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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
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CRITÉRIO DE PROJETO PARA CANTEIRO DE OBRA CP - A - 516
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data


EMISSÃO INICIAL. CANCELA E
0 C LMM EMG MB GJ 31/07/13
SUBSTITUI O CP-A-502
1 C REVISÃO DOS ITENS 3, 4 E 8 LMM EMG MB AC 11/02/16

2 C INCLUSÃO DO ITEM 9.0 LMM EMG MB GCC 08/11/16


REVISÃO DOS ITENS 2.0, 3.0, 4.0, 7.0,
3 C 8.1.3, 8.2.4.3, 8.2.4.4, 8.13 E INCLUSÃO ALB EMG MB CIU 23/02/21
ITEM 9.0 (REF. PNR)
REVISÃO DOS ITENS 3.0; 4.0; 8.1; 8.1.3;
4 C ALB EMG CIU CIU 02/07/21
8.7; 9.0; 10.0
REVISÃO DOS ITENS 3.0, 8.1, 8.2.4.1,
5 C ALB BAR BAR CIU 27/09/21
8.14 E 9.0
REVISÃO DOS ITENS 2.0, 3.0, 4.0, 7.0,
6 C ESR HLL HLL KLM 26/12/22
8.0, 10.0, 11.0. INCLUSÃO DO ITEM 9.0

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicaç ão e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com as
devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 5
5.0 DEFINIÇÕES 7
6.0 CÓDIGO DE FONTE 7

7.0 REQUISITOS GERAIS 7


8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS 12
8.1 DISPOSIÇÕES GERAIS 12
8.2 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO 14
8.3 SISTEMAS 20
8.4 EDIFICAÇÕES 25
8.5 SISTEMAS CONSTRUTIVOS DAS EDIFICAÇÕES 37
9.0 ENGENHARIA DIGITAL 38
10.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 39
11.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 39
ANEXOS 39

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios para elaboração de projetos de arquitetura para as edificações de


Canteiros de Obras.

Este documento estabelece os requisitos específicos para as edificações de Canteiro de Obra


e deve ser lido em conjunto com o CP-A-501 que descreve critérios gerais para projetos de
arquitetura.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da Vale.

Este documento deve ser usado pelas empresas projetistas, gerenciadoras e empreiteiras
como base para a elaboração dos critérios de projeto específico do empreendimento. Os
procedimentos para elaboração do CP estão descritos no PR-E-027.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão mais
recente.

PNR-000015 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral


PNR-000024 Sistemas de Bombeamento – Geral
PNR-000027 Layout de Instalações - Classificação de Áreas - Atmosferas
Explosivas
PNR-000036 Manuseio de Produtos Perigosos - Geral
PNR-000052 Sistemas Elétricos – Geral – Aterramento - SPDA
PNR-000069 Requisitos de Atividades Críticas - RAC
PNR -000088 Layout de Instalações - Critérios Seguros de Layout
PNR-000090 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Armazéns
PNR-000127 Layout de Instalações – Rotas de Fuga
PNR-000142 Sistemas de Controle e Tratamento – Efluentes
CP-A-501 Critérios de Projeto para Arquitetura
CP-A-503 Critérios de Projeto para Instalações Hidrossanitárias e Águas
Pluviais
CP-A-515 Critérios de Projeto para Edificações Sustentáveis

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CP-B-501 Critérios de Projeto para Civil/Infraestrutura, Rodovias, Acessos e
Sistema Viário
CP-B-505 Critérios de Projeto para Tratamento de Efluentes – Esgoto
Sanitário
CP-E-501 Critérios de Projeto de Elétrica
CP-K-501 Critérios de Projeto para Telecomunicações
CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
Engenharia
CP-R-535 Critérios de Projeto para sistema de Detecção, Alarme e Combate
a Incêndio
DT-S-603 Detalhe Típico para Corrimão e Guarda-Corpo para Escada
DT-S-610 Detalhe Típico para Escada Inclinada
DT-S-611 Detalhe Típico para Fixação de Corrimão e Guarda-Corpo em
Estrutura Metálica
DT-S-613 Fixação de Escada Inclinada
EG-A-407 Especificação Geral para Instalações de Canteiro de Obra
EG-A-417 Especificação Geral para Cercas e Portões
EG-B-403 Especificação Geral para Sistema de Tratamento De Efluente
Sanitário
ET-G-401 Especificação Técnica Montagem de Tendas e Contêineres para
Instalações Provisórias
ET-K-419 Especificação Técnica para Sistema de Link de Dados
ET-K-420 Especificação Técnica para Sistema de Controle de Acesso
ET-K-422 Especificação Técnica para Infraestrutura de Telecomunicações
ET-K-423 Especificação Técnica para Sistema de CFTV de Processo
GU-C-611 Guia de Construção Digital para Projetos considerando o uso das
Metodologias BIM e AWP
GU-E-343 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico (FEL
3) - Arquitetura
GU-E-359 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) - Arquitetura
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
GU-E-410 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
(FEL 2) - Arquitetura
GU-E-633 Guia de Engenharia para Sistemas de Engenharia Digital (BIM)
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GU-G-657 Guia de Metodologia BIM para Projetos
MA-G-645 Manual de Segurança Empresarial para Projetos de Capital
PE-F-637 Biblioteca de Atividades para Obras Civis, Terraplenagem,
Drenagem, Ferrovia e Pavimentação
PE-F-661 Seleção de Alternativas de Sistemas Construtivos de Instalações
Administrativas - FAST-EV
PR-E-027 Procedimento de Engenharia para a Elaboração de Critérios de
Projeto
PR-G-455 Procedimento de Gestão de S&S para Isolamento e Sinalização
de Segurança
PRO 029203 Guia de Arquitetura
PRO 030501 Guia de Ambientação

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento
ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5667-1 Hidrantes Urbanos de Incêndio de Ferro Fundido Dúctil – Parte 1:


Hidrantes de Coluna
NBR 5667-2 Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil – Parte 2:
Hidrantes subterrâneos
NBR 5667-3 Hidrantes Urbanos de Incêndio de Ferro Fundido Dúctil – Parte 3:
Hidrantes de Colunas com Obturação Própria
NBR 9050 Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos
Urbanos
NBR 9077 Saídas de Emergência em Edifícios
NBR 12284 Áreas de Vivência em Canteiros de Obras – Procedimento
NBR 13714 Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a Incêndio

NBR 14095 Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos – Área de


Estacionamento para Veículos – Requisitos de Segurança

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NBR 17240 Sistemas de Detecção e Alarme de incêndio – Projeto, instalação,
Comissionamento e Manutenção de Sistemas de Detecção e
Alarme de Incêndio – Requisitos.

• ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Resolução – ANVISA nº Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços
216/2004 de Alimentação.
Resolução – ANVISA nº Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos
275/2002 Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de verificação
das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos.
Resolução – ANVISA Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento,
RDC- nº 50/2002 programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde

• CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

Resolução 307 / 2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para gestão dos
resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias
de forma a minimizar os impactos ambientais

• DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNIT IPR 719 Manual de Pavimentação


DNIT IPR 742 Manual de Implantação Básica de Rodovia

• Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho

NR 8 Edificações
NR17 Ergonomia
NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção
NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

A Vale exige o atendimento integral às Normas Regulamentadoras – NRs da Consolidação


das leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme Portaria 3.214,

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de 08/06/1978, e suas atualizações, e o atendimento integral aos requisitos de saúde e
segurança da legislação local vigente.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

Refeitório Espaço dedicado apenas para servir as refeições. Não há área de


cocção ou preparo dos alimentos.
Restaurante Espaço dividido em uma área de cozinha, onde são preparadas as
refeições (cocção e preparo), e uma área de refeitório.

6.0 CÓDIGO DE FONTE

O código em letras listado abaixo se refere às fontes de informação utilizadas na execução


deste documento.
Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 REQUISITOS GERAIS

Código de Fonte
A

Para o desenvolvimento do projeto do Canteiro de Obra devem ser mapeadas as premissas


específicas relativas ao escopo do empreendimento e o atendimento aos requisitos
apresentados no CP-A-501 e CP-A-515.

A equalização entre materiais, prazos e custos deve ser sistêmica e soluções sustentáveis
que atendam as especificidades do projeto considerando todo o ciclo de vida das edificações
devem ser consideradas na definição das soluções construtivas adotadas e materiais
utilizados.

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A adoção de práticas e sistemas disruptivos por meio do uso de inovação nas tecnologias
construtivas, equipamentos e materiais que promovam melhores índices de produtividade e
segurança devem ser priorizados.
Sistemas construtivos e estruturas modulares que possam ser reutilizados em outros projetos
ou mantidos na fase de operação do projeto, como por exemplo contêineres e tendas, devem
ser priorizados.

Definições relativas aos sistemas de utilidades bem como de controle ambiental devem ser
realizadas considerando menor impacto e visando a melhor solução de integração ao
ambiente de implantação e suas caraterísticas naturais.

O projeto deve fornecer boas condições ambientais de trabalho, tanto em termos de conforto
como de segurança aos usuários. Deve ser considerada a importância do aspecto visual das
edificações e instalações do canteiro de obra como forma de garantir ao usuário uma
experiência agradável e motivadora. O documento PRO 030501 deve ser consultado para
padrões de ambientação dos espaços e o PRO 029203 para padrões de revestimentos.

7.1 RESPONSABILIDADES DA PROJETISTA

Código de Fonte
B

O projeto do Canteiro de Obra deve ser elaborado de acordo com as normas aplicáveis, sob
a responsabilidade de profissionais legalmente habilitados e com experiência anterior
comprovada.

Os critérios apresentados neste documento devem ser abordados nas etapas de estudos e
de desenvolvimento dos projetos de arquitetura e disciplinas complementares.

Na etapa de estudos devem ser abordados e apresentados todos os parâmetros necessários


para a definição das alternativas e soluções mais adequadas à implantação do Canteiro de
Obra.

Na etapa de projeto devem ser abordadas as disciplinas pertinentes sem a elas se limitar:
projeto arquitetônico, projeto de terraplenagem, projeto de instalações elétricas,
telecomunicações, hidráulicas, projeto de SPCI e SPDA, projeto de drenagem, de
pavimentação, acessos, fundações, projetos estruturais e outros que se fizerem necessários.

Devem ser apresentados em desenhos ou outros documentos todas as justificativas, cálculos,


dimensionamentos, especificações e informações, necessários para o entendimento do
projeto e correta execução da obra.

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7.2 DIMENSIONAMENTO DO CANTEIRO DE OBRA

Código de Fonte
B

Para o dimensionamento do projeto do canteiro de obra devem ser apresentados, no mínimo,


os dados relativos à caracterização do empreendimento necessários para a aprovação dos
Requisitos Iniciais para Licenciamento Ambiental (RIPLA) conforme listados a seguir:

• Apresentar a quantidade e o tipo de canteiros de obras a serem implantados,


como por exemplo, canteiro principal, avançado, infraestrutura, obras civis,
montagem eletromecânica, gerenciamento das obras, áreas de estocagem,
equipamentos, alojamentos, depósitos de resíduos, refeitórios, estruturas de
apoio e outros;
• Apresentar a solução construtiva adotada (contêineres, módulos metálicos,
módulos em OSB, concreto etc.);
• Apresentar arranjo de implantação georreferenciado, com dois pontos de
coordenadas e indicação de todos os canteiros de obras e suas respectivas
edificações, acessos e estruturas, identificados por nomes e legendas,
incluindo estruturas de controle ambiental para gestão de resíduos, efluentes
oleosos, efluentes domésticos etc;
• Apresentar histograma de mão de obra e tabelas com regimes de turno,
regime de alimentação, porcentagem das frentes de trabalho (canteiros e
frentes de obra) e tipo e quantidade de mão de obra (direta e indireta). Para o
cálculo de mão de obra podem ser utilizados os parâmetros a seguir:
- Efetivo de Mão de Obra Indireta (MOI) equivalente a 25% sobre o Efetivo
de Mão de obra Direta (MOD);
- Efetivo da Vale/Gerenciadora equivalente a 9% sobre o Efetivo de MOD.
• Informar o tipo de sistema de captação, tratamento e abastecimento de água,
sua capacidade, tipos de reservatórios e periodicidade de abastecimento;
• Informar tipo de consumo e quantidade de água bruta em m3/h;
• Informar tipo de consumo e quantidade de água potável em m3/h no pico da
obra;
• Informar o tipo de sistema gerador de energia elétrica, sua alimentação e
distribuição (rede local) bem como estimativa de consumo em kwh;
• Informar quantidade, tipo e capacidade de tratamento (L/s) das – Estação de
Tratamento de Efluentes (ETE);
• Informar tipo e capacidade (L/s) da Estação de Tratamento de Água (ETA) –;
• Informar quantidade, tipo e capacidade de tratamento (L/s) da Estação de
Tratamento de Efluente Oleoso (ETEO);

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• Informar quantidade, tipo e capacidade (L/s) dos Sistemas tipo Fossa/Filtro;
• Informar quantidade, tipo e capacidade (L/s) dos Separadores de Água e Óleo
(SAO);
• Informar se haverá Posto de Abastecimento de combustível e sua capacidade
(tancagem em litros);
• Informar se haverá implantação de Central de Concreto e sua capacidade em
m3/hora;
• Informar se haverá implantação de Usina de Asfalto e sua capacidade em
tonelada/hora;
• Apresentar os volumes de corte e aterro previstos nas obras de
terraplanagem, bem como o balanço de massa;
• Informar se há estruturas projetadas em área com vegetação e necessidade
de supressão vegetal;
• Informar tipo e quantidade de equipamentos a serem mobilizados na etapa de
instalação para terraplenagem, obras civis e montagem eletromecânica;
• Apresentar a lista das matérias-primas e insumos a serem utilizados, as
quantidades estimadas, a origem, o meio de transporte, a forma de estocagem
e o processo onde serão aplicados;
• Apresentar o cronograma macro com Início, Mobilização, Obras Civis,
Montagem Eletromecânica, Desmobilização, Start up e Fim.

7.3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Código de Fonte
B

Os guias listados abaixo devem ter suas diretrizes seguidas no desenvolvimento do projeto
de canteiro de obra em suas diferentes fases:

• Projeto Conceitual: GU-E-410;


• Projeto Básico: GU-E-343;
• Projeto Detalhado: GU-E-359.

Devem ser observadas as exigências dos padrões normativos: PNR-000015, PNR-000024,


PNR-000027, PNR-000036, PNR-000069, PNR-000088, PNR-000090, PNR-000127,
PNR-000142.

Os documentos de projeto devem ser elaborados e identificados conforme PR-E-013,


PR-E-022 e o PR-E-028, e devem ser apresentados em formatos padronizados da Vale,

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compatíveis com o seu conteúdo (desenhos ou textos), observando-se as prescrições e
indicações dos procedimentos de engenharia pertinentes ao projeto e fornecidos pela Vale.
As unidades de medida utilizadas devem seguir o Sistema Internacional (SI), exceto quando
expressamente indicado em contrário, por exemplo, nos casos típicos de diâmetros nominais
e espessuras, expressos em polegadas, e classes de pressão, expressas em libras por
polegadas ao quadrado.

Deve ser priorizado o uso de materiais e serviços indicados no documento PE-F-637 e no


PRO 029203.

Para definição dos layouts dos canteiros de obras devem ser consideradas as seguintes
diretrizes:

• A utilização racional das áreas à disposição, visando à facilidade de


movimentação de pessoas, veículos e equipamentos;
• Disposição dos principais equipamentos, tendo em vista o seu inter-
relacionamento e a consequente influência da localização deles sobre a
definição de todas as outras instalações;
• O layout do canteiro de obra deve ser definido considerando a divisão de
áreas distintas de acordo com o tipo de atividade desenvolvida em cada uma
delas, conforme preconiza a NR18:
- Áreas de Apoio e Administrativas;
- Áreas Operacionais (execução dos trabalhos da obra propriamente dita);
- Áreas de Convivência (alojamentos e lazer);
As edificações de apoio e administrativas devem ser projetadas, preferencialmente, próximas
às edificações da área de convivência a fim de reduzir o deslocamento dos operários até seu
local de trabalho, otimizando tempo e custo. Contudo, é importante que o fluxo entre as duas
áreas seja bem estudado para garantir a segurança e conforto dos moradores em seus
momentos de descanso.

Em relação ao ciclo de vida e sustentabilidade das instalações do canteiro de obra, devem ser
observados os seguintes critérios:

• As instalações podem ser utilizadas não apenas durante a construção do


empreendimento, mas também durante a operação;
• As instalações do alojamento são comumente implantadas em etapas, de
acordo com o histograma de mão de obra.
A relação de documentos indicados acima não exclui a possibilidade da necessidade ou
exigência de outros documentos, a critério da Vale.

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8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS

Código de Fonte
A/F/J

8.1 DISPOSIÇÕES GERAIS

O projeto do canteiro de obra e suas edificações deve atender aos requisitos da norma
NBR 12284 e Resoluções 216/2004 e 275/2002 da ANVISA, bem como o atendimento integral
aos parâmetros preconizados nas NR 8, NR17, NR18, NR24, e demais legislações aplicáveis
e normas referenciadas por elas.

O projeto do canteiro de obra deve ser desenvolvido de acordo com as premissas e


necessidades específicas inerentes à etapa de implantação do projeto para o qual servirá de
suporte, e seu layout deve ser definido de acordo com as operações de apoio à execução da
obra.

A depender do porte do empreendimento, e para fins de organização e otimização dos


processos, o canteiro de obra pode ser subdividido em outros canteiros secundários. Essa
divisão pode ser feita de acordo com os tipos de atividades a serem desenvolvidas em cada
canteiro e devem ser projetadas edificações, estruturas e sistemas que atendam às
necessidades de cada uma delas. A título de exemplo podemos destacar os seguintes tipos
de subdivisão para os canteiros:

• Canteiro Principal;
• Canteiro Avançado;
• Canteiro de Infraestrutura;
• Canteiro De Obras Civis;
• Canteiro de Montagem Eletromecânica;
• Canteiro de Terraplenagem;
• Canteiro de Montagem de Equipamentos;

Para cada canteiro devem ser previstas estruturas e sistemas de uso exclusivo ou
compartilhado de acordo com suas especificidades.

Entre as estruturas básicas necessárias para o funcionamento dos canteiros destacamos a


seguir, não se limitando a elas:

• Estruturas para Áreas de Apoio e Administrativas:


- Portaria – Controle de acesso e estacionamento;
- Escritórios Administrativos - Fiscalização, Gerenciamento, Manutenção,
Operação;
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- Instalações Sanitárias e Vestiários;
- Terminal Rodoviário;
- Pontos de ônibus;
- Ambulatório Médico
- Restaurante/Refeitório;
- Estacionamentos internos para ônibus e veículos leves;
- Almoxarifado/Depósitos de Materiais;
- Brigada de Incêndio;
- Lavanderia Industrial.
• Estruturas para Áreas Operacionais:
- Oficinas;
- Postos de Abastecimento;
- Estacionamentos para ônibus, veículos leves e pesados
- Centrais de Formas e armações;
- Centrais de Concreto;
- Depósitos de Materiais
- Depósitos de Resíduos;
- Pátios de Estocagem e Equipamentos;
- Pátios de pré-montagem e Montagem de Equipamentos;
- Pátios para Carga e Descarga;
- Sanitários;
- ETE – Estação de Tratamento de Esgoto e ETA – Estação de
Tratamento de Água;
- Reservatórios de Água;
- Subestações Elétricas;
- Pipe Shops.
• Estruturas para Áreas de Convivência:
- Alojamentos – Dormitórios;
- Sanitários;
- Quadras Poliesportivas e Campo de Futebol;
- Academia;
- Praças e Áreas de convívio;
- Salas de Jogos;
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- Quiosques;
- Lavanderia para alojamento;
- Área para Cultos;
- Estacionamento Veículos leves e ônibus.

Entre os sistemas e projetos básicos necessários para o funcionamento dos canteiros


destacamos a seguir, não se limitando a eles:

- Sistema de Captação, Tratamento e Distribuição de Água bruta e


Potável:
- Sistema de Geração e Distribuição de Energia Elétrica – Rede, tomadas
e iluminação;
- Sistemas de Telecomunicação;
- Sistemas de Monitoramento e Segurança;
- Sistemas de SPCI e SPDA;
- Sistemas de Climatização
- Sistemas Fossa/Filtro;
- ETE - Estação de Tratamento de Efluente;
- ETA - Estação de Tratamento de Água;
- SAO - Separador de Água e Óleo;
- ETEO - Estação de Tratamento de Efluente Oleoso;
- Sistemas de Drenagem
- Sistema Viário e Pavimentações
- Sistemas de controle ambiental –Efluentes Líquidos, Resíduos Sólidos,
Resíduos da Construção Civil, Emissões Atmosféricas, Ruídos e
Vibrações;
- Combustíveis e Insumos;

8.2 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO

Para as definições da implantação das edificações devem ser observados os seguintes


aspectos:

• Localização adequada para as estruturas que possam ser utilizadas durante


a operação;
• Garantia das condições mínimas de conforto dos usuários nas diversas
etapas previstas de implantação do empreendimento;
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• As estruturas ou edificações do Canteiro de Obras devem possuir Rota(s) de
Fuga definida(s), conforme NBR 9077 e de acordo com os requisitos do
PNR-000127;
• Para definição do local de implantação do canteiro de obra, o projeto deve
observar os requisitos do PNR-000088, destacando principalmente:
- O local de implantação não pode estar sujeito a instabilidades físicas
passíveis de ocorrência (escorregamentos, deslizamentos etc.);
- A área do alojamento não deve apresentar topografia acidentada, não
pode ser suscetível a cheias, inundações, não pode apresentar
afloramento de lençol freático e não pode situar-se próxima a nascente
de cursos d’água;
- Os locais de implantação devem ser escolhidos evitando a necessidade
de supressão vegetal e grandes movimentações de terra gerando a
menor degradação ambiental possível;
• Devem ser seguidas as orientações descritas no MA-G-645.

É importante enfatizar que os custos relativos à infraestrutura (terraplenagem, pavimentação,


drenagem, rede de esgoto e água pluvial) são extremamente significativos, sendo importante
priorizar soluções compactas de implantação sem utilização de grandes parcelas do terreno.

Além disso, deve ser priorizado o projeto de edificações de atendam a fase de operação do
empreendimento.

Como referência para elaboração do projeto de implantação, o Anexo A apresenta um arranjo


conceitual ilustrativo. O mesmo deve ser utilizado como referência na elaboração do projeto
de implantação das edificações do canteiro de obra.

O arranjo é orientativo e pode ser alterado desde que atenda aos critérios de projeto definidos
neste documento, as legislações e procedimentos aplicáveis, as necessidades do
empreendimento e seja validado junto à Vale.

8.2.1 Declividade e Escoamento Pluvial

A locação do canteiro de obra deve ser definida após um estudo locacional realizado pelo
projeto, inclusive avaliação da metodologia construtiva, temporalidade da edificação (definitiva
ou temporária) e impactos ambientais envolvidos.

Para definição do local de implantação das áreas do projeto, quando possível, é importante
evitar regiões de baixa declividade, assim como as de declividade acentuada, priorizando
áreas de declividade média com valores entre 2% e 7%.

Declividades menores que 2% geralmente podem provocar alagamento do terreno e criar


problemas de sedimentação por baixa velocidade nas tubulações de drenagem pluvial e
devem ser evitados.
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Locais em que a declividade superar 7%, com risco de erosão, implicando na necessidade de
proteção vegetal das áreas expostas do terreno também devem ser evitados.

8.2.2 Sistema Viário

Para definição do traçado e características do sistema viário, calçadas e acessos para


pedestres no interior do canteiro de obra, deve ser feita análise das características
topográficas do local de implantação e devem ser atendidos os requisitos descritos no
CP-B-501 e no PNR-000088.

Para o dimensionamento das vias, calçadas, acessos, vagas de estacionamento e travessias


de pedestres devem ser consideradas as premissas de acessibilidade conforme descritas na
NBR 9050.

Deve ser considerado que o traçado ortogonal das vias é mais apropriado a terrenos planos
e de baixa declividade, enquanto para os terrenos acidentados, melhores traçados são
aqueles que acompanham as variações topográficas. O sistema deve ser desenvolvido de tal
forma que os cruzamentos de ruas sejam minimizados.

Para fins de controle e segurança deve ser priorizada a utilização de via única de acesso ao
canteiro que deve ser feito pela portaria.

A largura mínima das vias internas recomendada para veículos automotores depende do
volume de tráfego previsto, do sentido do fluxo (unidirecional ou bidirecional) e das
interferências que podem dificultar o tráfego (cruzamentos, estacionamentos, garagens etc.)
e devem estar de acordo com as instruções IPR 719 e IPR 742 do DNIT.

As vias internas do canteiro de obra são vias de uso local, cuja principal finalidade é dar acesso
às unidades habitacionais e prédios de apoio existentes no canteiro. Para o seu
dimensionamento podem ser utilizadas as premissas descritas na tabela 8.1.

Tabela 8.1 - Premissas para o dimensionamento de vias internas de canteiro de obra

CARACTERÍSTICAS MÍNIMO DESEJÁVEL

Largura da faixa de rolamento para automóveis 2,90 m

Largura da faixa de rolamento para ônibus (Ver nota 1) 3,50 m

Largura mínima para rolamento de caminhões (Ver nota 1) 3,50 m

Largura mínima para via local com circulação de automóveis 5,80 m

Largura mínima para via local com circulação de automóveis, ônibus e caminhões
7,00 m
(Ver nota 2)

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CARACTERÍSTICAS MÍNIMO DESEJÁVEL

Rampa máxima 15%

Rampa mínima 0,5%

Declividade transversal mínima da pista 0,5 %

Declividade transversal máxima da pista 2%

Raio de curvatura dos entroncamentos (Ver nota 3) 5,00 m

Raio de giro mínimo para retornos circulares com tráfego de ônibus 12,00 m

Raio de giro mínimo para retornos circulares com tráfego apenas de automóveis 9,00 m
Fonte: IPR 719 e IPR 742 - DNIT
Notas:
1 - As dimensões das faixas de rolamento utilizadas para tráfego de ônibus e caminhões
devem ser compatíveis com as atividades executadas de implantação, manutenção e/ou
operação, com largura recomendável de 3,50 m, sendo o mínimo admissível 3,20 m;
2 - Largura recomendável de 7,00 m, sendo o mínimo admissível 6,40 m, para via local com
circulação de automóveis, ônibus e caminhões.
3 - O raio de curvatura pode ser alterado, dependendo do porte e da capacidade de giro do
veículo que circula na via;

8.2.3 Calçadas e Acessos de pedestres

Para garantia de segurança, conforto e acessibilidade é recomendada a previsão de calçadas


ao longo das vias, principalmente nos locais de maior fluxo de pedestres.

O projeto das calçadas ao longo das vias, ao redor das edificações e entre as edificações do
conjunto devem estar em conformidade com a NBR 9050 e considerar as premissas abaixo:
• O dimensionamento da calçada deve estar de acordo com a NBR 9050;
• A calçada deve ser constituída de material regular, firme e estável sob
qualquer condição climática;
• Deve ser prevista guia rebaixada nos locais de travessia de pedestres
conforme NBR 9050;
• A inclinação transversal mínima deve ser de 0,5%, e a máxima de 3%;
• A inclinação longitudinal não deve exceder 8,33% (1:12). Nos casos de
reformas que tiverem esgotadas as possibilidades de soluções que atendam
integralmente às prescrições da NBR 9050, pode ser utilizada a inclinação
prevista na norma para esses casos;
• São admitidos desníveis máximos de 0,5 cm;

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• Desníveis entre 0,5 cm e 1,5 cm podem ser vencidos com a execução de
rampa na proporção 1:2 (50%). Desníveis superiores a esse valor devem ser
vencidos com a previsão de rampa, seguindo diretrizes apresentadas na
NBR 9050;
• A largura da calçada depende do fluxo de pessoas previsto para o local. Deve
ser considerada a largura mínima de 1,20 m. Não se admite redução nesse
valor, mesmo em locais de transposição de equipamentos urbanos, como
cestos para coleta seletiva ou outros equipamentos públicos;
• As grelhas e juntas de dilatação, nas calçadas devem ser evitadas, mas
quando não for possível, devem possuir vãos inferiores a 1,5 cm;

Os acessos e vias de pedestres devem atender aos requisitos previstos no CP-A-501, no


PNR-000088 e na NBR 9050. Devem ter largura mínima de 1,20 m, delimitados lateralmente
por faixa contínua pintada no piso na cor amarela ou por segregação física através de gradil,
dormentes ou outros elementos pintados na mesma cor.

Na área interna da via de pedestres pode ser utilizada a coloração do próprio piso ou utilizada
pintura na cor verde. A via deve ser nivelada e segura. Todo e qualquer obstáculo como
bueiros, degraus e rebaixamentos ou ressaltos de qualquer tipo devem ser identificados com
pintura zebrada nas cores amarelo e preto.

8.2.4 Estacionamentos

As áreas de estacionamento devem seguir integralmente as premissas descritas no


PNR-000088 e legislações aplicáveis.

As áreas de circulação interna dos estacionamentos devem possibilitar o trânsito de veículos


sem que haja a necessidade de manobra, ter iluminação, e o acesso deve ser feito
preferencialmente em locais sem cruzamento com outras vias de acesso.

Os locais de estacionamento devem ser separados por meio-fio, preferencialmente


contornados por calçadas, possuir previsão de travessias acessíveis conforme previsto na
NBR 9050. As vagas devem ser demarcadas através de pintura no piso e deve ser prevista a
adoção de bate-rodas.

O piso do estacionamento deve ter inclinação entre 3% e 5% e devem ser previstas canaletas
de drenagem de óleo e caixas coletoras.

Para o caso de veículos rodoviários de transporte de produtos químicos e derivados do


petróleo, a área deve ser pavimentada por material impermeável, não inflamável, com
inclinação entre 3% e 5% conforme recomendação da NBR 14095.

A sinalização vertical e horizontal dos estacionamentos deve seguir as recomendações do


PR-G-455.

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As recomendações descritas na NBR 9050 e listadas abaixo devem ser atendidas para as
áreas de estacionamento:

• Placa com Indicação “Estacione de ré” obrigatório;


• Placa indicativa da velocidade máxima permitida;
• Limitador de velocidade nas proximidades do estacionamento;
• Faixa de pedestre e área de circulação de pessoas acessível de acordo com
a NBR 9050;
• Locais destinados a embarque e desembarque de pessoas deve ser
obrigatoriamente sinalizado;
• Sinalizadores para emergência para os casos de estacionamento de
emergência;
• Previsão de vagas para PcD, conforme requisitos previstos na NBR 9050;
• Previsão de vagas para veículos elétricos.

As vagas para estacionamentos, pontos de ônibus e terminais rodoviários, para veículos leves,
médios e pesados devem ser dimensionadas de acordo com os requisitos apresentados no
item 6.1.1.3.1 do PNR-000088.

As vagas para estacionamento de automóveis podem ser instaladas ao longo das vias de
circulação, podendo ser paralelas à via, a 45° ou 90° e as suas dimensões devem estar de
acordo com o requisito ix do item 6.1.1.3.1.

Para a definição do número de vagas necessárias para veículos leves, ônibus e demais
equipamentos devem ser avaliadas as particularidades do projeto em desenvolvimento, bem
como dados como histograma de mão de obra, regimes de turno, picos de mão de obra etc.

O estacionamento de máquinas e equipamentos móveis deve ser diferenciado dos


estacionamentos de veículos, caminhões e carretas e dimensionado conforme necessidades
do projeto.

8.2.5 Pavimentação

A definição do tipo de pavimentação deve levar em conta características como tráfego, ciclo
de vida, tipo de usuários, carga transportada, topografia local e meio ambiente.

Para o dimensionamento da pavimentação, devem ser usados os manuais do DNIT IPR 719
e 742, salvo para os casos em que a carga por eixo exceda 8,1 t. Nesses casos, deve ser
utilizada uma abordagem mecanicista ou híbrida (mecanístico-empírica).

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8.2.6 Drenagem

O projeto e a execução das obras do sistema de captação e encaminhamento das águas


pluviais visam dotar o sistema viário de condições de estabilidade do greide, permitir maior
segurança aos usuários e evitar alagamentos e a presença de águas dormentes em frente às
edificações e vias internas.

O sistema de drenagem deve ser composto de captação das águas ao longo das sarjetas,
através de bocas de lobo posicionadas de acordo com a inclinação do terreno e ao longo de
todas as vias do canteiro. As bocas de lobo devem estar ligadas ao sistema de tubulação
enterrada de concreto, específica para essa finalidade, e deve correr ao longo das ruas, sob
a sarjeta.

Deve ser analisada a melhor solução junto à área de Meio Ambiente, para lançamento da
água drenada em cursos d’água naturais. Da mesma forma, deve ser dado tratamento
adequado à camada superficial do local, facilitando a percolação da água no terreno e evitando
a erosão.

8.2.7 Cercas e Portões

Em todo o perímetro do empreendimento, deve ser prevista a colocação de cerca e as


características construtivas devem estar de acordo com padrões definidos nos documentos
EG-A-417 e MA-G-645.

Caso necessário, a Vale pode avaliar outro tipo de cercamento sugerido pelos projetistas.

8.2.8 Paisagismo

O projeto paisagístico visa a integração com o entorno, adequando o empreendimento às


condições naturais de insolação, ventos e da vegetação regional dominante.

Pode ser considerado o plantio de árvores ornamentais e frutíferas que propiciem sombra e
formem cortinas verdes no entorno do alojamento e das áreas de lazer, criando um ambiente
agradável para os usuários nas áreas de convivência e canteiro como um todo.

8.3 SISTEMAS

8.3.1 Abastecimento de Água

Deve ser prevista rede de captação, abastecimento e distribuição de água bruta e potável, em
conformidade com os requisitos previstos no CP-A-503 e nas legislações aplicáveis. Deve ser
avaliada a necessidade de instalação de Estação de Tratamento de Água (ETA) para
atendimento às necessidades do canteiro de obra.

Soluções e tecnologias para captação de águas pluviais e reuso de águas cinzas devem ser
avaliadas.

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A captação deve ser feita em ponto definido e a água deve ser levada até os reservatórios, a
serem instalados preferencialmente no ponto mais elevado do terreno do canteiro de obra. A
partir desse ponto, a água deve distribuída para os reservatórios individualizados ou coletivos
previstos no projeto.

O projeto e execução das obras da rede de adução e distribuição de água potável para o
canteiro de obra visa dotar as edificações do conjunto, de quantidade necessária e suficiente
para abastecimento garantido, tanto em relação aos volumes aduzidos, quanto à qualidade
do líquido.

A adução deve ter vazão e pressão suficientes para atender à demanda do canteiro de obra
em todo o seu ciclo de vida, bem como para as instalações que forem permanentes. Caso
existam demandas futuras e a pressão não seja suficiente para atendê-las, é necessário
desenvolver um sistema de abastecimento que garanta o fornecimento.

A rede de distribuição que atende ao canteiro de obra deve ser executada em tubos de PVC
para água e deve ser lançada a 1/3 da dimensão das ruas. As ligações com as edificações
devem ser feitas através de tubulação de PVC para água com diâmetro de 3/4.

A rede de distribuição deve ter sua conexão com os reservatórios por meio de tubulações
apropriadas e sistema de válvulas de controle de vazão.

Deve ser prevista reserva e canalização com tomada d´água exclusiva para o uso no combate
ao incêndio.

8.3.2 Elétrico, Iluminação e SPDA

Os projetos elétrico, luminotécnico e do sistema de proteção contra descargas atmosféricas


(SPDA), bem como suas respectivas execuções, devem atender aos requisitos do CP-E-501
e CP-A-501, da NBR 5419 e demais normas aplicáveis.

A iluminação das portarias, almoxarifados e demais áreas sensíveis identificadas pela


segurança empresarial da Vale devem receber projeto específico a ser validado pela mesma.
A necessidade de instalação de sistema de CFTV interligado com a portaria deve ser avaliada.

8.3.3 Telecomunicações

As instalações de link de dados, telecomunicações e CFTV devem seguir as orientações


contidas nos documentos CP-K-501 e ET-K-419, ET-K-420, ET-K-422 e ET-K-423.

As instalações que atendam aos pontos de telecomunicações podem ser aparentes, para
facilitar manutenções e podem ser executadas em canaletas ou eletrodutos e devem ser
independentes das instalações elétricas.

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8.3.4 SPDACI – Proteção, Detecção Alarme e Combate Contra Incêndio

O projeto e execução dos sistemas de proteção, detecção, alarme e combate ao incêndio


(SPDACI) do canteiro de obras deve estar de acordo com as normas
NBR 5667-1, NBR 5667-2, NBR 5667-3, NBR 13714, NBR 17240 e com os requisitos descritos
nos procedimentos normativos PNR-000015, PNR-000027, PNR-000036, PNR-000052,
PNR-000088 e PNR-000090.

8.3.4.1 Distância entre Edificações

Visando reduzir os custos de implantação e otimizar os percursos no interior do canteiro de


obra, recomenda-se que as edificações sejam implantadas próximas umas das outras.

Entretanto, essa proximidade entre as edificações pode favorecer à propagação de incêndios


por radiação, caso não seja respeitada a distância mínima de segurança entre as construções.
Além das normas técnicas aplicáveis, as instruções técnicas e normas do Corpo de Bombeiros
local e o PNR-000088 devem ser observados na definição do layout e distancias entre as
estruturas.

A propagação do fogo por radiação está associada à severidade do incêndio, às áreas de


abertura e à resistência ao fogo dos materiais de vedação.

8.3.4.2 Acesso das Viaturas da Brigada de Incêndio e Ambulâncias

Deve ser assegurado acesso aos veículos de emergência (viaturas do Corpo de Bombeiros e
ambulâncias) a todas as vias, com largura mínima de 6 m, conforme PNR-000088.

O sistema viário das edificações deve permitir o fácil deslocamento das viaturas da Brigada
de Incêndio facilitando o seu emprego operacional no combate a incêndios.

A via urbana para circulação de viatura de combate a incêndio deve atender aos requisitos da
tabela 8.1 e suportar viaturas com 25.000 kg distribuídos em 2 eixos, além de possuir retorno
circular ou em forma de “Y”.

8.3.4.3 Rede de Hidrantes

Devem ser atendidos os requisitos do PNR-000015 e CP-R-535.

O dimensionamento do sistema deve seguir a NBR 13714, NBR 5667-1, NBR 5667-2,
NBR 5667-3 e deve estar em conformidade com as instruções técnicas e normas do Corpo de
Bombeiros do estado de implantação do empreendimento.

Deve ser prevista rede de hidrantes para atendimento a todas as edificações e estruturas do
canteiro de obra.

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8.3.4.4 Extintores de Incêndio

Para a correta especificação das redes de hidrantes e extintores, devem ser utilizadas as
instruções técnicas e normas do Corpo de Bombeiros vigentes na localidade de implantação
do canteiro de obras.

Todas as edificações do canteiro de obra devem ser dotadas de sistema de proteção e


combate a incêndio por hidrantes externos e extintores, e atender aos requisitos dos
documentos PNR-000015 e CP-R-535.

8.3.5 Controle Ambiental

As soluções para tratamento e destinação de resíduos devem estar de acordo com as


legislações aplicáveis, com os documentos CP-A-503, CP-B-505, EG-B-403, CP-N-501, e com
o PNR-000142.

O uso de soluções e tecnologias com caráter sustentável deve ser priorizado e práticas que
diminuam a geração de resíduos devem ser adotadas.

8.3.5.1 Efluentes Líquidos

Durante a etapa de implantação são gerados efluentes líquidos químicos, oleosos, sanitários
e pluviais oriundos das atividades de terraplanagem e obras, incluindo as áreas de apoio
operacional, tais como canteiros de obras, alojamentos, postos de abastecimentos, oficinas,
restaurante/refeitórios, dentre outros.

A captação, tratamento e destinação dos resíduos líquidos deve ser realizada de forma
sistêmica e em concordância com as legislações técnicas e ambientais aplicáveis. Sempre
que possível devem ser utilizadas práticas de reaproveitamento e reuso.

A profundidade e a rota da tubulação a ser escavada deve ser definida em função do tráfego,
solo e do material da tubulação. Quando possível, a linha de eixo da tubulação deve coincidir
com a linha de eixo da pista de rolamento para evitar que os poços de visita fiquem expostos
a esforços constantes provenientes das rodas dos veículos.

Deve ser avaliada a possibilidade de se utilizar tubulação aparente. Em cada cruzamento deve
ser construída uma caixa de inspeção com tampão em ferro fundido. O encaminhamento deve
ser feito por gravidade até a ETE caso seja prevista. Cada edificação deve ser ligada
diretamente à rede de esgoto.

Deve ser analisada a necessidade de instalação de tubulação resistente a altas temperaturas


quando se tratar de esgoto de restaurantes (esgoto de caldeirões, lava-louças etc).

Todo o esgoto sanitário gerado no canteiro deve ser tratado in loco, em ETE compacta ou
convencional dimensionada para atendimento da demanda requerida.

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A ETE que serve ao canteiro de obra deve ser implantada na parte mais baixa do terreno e
distante das demais instalações.

Os efluentes líquidos e esgoto contaminados por produtos químicos gerados no canteiro


devem ser tratados considerando-se as características do efluente gerado.

8.3.5.2 Resíduos Sólidos e da Construção Civil

Os resíduos sólidos gerados na operação do canteiro devem classificados segundo a norma


NBR 10004 e a Resolução 307 do Conama, tratados e destinados de acordo com sua
natureza.

Deve ser prevista a coleta seletiva e separação de resíduos orgânicos e inorgânicos em todas
as edificações.

O resíduo orgânico deve ser armazenado em local apropriado de forma a não produzir odores
ou proliferação de insetos.

Resíduos gerados pela construção civil devem ser separados e reciclados e reaproveitados
sempre que possível.

Todos os tipos de resíduos devem ser separados e encaminhados ao Depósito Intermediário


de Resíduos (DIR) do canteiro e, a partir desse local, encaminhado à Central de Material
Descartável (CMD) do empreendimento, ou unidade mais próxima, para sua destinação final.

8.3.5.3 Emissões Atmosféricas

Durante a execução dos serviços para implantação do canteiro e das obras relativas ao
empreendimento são realizadas atividades geradoras de materiais particulados e emissoras
de gases e por isso devem ser previstas e implementadas medidas de mitigação e de controle.

8.3.5.4 Ruídos e Vibrações

Durante a etapa de implantação são executadas as tarefas como supressão de vegetação e


limpeza, abertura dos acessos, terraplenagem, trânsito de veículos, caminhões e
equipamentos, associadas ao aspecto ambiental de geração de ruído e alteração do nível de
pressão sonora e vibrações.

Devem ser previstas em projeto soluções de mitigação e controle através do uso de processos,
materiais e tecnologias, como enclausuramento de fontes geradoras de ruídos, tratamento
acústico de estruturas e edificações, utilização de cortinas de isolamento, entre outros.

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8.4 EDIFICAÇÕES

As edificações previstas para o canteiro do empreendimento devem ser projetas em


concordância com as normas aplicáveis, documentos técnicos do SPE e, em especial, com
as orientações dispostas nos documentos PRO 029203, PRO 030501, CP-A-501 e CP-A-515.

Todas as edificações e estruturas devem prever acessibilidade conforme descrito na


NBR 9050.

8.4.1 Portaria - Controle de acesso

A fiscalização e controle de acesso de pessoas e veículos ao empreendimento deve ser feita


através da instalação de portaria instalada no início da principal via de acesso ao site.

O projeto deve ser desenvolvido com previsão de acessibilidade em conformidade com a


NBR 9050, para ambientes, estacionamentos, passeios e demais estruturas da portaria.

Os requisitos dispostos no documento MA-G-645 devem ser atendidos.

É recomendável a utilização de uma única portaria, para facilitar o controle.

O programa de necessidades da edificação deve seguir basicamente as áreas listadas abaixo:

• Área coberta para acesso de pessoas e veículos onde devem ser instaladas
catracas e cancelas de controle;
• Estacionamento para veículos leves, caminhões, carretas, ônibus e ponto de
ônibus;
• Sala de controle de acesso com espaço físico para dois seguranças (utilizada
também como sala de controle do sistema de CFTV quando não houver área
específica para este fim);
• Sala do setor de identificação;
• Sanitários masculino e feminino;
• Copa;
• Depósito de Materiais;
• Depósito de Material de Limpeza (DML).

Deve ser realizado um estudo para avaliação da necessidade das seguintes atividades
primárias e suas respectivas áreas independentes:

• Sala de controle do sistema de CFTV: sala onde ficam os monitores que


recebem os sinais das câmeras de segurança instaladas nas áreas do

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empreendimento. Deve ser previsto espaço para, pelo menos, duas estações
de trabalho;
• Sala da equipe de segurança;
• Sala de recepção;
• Sala de integração;
• Célula fiscal;
• Apoio para caminhoneiros;
• Sanitários, incluindo aqueles com acessibilidade para portadores de
necessidades especiais;
• Balança.

Atividades secundárias como treinamentos devem ter sua necessidade apreciada


individualmente.

É importante considerar a possibilidade de uso dessas instalações tanto na etapa de


implantação, quanto na etapa de operação.

8.4.2 Escritórios

As edificações destinadas aos escritórios devem ser dimensionadas de acordo com as


atividades relacionadas à administração do canteiro e da obra, para fiscalização,
gerenciamento, operação, empreiteiras e outras necessárias a implantação do
empreendimento. Deve ser avaliada a possibilidade de utilização das edificações de forma
permanente durante a operação do site.

O programa de necessidades da edificação deve seguir basicamente as áreas listadas abaixo:

• Salas administrativas;
• Salas para estações de trabalho;
• Salas de reunião;
• Depósito de materiais;
• Arquivo;
• Sanitários masculinos e femininos;
• Copa;
• Depósito de Material de Limpeza.

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8.4.3 Refeitório e Restaurante

Os requisitos do documento CP-A-501 e das Resoluções 216/2004 e 275/2002 da Anvisa


devem ser atendidos.

Deve ser previsto no canteiro de obra, de acordo com as necessidades do empreendimento,


edificações para restaurante (refeitório, preparo, cocção, e/ou finalização das refeições) e/ou
refeitório para funcionários.

8.4.3.1 Refeitório

O refeitório é obrigatório em locais onde trabalhem mais de 300 funcionários, conforme


descrito na NR 24.

As áreas dos refeitórios devem ser dimensionadas de acordo com o número de funcionários
e regimes de turno. Importante considerar, para dimensionamento, pelo menos 1/3 dos
usuários no turno mais crítico das refeições.

8.4.3.2 Restaurante

As áreas de restaurantes devem ser dimensionadas em função do número total de refeições


a serem produzidas para o atendimento de todo o efetivo no turno crítico.

A cozinha do restaurante deve produzir refeições exclusivamente para os usuários da unidade,


ou em casos específicos um número maior para atender os efetivos de localidades remotas.
Nesses locais devem ser instaladas unidades de finalização das refeições e local para
refeitório.

Deve ser analisada junto à segurança empresarial da Vale a necessidade de controle de


acesso por catraca e monitoramento por Circuito Fechado de Televisão (CFTV) nos
restaurantes.

8.4.4 Ambulatório Médico

O projeto dessa instalação deve atender aos requisitos do CP-A-501 e à resolução RDC-50
da Anvisa.

Conforme a NR 18, frentes de trabalho com mais de 50 funcionários devem prever a existência
de ambulatório médico.

Deve ser avaliada a necessidade de implantação de heliponto para canteiro de obra em áreas
remotas.

8.4.5 Brigada de Incêndio

O projeto dessa instalação deve atender aos requisitos dos PNR-000015 e do CP-A-501.

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Essa edificação requer área coberta para estacionamento de veículos de combate a incêndio,
além de todas as instalações de apoio necessárias aos brigadistas, técnicos de segurança e
bombeiros conforme listadas a seguir:

• Salas para estações de trabalho;


• Salas de reunião;
• Depósito de materiais;
• Sanitários masculinos e femininos;
• Vestiários masculino e femininos;
• Copa;
• Depósito de Material de limpeza.

8.4.6 Terminal Rodoviário

O projeto dessa edificação deve atender aos requisitos do CP-A-501 e do PNR-000088.

Deve ser previsto Terminal Rodoviário ou Ponto de Embarque para o transporte dos operários
dentro do canteiro de obra.

Para a definição do número de vagas necessárias deve ser considerado o número de


funcionários transportados por turno de trabalho.

A edificação deve ser dotada de cobertura para abrigo dos operários durante os períodos de
espera, embarque e desembarque, além de instalações de apoio conforme necessidades do
empreendimento. Podem ser necessárias instalações sanitárias, bebedouros, etc.

O caminho entre o ponto de embarque e desembarque e os locais de trabalho e alojamentos


deve ser coberto.

Ao longo do empreendimento podem ser instalados pontos de ônibus estratégicos conforme


necessidades do projeto.

8.4.7 Alojamentos

8.4.7.1 Considerações Gerais

As edificações previstas para o alojamento devem ser projetas em concordância com as


normas aplicáveis, documentos técnicos do SPE Vale e em especial com as orientações
relativas a materiais e ambientação dispostas nos documentos PRO 029203, PRO 030501 e
de acordo com CP-A-501 e CP-A-515.

Todas as edificações e estruturas devem prever acessibilidade conforme descrito na


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NBR 9050.

Como referência para elaboração do projeto dos alojamentos o ANEXO B apresenta croqui e
detalhe indicativo do ambiente que constitui o programa de necessidades.

Esse croqui deve ser utilizado apenas como referência na elaboração do projeto, sendo que
o projeto tem liberdade para alterar as dimensões indicadas, desde que as áreas mínimas
sejam respeitadas.

A população atendida pelos alojamentos pode variar de acordo com o empreendimento, mas
é recomendado que não se exceda o número de 3.000 habitantes, a fim de evitar problemas
administrativo-sociais decorrentes do confinamento de um elevado número de moradores em
uma única área.

Caso seja excedida a quantidade máxima recomendada, os setores devem ser organizados
de forma a permitir o compartilhamento de instalações de apoio e infraestrutura (ETE, ETA
etc.).

Como base para cálculo da quantidade e tipos de dormitórios pode ser adotada como
referência, a proporção da população total de: 80% para operários, 10% para técnicos e 10%
para engenheiros.

Os alojamentos devem ser preferencialmente distribuídos em blocos, com edificações térreas


(podendo ter, no máximo, dois pavimentos, quando a área disponível para a construção for
insuficiente) dotadas de circulações internas cobertas, abrigar no máximo, 150 pessoas,
padronizados em todo o projeto e serem separadas para homens e mulheres.

É recomendada a previsão de acessos cobertos entre os diversos blocos do alojamento e


áreas de lazer adjacentes.

Em áreas externas aos blocos de alojamentos devem ser previstos locais para fumantes com
afastamento mínimo de 3 metros das janelas e portas dos dormitórios.

Os ambientes e áreas dedicadas para sanitários, vestiários e lavanderias devem ser


dimensionados em função da população total nos horários de pico.

Para os blocos de alojamentos devem ser consideradas as premissas listadas abaixo:

• O pé-direito mínimo dos alojamentos deve ser de 2,60 m quando mobiliado


com camas simples;
• Deve-se evitar o uso de camas tipo beliche. Entretanto, quando estritamente
necessário o uso desse mobiliário, o pé direito mínimo deve ser de 3,00 m;
• Os pisos dos alojamentos devem ser impermeáveis, laváveis e
antiderrapantes. Não devem apresentar ressaltos e saliências. O acabamento
deve ser compatível com as condições mínimas de conforto térmico e higiene;
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• As portas dos alojamentos devem abrir para fora. Existindo corredor, esse
deve ter no mínimo, uma porta em cada extremidade, abrindo para fora, com
dimensões determinadas conforme recomendações do Corpo de Bombeiros
aplicáveis no Estado de implantação do empreendimento;
• A ligação dos dormitórios com os sanitários deve ser feita com portas de
dimensões conforme NBR 9050;
• Nos blocos dos alojamentos devem ser instalados bebedouros, na proporção
de 1 para cada 25 usuários;
• No caso de alojamentos com 2 pavimentos deve ter no mínimo 2 escadas de
saída, guardada a proporção mínima de 1,00 m de largura para cada 100
pessoas. As escadas devem estar de acordo com os DT-S-610, DT-S-613,
DT-S-603 e DT-S-611;
• As circulações devem ser dimensionadas garantindo mobilidade e segurança,
respeitando as diretrizes do Corpo de Bombeiros local, não devendo ser
menores que 1,20 m;
• A ventilação e a iluminação naturais dos alojamentos devem ser feitas por
meio de janelas, respeitando-se as dimensões mínimas indicadas na NR 18.
Acréscimos nessas dimensões ou necessidade de climatização artificial
devem ser considerados em função das características climáticas do local;
• A iluminação deve seguir os requisitos dos documentos CP-E-501 e
CP-A-501 e devem ser previstas aberturas com área mínima de 1/7 da área
de piso para iluminação natural, de acordo com a NBR 12284;
• A ventilação do dormitório deve obedecer ao mínimo recomendado pela
NR 18, ou seja, 1/10 da área de piso.

8.4.7.2 Dormitórios

Os dormitórios devem ser projetados em conformidade com a NR 24, a NBR 9050, além de
considerar as recomendações relativas ao uso de acabamentos e ambientação propostas no
PRO 029203 e PRO 030501.
Os dormitórios devem ser dimensionados da seguinte forma:
• Dormitórios para até 4 (quatro) pessoas, com as instalações sanitárias
coletivas e dimensionadas para atendimento da população prevista para
utilizá-la, desde que de acordo com a NR 24;
- Área mínima do dormitório por usuário 3 m2;
- Distância mínima de circulação entre as camas 100 cm.
- Mobiliário a ser considerado: 04 camas, 04 armários, bancada e 04
cadeiras;
- Dimensão mínima da cama 80 x 190 cm.

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- Prever pontos de rede de dados e voz, pontos elétricos para
equipamentos como televisão e frigobar.
• Dormitórios tipo suíte, para dois usuários, com instalação sanitária
individualizada ou dois quartos compartilhando um sanitário;
- Área mínima do dormitório por usuário 5,27 m2;
- Distância mínima de circulação entre as camas 100 cm.
- Mobiliário a ser considerado: 02 camas, 02 armários, bancada e 02
cadeiras;
- Dimensão Mínima da cama 80 x 190 cm;
- Prever pontos de rede de dados e voz, pontos elétricos para
equipamentos como televisão e frigobar
• Dormitórios tipo suíte, para um usuário, com instalação sanitária
individualizada.
- Área mínima do dormitório por usuário 6 m 2;
- Mobiliário a ser considerado: 01 cama, 01 armários, bancada e 01 cadeira;
- Dimensão mínima da cama 80 x 190 cm;
- Prever pontos de rede de dados e voz, pontos elétricos para
equipamentos como televisão e frigobar.

8.4.7.3 Instalações Hidrossanitárias e de Águas pluviais para Alojamentos

As instalações hidrossanitárias do alojamento devem estar de acordo com a NR 18,


NBR 9050, e com o documento CP-A-503.

8.4.7.4 Sistemas de Climatização para Alojamentos

O projeto deve analisar a necessidade de equipamento de ar condicionado individual para os


dormitórios.

Deve ser levado em conta que a utilização de sistemas de climatização artificial é necessária
em algumas regiões como sistema completar para se atingir o conforto hidrotérmico dos
usuários.

8.4.8 Lavanderia

Os ambientes e áreas dedicadas para lavanderias devem ser dimensionados em função da


população total nos horários de pico.

As instalações de lavanderia do canteiro de obra devem atender os tipos distintos de


necessidade da população do canteiro, sendo necessária lavanderia para os moradores dos
alojamentos e lavanderia industrial.
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8.4.8.1 Lavanderia para Moradores (Alojamentos)

Essa unidade tem por finalidade atender aos usuários do alojamento e deve ser instalada
próxima às unidades habitacionais.

A lavanderia pode atender até 03 blocos de alojamento, desde que dimensionada de acordo
com a população ou pode ser individualizada por bloco.

Caracteriza-se por ser uma área coberta, amplamente ventilada, com área para lavagem, área
para secagem (varais) e local para passar as roupas. Devem ser seguidas as seguintes
premissas para o dimensionamento:

• 1 tanque em louça para até 20 usuários;


• Bancada com dimensões adequadas e com pontos elétricos para passagem
de roupas;
• Área externa para varal delimitada em toda sua periferia por alvenaria de bloco
vazado com altura de 2,00 m, na proporção de 1,20 m 2 para cada usuário.
8.4.8.2 Lavanderia Industrial

Deve ser dimensionada para lavagem e secagem de roupa de cama e uniformes de toda a
população das unidades habitacionais do canteiro de obra.

A definição da quantidade de roupa a ser lavada, para dimensionamento da edificação, deve


levar em conta o tipo de roupa a ser lavada e a frequência com que é trocada. A princípio, as
seguintes premissas podem ser assumidas:

• A roupa de cama deve ser trocada semanalmente – considerar 0,5 kg por


usuário por dia;
• Os uniformes dos usuários devem ser trocados diariamente – considerar
2,5 kg por usuário por dia.

Esses valores podem variar em função das características climáticas da região. Em locais frios
usam-se mais cobertores do que em regiões quentes, o que pode aumentar em até 50% o
peso da roupa de cama a ser lavada.

O espaço físico da lavanderia deve ser dividido pelo menos em duas áreas, área limpa e área
suja, e comportar os seguintes equipamentos:

• Lavadora;
• Centrífuga;
• Calandra;
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• Secadora;
• Prensa;
• Balança tipo plataforma;
• Carro de transporte;
• Máquina de costura.

Além das áreas de processo, devem ser consideradas as áreas de apoio à lavanderia,
incluindo:

• Vestiário masculino;
• Vestiário feminino;
• Área administrativa;
• Estoque de produtos de limpeza (DML);
• Copa;
• Área para Roupa Suja;
• Área para roupa limpa;
• Área de estoque para roupa passada.

O Anexo C apresenta o fluxograma das atividades desenvolvidas na lavanderia.

As seguintes condições devem ser consideradas na definição do layout da lavandeira:

• Ser localizada, preferencialmente, em pavimento térreo;


• Os ventos predominantes no local devem ser analisados para se evitar
corrente de ar do ambiente contaminado (área suja) para o ambiente limpo
(área limpa);
• A área de estoque de roupas processadas deve ser arejada e bem iluminada;
• O piso deve ser liso, lavável, claro, livre de juntas, cantos e saliências,
impermeável e antiderrapante;
• As paredes e o teto devem ter superfície lavável, lisa, clara e livre de juntas,
cantos e saliências;
• As portas devem ser em material lavável, de preferência com visores;
• Teto e forro devem ter cores claras, podendo ter tratamento acústico de
acordo com o nível de ruído gerado no interior da lavanderia;
• As tomadas devem ser blindadas e colocadas a 1,50 m do piso.

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8.4.9 Área de Lazer

Deve ser prevista área de lazer para atendimento aos moradores do alojamento em seus
horários de descanso.

As edificações para as áreas de lazer podem variar em função do projeto e devem ser
avaliadas de acordo com as necessidades do empreendimento. Basicamente deve incluir:

• Quiosques para jogos e televisão;


• Centro comercial;
• Quadras poliesportivas e campo gramado;
• Academia;
• Edificação para Culto Ecumênico.

8.4.9.1 Quiosque para Jogos e Televisão

Devem estar previstos quiosques para lazer dos operários próximos às unidades
habitacionais. Os quiosques podem incluir área para sala de TV, sala de leitura e jogos.

As salas de TV devem abrigar no máximo 50 pessoas e estar equipadas com cadeiras


individuais com encosto.

8.4.9.2 Centro Comercial

Deve ser um local para pequeno comércio que pode incluir os seguintes espaços funcionais:

• Caixas eletrônicos (somente mediante análise e validação da segurança


empresarial);
• Barbearia;
• Loja de conveniência;
• Farmácia;
• Sanitário masculino;
• Sanitário feminino.

O programa de necessidades e dimensionamento deve ser determinado com base na


população do alojamento e características do empreendimento.

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8.4.9.3 Quadras Poliesportivas e Campo Gramado

Tanto as quadras poliesportivas como o campo gramado para atividades esportivas devem
ser posicionados, na medida do possível, em local isolado do alojamento, protegidos por
barreira sonora e com a melhor posição em relação à insolação.

Para definição da quantidade de quadras e campos, podem ser utilizados os critérios abaixo:

• Um campo de futebol gramado, com medidas oficiais e iluminação para uso


noturno, com gradil em todo o perímetro, para cada 2000 usuários. Havendo
necessidade de instalações adicionais, estas devem seguir as mesmas
características, porém sem necessidade de iluminação artificial;
• Uma quadra poliesportiva com dimensões oficiais, com gradil em toda a sua
periferia e iluminação artificial para uso noturno, para cada 1000 usuários.
Havendo necessidade de instalações adicionais, estas devem seguir as
mesmas características, porém sem necessidade de iluminação artificial.

8.4.9.4 Edificação para Culto Ecumênico

Deve ser um espaço ecumênico para livre prática de cultos religiosos de todas as religiões.

Os parâmetros de referência para o dimensionamento desse espaço são:

• Área de 0,40 m² a 0,50 m² por usuário;


• Corredores laterais e central com largura mínima de 1,10 m;
• Bancos comunitários com capacidade de 12 a 15 pessoas;
• A área do altar pode ser mais elevada para melhorar a visibilidade;
• Deve ser considerado estudo de acústica no projeto da edificação.

8.4.10 Almoxarifado de Materiais de Reposição

Devem ser previstas áreas de almoxarifado de uso geral para armazenamento de peças de
reposição e equipamentos diversos, necessários ao pleno funcionamento das áreas de apoio
administrativo e alojamentos.

Essas áreas devem possuir cercamento, iluminação, controle de acesso e monitoramento por
CFTV.

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8.4.11 Áreas de Apoio à Obra

As áreas relacionadas abaixo se referem ao apoio operacional à obra e devem ser localizadas,
preferencialmente, próximas ao estoque de materiais. Devem também ser acessíveis ao
transporte vertical.

• Carpintaria: destinada à preparação e pré-montagem das formas de madeiras


para execução das estruturas de concreto;
• Central de Armação: destinada ao corte, dobra e pré-montagem das
armaduras para execução das estruturas de concreto;
• Pipe Shop: destinada à preparação e à pré-montagem de estruturas
metálicas, tubulações e dutos utilizados nas edificações prediais e industriais;
• Central de Concreto: destinada à preparação de concreto com agilidade e
qualidade, obtida a partir de uma seleção adequada de materiais, dosagem
correta e mistura homogênea, tudo com alto controle tecnológico.

Essas áreas não devem ser vinculadas às áreas de alojamento e lazer do canteiro.

Nesses locais devem ser previstos:

• Área coberta com fechamento lateral para pré-montagem com previsão de


instalação de bancadas para corte, dobra, solda e demais processos
necessários;
• Ventilação e iluminação natural;
• Pequeno depósito de insumos e ferramentas para atender aos requisitos
específicos de acordo com as atividades desenvolvidas;
• Área coberta para realização de acabamentos finais e controle de qualidade
da montagem e identificação das peças;
• Área coberta para armazenamento das peças pré-montadas que necessitem
de proteção contra intempéries;
• Área para depósitos de resíduos gerados pelas atividades;
• Áreas de circulação adequadas para os funcionários e com medida mínima
de 1,10 m, de acordo com NBR 9077;
• Locais de entrada e saída de materiais, que devem ficar livres e ter dimensões
compatíveis com as dimensões das peças e com o sistema de transporte a
ser utilizado;
• Bancadas, que devem ser dimensionadas considerando-se as medidas das
peças a serem trabalhadas, ferramentas e máquinas a serem utilizadas e em
conformidade com a NR 17;

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• Afastamento de áreas de circulação de pessoas que não estejam
relacionadas ao trabalho;
• Localização em pontos de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um
deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho
aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios;
• Proximidade à área de descarte de resíduos gerados pelas atividades;
• Local para armazenamento de gases e produtos químicos;
• Luminárias com proteção contra projeção de partículas;
• Drenagem do piso adequada às atividades a serem desenvolvidas;
• Bancadas e plataformas estáveis, de material compatível com a atividade a
ser realizada, aterradas quando houver necessidade;
• Aberturas para ventilação natural adequada ao tipo de trabalho em
instalações que possuírem fechamento lateral;
• Piso de concreto nivelado, resistente e antiderrapante;
• Cobertura para a área destinada à realização de atividades com funcionários,
ferramentas manuais e máquinas, de acordo com NR18;
• Área de acesso restrito para atividades que utilizem serra circular na
carpintaria;
• Áreas protegidas por biombos, divisórias ou fechamentos laterais para
atividades de solda no pipe shop.

Os aspectos relacionados à gestão da obra relacionados abaixo devem ser analisados para
um dimensionamento assertivo das instalações:

• Tipo de fornecimento do material, beneficiado ou não;


• Localização das áreas;
• Fluxos e etapas da obra;

8.5 SISTEMAS CONSTRUTIVOS DAS EDIFICAÇÕES

A definição do sistema construtivo das edificações deve levar em conta questões de


sustentabilidade, custo e ciclo de vida das edificações.

Os projetos devem seguir os requisitos para sistemas construtivos descritos no documento


EG-A-407 e ET-G-401, além das normas e documentos técnicos aplicáveis.

Podem ser utilizados sistemas construtivos distintos nas edificações, desde que os conceitos
estabelecidos estejam baseados em estudos consistentes e no conhecimento de suas
características e sejam aprovados pela Vale.

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O uso de sistemas modulares de montagem rápida e fácil e quem possam ser reaproveitados
em outras unidades e na implantação de outros canteiros devem ser priorizados.

Entre os sistemas que permitem tal mobilidade estão uso de contêineres, tendas, galpões
lonados e módulos metálicos.

A escolha do sistema construtivo das edificações deve levar em conta os seguintes aspectos:

• Economia;
• Rapidez de execução;
• Modulação;
• Flexibilidade de uso;
• Pré-fabricação;
• Sustentabilidade
• Adequação às condições climáticas do local;
• Adequação às atividades desenvolvidas dentro da edificação;
• Vida útil, na condição de se utilizar as estruturas durante a fase de operação
do empreendimento.

Na escolha do sistema construtivo pode ser usado o documento PE-F-661, que leva em conta
aspectos como cronograma, custo, qualidade, localização, disponibilidade e transporte de
materiais.

A especificação de materiais de acabamento das edificações para as quais existe previsão de


uso durante a fase operacional deve priorizar a durabilidade, facilidade de manutenção e
aspecto visual agradável e adotar os requisitos prescritos no PRO 029203.

9.0 ENGENHARIA DIGITAL

Todos os projetos que venham a utilizar, integralmente ou parcialmente, os sistemas de


engenharia digital para desenvolvimento da engenharia e dos processos de construção,
considerando o uso das metodologias LEAN, BIM e AWP devem seguir as orientações das
guias: GU-E-633, GU-G-657 e GU-C-611.

A empresa contratada para desenvolvimento da engenharia com sistemas digitais deve


elaborar o Plano de Execução BIM (PEB), conforme o anexo F da GU-E-633, que determina
como as metodologias BIM e AWP devem aplicadas nessa etapa do projeto.

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10.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento devem seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança e integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, esse último deve prevalecer.

Para este fornecimento, o fornecedor deve atender os requisitos estabelecidos nos


PNR-000015, PNR-000024, PNR-000027, PNR-000036, PNR-000052, PNR-000069,
PNR-000088, PNR-000090, PNR-000127, PNR-000142.

11.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deve ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Essa análise deve
englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com outras
atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no PNR-000069, CP-R-501, CP-R-535 e os


requisitos de meio ambiente descritos no CP-N-501 devem ser atendidos.

ANEXOS

Para acessar o(s) anexo(s) abaixo é necessário abrir este documento utilizando o Adobe
Acrobat Reader ou outro leitor de pdf da sua confiança.

ANEXO A - ARRANJO CONCEITUAL DE


IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRA
ANEXO A - Formato: Adobe PDF
ARRANJO CONCEITUAL DE IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRA.pdf
(1 página)

ANEXO B - CROQUIS E DETALHES DOS


ALOJAMENTOS
ANEXO B - Formato: Adobe PDF
CROQUIS E DETALHES DOS ALOJAMENTOS.pdf
(1 página)

ANEXO C - FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES DA


LAVANDERIA
ANEXO C - Formato: Adobe PDF
FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES DA LAVANDERIA.pdf
(1 página)

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DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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