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CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

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ESPECIFICAÇÃO GERAL PARA EG - C - 406
REV.
PISOS INDUSTRIAIS
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C INCLUSÃO NO SPE RSF JC EMV MD 22/12/06


ADEQUAÇÃO COMO DOCUMENTO
1 C RSF GH EMV MP 29/02/08
PADRÃO PARA PROJETOS
REVISÃO GERAL-REVALIDAÇÃO
2 C ACC RVM MB PP 01/08/12
CONFORME PR-G-462
REVISÃO GERAL, INCLUSÃO DE
3 C ACC RVM MB PP 04/09/12
REQUISITOS PARA PROJETOS DE
FERROSOS,
REVISADOS FERTILIZANTES,
ITENS 4.0,COBRE E
6.3.4,
4 C ENERGIA CAM RVM MB PP 04/10/12
6.3.5, 6.4, 6.6.1, 6.6.3.1 E 6.6.5
5 C REVISÃO GERAL JRL LMM MB GJ 09/04/14

INCLUSÃO DA CLASSIF. INF. E


6 C RPS LMM MB GCC 13/11/17
REVISÃO DOS ITENS 3.0, 4.0 E 8.0

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicação e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 3
5.0 DEFINIÇÕES 4
6.0 CARACTERÍSTICAS GERAIS 4
6.1 COMPONENTES DO SISTEMA ESTRUTURAL DOS PISOS INDUSTRIAIS 4
6.2 TIPOS DE PISOS INDUSTRIAIS 5
7.0 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS 7
7.1 DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO 7
7.2 PROJETO GEOMÉTRICO 8
7.3 MATERIAIS 9
7.4 JUNTAS 14
8.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 17

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos técnicos, as informações gerais e as instruções para o


fornecimento de pisos industriais de concreto a serem utilizados nas instalações industriais
da Vale.

Para os acabamentos de pisos das edificações não industriais, a EG-A-412 deverá ser
consultada.

2.0 APLICAÇÃO

Esta especificação aplica-se a todas as áreas de implantação de projetos da Vale.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Deverão ser utilizados na sua revisão
mais recente.

CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia


CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
Engenharia
EG-A-412 Especificação Geral de Revestimentos para Acabamentos de
Pisos
EG-C-401 Especificação Geral para Concretos
ES-C-401 Especificação de Serviços para Obras de Concreto Armado
ES-C-405 Especificação de Serviços para Obras de Concreto Protendido
ES-C-406 Especificação de Serviços para Pisos Industriais
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Deverão ser utilizados
na sua revisão mais recente.

 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto — Procedimento


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NBR 7211 Agregados para concreto - Especificação
NBR 7480 Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado -
Especificação
NBR 7481 Tela de aço soldada - Armadura para concreto

 ASTM - American Society for Testing and Materials

E1155M Standard Test Method for Determining FF Floor Flatness and FL


Levelness Numbers (Metric)

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, poderão ser


encontradas no GU-E-400.

6.0 CARACTERÍSTICAS GERAIS

O piso industrial tem a finalidade de resistir, distribuir e transmitir ao subleito os esforços


verticais provenientes dos carregamentos, devendo apresentar baixa retração hidráulica e
resistências mecânica e ao desgaste compatíveis com o uso a que estarão submetidos.

6.1 COMPONENTES DO SISTEMA ESTRUTURAL DOS PISOS INDUSTRIAIS

6.1.1 Subleito

O subleito será formado por terreno natural ou por solo de empréstimo devidamente
preparado e compactado, e terá a função de absorver as solicitações de cargas impostas à
placa de piso.

6.1.2 Sub-base

É o elemento estrutural entre a placa de concreto e o subleito.

A adoção de sub-base estável poderá corrigir as deficiências do subleito e proporcionar um


melhor comportamento do pavimento.

As funções da sub-base são:

 Aumentar a capacidade de suporte da fundação;


 Impedir o bombeamento de solos finos plásticos;

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 Uniformizar a fundação.

A sub-base poderá ser executada com material granular, solo-cimento, solo melhorado com
cimento ou concreto compactado com rolo. Sua escolha depende de aspectos técnicos e
econômicos relacionados com a localização da obra.

6.1.3 Barreira de Vapor

As barreiras de vapor são formadas por camadas impermeáveis, tais como filmes de
polietileno ou imprimações impermeabilizantes.

As funções básicas desta camada são:

 Evitar umidade ascendente nas placas de concreto;


 Reduzir o coeficiente de atrito entre a sub-base e a placa de concreto do
piso;
 Evitar a perda de água de amassamento para a sub-base durante a
concretagem.

6.1.4 Placas de Concreto

As placas de concreto têm a função de absorver o carregamento do piso e transmitir os


esforços para a sub-base e o subleito e, normalmente, trabalham no regime elástico.

O projeto deverá especificar o índice de planicidade FF e o índice de nivelamento FL


desejados, e estes deverão ser comprovados conforme a norma ASTM E1155M.

6.1.5 Acabamento e Tratamento de Superfície

O acabamento e tratamento de superfície têm como finalidade aumentar a resistência do


piso ao desgaste por abrasão, eliminar as imperfeições, selar a superfície e melhorar o
conforto do deslocamento e/ou movimentação das cargas e equipamentos, e variam
conforme a utilização do piso.

Em condições de exposição adversas, deverão ser tomadas medidas especiais de proteção


e conservação, como aplicação de revestimentos hidrofugantes, pinturas
impermeabilizantes, revestimentos com argamassas de alto desempenho ou cerâmicas, etc.

6.2 TIPOS DE PISOS INDUSTRIAIS

6.2.1 Pisos de Concreto Simples

Neste tipo de piso os esforços atuantes serão resistidos apenas pelo concreto, sem
presença de armadura para absorver os esforços de tração.
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As placas são espessas e com dimensões reduzidas, existindo maior número de juntas.

6.2.2 Piso de Concreto com Armadura Distribuída

Neste tipo de piso a armadura será utilizada principalmente para o controle da fissuração
devido à retração do concreto.

A armadura é posicionada no terço superior da placa e tem como função:

 Controlar as fissuras de retração;


 Controlar as fissuras devido ao efeito da temperatura;
 Controlar os momentos negativos;
 Reduzir o empenamento da placa;
 Aumentar a capacidade estrutural.

6.2.3 Piso Estruturalmente Armado

Pisos estruturalmente armados serão utilizados nos casos em que as tensões de tração na
flexão são superiores à admissível do concreto, garantindo desempenho adequado e
durabilidade compatível com a estrutura do piso. Normalmente, eles serão empregados
quando existirem cargas distribuídas e/ou cargas pontuais elevadas.

O sistema é caracterizado por possuir armadura no plano inferior da placa, responsável por
combater os esforços de tração gerados pelo carregamento, e armadura no terço superior,
responsável por controlar as fissuras causadas por retração.

6.2.4 Piso de Concreto Reforçado com Fibras

Este tipo de piso é caracterizado pela adição de fibras de aço ou sintéticas na composição
do concreto.

A fibra tem a função de controlar as fissuras causadas por retração hidráulica e plástica,
aumentar a ductilidade e a resistência à tração na flexão, além de melhorar o
comportamento do concreto em relação à fadiga. Em quantidades adequadas, a fibra poderá
substituir as telas soldadas superiores.

6.2.5 Piso de Concreto Protendido

Este sistema permite a construção de pisos com menores espessuras e placas com maiores
dimensões, reduzindo o número de juntas.

O sistema protendido apresenta menores custos de manutenção.

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7.0 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

7.1 DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO

O dimensionamento do piso deverá ser feito com base em métodos reconhecidamente


consagrados e eficientes, e que englobem os métodos de cálculo de tensões e deformações
nas camadas existentes sob o piso, fatores ambientais, tráfego e o desempenho do piso.

Para o dimensionamento será necessário conhecer:

 Cargas permanentes;
 Carga do eixo mais carregado (carga útil somada ao peso próprio do
veículo);
 Tipo da roda e pressão de contato;
 Tipo de rodagem, simples ou dupla;
 Distância entre rodas no mesmo eixo, ℓ e ℓ1, conforme a figura 8.1;
 Frequência das cargas;
 Resistência à tração na flexão;
 Coeficiente de recalque do solo de fundação;
 As tensões de origem térmica e de retração.

Figura 8.1 – Distância Entre Rodas

O fator que poderá agregar esforço ao pavimento é a distância entre rodas do eixo mais
carregado, podendo haver superposição das cargas individuais dos pontos de apoio.

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7.1.1 Piso com Armadura Distribuída

A taxa mínima de armadura deverá ser de 0,1% da seção de concreto.

Normalmente, a carga distribuída gera momentos negativos que superam os momentos


positivos que ocorrem na face inferior da placa. Esses momentos positivos, por sua vez, são
muito inferiores aos produzidos por cargas móveis ou pontuais e, por este motivo, não são
considerados.

Também deverá ser considerada a deformação do terreno de fundação sob ação das cargas
permanentes ou de elevada duração.

Os esforços de carga pontual móvel são determinantes no dimensionamento de pisos,


porém, é importante verificar também a ação que o carregamento permanente poderá
provocar nas camadas abaixo do subleito.

7.2 PROJETO GEOMÉTRICO

Para permitir a correta execução da obra, garantir a durabilidade do piso, reduzir o custo de
manutenção e assegurar a perfeita utilização de acordo com o tipo de equipamento a ser
utilizado, deverão ser observados os seguintes cuidados:

 A concretagem deverá ser executada preferencialmente em faixas


alternadas, devendo ser evitada a sequência de concretagem em dama ou
xadrez;
 A largura da faixa de concretagem deverá ser consistente com os índices de
planicidade exigidos para o piso;
 No caso de pisos de almoxarifados ou outro local em que possa haver cargas
de prateleiras ou estantes, será recomendado que as juntas longitudinais de
construção sejam paralelas com as estantes e a uma distância mínima de
15 cm dos montantes;
 As juntas deverão ser alinhadas aos cantos internos do piso - ver figura 8.2;
 O comprimento de um trecho de junta de construção ou serrada deverá ser,
no mínimo, igual a 50 cm;
 Os ângulos de encontro entre juntas deverão ser maiores que 90º;
 Uma junta de construção ou serrada deverá sempre encontrar uma curva em
ângulo igual a 90º - ver figura 8.3;
 Uma junta de construção ou serrada deverá sempre terminar em uma junta
de expansão.

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Figura 8.2 – Alinhamento das Juntas

Figura 8.3 – Ângulo de Encontro Entre Juntas

7.3 MATERIAIS

7.3.1 Concreto

Os materiais para concreto deverão atender aos requisitos dos documentos EG-C-401,
ES-C-401, ES-C-405 e ES-C-406.

A resistência do concreto à compressão deverá ser função da utilização do piso e de seu


revestimento.

7.3.1.1 Cimento

A especificação do tipo de cimento será função da utilização do piso, devendo ser


considerado:

 Abertura máxima das fissuras;


 Desempenho em face de ataque químico;

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 Resistência à tração na flexão;


 Resistência à abrasão;
 Tempo de pega.

O consumo mínimo de cimento deverá ser de 320 kg/m3 de concreto.

7.3.1.2 Agregado Graúdo

O agregado graúdo deverá obedecer às prescrições da norma NBR 7211 e ser proveniente
de rochas estáveis, isto é, inalterável sob a ação do ar, água ou do gelo, quimicamente
inativas ou inertes e sem quantidades nocivas de impurezas.

7.3.1.3 Agregado Miúdo

O agregado miúdo deverá ser constituído de grãos compactos, duráveis, quimicamente


inativos ou inertes e sem quantidades nocivas de impurezas.

A granulometria do agregado miúdo deverá estar dentro dos limites prescritos na norma
NBR 7211.

7.3.1.4 Água

Para a preparação do concreto, a água deverá atender aos requisitos da EG-C-401.

7.3.1.5 Aditivos

Quando for necessário, deverá ser prevista a utilização de aditivos que atendam aos
requisitos da EG-C-401.

A especificação de aditivos deverá ser feita com cautela e somente após autorização da
Vale. Não deverão ser usados os aditivos superplastificantes.

7.3.2 Fôrmas

As fôrmas normalmente serão constituídas de perfis metálicos dobrados. No entanto


poderão ser utilizadas fôrmas de madeira, constituídas de peças maciças.

7.3.3 Armadura

O dimensionamento das armaduras deverá obedecer aos requisitos da NBR 7480 e


NBR 7481.

Para controlar a retração do concreto, os pisos continuamente armados deverão apresentar


taxa de armadura (relação entre a área de aço e da seção da placa) entre 0,4% e 0,6%.

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A emenda das barras de aço será feita por transpasse de acordo com a NBR 6118. Nos
casos em que forem utilizadas telas soldadas, a emenda destas será feita pela superposição
de pelo menos duas malhas.

7.3.4 Fibras Metálicas ou Sintéticas

A escolha do tipo de fibra mais adequado deverá ser feita considerando seu comprimento,
diâmetro, módulo de elasticidade, fator de forma e dosagem e as características do próprio
concreto.

7.3.5 Filme plástico

Caso seja adotado filme plástico para a execução da barreira de vapor, sua espessura
mínima deverá ser de 0,2 mm para permitir o perfeito isolamento da sub-base.

7.3.6 Acessórios

7.3.6.1 Distanciadores Metálicos

Os distanciadores metálicos serão empregados para posicionar a armadura em camada


única próxima à face superior, obedecendo ao cobrimento prescrito na NBR 6118.

A altura do distanciador metálico deverá levar em consideração o diâmetro da barra de


transferência e das barras de aço/fios das telas soldadas. A seguir, serão apresentados os
tipos de distanciadores metálicos mais comuns e suas características:

 Distanciadores do tipo “caranguejo” (ver Figura 8.4):


- São instáveis e necessitam ser amarrados com arame;
- Consumo: 4 a 5 peças por m2 de piso;
- Diâmetros: 8 mm, 10 mm e 12,5 mm.

Figura 8.4 – Tipo “Caranguejo”

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 Distanciadores do tipo “treliça” (ver Figura 8.5):


- São estáveis e não necessitam ser amarrados com arame;
- Consumo Estimado: 1,25 m de treliça por m2 de piso;

Figura 8.5 – Tipo “Treliça”

7.3.6.2 Distanciadores Plásticos

Os distanciadores plásticos serão empregados para posicionar a armadura na posição


indicada no projeto e obedecendo ao cobrimento prescrito na NBR 6118.

O consumo varia de 4 a 5 peças por m2.

A geometria e as dimensões do distanciador plástico dependem:

 Do tipo de apoio (brita, brita graduada, solo, concreto etc.);


 Do diâmetro do fio da tela soldada ou da barra de aço;

7.3.6.3 Barras de Transferência

As barras de transferência terão como função transferir os esforços transversais entre placas
contíguas separadas por juntas. Elas serão constituídas de barras de aço de seção circular
ou quadradas e chapas planas. Poderá ser empregado aço CA-25, SAE-1020 ou SAE-1045.

Convém lembrar que o desempenho das barras de transferência dependerá principalmente


do espaçamento e do diâmetro das barras.

As barras de transferência deverão ser lisas e ter a metade de seu comprimento mais 2 cm
engraxada para permitir o seu deslizamento no concreto.

7.3.6.4 Barras de Ligação

Quando houver a possibilidade de separação entre as placas devido a movimentos laterais,


deverão ser empregados dispositivos de ligação.

Os dispositivos de ligação mais comuns serão as barras de aço CA-50 ou CA-60


corrugadas, espaçadas de 30 cm (ver Figura 8.6).

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Figura 8.6 – Barras de Ligação

O comprimento das barras de ligação é determinado conforme NBR 6118.

7.3.7 Selantes

Selantes são materiais de natureza plástica, utilizados na vedação de juntas dos pisos.
Deverão ser aderente ao concreto, resistente à infiltração de água e à penetração de
sólidos.

O fator de forma (profundidade dividida pela espessura do selante) é variável de acordo com
o tipo de material selante e deverá ser conforme recomendação do fabricante. Ele varia
geralmente de 1 a 2 (ver figura 8.7).

Figura 8.7 – Fator de Forma

Os selantes poderão ser:

 Pré-Moldados;
 Moldados a quente;
 Moldados a frio.

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7.3.7.1 Pré-Moldados

Os selantes deverão ser de poliuretano, polietileno, poliestireno, cortiça ou borracha


sintética.

7.3.7.2 Moldados a quente

Estes selantes deverão ser de mastique elástico, compostos de líquido viscoso (emulsões,
óleos não secativos, asfaltos) e filer (cimento, cal apagada, areia fina).

7.3.7.3 Moldados a frio

Estes selantes deverão ser à base de resinas epóxicas, silicone, polissulfetos orgânicos ou
uretanos.

Estes deverão ser utilizados quando for previsto o tráfego de veículos de rodas rígidas,
notadamente as de pequeno diâmetro.

A utilização do epóxi é recomendada pela facilidade de manuseio e cura independente.

7.3.8 Líquido Endurecedor de Superfície

É um produto à base de silicatos de sódio ou flúor silicato de magnésio que penetra no


concreto reagindo com o hidróxido de sódio. A partir daí, forma-se o silicato de sódio ou
magnésio, que reduz a porosidade e, consequentemente, aumenta a resistência superficial
do concreto.

7.3.9 Agregado Mineral

Poderão ser utilizados sistemas de argamassa do tipo úmido sobre úmido, que já vêm pré-
dosados com aditivos, sílica ativa, pigmentos, fibras, etc..

Poderá ser feita a aspersão de agregados minerais ou metálicos, de alta resistência, sobre o
piso.

Os agregados minerais são, normalmente, compostos de quartzo e diabásio, e os agregados


metálicos, de óxido de alumínio ou ferro metálico. Em ambos, adiciona-se certa quantidade
de cimento para permitir melhor acabamento superficial e maior ancoragem.

7.4 JUNTAS

7.4.1 Junta de Construção - JC

Juntas construtivas em que seu espaçamento estará limitado ao tipo de equipamento a ser
utilizado, à geometria da área e aos índices de planicidade a serem obtidos.

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Nas juntas de construção deverão ser utilizadas barras de transferência (ver figura 8.8).

Figura 8.8 – Junta de Construção

7.4.2 Junta Serrada - JS

O corte deverá ter pelo menos 40 mm, ser maior que 1/3 da espessura da placa e ser
preenchido com material selante adequado (ver figura 8.9).

Figura 8.9 – Junta Serrada

7.4.3 Junta de Encontro - JE

As juntas de encontro serão feitas para isolar o piso de outros elementos que impedem a
livre movimentação do mesmo (vigas, blocos, bases de máquinas e equipamentos ou outras

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estruturas), ou quando houver necessidade de se isolar duas ou mais partes do piso (ver
figura 8.10).

As juntas de encontro têm, em geral, abertura de 2 cm e serão preenchidas com material


compressível e acabadas com material selante adequado.

Figura 8.10 – Junta de Encontro

Nos casos de pilares e pequenas aberturas nos pisos, poderá ser utilizada a solução
apresentada na figura 8.11, conhecida como junta diamante.

Figura 8.11 - Junta de Encontro Tipo Diamante

7.4.4 Junta de Dilatação - JD

A junta de encontro entre placas, conhecida como junta de dilatação (JD), não é usual para
pisos industriais e é utilizada apenas em casos especiais, principalmente nos casos de
mudança de direção de tráfego. O detalhe de construção é semelhante ao da junta de
construção, diferindo apenas na colocação de um capuz no final da barra de transferência
com folga aproximada de 20 mm (ver figura 8.12).
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Figura 8.12 – Junta de Dilatação

8.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deverá ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Esta análise
deverá englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com
outras atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no CP-R-501 e os requisitos de meio


ambiente descritos no CP-N-501 deverão ser atendidos.

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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