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DEFINIÇÕES IMPORTANTES:
- FARMACOCINÉTICA
- AS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA ORAL: pelo fato de não ter o efeito imediato, é considerada uma das vias mais seguras. O
fármaco irá demorar a fazer efeito, caso aja um erro, será mais fácil de corrigi-lo. Via de fácil
administração. DESVANTAGENS: O ácido clorídrico do estômago pode inativar alguns
fármacos. O rúmen funciona como um diminuidor do efeito do fármaco, por isso é uma via
pouco usada nos ruminantes, a flora bacteriana pode inativar o medicamento. Em relação as
outras vias tem uma menor biodisponibilidade, que corresponde a concentração do fármaco
que foi administrada e que consegue atingir a corrente sanguínea sem sofrer alterações. Pode
ocorrer que quando o fármaco passa primeiro pelo fígado, possa sofrer o que chamamos de
efeito de primeira passagem, onde parte do seu percentual é metabolizado pelo fígado. A
interação do fármaco com alimentos também pode interferir na sua absorção, reduzindo ou
estimulando a mesma. Os medicamentos QUINOLONAS e TETRACICLINAS podem se ligar ao
Ca++, mg++, Al+++, reduzindo assim sua absorção no organismo.
VIA IV: é a única que tem o efeito imediato, pois é aplicada diretamente na corrente
sanguínea, não necessitando da absorção. Ela possui praticamente 100% de
biodisponibilidade, não se totalizando devida sua passagem pelos pulmões. É a via mais
insegura, no caso de uma aplicação errônea seria difícil inverter o quadro. Há possibilidade de
flebite (inflamação das veias). Na maioria das vezes os medicamentos precisam ser
administrados lentamente, pois dependendo das caracteríscas químicas do fármaco ele pode
alterar a pressão osmótica, alterações de PH, volume sanguíneo, etc.
VIA IM: é uma via intermediária, não tem um efeito tão rápido e nem tão demorado,
caracterizando assim uma segurança também intermediária. Quanto mais distante for o PH do
fármaco do PH do tecido maior a possibilidade de irritação do tecido e até uma necrose
tecidual.
- PERFIL FARMACOCINÉTICO
Ex:
CMT: dose máxima que se pode administrar para que o fármaco não seja tóxico
ESPAÇO ENTRE NPE E CMT: janela de segurança serve para dar o índice de segurança desse
fármaco.
A molécula dos fármacos pode passar pela membrana biológica por várias formas,
sendo a mais fácil através da camada lipídica pela difusão simples, para isso ele necessita ser
lipossolúvel. Caso não seja lipossolúvel ele também pode passar através dos canais aquosos
pela difusão simples, de acordo com seu peso molecular, pois caso ele tenha o peso molecular
muito maior e seja hidrossolúvel pode-se passar através das proteínas permeáveis, o que pode
acontecer com ou sem gasto de energia. Caso gaste energia chamamos de transporte ativo,
caso não gaste chamamos de difusão facilitada. Para que isso aconteça a molécula do fármaco
precisa ter afinidade pelas proteínas transportadora, caso ela não tenha afinidade temos a
possibilidade de endocitose e exocitose. Sendo assim a principal característica de um fármaco
é sua lipossubilidade, que facilita sua permeabilidade pela membrana.
- ABSORÇÃO
Definição
Fatores que interferem
1) Lipossubilidade: quanto mais lipossolúvel maior a facilidade de absorção
2) Formulação farmacêutica: líquido; comprimido; tamanho; etc
3) Área de superfície de absorção: quanto maior a superfície maior a absorção
4) Circulação local: quanto maior a circulação local mais rápida será a absorção
5) Velocidade de esvaziamento gástrico: quanto maior for a velocidade do esvaziamento
gástrico maior será a absorção do medicamento.
6) Interação com alimentos: A interação do fármaco com alimentos também pode
interferir na sua absorção, reduzindo ou estimulando a mesma.
7) Ph no local de absorção e PKa do fármaco:
Ácidos e bases fracos são fármacos que podem se dissociar nas formas ionizadas ou
não ionizadas de acordo com PH onde estão presentes. Portanto só ácidos e bases
fracos que sofrerão alterações. Forma ionizada: hidrossolúvel // forma NI: lipossolúvel.
Determinar se o fármaco é encontrado em maior concentração na forma ionizada ou
não ionizada é o PH do local e PKa do fármaco.
PKa: valor constante de dissociação do fármaco em forma ionizada e não ionizada.
Ex; fármaco PKa igual a 3 onde o PH também é 3, esse fármaco estará 50% ionizado e
50% não ionizado.
Quanto maior o PH menor a absorção e quanto menor maior a absorção.
EX ácido fraco:
5) Interação entre drogas: os fármacos competem pelo ciclo de ligação nas proteínas
plasmáticas podendo potencializar a ação do fármaco. Principal associação na
veterinária: Varfarina + Fenilbultazoa
6) Irrigação tecidual: quanto maior a irrigação melhor a distribuição.
-BIOTRANSFORMAÇÃO
Definição
Objetivo: Tornar o fármaco hidrossolúvel para que tenha uma boa excreção. Não pró-
drogas: sofrem metabolismo para que se tornem hidrossolúveis e assim possam ser
excretado pelo organismo. Pró-drogas: torná-los ativos para que tenham uma ação
terapêutica.
Pró-droga (pró-fármaco): os fármacos podem ou não ser pró-drogas, que são
fármacos que precisam sofrer biotransformações para que tenham efeito terapêutico.
EX: Benazepril, nessa fórmula ele não tem nenhum efeito no organismo, mas sofre
metabolismo ao ser introduzido chamado benazeprilat e vai ter uma ação terapêutica.
Padrão de biotransformação: é um padrão bifásico, ocorre em duas fases, ou seja,
temos um fármaco que sofre reações de fase 1 e forma o metabólito intermediário,
que sofre reações de fase 2 que formam o metabólito final chamado de conjugado,
que vai ser suficientemente hidrossolúvel para ser excretado.
FARMACODINÂMICA
Definição
Mecanismos de ação dos fármacos
-Mecanismos não celulares: fármaco não tem nenhuma interação com células para
promover seu efeito.
EXEMPLOS:
Fármacos que agem através de reações químicas: Antiácidos (Hidróxido de alumínio e
Hidróxido de magnésio). Usa-se nos casos de dispepsia. O fármaco age na luz gástrica
sem interagir com células.
1) Inibição enzimática
2) Ação sobre neurotransmissores
3) Alteração da função da membrana celular
4) Interação droga-receptor
MECANISMO CELULARES
1: inibição enzimática:
Ex: benazepril; inibidor da ECA causando vaso dilatação
2: ação neurotransmissores :
Antidepressivo tricíclico: atua no SNC inibindo a recaptação de noradrenalina e 5-HT
potencializando a ação das mesmas.
4: interação droga-receptores
Quando a molécula do fármaco se liga a um receptor dizemos que ela tem afinidade por
ele. A partir desse momento ela pode ativar uma série de mecanismos gerando um efeito
celular, dessa forma dizemos então que essa molécula tem atividade intrínseca, e o
fármaco é chamado de agonista, que é aquele que tem afinidade e atividade intrínseca.
Caso a molécula se ligue porém não acione nenhum mecanismo celular é chamada de
antagonista, que causa um “efeito” contrário ao do agente ligante endógeno (substancias
fisiológicas já presentes no organismo que ativariam seus receptores específicos). O
agonista total se liga ao receptor e causa resposta máxima ao tecido
São os mecanismos que ocorrem dentro da célula desde a ativação do receptor até seu
efeito.
C) ACOPLADOS À TIROSINA-QUINASE
D) ACOPLADOS À GUANILATO-CICLASE
E) REGULADORES DE TRANSCRIÇÃO DO DNA: é o único que esta dentro da célula, portanto o
medicamento vai ter que entrar na célula para chegar a esse receptor. Quando a molécula
agonista se liga ativando o receptor ela vai expor um sitio de ligação no DNA se ligando
assim ao DNA, e ao se ligar acontece a regulação da transcrição do DNA, passando uma
mensagem, que pode ser para deixar de produzir uma proteína, ou sintetizar uma
proteína, nesses casos o DNA passa a mensagem para o RNA mensageiro que leva para os
Ribossomos que vão sintetizar uma proteína específica pedida, causando algum efeito no
organismo.
Todas as fibras nervosas têm origem no sistema nervoso central. No sistema nervoso
autônomo parassimpático as fibras têm origem crânio-sacral. As fibras simpáticas se
originam da região toraco-lombar. O neurotransmissor liberado no parassimpático é a
acetilcolina, fibras colinérgicas. No simpático as fibras pré ganglionares vão liberar
acetilcolina e as pós ganglionares vão liberar noradrenalina.
RECEPTOR M1 M2 M3
Localização principal -SNC -M. Pré-sináptica -Músculos lisos
-Cels. Parietais -Coração -Glândulas
gástricas -M. ciliar dos olhos
-M. dilatador da
pupila
-Endotélio vascular
Mecanismo de Proteína Gq Proteína Gi Proteína Gq
transdução
Efeitos -Estimulação -Diminui Ach -Contração m. lisos
- aumenta HCI - Diminui FC e força -Secreção glandular
de contração -Contração m. ciliar
dos olhos
-Miose
-Vasodilatação
M2: Acetilcolina se liga ao receptor M2, ativando a proteína Gi, inibindo a adenilato ciclase,
reduzindo o AMPc, interrompendo ativação de proteínas quinases, não tem fosforilaçao dos
canais de cálcio, não tem abertura de canais de cálcio, sendo assim o cálcio não entra e
teremos o efeito inibitório.
FÁRMACOS COLINÉRGICOS
FÁRMACOS PARASSIMTOMIMÉTICOS:
Ação direta:
-Acetilcolina
-Carbacol
-Betanecol
-Pilocarpina
Ação indireta:
-Edrofônio: de curta duração, a enzima metaboliza rapidamente o edrofônio.
-Carbamatos: de média duração
Neostigmina
Fisostigmina
Carbaril
Metilcarbaril
-Organofosforados: de longa duração
Triclorfon
Coumafos
Diclorvos
-Atropina
-Escopolamina
-Homotropina
-Ipratrópio
-Oxibutinina
-Tolterodina
Ação direta: causam os mesmos efeitos no SNA simpáticos agindo diretamente nos
receptores adrenérgicos, chamados de agonistas adrenérgicos..
Ação indireta: estimulam a liberação de noradrenalina no terminal nervoso sem agir
nos receptores adrenérgicos.
FÁRMACO INDICAÇÕES CLÍNICAS ESPÉCIES
Adrenalina (agonista £ e Parada cardíaca; reação Cães, gatos, eqüinos,
beta) anafilática, associação a bovinos e ovinos
anestésicos locais;
hemostasia local
Dopamina (agonista £, beta IRA oligúrica, falência Cães, gatos, eqüinos e
e delta) cardíaca ruminantes
Dobutamina (agonista beta ICC grave Cães, gatos e equinos
1)
Xilazina (agonista £2) Pré-anestesia; sedativo; Cães, gatos, eqüinos e
analgésico; miorrelaxante, bovinos
emético
Terbutalina (agonista beta Distúrbios respiratórios Cães, gatos e equinos
2)
Salbutamol (agonista beta Distúrbios respiratórios Cães
2)
Fenoterol (agonista beta 2) Distúrbios respiratórios Cães e gatos