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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

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CRITÉRIOS DE PROJETO PARA PÁTIOS DE ESTOCAGEM CP - B - 504
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL SA ETO MFO MP 25/11/08

1 C REVISÃO GERAL JCC LMM MB GJ 10/03/14


ATUALIZAÇÃO DE TEMPLATE,
2 C INCLUSÃO ITEM 9.0 E REVISÃO ITENS RPS LMM MB GCC 08/11/16
3.0, 4.0, 7.0, 8.0 E 9.0
REVISADOS OS ITENS 2.0; 3.0; 4.0; 8.1.6;
3 C ALB EMG MB GCC 26/12/19
8.1.7; 8.2.3; 8.2.4; 8.2.8; 9.0
REVISÃO DOS ITENS 3.0; 8.2.8 E
4 C ALB EMG MB GCC 11/12/20
INCLUSÃO ITEM 9.0 (REF. PNR)
REVISÃO DOS ITENS 3.0; 4.0; 7.0; 9.0 E
5 C ALB EMG BAR CIU 22/07/21
10.0
REVISÃO DOS ITENS 3.0, 4.0, 7.0, 8.0,
8.1.1, 8.1.2, 8.2.3, 8.2.5, 8.2.8, 8.2.9;
6 C RLJ HLL HLL KLM 29/09/22
EXCLUSÃO DOS ITENS 8.2.10, 8.2.11,
8.2.12

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicaç ão e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com as
devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4
5.0 DEFINIÇÕES 6
6.0 CÓDIGO DA FONTE 6

7.0 REQUISITOS GERAIS 6


8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS 7
8.1 ESTUDOS 7
8.2 PROJETOS 10
9.0 ENGENHARIA DIGITAL 20
10.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 20
11.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 20

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios básicos para o desenvolvimento de projetos de pátios de estocagem


de minério nos empreendimentos da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da Vale.

Este documento deve ser usado pela empresa projetista como base para a elaboração dos
critérios de projeto específico do empreendimento. Os procedimentos para elaboração do CP
estão descritos no PR-E-027.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão mais
recente.

PNR-000015 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral


PNR-000017 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndios (SPCI) -
Transportadores
PNR-000030 Diretrizes Básicas de Geotecnia - DBG
PNR-000035 Gestão de Recursos Hídricos e Efluentes
PNR-000055 Sistemas de Manuseio – Máquinas de Pátio
PNR-000069 Requisitos de Atividades Críticas - RAC
PNR-000088 Layout de Instalações - Critérios Seguros de Layout
CP-B-501 Critérios de Projeto para Civil/ Infraestrutura, Rodovias, Acessos
e Sistema Viário
CP-M-501 Critérios de Projeto para Mecânica - Equipamentos
CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
Engenharia
CP-R-535 Critério de Projeto para Sistema de Detecção Alarme e Combate
a Incêndio
CP-T-501 Critérios de Projeto para Tubulação e Sistemas de Utilidades
CP-X-501 Critérios de Projeto para Fundações de Estruturas e Obras de
Terra

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EG-B-401 Especificação Geral para Drenagem
EG-B-405 Especificação Geral para Drenagem Industrial
EG-B-406 Especificação Geral para Tubos de Concreto
ES-B-407 Especificação dos Serviços de Terraplenagem
ES-R-403 Especificação dos Requisitos de SSMA Para Contratação em
Projeto de Capital
ES-X-401 Especificação de Serviços para Investigações e Instrumentações
Geotécnicas de Campo
GU-C-611 Guia de Construção Digital para Projetos considerando o uso das
Metodologias BIM e AWP
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
GU-E-633 Guia de Engenharia para Sistemas de Engenharia Digital (BIM)
PE-B-620 Caderno de Drenagem Urbana
PE-B-667 Seleção de Método Executivo de Aterro
PE-F-637 Biblioteca de Atividades para Obras Civis, Terraplenagem,
Drenagem, Ferrovia e Pavimentação
PE-G-621 Modelo Planilha de Quantidade
PE-G-645 Padrão de Engenharia para Requisição Técnica de Serviços
PR-E-005 Procedimento para Elaboração de Planilha de Quantidade e
Critérios de Medição de Serviços
PR-E-027 Procedimento de Engenharia para a Elaboração de Critérios de
Projeto

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento
ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 8890 Tubo de concreto, de seção circular, para água pluvial e esgoto
sanitário - Requisitos e métodos de ensaios
NBR 11682 Estabilidade de encostas
NBR 13133 Execução de levantamento topográfico
NBR 15396 Aduelas (galerias celulares) de concreto armado pré-moldadas -
Requisitos e métodos de ensaio
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NBR 15536-2 Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de
esgoto sanitário e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico
reforçado de fibra de vidro (PRFV) - Parte 2: Tubos e juntas para
coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário e água pluviais
NBR 15536-3 Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de
esgoto sanitário e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico
reforçado de fibra de vidro (PRFV) - Parte 3: Conexões
NBR 17015 Execução de obras lineares para transporte de água bruta e
tratada, esgoto sanitário e drenagem urbana, utilizando tubos
rígidos, semirrígidos e flexíveis

• DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

IPR-667 Método de Projeto de Pavimentos Flexíveis


IPR-714 Manual de Pavimentos Rígidos
IPR-715 Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem
IPR-719 Manual de Pavimentação
IPR-724 Manual de Drenagem de Rodovias
IPR-736 Álbum de Projetos - Tipo de Dispositivos de Drenagem

• CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

Resolução 357/ 2005 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências.
Resolução 430/ 2011 Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes,
complementa e altera a Resolução nº 357/ 2005.

• SEPRT - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho

A Vale exige o atendimento integral às Normas Regulamentadoras – NRs da Consolidação


das leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme Portaria 3.214,
de 08/06/1978, e suas atualizações, e o atendimento integral aos requisitos de saúde e
segurança da legislação local vigente.

Em casos especiais ou no caso de omissão das normas brasileiras vigentes, devem ser
consultadas e/ou utilizadas as normas internacionais de conceituação comprovada.

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Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste documento,
com exceção de situações onde estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos podem ser


encontradas no GU-E-400.

6.0 CÓDIGO DA FONTE

O código em letras listado abaixo se refere à fonte de informação utilizada na execução deste
documento.

Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 REQUISITOS GERAIS

Código de Fonte
A

Pátios de estocagem de minério são áreas que se destinam a estocagem do minério e onde
se inicia o processo de carregamento. Estão sujeitos a elevadas cargas dinâmicas e estáticas
representadas pelos equipamentos de empilhamento e de recuperação e pelas pilhas de
minério. Os sistemas de carregamento dos vagões ferroviários nas usinas e dos navios nos
portos diferem entre si.

Cuidados especiais devem ser tomados quando do projeto do pátio de estocagem, pois este
requer que o sistema de drenagem seja eficiente e seguro.

Os critérios básicos a empregar devem ser os apresentados a seguir, abordando as etapas


de estudos e projetos nas diversas disciplinas.

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Para a elaboração dos projetos devem ser consideradas as premissas e necessidades
dimensionais decorrentes do arranjo geral, conforme PNR-000088 e as características
operacionais dos equipamentos envolvidos, considerando também o PNR-000055 e
CP-M-501.

Na fase de estudos devem ser abordados todos os estudos necessários para a definição da
alternativa de projeto mais adequada à implantação da obra, aos processos construtivos e
sistemas estruturais, incluindo: estudos topográficos, estudos de arranjo, estudos
hidrológicos, estudos geológicos, estudos geotécnicos, estudos de apoio ambiental e estudos
de interferências.

Na etapa de projeto abordam-se os tópicos concernentes, sem a eles se limitar: projeto


geométrico, projeto de pavimentação, projeto de terraplenagem, projeto de superestrutura das
vias de rolamento, projeto de drenagem e obras de arte correntes, projeto de obras de
contenção, projeto de solução de interferências, projeto de obras complementares, planilhas
de quantidades e critérios de medição, pontos de atenção, maturidade do projeto, e
procedimentos específicos.

8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS

Código de Fonte
A/F/J
8.1 ESTUDOS

8.1.1 Estudos topográficos

Esses estudos terão como finalidade a obtenção de modelo topográfico digital da área de
terreno necessária à realização dos estudos de arranjo e demais projetos para definição da
alternativa a adotar. Diversos processos poderão ser empregados para levantamento dos
elementos que caracterizem o relevo e a ocupação da área de estudo, devendo guardar
precisão compatível com a fase do projeto a elaborar. As dimensões das áreas a levantar
devem ser estabelecidas em função dos estudos necessários à definição do pátio e demais
projetos, que devem guardar compatibilidade com os serviços, relevo e tipologia ocupacional
da região afetada.

As prescrições da norma NBR 13133 devem ser atendidas para execução e apresentação dos
levantamentos topográficos.

O desenho dos elementos topográficos deve ser apresentado em duas dimensões, com
precisão de 4 casas decimais, e deve ser acompanhado dos arquivos das coordenadas e
cotas dos pontos levantados. Deve estar referenciado tanto em planimetria como em altimetria
à rede primária de apoio oficial (no caso do Brasil, a rede do IBGE), segundo o sistema UTM
e cotas verdadeiras em relação ao nível do mar.

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Complementarmente deve ser implantada rede de apoio secundária. A execução deve
respeitar o processo de implantação e nivelamento/ contra nivelamento da rede de apoio
secundária quando do emprego de processo convencional para o levantamento da área de
estudo.

A utilização do processo convencional no levantamento da área de estudo demandará:

• Implantação de marcos de apoio principal;


• Implantação da poligonal de apoio secundária;
• Nivelamento e contra nivelamento da rede de apoio secundária;
• Levantamento do relevo do terreno;
• Levantamentos cadastrais e outros complementares.

E obedecerá às seguintes determinações:

• Os marcos de apoio serão referenciados a rede de apoio oficial primária e


devem ser visíveis entre si;
• Implantação de poligonal (rede de apoio secundária) materializada por marcos
de concreto ao longo da área, e permitindo a visibilidade entre eles;
• A área a ser levantada deve ter o relevo caracterizado por pontos
posicionados no terreno como se fossem seções transversais de forma a
caracterizá-la de forma fiel, evitando a concentração de pontos em locais de
fácil acesso em detrimento a lugares mais difíceis. As dimensões de largura e
comprimento devem ser definidas em função das necessidades do projeto;
• O levantamento cadastral e complementar identificará os pontos que causem
interferência, ou que sejam relevantes à elaboração dos projetos.

Os modelos dos marcos de concreto são apresentados conforme NBR 13133.

Levantamentos para caracterização das áreas destinadas a empréstimos concentrados de


solos e/ ou materiais de construção (jazidas de materiais granulares, areais, pedreiras) devem
ser realizados de forma a permitir a determinação do volume passível de ser explorado para
utilização nas obras, e indicação em projeto das ações a tomar para a recuperação das
mesmas.

As benfeitorias existentes devem ter levantados os elementos que permitam a caracterização


planialtimétrica local. Naquelas situações em que o levantamento das interferências situadas
no subsolo não puder ser realizado por métodos convencionais, devem ser adotadas
tecnologias como as de geofísica para detecção dos elementos.

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Os levantamentos devem também ser executados em locais que se destinem ao uso como
áreas para a deposição de materiais excedentes ou inservíveis decorrentes das operações de
terraplenagem, com o objetivo de caracterizá-las, quantificar a capacidade de utilização, e
identificar em projeto as providências que devem ser tomadas para a preservação do terreno
e do entorno.

8.1.2 Estudos de arranjo

Os estudos devem ser desenvolvidos tomando por base os elementos cadastrais e de relevo
obtidos pelos estudos topográficos e as exigências geométricas para implantação dos pátios
de estocagem.

Deve considerar as características dos equipamentos mecânicos para carregamento e


descarregamento, o método de armazenagem que será utilizado, as necessidades
operacionais e de manutenção das máquinas de pátio (PNR-000055), as instalações exigidas,
os pontos de cotas obrigatórias, as bacias de drenagem contribuintes, as interferências
existentes, os possíveis locais de tratamento das águas coletadas
(PNR-000035), entre outras. Deve, ainda, buscar a redução dos impactos ambientais e o
equilíbrio na distribuição de massas, minimizando a necessidade de áreas para deposição de
materiais excedentes de terraplenagem, e definindo a melhor logística de implantação.

Devem ser estudadas as opções para identificação do arranjo a utilizar, e que estarão
subsidiadas por estudos para seleção de alternativas (trade-off). Para avaliação dessas
possibilidades devem ser realizadas inspeções técnicas de campo para identificação e
caracterização das condições locais. Nessas vistorias deve ser observada a ocorrência de
fatores que onerem os custos de implantação, ou inviabilizem a escolha do local para a
construção do pátio, como: solos compressíveis e/ ou instáveis, afloramentos rochosos, lençol
freático alto, áreas de preservação ambiental, áreas inundáveis, entre outros.

Com base nos estudos topográficos, geológicos e geotécnicos devem ser analisados os
movimentos de terra das opções estudadas, considerando e apresentando as premissas
empregadas, os volumes de corte e aterro, as seções tipo de corte e aterro, e as quantidades
dos serviços preliminares previstas. Além disso, devem ser avaliados outros fatores que
influenciam os custos de implantação. Esses dados devem ser utilizados na busca da
alternativa técnica e econômica a ser empregada como solução para o projeto.

8.1.3 Estudos hidrológicos

Os estudos devem atender aos requisitos apresentados no CP-B-501 e poderão se orientar


pelo documento do DNIT IPR-715.

8.1.4 Estudos geológicos

Os estudos devem atender aos requisitos apresentados no CP-B-501.

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8.1.5 Estudos geotécnicos

Os estudos devem considerar os requisitos apresentados no CP-B-501 e às especificações


de serviço ES-X-401.

8.1.6 Estudos de apoio ambiental

Os estudos devem atender aos requisitos apresentados no CP-B-501 e CP-N-501.

8.1.7 Estudos de interferências

Os estudos devem atender aos requisitos apresentados no CP-B-501 e ES-X-401.

8.2 PROJETOS

8.2.1 Projeto geométrico

Essa atividade deve considerar os dados e critérios oriundos do arranjo geral da planta, e as
recomendações operacionais e de manutenção específicas dos equipamentos que serão
utilizados para o manuseio dos materiais. Propiciará o refinamento dos trabalhos executados
na fase dos estudos de arranjo.

O projeto geométrico deve atender as dimensões longitudinais e transversais necessárias à


implantação do pátio. Para a elaboração do projeto geométrico, devem ser considerados, sem
a eles se limitar:

• As pilhas de estocagem;
• Os caminhos de rolamento dos equipamentos de manuseio;
• Os caminhos de rolamento dos carros de transferência;
• As vias para manutenção;
• Os dispositivos de drenagem;
• Os elementos transportadores;
• Os sistemas de aspersão;
• Os sistemas de iluminação e alimentação de energia elétrica;
• As redes de utilidades;
• Os dispositivos e áreas para manutenção dos equipamentos.

As declividades longitudinais e/ ou transversais dos pátios devem atender aos limites


permitidos pelos equipamentos de manuseio, associando-as às necessidades de drenagem.
A adoção de rampas longitudinais em sentido único ou não deve estar associada ao relevo
local, e dependerá, ainda, das condições de coleta, condução e lançamento das águas pelo
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sistema de drenagem. Entre esses fatores pode-se citar a localização das bacias de
decantação, o ponto de lançamento final, e a possibilidade de interligação com os outros
sistemas de coleta de água projetados ou existentes na planta. As declividades transversais
devem permitir o esgotamento das águas para as bordas laterais das pilhas de estocagem.

Os caminhos de rolamento dos equipamentos de empilhamento e recuperação devem ser


projetados com os cuidados necessários quanto à altura útil e estabilização. A seção
transversal deve ter declividade suficiente para escoar para as bordas o deflúvio que se
precipita sobre o caminho de rolamento.

A elevação ou não do nível do caminho de rolamento em relação às cotas do pátio de


estocagem deve ser avaliada, e considerará os aspectos de implantação e manutenção.

Lateralmente aos caminhos de rolamento devem ser previstas vias com largura que
possibilitem a movimentação dos equipamentos e veículos necessários à manutenção das
máquinas de pátio e apoio operacional. A necessidade ou não de vias em ambas as bordas
dos caminhos de rolamento dependerá do arranjo dos equipamentos e elementos
transportadores, e deve ser definida junto a Vale.

Entre os caminhos de rolamento e as pilhas de estocagem deve ser avaliada a largura da faixa
necessária à construção dos dispositivos de drenagem para a coleta e condução das águas
pluviais, e que atenda, ainda, as necessidades de tráfego dos equipamentos envolvidos na
manutenção e operação do pátio. A utilização de estruturas em concreto para atendimento às
necessidades operacionais do pátio deve considerar as implicações na drenagem das águas
pluviais, além daquelas provenientes do minério beneficiado, e nas atividades de manutenção.

No entorno do pátio de estocagem deve ser projetado acesso rodoviário que permita a
interligação das vias para manutenção e operação ao sistema viário principal. Esse acesso
atenderá ao tráfego de veículos e equipamentos que atuarão na manutenção e operação dos
pátios, podendo ser exclusiva ou não.

As curvas de concordância horizontal nas vias de manutenção e do acesso rodoviário ao pátio


devem ser projetadas com raios cujos valores atendam às necessidades de movimentação
dos equipamentos e veículos que por ali trafegarão.

As informações e/ ou recomendações provenientes dos estudos topográficos, geológicos,


geotécnicos e hidrológicos, além dos estudos de apoio ambiental e de interferências devem
ser utilizadas na elaboração do projeto geométrico.

8.2.2 Projeto de pavimentação

O projeto deve atender aos requisitos estabelecidos no CP-B-501. Deve apresentar a solução
técnica e econômica mais viável a partir dos elementos extraídos dos estudos, e se orientará
pela documentação do DNIT representada pelas publicações IPR-667, IPR-714 e IPR-719.

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A necessidade de emprego de revestimento, que não o primário, nos acessos e caminhos
utilizados exclusivamente para o tráfego de veículos envolvidos nas atividades de manutenção
dos equipamentos e apoio a operação dos pátios de estocagem deve ser avaliada e
justificada. O revestimento primário a ser empregado deve, preferencialmente, ser composto
por resíduos minerais sem valor para comercialização.

A utilização de revestimento betuminoso nos pátios por sob as pilhas de minérios deve ser
avaliada em relação ao tipo de minério que será estocado. Deve, ainda, serem consideradas
as exigências ambientais específicas, a finalidade do emprego e as opções possíveis, além
dos custos envolvidos.

8.2.3 Projeto de terraplenagem

O projeto deve atender aos requisitos estabelecidos no CP-B-501, CP-X-501, ES-B-407 e PE-
B-667.

O projeto deve avaliar as alternativas existentes para a movimentação dos volumes de


escavação e aterros, de modo a ajustar, entre outras, as necessidades de empréstimos e
bota-foras à disponibilidade de áreas.

Os critérios de seleção do material para utilização nas camadas finais e no corpo de aterro
devem basear-se na condição de atingirem características adequadas de resistência, rigidez
e permeabilidade após a compactação. Estes critérios devem levar em consideração a
finalidade do aterro e os requisitos das estruturas que serão alocadas.

Nas áreas em corte a necessidade de substituição do material de subleito por outros de


características superiores deve considerar as particularidades do solo local e as premissas de
projeto.

Os critérios de compactação (grau, energia, tolerâncias) devem ser definidos para cada zona
ou camadas de aterro, de acordo com a finalidade, os requisitos de desempenho e os
materiais que serão empregados.

No dimensionamento das camadas finais de terraplenagem e nos estudos de fundação dos


aterros, deve ser considerada a carga das pilhas de minério e as sobrecargas provenientes
das cargas móveis das máquinas de pátio. Na região dos caminhos de rolamento, a
configuração das camadas finais de terraplenagem poderá ser diferenciada em relação ao
restante do pátio devido às condições de trabalho a que estarão sujeitas.

No caso de aterros onde se faça necessário o emprego de sobrecarga para aceleração dos
recalques e estabilização, o movimento de terra decorrente dessa operação deve estar
contemplado na distribuição de massas do projeto. A necessidade de instrumentação para
aferição dos resultados esperados deve ser avaliada, sendo necessária a apresentação dos
dados que serão monitorados e os valores que devem ser alcançados.

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Deve ser avaliada a necessidade de impermeabilizar a camada superior da plataforma para
minimizar a infiltração no corpo de aterro das águas pluviais precipitadas sobre as pilhas de
minério e caminhos de rolamento. A impermeabilização poderá empregar material argiloso em
camada de espessura compatível com a finalidade, sendo que a adoção de outras técnicas
deve ser avaliada, inclusive quanto aos custos envolvidos. Deve ser dimensionada camada
final em material granular na plataforma do pátio de estocagem do minério com as funções de
proteger a camada de impermeabilização dos efeitos de retração e de servir como limite de
referência máximo para recuperação do minério pelas máquinas de pátio.

8.2.4 Projeto da superestrutura das vias de rolamento

As vias de rolamento contemplarão os caminhos necessários à operação dos equipamentos


para manuseio dos materiais e permitirão a transferência das recuperadoras de uma pilha de
estocagem para outra.

A Vale disponibilizará os dados técnicos e recomendações especiais referentes aos


equipamentos que sejam necessários para a elaboração da superestrutura dos caminhos de
rolamento das máquinas e das muretas, tais como: distância segura entre as pilhas e as
muretas de contenção, arranjo geral da área identificando o local de instalação do
equipamento, dimensões, cargas dinâmicas e estáticas.

O coeficiente de impacto decorrente da operação dos equipamentos deve ser considerado


para o dimensionamento da superestrutura dos caminhos de rolamento.

A superestrutura das vias de rolamento pode ser projetada considerando conjunto trilho/
dormente/ lastro ou conjunto trilho/ viga contínua em concreto. A definição do tipo a ser
empregado dependerá da avaliação dos custos de implantação, manutenção e operação de
cada alternativa quanto às particularidades de cada projeto. O conjunto trilho/ dormente/ lastro
normalmente apresenta menor custo de implantação e maior custo de manutenção se
comparado com a alternativa de trilho/ viga contínua em concreto.

Nas vias de rolamento que utilizarem o conjunto trilho/ dormente/ lastro, deve ser previsto o
emprego de placas bitoladoras e de travamento. Os dormentes a utilizar nos caminhos de
rolamento devem ser, preferencialmente, em concreto protendido. Os dados para
dimensionamento estrutural e dimensional dos dormentes pelos fornecedores devem ser
definidos e apresentados pelo projeto.

No caso de caminhos de rolamento em viga contínua de concreto situados em áreas de aterro,


deve ser realizada avaliação quanto aos aspectos de fundação. Devem ser consideradas as
opções de fundação profunda ou fundação direta em corpo de aterro executado com material
selecionado em condições de compactação específicas.

A fixação dos trilhos deve ser elástica, evitando-se o uso de fixação rígida.

As cargas e características de operação dos equipamentos que atuam nos caminhos de


rolamento devem ser fornecidas pelos fabricantes. Esses dados devem ser considerados no

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dimensionamento da superestrutura do caminho de rolamento destas máquinas. As cargas
por roda dos equipamentos devem ser limitadas a valores que não onerem em demasia os
custos para implantação dos caminhos de rolamento, e devem ser definidos junto aos
fornecedores.

8.2.5 Projeto de drenagem e obras de arte correntes

O dimensionamento dos dispositivos de drenagem deve atender aos requisitos dos


documentos CP-B-501, EG-B-401, EG-B-405, PE-B-620 e se deve ser orientar pelos
documentos do DNIT IPR-715, IPR-724 e IPR-736.

A classe e requisitos dos tubos de concreto a ser aplicado nas obras de drenagem devem
atender às especificações da EG-B-406 e da norma NBR 8890. Tubos de Plástico Reforçado
com Fibra de Vidro (PRFV) devem atender às NBR 15536-2 e NBR- NBR 15536-3. Aduelas
de concreto pré-fabricadas devem atender à NBR 15396.

O procedimento para projeto e execução de valas para assentamento da tubulação deve


obedecer ao prescrito na NBR 17015 e CP-T-501.

As águas a serem consideradas como contribuição para o projeto do sistema de drenagem


são:
• Contribuição pluvial sobre áreas sem pilha, no pátio;
• Contribuição pluvial sobre a pilha;
• Contribuição sobre áreas externas ao pátio, que lançam no pátio;
• Umidade do minério estocado.

Pode-se considerar inicialmente, pelo menos, três possibilidades de sistemas de drenagem


para os Pátios de Estocagem:

• Superficial ou Pluvial: Tradicional, responsável por retirar a água por


escoamento superficial. Ideal para retirar grandes quantidades de água pluvial
em pouco tempo. Baixo custo e inspeção/manutenção simples;
• Subsuperficial: Sistemas granulares localizados no fundo do pátio, de
diferentes geometrias e composição, retirando a água do pátio por infiltração.
O ideal é que esteja voltada para redução da umidade da pilha, recebendo a
água livre que tende a sair pela base da mesma (a água também pode sair
também pelo pé da pilha, pela lateral e por evapotranspiração);
• Forçada ou Vácuo: Sistemas compostos por bombas a vácuo que somadas à
solução subsuperficial. Dependendo das características do material, pode
acelerar a remoção de água das pilhas (redução de umidade);

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Os fatores abaixo devem ser considerados para a determinação do sistema de drenagem dos
pátios de estocagem:

• Pilhas fixas ou “móveis”: em casos de pilhas fixas, tem-se a vantagem de


áreas dedicadas exclusivamente à drenagem. Portanto, pode-se aplicar
soluções de drenagem superficial ao invés de subsuperficial nas regiões “sem
pilha”. A vantagem são soluções muito mais simples e eficientes, tanto no
aspecto de projeto, quanto implantação, quanto manutenção;
• Anisotropia de permeabilidade: é importante estudar este fenômeno no
material que está sendo manuseado, uma vez que parte da água pode sair
lateralmente da pilha e não pelo fundo;
• Colmatação de drenagem subsuperficial: quanto maior a presença de grãos
de pequena dimensão (siltes e argilas), mais rápido ocorre a colmatação de
meios granulares. Ocorre principalmente quando há o carreamento de finos
pela chuva para sobre meios drenantes granulares;
• Manutenção: considerar os aspectos, tais quais:
- Custo;
- Periodicidade;
- Complexidade;
- Necessidade de lavagem ou substituição de camadas de sacrifício,
camadas filtrantes ou geossintéticos.
• Geometria da drenagem subsuperficial (espinha de peixe, faixas ou colchão):
Conceitualmente, essas três soluções são iguais, a diferença entre elas reside
nos seguintes aspectos:
- Custo e prazo de implantação;
- Velocidade de drenagem, uma vez que quanto maior a área coberta pela
drenagem subsuperficial, mais rapidamente ela ocorre. Mas esse tempo
deve ser criteriosamente estudado, uma vez que, por exemplo, para
materiais pouco permeáveis, nenhuma delas apresentará boa
performance.
• Formação de lastro e suas características: a existência do lastro é inerente ao
processo de manuseio de minério, por segurança no processo de
recuperação. Dependendo das suas características granulométricas, de
forma e composição química, ele pode formar camadas praticamente
impermeáveis sob a pilha, impedindo o funcionamento de qualquer sistema
subsuperficial;
• Facilidade de escoamento da contribuição pluvial: pátios limpos e
desobstruídos, com laterais e extremidades livres, podem permitir saída de
grande quantidade de contribuição superficialmente;

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• Monitoramento: é importante monitorar vazões/volumes provenientes do


sistema de drenagem subsuperficial, a fim de conhecer a variação de
eficiência ao longo do tempo, observando que a contribuição pode ter
diferentes origens (perda de umidade da pilha pela base, perda de umidade
da pilha pelas laterais, evapotranspiração, contribuição pluvial direta e lençol
freático). Em uma avaliação criteriosa de performance é necessário segregar
estas origens;
• Blendagem: é importante considerar que, na prática, as pilhas não possuem
distribuição homogênea dos materiais blendados. Portanto, um blend de
material permeável com material não permeável pode, por exemplo, dispor o
material não permeável no fundo da pilha, bloqueando sistemas de drenagem
subsuperficiais;
• Permeabilidade do material manuseado: quanto menos permeável for o
material manuseado, menor o benefício de sistemas de drenagem
subsuperficial, como também sistemas à vácuo. Uma boa caracterização do
comportamento da água no material é feita a partir da obtenção da curva
característica de retenção de umidade em laboratório, aliada a simulações
numéricas de fluxo;
• Testes de Campo: excelente forma de se confirmar, ou não, e eficiência de
uma solução, principalmente vácuo e subsuperficial. É importante observar
que, em materiais permeáveis, após algum tempo de residência, a umidade
da pilha varia gradualmente, aumentando do topo para a base. Por sua vez,
materiais impermeáveis tendem a não apresentar variação. A altura da pilha
também influencia no resultado final, ou seja, se utilizados modelos reduzidos
é importante realizar retroanálises numéricas para se compreender bem as
umidades finais e correlacionar com pilhas de tamanho “natural”;
• Área Livre no Pátio: a relação área com pilhas x área sem pilhas é importante,
pois quanto maior a área livre no pátio, mais facilidade para a água escoar.
Processos de rechego/regularização do pátio são particularmente importantes
aqui.

O sistema de drenagem do pátio de estocagem de minério deve ter concepção que o torne
independente dos demais projetados para a área de entorno. A interligação dos sistemas
poderá ocorrer à jusante do pátio, em ponto onde o acréscimo de vazão não prejudicará o
tratamento do efluente coletado.

A plataforma do pátio de estocagem de minério está sujeita ao acúmulo de água indesejável


e prejudicial, que deve ser drenada e conduzida para fora do pátio. Devem ser avaliadas
alternativas considerando os aspectos de exequibilidade, condições de funcionamento,
materiais a utilizar, processos construtivos e metodologia de manutenção.

Além das águas pluviais que se precipitam sobre as pilhas de minério e sobre os vagões no
trajeto entre a mina e o pátio de estocagem, têm-se aquelas que vêm incorporadas ao minério
(umidade de formação do minério, oriundas das jazidas). O teor de umidade do minério
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estocado no pátio varia de acordo com as estações do ano, a intensidade das precipitações
pluviométricas regionais e o prazo de estocagem.

No caso da existência de sistema para aspersão de água sobre as pilhas do minério estocado,
esta vazão afluente também deve ser considerada para o cálculo do sistema de drenagem. A
vazão do sistema de aspersão de pilhas de minério será fornecida pela Vale.

O sistema de drenagem deve evitar a retenção de água no pátio de estocagem, que poderá
causar a saturação do minério das pilhas e comprometer a qualidade do mesmo. Assim, o
dimensionamento do sistema de drenagem deve considerar os dados climáticos da região
(regime de chuvas, umidade e temperatura), a vazão afluente de sistema de aspersão de
pilhas, o teor de umidade e a permeabilidade dos minérios.

O projeto de drenagem dos pátios de estocagem deve contar com dispositivos que minimizem
ou mesmo eliminem a ocorrência de danos causados pela operação da recuperadora de
minério na plataforma e das máquinas de lâmina que atuam no pátio.

O emprego de drenagem subsuperficial sob as pilhas de minério deve ser justificado. Quando
do uso, os materiais componentes do sistema de drenagem devem apresentar faixa
granulométrica e condutividade hidráulica compatível com as características do minério
estocado, de modo a reduzir as intervenções de manutenção provocadas pela colmatação.
Os drenos devem apresentar caixas de inspeção espaçadas ao longo do traçado com a
finalidade de permitir a avaliação de funcionamento do sistema. As declividades adotadas para
as camadas drenantes e drenos deve evitar o acúmulo ou retenção de água.

A rede de drenagem deve desenvolver-se paralelamente ao caminho de rolamento das


máquinas de pátio. A transposição de redes de drenagem por sob as locações das futuras
pilhas de estocagem deve ser evitada. Os dispositivos de drenagem devem ser
preferencialmente a céu aberto e apresentar dimensões que facilitem as operações de
manutenção e limpeza, permitindo que a execução dessas atividades seja executada de forma
mecanizada.

Em redes subterrâneas devem ser previstos poços de visita com espaçamento que possibilite
a inspeção, o monitoramento e a manutenção do sistema de drenagem projetado.

Em pátios de estocagem de minério dotados de mureta de contenção na base da pilha para


atendimento às premissas operacionais ou ao espaço disponível, deve ser projetado sistema
de drenagem subsuperficial. Esse sistema deve estar situado no ponto de contato da pilha
com o dispositivo de contenção e deve minimizar os efeitos de infiltração das águas no
minério, principalmente no fino (pellet feed). Deve, ainda, proporcionar bom escoamento do
fluído e facilitar a operação de manutenção quando da substituição do material colmatado.

Caso os caminhos de rolamento se situem em nível superior ao do pátio de estocagem, a


necessidade de utilização de valetas de crista de aterro nas plataformas das vias de rolamento
e/ ou de descidas d’água para lançamento das águas coletadas no sistema de drenagem deve
ser avaliada. Essa análise deve considerar os limites das pilhas de estocagem. Em caso de

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necessidade e quando a condução for direcionada a redes de drenagem subterrâneas, esses
lançamentos devem ser realizados em poços de visita, de modo a permitir a inspeção rotineira
do sistema. Quando do emprego de mureta para proteção do talude do caminho de rolamento,
no ponto de contato deve ser dimensionado dispositivo de drenagem que conduza as águas
provenientes da precipitação pluviométrica sobre o caminho de rolamento e as pilhas de
estocagem. Deve ser avaliada a possibilidade de utilização da face desse muro de contenção
como parte integrante do dispositivo de drenagem a ser projetado.

As declividades das redes e drenos devem considerar as inclinações longitudinais e


transversais apresentadas no projeto geométrico.

Nos pátios de estocagem de carvão, o projeto para tratamento do fundo das pilhas deve
eliminar o problema de infiltração do fluido ácido característico do carvão. O sistema de
drenagem deve ser associado ao emprego de técnicas para impermeabilização dos pátios de
estocagem e dos caminhos de rolamento. Os caminhos de rolamento das máquinas de pátio,
estando eles em nível ou em cota superior ao da plataforma de estocagem de minério, devem
ser impermeabilizados e drenados.

Para a coleta dos efluentes oriundos do pátio de estocagem de carvão, podem ser
empregados dispositivos a céu aberto com chicanas de retenção de sólidos localizados nas
bordas do pátio, sendo a água coletada conduzida à bacia de decantação.

8.2.6 Projeto de obras de contenção

O projeto deve atender ao estabelecido no CP-B-501 e aos requisitos da norma NBR 11682.

Os dados técnicos (cargas dinâmicas e estáticas, dimensões, local de instalação, outros) e


recomendações referentes às máquinas de pátio, equipamentos e veículos para a
manutenção e apoio operacional serão fornecidos pela Vale, e devem ser empregados no
projeto estrutural das muretas de contenção laterais aos caminhos de rolamento.

Quando utilizadas, as muretas de contenção dos pátios de estocagem devem ter as formas
estudadas. As características geométricas definidas devem minimizar a quantidade de minério
acumulada entre a mureta e o limite máximo do curso lateral da roda de caçamba da
recuperadora.

8.2.7 Projeto de solução de interferências

Os estudos devem atender aos requisitos apresentados no CP-B-501 e ES-X-401.

8.2.8 Projeto de obras complementares

Para minimização da ocorrência de poeira deve ser previsto sistema de aspersão das pilhas,
associando-o ao sistema de drenagem que será adotado. A utilização de barreira vegetal para
redução dos efeitos dos ventos deve ser avaliada.

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Deve ser previsto o uso de batentes de fim de linha em todos os caminhos de rolamento.

Para o caso de pátios de estocagem de carvão, devem ser previstos ao longo dos pátios,
poços de medição do pH do efluente percolado.

Devem ser projetadas estruturas que permitam o estaiamento das máquinas. Esse
procedimento proporcionará a imobilização do equipamento para realização das atividades de
manutenção com segurança. No caso de máquinas com lança devem ser previstos
dispositivos para a imobilização da mesma. A localização e as demais prerrogativas desses
elementos de fixação devem ser definidas junto aos fornecedores dos equipamentos.

O projeto estrutural de fundação dos transportadores de correia deve considerar o plano de


cargas fornecido pela disciplina de mecânica e observando os documentos PNR-000015,
PNR-000017, PNR-000088 e CP-X-501.

Para proteção das camadas drenantes e/ ou impermeabilizantes dos pátios de estocagem,


devem ser projetados dispositivos que possibilitem o balizamento e orientação das operações
de raspagem do minério. Esse procedimento tem como objetivo evitar que as caçambas e
lâminas dos equipamentos causem danos às mesmas.

Deve ser previsto tanque de decantação entre o deságue final e o pátio de estocagem para
os efluentes advindos deste. O tanque deve possibilitar a acessibilidade de equipamentos para
retirada do material decantado e ser dimensionado de acordo com os critérios do projeto de
drenagem e estudos relacionados, além de estar em conformidade com as premissas de
operação e manutenção.

A bacia de decantação de sólidos deve ser impermeabilizada e permitir o acesso de


equipamentos para recuperação do material depositado. Deve ser avaliada a necessidade de
tratamento do efluente extravasado da bacia de modo a possibilitar o lançamento no ponto de
deságue recomendado pelo projeto.

Em pátios de estocagem de carvão, caso a recuperação seja executada por carregadeira de


pneus, graxa e óleos poderão ser incorporados ao material, devido à elevada capacidade de
absorção natural. Devem ser indicados procedimentos para redução da contaminação.

Se necessário, será elaborado projeto de barramento dos rejeitos anteriormente ao deságue


final do efluente. O tratamento que será dado ao líquido efluente será função das
características de uso da água à jusante do ponto de lançamento, da capacidade de
autodepuração e diluição do corpo d’água receptor, da legislação ambiental e das demais
consequências advindas do lançamento. As características físico-químicas e biológicas dos
efluentes líquidos a serem lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água devem
atender as Resoluções CONAMA 357/2005, 430/2011 e suas atualizações.

O projeto de barramento de rejeitos deve estar em conformidade com as diretrizes do


PNR-000030.

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8.2.9 Planilha de quantidades e critérios de medição

Os quantitativos dos serviços a realizar devem ser levantados em conformidade com os itens
e critérios de medição constantes no PR-E-005 e PE-F-637.

Caso seja necessária a realização de trabalhos não constantes na planilha e nos critérios
citados devem ser criados novos itens. A apresentação dos quantitativos para execução das
atividades deve ser acompanhada pelos critérios a empregar na quantificação e medição dos
serviços. Essa condição permitirá a elaboração de preços unitários para a execução das
tarefas.

Todos os quantitativos apresentados devem ser acompanhados de memória de cálculo


detalhada que fará parte integrante do projeto.

9.0 ENGENHARIA DIGITAL

Todos os projetos que venham a utilizar, integralmente ou parcialmente, os sistemas de


engenharia digital para desenvolvimento da engenharia e dos processos de construção,
considerando o uso das metodologias LEAN, BIM e AWP devem seguir as orientações das
guias: GU-E-633, GU-G-657 e GU-C-611.

A empresa contratada para desenvolvimento da engenharia com sistemas digitais deve


elaborar o Plano de Execução BIM (PEB), conforme o anexo F da GU-E-633, que determinará
como as metodologias BIM e AWP serão aplicadas nessa etapa do projeto.

10.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento devem seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança, integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, esse último deve prevalecer.

Para este fornecimento, o fornecedor deve atender os requisitos estabelecidos nos


PNR-000015, PNR-000017, PNR-000030, PNR-000035, PNR-000055, PNR-000069 e
PNR-000088.

11.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deve ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Essa análise deve
englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com outras
atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

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Os requisitos de saúde e segurança descritos no PNR-000069, CP-R-501, CP-R-535 e os
requisitos de meio ambiente descritos no CP-N-501 devem ser atendidos.

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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