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FARMACODINÂMICA

Profº Msc. Manoel Pinheiro Lucio Neto


FARMACODINÂMICA

LOCAL DE AÇÃO
MECANISMO DE AÇÃO
EFEITOS
DEFINIÇÃO

Estudo dos efeitos bioquímicos e


fisiológicos das drogas e do seu mecanismo
de ação.

Interação
fármaco-receptor
no tecido

SILVA, Penildon. 2002


Alterações
bioquímicas
e fisiológicas

Ação

Efeito
Função celular
alterada
RANG H.P, 2007
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FARMACODINÂMICA

1905
O efeito das drogas resulta de
sua interação com substâncias
receptivas existentes na
superfície da célula

John Newport Langley


(1852-1926)
RANG H.P, 2007
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FARMACODINÂMICA

1913
Corpora non agunt
nisi fixata (as
drogas não agem se não
estiverem ligadas)

Paul Ehrlich*
(1854-1915)
RANG H.P, 2007
Seletividade

RANG H.P, 2007


MECANISMO DE AÇÃO

AÇÃO SOBRE AS ENZIMAS


• Ativação de enzimas;
• Inibição de enzimas (competitiva e não-competitiva).
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE
ANGIOTENSINA (IECA)
Enzimas Transmembranas Reguladas
por Ligantes

• Receptores polipeptídicos;
• Domínio extracelular – Ligação ao fármaco (FCE, FCDP,
insulina e citocinas);
• Domínio enzimático citoplasmático – tirosina-cinase, serina-
cinase ou guanilil ciclase
Enzimas Transmembranas
Reguladas por Ligantes
Receptores intracelulares de
agentes lipossolúveis

• Ligantes lipossolúveis – atravessam a membrana plasmática e


atuam sobre receptores intracelulares;
• NO – estimula a guanilil ciclase intracelular
• Corticosteróides, mineralocorticóides, esteróides sexuais e
hormônios tireoidianos – estimulam a transcrição de genes pelo
núcleo;
INTERAÇÃO – RECEPTOR Glicocorticóides

R Hsp90
Hsp90 x
S (Instável
R
) Dímero
S S esteróide-
S S receptor
R* R* (ativado)
DNA
S
CBG
Respost S R*
ERG
a S R*

Proteín
a Maquinária
de transcrição
mRNA Pré-
mRNA (polimerase do
RNA, etc)
Núcleo
Citoplas
ma
MECANISMO DE AÇÃO
MOLÉCULAS TRANSPORTADORAS
MECANISMO DE AÇÃO
CANAIS IÔNICOS
• Poros constituídos por proteínas,
existentes na bicamada lipídica das
membranas plasmáticas;
• Mecanismo de portão ou
comporta;
• Seletividade iônica;
• Canais voltagem-dependentes
(VOC); ex.: anestésicos locais- canal
de Na+ ;
• Canais operados por receptores
(ROC); ex.: benzodiazepínicos –
receptor GABA- canais de cloreto;
recep. colinérgico muscarínicos- K+.
BZD GABA
BZD GABA
BZD GABA

Hiperpolarização
BZD GABA
BZD GABA
GABA

HIPERPOLARIZAÇÃO
MECANISMO DE AÇÃO
RECEPTORES
Proteína – alvo macromolecular com a qual uma
droga agonista endógena ou exógena interage para
iniciar uma resposta celular.
• Receptores ligados a canais
iônicos;
• Receptores ligados a
proteínas G;
• Receptores ligados a
tirosina quinase;
• Receptores intracelulares.
RECEPTORES ACOPLADOS A
PROTEINA G
Receptor Proteína G Canais
iônicos

Enzimas Adenilato
Fosfolipase C Fosfolipase A2
alvo ciclase

2ºs AMPc IP3 DAG AA


mensageiros

 [Ca2+]i eicosanóides

Proteínas PKA PKC


quinases

Efetores:enzimas, canais iônicos, proteínas contráteis, etc


TIPOS DE LIGAÇÃO FÁRMACO -
RECEPTOR

• Ligações iônicas;
Fracas  efeitos
• Pontes de hidrogênio;
reversíveis
• Forças de van der Waals;

• Ligação covalente Forte  irreversíveis


RELAÇÃO DOSE-EFEITO

 DOSE   EFEITO  Emax

100

Efeito
75 máximo
EFEITO (%)

ção

K1
lina

50
Variabilidade [D] + [R]  [DR]  Efeito
Inc

K2

25
Lei da Ação das Massas – A.J.
Clarke (1885- 1941):
Potência
0

-9 -8 -7 -6 -5 -4
DOSE EM ESCALA LOGARÍTMICA

Fig.: Curva dose-resposta de agonistas


RELAÇÃO AGONISTA E
ANTAGONISTA
Occupation Activation
governed by governed by
affinity efficacy

Drug K+1 
A + R AR+ RESPONSE
(agonist) K-1
A 
R
Drug K+1
B + R BR NO RESPONSE
(antagonist) K-1
AGONISTAS
ANTAGONISTAS
AGONISTA

Total: resposta máxima do tecido  


eficácia;

Parcial:  eficácia  não atinge o Emax;

RANG H.P, 2007


ANTAGONISTA

Possuem afinidade, não atividade intrínseca.

• Competitivos ou reversíveis (pelo aumento de


concentração do agonista);

• Irreversíveis (ligação muito forte com receptor, ex.


ligação covalente);

• Não competitivo (atua em componente celular distinto


do receptor);

• Fisiológico ou de efeito: dois agentes que produzem


efeitos fisiológicos opostos.
RANG H.P, 2007
FATORES QUE ALTERAM O EFEITO DOS
FÁRMACOS

• Quantitativa  altera a intensidade do efeito


farmacológico;
• Qualitativa  modifica a natureza da resposta.

• Fatores intrínsecos  dependem do sistema


biológico;

• Fatores extrínsecos  dependem do fármaco e


das condições de administração.
FATORES INTRÍNSECOS

• Variabilidade individual;
• Fatores genéticos e idiossincrasia;
• Espécie animal;
• Idade;
• Peso e composição corpóreos;
• Sexo;
• Estados patológicos ou fisiológicos especiais.
FATORES EXTRÍNSECOS

 Dependentes do fármaco:
• Propriedades inerentes ao fármaco : estrutura
química, características físico-químicas;
• Formulações farmacêuticas.

 Condições de administração:
• Via de administração;
• Dose;
• Condições de uso.

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