Você está na página 1de 29

CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

1/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14

REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C REVISÃO GERAL WCJ RSF EMV EMV 05/10/07


REV.GERAL PARA INCLUSÃO DE REQ.
5 C NOS PROJETOS DE FERROSOS, AGR RVM MB PP 09/10/12
FERTILIZANTES, COBRE E ENERGIA

6 C REVISÃO GERAL LMM EMG MB GJ 22/05/13

7 C REVISADA TABELA 8.1 DO ITEM 8.2 LMM EMG MB WQ 02/04/15

REVISÃO DOS ITENS 4.0; 8.1 E


8 C INCLUÍDA A CLASSIFICAÇÃO DA LMM EMG MB GCC 11/07/16
INFORMAÇÃO

9 C INCLUSÃO DO ITEM 8.2.4 EMG LMM MB GCC 28/12/17

REVISÃO DOS ITENS 2.0; 3.0; 4.0; 7.4;


10 C 7.5; 8.1; 8.1.1; 8.3.1; 8.4.7 E INCLUSÃO ALB EMG MB CIU 10/02/21
ITEM 9.0 (REF. PNR)
REVISÃO DOS ITENS 3; 4; 8.2.1; 8.2.2;
11 C ALB EMG MB CIU 24/03/21
8.4.3 E 9.0
REVISÃO DOS ITENS 3.0; 4.0; 7.5; 8.4.4;
12 C 8.4.5; 8.4.6; 8.4.7; 8.4.8; 9.0 E ALB EMG MB CIU 02/07/21
EXCLUSÃO DO ITEM 8.2.4
REVISÃO DOS ITENS 3.0; 4.0; 7.1; 7.4;
13 C RLJ HLL HLL KLM 25/03/22
7.5; 8.1; 8.4.8, 9.0 e 10.0.
REVISÃO DOS ITENS 3.0, 4.0, 7.1, 7.3,
7.4, 7.5, 7.6, 8.1.2, 8.1.7, 8.1.8, 8.2.5,
14 C RLJ HLL HLL KLM 19/05/23
8.2.6, 8.2.8 e 8.3.3. INCLUSÃO DO ITEM
9.0

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicaç ão e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

2/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 5
5.0 DEFINIÇÕES 7
6.0 CÓDIGOS DA FONTE 7

7.0 REQUISITOS GERAIS 7


7.1 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 8
7.2 UNIDADES 8
7.3 AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE 8
7.4 VIDA ÚTIL DE PROJETO 8
7.5 MATERIAIS 9
7.6 SÍMBOLOS E CONVENÇÕES ESTRUTURAIS 10
8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS 11
8.1 CARREGAMENTOS 11
8.2 DIMENSIONAMENTO 17
8.3 LIGAÇÕES 23
8.4 DIRETRIZES COMPLEMENTARES 25

9.0 ENGENHARIA DIGITAL 28


10.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 29
11.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 29
ANEXO 29

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

3/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
1.0 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos para o desenvolvimento de projetos em estruturas metálicas a


serem implantados pela Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da Vale.

Este documento deve ser usado pela empresa projetista como base para a elaboração dos
critérios de projeto específicos do empreendimento. Os procedimentos para elaboração do
CP estão descritos no PR-E-027.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

PNR-000015 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) -Geral


PNR-000016 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) -Tanques -
Líquidos Inflamáveis e Combustíveis
PNR-000017 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndios (SPCI) -
Transportadores
PNR-000019 Estruturas - Obras de Artes Especiais - Geral
PNR-000020 Estruturas - Obras de Artes Especiais - Pontes Rodoferroviárias
PNR-000021 Estruturas - Obras de Artes Especiais - Viadutos
PNR-000047 Integridade Estrutural - Geral
PNR-000048 Integridade Estrutural - Estruturas de Aço
PNR-000069 Requisitos de Atividades Críticas - RAC
PNR-000141 Estruturas - Portos - Píeres, Cais, Pontes de Acesso e Dolfins
PNR-000147 Mina - Infraestrutura de Mina Subterrânea - Utilidades
PNR-000162 Estruturas - Obras de Arte Especiais - Túneis - Estrutura e
Drenagem
PNR-000202 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Predial
CP-M-501 Critérios de Projeto para Mecânica - Equipamentos
CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos
de Engenharia

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

4/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
DT-S-602 Detalhe Típico para Corrimão e Guarda-corpo para Plataformas
e Rampas
DT-S-603 Detalhe Típico para Corrimão e Guarda-Corpo para Escada
DT-S-605 Detalhe Típico para Escada Marinheiro Dimensões Gerais
DT-S-607 Detalhe Típico para Escada Marinheiro - Saída Lateral
DT-S-608 Detalhe Típico para Escada Marinheiro - Saída Frontal
DT-S-610 Detalhe Típico para Escada Inclinada
DT-S-611 Detalhe Típico para Fixação de Corrimão e Guarda-corpo em
Estrutura Metálica
DT-S-612 Detalhe Típico para Fixação de Guarda-corpo em Concreto
DT-S-613 Detalhe Típico para Fixação de Escada Inclinada
EG-A-415 Especificação Geral para Coberturas e Tapamentos Laterais
EG-C-403 Especificação Geral para Chumbadores
EG-M-402 Especificação Geral para Tratamento de Superfície e Pintura de
Proteção e Acabamento
EG-S-401 Especificação Geral para Fabricação de Estrutura Metálica
ES-C-403 Especificação de Serviços para Montagem de Chumbadores
ET-M-438 Especificação Técnica para Ponte Rolante
GU-C-611 Guia de Construção Digital para Projetos considerando o uso
das Metodologias BIM e AWP
GU-E-346 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Estruturas Metálicas
GU-E-362 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto
Detalhado (Execução) – Estruturas Metálicas
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
GU-E-413 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto
Conceitual (FEL 2) - Estruturas Metálicas
GU-E-633 Guia de Engenharia para Sistemas de Engenharia Digital (BIM)
GU-G-657 Guia de Metodologia BIM para Projetos
PR-E-027 Procedimento de Engenharia para a Elaboração de Critérios de
Projeto
PR-E-206 Procedimentos de Diretrizes Ambientais para Projetos

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

5/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os critérios estabelecidos nos códigos e normas, padrões da indústria e de fabricação,


aplicáveis ao projeto, são considerados como requisitos mínimos. Devem ser aplicados
critérios mais conservadores e restritivos nas situações em que a Vale considere pertinente.

A menos que seja indicado especificamente, o projeto de todos os sistemas de estruturas


metálicas deve considerar a última edição dos códigos e normas publicados pelas seguintes
organizações:

AASHTO American Association of State Highway and Transportation


Officials
AISC American Institute of Steel Construction
AISI American Iron and Steel Institute
AIST Association for Iron and Steel Technology
ASME American Society of Mechanical Engineers
ASTM American Society for Testing and Materials
AWS American Welding Society
CEMA Conveyor Equipment Manufacturers Association
DIN Deutsches Institut für Normung
GB Chinese Standards
ICC International Code Council
IFI Industrial Fastener Institute
ISO International Organization for Standardization
NFPA National Fire Protection Association
RCSC Research Council on Structural Connections
SAE Society of Automotive Engineers
SSPC Steel Structure Painting Council

Os códigos e normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento


ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento


NBR 6120 Ações para o cálculo de estruturas de edificações

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

6/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
NBR 6123 Forças devidas ao vento em edificações
NBR 6323 Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro
fundido - Especificação
NBR 8681 Ações e segurança nas estruturas - Procedimento
NBR 8800 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios
NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios
NBR 14323 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios em situação de incêndio
NBR 14432 Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de
edificações - Procedimento
NBR 14611 Desenho técnico - Representação simplificada em estruturas
metálicas
NBR 14643 Corrosão Atmosférica – Classificação da corrosividade de
atmosferas
NBR 14762 Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis
formados a frio
NBR 15421 Projeto de estruturas resistentes a sismos - Procedimento
NBR 15980 Perfis laminados de aço para uso estrutural — Dimensões e
tolerâncias
NBR 16696 Grades de piso e degraus de aço inoxidável e aço-carbono
eletrofundidos e galvanizados por imersão a quente - Requisitos
NBR 16775 Estruturas de aço, estruturas mistas de aço e concreto, coberturas
e fechamentos de aço — Gestão dos processos de projeto,
fabricação e montagem — Requisitos

• ISO - International Organization for Standardization

ISO 12944 Paints and varnishes — Corrosion protection of steel structures by


protective paint systems
ISO 15686 Buildings and Constructed Assets – Service Life Planning

• AWS - American Welding Society

AWS D1.1 Structural Welding Code Steel


AWS D1.4 Structural Welding Code – Reinforcing Steel

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

7/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14

• SEPRT - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho

A Vale exige o atendimento integral às Normas Regulamentadoras – NRs da Consolidação


das leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme Portaria
3.214, de 08/06/1978, e suas atualizações, e o atendimento integral aos requisitos de saúde
e segurança da legislação local vigente.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações em que estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

6.0 CÓDIGOS DA FONTE

O código em letras listado abaixo se refere à fonte de informação utilizada na execução


deste documento.

Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 REQUISITOS GERAIS

Código de Fonte
A/F

Os projetos de estruturas metálicas devem ser elaborados de acordo com as normas


aplicáveis, sob a responsabilidade de profissionais legalmente habilitados e com experiência
anterior comprovada. Entende-se por projeto o conjunto de documentos, especificações,
manuais, dimensionamentos e desenhos necessários à implantação do empreendimento.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

8/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
7.1 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Os guias listados abaixo devem ter suas diretrizes seguidas no desenvolvimento do projeto
em suas diferentes fases:

• Projeto Conceitual: GU-E-413;


• Projeto Básico: GU-E-346;
• Projeto Detalhado: GU-E-362.

Os padrões normativos PNR-000015, PNR-000016, PNR-000017, PNR-000019,


PNR-000020, PNR-000021, PNR-000047, PNR-000048, PNR-000141, PNR-000147,
PNR-000155, PNR-000162, PNR-000202, NBR 14611 e NBR 16775 devem ser observados
e analisados também durante todas as fases de desenvolvimento de projeto, além dos
documentos CP-M-501, CP-R-501 e PR-E-206.

7.2 UNIDADES

Devem ser usadas as unidades do Sistema Internacional, exceto quando a Vale autorizar
previamente outros sistemas de unidades de medidas.

Itens como parafusos, barras e chapas poderão ser expressas em unidades inglesas desde
que autorizado previamente pela equipe de projeto.

7.3 AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE

Deve ser definida a classe de agressividade ambiental a que a estrutura está sujeita. A
agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam
sobre as estruturas, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas
de origem térmica e outras previstas no dimensionamento das estruturas. A NBR 14643
fornece informações a respeito da Classe de Agressividade Atmosférica a metais e ligas
metálicas.

7.4 VIDA ÚTIL DE PROJETO

As estruturas devem ser projetadas e construídas de modo que, sob condições ambientais
previstas e utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem a segurança, a
estabilidade e a aptidão para serviço durante o período correspondente à sua vida útil.

Por vida útil entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as características das
estruturas, sem intervenções significativas, desde que atendidos os requisitos de uso e de
manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor, bem como de execução dos reparos
necessários decorrentes de danos acidentais.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

9/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma,
determinadas partes das estruturas podem merecer consideração especial com valor de vida
útil diferente do todo.

Os requisitos descritos no documento CP-M-501 devem ser atendidos no desenvolvimento


de projetos para Estruturas Metálicas, devendo ainda serem observados os aspectos de
segurança relacionados nas NBR 8681, NBR 14323, NBR 14432, NBR 14643 e NBR 15421.
A Norma ISO 15686 – Buildings and Constructed Assets – Service Life Planning deve ser
levada em consideração quando visamos a vida útil do projeto.

7.5 MATERIAIS

Os materiais devem ser fornecidos conforme a EG-S-401.

Na tabela 7.1 estão relacionados e descritos os materiais a serem considerados e as normas


às quais estes devem estar de acordo.

Tabela 7.1 - Descrição de materiais e normas associadas


DESCRIÇÃO NORMA

ASTM A36; GB Q235B; ASTM A572 Gr 50;


Aço estrutural para perfis laminados
GB Q345B, NBR 15980
Aço estrutural para uso geral, referente a chapas e perfis ASTM A36; GB Q235B; ASTM A572 Gr 50;
soldados. GB Q345B
ASTM A36; GB Q235B; ASTM A570 Gr 33,
Aço estrutural para fabricação de perfis dobrados a frio.
ASTM A588; NBR 14762
Aço estrutural para chumbadores (Ver EG-C-403; ES-C-403)

Aço estrutural para tirantes SAE 1020, ASTM A36, GB Q235B;

Aço para parafusos comuns (ligações secundárias) ASTM A307

DESCRIÇÃO NORMA

ASTM F 3125 Gr A325


Proteção: Galvanização a fogo.
ASTM F 3125 Gr A490
Aço para parafusos de alta resistência (ligações principais) Proteção: Zinc/Aluminum Coatings,
ASTM F1136; Dacromet ou equivalente,
conforme IFI-144 e RCSC-ASTM F1136
Bulletin.
AWS A5.1, AWS A5.5, AWS A5.17,
Consumíveis e eletrodos para solda AWS A5.18, AWS A5.20, AWS A5.23,
AWS A5.28, AWS A5.29
Chapa xadrez, galvanizada a fogo ASTM A36, GB Q235B
SAE 1006/1020, ASTM A36, GB Q235B;
Grade de piso NBR 16696
AISI 304 – 304L – 316 – 316L
PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

10/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14

DESCRIÇÃO NORMA

Alumínio comercial e naval,


Plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV)

Chapa expandida SAE 1020, ASTM A36, GB Q235B;


Telhas para cobertura e tapamento,
ASTM A36, GB Q235B
(ver EG-A-415)
Calhas/Chapa galvanizada a fogo ASTM A588

Tubos com e sem costura ASTM A53, A500, A501

Perfis tubulares de seções não cilíndricas ASTM A53, A500, A501

Grade de Piso em Fibra de Vidro Reforçada Fiberglass Reinforced Plastic


Telhas em FRP, resinada em Vinilester, com inibidor de raios
Fiberglass Reinforced Plastic, Fiber
UV e em cor opaca.

As chapas com espessura igual ou maior que 31,5 mm devem ser 100% ensaiadas por
ultrassom. Essa indicação deve estar obrigatoriamente no projeto.

O acabamento das grades de piso, chapas xadrez e expandidas, quando fabricadas em aço
carbono, deve ser feito por galvanização a fogo (espessura mínima 50 micras) ou eletrólise,
devendo ser verificada a classe de agressividade do ambiente onde será instalado. Também
deve-se seguir o documento ASTM – A123.

Devem ser referenciados em condições especiais e com as justificativas técnicas, sob a


aprovação da Vale, os aços especiais com proteção anticorrosiva, de maior resistência ou
qualquer característica diferente das indicadas na tabela acima.

As especificações dos materiais de parafusos, vigas, colunas etc. devem ser compatíveis
entre si, para evitar a formação de pilha galvânica e devem ter resistência estrutural e
durabilidade compatíveis com as necessidades do projeto. Os parafusos e porcas dos
grampos de fixação das grades de piso, devem ser galvanizadas conforme
ASTM-A153 e/ou eletrolíticamente.

A utilização de materiais não previstos nesses documentos deve ser submetida à apreciação
da Vale.

7.6 SÍMBOLOS E CONVENÇÕES ESTRUTURAIS

Os símbolos e convenções estruturais indicados nos desenhos e documentos do projeto


devem estar em conformidade com o Anexo A.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

11/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
Sempre que forem utilizados símbolos ou abreviaturas não convencionais ou não
normalizados pela ABNT, estes devem ser indicados nos desenhos e documentos do
projeto.

8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS

Código de Fonte
A/F/J

8.1 CARREGAMENTOS

As estruturas metálicas devem ser projetadas para os mais diversos tipos de cargas e
deformações que possam surgir e atender aos requisitos mínimos de capacidade resistente,
desempenho em serviço e durabilidade durante sua construção e vida útil, não podendo
apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual foi projetada.

O dimensionamento das estruturas próximas às áreas de mina e locais onde ocorrem


detonações, deve considerar a influência de pequenos ou moderados abalos sísmicos.
Devem ser observados os requisitos constantes na NBR 15421 e os PNR-000047 e
PNR-000048.

8.1.1 Cargas Permanentes

Devem ser consideradas as cargas que sejam efetivamente permanentes, tais como:

• Peso próprio da estrutura;


• Peso das instalações, acessórios e equipamentos permanentes;
• Peso de todos os elementos de construção permanentes suportados pela
estrutura, tais como lajes, paredes, telhas de cobertura e fechamento, forros
de revestimento, acabamentos, proteções contra fogo, entre outros;
• Peso das tubulações e bandejas;
• Peso de correias, roletes, passarelas e guarda corpos.

O peso próprio da estrutura de concreto deve ser estabelecido a partir de valores de peso
específico, conforme determinados na NBR 6118.

Os pesos específicos dos materiais comumente utilizados no projeto de estruturas de obras


industriais e os pesos das instalações permanentes e equipamentos fixos podem ser
avaliados com base nas tabelas e valores indicados na NBR 6120 ou conforme
recomendações do fornecedor.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

12/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
8.1.2 Sobrecargas (Cargas Acidentais)

Na tabela 8.1 estão indicadas as sobrecargas mínimas que devem ser consideradas caso
não exista indicação no projeto mecânico ou indicação da Vale, que devem ser avaliadas
pela engenharia do projeto levando-se em conta as condições locais de implantação.

Tabela 8.1 - Valores de sobrecargas de acordo com o local


LOCAL SOBRECARGA (kN/m²)

Coberturas – Áreas de processo (ver nota 1) 0,5

Coberturas – Áreas auxiliares (ver nota 1) 0,25

Plataformas de operação 5,0

Plataformas de manutenção (ver nota 2) 5,0


Plataformas de manutenção sujeitas a cargas de equipamentos móveis,
em fase anterior a de projeto básico, nos casos em que tais cargas ainda 10,0
não estejam definidas
5,0 + carga acidental do
equipamento carregado,
Plataformas de manutenção sujeitas a cargas de equipamentos móveis
considerada na posição mais
(fases de projeto básico e detalhado)
crítica para cada elemento
estrutural
Plataforma de manutenção de moinhos, transportadores e britadores (ver
10,0
nota 2)
5,0 + peso do maior
Plataformas de salas elétricas sujeitas ao acesso de equipamentos equipamento previsto para ser
elétricos montado e que utilizará a
plataforma.
Passadiço ao longo de transportadores de correias (ver nota 2) 3,0

Escadas e passadiços, em geral (ver nota 3) 3,0

Cabines de controle 10,0

Salas de controle 5,0

Salas de Cabos 5,0

Grades de Piso / Tampas de canaleta Nota 4

Notas:

1 - Nas estruturas metálicas em que a cobertura se situe abaixo de equipamentos,


transportadores ou outras estruturas sujeitas a derramamento e acúmulo de material,
valores superiores de sobrecarga devem ser adotados.

Em casos especiais, a sobrecarga na cobertura deve ser determinada de acordo com a sua
finalidade.
PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

13/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
Coberturas ou partes de coberturas utilizadas para objetivos especiais, seja como área de
montagem, manutenção ou armazenamento de equipamentos, devem ser dimensionadas
considerando-se estas cargas atuando nestas regiões.

Para todos os tipos de cobertura, as regiões sujeitas a acesso de pessoas para realização
de pequenos reparos ou manutenção devem ser dimensionadas para suportar também uma
carga concentrada de acordo com as normas de referência.

2 - Casos específicos devem ser avaliados e calculados considerando as observações


listadas abaixo:

• Para plataformas de manutenção junto a moinhos e britadores, poderá ser


definido um valor de sobrecarga maior que o da tabela 8.1, correspondente à
operação a ser adotada para troca de placas dos moinhos ou revestimento
dos britadores. Recomenda-se preparar uma área especialmente
dimensionada e demarcada para receber este material;
• Entende-se por plataformas de manutenção de transportadores os casos
abaixo:
- Regiões próximas aos tambores de acionamento, retorno e desvio;
- Regiões próximas aos acionamentos em geral;
- Plataformas de esticamento;
• Para passadiços de transportadores, poderá ser definido um valor de
sobrecarga maior que o da tabela 8.1, levando-se em consideração a
possibilidade de transbordo de material das correias. Estes valores devem
estar baseados na densidade do material transportado e seu ângulo de
repouso;
• Para cálculo de estabilidade, os carregamentos das lanças das máquinas de
pátio poderão ser considerados de acordo com a FEM Seção II e outras
definições baseadas nas melhores práticas de operação e manutenção da
Vale. Caso o Fornecedor venha a utilizar outra norma para cálculo, deve
submeter à aprovação da Vale.

3 - Para as edificações: Sala Elétrica, Estação de Bombeamento, Inspeção e Manobra,


Galpão de Estocagem, Carregamento de Vagões, Resíduos e Compostagem, Pipe Racks,
Captação e Distribuição de Água, Ar Comprimido, Prevenção e Combate a Incêndio,
Almoxarifados e Armazéns, a sobrecarga mínima nos passadiços a ser considerada deve
ser de 4,0 kN/m².

4 - Para grades de piso, o dimensionamento (e também a especificação de sobrecarga)


necessita levar em consideração os fatores abaixo:

• Tipo de grade de piso a ser considerado (modelo e fabricante);

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

14/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14

• As dimensões da malha a ser considerada;


• A altura da grade;
• O peso uniformemente distribuído a ser suportado em kgf/m2;
• As medidas dos vãos de apoio a apoio;

As informações acima definem parâmetros que permitem a escolha da grade de piso bem
como as sobrecargas admissíveis para o elemento.

8.1.3 Impactos de Máquinas e Equipamentos

Quando não especificados pela Vale, os impactos devem ser, no mínimo, iguais a:

• Máquinas rotativas (motores elétricos, redutores, transportadores,


misturadores, etc.): 20% a mais da carga estática vertical máxima;
• Suportes de equipamentos vibratórios quando não estiver disponível a
magnitude da carga dinâmica:
- Vertical: 100% a mais da carga estática correspondente ao peso em
operação do equipamento;
- Horizontal: 25% a mais do peso em operação do equipamento;
- Veículos com pneus: 30% a mais da carga vertical máxima;
- Tirantes que suportam pisos: 33% a mais da carga vertical máxima.

8.1.4 Pontes Rolantes

As estruturas que suportam pontes rolantes devem ser dimensionadas considerando-se as


forças verticais, horizontais transversais e horizontais longitudinais conforme prescrições da
NBR 8800 e ET-M-438.

A força devido ao choque da ponte rolante contra os batentes deve atender à recomendação
da AIST - Association for Iron and Steel Technology - Technical Report nº 6. A
recomendação do fabricante poderá ser aceita desde que mais restritiva que a norma citada.

Para os casos de galpões de uma nave em que houver mais de uma ponte rolante sobre o
mesmo caminho de rolamento e galpões de duas ou mais naves com ponte rolante, devem
ser adotados, para o cálculo e o dimensionamento, os procedimentos previstos na
NBR 8800.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

15/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
8.1.5 Monovias

As monovias devem ser projetadas como simplesmente apoiadas, considerando-se um


impacto vertical de 20% a mais sobre a carga máxima levantada, acrescido de 10% a mais
sobre a carga permanente referente às partes móveis (peso próprio + talha).

Para a verificação das deformações das monovias, a majoração das cargas não deve ser
considerada.

8.1.6 Ação do Vento

Para análise e definição dos esforços do vento, devem ser seguidos os parâmetros da
NBR 6123.

8.1.7 Ações Vibratórias

Os elementos estruturais que suportam equipamentos que produzam cargas vibratórias,


bem como a estrutura no seu todo, devem ser dimensionados de forma que tenham as suas
frequências próprias convenientemente afastadas das frequências de funcionamento dos
equipamentos, levando-se em consideração os problemas devido à fadiga das peças e aos
coeficientes de amplificação das cargas dinâmicas. A frequência própria do elemento que
suporta cargas vibratórias deve ser calculada para os seguintes carregamentos:

• Cargas permanentes + cargas dinâmicas do equipamento vazio;


• Cargas permanentes + cargas dinâmicas do equipamento carregado;
• Cargas permanentes + sobrecarga + cargas dinâmicas do equipamento
vazio;
• Cargas permanentes + sobrecarga + cargas dinâmicas do equipamento
carregado.

A frequência própria da estrutura, para cada um dos carregamentos indicados acima, deve
satisfazer preferencialmente ao estimado abaixo:

1,5 Nm > Ne > 1,25 Nm Frequência própria da estrutura suporte (Ne)


ou
Ne > 2,5 Nm Acima da frequência do equipamento (Nm)

NOTA: Ne não poderá ser múltiplo de Nm.

Caso não seja possível usar elementos estruturais que obedeçam ao acima especificado
devido a limitações de espaço, deve-se adotar o seguinte critério:

0,8 Nm > Ne > 0,575 Nm Frequência própria da estrutura suporte (Ne)


PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

16/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
ou
Ne < 0,425 Nm Abaixo da frequência do equipamento (Nm)

NOTA: Nm não poderá ser múltiplo de Ne.

Para o cálculo das tensões atuantes, os valores dos esforços devido ao carregamento
dinâmico devem ser multiplicados pelo respectivo coeficiente dinâmico igual a:

= 1 , quando Nm < Ne
1 - Nm²
Ne²
ou

= 1 , quando Nm > Ne
1 - Ne²
Nm²

Abaixo, as amplitudes máximas, que garantem que as peças estruturais não apresentem
tensões acima das admissíveis, não causem desconforto aos usuários e para que as
amplitudes resultantes das ações vibratórias se encontrem dentro dos limites estabelecidos
pelo fornecedor dos equipamentos, de forma a garantir o bom funcionamento dos mesmos.

Limites das amplitudes de vibração vertical e horizontal:


• Av  240/n
• Ah  300/n
Em que:

Av = amplitude vertical admissível (mm)


Ah = amplitude horizontal admissível (mm)
n = velocidade angular do equipamento (rpm)

A NBR 6118 também orienta que, para ter um comportamento satisfatório da estrutura
sujeita a vibração, deve-se afastar o máximo possível a frequência própria da estrutura (f) da
frequência crítica (f crit), que depende da destinação da estrutura. A condição abaixo, pela
NBR 6118, necessita ser satisfeita:

f > 1,2 . f crit

Se a vibração for originada por máquinas, a frequência crítica passa a ser a frequência de
operação da máquina. Caso em que as prescrições acima não puderem ser atendidas, deve
ser feita uma análise dinâmica mais acurada.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

17/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
8.1.8 Ação da Temperatura

Em estruturas hiperestáticas, os esforços devido a variação de temperatura devem ser


considerados de acordo com as condições climáticas do local onde se encontra a edificação.

O aço apresenta redução de resistência e rigidez quando submetido a altas temperaturas.


Para questões envolvidas a incêndio, as cargas de peso próprio, sobrecarga, vento e outros
esforços, devem ser minoradas em relação aos valores utilizados em temperatura ambiente.
A NBR 14323 fornece informações importantes sobre o dimensionamento e critérios de
projeto com relação a incêndio.

8.1.9 Combinações de Cargas

Nos casos em que a NBR 8800 for adotada para dimensionamento estrutural, devem ser
considerados, no mínimo, os seguintes casos de combinação de cargas, com os coeficientes
de ponderação indicados na NBR 8800:

• Carga Permanente + Sobrecarga + Equipamento + PRV + Monovia;


• Carga Permanente + Sobrecarga + Equipamento + PRV +/- HT + Monovia;
• Carga Permanente + Equipamento vazio + Vento;
• Carga Permanente + Equipamento vazio + Sobrecarga + PRV + Monovia +
Vento;
• Carga Permanente + Equipamento vazio + Sobrecarga + PRV +/- HT +
Monovia + Vento;
• HL + Vento (Para contraventamento vertical).

Em que:

PRV - Ponte Rolante Vertical.


HT - Ponte Rolante Horizontal Transversal.
HL - Ponte Rolante Horizontal Longitudinal.

Para regiões sujeitas a abalos sísmicos, neve ou temperatura de congelamento, devem ser
reavaliados os critérios de combinações de cargas.

8.2 DIMENSIONAMENTO

8.2.1 Categoria de Corrosividade Atmosférica

Devem ser avaliados o ambiente local e seu microclima e ser classificados conforme
categorias de corrosividade apresentadas na NBR 8800, NBR 14643 e ISO 12944-2.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

18/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
8.2.2 Sobreespessura de Corrosão

Todas as estruturas devem ter proteção contra a corrosão, conforme a EG-M-402.

Entretanto, em áreas de alta corrosividade, para proporcionar uma durabilidade adicional


das estruturas, poderá ser considerada uma sobreespessura de corrosão mediante análise a
ser feita pela engenharia de projeto, com base na categoria de corrosividade do ambiente ao
qual as estruturas serão expostas.

Deve haver aprovação prévia da Vale para o uso de sobreespessura de corrosão.

Essa informação deve ser indicada no projeto.

8.2.3 Cuidados para Evitar a Corrosão Prematura das Estruturas

As estruturas metálicas devem ser projetadas de modo a não permitir que a corrosão possa
se estabelecer em locais específicos mais suscetíveis ao ataque de corrosão, principalmente
em componentes de ligações e conexões de partes da estrutura e, na sequência, se
espalhar para outras partes da estrutura.

Para isso, devem ser observados os cuidados recomendados na NBR 8800 e NBR 14643.

8.2.4 Estruturas Independentes de Proteção Contra Queda de Material

Para projeto de estruturas independentes de proteção contra queda de material (comumente


chamadas de chapéu chinês), a equipe de engenharia deve definir a concepção e os locais
em que há a necessidade de proteção permanente sob transportadores (exemplo: em
passagem de veículos, equipamentos, pessoas), devendo ser concebidas de forma
independente da estrutura do transportador para que, no caso de acúmulo de material, o
transportador não seja submetido a esta sobrecarga adicional não prevista no
dimensionamento.

Tais proteções, devem possuir inclinação maior ou igual ao ângulo de repouso do material,
de forma que possibilite o seu escoamento, com uma ou duas águas, dependendo do vão.

Não deve estar previsto o uso de calhas para coleta de material ou dispositivo equivalente,
de forma que não exista a possibilidade de acúmulo de material sobre a estrutura,
acarretando a ocorrência de sobrecargas não previstas. Desta forma, qualquer material que
porventura atinja a estrutura, deve escoar e ser direcionado para a lateral da passagem no
chão

Devem ser tomadas medidas preventivas para que não seja permitido o trânsito de pessoas
e veículos ao lado da estrutura de proteção, somente sob a mesma.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

19/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
Em caso de ocorrência de obstáculos laterais à estrutura que possam causar ricocheteio de
material em queda, deve ser avaliada a necessidade de mureta de proteção lateral ao longo
da estrutura de proteção.

Deve estar prevista no dimensionamento da chapa de proteção inclinada e estrutura suporte,


uma carga pontual proveniente do impacto de material a ser avaliada pela equipe de
engenharia, caindo de uma altura equivalente à diferença de cotas entre a linha de centro da
correia e o ponto de impacto sobre a proteção.

8.2.5 Fator de Utilização de Elementos Estruturais

Apesar da NBR 8800 não orientar a utilização de coeficientes de minoração para o Estado
Limite de Serviço (ELS), percebe-se o desgaste prematuro das estruturas metálicas devido
ao ambiente da mineração. Com o intuito de proteger e prolongar a vida útil das estruturas,
edificações, máquinas e equipamentos em áreas críticas (onde a exigência da
estrutura/equipamento é grande), os fatores abaixo devem ser utilizados:

• Fator de utilização mínimo de 0,75 e máximo de 0,95 para elementos


estruturais de edificações industriais e estruturas de equipamentos cujo
contexto de transporte, processamento e beneficiamento de material seja
realizado a seco;
• Fator de utilização mínimo de 0,65 e máximo de 0,85 para elementos
estruturais de edificações industriais e estruturas de equipamentos cujo
contexto de transporte, processamento e beneficiamento de material seja
realizado envolvendo operação a úmido.

Esses fatores também devem ser adotados para as estruturas das máquinas de pátio e dos
transportadores de correia.

8.2.6 Deformações Máximas Admissíveis

8.2.6.1 Deformações Verticais

Na tabela 8.2 são apresentados os principais elementos estruturais e as deformações


verticais máximas admissíveis, conforme indica a Norma NBR 8800:

Tabela 8.2 - Elementos estruturais e deformação vertical máxima


DESCRIÇÃO RELAÇÃO

Vigas de cobertura (Nota 4) L/250

Vigas principais de piso (Nota 4) L/350

Vigas secundárias de piso L/300 – L/200

Estruturas para apoio de correias transportadoras L/350

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

20/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14

DESCRIÇÃO RELAÇÃO

Vigas de rolamento para pontes rolantes capacidade nominal < 20tf (Nota 5) L/600

Vigas de rolamento para pontes rolantes capacidade nominal ≥ 20tf (Nota 5) L/800

Vigas de rolamento para pontes rolantes siderúrgicas capacidade nominal ≥ 20tf L/1000

Monovias L/500

Terças L/180 – Max. 30mm

Vigas que suportam equipamentos vibratórios (observar a condição de ações


L/800
vibratórias)

Notas:
1 - L representa o vão livre da peça ou o dobro do comprimento do balanço.

2 - As flechas de monovias, vigas de rolamento e estruturas para apoio de correias


transportadoras devem ser calculadas excluindo-se o coeficiente de impacto vertical.

3 - As vigas de piso e de cobertura que suportarem equipamentos cujas características


operacionais sejam incompatíveis com as deformações acima devem ter as flechas
admissíveis reduzidas.

4 - Caso haja paredes de alvenaria sobre ou sob a viga, solidarizadas com essa viga, o
deslocamento vertical também não deve exceder 15mm.

5 - Valor não majorado pelo coeficiente de impacto.

8.2.6.2 Deformações Horizontais

Na tabela 8.3 são representados os principais elementos estruturais e as deformações


horizontais máximas admissíveis, de acordo com as informações que constam na NBR
8800.

Tabela 8.3 - Elementos estruturais e deformação horizontal máxima


DESCRIÇÃO RELAÇÃO

Vigas de rolamento, exceto para pontes rolantes


L/400
siderúrgicas

Vigas de rolamento para P.R. siderúrgica L/600 (< 50 mm)

Colunas, no nível da cobertura. H/300 - Carga da ponte rolante ou vento

Colunas, no nível do topo do trilho H/400 - Carga da ponte rolante ou vento

Travessas de fechamento L/180 - Máximo 30 mm

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

21/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14

DESCRIÇÃO RELAÇÃO

Deslocamento horizontal relativo entre dois pisos


h/500
consecutivos (ver notas 5 e 6 abaixo)

Notas:
1 - L representa o vão livre da peça ou o dobro do comprimento do balanço;

2 - H é a altura total da coluna (do topo à base) ou a distância do nível da viga de


rolamento à base;

3 - h é a altura do andar (distância entre centros das vigas de dois pisos consecutivos ou
entre centros da viga e a base no caso do primeiro andar);

4 - Para pontes rolantes siderúrgicas, o deslocamento também deve ser inferior a


50 mm;

5 - O diferencial do deslocamento horizontal entre pilares do pórtico que suportam as vigas


de rolamento não poderá ser superior a 15 mm;

6 - Considerar apenas o deslocamento devido às forças cortantes no andar considerado;

7 - Deslocamento perpendicular ao plano do fechamento;

8 - Considerar apenas variáveis perpendiculares ao plano de fechamento (vento no


fechamento);

9 - Para os casos não previstos, devem ser utilizados os deslocamentos admissíveis


previstos nas normas/especificações técnicas;

10 - Caso as recomendações dos fabricantes dos equipamentos sejam mais rigorosas,


estas devem ser consideradas em detrimento das apresentadas;

11 - Para limites de deslocamentos de vigas de apoio de galerias ou pontes treliçadas de


transportadores em edifícios, devem ser observadas as prescrições dadas pela norma
CEMA.

8.2.7 Estabilidade Transversal

Os pórticos transversais, simples ou múltiplos, serão preferencialmente projetados com


colunas engastadas nas bases desde que as condições do terreno não onerem
sobremaneira as fundações.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

22/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
8.2.8 Estabilidade Longitudinal

A estabilidade longitudinal deve ser conferida à estrutura por meio de nós com alta
resistência e contraventamentos nos planos da cobertura e nos eixos longitudinais. Devem
ser usados, sempre que possível, contraventamentos em “X”, com os membros trabalhando
à tração.

A distância total entre os furos das duas extremidades de cada peça deve ser reduzida em
função do comprimento da mesma, para se conferir a efetividade de protensão, como
indicado na tabela 8.4:

Tabela 8.4 - Redução da distância entre furos


COMPRIMENTO DA PEÇA (Lp) REDUÇÃO

Lp ≤ 3000 Reduzir 1 mm.

3000 ≤ Lp ≤ 6000 Reduzir 2 mm.

6000 ≤ Lp ≤ 10000 Reduzir 3 mm.

Havendo previsão de passagem no vão contraventado, devem ser empregados outros tipos
de contraventamento, como os treliçados ou quadro em alma cheia.

Para edifícios, A NBR 8800 classifica as estruturas em função da sensibilidade à


deslocamentos laterais através de uma relação entre o deslocamento relativo do andar à
base obtida numa análise de segunda ordem (u2) e deslocamento relativo do andar à base
obtida numa análise de primeira ordem (u1). Através desta relação, é possível classificar da
seguinte maneira:

• Estrutura com pequena deslocabilidade;


• Estrutura com média deslocabilidade;
• Estrutura com alta deslocabilidade.

De acordo com o Livro Structural Members and Frames (Autor Theodore V. Galambos), os
pontos principais em projeto que representam grande impacto no projeto na estabilidade das
estruturas são:

• Efeito Peso e Deflexão da estrutura na direção horizontal;


• Esforço axial associada ao deslocamento do eixo da barra em relação à
corda;
• Imperfeições geométricas locais e globais;
• Tensões residuais;
PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

23/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14

• Plastificação ao longo dos elementos;


• Condição de vínculo dos elementos;
• Sistema estrutural englobando ligações e contraventamentos.

8.2.9 Esbeltez Limite

A esbeltez limite a ser aplicada deve estar em conformidade com os critérios abaixo,
obedecendo à NBR 8800:

• Barras tracionadas:   300. Não se aplica a barras redondas ou outras


barras pré-tensionadas;
• Barras comprimidas:   200.

8.3 LIGAÇÕES

As ligações de campo serão, de preferência, parafusadas, sendo permitida a solda de


campo, desde que previamente aprovada pela Vale. Nesse último caso, devem ser previstas
peças auxiliares para facilitar o alinhamento e execução das soldas e atendidas as normas
de solda AWS D1.1 e AWS D1.4. As ligações de oficina devem ser soldadas, sendo
permitido o uso de parafusos em casos especiais.

Medidas de proteção adicionais devem ser adotadas para os pisos e atividades de soldagem
e fixação de estruturas metálicas, de acordo com a norma regulamentadora
NR 18.

8.3.1 Ligações Parafusadas

Nas ligações principais, de elementos estruturais como vigas, colunas, contraventamentos,


etc., devem ser usados parafusos sextavados de alta resistência, ASTM F 3125 Gr A325,
fabricados em aço de médio carbono, temperado e revenido, com rosca parcial incluída no
plano de corte, conforme ASME B 1.1-2A, e com dimensões conforme ASME B 18.2.1, de
acordo com a Specification for Structural Joints Using high-strength Bolts do
RCSC - Research Council on Structural Connections; com proteção por galvanização a fogo.

Em ligações especiais de elementos estruturais, como vigas e colunas, poderão ser usados
parafusos sextavados de alta resistência, ASTM F 3125 Gr A490, com rosca parcial incluída
no plano de corte, de acordo com a Specification for Structural Joints Using high-strength
Bolts do RCSC - Research Council on Structural Connections, com proteção conforme
ASTM F1136 - Zinc/Aluminum Coatings; Dacromet ou equivalente, conforme IFI-144 e
RCSC-ASTM F1136 Bulletin.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

24/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
Nos casos em que houver ligações sujeitas à reversão de esforços, severas flutuações de
tensões ou em que o deslizamento das peças for indesejável, as ligações devem ser
calculadas como sendo do tipo atrito.

Nas ligações secundárias, tais como fixação de corrimãos, travessas de tapamento, terças e
escadas, poderão ser usados parafusos ASTM A307.

As porcas devem ser fabricadas em aço de médio carbono ASTM A 563, temperado e
revenido, rosca UNC, conforme ASME B 1.1-2B, e com dimensões conforme
ASME B 18.2.2.

Em ambientes sujeitos a alta taxa de corrosão, os parafusos e porcas devem ter, no mínimo,
acabamento especial por galvanização a quente, conforme NBR 6323.
Todas as ligações devem ter, no mínimo, dois parafusos. Preferencialmente, será evitada a
utilização de parafusos acima de 1 (uma) polegada. A protensão no parafuso deve ser
proporcional à seção do diâmetro nominal, sendo, no mínimo, 70% da resistência à ruptura
do material do parafuso.

As conexões projetadas devem ser equivalentes às conexões padronizadas pelo AISC.

Em tesouras, treliças e contraventamentos, quando as peças forem dimensionadas pela


esbeltez ou não possuírem esforços indicados, a conexão deve possuir uma capacidade de,
no mínimo, 75% da resistência à tração da peça utilizada e não inferior a 3 toneladas.

As conexões de extremidade das vigas devem possuir capacidade de, no mínimo, 75% da
carga total, uniformemente distribuída, conforme as tabelas Allowable Loads on Beams do
AISC, exceto quando indicado em contrário nos desenhos de projeto.

O torque nos parafusos deve ser indicado em projeto.

8.3.2 Ligações Soldadas

Todas as soldas devem obedecer às especificações da American Welding Society –


Structural Welding Code Steel – AWS D1.1 e AWS D1.4.

Os desenhos de projeto detalhado devem indicar a localização, o tipo, as dimensões e o


comprimento de todas as soldas. Também devem indicar as soldas de grande
responsabilidade, que devem ser submetidas a testes, definindo o tipo de teste a ser
executado (ultrassom, líquido penetrante, etc.).

Todas as juntas de topo devem ser de penetração completa, usando-se para isso chanfro
duplo ou simples ou cobre-junta, conforme as dimensões das peças e a posição da junta.

No caso de juntas com características particulares, que não possam ser enquadradas dentro
da simbologia padronizada, devem ser feitos detalhes ampliados nos desenhos indicando
todas as dimensões dos chanfros e das soldas.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

25/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14

Atenção especial deve ser dada às juntas sujeitas à fadiga, para as quais devem ser
indicados os tipos de acabamento, esmerilhado ou arredondado, para evitar concentração
de tensões.

8.3.2.1 Espessura de Solda

As espessuras mínimas dos filetes de solda devem estar em conformidade com os valores
mostrados na tabela 8.5 (fonte: NBR 8800):

Tabela 8.5 - Espessura mínima do filete de solda

ESPESSURA DA CHAPA (mm) FILETE MÍNIMO (mm)

Até 6,3 inclusive 3

De 6,3 a 12,7 inclusive 5

De 12,7 a 19,0 inclusive 6

Acima de 19,0 8

8.3.3 Ligações Soldadas e Parafusadas Combinadas

Como a NBR 8800 orienta, parafusos não podem ser considerados trabalhando junto com
soldas.

A exceção refere-se às ligações à cortante, nos quais os parafusos são instalados em furo-
padrão ou furos alongados com a maior dimensão transversal à direção da força. Neste
caso, pode ser considerada a associação de parafusos em conjunto com filetes longitudinais
de solda. No projeto destas ligações não deve ser considerada mais que 50% da força
resistente de cálculo do grupo de parafusos.

Ao se fazerem intervenções em que soldas sejam usadas em estruturas já construídas, os


rebites e parafusos de alta resistência (com o torque indicado em projeto) podem ser
considerados para resistir às solicitações de cálculo já atuantes. Incrementos de esforços
devem ser resistidas por ligações soldadas de reforço.

8.4 DIRETRIZES COMPLEMENTARES

8.4.1 Espessuras e Diâmetros Mínimos

As espessuras mínimas indicadas na tabela 8.6 devem ser respeitadas:

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

26/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
Tabela 8.6 - Espessura mínima de peças metálicas
ELEMENTOS ESPESSURA MÍNIMA

Perfis soldados 6,35 mm

Perfis laminados 4,80 mm

Chapas de ligação/enrijecedores 6,35 mm

Cantoneiras 4,80 mm

Placas de base 16,0 mm

Chumbadores Ø 5/8”

Tirantes Ø 1/2”

Parafusos Ø 5/8”

Chapas de piso 6,35 mm

Chapas para perfis dobrados a frio 2,0 mm

Cordões de solda 3,0 mm

8.4.2 Estruturas de Alma Cheia e Treliçadas

Devem ser utilizadas, preferencialmente, estruturas de alma cheia.

Quando os vãos das estruturas de cobertura forem superiores a 25 metros, poderão ser
adotadas estruturas treliçadas.

8.4.3 Proteção Contra Corrosão

As estruturas metálicas devem ser protegidas contra a corrosão por meio de pintura ou de
galvanização a fogo, conforme a especificação EG-M-402 da Vale, bem como a
ISO 12944 - Part 5 e também deve ser analisada a NBR 14643.

A parte inferior das placas de base e chapas de ligação por atrito não poderão ser pintadas
nem galvanizadas.

Parafusos de alta resistência A490 não poderão ser galvanizados.

8.4.4 Viga de Rolamento

O sistema estrutural a ser adotado para as vigas de rolamento é o de vigas em alma cheia,
isostáticas, devendo ser consideradas no topo do trilho as cargas verticais, horizontais
longitudinais e horizontais transversais.
PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

27/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
As cargas longitudinais são as decorrentes da aceleração ou frenagem da ponte rolante e
seu choque contra os batentes. As cargas transversais são as decorrentes da aceleração ou
frenagem do trole e da excentricidade na elevação e balanço da carga movimentada.

Os batentes das vigas de rolamento devem ser calculados para resistir ao impacto devido à
ponte rolante, mais desfavorável no vão, considerando-se a ponte descarregada, a uma
velocidade igual a 1/3 da sua velocidade nominal.

Para a determinação dos carregamentos a serem impostos às vigas de rolamento, devem


ser consideradas as definições apresentadas no item “Carregamentos - Pontes Rolantes”.

As verificações devido à fadiga devem estar em conformidade com o AISC - Specification for
Structural Steel Buildings. Os apoios verticais e as ligações laterais da viga de rolamento
devem sempre permitir a rotação da viga nos apoios decorrentes da flexão provocada pelo
peso próprio e pela passagem da ponte rolante.

A fixação dos trilhos deve ser tipo Boltable Clips ou equivalente.

Os sistemas de segurança das pontes rolantes devem atender ao disposto no


PNR-000069.

8.4.5 Corrimão, Guarda-Corpo, Plataformas, Rampas e Escadas Inclinadas

O projeto das estruturas para corrimão, guarda-corpo, plataforma e escadas deve estar em
conformidade com os detalhes típicos DT-S-602, DT-S-603 e DT-S-610, conforme as
normas regulamentadoras NR 12, NR 18, NR22 e NR 35 – Trabalhos em Altura e ao
PNR-000069.

Os detalhes para fixação devem estar em conformidade com os detalhes típicos DT-S-611,
DT-S-612 e DT-S-613.

8.4.6 Escadas Marinheiro

As escadas tipo marinheiro devem ser usadas somente quando não for possível a instalação
de escadas inclinadas, plataformas, passarelas, elevadores, ou quando o seu uso seja
reduzido. O projeto das estruturas dessas escadas deve estar em conformidade com os
detalhes típicos DT-S-605, DT-S-607 e DT-S-608, e atender o disposto nas normas
regulamentadoras NR 12, NR 18, NR 22 e NR 35 – Trabalho em Altura.

Nas áreas sujeitas a substâncias corrosivas poderão ser utilizadas escadas marinheiro em
perfis pultrudados de resina reforçada com fibra de vidro (FRP), ou outros materiais desde
que sejam previamente aprovados pela VALE.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

28/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
8.4.7 Saídas de Emergência, Corrimão e Guarda-Corpo

Para saídas de emergência, corrimão e guarda-corpo nas plataformas, rampas e


instalações, o projeto estrutural deve estar em conformidade com os detalhes típicos
DT-S-602, DT-S-603 e DT-S-610, e atender ao disposto na norma NBR 9077 e nas normas
regulamentadoras NR 8, NR 12, NR 18, NR 22, NR 23, NR 26 e NR 35, bem como normas e
portarias do Corpo de Bombeiros local.

8.4.8 Pisos

O material aplicado no piso das estruturas metálicas deve atender às especificações do


projeto quanto à segurança e operação da área, podendo ser em chapa xadrez ou chapa
lisa, com espessura mínima de 6,35 mm, fixada com solda às vigas de apoio e entre cada
placa. As chapas poderão ser fixadas também com sistemas alternativos que não utilizem
solda (devendo ser analisado previamente pela Engenharia de Projetos e Segurança do
Trabalho), desde que agreguem em segurança, qualidade, produtividade e tenham
performance adequada em áreas sujeitas a vibrações.

Onde for permitido o uso de grades de piso eletrossoldadas, conforme NBR 16696, estas
devem ser fixadas às estruturas com sistemas que visam a segurança, produtividade, e que
tenham performance adequada em áreas sujeitas a vibrações no intuito de evitar a soltura
do sistema durante sua vida útil.

Os pisos devem atender às especificações das normas regulamentadoras NR 8 e NR 18.


Nas áreas sujeitas à corrosão devem ser utilizadas grades pultrudadas de resina reforçada
com fibra de vidro (FRP), dotadas de cobertura antiderrapante.

Nas situações em que for possível a utilização de vigas mistas, deve ser considerada no
dimensionamento a possibilidade de utilização de escoramento da viga metálica até a cura
total do concreto. Para vigas com vãos inferiores a 7,0m deve ser considerado, no mínimo,
um escoramento no meio da viga; para vãos maiores, escoramento a cada quarto do vão.

9.0 ENGENHARIA DIGITAL

Todos os projetos que venham a utilizar, integralmente ou parcialmente, os sistemas de


engenharia digital para desenvolvimento da engenharia e dos processos de construção,
considerando o uso das metodologias LEAN, BIM e AWP devem seguir as orientações das
guias: GU-E-633, GU-G-657 e GU-C-611.

A empresa contratada para desenvolvimento da engenharia com sistemas digitais deve


elaborar o Plano de Execução BIM (PEB), conforme o anexo F da GU-E-633, que
determinará como as metodologias BIM e AWP serão aplicadas nessa etapa do projeto.

PE-G-608_Rev_17
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

29/29
CRITÉRIOS DE PROJETO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS CP - S - 501
REV.

14
10.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento devem seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança, integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, esse último deve prevalecer.

Para este fornecimento, o fornecedor deve atender os requisitos estabelecidos nos


PNR-000015, PNR-000016, PNR-000017, PNR-000019, PNR-000020, PNR-000021,
PNR-000047, PNR-000048, PNR-000069, PNR-000141, PNR-000147, PNR-000162 e
PNR-000202.

11.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deve ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Esta análise deve
englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com outras
atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no PNR-000069 e CP-R-501 e de meio


ambiente descritos no PR-E-206 devem ser contemplados na realização dos projetos.

ANEXO
.
Para acessar o(s) anexo(s) abaixo é necessário abrir este documento utilizando o Adobe
Acrobat Reader ou outro leitor de pdf da sua confiança.

ANEXO A - SIMBOLOGIA PARA DESENHOS E


DOCUMENTOS DE ESTRUTURA METÁLICA
ANEXO A - Formato: Adobe PDF
SIMBOLOGIA PARA DESENHOS E DOCUMENTOS DE ESTRUTURA METÁLICA.pdf
(2 páginas)

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

PE-G-608_Rev_17

Você também pode gostar