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CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C PARA PUBLICAÇÃO NO SPE ASM FCC MB PP 10/02/12

1 C INCLUSÃO ITEM 9.0 ASM FCC MB PP 23/03/12

2 C REVISÃO DO ITEM 8.1 LMM CSP MB GJ 30/04/13

3 C REVISÃO GERAL LMM CSP MB GJ 02/12/13

REVISÃO DOS ITENS 3.0 E 4.0 E


4 C RPS LMM MB GCC 21/11/16
INCLUSÃO DO ITEM 10.0
REVISÃO DOS ITENS 2.0; 3.0; 4.0; 7.0;
5 C 7.5; 7.6; 8.1; 8.3; 8.5; 8.6, 8.7 E ALB EMG MB CIU 23/02/21
INCLUSÃO ITEM 9.0 (REF. PNR)

6 C REVISÃO DOS ITENS 3.0; 4.0 E 9.0 ALB BAR BAR CIU 27/09/21

REVISÃO DOS ITENS 1.0, 3.0, 4.0, 7.0,


7 C 8.0, 10.0 E 12.0. INCLUSÃO ITEM 9.0 E ESR HLL KLM KLM 26/09/22
ANEXO A

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicaç ão e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE
ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 4
2.0 APLICAÇÃO 4
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 6
5.0 DEFINIÇÕES 7

6.0 CÓDIGO DE FONTE 8


7.0 REQUISITOS GERAIS 8
7.1 PROJETO INTEGRADO 10
7.2 COMISSIONAMENTO DAS EDIFICAÇÕES 10
7.3 MONITORAMENTO DE CONSUMO 10
7.4 FERRAMENTAS AVANÇADAS DE ENGENHARIA 10

7.5 CERTIFICAÇÃO DO PROJETO 11


7.6 ANÁLISE DO CICLO DE VIDA (ACV) 11
8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS 11
8.1 AVALIAÇÃO DE PREMISSAS DO PROJETO 11
8.2 ANÁLISE DE POTENCIAL AMBIENTAL 12
8.3 SOLUÇÕES ARQUITETÔNICAS 13

8.4 CONFORTO DO USUÁRIO 14


8.5 GESTÃO DO USO DA ÁGUA 15
8.6 GESTÃO DO USO DA ENERGIA 16
8.7 MATERIAIS, RECURSOS E GESTÃO DOS RESÍDUOS 18
9.0 ENGENHARIA DIGITAL 20
10.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 20

11.0 ADERÊNCIA DO PROJETO AOS CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE 21


12.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 21

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos para elaboração de projetos de edificações sustentáveis nos


empreendimentos da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da Vale.

Este documento deve ser usado pela empresa projetista como base para a elaboração dos
critérios de projeto específicos do empreendimento. Os procedimentos para elaboração do
CP estão descritos no PR-E-027.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

PNR-000015 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral


PNR-000024 Sistemas de Bombeamento - Geral
PNR-000029 Diretrizes e Processos para Gestão da Biodiversidade
PNR-000035 Gestão de Recursos Hídricos e Efluentes
PNR-000056 Manual para Precificação do Carbono em Investimentos
PNR-000069 Requisitos de Atividades Críticas - RAC
PNR-000077 Gestão de Emissões e Remoções de Gases do Efeito Estufa
(GEE)
PNR-000088 Layout de Instalações - Critérios Seguros de Layout
PNR-000099 Manual para Certificação ISO14001
PNR-000104 Gestão do processo de Supressão de Vegetação
PNR-000112 Gerenciamento de Controles Críticos
PNR-000123 Gerenciamento de Riscos Ambientais
PNR-000127 Layout de Instalações - Rotas de Fuga
PNR-000142 Sistemas de Controle e Tratamento – Efluentes
PNR-000182 Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais
CP-A-501 Critérios de Projeto para Arquitetura

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CP-A-503 Critérios de Projeto para Instalações Hidrossanitárias e Águas
Pluviais
CP-A-516 Critérios de Projeto para Canteiro de Obra
CP-B-501 Critérios de Projeto para Civil/Infraestrutura, Rodovias, Acessos e
Sistema Viário
CP-B-505 Critérios de Projeto para Tratamento de Efluentes - Esgoto
Sanitário
CP-C-501 Critérios de Projeto para Estruturas de Concreto
CP-E-501 Critérios de Projeto de Elétrica
CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
Engenharia
CP-R-535 Critério de Projeto para Sistema de Detecção, Alarme e Combate
a Incêndio
CP-S-501 Critérios de Projeto para Estruturas Metálicas
EG-B-403 Especificação Geral para Sistema de Tratamento De Efluente
Sanitário
GU-C-611 Guia de Construção Digital para Projetos considerando o uso das
Metodologias BIM e AWP
GU-E-343 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) - Arquitetura
GU-E-359 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) - Arquitetura
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
GU-E-410 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
(FEL 2) - Arquitetura
GU-E-470 Guia de Engenharia - Seleção e Planejamento das Práticas
Agregadoras de Valor (VIPs)
GU-E-633 Guia de Engenharia para Sistemas de Engenharia Digital (BIM)
GU-G-657 Guia de Metodologia BIM para Projetos
MA-G-620 Manual da Prontidão Operacional
MA-G-646 Manual de Energia para Projetos de Capital
PGS-003038 Diretrizes para Gestão de Produtos Químicos
PGS-001719 Gerenciamento de Resíduos
POL-0032-G Política de Água e Recursos Hídricos

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PR-E-027 Procedimento de Engenharia para a Elaboração de Critérios de
Projeto
PRO 029203 Guia de Arquitetura
PRO 030501 Guia de Ambientação

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Deverão ser utilizados
na sua revisão mais recente.

• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5410 Instalações elétricas de baixa tensão


NBR 5419 Proteção contra descargas atmosféricas
NBR 5626 Sistemas prediais de água fria e água quente — Projeto,
execução, operação e manutenção
NBR 5648 Tubos e conexões de PVC-U com junta soldável para sistemas
prediais de água fria - Requisitos
NBR 6492 Documentação técnica para projetos arquitetônicos e
urbanísticos - Requisitos
NBR 8160 Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução
NBR ISO 9001 Sistemas de gestão da qualidade
NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos
NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios
NBR 10152 Acústica — Níveis de pressão sonora em ambientes internos a
edificações
NBR 11742 Porta corta-fogo para saída de emergência
NBR 12179 Tratamento acústico em recintos fechados - Procedimento
NBR 12219 Elaboração de caderno de encargos para execução de
edificações - Procedimento
NBR 12284 Áreas de vivência em canteiros de obras - Procedimento
NBR 13534 Instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos específicos
para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde
NBR ISO 14001 Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para

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uso
NBR 15220 Desempenho térmico das edificações
NBR 15527 Aproveitamento de água de chuva de coberturas para fins não
potáveis - Requisitos
NBR 16401 Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários
NBR 16636-1 Elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos
especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos
Parte 1: Diretrizes e terminologia
NBR 16636-2 Elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos
especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos
Parte 2: Projeto arquitetônico

• CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

Resolução 307/2002 Diretrizes, critérios e procedimento para a gestão de resíduos da


construção civil
Resolução 357/2005 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências

• ASHRAE - American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning


Engineers, Inc.

ASHRAE 90.1 Norma Americana de Redução de Consumo de Energia

A Vale exige o atendimento integral às normas regulamentadoras – NRs da Consolidação


das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme portaria
3214, de 08/06/1978 e suas atualizações, bem como o atendimento integral aos requisitos
de saúde e segurança da legislação local vigente.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

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6.0 CÓDIGO DE FONTE

O código em letras listado abaixo se refere à fonte de informação utilizada na execução


deste documento.

Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério Fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 REQUISITOS GERAIS

Código de Fonte
A/F

Os projetos devem ser elaborados de acordo com as normas aplicáveis, sob a


responsabilidade de profissionais legalmente habilitados e com experiência anterior
comprovada.

A projetista também deve observar as exigências das normas e especificações técnicas em


todas as fases do projeto, incluindo os PNR-000015, PNR-000024, PNR-000029,
PNR-000035, PNR-000056, PNR-000069, PNR-000077, PNR-000088, PNR-000099,
PNR-000104, PNR-000112, PNR-000123, PNR-000127, PNR-000142, PNR-000182.

A aplicação dos requisitos de projeto para edificações contidos neste documento deve
promover ganhos nas três dimensões da sustentabilidade: ambiental, social e econômica.

Esses requisitos devem ser considerados nas etapas de desenvolvimento e implantação do


projeto, e ser equalizados com a operação e manutenção, visando atender também os
requisitos de qualidade, de acordo com a norma NBR ISO 9001.

Na dimensão ambiental deve-se buscar a prevenção ou a minimização dos possíveis


impactos ambientais negativos, sejam eles diretos ou indiretos (por exemplo: escolha do
terreno, definição de traçado para ferrovia, especificação de materiais etc.).

Na dimensão social, deve-se buscar o atendimento das necessidades do usuário,


observando o uso para o qual a edificação está sendo projetada e a sua interação com o

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entorno (por exemplo: conforto térmico, acessibilidade da edificação, ergonomia, aspectos
de segurança, impacto em comunidades estabelecidas etc.).

Na dimensão econômica, deve ser verificada a melhor equalização entre os prazos e os


custos do edifício em todo seu ciclo de vida, devendo ser sistêmica e optar pelas soluções
sustentáveis que atendam as especificidades do projeto (por exemplo: diminuição de custos
operacionais, atendimento ao prazo x custos da obra etc.).

A interface das dimensões econômica e ambiental, mostrada na figura 7.1, baseia-se na


busca de soluções que aumentem a eficiência na utilização de recursos por meio da redução
do consumo de água, energia e materiais na fase de construção e na operação do edifício,
como por exemplo, adoção de sistemas de controle e medição de consumo.

Eficiência na
utilização de
recursos

Figura 7.1 - Dimensões da Sustentabilidade aplicadas ao projeto de edificações

A incorporação de requisitos de sustentabilidade nos projetos deve levar em conta o local de


implantação e o tipo de operação da Vale. Em função disso deve ser feita uma análise
sistêmica de todos os impactos que as atividades de operação podem gerar diretamente nas
edificações, avaliando eventuais incompatibilidades entre estas atividades e os requisitos de
sustentabilidade.

Mediante a análise e aprovação da Vale, novos materiais e tecnologias que atendam aos
critérios de sustentabilidade aqui definidos podem ser incorporados ao projeto.
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7.1 PROJETO INTEGRADO

Os projetos multidisciplinares devem ser concebidos e desenvolvidos de forma integrada e


simultânea, visando subsidiar a escolha de alternativas que melhor equalizem as dimensões
da sustentabilidade, considerando as necessidades da Vale, os objetivos do projeto, os
stakeholders, as normas e os regulamentos.

7.2 COMISSIONAMENTO DAS EDIFICAÇÕES

O comissionamento das edificações deve atender ao Modelo de Prontidão Operacional


detalhado no Manual de Prontidão Operacional (MA-G-620).

A atividade de comissionamento das edificações deve confirmar se os requisitos funcionais


de desempenho das instalações atenderam às necessidades da Vale e que estas estão em
concordância com os aspectos da sustentabilidade.

O comissionamento das edificações deve garantir a disponibilização das informações


necessárias para operação e manutenção do edifício, além de destacar as tecnologias
implantadas e as diretrizes e metas de consumo, para possibilitar a maximização do seu
desempenho.

7.3 MONITORAMENTO DE CONSUMO

As soluções prediais devem prever dispositivos de medição de consumo individualizada e,


se possível, de aferição em tempo real. Esta individualização pode ser realizada por
ambiente, setor ou área de atuação. O controle deve permitir a elaboração e
acompanhamento de campanhas e metas de redução de consumo dos insumos prediais.

Dispositivos hidráulicos, elétricos, luminotécnicos e de climatização devem ter seu consumo


monitorado por meio da integração com o sistema de automação.

7.4 FERRAMENTAS AVANÇADAS DE ENGENHARIA

Simulações computacionais dos projetos, por meio das ferramentas avançadas de


engenharia, podem contribuir na concepção e no desenvolvimento de projetos sustentáveis.
Dentre as principais contribuições, pode-se destacar:

• A análise das características físicas e funcionais de uma edificação que


permite prever desempenhos, especificações e custos;
• A análise do desempenho energético;
• Informações e documentações coordenadas, que permite a extração de
quantitativos mais precisos, reduzindo dessa forma o desperdício e
necessidade de novos ciclos de produção de materiais;

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• Integração sistematizada dos projetos e verificação das interferências


através da compatibilização multidisciplinar.

7.5 CERTIFICAÇÃO DO PROJETO

A adoção dos critérios de sustentabilidade nos projetos permite que os empreendimentos


possam ser certificados nos modelos comumente disseminados no mercado embora a
aderência a tais processos não seja obrigatória, ficando a critério da Vale esta definição.

Diversas organizações fornecem certificações e selos que por meio da classificação e


mensuração do atendimento a diversos requisitos ambientais garantem às edificações a
chancela de sustentabilidade.

7.6 ANÁLISE DO CICLO DE VIDA (ACV)

A ACV das edificações deve ser realizada de forma abrangente no início do projeto,
considerando na análise todo o ciclo de vida do empreendimento, desde a extração da
matéria prima, fabricação, transporte, construção, operação e demolição ou
descomissionamento.

A definição dos sistemas (elétricos, hidráulicos, climatização) bem como o emprego de


materiais ou equipamentos deve ser feita de acordo com sua performance ambiental e
econômica.

Desse modo, sistemas que façam previsão de fluxos cíclicos de energia devem ser
priorizados. Por exemplo, a água residual de um sistema pode servir como insumo para
outro sistema, proporcionando assim uma redução de consumo do recurso.

Para essa análise devem ser observados principalmente os requisitos descritos no


documento GU-E-470 e na norma NBR ISO 14001.

8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS

Código de Fonte
A/F/J

Os itens a seguir subsidiam os requisitos gerais definidos neste documento.

8.1 AVALIAÇÃO DE PREMISSAS DO PROJETO

Devem ser identificados os requisitos de sustentabilidade que atendam aos objetivos do


projeto, abrangendo pelo menos os seguintes tópicos:

• Avaliação dos requisitos gerais e programa de necessidades do projeto;

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• Concepção do projeto com base nos requisitos de sustentabilidade;


• Análise dos impactos econômicos, sociais e ambientais.;
• Análise do potencial local para utilização de recursos naturais renováveis;
• Análise e definição de sistemas construtivos que promovam a gestão de
resíduos da construção civil, como por exemplo:
- Redução do desperdício de materiais;
- Redução na quantidade de resíduos de aço e fôrmas de madeira nas
estruturas;
- Aplicação de inteligência e logística de obra que facilitem a montagem
para diminuição da emissão de gases provenientes dos equipamentos
e de e transporte.
• Avaliação das necessidades específicas das edificações e dos acessos;
• Concepção de edificações em dimensões de fácil reprodução para
reaproveitamento de materiais entre diferentes empreendimentos e
otimização dos processos de aquisição.

8.2 ANÁLISE DE POTENCIAL AMBIENTAL

Deve ser adotada a melhor solução possível de implantação da edificação de acordo com
seu entorno e o atendimento a todas as premissas de projeto e ao PNR-000088. Dentre as
principais análises a serem realizadas, pode-se citar:

• Implantação da edificação otimizando seus acessos, rotas, interligações e


interfaces com as demais edificações do empreendimento ou da vizinhança
do site;
• Locação que permita a melhor condição de conforto ambiental, com base em
estudos de insolação, de ventilação e de exposição a ruídos;
• Adoção de cotas de implantação com foco na redução da movimentação de
terra seja por empréstimo ou retirada;
• Proteção e manutenção das áreas verdes existentes;
• Eliminação das “ilhas de calor” por meio da redução de grandes áreas
pavimentadas;
• Utilização de dispositivos que permitam a permeabilidade e escoamento de
águas pluviais no solo, tais como:
• Adoção de pisos intertravados ou drenantes para áreas de estacionamento,
calçadas e tráfego de veículos leves;
• Utilização de concretos permeáveis em áreas de tráfego de veículos leves;
• Incorporação de paisagismo com vegetação nativa
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• Adoção de sistemas de recarga artificial de aquíferos para manutenção do


ciclo hidrológico.

8.3 SOLUÇÕES ARQUITETÔNICAS

Os projetos arquitetônicos devem ser elaborados em conformidade com os seguintes


documentos: CP-A-501, GU-E-343, GU-E-359, GU-E-410, PRO 029203 e PRO 030501 além
das normas aplicáveis.

Devem ser adotadas soluções arquitetônicas integradas ao meio ambiente garantindo menor
impacto ambiental e alta eficiência energética à edificação.

Dentre os principais recursos que podem ser adotados, destacam-se:

• Envoltório:
- Concepção adequada do envoltório (volumetria, empenas, aberturas,
reentrâncias, etc.) da edificação visando a redução das demandas
energéticas
- Definição do uso e ocupação do edifício aliados ao clima local para
maximização da eficiência energética;
- Insolação / Conforto Térmico;
- Uso da orientação solar para implantação do edifício e para
posicionamento das suas aberturas;
- Estudo de proteções solares exteriores, tais como brises, beirais ou
toldos nas fachadas com maior incidência solar;
- Soluções em caixilharia e vidros: sistemas de fachadas duplas,
persianas internas ou embutidas nas esquadrias e vidros insulados ou
do tipo low-e de alto desempenho (vidros que bloqueiam grande parte
do calor externo);
- Aproveitamento da iluminação natural, atentando-se para ocorrência de
ofuscamentos e aumento de temperatura do ambiente;
- Em áreas fabris ou galpões, adoção de alternativas que garantam
melhor utilização da iluminação natural na cobertura, como por
exemplo, sheds, domus etc. (Os domus prismáticos e os tubos
reflexivos permitem eliminar o ofuscamento e contribuem para uma
menor absorção de calor pelas aberturas na cobertura);
• Ventilação natural:
- Aproveitamento da ventilação natural através da utilização de soluções
como por exemplo:
▪ Ventilação cruzada;

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▪ Efeito chaminé;
▪ Passagem de ar entre lajes;
▪ Portas internas com veneziana.
• Paisagismo:
- Utilização de espécies nativas ou adaptadas ao clima local e que
demandem pouca água no processo de irrigação;
- Avaliação do uso do paisagismo como solução de proteção solar
criando áreas de sombra para a edificação;
- Avaliação do uso de coberturas do tipo “telhado verde” ou “telhado
jardim”, de forma conjunta à sistemas de captação, armazenamento e
reuso da água pluvial.

8.4 CONFORTO DO USUÁRIO

Para garantia do bem-estar dos usuários e humanização das edificações devem ser
considerados na concepção dos projetos pelo menos os itens a seguir:

• Acessos, fluxos, circulações otimizadas;


• Acessibilidade para pessoa com deficiência (PcD);
• Acabamentos adequados ao uso;
• Ergonomia;
• Previsão de vagas para transportes alternativos como por exemplo,
bicicletas;
• Vagas para veículos elétricos com ponto para recarga,
• Conforto hidrotérmico: equalizar todas as relações de interação do usuário e
edificação no que diz respeito à temperatura e umidade durante todas as
estações do ano, às atividades e ao perfil dos usuários (idade, vestimentas,
tipo de atividade etc.);
• Conforto acústico: minimizar os impactos sonoros provenientes de fontes
internas e externas;
• Conforto visual:
- Maximizar o potencial para vistas externas;
- Avaliação da possibilidade de inclusão de jardins e áreas de convívio
internas;
- Equalização da relação de luminosidade natural x artificial em função
do uso da edificação;
• Conforto em situações de risco:
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- Devem ser consideradas tecnologias que aumentem a segurança do
usuário além daquelas comumente utilizadas como por exemplo, rotas
de fuga segregadas das circulações principais dos edifícios, utilização
de materiais que garantam proteção térmica, compartimentação etc.;
• Sistemas de Climatização (HVAC):
- O sistema de ventilação deve assegurar uma taxa de renovação de ar
suficiente para mantê-lo com qualidade de acordo com as atividades
desenvolvidas nos ambientes;
- Uso de dispositivos para monitoramento dos níveis de dióxido de
carbono (CO2) nos ambientes internos, que permitam, quando
aplicável, a ativação automática de abertura de janelas ou de outros
sistemas de ventilação.

8.5 GESTÃO DO USO DA ÁGUA

Os projetos hidrossanitários e de águas pluviais devem ser elaborados em conformidade


com os documentos técnicos, CP-A-503, CP-B-505, EG-B-403, além do PNR-000035 e do
PNR-000142 além das normas técnicas aplicáveis.

Devem ser considerados os princípios e compromissos preconizados na POL-0032-G -


Política de água e recursos hídricos.

O uso eficaz da água possibilita economia e reutilização desse recurso e pode ser
gerenciado através da adoção de soluções conforme listadas abaixo:

• Louças, metais e sistemas sanitários


- Torneiras dotadas de sensores de presença devem ser priorizadas em
sanitários e vestiários. Arejadores econômicos também podem ser
especificados, desde que avaliado o tipo de uso e demanda;
- Chuveiros com restritores de vazão de 8 litros / min.;
- Sensores de presença ou válvulas temporizadas em vasos sanitários e
mictórios;
- Mictórios secos;
- Previsão de sistemas de detecção de vazamentos conectados ao
sistema de automação predial;
- Especificação de válvulas e caixas acopladas com sistema dual flux;
- Interligação das bacias sanitárias ao sistema de esgoto a vácuo
central;
• Abastecimento, distribuição e tratamento

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- Separação dos abastecimentos dos sistemas prediais (incêndio, bacias
sanitárias, torneiras, irrigação, climatização) de acordo com o nível de
potabilidade da água. A utilização destes sistemas será realizada em
função dos níveis de potabilidade necessários para cada finalidade;
- As águas descartadas resultantes da operação das edificações,
provenientes das pias, lavatórios, ralos de chuveiros e tanques podem
ser reutilizadas nas descargas sanitárias, desde que sejam
previamente tratadas em uma ETE, conforme CP-B-505;
- Previsão de redes hidráulicas exclusivas para captação,
armazenamento, tratamento e distribuição das águas, conforme
CP-A-503.
- Avaliação de implantação de sistema de reaproveitamento de águas
pluviais para utilização em outros sistemas, como por exemplo,
irrigação, lavagem de equipamentos, pisos etc.

Nota: No caso de lançamento de efluentes em corpos hídricos devem ser seguidas as


legislações vigentes com obtenção das autorizações pertinentes.

8.6 GESTÃO DO USO DA ENERGIA

Os projetos de elétrica devem ser elaborados em conformidade com os seguintes


documentos: CP-E-501, MA-G-646 e normas aplicáveis.

Possibilita o controle e otimização de aproveitamento dos recursos de energias (inclusive as


naturais). A gestão do uso da energia deve mediar a interface entre as condições de
conforto para os usuários em todas as estações do ano, a limitação dos consumos
energéticos e consequente conservação dos mesmos e a viabilidade técnica e econômica
da solução. Para atendimento desta categoria, poderão ser incorporados aos projetos os
requisitos listados abaixo:
• Energias Renováveis
- Energia solar térmica: implantação de painéis solares para o
aquecimento de água;
- Energia fotovoltaica: implantação de painéis fotovoltaicos para
alimentação de sistemas elétricos;
- Energia eólica: avaliação da disponibilidade do recurso;
- Biomassa e biocombustível: adoção de sistemas a base de combustão
de materiais de origem renovável como etanol, madeira certificada,
entre outros;
• Sistema de climatização (HVAC)
- Avaliar a aplicação de sistemas de termoacumulação (produção e
acumulação de gelo ou água gelada em tanques) para permitir o

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deslocamento da produção de frio para horários de custo de energia
reduzido;
- Avaliar a implantação de sistema de ar condicionado do tipo VRF
(Variable Refrigerant Flow) com condensação à água. Este sistema
poderá ser utilizado em edificações verticais ou horizontais;
- O sistema de Forro Radiante também poderá ser utilizado como
alternativa de sistema de HVAC;
- Aproveitamento da energia a dissipar por meio da recuperação do calor
no sistema de climatização, aplicando-o num sistema de cogeração
(geração de energia elétrica e térmica de resfriamento);
- Avaliar a utilização de tecnologias que otimizem o consumo de energia
em sistemas de climatização.
• Luminotécnica
- O projeto luminotécnico pode ser elaborado utilizando os parâmetros
contidos na norma ASHRAE 90.1;
- Avaliar a aplicação e o custo benefício pela especificação de lâmpadas
eficientes LED;
- Se necessário, utilizar lâmpadas fluorescentes T5, que são mais
eficientes que as tradicionais. Existem lâmpadas T5 de alto rendimento
(tipo HE – high eficiency) e de elevado fluxo (tipo HO – high output);
- Dimerização, separação de circuitos de acordo com o nível de
iluminação natural e/ou controle de acionamento individual das
luminárias próximas às fachadas de vidro;
• Automação:
- O projeto de automação é parte imprescindível para o projeto
sustentável, pois monitora e integra todos os sistemas que o constitui,
resultando em grande eficiência no consumo de energia e água. Dentre
os principais dispositivos de monitoramento e integração dos sistemas
prediais, pode-se citar:
▪ Sensores de presença e temporização para desligamento
automático da iluminação ou do sistema de climatização,
principalmente para ambientes com baixo fluxo de pessoas;
▪ Sensores reguladores da intensidade de luz interna de acordo
com incidência de luz natural;
▪ Sensores de medição de temperaturas externas e internas e
controle de persianas de esquadrias ou toldos verticais de
fachada, quando utilizados;
▪ Controle de ativação temporizada do sistema de irrigação;
▪ Portas com controle automatizado de acesso;

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▪ Implantação de Sistema de Gestão do Edifício (SGE ou BMS)
para controle da automatização das instalações de serviços de
engenharia;
• Equipamentos
- Elevadores com controle de tráfego de elevadores por meio de paradas
pré-programadas e sistema de frenagem regenerativa;
- Especificação de motores, bombas e equipamentos de alto
desempenho;

8.7 MATERIAIS, RECURSOS E GESTÃO DOS RESÍDUOS

Deve ser priorizada a especificação de materiais e componentes que possuam


características sustentáveis e com baixa energia incorporada (produção, manufatura e
transporte). Devem ser atendidos os critérios de projeto de cada disciplina relacionada nos
documentos:
CP-A-516, CP-A-501, CP-B-501, CP-C-501, CP-N-501, CP-R-501, CP-S-501 além do
PGS-001719, relacionando itens específicos relevantes para cada etapa de construção.

Os itens abaixo enumeram os procedimentos, sistemas e materiais que podem contribuir


com as questões relacionadas à redução dos impactos ambientais, sociais e econômicos:

• Recomendações Técnicas
- Especificação dos materiais de construção civil com grande
durabilidade e facilidade de manutenção;
- Utilização de materiais com acabamentos que permitam fácil limpeza
com o uso de substâncias não tóxicas;
- Especificação de telhas do tipo sanduíche com isolante térmico. Se
aplicável, adotar acabamento final em cores claras (de preferência na
cor branca);
- Especificação de lâmpadas com baixo teor de mercúrio na sua
composição;
• Gestão de Materiais
- Materiais/produtos tais como adesivos, selantes, primers, tintas e seus
derivados, necessitam de dados comprobatórios do baixo teor de COV
(compostos orgânicos voláteis) presente em suas características
técnicas;
- Verificar se os compósitos de madeira e produtos de fibras naturais
(por exemplo, pisos laminados) não possuem resina de ureia-
formaldeído;

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- Se possível, utilizar em vedações internas tijolos modulares de
solo-cimento que possibilitem a instalação embutida das redes
hidráulicas e elétricas;
- Priorizar a aquisição de materiais locais ou regionais (menor distância
possível do ponto de utilização);
- Sempre que possível, incorporar aos projetos o uso de materiais
sustentáveis e de fontes renováveis como por exemplo, forro em
bambu, piso em linóleo e pastilha de coco;
- Adquirir madeiras cuja origem seja conhecida, assegurando que o
material utilizado não seja proveniente de desmatamento. A origem da
madeira deverá ser verificada para avaliar as operações de manejo
florestal. Sempre que possível, adquirir madeiras certificadas pelos
critérios do FSC (Forest Stewarship Council);
- Utilização de placas tipo OSB (material produzido a partir de tiras de
madeira de reflorestamento);
- Utilização de Ecoplacas (chapas planas recicladas, fabricadas a partir
de resíduos plásticos);
- Adquirir materiais em conformidade com os requisitos estabelecidos no
PGS-003038.
• Reutilização e Reciclagem
- Solicitar a Declaração Ambiental do Produto quando utilizados
materiais com conteúdo reciclado;
- Utilização de projetos modulares e sistemas desmontáveis ou
removíveis;
- Priorizar a especificação de materiais que utilizem em seu processo o
conceito de 3R (Redução, Reutilização e Reciclagem);
- Quando aplicável, utilizar cimentos do tipo CP-III e CP-IV (Cimentos
Portland) em fundações moldadas in loco. Esses tipos de cimento
substituem parte do clínquer por resíduos da produção siderúrgica.
- Sempre que possível, incorporar aos projetos materiais ou recursos
que poderão ser obtidos por meio do processo de reutilização e
reciclagem das construções. Dentre os mais significativos, pode-se
listar:
▪ Blocos de concreto ou tijolos;
▪ Esquadrias, aparelhos sanitários, portas e ferragens;
▪ Fios de cobre e outros metais;
▪ Materiais de origem vegetal provenientes da limpeza do terreno
ou do corte de árvores;

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▪ Pedras provenientes de atividades de escavação, solo e materiais
de origem vegetal;
▪ Peças de madeira limpa;
▪ Brita e areia: para utilização em concreto não estrutural (ex.:
contra piso e argamassa de assentamento).
• Gestão de Resíduos
- Os resíduos devem ser classificados quanto à sua periculosidade em
perigosos, não perigosos não inertes e não perigosos inertes, conforme
PGS-001719. Caso existam normas técnicas e/ou requisitos legais
definindo categorias diferentes, o projeto deverá adotá-los, buscando
sua compatibilização com as definições contidas no PGS-001719.
- O planejamento da execução do projeto deve incluir mapeamento das
potenciais destinações de resíduos e matérias com base no cenário
local. Todas as empresas que receberão os resíduos do
empreendimento devem ser avaliadas sob o ponto de vista de seus
controles ambientais. A destinação final de resíduos em áreas externas
à Vale deve ser realizada somente para empresas licenciadas e
homologadas.
- O projeto deve considerar a coleta, o armazenamento, o transporte e a
destinação final adequados e compatíveis com a classificação dos
resíduos.

9.0 ENGENHARIA DIGITAL

Todos os projetos que venham a utilizar, integralmente ou parcialmente, os sistemas de


engenharia digital para desenvolvimento da engenharia e dos processos de construção,
considerando o uso das metodologias LEAN, BIM e AWP devem seguir as orientações das
guias: GU-E-633, GU-G-657 e GU-C-611.

A empresa contratada para desenvolvimento da engenharia com sistemas digitais deve


elaborar o Plano de Execução BIM (PEB), conforme o anexo F da GU-E-633, que
determinará como as metodologias BIM e AWP serão aplicadas nessa etapa do projeto.

10.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento deverão seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança, integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, esse último deverá prevalecer.

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Para este fornecimento, o fornecedor deverá atender os requisitos estabelecidos nos
PNR-000015, PNR-000024, PNR-000029, PNR-000035, PNR-000056, PNR-000069,
PNR-000077, PNR-000088, PNR-000099, PNR-000104, PNR-000112, PNR-000123,
PNR-000127, PNR-000142, PNR-000182.

11.0 ADERÊNCIA DO PROJETO AOS CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE

Os responsáveis pelo desenvolvimento dos projetos da Vale podem utilizar o documento


Anexo A como forma de avaliação durante o desenvolvimento do projeto ao atendimento dos
requisitos gerais e específicos apresentados neste documento.

12.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deve ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Essa análise deve
englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com outras
atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no PNR-000069, CP-R-501, CP-R-535 e os


requisitos de meio ambiente descritos no CP-N-501 devem ser atendidos.

ANEXO

Para acessar o(s) anexo(s) abaixo é necessário abrir este documento utilizando o Adobe
Acrobat Reader ou outro leitor de pdf da sua confiança.

ANEXO A - ANÁLISE DE ADERÊNCIA AOS


CRITÉRIOS DE PROJETO PARA EDIFICAÇÕES
ANEXO SUSTENTÁVEIS
A_Analise_Aderencia_Crit_Proj_Edific_Sustentaveis.xls
Formato: Microsoft Excel
(3 páginas)

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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