente durante a internação
hospitalar, pode ajudar a identificar e prevenir interações.

26. UNIUV - Pref. Jaguariaíva/PR – 2015


As interações medicamentosas podem ser caracterizadas como
farmacocinéticas ou farmacodinâmicas, um exemplo de interação
farmacodinâmica é:
A ( ) Interação que ocorre entre o medicamento e o alimento;
B ( ) Interferência na biotransformação de fármacos;
C ( ) Interferência na excreção de fármacos;
D ( ) Interferência na absorção de fármacos;
E ( ) Alteração de níveis eletrolíticos.

27. CONSULPLAN - Prefeitura de Cascavel – PR - 2016


São interações farmacológicas farmacocinéticas, EXCETO:
a) Inibição enzimática.

b) Indução enzimática.

c) Antagonismo competitivo.
d) Deslocamento de proteínas plasmáticas.
e) Competição por transportadores no néfron.

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5. GABARITO

1 C 8 CERTO 15 A 22 A
2 D 9 D 16 D 23 C
3 D 10 B 17 C 24 B
4 C 11 B 18 D 25 A
5 D 12 D 19 B 26 E
6 B 13 CERTO 20 D 27 C
7 CERTO 14 D 21 A

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REFERÊNCIAS

Brunton et al. As Bases Farmacológicas da Terapêutica, Goodman &


Gilman. 12ª ed. 2012.

Katzung et al. Farmacologia Básica e Clínica. 12ª edição. 2014.

BULÁRIO ELETRÔNICO DA ANVISA. Bulas. Disponível em:


<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/index.asp>. Acesso em: 10
de junho. 2016.

Felisberto, Ivy Alcoforado. Farmacodinâmica. Disponível em:


<http://enfermagemnm.xpg.uol.com.br/farmacodinamica.pdf>.Acesso
em: 10 de junho. 2016.

Nicoletti , Maria Aparecida et al. Principais Interações No Uso De


Medicamentos Fitoterápicos. Revista Infarma, v.19, nº 1/2, 2007.
Disponívelem:<http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/10/infa0
9.pdf>. Acesso em: 10 de junho. 2016.

GUIA DE INTERAÇOES MEDICAMENTOSAS, HOSPITAL DAS CLÍNICAS UFG.


Disponível em:
<https://farmacia.hc.ufg.br/up/734/o/Guia_de_Interacoes_Medicamentos
as.pdf?1409055761>. Acesso em: 10 de junho. 2016.

Hoefler, Rogério. Interações Medicamentosas. Disponível em:


<http://www.toledo.pr.gov.br/intranet/ftn/docs/intMed.pdf>. Acesso em:
10 de junho. 2016.

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